Aula 3 - História do Design by Renato Valderramas

História do Design | Aula 3

Aula

3 Prof. Renato Valderramas

Curso superior de tecnologia em design de moda e Graduação em DESIGN

HISTÓRIA DO DESIGN

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Na aula de hoje:

O in铆cio do percurso para o Modernismo

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Abordando:

- Design e reformismo social - Arts & crafts. - O movimento Art Nouveau, suas origens e seus artistas expoentes. - A produção de designers do período: Mackintosh, Mucha, Bugatti, Tiffany, Antonio Gaudí e outros.

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Novos ricos A burguesia, enriquecida pelo comércio e pela indústria, constrói seus palacetes e mansões com o intuito de se igualar à antiga nobreza. O desejo de ostentação exagerado faz surgir uma redobrada vigilância sobre as distinções sociais e cunha o termo nouveau riche – “novos ricos” – destinado àqueles que possuíam dinheiro, mas não necessariamente bom gosto.

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A sociedade burguesa atingiu uma vulgarização do luxo inédita na história humana.

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O consumo Como se instaura a indústria do consumismo após o surgimento da sociedade de produção em massa?

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As grandes exposições internacionais Com o advento da produção industrial, planejava-se criar uma cultura “popular” sobre como funcionavam as maravilhas tecnológicas do futuro. A apresentação dos sistemas fabris à população criava a impressão de progresso, evolução e demonstrava a grandiosidade do país.

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Ilustração do Palácio de Cristal onde foi realizada a 1ª Grande Exposição [1851]

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Design e reformismo social Desde cedo – praticamente desde seu princípio – o capitalismo industrial traz consigo a resistência uma vez que reconfigura, nem sempre para o bem, toda uma gama de indivíduos e de meios necessários para seu funcionamento. Exploração do trabalho humano, exploração de recursos naturais etc.

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Houveram, no decurso do desenvolvimento e implantação da industrialização, designers e arquitetos que se ocuparam de propôr reformas ao sistema, indo desde a preocupações com a qualidade do produto fabricado por trabalhadores não especializados ao problema do padrão estético pobre.

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John Ruskin Ruskin apontava o modo de organização do trabalho como o principal fator responsável pelas deficiências projetuais e estilísticas que, também em sua opinião, marcavam a arte, a arquitetura e o design modernos. Era simpatizante de correntes de pensamento sindicalista que argumentavam que a grande falha do capitalismo industrial residia justamente na tão alardeada divisão de tarefas.

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Segundo ele, o que produzia a má qualidade do produto, antes do mau gosto do público consumidor, era a desqualificação sistemática e constante exploração do trabalhador que produzia a mercadoria. Pode-se dizer que Ruskin foi um dos primeiros defensores da “Qualidade total” na indústria.

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William Morris Deu início a uma série de empreendimentos comerciais que iriam divulgar a importância do design de forma inédita. Montou (1861) um escritório (e uma fábrica) que uniam o processo de produção artesanal e semi-industrial à excelência da habilidade por parte dos empregados (especializados) gerando produtos mais caros, mas com qualidade e estética de padrão muito acima da média.

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O estúdio de Morris também fornecia projetos para outras fábricas de maior porte. A Morris & Co. sobreviveu até 1940 (muito após a morte de seu autor) sempre em tamanho pequeno, com produção baixa e com o valor do design agregado - e por isso mesmo cobrado - em seus produtos.

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Morris ainda fundou a Kelmscott Press - editora que se esmerava, diferentemente do mercado padrão, com a produção gráfica e com o design gráfico de seus livros - quase como edições de luxo para bibliófilos. O design era inspirado em desenhos um pouco mais antigos com o caráter de produção manual, bem como em preocupações estéticas voltadas à melhor leitura do texto ( e o desenvolvimento de novas fontes tipográficas, por exemplo)

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O trabalho de Morris atingiu repercurssão mundial entre o final do séc. XIX e início do XX, inserindo-se no contexto do que viria a ser chamado movimento Arts and Crafts (Artes e ofícios) que, embora não se opusesse ao uso de máquinas, restringia sua escala de fabricação ao máximo limite que a máquina conseguia executar com perfeição a peça e não à máxima velocidade de produção que ela conseguia atingir. O foco não estava no lucro, mas na qualidade do produto!

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A Red House de William Morris

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A inspiração medieval das páginas da Kelmscott Press - Editora de Morris

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Comparativo das p谩ginas da Kelmscott Press e do Journal of Design.

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O Jugendstil ou o Art Nouveau (a “Arte Nova”)

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Aliás o “antes”…

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Agora simâ&#x20AC;Ś

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O Art Nouveau é um estilo artístico que se desenvolve entre 1890 e a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) na Europa e nos Estados Unidos, espalhando-se para o resto do mundo, e que interessa mais de perto às Artes Aplicadas: arquitetura, artes decorativas, design, artes gráficas, mobiliário e outras. O termo tem origem na galeria parisiense L'Art Nouveau, aberta em 1895 pelo comerciante de arte e colecionador Siegfried Bing. O projeto de redecoração da casa de Bing por arquitetos e designers modernos é apresentado na Exposição Universal de Paris de 1900, conferindo visibilidade e reconhecimento internacional ao movimento.

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A designação modern style, amplamente utilizada na França, reflete as raízes inglesas do novo estilo ornamental. O movimento social e estético inglês Arts and Crafts, liderado por William Morris (1834 - 1896), está nas origens do Art Nouveau ao atenuar as fronteiras entre belas-artes e artesanato pela valorização dos ofícios e trabalhos manuais, e pela recuperação do ideal de produção coletiva, segundo o modelo das guildas medievais. O art nouveau dialoga mais decididamente com a produção industrial em série.

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Os novos materiais do mundo moderno são amplamente utilizados (o ferro, o vidro e o cimento), assim como são valorizadas a lógica e a racionalidade das ciências e da engenharia. Nesse sentido, o estilo acompanha de perto os rastros da industrialização e o fortalecimento da burguesia. Mas sua adesão à lógica industrial e à sociedade de massas se dá pela subversão de certos princípios básicos à produção em série, que tende aos materiais industrializáveis e ao acabamento menos sofisticado. A "arte nova" revaloriza a beleza, colocando-a ao alcance de todos, pela articulação estreita entre arte e indústria.

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Influ锚ncias / origens do Art Nouveau

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O movimento Arts and Crafts

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O movimento Simbolista

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Expoentes - B茅lgica

Henry Van de Velde

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Expoentes - B茅lgica

Victor Horta

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Expoentes - Rep煤blica Tcheca

Alphonse Maria Mucha

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Expoentes - Estados Unidos

Louis Comfort Tiffany

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Expoentes - It谩lia

Carlo Bugatti

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Expoentes - Espanha

Antonio Gaud铆

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