1 minute read
GUERREIROS DA HUMILDADE
from Brasileiro
Mártires de seus próprios arbítrios e destinos, Este povo não tem vergonha de viver e chorar. Marcham cantando seus sôfregos e diuturnos hinos, Dia após dia, em caminhada incessante, sem blasfemar.
Como águas serenas fluem sem ceder à ebulição, Perseverando na indiferença de um mandatário mundo cão, Não dormem, não comem, mas sempre sonharão, Pois suas consciências tranquilas firmam seus pés ao chão.
Advertisement
Isentos da ganância e eloquência de seu mau patrão, Como homens predestinados a símbolos de resistência, De seus olhares simples e puros que ignoram a escuridão, Jorram lágrimas de mansidão que não pestanejam na inocência.
Semeiam a brandura compassiva em seus cânticos de devoção, Nas noites frias, sem qualquer proteção e nenhum ombro amigo, Ao luar clarividente de madrugadas sem o calor do abrigo, De suas faces percorrem a sudorese de uma dura interjeição.
Ao traduzir sua honesta e singela vontade de vivificação, Diante de autoridades supremas em poder e majestade, Enfrentam penúrias e encaram a crueldade de tanta rejeição, Com o sangue bravo e heroico de Guerreiros da Humildade.