Aula 5 - História do Design

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Aula

5 Prof. Renato Valderramas

Curso superior de tecnologia em design de moda e Graduação em DESIGN

HISTÓRIA DO DESIGN


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Esclarecendo

Arabesco (a.ra.bes.co) - substantivo masculino 1. Desenho, pintura ou entalhe decorativo de origem árabe, que se caracteriza pelo entrelaçamento de linhas retas ou curvas, ramagens, flores etc., e pela ausência de figuras humanas. 2. Rabisco, garatuja. 3. Próprio dos árabes.


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Ou ainda - mais popular: Um arabesco é uma elaborada combinação de formas geométricas frequentemente semelhantes às formas de animais e plantas. Os arabescos são um elemento da arte Islâmica, normalmente usados para enfeitar as paredes das mesquitas. A escolha das formas geométricas e a maneira como devem ser usadas e formatadas é fruto da visão Islâmica do mundo. Para os Muçulmanos, essas formas em conjunto, constituem um padrão infinito que se estende para além do mundo visível e material. Para muitos no mundo Islâmico, tais formas simbolizam o infinito, e por conseguinte, a natureza abrangente da criação do Deus único (Alá). O artista de Arabescos Islâmicos consegue então uma forte espiritualidade sem a iconografia da arte Cristã.


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Encontrados na web - via google - alguns exemplos inconsistentes de ilustrações denominadas “arabescos”.


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Encontrado na web - também através do google um exemplo correto de decoração com o uso do termo “arabesco”.


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Na aula de hoje:

O nacionalismo europeu e a Deutscher Werkbund


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Abordando:

- Design e nacionalismo na europa; - A Associação de trabalho alemã (Deutscher Werkbund) - Peter Berhens e a AEG;


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Flashback Mix

Relendo o Art Nouveau em projetos atuais


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“Tópico especial”

Henry Ford, o fordismo e a linha de produção em série


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Henry Ford foi um empreendedor americano, fundador da Ford Motor Company e o primeiro empresário a aplicar a montagem em série de forma a produzir em massa automóveis em menos tempo e a um menor custo. Foi um inventor prolífico e registrou 161 patentes nos EUA. Como único dono da Ford Company, ele se tornou um dos homens mais ricos e conhecidos do mundo.


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A ele é atribuído o fordismo, isto é, a produção em grande quantidade de automóveis a baixo custo por meio da utilização do artifício conhecido como linha de montagem, o qual tinha condições de fabricar um carro a cada 98 minutos, além dos altos salários oferecidos a seus operários — o notáve valor de 5 dólares por dia, adotado em 1914. Ford via no consumismo uma chave para a paz, o que o levou certa vez a dizer: o dinheiro é a coisa mais inútil do mundo; não estou interessado nele, mas sim no que posso fazer pelo mundo com ele.


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O intenso empenho de Henry Ford para baixar os custos resultou em muitas inovações técnicas e de negócios, incluindo um sistema de franquias que instalou uma concessionária em cada cidade da América do Norte, e nas maiores cidades em seis continentes.


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Evolução da produção do Ford Modelo T (quantidade de veículos x ano)

585.388

Quantidade em unidades

0

5.900

13.840

1908

1909

US$ 950 a unidade

1916 Tempo em anos Queda de preços do produto conforme aumentada a quantidade

US$ 360 a unidade


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Design e nacionalismo na Europa no início do século XX


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Europa de 1900 a 1914 De um lado a vivĂŞncia Burguesa (belle ĂŠpoque)

De outro uma desigualdade social gritante.


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França e Inglaterra eram prósperas e poderosas por conta dos impérios ultramarinos, mas estavam industrialmente estagnadas diante das novas potências industriais (Alemanha e Estados Unidos) que despontavam. Um descompasso entre este centro e a periferia (Japão, União Soviética, América Latina e as colônias da Ásia e da África) acabou por culminar na 1ª Guerra Mundial, estimulando a formação de um espírito nacionalista político e econômico. (1914 a 1918).


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Vários países começam a perceber um interesse de coordenar ações e produções de suas indústrias com o objetivo de obter vantagem competitiva em relação aos concorrentes de outras nacionalidades. Com a consolidação dos estados nacionais e do imperialismo europeu (em especial nas últimas décadas do século XIX) a economia começou a ganhar suas feições modernas. Inicia-se – ainda que de forma muito insipiente – uma globalização do comércio internacional e dos ciclos financeiros.


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Em 1907 surge na alemanha a Deutscher Werkbund – literalmente “Confederação Alemã de Trabalho” – que promovia o design como elemento de afirmação da Identidade Nacional. O Intuito seria de alavancar o produto industrial alemão por meio da padronização técnica e estilística através da cooperação entre arte, indústria, ofícios artesanais, novos padrões de qualidade na indústria, diversidade dos produtos industriais no mercado mundial e promoção da unificação da cultura alemã. A Werkbund funcionou de 1907 a 1934.


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Na prática a werkbund era um fórum que concentrava empresários, políticos, artistas, arquitetos e designers em torno de exposições periódicas. O modelo foi copiado por outros países e ficou conhecido mundialmente. Apesar do êxito aparente, entretanto, houveram embates ideológicos marcados pelas posições de seus participantes.


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Duas linhas de pensamento discordantes que colocavam em choque

ARTE x INDÚSTRIA


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Liberdade criativa segundo os preceitos de Henry Van de Velde x Subordinação da arte à produção industrial segundo a postura de Hermann Muthesius


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Enquanto para Muthesius “A arquitetura e , com ela, todo o campo criativo da Werkbund clama por tipificação e somente através dela pode voltar a atingir aquela importância geral que lhe era própria nos tempos de uma cultura harmônica […] Somente com a tipificação, que deve ser entendida como o resultado de uma sadia concentração, pode voltar a prevalescer um bom gosto seguro e generalizado”.


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para Van de Velde “Enquanto ainda houver artistas na Werkbund e enquanto estes ainda tiverem alguma influência sobre sua história, eles protestarão sobre toda propostas de cânone ou de tipificação. O artista é na sua essência mais íntima, um ardente individualista, um criador espontâneo e livre […] Os esforços da Werkbund deveriam dirigir-se exatamente nessa direção, no sentido de cultivar esses dons da habilidade manual individual, da alegria e da fé na beleza de um acabamento o mais diferenciado possível, e não no sentido de refrear tudo isso com uma tipificação […]”.


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Um dos episódios mais felizes deste período foi a contratação de Peter Behrens pela AEG (Allgemeine Elektrizitäts-Gesellschaft) Arquiteto e designer alemão, que mereceu a reputação de ser o primeiro designer industrial — e o primeiro a criar uma cultura de identidade corporativa. Saído das fileiras do Jugendstil (ou Art Nouveau alemão), Behrens foi contratado pela fábrica de material eléctrico AEG como diretor do que seria um precursor Departamento de Design.


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Na AEG, Behrens trabalhou o design em todas as suas dimensões, projetou uma moderna fábrica de turbinas (numa tipologia rapidamente imitada), recriou o logotipo e toda a identidade corporativa da empresa, encarregou-se da arte gráfica publicitária e ainda trabalhou o design de produto industrial.


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Os ventiladores e as lâmpadas de arco eram dominadas pela função técnica (semelhante aos produtos dos concorrentes). As chaleiras elétricas (algo novo) – projetou com base em elementos padronizados que poderiam ser combinados de modo flexível para fornecer mais de oitenta variações.


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Havia: 3 formas de chaleiras; 2 tampas; 2 alças; 2 bases; 3 materiais diferentes: bronze, níquel e cobre. Cada um com 3 acabamentos de superfície: liso, forjado e ondulado. 3 tamanhos opcionais. Tomadas e resistências eram comuns a todos.


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InformáticaHistória na Comunicação 1 do Design | Aula 5

Obrigado! rvalderramas@gmail.com twitter.com/rvalderramas


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