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SENTIMENTOS CÍCLICOS

Vida que vi renascer, De uma fênix que despertou e retornou a viver.

Viver ainda solitário e ressentido, Que no brilho de sua esperança, voltou a correr.

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Correr como uma criança em sua fantasia, Sem pressa pela manhã e com presente alegria.

Alegria benfazeja que renovou meu espírito, E purificou minha alma em inocência e bondade.

Bondade que brilhava no teu olhar, E reluzia em um sorriso de divina majestade.

Majestade que culminou radiante, No doce encantar de teu semblante de sobriedade.

Sobriedade quebrantada pela emoção, Que fez surgir em mim uma latente paixão.

Paixão que fertilizou meu coração, E plantou a semeadura de nossa viçosa união.

União que suplantou tantos desatinos, Mas que por força de um destino, Fez-me chorar como um menino.

Menino que na tristeza deste desencanto, Deixou de correr e se recolheu a seu pranto, Em lágrimas e letargia.

Letargia de não poder mais suportar, A constante insônia destas madrugadas frias.

Frias de amor e sentimento, Pois já não posso mais sentir o teu precioso acalento.

Acalento que nutria meu coração, Que agora suspira em silêncio, no escuro de minha solidão.

Solidão reticente em agonia, Demarcada na memória pela felicidade de um importante dia.

Dia em que a vi pela primeira vez, E que não esquecerei jamais, Mesmo que se apague a minha lucidez.

Lucidez que se extinguirá latente, No dia em que o meu sol se fizer poente.

Dia em que partirei em expectável jornada, Ao encontro da aurora perdida de minha vida.

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