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ANTROPOCENO

Mundo que não ausculta a ciência que prega, Tempo presente obtuso de seres complacentes, Religiões a cortar cabeças em uma fé perversa, Valores morais invertidos por comportamentos libertinos, Vidas que seguem ordinárias em qualquer subúrbio, Destruindo habitats em sequioso subterfúgio, Futuro que desvanece em esgoto e mar de lama, Oceanos dispneicos, sufocados como um mar moribundo, Partículas de microplásticos a castigar o seu fundo, Águas que transbordam de chuvas em caminhos entupidos, Pobre ou maldito homem que se afoga em sua própria culpa, Nada que disser nesta hora, terá qualquer lenidade, O solo de suas terras já não sustenta tamanha atrocidade, Que compacta, desflora, esfola e impermeabiliza, Impacto ambiental indecíduo que de profecias se eterniza, Nada aprendemos em nossa jornada pelo Holoceno, Embriagados em nossa arrogância sem qualquer consenso, Sinais alarmantes de um lixo canalha antropocêntrico, Desfigurando o planeta em um prelúdio comensal e marginal, Ditando normas e conceitos de nosso próprio apocalipse.

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