Quiz textos comunicacionais 40 questões

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MIRANDELA

Ficha Informativa

CONTEÚDOS DE LÍNGUA PORTUGUESA

8º Ano

Junho 2013

Nível 3

Nível 4

Nível 5

TEXTOS COMUNICACIONAIS 1. O verbete de enciclopédia é composto por dois elementos: a entrada e o artigo. 2. Num verbete de enciclopédia, a entrada corresponde à palavra ou expressão acerca da qual se fornece a informação. 3. Num verbete de enciclopédia, o artigo corresponde à informação disponibilizada para cada entrada. 4. A reportagem pode incluir “caixas”, onde se abordam assuntos complementares. 5. A reportagem é geralmente assinada pelo seu autor. 6. A reportagem apresenta uma linguagem subjetiva, evidenciando as opiniões do seu autor. 7. Numa reportagem, a entrada corresponde ao 1.º parágrafo, onde se apresenta um apontamento impressivo do sentido do texto. 8. Um anúncio publicitário é um texto essencialmente argumentativo. 9. A imagem e o slogan são elementos essenciais de um anúncio publicitário. 10. Nem todos os textos comunicacionais têm a mesma intencionalidade comunicativa. 11. A notícia, a reportagem e a crónica são textos que pertencem ao protótipo narrativo. 12. O artigo de opinião e o artigo de apreciação crítica (ex. crítica de cinema) são textos que pertencem ao protótipo argumentativo. 13. Os artigos científicos e técnicos pertencem ao protótipo explicativo (expositivo-explicativo). 14. A entrevista pertence ao protótipo conversacional. 15. Uma notícia é a narração oral ou escrita de uma situação ou um acontecimento verdadeiro e atual. 16. Uma notícia deve ser uma narração ordenada, objetiva e sem comentários. 17. O título de uma notícia deve ser breve, sugestivo, interessante, original e apelativo. 18. O título de uma notícia deve levar o recetor a interessar-se pelo conteúdo da notícia. 19. O lead corresponde ao primeiro parágrafo de uma notícia. 20. O lead de uma notícia deve responder às questões “Quem?”, “O quê”, “Onde?” e “Quando?”. 21. Numa notícia, as informações são dadas segundo uma ordem decrescente de importância e de interesse. 22. Numa notícia, as informações são dadas segundo a técnica da pirâmide invertida. 23. No corpo da notícia, encontramos geralmente a resposta às questões “Como?” e “Porquê?”. 24. Geralmente, as notícias não são assinadas pelos seus autores. 25. A linguagem de uma notícia é essencialmente objetiva. 26. O artigo de apreciação crítica é um texto que expõe a opinião de quem o assina. 27. O artigo de apreciação crítica é um texto que visa essencialmente influenciar a opinião pública sobre um determinado tema. 28. No artigo de apreciação crítica, o seu autor inicia geralmente por uma breve apresentação do objeto da crítica (facto/acontecimento/produto cultural, etc.). 29. No artigo de apreciação crítica, encontramos as apreciações pessoais (avaliação) do seu autor (qualidades técnicas; aspetos mais positivos; aspetos mais negativos...). 30. No artigo de apreciação crítica, o seu autor apresenta os argumentos que permitem fundamentar as opiniões emitidas. 31. No artigo de apreciação crítica, a linguagem deverá ser valorativa ou depreciativa, dependendo da opinião que se pretende formular (de agrado ou desagrado). 32. O artigo de apreciação crítica é geralmente escrito na terceira pessoa gramatical, com os verbos no presente do indicativo. 33. O artigo científico e técnico é um texto produzido por especialistas em determinadas áreas do saber – investigadores, cientistas, etc. – e tem por objetivo divulgar os resultados de estudos em matérias específicas. 34. No âmbito dos media, os artigos científicos e técnicos, pelo caráter heterogéneo do público a que se destinam, adquirem uma configuração mais informativa e didática.


35. A entrevista tem em vista recolher dados de informação e opinião sobre temas específicos. 36. Às vezes, a pessoa a entrevistar não se escolhe pelo tema, mas por ter sido protagonista de algo que interessa conhecer. 37. O questionário de uma entrevista deve ser elaborado de acordo com o tema, os objetivos da entrevista, as expectativas do entrevistador e de possíveis leitores/ouvintes. 38. O entrevistador deve evitar influenciar as respostas do entrevistado. 39. É necessário adequar as perguntas ao entrevistado (personalidade, nível etário, nível sociocultural...) e à situação (momento e lugar). 40. Na entrevista, é hábito redigir-se uma introdução e um parágrafo final (despedida, síntese, agradecimento...).


CONHECIMENTO EXPLÍCITO DA LÍNGUA A) Classes de Palavras

1. 2. 3. 4. 5.

O nome, o adjetivo, o verbo, o determinante, o pronome e o quantificador são classes de palavras variáveis. O nome corresponde a seres, objetos ou outras entidades que sabemos que existem. Um nome pode ser comum ou próprio. O nome comum pode ser coletivo ou não, contável ou não contável. O adjetivo atribui uma característica/propriedade a um nome ou indica a ordem em que este se encontra em relação a outros nomes. 6. O adjetivo pode ser qualificativo, relacional ou numeral. 7. O adjetivo relacional geralmente não aceita flexão em grau ou ser colocado antes do nome e não tem antónimo. 8. O adjetivo numeral indica a ordem em que se encontra um nome em relação a outros nomes. 9. O verbo conjuga-se, isto é, flexiona-se, por exemplo, em modo, tempo, pessoa e número. 10. Quanto à subclasse do verbo, existem verbos copulativos, principais e auxiliares. 11. O verbo principal pode ser transitivo ou intransitivo. 12. Um verbo principal transitivo pode ser direto, indireto ou ainda direto e indireto em simultâneo. 13. O verbo transitivo direto seleciona (exige) um complemento direto. 14. O verbo transitivo indireto seleciona (exige) um complemento indireto ou um complemento oblíquo. 15. Um verbo impessoal ou defetivo é um verbo cujo sujeito é inexistente. 16. Os verbos auxiliares acompanham verbos principais ou verbos copulativos, formando com eles complexos verbais. 17. Os modos da conjugação verbal são o indicativo, o conjuntivo, o imperativo, o condicional e o infinitivo. 18. O determinante acompanha e determina o nome, com o qual concorda em género e número. 19. O determinante pode ser indefinido, relativo, interrogativo, possessivo, demonstrativo, ou artigo (definido ou indefinido) 20. O pronome pode substituir um nome, um adjetivo ou uma oração. 21. Há pronomes possessivos, indefinidos, demonstrativos, interrogativos, pessoais e relativos. 22. O quantificador precede o nome e acrescenta informações sobre a quantidade, o número ou a parte daquilo que é designado. 23. O quantificador diferencia-se do determinante por apresentar informações sobre quantidade ou número. 24. O quantificador pode ser numeral, interrogativo, existencial ou universal. 25. O quantificador universal refere um valor absoluto, que representa a totalidade dos elementos de um conjunto. 26. O quantificador existencial apresenta um valor relativo, dependente do ponto de referência adotado. 27. A preposição, a interjeição, a conjunção e o advérbio são classes de palavras invariáveis. 28. A preposição e a conjunção têm a função de ligar elementos de uma frase. 29. A conjunção liga orações ou palavras da mesma classe. 30. A preposição é a única classe de palavras que permite ligar umverbo a um nome ou grupo nominal. 31. A interjeição serve para expressar emoções, sentimentos ou sensações e encontra-se sempre separada do resto da frase por um sinal de pontuação. 32. O advérbio modifica a frase ou elementos da frase – geralmente, a frase continua com sentido se o eliminarmos. 33. O advérbio de predicado exerce a função sintática de complemento oblíquo, predicativo do sujeito ou modificador do grupo verbal. 34. O advérbio de frase desempenha a função sintática de modificador de frase. B) Funções Sintáticas

1. 2. 3. 4. 5. 6.

O sujeito é sempre o elemento da frase do qual se diz alguma coisa (do qual se fala). O sujeito pode ser simples, composto ou nulo. O sujeito nulo pode ser indeterminado, subentendido ou expletivo (inexistente) O predicado corresponde a tudo o que se diz do sujeito. Podemos identificar os elementos que compõem o predicado, “colocando questões” ao verbo. O complemento direto é o elemento da frase que sofre a ação mencionada pelo verbo e responde às questões


“Quem?” ou “O quê?”. 7. O complemento indireto é o elemento da frase a quem é dirigida a ação mencionada pelo verbo e responde à questão “A quem?”. 8. O modificador do grupo verbal é um elemento não selecionado (não é exigido) pelo verbo que fornece informações sobre o espaço (valor locativo), o tempo (valor temporal) e o modo (valor modal). 9. O modificador do grupo verbal pode ser um grupo adverbial, um grupo preposicional ou uma oração. 10. O complemento oblíquo é um elemento selecionado (exigido) pelo verbo desempenhado por um grupo adverbial, um grupo preposicional, ou a coordenação dos dois. 11. O complemento agente da passiva é o elemento da voz passiva que pratica a ação e responde geralmente à questão “Por quem?”. 12. O predicativo do sujeito é o elemento da frase que completa o seu sentido, atribuindo uma característica, uma propriedade ou uma localização ao sujeito. 13. O predicativo do complemento direto é o elemento da frase que completa o seu sentido, atribuindo uma característica ao complemento direto. 14. O vocativo é o elemento da frase, separado por vírgulas dos outros elementos, que corresponde a um chamamento. 15. O modificador da frase é o elemento que, não pertencendo ao predicado, fornece informações sobre o modo como o falante encara aquilo que diz (opinião, ponto de vista) ou sobre o domínio ou a área do saber a que se refere o enunciado. 16. O modificador do nome acrescenta informações sobre o nome a que está associado. 17. O modificador do nome pode ser apositivo ou restritivo. C) Processos de Formação de Palavras

1. A prefixação consiste na associação de um prefixo antes de uma forma de base. 2. A sufixação consiste na associação de um sufixo a seguir a uma forma de base. 3. A prefixação e sufixação consiste na associação de um prefixo e de um sufixo a uma forma de base. É possível associar ou retirar apenas um dos afixos, originando palavras com sentido. 4. A parassíntese consiste na associação obrigatoriamente simultânea de um prefixo e de um sufixo a uma forma de base. Retirando um dos afixos, ficamos com uma palavra sem sentido. 5. A derivação não afixal consiste na criação de nomes a partir de um radical verbal. 6. A conversão (ou derivação imprópria) consiste na integração de uma palavra de uma classe ou subclasse noutra diferente, sem que haja alteração na sua forma. 7. A composição morfológica consiste na associação de um ou mais radicais ou associação de um ou mais radicais e de uma palavra. A associação é feita, geralmente, através de uma vogal de ligação (-i- ou -o-). 8. A composição morfossintática consiste na associação de duas ou mais palavras. 9. Uma sigla é uma palavra formada pelas letras iniciais de um conjunto de palavras e que se pronuncia segundo a designação de cada letra. 10. O acrónimo é uma palavra formada a partir da união de uma ou mais letras ou de sílabas iniciais de um grupo de palavras. É pronunciada como uma única palavra. 11. A onomatopeia é uma palavra formada com o objetivo de reproduzir um som natural ou produzido tecnicamente. 12. Um empréstimo consiste na importação de palavras de outras línguas. 13. A truncação consiste na criação de uma nova palavra, omitindo parte da palavra da qual deriva. 14. A amálgama consiste na criação de uma nova palavra a partir da união de partes de duas ou mais palavras. 15. A extensão semântica consiste na atribuição de um novo significado a uma palavra já existente.

D) Orações Coordenadas e Subordinadas

1. As orações coordenadas mantêm entre si uma certa autonomia. 2. As orações coordenadas copulativas expressam ligação ou adição de afirmações. 3. Uma oração coordenada adversativa estabelece uma oposição (contraste) em relação ao que é afirmado na oração anterior.


4. As orações coordenadas disjuntivas estabelecem uma alternância ou alternativa entre si. 5. Uma oração coordenada conclusiva indica uma conclusão a partir do conteúdo da primeira oração. 6. Uma oração coordenada explicativa apresenta uma justificação em relação ao que é afirmado na oração a que está ligada. 7. Uma oração subordinada adverbial causal surge como a causa do que é referido na oração a que está ligada. 8. Uma oração subordinada adverbial comparativa estabelece uma comparação relativamente ao que é dito na oração subordinante. 9. Uma oração subordinada adverbial condicional exprime uma condição ou hipótese relativamente à oração subordinante. 10. Uma oração subordinada adverbial concessiva surge como uma concessão relativamente ao que é referido na oração subordinante. 11. Uma oração subordinada adverbial consecutiva surge como uma consequência do que é referido na oração subordinante. 12. Uma oração subordinada adverbial temporal exprime uma ideia de tempo relativamente ao que é referido na oração subordinante. 13. Uma oração subordinada adverbial final surge como uma finalidade relativamente ao que é referido na oração subordinante. 14. Uma oração subordinada substantiva completiva é sujeito ou complemento de um verbo, pode ser substituída pelos pronomes “isto” ou “isso” e é geralmente introduzida pelas conjunções “que” e “se”.


TEXTO NARRATIVO 1. No texto narrativo, podemos encontrar narração, descrição, diálogos e monólogos. 2. A narração corresponde a um relato de ações e acontecimentos reais ou imaginários. 3. A descrição consiste na caracterização, com algum pormenor, de objetos, ambientes, pessoas ou personagens. 4. O diálogo corresponde a uma conversa entre personagens. 5. O monólogo é a reprodução do pensamento de uma personagem ou, eventualmente, da sua fala consigo própria. 6. O relato de acontecimentos caracteriza o texto narrativo. 7. O texto narrativo é construído pela existência de personagens e de uma acção. 8. O texto narrativo tem uma extensão muito variável. 9. A acção consiste nos acontecimentos produzidos ou sofridos pelas personagens. 10. A acção fechada revela-nos o destino das personagens. 11. A acção aberta não apresenta um desenlace definitivo. 12. A acção é constituída por sequências de acontecimentos. 13. A acção pressupõe a existência de uma situação inicial, peripécias e um desenlace. 14. A ação principal é constituída pelos acontecimentos mais relevantes. 15. A ação secundária é constituída pelos acontecimentos menos relevantes. 16. As sequências narrativas podem ser organizadas por encadeamento, alternância ou encaixe. 17. Existe encadeamento das sequências narrativas quando estas surgem ordenadas temporalmente. 18. Existe alternância quando duas ou mais narrativas são narradas de forma intercalada. 19. Existe encaixe quando uma ou mais sequências narrativas surgem inseridas noutra sequência. 20. O narrador pode ser uma personagem. 21. Quanto à presença, o narrador pode ser autodiegético, homodiegético ou heterodiegético. 22. Quanto à presença, o narrador autodiegético participa na história como personagem principal. 23. Quanto à presença, o narrador homodiegético participa na história como personagem secundária. 24. Quanto à presença, o narrador heterodiegético não participa na história que narra. 25. Quanto ao ponto de vista, o narrador objetivo apresenta os factos de forma imparcial. 26. Quanto ao ponto de vista, o narrador subjetivo apresenta os factos de forma parcial, expressando o seu ponto de vista. 27. Quanto ao relevo, a personagem pode ser principal (protagonista), secundária ou figurante. 28. A personagem principal é aquela que desempenha o papel central da ação e em torno de quem giram os acontecimentos. 29. A personagem secundária assume um papel de menor importância que o do protagonista, com quem interage (enquanto adjuvante, oponente, etc.) 30. O figurante é uma personagem normalmente irrelevante para o desenrolar da ação, mas importante como elemento caracterizador do espaço social. 31. Quanto à composição, uma personagem pode ser redonda, plana ou tipo. 32. A personagem redonda (ou modelada) revela densidade psicológica, isto é, revela-se capaz de alterar o seu comportamento e os seus sentimentos ao longo da narrativa. 33. A personagem plana não revela densidade psicológica, comportando-se de forma previsível ao longo da narrativa. 34. A personagem-tipo representa um grupo social ou profissional. 35. As personagens podem ser caracterizadas direta e/ou indiretamente. 36. Na caracterização direta, as características de uma personagem são fornecidas por si próprio ou por outra personagem. 37. Na caracterização indireta, as características de uma personagem são deduzidas pelo leitor, a partir das suas atitudes, comportamentos, gestos, falas... 38. O espaço físico é constituído pelo conjunto de locais onde decorre a acção. 39. O espaço social é o meio social / ambiente em que as personagens se movimentam. 40. O espaço social serve, muitas vezes, uma intenção crítica


41. As atitudes das personagens são, geralmente, condicionadas pelo espaço social. 42. O espaço psicológico é o espaço/atmosfera que evidencia e revela as reflexões e os pensamentos de uma personagem. 43. Numa narrativa, podemos distinguir diferentes tipos de tempo. 44. O tempo histórico é o referente histórico que serve de enquadramento à ação, isto é, refere-se à época em que a ação tem lugar. 45. O tempo cronológico (ou da história) corresponde à sucessão cronológica (temporal) dos acontecimentos. 46. O tempo do discurso corresponde à ordem pela qual os acontecimentos são narrados. 47. O tempo cronológico é assinalado através de indicadores temporais. 48. O tempo do discurso pode não ser linear, isto é, pode sofrer prolepses, analepses, elipses e resumos. 49. O tempo psicológico corresponde à forma como as personagens sentem a passagem do tempo. 50. Ao tempo subjetivo, vivido pelas personagens, chama-se tempo psicológico.


TEXTO POÉTICO 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45.

O texto poético tem essencialmente uma intenção estética. No texto poético, está presente a subjetividade e o mundo interior do sujeito poético. No texto poético, encontramos uma linguagem conotativa e plurissignificativa. O ritmo de um poema depende essencialmente do número de sílabas métricas dos versos e da sua acentuação. As estrofes classificam-se em função do número de versos que as compõem. Uma estrofe de um verso designa-se por monóstico. Uma estrofe de dois versos designa-se por dístico. Uma estrofe de três versos designa-se por terceto. Uma estrofe de quatro versos designa-se por quadra. Uma estrofe de cinco versos designa-se por quintilha. Uma estrofe de seis versos designa-se por sextilha. Uma estrofe de sete versos designa-se por sétima. Uma estrofe de oito versos designa-se por oitava. Uma estrofe de nove versos designa-se por nona. Uma estrofe de dez versos designa-se por décima. Uma estrofe com mais de dez versos designa-se pelo número de versos que tiver. A rima corresponde a uma (maior ou menor) correspondência de sons entre dois versos. Dizemos que há rima perfeita (ou soante) quando a correspondência de sons é total a partir da vogal tónica da última palavra. Dizemos que há rima imperfeita (ou toante), quando a correspondência de sons entre dois versos não é total. Existem diferentes tipos de rima, mas a cruzada, a interpolada e a emparelhada são as mais frequentes. Existe rima emparelhada quando os versos rimam dois a dois (não se encontram separados por versos de rima diferente), geralmente segundo o esquema rimático AA, BB, CC. Existe rima cruzada quando os versos rimam intercaladamente (encontram-se separados por um verso de rima diferente), geralmente segundo o esquema rimático ABAB. Existe rima interpolada, por exemplo, quando o primeiro verso rima com o quarto (esses versos encontramse separados por dois ou mais versos de rima diferente), geralmente segundo o esquema rimático ABBA. Quando os versos de uma estrofe têm a mesma rima, designam-se por monorrimos. Os versos que não rimam com outros designam-se por versos brancos ou soltos. A metrificação (ou escansão) de um verso consiste na contagem das suas sílabas métricas. As contagem das sílabas métricas faz-se até à sílaba tónica da última palavra do verso. As sílabas métricas raramente correspondem às sílabas gramaticais. Um verso de uma sílaba métrica designa-se por monossílabo. Um verso de duas sílabas métricas designa-se por dissílabo. Um verso de três sílabas métricas designa-se por trissílabo. Um verso de quatro sílabas métricas designa-se por tetrassílabo. Um verso de cinco sílabas métricas designa-se por pentassílabo ou redondilha menor. Um verso de seis sílabas métricas designa-se por hexassílabo ou heroico quebrado. Um verso de sete sílabas métricas designa-se por heptassílabo ou redondilha maior. Um verso de oito sílabas métricas designa-se por octossílabo. Um verso de nove sílabas métricas designa-se por eneassílabo. Um verso de dez sílabas métricas designa-se por decassílabo. Um verso de onze sílabas métricas designa-se por hendecassílabo. Um verso de doze sílabas métricas designa-se por dodecassílabo ou alexandrino. O soneto é uma composição poética composta por catorze versos, duas quadras e dois tercetos. Os versos do soneto são geralmente decassilábicos. As quadras do soneto apresentam geralmente os esquemas rimáticos ABBA ou ABAB. O último terceto do soneto é designado por “chave de ouro” A “chave de ouro” de um soneto surge como uma conclusão do que foi dito nas estrofes anteriores.


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