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MEU NOME É JOSÉ
from Brasileiro
Não sou homem de cartas marcadas, Não uso fardas, nem simulo farsas, Se pegar na enxada for meu destino, Farei deste chão minha longa estrada, Mas desde já lhe esclareço nesta jornada, Que a caneta é meu lugar de acolhida, Não adorno cabrestos, nem uso rédeas frias, Não vacilo na lida, nem tenho medo na vida, Meu sangue é matreiro, não destilo venenos, O vento assovia meu nome, de longe e de qualquer lugar, Durmo na cilada da noite, pois tenho onde morar, Todo dia me traz nova história, Então não venha me acordar, Pois quem sabe qualquer hora posso lhe mostrar, Todas as malditas farpas, que pude retirar, Como espinhos encravados, Devaneios de homens marcados, Pela sina de seus sobrenomes, Míticas de fogos-fátuos, Que não traduzem seu nome, E que em tortuosos caminhos, Quase sempre se escondem, Mas eu possuo meu nome, Minha vida é timbrada, sou homem, Não simulo farsas, nem uso fardas. Eu me chamo José.
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