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PRIMAVERAS DE FOGO
from Brasileiro
Vem cultivar o âmago de nossa esperança, Em solo seco e árido, planta a viçosa semente, Tardia é a chuva que não se aproxima, Cruel é o calor que resseca nossas mentes.
Destila em puro ar, nosso torpe excremento, Dadivosa manhã de sutil e colorido intento, Umidifica tantos lábios amargurados pelo vento, Que arrasta do bom coração qualquer livre pensamento.
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Faça rebrilhar aos raios de um novo sol onisciente, Desejos de vida, sensações paridas, em úteros reticentes, Vislumbra no ego de cada ser vivente, Um resquício, uma sombra, de altruísmos complacentes.
Mas como posso esperar, sem uma lágrima copiosa, Quando vejo este ressurgir como uma ameaça assombrosa? Frutos que restam de árvores mal adubadas e venenosas, De homens que sentem fome, em sua mesa anteposta.
Almas de corações frios, arrogantes e impuros, Malnutridos pela ração de engodados pães duros, Quente é a falta de razão neste caminho escuro, De uma insólita expectação em Primaveras de Fogo.