Vale do Loire
Bolognese wisdom
Sabedoria à
bolonhesa Casa da universidade mais antiga do mundo, Bolonha, a uma hora de milão, cultiva uma rotina que mistura história, sabor e muito agito Home to the oldest university in the world, Bologna, an hour outside of Milan, cultivates a routine that combines history, flavor and lots of excitement texto/text daniel setti Fotos/Photos julia rodrigues
Nesta página, estantes da Biblioteca Universitária; ao lado, pórticos do Archiginnasio, edifício que abriga a biblioteca municipal On this page, shelves inside the University Library; side photo, the porticos of the Archiginnasio, the building that houses the municipal library 98
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Bolonha
Knowledge, good food and beauty •
Conhecimento,
boa mesa e beleza Bolonha, capital da província de Emilia-Romagna, reúne esse raro trio de virtudes. Chamada de la dotta, la grassa, la rossa (a sábia, a gorda, a vermelha), essa cidade ao norte da Itália tem o dom de encantar todo viajante em busca de atrações relacionadas a qualquer uma de suas alcunhas. Bolonha é dotta por sediar a primeira universidade do ocidente ― também a mais antiga do mundo em atividade. Fundada em 1088, a Universidade de Bolonha (Unibo) foi celeiro de intelectuais como Dante Alighieri e Umberto Eco. É grassa devido ao status de ser uma das capitais culinárias do país; e é rossa pela predominância de cores quentes em seus edifícios e nos 37 quilômetros de pórticos, uma estética regulamentada pelo município. Rossa possui, ainda, uma conotação extraoficial, relativa a uma tradição esquerdista, uma vez que a cidade sempre foi um importante centro de agitação política. A presença de 84.215 estudantes e um hábito enraizado de vida na rua ajudam a explicar esse ambiente animado. “Aqui é comum sair todas as noites, não só para beber e comer, mas também para que as pessoas se encontrem. É o que chamamos de convivialità”, esclarece, entre fatias de mortadella e prosciutto no delicioso mercado-restaurante Tamburini, Giorgia Zabbini, da secretaria de turismo da prefeitura. Autora de um guia sobre Bolonha, ela sinaliza o crescente turismo de brasileiros. Só entre 2012 e 2013 houve um aumento de 20%, chegando a 9.356 visitantes. 100
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Os tons remontam ao século 15, quando os acabamentos passaram a ser feitos em terracota The tones hark back to the 15th century, when buildings began to be finished in terracotta
Acima, globo em exposição no Palazzo Poggi, onde funciona o museu da universidade; ao lado, vista da Torre Asinelli, Basilica di San Petronio e fachada do Palazzo dei Banchi Above, globe on display at the Palazzo Poggi, where the University Museum is located; side photo, view of the Asinelli Tower, the Basilica di San Petronio and the facade of the Palazzo dei Banchi
Bologna, capital of the province of Emilia-Romagna, unites this rare trio of virtues. Known as la dotta, la grassa, la rossa (the wise, the fat, the red), this city in northern Italy has a gift for enchanting every visitor who goes there for one of its nicknames. Bologna is dotta for being home to the first university in the West — also the oldest operating university in the world. Founded in 1088, the University of Bologna (Unibo) produced such intellectuals as Dante Alighieri and Umberto Eco. It is grassa due to its status as one of the country’s culinary capitals; and it is rossa for the dominance of hot colors in its buildings and the 23 miles [37 km] of porticos, an aesthetic regulated by the municipality. Rossa also possesses an extra connotation, related to a leftist tradition, being that the city has always been an important center for political agitation. The presence of some 84,215 students and a deep-rooted habit for street life help explain this lively atmosphere. “Here, it’s normal to go out every night, not only to eat and drink, but also to meet people. This is what we call convivialità,” explains Giorgia Zabbini, who works for the city’s secretariat of tourism, in between bites of mortadella and prosciutto at the delicious market/restaurant Tamburini. Author of a guidebook on Bologna, she mentions growing numbers of Brazilian tourism. From 2012 to 2013, there was an increase of 20%, totaling 9,356 visitors. tam nas nuvens
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“Viver aqui é desfrutar do meio-termo entre a tranquilidade e as facilidades de uma cidade pequena e o agito de uma grande” “Living here means getting to experience a combination of the tranquility and facilities of a small town and the excitement of a big city” Livia Assunção Cecilio
Professora de português e cultura brasileira da universidade Professor of Portuguese and Brazilian culture at the university
Fundada como colônia romana no ano 189 a.C., a Bolonha histórica, patrimônio dos mais bem preservados da Europa, é perfeitamente explorável a pé. Delimita-se em área outrora circunscrita a uma muralha do século 18, da qual sobraram dez portões de acesso, e tem como epicentro a Piazza Maggiore, quintal da imensa Basilica di San Petronio. Bem perto desse ponto estão as atrações acadêmicas abertas a estudantes e turistas. Um bom exemplo é o palácio do Archiginnasio, a primeira unidade fixa da Unibo. No edifício há um curiosíssimo ambiente, o Teatro Anatômico, do século 17, misto de centro de cirurgias e sala de aulas. Conforme se percorre a Via Zamboni e se atinge a Piazza Giuseppe Verdi — onde fica o esplendoroso Teatro Comunale —, o aumento do volume das vozes e a diminuição da faixa etária das pessoas atestam a entrada no bairro estudantil. Embora a instituição se espalhe por dezenas de prédios, é neste trecho que estão suas propriedades mais relevantes. E, pela agitação sob os pórticos que dão acesso às classes, é fácil saber: quem apita ali são os alunos. “Foram os estudantes os primeiros a se organizar com estatutos para a criação do conceito de universidade, originado em Bolonha; só depois os professores se uniram”, conta, no escritório do departamento de história, cultura e civilização da Unibo, o professor Gian Paolo Brizzi. Na impressionante antessala da reitoria, a vice-reitora Carla Salvaterra explica o que a entidade significa para o país. “Em 1888 a universidade comemorou 800 anos, e foi algo muito importante para simbolizar o conhecimento na Itália, então recém-unificada.” 102
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Templo cuja construção se iniciou no final do século 14, nunca teve a fachada acabada, em razão de desavenças eclesiásticas The facade of this temple, whose construction began in the late 14th century, was never completed due to ecclesiastic disagreements
Founded as a Roman colony in the year 189 B.C., historical Bologna, one of the most preserved relics in Europe, is perfectly explorable on foot. It’s delineated by an area formerly circumscribed inside a wall dating from the 18th century, of which 10 entrance gates have survived, and its epicenter is the Piazza Maggiore, the backyard of the immense Basilica di San Petronio. Nearby this locale are academic attractions open to students and tourists. One good example is the Archiginnasio of Bologna, Unibo’s first permanent unit. The building contains a curiosity, the Anatomical Theatre, which dates from the 17th century, a combination surgery center and classroom. As you follow the Via Zamboni and reach the Piazza Giuseppe Verdi — home to the splendid Teatro Comunale —, the rising volume of voices and the decrease in the average age attest to your arrival at the neighborhood where the students live. Though the institution is scattered throughout dozens of buildings, this stretch is where its most significant property is located. And, based on the excitement beneath the porticos that lead to the classrooms, it’s easy to see that the students are in charge here. “The students were the first ones to organize themselves with statutes for the creation of the university concept, which originated in Bologna; only later did the professors unite,” says professor Gian Paolo Brizzi in the office of the History, Culture and Civilization Department of Unibo. In the rectory’s impressive anteroom, vice dean Carla Salvaterra explains what the entity means for the country. “In 1888, the university celebrated its 800th anniversary, and it was very important in symbolizing knowledge in Italy, which had been recently unified at the time.”
Vitrine de salumeria, detalhe da Fontana del Nettuno, interior do Teatro Comunale, pórticos do Archiginnasio e água da fonte citada acima. Na página ao lado, o Palazzo Comunale Display window at a cold cuts shop, detail of the Fontana del Nettuno, inside the Teatro Comunale, porticos of the Archiginnasio and water of the abovementioned fountain. On the side page, the Palazzo Comunale tam nas nuvens
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Estudante na Piazza Galvani. Ao lado, detalhes da janela do Palazzo Comunale e salumeria Student at the Piazza Galvani. Side photo, details of the windows of the Palazzo Comunale and a cold cuts shop
“Você vive a história, cada lugar é de um período — romano, medieval, renascentista —, tudo reunido no mesmo ambiente” “You live the history, each place is from a different period — Roman, medieval, the Renaissance —, all of it united in the same setting” André Fagundes
Mineiro que cursa design na universidade A native of Minas Gerais studying design
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Canale delle Moline visto da Via Piella. Na pรกgina ao lado, a Piazza Cavour Canale delle Moline viewed from Via Piella. On the side page, Piazza Cavour
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“Aqui a atmosfera é outra. Há alunos de todos os lugares da Itália, e todos querem se conhecer, fazer amizade. É uma cidade cheia de histórias para contar, que põe as pessoas em contato com gente do mundo inteiro” “The atmosphere here is different. There are students from all parts of Italy, and everyone wants to meet and make friends. It’s a city filled with stories to tell, which puts people in contact with others from all over the world” Elenckey Pimentel
Acreano de Xapuri, mestrando em línguas A native of Xapuri, Acre, studying for his master’s in languages
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DENTRO e fora
da universidade
Em meio a paredes grafitadas e rodinhas de jovens conversando, Carla leva a reportagem a uma peregrinação pelos muitos espaços históricos da Unibo. Entre os imperdíveis estão o Museu da Universidade, no Palazzo Poggi, dedicado à ciência e à arte, e a Biblioteca Universitária. Criada em 1712 como um Instituto de Ciências e apadrinhada pelo papa bolonhês Benedito XIV, armazena mais de 500 mil títulos e ostenta uma sala de leitura de visual arrebatador. A Aula Magna, como é chamada, funciona hoje apenas para visita turística, abrindo para consultas só em ocasiões especiais. Literatura, aliás, é o que não falta em La Dotta. Há livrarias para todos os gostos, incluindo a hipster Modo, geminada com um ótimo pub na Via Mascarella, o coração boêmio da porção universitária. A mesma rua enfileira redutos cheios a partir da hora do aperitivo e é o endereço de duas célebres casas de shows, a Cantina Bentivoglio e o Bravo Caffè, onde o jazz e o soul são protagonistas. No outro órgão pulsante da noite bolonhesa, a Via del Pratello, sobram bares bacanas em que se escutam bandas de qualidade ao vivo, geralmente grátis. Experimente o Barazzo Live e o Macondo. A região abriga ainda um dos melhores ristoranti da cidade, All’Osteria Bottega, singelamente decorado, com serviço impecável e especializado em bollito misto (mistura de diferentes tipos de carne bovina).
Um cofre instalado ali guarda relíquias como a cópia utilizável mais antiga da Torá, do século 12 A safe installed there holds such relics as the oldest legible copy of the Torah, which dates from the 12th century
Velho costume do norte da Itália, é como um ancestral do happy hour An old custom in northern Italy, it’s like an ancestral version of happy hour
INSIDE and out of the university • In the midst of graffiti-covered walls and circles of young people in conversation, Salvaterra leads our reporters on a pilgrimage through Unibo’s many historical spaces. The essentials include the University Museum at Palazzo Poggi, dedicated to science and art, and the University Library. Created in 1712 as an Institute of Sciences and sponsored by the Bolognese pope Benedict XIV, it holds over 500,000 titles and features a reading room with a stunning view. The Aula Magna, as it is known, currently serves as a visiting place for tourists, opening for consultations only on special occasions. Incidentally, literature is one thing there’s no shortage of in La Dotta. There are bookstores for all tastes, including the hipsterish Modo, adjacent to a great pub on Via Mascarella, the bohemian heart of the university district. The same street is lined with establishments that get crowded around happy hour and home to two celebrated live music venues, Cantina Bentivoglio and Bravo Caffè, which specialize in jazz and soul music. On the other street for the pulsating Bolognese nightlife, Via del Pratello, there are hip bars aplenty where you can see quality live bands, usually for free. Check out Barazzo Live and Macondo. The region is also home to one of the best restaurants in town, All’Osteria Bottega, where you can enjoy unique décor, impeccable service and the house specialty — bollito misto (a mixture of different types of beef).
Aula Magna, a sala de leitura da Biblioteca Universitária. Na página ao lado, cenas da região conhecida como Quadrilátero e sobremesa da All’Osteria Bottega The Aula Magna, the reading room inside the University Library. On the side page, scenes of the region known as the Quadrilátero and dessert at All’Osteria Bottega tam nas nuvens
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Bolonha
Ao lado, imagem das torres Asinelli e Garisenda, pórticos típicos da cidade, prato com embutidos regionais e rua de Bolonha Side photo, image of the Asinelli and Garisenda towers, porticos typical of the city, a dish made with regional cold cuts and a street in Bologna
Obrigatórios
e imperdíveis
TV TA MN AS NU VE NS A equipe da TV TAM Nas Nuvens também foi a Bolonha. Confira o vídeo nos voos domésticos TAM e em youtube.com/tam The TV TAM Nas Nuvens team also went to Bologna. Check out the video on flights within Brazil and on youtube.com/tam
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“É o chique norte da Itália, todo mundo bem vestido. A cidade vai muito além da universidade” “Northern Italy is fancy, everyone is well dressed. The city has much more than just the university” Nana Caetano
Mineira e editora da revista ELLE, que morou um mês na cidade para finalizar seu mestrado, em 2011 A Minas Gerais native and editor at ELLE magazine, she spent a month in the city in 2011, finishing her master’s degree
The can’t-miss essentials • Just steps from the Piazza Maggiore, where we began our tour, it’s also possible to stop by other highlights of Bologna’s medieval complex: the neighboring 450-year-old Piazza Nettuno, home to a fountain honoring the Greek god of the same name, created by Florentine artist Giambologna; the beautiful Palazzo Re Enzo and Palazzo del Podestà, both of which date from the 18th century; and the Quadrilátero, a set of charming streets home to an abundance of gelato shops, colorful fruit stands and cinematic cold cut and cheese vendors. It’s here that you get a hefty dose of the convivialità which Zabbini described at the start of our visit: a mandatory visit to a cafe — try the elegant Terzi — for the sacred late-afternoon aperitif, which now has a contemporary version that spoils people’s souls and wallets. Customers pay more for drinks (beers cost between €4 and €5), but they can dig into a free and generous buffet. Recommended stops include the Tarcaban Cafè and Lortica. Still, the most famous place is the medieval Osteria del Sole, where they only serve drinks. To wrap things up without missing out on an essential landmark, we headed to the iconic pair of towers erected nine centuries earlier, in the border area between the Quadrilátero and the old Jewish ghetto. From Asinelli, the taller (319 ft/97.2 m) and older of the two, there’s a spectacular view of Bologna and the hills that surround it. Every one of the 498 steps is worth the climb. Meanwhile, its “sister” tower, Garisenda, leans like the tower of Pisa. Originally standing 197 feet [60 m] high, some 39 feet [12 m] were “cut” due to problems stemming from the crookedness. Its foot features an inscription of verses 136-138 from “Hell,” from Dante’s The Divine Comedy, in which the tower is mentioned by the legendary author. Up top or on the ground, there you can feel — and view — the essence of the city.
ilustração: davi augusto
A poucos passos da Piazza Maggiore, onde começamos nosso roteiro universitário, também é possível alcançar outros highlights do complexo medieval de Bolonha: a vizinha Piazza Nettuno, de 450 anos, lar da fonte em homenagem ao deus grego homônimo, obra do artista florentino Giambologna; os belíssimos palazzi de Re Enzo e de Podestà, ambos do século 18; e o Quadrilátero, um conjunto de ruelas charmosas onde abundam sorveterias, coloridíssimas bancas de frutas e cinematográficas estufas de embutidos e queijos. Neste trecho toma-se um banho da tal convivialità, descrita por Giorgia no início do passeio: a obrigatória passada em um café — aposte no elegante Terzi — e o sagrado aperitivo no final da tarde, que ganhou uma versão contemporânea que afaga almas e bolsos. O cliente paga mais caro para beber (uma cerveja entre 4 e 5 euros), mas pode se servir de um bufê variado e gratuito. Entre as paradas recomendáveis para a prática estão o Tarcaban Cafè e o Lortica. A mais famosa, porém, é a medieval Osteria del Sole: purista, só serve bebidas. Para encerrar e partir sem o peso na consciência de não visitar um cartão-postal, seguimos para as icônicas duas torres erguidas há nove séculos, no limite entre o Quadrilátero e o antigo gueto judaico. Da Asinelli, a mais alta (97,20 metros) e antiga, tem-se a espetacular vista de Bolonha e das colinas que a cercam. Vale cada um dos 498 degraus. Já a torre “irmã”, Garisenda, é torta como a de Pisa. Originalmente com 60 metros, teve 12 metros “cortados” por conta de problemas decorrentes da inclinação. Em seu pé há uma inscrição dos versos 136-138 do “Inferno” de A Divina Comédia, de Dante, no qual o mítico escritor a menciona. No alto ou no solo, ali se entende — e se enxerga — a essência da cidade.
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Bolonha Piazza Magiore, onde estão o Palazzo dei Bianchi e a Basilica di San Petronio Piazza Magiore, home to the Palazzo dei Banchi and the Basilica di San Petronio
Mangia che te fa bene Num raio de 100 quilômetros de Bolonha fica um verdadeiro cinturão gastronômico, onde estão Módena, famosa por seu aceto (vinagre balsâmico), e a duplinha Parma e Reggio Emilia, berços do queijo parmigianoreggiano e do mais famoso prosciutto italiano. Vale lembrar, ainda, que a denominação de origem Mortadella Bologna é um dos orgulhos da capital, onde se encontram todas essas maravilhas da região. Vá atrás dessas delícias e dos vinhos Colli Bolognesi e Colli d’Imola nos polos da slow food local: Mercato di Mezzo, Mercato delle Erbe e a filial bolonhesa do festejado Eataly. Aos sábados — e no verão também às quartas —, cerca de 25 barraquinhas de produtores orgânicos formam os Mercati della Terra. E atenção: jamais mencione por essas bandas o spaghetti alla bolognesa, que não existe por aqui. A verdadeira massa típica com carne é o tagliatelle al ragù, cujo molho se prepara com pouquíssimo tomate e a massa é mais larga do que o espaguete.
Within a 62-mile [100 km] radius of Bologna is a true circuit of culinary arts, including Modena, famous for its balsamic vinegar, and the formidable duo of Parma and Reggio Emilia, the birthplace of Parmigiano-Reggiano cheese. Also, keep in mind that the designation of origin Mortadella Bologna is a source of pride in the city, where you can find all of the region’s wonders. Check out these delights and some Colli Bolognesi and Colli d’Imola wine at the local centers for slow food: Mercato di Mezzo, Mercato delle Erbe and the Bolognese affiliate of the celebrated Eataly. On Saturdays — and also Wednesdays during the summer —, around 25 stands of organic producers comprise the Mercati della Terra. But be sure not to mention spaghetti Bolognese, because there’s no such thing around here. The real pasta and meat dish is tagliatelle al ragù — the noodles are broader than spaghetti and the sauce is made with a tiny bit of tomatoes.
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como chegar
Getting there
Os trens de alta velocidade fazem o trajeto Milão-Bolonha em uma hora. As locomotivas regionais chegam ao destino em duas horas e meia. The high-speed trains cover the Milan-Bologna trajectory in an hour. The regional trains make the trip in two and a half hours. trenitalia.com
Agradecimentos / Special Thanks: Vídeos e fotografias realizados com autorização da Biblioteca Universitária de Bolonha — Alma Mater Studiorum — Universidade de Bolonha Videos and photos taken with authorization from the University of Bologna Library — Alma Mater Studiorum — University of Bologna
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