Política de desenvolvimento da coleção

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Cod. 152602

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MELGAÇO

Política de Desenvolvimento da Coleção Bibliotecas Escolares do Agrupamento de Escolas de Melgaço


Índice I – Princípios e Orientações Gerais ..................................................................................................... 3 1 – Objetivos do Documento da Política de Desenvolvimento da Coleção .............................................. 3 2 – Missão das Bibliotecas Escolares do Agrupamento de Escolas de Melgaço ....................................... 3 3 - Funções a desempenhar pelas bibliotecas escolares........................................................................... 4 II – Caracterização da comunidade de utilizadores.............................................................................. 4 1 – Caracterização da escola e comunidade envolvente .......................................................................... 4 2 – Caracterização da biblioteca escolar e seus utilizadores .................................................................... 5 III – Critérios para a gestão e desenvolvimento de coleções da biblioteca escolar ................................ 5 1 – A liberdade e igualdade de acesso ...................................................................................................... 5 2 - Critérios para a seleção de conteúdos/ materiais e respetivos formatos ........................................... 6 2.1. Critérios gerais ................................................................................................................................ 6 2.2 – Critérios Específicos ...................................................................................................................... 7 2.2.1 – Critérios para a seleção de obras de ficção ............................................................................... 7 2.2.2 - Critérios para a seleção de obras de não-ficção......................................................................... 8 2.2.3 - Critérios para a seleção de obras de referência ......................................................................... 8 2.2.4 - Critérios para a seleção de revistas, periódicos e jornais .......................................................... 8 2.2.5 - Critérios para a seleção de documentos em formato digital/ eletrónico .................................. 9 2.2.6 - Critérios para a seleção de documentos multimédia (software, vídeo e áudio) ....................... 9 2.2.7 - Critérios para a seleção de outros tipos de material (jogos) ................................................... 10 3 – Procedimentos de Aquisição ............................................................................................................. 10 4 - Ofertas e Doações .............................................................................................................................. 10 5 - Formas de preservação e desbaste .................................................................................................... 11 5.1 - Conservação e restauro ............................................................................................................... 11 5.2 - Desbaste por transferência para o depósito ............................................................................... 11 5.3 - Desbaste por abate...................................................................................................................... 11 6 - Responsabilidades da aplicação do documento de Política de Gestão ............................................. 12 7 - Sugestões e Reclamações................................................................................................................... 12 8 - Empréstimo entre Bibliotecas e no Agrupamento ............................................................................. 12 9 - Comunicação/ Difusão da informação ............................................................................................... 12 10 - Implementação da Política e Revisão............................................................................................... 13 Bibliografia ..................................................................................................................................... 14 Anexos ............................................................................................................................................ 15

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I – Princípios e Orientações Gerais

1 – Objetivos do Documento da Política de Desenvolvimento da Coleção O documento de Política de Desenvolvimento da Coleção das bibliotecas escolares do Agrupamento de Escolas de Melgaço (AEM) visa:  Estabelecer prioridades e orientar a equipa da biblioteca escolar acerca da seleção, abate, aquisição, organização, preservação e manutenção dos materiais da biblioteca escolar.  Constituir uma declaração pública da equipa da biblioteca escolar acerca dos princípios de liberdade de acesso às ideias e informação e da variedade de pontos de vista que podem ser encontrados nos materiais da biblioteca escolar.  Informar a comunidade educativa dos princípios que orientam a gestão e desenvolvimento da coleção.

2 – Missão das Bibliotecas Escolares do Agrupamento de Escolas de Melgaço O Agrupamento de Escolas de Melgaço é constituído por três bibliotecas escolares, uma em cada um dos seguintes espaços físicos: Escola Básica e Secundária de Melgaço, Escola Básica da Vila e Centro Escolar de Pomares, estando as duas primeiras integradas na Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) desde 2008 e 2009, respetivamente. A Missão das nossas bibliotecas escolares segue as diretrizes emanadas pela Rede de Bibliotecas Escolares, nomeadamente as que são referidas no Manifesto da Biblioteca Escolar, aprovado pela UNESCO, na sua Conferência Geral em Novembro de 19991. Neste sentido, a nossa missão será a de “disponibilizar serviços de aprendizagem, livros e recursos que permitam a todos os membros da comunidade escolar tornarem‐se pensadores críticos e utilizadores efetivos da informação em todos o suportes e meios de comunicação.” Segundo a declaração política de IASL sobre Bibliotecas Escolares: “um programa planeado de ensino de competências de informação em parceria com os professores da escola e outros educadores é uma parte essencial do programa das bibliotecas escolares.” Estes serviços de aprendizagem, ainda segundo o referido manifesto, devem ser disponibilizados “de igual modo a todos os membros da comunidade escolar, independentemente da idade, raça, sexo, religião, nacionalidade, língua e estatuto profissional ou social”, sendo que, “aos utilizadores que, por

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IFLA/UNESCO (1999) – School Library Manifesto: http://archive.ifla.org/VII/s11/pubs/portug.pdf [acedido a 12/12/2013]

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qualquer razão, não possam utilizar os serviços e materiais comuns da Biblioteca, devem ser disponibilizados serviços e materiais específicos.”

3 - Funções a desempenhar pelas bibliotecas escolares As bibliotecas escolares desempenham um papel fundamental no processo educativo, cumprindo diferentes funções:  Informativa - Fornecer informação de confiança e de rápido acesso;  Educativa - promover educação contínua e ao longo da vida através de provisão de instalações e de atmosfera para aprendizagem. Desenvolver nos alunos competências e hábitos de trabalho baseados na consulta, tratamento e produção de informação, tais como: selecionar, analisar, criticar e utilizar documentos, desenvolver um trabalho de pesquisa ou estudo, produzir sínteses informativas em diferentes suportes;  Cultural e recreativa - Melhorar a qualidade de vida, encorajando experiências de relacionamento com a arte e de promoção de informação recreativa, através de programas e disponibilização de recursos e equipamentos que permitem uma orientação no tempo de lazer. Organizar atividades que favoreçam a consciência e a sensibilização para questões de ordem cultural e social. Estimular nos alunos o prazer de ler e o interesse pela cultura.

II – Caracterização da comunidade de utilizadores

1 – Caracterização da escola e comunidade envolvente Melgaço é um concelho com 238,2 km² de área, 9 040 habitantes, 3 839 famílias e 7625 alojamentos familiares em 2012, encontrando-se subdividido em 13 freguesias após a reorganização administrativa de 2013. É uma zona marcada pelo decréscimo demográfico (mais acentuado na zona montanhosa do concelho devido à emigração e migração) e por um reduzido número de infraestruturas de fixação de pouca população existente. Este município apresenta uma boa rede de acessibilidades, apesar da natureza do relevo e as variações de altitude, e possui condições para uma aposta turística bastante diversificada. Ao nível da educação, o concelho de Melgaço dispõe de uma oferta educativa e formativa completa, que vais desde o pré-escolar até ao ensino superior público, passando pelo ensino profissional e pelo ensino especial.

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O Agrupamento de Escolas de Melgaço assegura, desde o ensino pré-escolar até ao ensino Secundário, correspondentes ao ensino público obrigatório. Foi criado no ano letivo em 2002/2003, resultando de um processo de reorganização escolar, e é constituído por 3 estabelecimentos de educação/ ensino não superior: a escola básica e secundária de Melgaço (escola sede) e mais 2 escolas básicas do 1.º ciclo e educação pré-escolar (Melgaço e Pomares).

2 – Caracterização da biblioteca escolar e seus utilizadores As bibliotecas escolares integradas na RBE pretendem dar cobertura a todo o agrupamento. A biblioteca escolar da Escola Básica da Vila tem como público-alvo todos os alunos do 1.º ciclo e da educação préescolar desta escola e de Pomares (são disponibilizados livros da biblioteca escolar e da Biblioteca Municipal para o Centro escolar de Pomares). A biblioteca escolar da Escola Básica e Secundária tem como público-alvo, os restantes alunos (2.º ciclo, 3.º ciclo e ensino secundário), docentes, funcionários, pais e encarregados de educação. O acesso aos recursos é feito livremente. Todos os alunos do agrupamento possuem um número de leitor que permite fazer requisições domiciliárias. Os encarregados de educação podem utilizar este serviço através do número de leitor dos seus educandos. Os utilizadores revelam interesses muito semelhantes, incidindo a sua procura na área da literatura, sobretudo nas obras mais recentemente publicadas e em temas de apoio ao currículo. Os alunos, na sua maioria são oriundos de classe média-baixa e beneficiam de auxílio económico de Ação Social Escolar, o que explica a grande procura das bibliotecas escolares para aceder à Internet e para requisição domiciliária.

III – Critérios para a gestão e desenvolvimento de coleções da biblioteca escolar

1 – A liberdade e igualdade de acesso A política de desenvolvimento da coleção das Bibliotecas Escolares do AEM baseia-se nos princípios de liberdade intelectual, liberdade e igualdade de acesso e de preservação de obras de referência, que se constituam como património cultural indiscutível, procurando diversas opiniões e apresentando formatos que permitam diferentes formas de aprendizagem. As práticas de gestão e seleção da coleção deverão ser flexíveis de modo a responder às necessidades dos utilizadores. 5


A Declaração Universal dos Direitos do Homem no seu art.º 19 defende que “todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de expressão.” A coleção do agrupamento deve conter recursos de informação de forma a satisfazer as necessidades individuais dos seus utilizadores, na defesa da heterogeneidade de ideias, num justo balanço de pontos de vista e deve reger‐se segundo normas internacionais, induzindo nos indivíduos uma prática e promoção da informação, contribuindo para a redução das assimetrias educativas, sociais e culturais, de modo a poder preparar cidadãos informados que saibam viver numa sociedade democrática. A disponibilização das coleções é feita a todos os utilizadores, sem restrições de acesso e sem qualquer tipo de censura independentemente da origem e/ou pontos de vista apresentados tendo em conta os interesses e necessidades dos utilizadores. No entanto, alguns materiais podem ter restrição de acesso, de uso ou empréstimo domiciliário considerando os seguintes fatores: raridade, número de exemplares existentes, necessidade de preservação de obras de referência, interesse e necessidades de uso, idades prescritas no próprio material.

2 - Critérios para a seleção de conteúdos/ materiais e respetivos formatos 2.1. Critérios gerais A aquisição de fundo documental para as bibliotecas escolares do agrupamento é uma tarefa da competência do professor bibliotecário, que procura auscultar e dar resposta às necessidades e interesses dos departamentos, dos discentes e da direção, obedecendo a um conjunto de critérios que são: a qualidade literária, a correção linguística, autoridade científica, atualidade, alcance social, importância do assunto para a coleção, durabilidade material e conceptual, custos de aquisição e/ou manutenção, e escassez de materiais na área de referência. Para aplicar os critérios definidos neste plano é fundamental:  Avaliar a coleção existente, a fim de definir as lacunas mais evidentes e identificar as obras deterioradas ou cujo conteúdo perdeu a atualidade;  Identificar materiais inovadores que possam despertar o interesse da comunidade;  Identificar as necessidades de informação dos utilizadores, quanto aos conteúdos e formatos, de modo a respeitar: o Currículo Nacional; o Projeto Educativo e o Projeto Curricular do Agrupamento;  Proporcionar um justo equilíbrio entre os ciclos de ensino servidos pela biblioteca escolar;  Responder às necessidades educativas especiais e as origens multiculturais dos alunos;

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 Apresentar uma proporção correta entre as áreas curriculares, as de enriquecimento curricular e as lúdicas, tendo em conta todas as áreas do saber, as áreas disciplinares/temáticas.  O justo equilíbrio entre todos os suportes, que de uma maneira geral deve respeitar a proporcionalidade de 3:1 relativamente ao material livro e não livro.

2.2 – Critérios Específicos 2.2.1 – Critérios para a seleção de obras de ficção Os critérios a observar quando se seleciona material ficcional incluem: • Qualidade • Possível utilização • Linguagem adequada às capacidades dos utilizadores A coleção deverá incluir obras de: • Autores clássicos • Autores contemporâneos • Autores portugueses • Novos autores Devem ser tidos em conta: • Os diferentes grupos etários • As diferentes capacidades de leitura • Os leitores relutantes • As diferentes culturas Um dos objetivos principais da leitura ficcional é introduzir as crianças num mundo que está para além da sua experiência imediata. Neste sentido, os recursos ficcionais devem incluir: • Livros na língua materna; • Romances que versam aspetos da história do país; • Romances passados em diferentes países e que mostram diferentes culturas, sobretudo tendo em conta os países de origem dos alunos das escolas do agrupamento; • Fantasia/ficção científica; • Contos de fadas, contos tradicionais e populares, lendas de Portugal e de outros países.

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2.2.2 - Critérios para a seleção de obras de não-ficção Os critérios de seleção para os recursos não ficcionais contemplam os seguintes aspetos: • Competência e objetivo do(s) autor(es); • Conteúdo: profundidade, interesse e abrangência do assunto; • Atualidade – reflete investigação recente nessa área do saber; • Relevância para o currículo. A ênfase será dada aos livros que proporcionem leitura aprofundada que alargue a compreensão que o aluno tem do assunto em causa; • Utilização potencial – dever‐se‐ão adquirir livros que possam interessar a uma larga gama de utilizadores; • Capacidades diferenciadas – A biblioteca escolar deve ter em atenção as diferentes capacidades de leitura, os diferentes níveis de compreensão e os diferentes níveis de interesse; • Linguagem – é fundamental que o tipo de linguagem em que a obra está escrita estimule os utilizadores à sua leitura: • Precisão e acuidade; • Bibliografia referida, pois pode dar sugestões para novas leituras; • Organização do índice pois é revelador da qualidade do livro e ajuda na pesquisa; • Diversidade cultural e representatividade de vários pontos de vista (religioso, raça, cultural); • Ser representativo de vários movimentos, assuntos, géneros ou correntes de significado local, regional ou nacional; • Preço; • Apresentação e design.

2.2.3 - Critérios para a seleção de obras de referência Os critérios para o material de referência são os mesmos que os aplicados ao material não ficcional. Contudo, o preço, a atualidade e a eventual utilização podem ainda ser mais importantes, uma vez que os livros de referência são normalmente caros. Estes livros podem, atualmente, ser substituídos por recursos digitais.

2.2.4 - Critérios para a seleção de revistas, periódicos e jornais São critérios prioritários para este tipo de recursos: • Objetivos, âmbito e público‐alvo da publicação periódica; • Exatidão e correção; • Qualidade do formato (qualidade da impressão e do papel, e das ilustrações); • Custo e relação qualidade‐custo; 8


• Procura que justifique a sua aquisição; • Interesse local.

2.2.5 - Critérios para a seleção de documentos em formato digital/ eletrónico Na seleção de documentos em formato eletrónico aplicam‐se os critérios de seleção específicos de obras de ficção e não ficção, acrescentando‐se os seguintes específicos do tipo de documento: • Tema: tema adequado ao público‐alvo e ao currículo nacional; • Conteúdo: características intrínsecas à informação disponibilizada (informação é original, credível, cientificamente correta e adequada ao público‐alvo; • Coerência entre a linguagem utilizada no sítio e os seus objetivos e o público a que se destina); • Autoridade: autor (pessoa física ou instituição) reconhecido na sua área de atuação, com formação/especialização, ou com uma profissão relacionada com o assunto; • Correção/Exatidão: correção factual e linguística, sem comprometimento ideológico, comercial, político ou outro. A informação pode ser confirmada noutras publicações de referência; • Acesso e usabilidade: o sítio é adequado aos objetivos e pode ser efetivamente usado. Interface é amigável. A informação está bem organizada, é de leitura clara e fácil de interpretar; é possível descobrir fácil e rapidamente a informação que se pretende, com um mínimo de movimentos entre os diferentes níveis de hipertexto. Possui um motor de pesquisa interno do próprio sítio; • Língua: a língua em que a página é apresentada é entendida pelo público‐alvo; • Atualização: informação atualizada; • Tempo de download: a página não leva muito tempo a carregar; • Ligações: existem, no sítio, ligações apropriadas e anotados e que funcionem; • Custos: gratuito ou com custos justificados dada a qualidade/raridade da informação. 2.2.6 - Critérios para a seleção de documentos multimédia (software, vídeo e áudio) Os critérios formulados para os recursos eletrónicos são também apropriados para os recursos multimédia. No entanto estes têm especificidades a serem tidas em conta no processo de seleção: • Acesso: Número de utilizadores que poderão utilizar esse recurso ao mesmo tempo (disponível num só computador ou em rede). • Possibilita ou não o acesso via internet (online). • Tempo de aprendizagem para a utilização do produto. • Produto compatível com o hardware existente. • Sistema de apoio ao cliente de fácil acesso quando necessário. • Custo das atualizações. • Tipo de licença fornecido (e para quantos utilizadores/postos). 9


• Custos da instalação inicial se forem necessários requisitos técnicos (cabos de rede, hardware específico, …). • Questões legais: garantias, manutenção, segurança do produto…

2.2.7 - Critérios para a seleção de outros tipos de material (jogos) Na seleção de jogos e outros materiais didático /lúdicos dever‐se‐á considerar a sua qualidade pedagógica, as recomendações, a pertinência e a adequação ao local onde vai ser jogado.

3 – Procedimentos de Aquisição As aquisições são efetuadas de acordo com os critérios atrás enunciados. As áreas prioritárias são as que foram consideradas deficitárias no processo de avaliação da coleção, as obras deterioradas mas cuja procura continua ser significativa, e em função das necessidades da comunidade educativa. No orçamento da biblioteca escolar, a definir em cada ano, devem estar previstas despesas de investimento para atualização do fundo documental e dos equipamentos, despesas correntes para o seu funcionamento. Na escolha dos fornecedores é tido em conta: os preços que praticam; o prazo das entregas; o volume de vendas que processam. Em relação às obras mais utilizadas pelos alunos, devem ser adquiridos mais do que um exemplar de cada título escolhido.

4 - Ofertas e Doações Através de ofertas e doações, a biblioteca escolar pode aumentar a sua coleção, contudo antes de aceitar uma oferta é necessário verificar se esta é compatível com as necessidades e interesses dos utilizadores, isto é se cumprirem todos os requisitos da política de aquisições referenciados neste documento, nomeadamente a sua adequação à missão e objetivos da biblioteca escolar de acordo com os seguintes critérios: 

Necessidades e interesses dos utilizadores.

Lacunas existentes na coleção.

Condições de uso dos materiais oferecidos.

Atualidade dos materiais, sobretudo dos documentos de referência.

No caso de revistas e jornais, os critérios de aceitação são os mesmos, porém os documentos não são sujeitos a tratamento documental. Quando o documento doado não obedecer aos critérios atrás mencionados, deve ser devolvido à entidade doadora, ou encaminhado para abate.

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5 - Formas de preservação e desbaste O manuseamento constante da coleção, sobretudo dos documentos com taxas de rotação elevadas, os documentos desatualizados face às necessidades curriculares, o espaço limitado da biblioteca escolar, que tem de ser rentabilizado, a necessidade de atualização e de um rápido e eficiente acesso à informação obrigam a desenvolver algumas práticas de preservação e de abate regulares.

5.1 - Conservação e restauro Sempre que um documento começa a apresentar mau estado de conservação é retirado de circulação e é comunicado à docente responsável pelo restauro, que avalia a pertinência da recuperação do mesmo.

5.2 - Desbaste por transferência para o depósito Periodicamente a equipa da BE deve proceder a uma análise do fundo documental podendo ser transferidos para o arquivo todos documentos com interesse científico e pedagógico, mas sem aplicação no dia-a-dia. As obras de interesse histórico e múltiplos exemplares de um livro que não está a ser utilizado pode também ser sujeito a este procedimento.

5.3 - Desbaste por abate Quando os documentos se encontram seriamente danificados ou o seu conteúdo é obsoleto, desatualizado e sem qualquer tipo de valor histórico, ficam sujeitos à reciclagem ou a oferta. Os documentos propostos para abate serão analisados pela equipa da biblioteca escolar que, após verificar todos os pressupostos enunciados, decidirá sobre a proposta final de desbaste. Todos os documentos abatidos devem conter, na página de rosto, o carimbo com o termo - abate - e data do abate. Relativamente às publicações periódicas, sobretudo as revistas, elas serão conservadas até seis meses, se o seu estado de conservação o permitir. Depois desse tempo, serão aproveitadas para recortes de artigos de interesse ou armazenados temporariamente para servir de apoio a outras disciplinas. Os jornais serão guardados até dois meses, período após o qual terão o mesmo tratamento que as revistas. Em última análise, as publicações periódicas serão enviadas para a reciclagem. Quanto aos documentos noutros suportes, o tratamento será idêntico: avaliar‐se‐á o seu estado de conservação e interesse científico ou de outra natureza e serão retirados da coleção, caso se apresentem danificados.

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6 - Responsabilidades da aplicação do documento de Política de Gestão Após aprovação em Conselho Pedagógico do documento da Política de Desenvolvimento da Coleção da Biblioteca Escolar, compete ao professor bibliotecário e equipa da Biblioteca Escolar a responsabilidade de aplicar as orientações constantes deste documentos na gestão e desenvolvimento da coleção. O professor bibliotecário será, deste modo, responsável pela seleção, aquisição, análise das ofertas, desbaste, preservação e avaliação da coleção. Todas as questões que possam decorrer da aplicação dos critérios acima definidos sobre a Política de Gestão e Desenvolvimento de Coleções da Biblioteca Escolar serão colocadas ao professor bibliotecário através de reclamação escrita.

7 - Sugestões e Reclamações Tendo em conta os princípios consagrados neste manual, os utilizadores poderão, sempre que o entenderem, apresentar sugestões e/ou reclamações por escrito. Ao professor bibliotecário compete analisá-las e dar uma resposta, que deverá ser também por escrito. Em situações mais delicadas o assunto poderá ser apresentado em Conselho Pedagógico, que dará um parecer sobre o mesmo, cabendo a deliberação final ao Diretor. A decisão final será comunicada por escrito, pelo Diretor, no prazo de uma semana após a tomada da decisão.

8 - Empréstimo entre Bibliotecas e no Agrupamento São passíveis de empréstimo todo o tipo de documentos, independentemente do seu suporte, que integram os fundos da biblioteca escolar, à exceção de obras de referência, obras raras e obras em mau estado de conservação. O requisitante (professor bibliotecário, bibliotecário ou técnico da biblioteca municipal) é o único responsável pelo empréstimo, devendo os documentos emprestados ser registados na base de dados, sendo para o efeito criado um número de leitor. Em caso de perda, extravio ou inutilização do documento, o requisitante deverá repor um exemplar igual, no prazo de um mês, ou o seu valor em dinheiro.

9 - Comunicação/ Difusão da informação A divulgação das coleções das bibliotecas escolares do AEM procede-se dos seguintes modos: • Divulgação das novidades em estante própria, nas bibliotecas escolares. • Manutenção dos blogues: bemelgaco@blogspot.com

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• Atualização dos catálogos online: Catálogo da Escola Básica da Vila e da Escola Básica e Secundária • Portal da Rede de bibliotecas de Melgaço. • Divulgação a professores por email: bemelgaco@gmail.com.

10 - Implementação da Política e Revisão O documento da Política de Desenvolvimento da Coleção entra em vigor imediatamente após parecer favorável do Conselho Pedagógico e tem o mesmo período de vigência do Projeto Educativo da Escola. Sempre que este seja revisto, a Política de Desenvolvimento da Coleção deve ser, também ela, reanalisada e alterada, se isso for relevante. As alterações serão sempre sujeitas a parecer favorável dos órgãos de gestão da escola e entram em vigor no dia posterior à referida reunião.

Assinatura do Professor Bibliotecário: ____________________________________________ (Sandra Rute da Cunha Soares)

Assinatura do Diretor: _____________________________________________ (Paula Cristina Sousa Cerqueira)

Data de aprovação em reunião de Conselho Pedagógico 16/07/2014

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Bibliografia REDE DE BIBLIOTECAS ESCOLARES, Gestão da Coleção, Ministério da Educação, Lisboa, 2011, [consulta a 2014/02/13]. Disponível na Internet em: http://www.rbe.mec.pt/np4/file/103/gestao_colecao.pdf IFLA/UNESCO School Libraries Guidelines, Diretrizes da IFLA /UNESCO para Bibliotecas Escolares, tradução em Língua Portuguesa (Portugal), Vila Franca de Xira, 2006, [consulta a 2014/02/13]. Disponível

na

Internet

em:

http://www.ifla.org/files/assets/school-libraries-resource-

centers/publications/school-library-guidelines/school-library-guidelines-pt.pdf Política de Desenvolvimento da Coleção, Padre Alberto Neto, [consulta a 2014/02/13]. Disponível na Internet em: http://pt.scribd.com/doc/25762741/Politica-de-Desenvolvimento-da-Coleccao-BE REBELO, Flávio, Política de Desenvolvimento da Coleção, Escola Secundária c/3.º ciclo Abel Salazar, 2011, [consulta a 2014/02/13]. Disponível na Internet em: http://esabelsalazar.pt/portal/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=212&Itemid

VASCONCELOS, Ana I.,2007, Desenvolvimento e Gestão de Colecções, Política de Desenvolvimento de Colecções (Sessão de Mestrado GIBE), Universidade Aberta

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Anexos

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Cod. 152602

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MELGAÇO

Agrupamento de Escolas de Melgaço

Biblioteca Escolar da Escola ___________________________________

Termo de aceitação de doação

Eu,

_______________________________________________________________________,

transfiro

incondicionalmente para a Biblioteca Escolar todos os meus direitos sobre os documentos doados. Mais declaro que a Biblioteca pode dispor dos elementos constituintes da doação da forma que melhor lhe convier.

__________________________, em ________ de __________________ , de 20____

O Doador _________________________________________ A professora bibliotecária _________________________________________ A Diretora _________________________________________


Cod. 152602

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MELGAÇO

Agrupamento de Escolas de Melgaço Biblioteca Escolar da Escola ___________________________________

Auto de abate Aos …………………………………. dias do mês de ……………………………….. de 20…., na Biblioteca Escolar, com a presença dos membros da equipa pedagógica deste serviço, abaixo assinados, procedeu-se ao abate do material livro/no livro (riscar o que não interessa), a seguir identificado: Identificação do fundo documental Motivo do abate2: Nº de espécies abatidas: Destino do material abatido3:

Nº de registo

Título

Data de entrada

Elemento da equipa _________________________________________ A professora bibliotecária _________________________________________ A Diretora _________________________________________

2 3

Identificar com objetivo o motivo: desatualização, desadequação, extravio, outro. Doação, reciclagem, trituração, incineração, outro

Observações


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