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A Blindagem Azul

A Blindagem Azul

“Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo.” 1Pe 2.5

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I

Meu toque recambiado É o da pedra viva Que ensina o Caminho ao errante, Pega o ladrão pela mão, Dá-lhe perdão e mapa Amor e direção. Meu toque, É o toque vulcanicorrosivo De rochas igneovertidas e pulsantes, Que rompe muros e fronteiras, E cria ilhas de Amor, onde antes havia o nada.

Rocha de vida lançada à Vida Ululante em seu vôo Ofereço-me Como preceptor para o que tropeça Como Azul Blindagem Ao que é perseguido de morte, Como estalagem sempre azul Para todo aquele do azul desabrigado.

II

Nosso olhar percebe o céu, mas incapaz Deixa passar o principal, que Tudo o que voa é azul.

E a cor, o fato, o evento do azul É em tudo um poema gigantesco e universal, Um documento... O azul é como uma profecia Que firme, mas ternamente, Fala do que há de vir, do adVento que varrerá O Universo, e fará algo Novo, maior, pacífico, Eterno E livre de todo o mal.

O azul grita (aos meus olhos de poeta, sequer) Do melhor de Deus Que está por vir.

III

(de) Um dia (em que) Não haverá mais escuridão: Dia e noite serão Azuis Como e mais que o mar das Caraíbas, Os olhos da melhor princesa

IV

E eu quero ir à praia do mar mais azul E encontrar um surfista local e ouvi-lo Falar das grandes ondas que já bateram Naquela costa e me aproximar dele E com alegria citar-lhe os versículos 3 e 4 do 93° Salmo, “Os rios levantam, ó Senhor, os rios levantam O seu ruído, os rios levantam as suas ondas. Mas o Senhor nas alturas é mais poderoso Do que o ruído das grandes águas e do que As grandes ondas do mar.”, E com eufórico amor contar-lhe a maior Boa-nova, a história da Grande Onda Que um dia bateu neste planeta – Jesus –A Tsunami Reversa, pois de águas vivas, Que veio afogar a morte e o inferno... O Ondulante Poder de Vida e Liberdade! E dir-lhe-ei ainda que o azul que amamos Será amplificado, pois este mesmo Jesus Subiu ao céu e está a nos preparar Um melhor azul onde habitar, Um inaudito e indiviso novo tom, Cor jamais vista ou surfada: O Azul-mais-que-perfeito.

E escreverei na maior das pedras Daquela praia, para todos aqueles Que a buscam (a ela, a onda, mas sem saber O buscam), Para que o sábio e o símplice entendam:

Não bata cabeça noutras praias: Jesus é a Onda Perfeita!

V

Não, do mar não haverá saudade: A plenitude do amor ágape (como a tudo o mais que ficar para trás) Com incalculável vantagem O substituirá.

VI

Foi isso o que a fé fez, A fé me levou a dar Um passo ao centro Do azul de Deus.

O mundo nigrocrômico deixado para trás Desembainhou garras & lâminas & lembranças E, claro, argumentos Para me impedir, prenhe de morte E (oh mundo perigoso, oh mundo parvo) Não o pôde

Pois o azul profético, este o outro, profundo e lindo O azul de Deus Ele Me deu um beijo

VII

(Você já surfou alguma vez? Mesmo numa prancha De bodyboard? Eu venho tentando verbalizar A sensação que se experimenta, mas parece sempre Que sequer me aproximo, qual náufrago a Morrer na areia da praia. É algo maravilhoso. A sensação de descer e ao mesmo tempo Avançar numa onda, mar à frente & Onda abaixo, os respingos de frescor do mar Em choque, gotículas duma azul energia, Biológica?, Telúrica?, as duas coisas, + a velocidade (sim, e o fim desta equação é = Felicidade), Caleidoscópio incandescente de matizes do anil, Uma energia simbionte que celebra a vida Unida à adrenalina que o cérebro libera E que também (por que não?) à vida celebra. O toque do corpo na matéria líquida, Ah... Perceba: o mais perfeito e macio dos abraços. É algo esplendorosamente doce.

Então Imagine o Deus que criou o mar azul E seus paraísos Tuvalu, Maldivas, Nauru, Samoa e aquela praia Que você um dia viu numa foto Um Deus que criou a lua e estabeleceu a lei da gravidade, Que manipula o mover das marés,

A engendrar ondas ininterruptas em seu pulsar, Segundo a segundo, século sobre século, Ciente já que o homem (ser animoso) inventaria de Surfá-las...

Imagine os atóis praias recifes bancos de corais Bernardos-eremitas: E aí “Nas novas terras não haverá mais mares.”

Se o mar, que pode ser terrível (sim, também já o sofri) Mas que em muito Deus o fez maravilhoso E maravilhosamente habitado Não mais existirá Imagine então Tente imaginar Além das miloutras coisas, o que então Em lugar do mar, sim, O QUE DE AINDA MAIS MARAVILHOSO HAVERÁ? Tente tal concepção, mas saiba estar sob o signo Duma sutil impossibilidade, pois “nem os olhos viram, nem o coração ....

Sim, “Nas novas terras não haverá mais mares”. Mas para quê, afinal?

O mergulho então será infinito, Pois Sobre ÁGUAS VIVAS.

Um surf sem pranchas sobre Águas dum azul inconcebível, que a ninguém afogam, Águas que só sabem fazer ressuscitar.)

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