Aula 6 - História do Design

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Aula

6 Prof. Renato Valderramas

Curso superior de tecnologia em design de moda e Graduação em DESIGN

HISTÓRIA DO DESIGN


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Na aula de hoje:

O De Stjil o Construtivismo e a Bauhaus


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Abordando:

- Os movimentos artísticos De Stjil (Holanda) e Construtivismo (Rússia); - A influência destes movimentos sobre o pensamento artístico/projetual; - A Bauhaus e suas heranças.


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O Vanguardismo europeu e a Bauhaus


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As primeiras décadas do século xx trazem novos movimentos artísticos que representavam a questão da produção industrial e que se alinhariam (do lado da máquina) como ideal estético e parâmetro de produção / reprodução artística. Os ideais que motivaram os integrantes desses vários movimentos de vanguarda artística foram diversos, incluindo um pouco de tudo. Do ponto de vista de seu impacto sobre o design, é interessante apontar que foram abraçados certos valores estéticos como:


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- As máquinas e os objetos industrializados; - A abstração formal e a geometria euclidiana; - A ordem matemática; - A racionalidade; - A disposição linear/modular de elementos construtivos; - A síntese das formas; - Economia na configuração, e - Otimização e racionalização dos materiais de trabalho.


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Entre os principais movimentos artisticos podemos citar: • Futurismo • Cubismo • Expressionismo • Dadaísmo • Surrealismo • Neoplasticismo e as Vanguardas Russas, como • Construtivismo • Raionismo • Suprematismo • Não-objetivismo

Entretanto, os movimentos que mais influenciaram a Bauhaus foram: • Neoplasticismo (De Stjil) • Construtivismo


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O Construtivismo Russo foi um movimento estético-político iniciado na Rússia a partir de 1919, como parte do contexto dos movimentos de vanguarda no país, de forte influência na arquitetura e na arte ocidental. Ele negava uma “arte pura” e procurava abolir a idéia de que a arte é um elemento especial da criação humana, separada do mundo cotidiano. A arte, inspirada pelas novas conquistas do novo Estado Operário, deveria se inspirar nas novas perspectivas abertas pela máquina e pela industrialização servindo a objetivos sociais e a construção de um mundo socialista.


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O Neoplasticismo defendia uma total limpeza espacial para a pintura, reduzindo-a a seus elementos mais puros e buscando suas características mais próprias. Muitos de seus ideais foram expostos na revista De Stijl (O Estilo). A necessidade de ressaltar o aspecto artificial da arte (criação humana) fez com que os artistas deste movimento (notadamente Piet Mondrian e Theo van Doesburg) usassem apenas as cores primárias (vermelho, amarelo, azul) em seu estado máximo de saturação (artificial), assim como o branco e o preto (inexistentes na Natureza, o primeiro sendo presença total e o segundo ausência total de luz). Claramente um movimento de arte de pesquisa, os experimentos realizados pelos artistas neoplásticos foram essenciais para a arquitetura moderna, assim como para a formulação do que hoje se conhece por design. Apesar de afastados da Bauhaus devido a questões pontuais, ambos os movimentos fazem parte de um mesmo universo cultural.


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Apesar de não se notabilizarem exclusivamente enquanto projetistas de produtos, alguns designers e arquitetos do período da 1ª fase da vanguarda se notabilizaram pela produção de cadeiras e outros móveis, além, claro da arquitetura. - Gerrit Rietveld; - Mies Van der Rohe, e - Marcel Breuer


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Gerrit Rietveld


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Mies Van der Rohe


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Marcel Breuer


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A aplicação de materiais industriais como o aço tubular e a madeira compensada foi feita com o intuito de baratear a produção e levar os produtos ao alcance do consumo da população. No Brasil, a influência dessa produção aparece por volta da década de 1920/1930 em especial junto aos artistas ligados à semana da arte moderna de 1922.


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Sob essa gama de influências e com um ideal estético/social principal, forma-se a Bauhaus, na cidade de Weimar, em 1919 sob a direção de Walter Gropius.


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A era Gropius

Na Bauhaus, Gropius queria tornar realidade, com uma nova estrutura organizacional e educacional, a sua velha meta de ultrapassar o historicismo mediante uma linguagem formal clara e uma nova unidade entre artes e ofícios. Nesse 1º período, os artistas da Bauhaus orientavam-se por um modelo de comunidade igualitária e social, sem diferenciação entre artistas e artesãos.


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Por preocupar-se em agregar as mais diversas propostas passam pela Bauhaus - como professores - artistas diversos como Wassily Kandinsky (pintor Russo) e o alemĂŁo Paul Klee, alĂŠm de outros.


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Wassily Kandinsky


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Paul Klee


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A educação possuía dois ciclos: 1. Ciclo Vestibular onde se experimentavam cores, formas e materiais sem finalidade específica. 2. Ciclio de formação profissional feito em oficinas dirigidas por dois mestres: o “mestre da forma” e o “mestre do ofício”. Desta maneira, vivenciava-se a meta da formação igualitária de habilidades artísticas e artesanais.


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No início dos anos 20 houve a mudança para o funcionalismo. Após a influência do De Stjil e a mudança do diretor do curso vestibular de Johanes Itten para Laszlo Moholy-Nagy a Bauhaus desenvolveu uma linguagem formal elementar e funcional que consistia na redução de todos os objetos a elementos geométricos. Deu-se o passo decisivo para a aproximação entre o design e a produção industrial e surgiram os primeiros projetos passíveis de industrialização. Em 1925 a Bauhaus muda para a cidade de Dessau. A meta principal acabou sendo a criação de produtos de massa baratos para as camadas mais amplas da população.


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A era Meyer Nos anos de 1926 e 1927 a disputa entre a orientação artística ou industrial se acirrou novamente, culminando com a demissão de Gropius em 1928. O sucessor de Gropius foi Hannes Meyer que acabou por deslocar ainda mais as ênfases teórica e prática em direção à tecnificação e ao “funcionalismo social”. Sob a influência de Meyer a Bauhaus afastou-se ainda mais da orientação artística elitista. Ele preconizava a ligação dos novos valores de uso às necessidades sociais.


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A nova tipografia Em 1927, Jan Tschichold publica seu livro “A nova tipografia” que salientava a comunicação objetiva, em que eram elencados algumas características: • Renúncia a elementos supérfluos; • Redução de tipos de letras sem serifa à sua forma básica; • Construção do design segundo uma estrutura horizontal e vertical; • Importância dos espaços vazios na composição; • Uso de traços, linhas e caixas para a estruturação do equilíbrio e da ênfase.


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A era Rohe Após a demissão de Meyer, houve uma terceira tentativa, desta vez despolitizada, com Mies Van der Rohe, quando deixou-se para trás o engajamento social do designer o que significou divorciar o princípio da objetividade funcional do programa sociopolítico e sociocultural da criação. Sob o comando de Rohe, a Bauhaus funcionou até 1933 quando foi dissolvida pelos nazistas.


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Desde o início existe a intenção declarada de pensar o Design como ação construtiva, subordinada em última análise à arquitetura como resumo de todas as atividades projetuais; daí o conceito de uma escola dedicada à Bau (construção) no seu sentido mais amplo. O legado da Bauhaus para o Design é complexo.


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Por um lado, para aqueles que participaram, a escola buscou fazer uso da arquitetura e do Design para construir uma sociedade melhor, mais livre, mais justa e plenamente internacional, sem os conflitos de nacionalidade ou de raça. Por outro lado - na prática - seu legado foi a cristalização de uma estética e de um estilo específicos do design chamado posteriormente de “alto” modernismo, que teve como preceito básico o funcionalismo, ou seja a idéia de que a forma ideal de qualquer objeto deve ser determinada por sua função, sempre atenta à um vocabulário formal rigorosamente determinado por uma série de convenções estéticas bastante rígidas, além de contribuir para uma atitude de antagonismo entre designers em relação à arte a ao artesanato, buscando legitimar o design e afastá-lo da criatividade individual, aproximando-o de uma objetividade técnico-científica.


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Sessão Flashback Mix II

Projetos atuais que fazem uma releitura do estilo “moderno” da Bauhaus


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InformáticaHistória na Comunicação 1 do Design | Aula 6

Obrigado! rvalderramas@gmail.com twitter.com/rvalderramas


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