Observatório de Comércio Exterior Sage – Soluções Globais Semana 1 – Outubro de 2016
América do Norte e América do Sul EMPRESAS SUÍÇAS EXPRESSAM PREOCUPAÇÕES COM A CORRIDA ELEITORAL NORTE-AMERICANA A Câmara de Comércio Suíça-Estados Unidos demonstrou preocupações no tocante a um possível resultado da corrida eleitoral norte-americana. Segundo Martin Naville, chefe executivo da Câmara, a eleição de Donald Trump - que publicamente expressou-se contrário à certas correntes de comércio internacional e favorável ao aumento das tarifas alfandegárias para o México e China, traria instabilidade ao comércio internacional, afetando negativamente o valor do dólar, bolsas de valores e laços econômicos. Apesar disso, a Câmara disse estar disposta a cooperar com qualquer presidente que seja eleito, tendo em vista que as interações econômicas entre os Estados Unidos e a Suíça aumentaram 40.5% nos últimos 5 anos (enquanto as interações Suíça-União Europeia decaíram 3.6%).
FOLHAS DE FERRO DA CHINA ESTÃO SENDO VENDIDAS ABAIXO DO PREÇO NOS ESTADOS UNIDOS
O Departamento de Comércio nos Estados Unidos declarou recentemente que as importações de folha de ferro inoxidável vindas da China estão sendo vendidas no país muito abaixo do preço do mercado, o que configura crime. O mesmo órgão já emitiu taxações anti-dumping, obrigando as empresas a taxarem os produtos chineses com que variam de 63.8% até 76.64% do valor dos produtos. Vale lembrar que a Comissão de Comércio Internacional dos EUA já havia ganho o direito de sobretaxar também as folhas de ferro vindas da Turquia, Brasil, Austrália, Reino Unido, Holanda, Japão e Coreia do Sul.
GOVERNO NORTE-AMERICANO DEBATE INTERFERÊNCIA NA ECONOMIA APÓS EXEMPLOS CHINESES E RUSSOS Uma agência de auditoria do governo dos Estados Unidos irá dirigir um estudo para saber de que maneiras o Estado pode corrigir sua política de investimentos externos em território norte-americano, depois de suspeitas levantadas por juristas sobre compras feitas por
empresas russas e chinesas ligadas aos seus respectivos governos, principalmente em Hollywood. Estes defendem que deve haver segurança extra para estes casos, devido à suspeitas de que empresas externas estariam desenrolando esforços para exercer maneiras de censura na mídia norte-americana.
BRASIL E ARGENTINA Um acordo de cooperação entre Brasil e Argentina com objetivo de fomentar as relações entre os dois principais atores da América Latina ganhará forma no 21o MEETING INTERNACIONAL que será realizado em 14 de outubro. Michel Temer e Mauricio Macri, por terem ambos uma política econômica de caráter liberal, pretendem retomar as atividades econômicas da região e então se recuperar do período de instabilidade.
TAXA DE DESEMPREGO PREOCUPA TODA AMÉRICA LATINA A Segundo a OIT e a Cepal, aumentos nos índices de desemprego na América Latina e Caribe são esperados para 2016. A taxa de emprego, que deverá ser maior que 7%, é resultado da crescente desestabilidade econômica e política da região.
Europa e Oceania FORD FECHA FÁBRICAS NA AUSTRÁLIA Depois de noventa anos, a Ford fecha suas fábricas australianas e confirma que aproximadamente 600 trabalhadores das fábricas perderão seus
empregos
quando
as
plantas
da
empresa em
Broadmeadows e Geelong, no sul do país, se fecharem nesta sexta-feira (07/10). O diretor executivo da Ford Austrália afirmou que a empresa vai continuar atuando em outros campos, e que em 2018 contratará por volta de 1,5 mil profissionais qualificados nas áreas de engenharia e design. Sindicato dos trabalhadores apontou que esses desempregos não afetarão apenas funcionários da Ford, estima-se que para cada trabalhador da fábrica há cerca de quatro a sete
trabalhadores em setores complementares. O ministro das Finanças disse que o governo, através do plano de desenvolvimento da indústria militar, buscará auxiliar os trabalhadores afetados em uma transição para novos empregos.
PETROBRÁS NEGOCIA VENDA DE CAMPOS A AUSTRALIANA KAROON GAS A Petrobrás informou nesta quinta-feira que está em negociação com a Karoon Gas Austrália para a venda de participação nos campos de Baúna e Tartaruga Verde, nas bacias de Santos e de Campos, respectivamente. A transação sobre o primeiro campo seria da venda de 100%, e do segundo corresponderia na venda de metade do campo. A empresa australiana já detém cerca de cinco concessões de exploração e produção no Brasil. O campo de Tartaruga Verde ainda está em estágio inicial de desenvolvimento, mas o campo de Baúna já opera a mais de três anos e produz cerca de 45 mil barris por dia. Nesta quarta-feira (05/10) a Câmara dos Deputados aprovou o texto base do projeto que visa retirar a obrigação da Petrobrás ser operadora exclusiva nas áreas do pré-sal.
TESLA ANUNCIA QUE ABRIRÁ LOJA NA NOVA ZELÂNDIA
A empresa automotiva estadunidense, Tesla, que desenvolve, produz e vende automóveis elétricos anunciou que abrirá uma loja na Nova Zelândia
no
segundo
trimestre
do
próximo
ano,
para
poder
corresponder a grande demanda do país. Por outro lado, Goldman Sachs apontou menor investimento na empresa com a queda na bolsa de investimentos da Tesla nos últimos dias. A empresa tem ganhado visibilidade pela ideia de sustentabilidade com design luxuoso.
EXPORTAÇÃO DE METAIS BÁSICOS CAEM EM LONDRES, MAS COBRE É SUSTENTADO POR PETRÓLEO Os metais básicos operam majoritariamente em baixa em Londres, mas o cobre avança, favorecido pela recuperação do petróleo. Na quartafeira (05/10) o alumínio para três meses negociado na London Metal Exchange (LME) caía 0,09%, a US$ 1.667,50 por tonelada, enquanto o chumbo recuava 0,58%, a US$ 2.061,00 por tonelada, o zinco diminuía 0,53%, a US$ 2.367,00 por tonelada, o níquel perdia 0,50%, a US$ 10.000,00 por tonelada, e o estanho tinha queda de 0,58%, a US$ 19.790,00 por tonelada. "Os metais básicos estão apenas marcando passo até que os chineses retornem", comentou Robin Bhar, analista de commodities do Société Générale. Os investidores chineses estavam afastados devido a um feriado que se estendeu até sexta-feira (07/10), o que tende a reduzir o volume de negócios nos mercados de metais. A China é o maior consumidor mundial de cobre e de outros metais básicos. Por outro lado, os preços do petróleo avançam mais de 1,5% nos negócios, após recuarem levemente, favorecendo o cobre, uma vez que ambas as commodities são frequentemente negociadas em amplas cestas nas quais o petróleo tem peso significativo.
ING SUPRIME 7 MIL EMPREGOS O banco ING vai despedir 7 mil funcionários na Bélgica e na Holanda até 2021, confirmando assim os rumores. Os sindicatos criticam a medida. Ike Wiersinga, do sindicato holandês CNV, estima que “não era a intenção do governo quando salvou o banco”. Trata-se da maior reestruturação do ING desde 2009, quando este foi resgatado pelo governo holandês devido à crise financeira. O ING emprega 52 mil pessoas. O banco quer poupar cerca de 900 milhões de euros, para investir nas plataformas digitais nos próximos cinco anos e
adaptar-se às novas exigências dos clientes. O analista de mercados, da CMC Markets, Jasper Lawler explica: “Suprimir empregos no Ocidente, ou deslocar empregos para zonas mais baratas, faz parte da estratégia para reduzir os custos numa época de baixas taxas de juro, o que reduz a capacidade de retorno sobre investimento por parte das empresas financeiras e de ganhos sobre os empréstimos por parte dos bancos”. O ING junta-se assim à longa lista de demissões feitas nos últimos tempos no setor bancário na Europa.
ESTUDO MOSTRA QUE REINO UNIDO PERDE BILHÕES DE LIBRAS EM EXPORTAÇÕES Reino Unido está perdendo bilhões de libras em exportações por ano por causa de uma falha para ajudar as pequenas e médias empresas a achar novos mercados, de acordo com uma análise que destaca preocupações das empresas sobre como exportar depois do Brexit (saída do Reino Unido da União Europeia). Se o Reino Unido ajudasse as PME (pequenas e médias empresas) a entrar em novos mercados, suas vendas no exterior poderiam aumentar £ 141.3bi em um ano, fazendo com que sua a taxa de exportação suba mais de 40%, diz o Centro de Pesquisa em Economia e Negócios (CEBR). Isto o coloca entre os cinco países com pior desempenho na Europa quando se trata de obter exportação de pequenas e médias empresas (PME), diz o relatório de consultoria do CEBR, colocando o país na parte inferior do ranking europeu ao lado da Alemanha, Suécia, Polónia e Finlândia. Mas o Reino Unido e Alemanha também estão entre os cinco maiores no nível de exportações absolutas, graças ao sucesso de suas empresas maiores no comércio exterior. O relatório constatou que menos de um quinto das PME do Reino Unido estavam vendendo seus bens e serviços no exterior, em comparação com dois quintos das grandes empresas no Reino
Unido.
Enquanto
os
ganhos
potenciais
de
mais
exportações das PME parece bons no papel, eles parecem muito mais difíceis de alcançar na realidade. A sondagem de chefes de 1.054 PME, feita pela CEBR, mostrou que apenas 5% tinham planos para começar a exportar nos próximos cinco anos e mais de dois quintos dos entrevistados disseram que o Brexit iria dificultar a sua capacidade de exportação. O político Philip Hammond se comprometeu a lutar por "o melhor acesso possível aos mercados europeus para as indústrias de manufatura e serviços". O relatório divulgou que, além da Brexit, potenciais exportadores foram adiadas de vender para o exterior por barreiras linguísticas e as diferenças culturais. O idioma é a maior barreira que as PME encontram ao procurar entrar na região ÁsiaPacífico e América do Sul. A cultura foi nomeada como o maior obstáculo para as que querem entrar na África e no Oriente Médio.
Ásia e África YUAN TORNA-SE UMA DAS “MOEDAS DE ELITE” DO FMI O Yuan se tornou uma das moedas de confiança do FMI nessa semana e entrou para o seleto grupo de moedas consideradas de “elite” pela organização. O grupo é composto pelo Dólar americano, o Euro, o Yen japonês e pela Libra britânica. A entrada do Yuan a esse grupo aumenta a confiança de investidores estrangeiros, pois reduz os riscos de câmbio, bem como os custos de angariação de fundos. Segundo Christine Lagarde, Diretora-Geral do FMI, “a inclusão do Yuan reflete o progresso feito na reforma monetária chinesa, nas negociações internacionais e nos sistemas financeiros e no reconhecimento dos avanços feitos na liberalização e na melhoria da infraestrutura dos seus mercados financeiros”.
LIBRA SOFRE QUEDA REPENTINA E ASSUSTA OS MERCADOS CHINESES A Libra chocou o mercado asiático e tem o mercado europeu em xeque. Em um dia de baixa movimentação dos mercados da China – que estão se fechando durante toda a semana para
festividades locais – o preço da moeda britânica de repente desabou: diminuiu 6%, de $1,26 USD para $1,184 USD, em apenas dois minutos. Em um dos sistemas eletrônicos de cotação, o valor chegou a bater $1,1378 USD, que representa cerca de 10% de queda no valor, segunda a Bloomberg. Ela não ficou a estes níveis baixos e rapidamente se recuperou chegando a $1,24 USD. Mas no meio da sessão europeia, a moeda novamente (embora menos acentuada) sofreu uma queda de cerca de 2%.
PAÍSES ASIÁTICOS PRESSIONAM EUA PARA PROSSEGUIREM COM O TPP Em agosto, o primeiro-ministro de Singapura, Lee Hsien Loong, salientou um mal-estar durante a sua viagem a Washington: "Para os amigos e parceiros da América, ratificando a TPP é um teste decisivo da sua credibilidade e seriedade de propósito (na região da ÁsiaPacífico)." Lee salientou ainda que os Estados Unidos não poderiam atingir os seus objetivos na Ásia através de uma postura de segurança centrada: "Ele vai adicionar substâncias para o ‘reequilíbrio’ dos EUA, o que não pode ser apenas sobre os militares, ou a 7a Frota". O Japão, um dos mais importantes aliados de Washington na região, também pediu para os EUA seguirem com o TPP. O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, visitou recentemente os Estados Unidos para assistir às reuniões da Assembleia Geral das Nações Unidas e indicou que: "Através do TPP, os EUA podem deixar claro seu compromisso em desempenhar um papel de liderança no crescente da Ásia-Pacífico."
CHINA FORTALECE SUA PRESENÇA NO CONTINENTE AFRICANO COM SUA MOEDA E NOVOS INVESTIMENTOS O capital chinês segue tendo grande importância para o desenvolvimento dos países africanos. Em Angola há um otimismo com a maior internacionalização da moeda chinesa (renminbi), pois o país passaria a ter mais segurança e diminuição de custos nas negociações,
que
em
sua
maioria,
são
triangulares,
necessitando se sustentar no dólar. A presença chinesa na África também se destaca nos investimentos. A reunião entre a presidência da Comunidade Económica de Desenvolvimento da África Ocidental (Cedeao) e uma delegação do Banco de Desenvolvimento da China (BDC) elaborou projetos que construirão uma estrada de mais de 3 mil quilômetros ligando Abidjan, na Costa do Marfim, a Dacar, no Senegal, além de maiores investimentos em infraestrutura e crédito para pequenas e médias empresas africanas.
ONU PRESSIONA PELO FIM DO COMÉRCIO DE MARFIM E CHIFRES DE RINOCERONTE A Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Ameaças (CITES, na sigla em inglês) aprovou um documento que pressiona os países membros da Organização das Nações Unidas a proibir o comércio de marfim (obtido das presas de elefantes) e de chifres de rinocerontes. Dentro de países como Suazilândia, África do Sul, Namíbia e Zimbábue, que estão envolvidos nesse comércio, há correntes que defendem uma regulação do comércio, temendo que a proibição total incentive o mercado negro. Enquanto isso a empresa Pembient elabora protótipos sintéticos destes dois produtos, o polêmico projeto visa diminuir este mercado e as mortes dos animais investindo na cópia.
GRANDES EMPRESAS MULTINACIONAIS SE MOVIMENTAM NO CONTINENTE AFRICANO A empresa norte-americana General Electric anunciou que planeja investir 150 milhões de dólares na Nigéria em 2017, apesar dessa confirmação, o presidente da maior economia
africana, Muhammadu Buhari, havia anunciado que a empresa desembolsaria mais de 2 bilhões de dólares para investimentos em território nigeriano. Em Moçambique, a mineradora Vale fechou a venda de parte de suas participações na mina de carvão de Moatize e no corredor logístico de Nacala para a japonesa Mitsui, a negociação visa diminuir a dívida da gigante brasileira. Já o banco inglês Barclays resolveu vender sua filial egípcia para o banco marroquino Attijariwafa, a nova estratégia é focar as atividades nos Estados Unidos e GrãBretanha.
FONTES http://www.shanghaidaily.com/business/economy/Yuan-joinselite-club-of-reserve-currencies/shdaily.shtml http://www.reuters.com/article/barclays-egypt-idUSL5N1CA4DM http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/09/1818084-valepreve-receber-us-768-milhoes-da-mitsui-por-acordo-emmocambique.shtml http://www.nytimes.com/reuters/2016/10/03/business/03reutersnigeria-economy.html http://oglobo.globo.com/sociedade/sustentabilidade/paraconter-caca-de-rinocerontes-empresa-promete-chifre-artificial-20237441 http://oglobo.globo.com/sociedade/sustentabilidade/nacoesunidas-pedem-fim-do-comercio-legal-de-marfim-20218083 http://www.nytimes.com/aponline/2016/10/03/world/africa/ap-afsaving-species-rhinos.html http://www.nytimes.com/aponline/2016/10/02/world/africa/ap-afunited-nations-ivory-markets.html
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