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Mariana de Almeida

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Simone Teodoro

Simone Teodoro

(1978)

Poeta paraibana, possui mestrado em Literatura e Cultura pela Universidade Federal da Paraíba. Lecionou Língua Portuguesa em cursinhos preparatórios para concurso, na UVA e no IFPB. É autora dos livros de poesia “Luzes de Labirinto” (2010), “(Uni)verso” (2012), e do romance “O Tempo da Delicadeza” (2016). Suas poesias foram publicadas também em jornais, revistas literárias e coletâneas. Atualmente é técnica judiciária no Tribunal de Justiça da Paraíba.

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DO SENTIDO O que sinto não precisa de permissão Não precisa de casa Não preciso de sopro ao ouvido.

O que sinto vive do ar da brisa distante. Vive de um retrato antigo Vive de uma palavra gasta.

O que sinto não precisa de estrada Seu atalho foi coberto pela mata Seu riacho há tempos está extinto.

Não precisa de papel contrato Não precisa de luzes acesas. Sobrevive do silêncio do escuro Da grade trancada a sete chaves.

O que sinto não precisa de autorização Sobrevive sem um pedaço de pão.

O que sinto não precisa de vida ou de morte Existe por si mesmo E escolhe o seu próprio norte.

TRÊS LINHAS DE INFINITO Ser breve apesar da imensidão Ser rápida apesar da extensão Prolixo já não cabe. Há de ter conteúdo em três linhas de infinito.

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