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Ana Rusche
(1978)
Poeta baiana, é dramaturga, roteirista e psicanalista.. Suas peças de teatro contam com montagens no Brasil e em países como Alemanha, Itália ,Portugal e Peru. Publicações em poesia incluem poemas selecionados pela Revista Poesia Sempre (2008) e os livros O Coração da Baleia (2011) e Primavera em Vão (2015). Outras publicações incluem O Cego e o Louco e outros textos(1998) e Cordel do Amor sem Fim (2003).
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MAIACOVSKY Uma vez, entrei no quarto do poeta. Aqui dormiu um homem, pensei. Aqui viveu um homem. Aqui morreu um homem. Aqui matou-se um homem. Um grande homem. “Todos os homens são do mesmo tamanho”, Me disse, sorrindo, o fantasma do poeta. É a vida, essa que nos mata? “É”, ele me respondeu, “A vida nos mata”. E ninguém sabe de quem era o dedo no gatilho.
RECOMENDAÇÃO Não se funda a manhã com a mesma foice que se abre a noite. Gente também borboleteia. Viver é para frente, lembrar é pra trás. Não se sabe nada de uma história até que ela termine. Não abra outra noite dentro da noite. Entre na manhã com olhos de sol.