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UMA NOITE, DOIS CAMINHOS

(Uma tragédia Chapecoense)

Esta noite ficará na história, Já não sairá de qualquer memória, Duas perdas, duas medidas, Dois sentimentos, duas feridas, Uma noite, dois caminhos.

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Choramos como um povo, Ao ver caídos no chão, Brasileiros em um maldito avião, Como guerreiros em uma missão, Derrubados por egoísmo e ambição.

Enraivecemos como um povo, Ao ver caídas no chão, A esperança e moral dos brasileiros, Traídos por tratantes e embusteiros, Que na madrugada de um plenário, Transformou uma nação em otários.

Emocionamos como um povo, Ao ver sentimentos despertados, Por um povo estrangeiro solidário, Nos ensinando a sair de um calvário, De uma tristeza intensa e absoluta, Mas que bela e exemplar conduta!

Indignamos como um povo, Ao ver sentimentos desprezados, Por um povo alienígena e vil, Que em seu interesse mercantil, Fez da corrupção em ato sutil, Como traficantes de toda sorte de mal, A verdadeira alma do congresso nacional.

Aprendemos com um povo carinhoso, Que não existem diferenças humanitárias, Quando a alma é sincera e solidária, Com clareza e paz de espírito, Confortaram nosso grito de tristeza, Colocaram o Brasil em seu colo de grandeza.

Desconfiamos como um povo, Ao perceber que somos mal representados, Por uma sórdida classe de ladrões, Que só votam e tomam uma decisão, De manter o vício da corrupção, Enchendo de retalhos a constituição.

Sentimos vergonha como um povo, De não sermos nesta noite colombianos, Queríamos ser naquele estádio como um hermano, E confortar os brasileiros em suas tragédias, Aquecendo suas almas na madrugada fria, Abraçando como companheiros neste dia.

Na tristeza das vidas humanas perdidas, Na indignação de desertos desatinos, Nesta dura noite de dois caminhos.

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