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ESPERANÇA CABOCLA

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CLAMOR DA FLORESTA

CLAMOR DA FLORESTA

Jupará galhofeiro menino, Aqui nesta mata está seu destino.

Curumi arteiro mergulhando no igapó, Como um bicho-carpinteiro que em todos dá nó.

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Cunhantã de rebeldia tão preguiçosa, Só aqui neste lugar tem morena tão formosa.

Bebem no leito amazônico, o caldo do tacacá, Pois saídos desta margem, não acharão em nenhum lugar.

Comendo do açaí com farinha do Uarini, Um precioso tesouro que só conhecerão aqui.

Cunhã-poranga despertando sua sensual magia, Só com carapanaúba para dar conta deste dia. Olha a lenda do boto menina!

Embriagados pelo vinho do delicioso buriti, Mordiscando sorridentes maris e bacuris.

Aqui não tem beberagem, só caldo de caridade, Cura tão enfermeira para qualquer tipo de maldade.

Na seiva amargosa da lenha do amapá, Está a lei da sobrevivência que nunca faltará.

Mangarataia limpando a voz do que quer gritar, Curupira tentando ao menos despistar, Mas só Deus Pai poderá nesta hora evitar, Que a minha Amazônia possa um dia se acabar!

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