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ONÇA PINTADA

Seguindo um instinto primitivo nesta floresta exuberante, Senti um olhar a me espreitar num ímpeto de predação, Como que estudado por um desejo ávido e distante, Me senti perturbado e movido por uma estranha atração.

No adensar verdejante da escuridão à luz do dia, Um cheiro forte atraiu e distraiu minha atenção, Como que num impulso percebi a armadilha, De uma emboscada sutil de amor e paixão.

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No tremular da folhagem como um vulto que passa, Pressenti a proximidade de um sinal de extermínio, Atordoado e indefeso como a próxima caça, A saciar tua vontade de pleno poder e domínio.

De um voo repentino apareces majestosa, Com um brilho no olhar que me imobiliza, Ouço o esturro de prazer de uma fêmea formosa, Como o prelúdio de amor que teu golpe eterniza.

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