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Agricultura Regenerativa

AGRICULTURA REGENERATIVA FARMING FOR GENERATIONS

Farming For Generations (F4G) é uma aliança global de empresas líderes no setor agroalimentar, com o objetivo de promover boas práticas nas explorações agrícolas, promovendo a transição para a agricultura regenerativa.

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Os objetivos globais deste projeto resumem-se em: - melhorar a eficiência das explorações agrícolas; - reduzir a emissão de carbono do setor agrícola; - acelerar a transição para a agricultura regenerativa; - difundir a implementação de boas práticas.

Quase uma dúzia de empresas colaboram neste programa global, contribuindo com o seu conhecimento, experiência, produtos e apoio técnico aos agricultores em vários projetos e temas. Atualmente, em Espanha, a Danone trabalha com outras 3 empresas nessa causa: Yara, Corteva e Fertiprado. A Yara é especialista em nutrição de culturas e maneio de estrume e fertilizantes, a Corteva na qualidade de silagens e sementes e a Fertiprado em culturas de leguminosas e pastagens. Na Fertiprado, Joel Presa e Carlos Garrido, são os responsáveis pelo desenvolvimento e acompanhamento do projeto, que a Ruminantes entrevistou:

Como nasceu a ideia deste projeto?

O projeto é da Danone e pensado a nível mundial, com o objetivo de implementação nos fornecedores da empresa, de agricultura regenerativa. A Fertiprado juntou-se a este projeto em Espanha.

Em que áreas atua este projeto?

Em várias áreas mas, concretamente em Espanha, a área é o campo. Olhando para tudo o que acontece na superfície territorial das explorações e perceber como se pode atuar para reduzir a pegada de carbono.

A Yara tem a responsabilidade de colocar, com precisão, os nutrientes que fazem falta, onde fazem falta. A Corteva atua na parte dos milhos, com variedades de elevada digestibilidade, que resistam melhor ao stress hídrico, contribuindo para produzir mais leite por hectare.

A Fertiprado entrou neste projeto no final de 2020, para trabalhar nas culturas de outono/inverno. A primeira sementeira já foi feita em finais de 2021.

A jornada de divulgação de resultados é feita em novembro/dezembro, com os produtores de Espanha, mas também com os produtores participantes neste projeto de outros países. Cada país apresenta o trabalho que está a realizar na sua área. Há países que começaram pela área da saúde animal, nomeadamente com a redução de antibióticos na produção de leite. Um sucesso no projeto que está a ser feito em Espanha, poderá ser extrapolado para outro país que tenha interesse em desenvolver esta área.

Quando se pode esperar resultados do trabalho que está a ser realizado nas culturas de outono/inverno?

No primeiro ano foram semeados pouco mais de 200 hectares, este ano vão ser bastante mais. Esperamos ter alguns resultados nas jornadas do próximo ano, e já estamos a trabalhar nos simuladores de impacto da redução da pegada de carbono.

Este tipo de projeto aumenta os custos de produção do litro de leite?

Não, a ideia é exatamente o contrário. O objetivo é conseguir produzir de forma sustentável e mais eficiente, para ter um custo de produção mais baixo. Por exemplo, quanto melhores forragens tiver e mais ricas em proteína, menos soja terá que comprar...

Quantos produtores estão envolvidos neste projeto em Espanha?

Em 2021, com misturas biodiversas, estiveram envolvidas 11 explorações e 227 hectares, distribuídos por diversas regiões do País.

Quem pode entrar neste projeto?

Qualquer produtor Danone. No primeiro ano entraram 4 produtores, agora estão cerca de 40. A ideia é chegar, em 2022, a mais de 1000 hectares com práticas de agricultura regenerativa.

O que é medido neste projeto?

No caso das misturas biodiversas, o que se vai medir é a quantidade de proteína produzida por hectare, e o que essa quantidade representa em termos da redução de compra de soja e da sua pegada de carbono (emissão da pegada da soja e do seu transporte) e o impacto na melhoria da fertilidade solo pela rotação de cultivo com leguminosas que, para através da fixação de azoto no solo, permite uma redução do custo em fertilizante (associado a uma diminuição da emissão de CO2). No final, chega-se à pegada por litro de leite produzido pela exploração.

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