ÁGUA, ENERGIA E MEIO AMBIENTE
O resumo do Relatório de Impacto Ambiental da PCH Zimlich [RIMA]
Produção e conservação Indaial está na rota da energia, do esforço nacional que vem sendo feito para evitar um novo ‘apagão’ no País. É a PCH Zimlich, que vai produzir energia elétrica, gerar emprego e renda para a população local e, ainda, preservar o meio ambiente. A EMISSÃO DE GASES poluentes na atmosfera é apontada como a principal causa do aquecimento global, que tem preocupado especialistas no mundo inteiro e já é percebido por todos nós. A temperatura global média subiu 0,74ºC nos últimos 100 anos e cientistas apontam que esse crescimento poderá chegar a 3ºC até 2100. As consequências são catastróficas, como o aumento da intensidade de ciclones e furações, e a elevação do nível do mar – o que provocaria danos incalculáveis ao homem e à natureza. Esse problema ambiental vem se agravando pela maior emissão de dióxido de carbono (CO2); principalmente, pelo uso de combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás natural, em termelétricas, indústrias, automóveis e, também, pela queima de florestas. Como não é possível encerrar todas essas atividades, é vital substituir essas fontes por outras menos poluentes
e renováveis. Afinal, é necessário ampliar a produção de energia para atender à crescente demanda, o que vem se intensificando desde 2001, quando as ocorrências de diversos ‘apagões’ revelaram uma crise energética sem precedentes no País. Para que a geração de energia acompanhe o desenvolvimento econômico do Brasil, é preciso aumentar o ritmo da ampliação do parque energético, mas de forma inteligente. E é o que fará a Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Zimlich, que será erguida em Indaial pela empresa catarinense Indaial Energia Ltda. Esse grupo, experiente no ramo de concessões de transporte, geração e comercialização de energia, investirá cerca de R$ 25 milhões no empreendimento, que vai gerar 12MW de energia, sem poluir o meio ambiente e que, ainda, vai garantir emprego e renda para a população local.
PCHs: uma alternativa inteligente 100,0 -
Índice de Impacto Ambiental de algumas hidrelétricas brasileiras
90,0 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30.0 20,0 -
11,6
1,2
PCH Zimlich
Belo Monte
Jirau
Barra Grande
Santa Clara
Serra Quebrada
Estreito
0,0 -
Tupiratins
10,0 Balbina
ha/MW Instalado
Cerca de 80% da energia elétrica produzida no Brasil provêm da geração hidráulica. E o País está apostando cada vez mais nesse potencial por meio das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). Erguidas sob o conceito do desenvolvimento sustentável, não poluentes e de baixíssimo impacto ambiental, as PCHs têm sua implantação mais rápida que os grandes empreendimentos, podendo contribuir imensamente para atenuar a crise energética. O funcionamento é semelhante ao de uma grande usina – a água gira as pás de uma turbina conectada a geradores que produzem energia – mas em escala muito menor. Como toda a PCH, a Zimlich apresenta baixíssimo impacto ambiental, já que seu reservatório é praticamente inexpressivo. A usina ocupará apenas 0,03% dos 430,53 km2 do território do município, sendo 0,14 km2 de área total útil alagada. E o mais importante: nenhuma família terá de ser relocada e o meio ambiente será preservado.
O retrato da região A BACIA DO RIO ITAJAÍ-AÇU é composta por 47 municípios que totalizam cerca de 995,7 mil habitantes (IBGE,2000), representando 18,67% da população de Santa Catarina. Somadas, essas cidades contribuem com 28% do PIB global de Estado, com 33,1% das exportações estaduais e apresentam renda per capita 31% superior à média estadual. É nesse contexto que está inserida a PCH Zimlich, mais especificamente em Indaial, no bairro Carijós, onde residem em torno de 4 mil habitantes. E para traçar o perfil dessa comunidade e verificar a aceitação dos moradores quanto à implantação do empreendimento, a Indaial Energia Ltda. realizou uma pesquisa junto à população mais próxima às margens do rio, situadas à rua Melvim Jones. Foram entrevistadas 20 das 80 famílias residentes no local.
A grande maioria dos entrevistados (70%) considera que o Itajaí-Açu está mais seco do que seu regime normal e outros 25% consideram que o rio está poluído. Apesar da percepção ruim da quase totalidade dos entrevistados, metade revelou utilizá-lo diretamente. Quanto à implantação de empreendimentos hidroenergéticos, 70% dos entrevistados afirmaram já terem conhecimento de pesquisas realizadas na região com esse objetivo. Porém, 30% têm receio devido à possibilidade de alterações nas condições do rio quando da ocorrência de cheias. Parte deles é favorável à utilização do rio para produção de energia, pois acreditam que isso trará algum tipo de benefício para o lugar e citam a geração de empregos e a criação de espaços de lazer como as maiores necessidades da região.
Projeto de baixo custo e mínimo impacto Na concepção do projeto da Usina Zimlich foram consideradas várias possibilidades e todas as vantagens e dificuldades foram avaliadas. A região, então, foi selecionada pelos seguintes aspectos:
Facilidades construtivas e risco de obra
Riscos operacionais
Custo comparativo de implantação e geração
A geomorfologia da região garante a exequibilidade e a segurança da implantação da PCH Zimlich. Toda estrutura se assentará sobre rocha de boa qualidade o que garante a segurança dos fundamentos da obra. O solo, argiloso, é adequado aos serviços de terraplenagem.
São as perdas resultantes de falha ou deficiência na operação. Como a PCH Zimlich é de dimensões reduzidas e de simples operação, resultará em menor possibilidade de falhas. Além disso, possui sistema de extravasamento que garantirá a passagem segura das frequentes cheias o rio Itajaí-Açu.
A geografia da região e a pequena dimensão da usina colaboram para o baixo custo de instalação e geração da PCH Zimlich.
Os vizinhos »» Maioria é do sexo feminino (55%); »» A maior parte dos moradores é formada por crianças (35%); »» São famílias de cinco pessoas, em média; »» Operários nas indústrias têxteis somam 36%, seguidos por pedreiros e eletricistas (24%) e autônomos e comerciantes (12% cada); »» Em relação à renda familiar, 33% vivem com até dois salários mínimos, 40% com até cinco e 27% com mais de cinco salários mínimos; »» O Ensino Fundamental foi concluído por 74% dos moradores. Apenas 13% cursaram o Ensino Médio; »» Moram no local há mais de dez anos (72%) »» São proprietários de suas residências (95%)
O projeto de construção da PCH Zimlich teve como premissa básica a não interferência na rotina da população que vive próxima à região onde a usina será implantada. Outro condicionante do projeto é o menor compromentimento possível da flora e fauna locais. Buscou-se uma alternativa de baixo custo e mínimo impacto, um sistema de reduzida área alagada e estrutura compacta, que ocupa um pequeno espaço. Aquisição ou desapropriação de terras
Produção energética
Condicionantes ambientais
Condicionantes sociais
Potencial demanda
O reservatório resultante da ação da barragem da PCH Zimlich é mínimo e ocupará, basicamente, área da própria calha do rio. A área efetivamente alagada (14,21 ha) é de propriedade do município de Indaial. O espaço necessário para a implantação das estruturas da usina não ultrapassam uma dezena de propriedades.
Comparando-se a área alagada pela barragem ao seu potencial de geração (7,6 MW) observa-se que, em temos de custo/benefício, a a PCH Zimlich apresenta excelentes resultados.
O Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto de Meio Ambiente demonstraram que as alterações ambientais provocadas pela PCH Zimlich serão minimas já que foram consideradas no próprio projeto. Mesmo assim, serão adotadas medidas mitigatórias e criados programas ambientais
Moradores do Bairro Carijós, área de Indaial onde será instalada a PCH Zimlich, afirmaram não ver problemas na construção da usina desde que esta não prejudique o lugar. Grande parte dessas pessoas acredita que a usina trará benefícios para o bairro.
A Região do Vale do Itajaí e arredores, com população em contínuo crescimento e com suas áreas industriais bastante desenvolvidas, requer, a cada ano que passa, maiores quantidades de energia.
Excelentes índices d
A PCH Zimlich será construída na margem esquerda do rio Itajaí-Açu, na localidade de Carij A comunidade só tem a ganhar com a instalação do empreendimento, considerando-se q
O empreendimento ÁREA DE DRENAGEM
11.087km2
É a área de captação da bacia desde as suas nascentes, incluindo todos os afluentes do rio, delimitada nas suas laterais pelos divisores de água, até a seção do rio, no ponto de implantação da barragem.
VAZÃO TURBINADA
206,95m3/s
Quantidade d’água efetivamente usada na produção de energia.
NÍVEL DE ÁGUA MÁXIMO
El.55,98
Elevação máxima do nível d’água no reservatório.
NÍVEL DE ÁGUA MÍNIMO
El. 54,00
Nível mínimo de água no reservatório, necessário para a produção de energia.
VOLUME TOTAL
1,064 X 106m3
É o volume de água total acumulado no reservatório quando essse estiver no seu nível normal d’água.
ÁREA EFETIVAMENTE ALAGADA
14,21ha
Área alagável em função da construção da barragem
ÍNDICE DE COMPROMETIMENTO AMBIENTAL
Tomada d’água Dotada de painéis com grades grossas, é por onde a água entra por uma rampa e chega até as turbinas.
1,18ha/MW
Analisado o impacto ambiental da construção da PCH Zimlich, determinou-se o quanto ele representa em cada MW (Mega Watt) gerado
QUEDA BRUTA MÉDIA
7m
Diferença entre a altura do ponto de captação d’água e o ponto de geração de energia.
ALTURA MÁXIMA BARRAGEM
5m
É a altura máxima compreendida entre a fundação e o topo da barragem, medida na sua maior seção.
ALTURA DAS COMPORTAS BASCULANTES
2,4m
As comportas, que poderão ser automática e rapidamente abertas, controlarão o nível d’água no reservatório e também ajudarão na prevenção e controle das enchentes sazonais.
POTÊNCIA INSTALADA É a capacidade máxima de geração.
12MW
Barragens Dotada de comportas basculantes para o controle de enchentes, a barragem implicará em uma pequena área alagada.
Canal de Fuga Devolve a água ao Rio Itajaí-Açu após a geração.
de aproveitamento
jós, o bairro mais antigo e populoso de Indaial, onde foi iniciada a colonização do município. que a empresa privilegiará a mão-de-obra local no momento de contratar trabalhadores. Regime da usina: fio d’água
Toboágua Passagem através da barragem que permitirá manutenção do percurso de rafting.
Casa de força Pressionada pela barragem, a água chega à Casa de Força, aciona as 6 turbinas do tipo kaplan, e gera a energia.
Com potencial de geração de 7,60MW de energia firme e 12,0MW de potência instalada, a usina operará em regime “a fio d´água”, ou seja, não necessitará de grandes reservatórios. Desta forma, apenas 14,21 hectares serão de área efetivamente alagada. Em uma comparação preliminar, mas que caracteriza muito bem o reduzido grau de impacto ambiental desta usina, teríamos uma relação entre hectares úteis alagados e potência instalada (14,21ha/12,00MW) igual a 1,18ha/MW – um índice considerado excelente.
Interferência mínima A proposta preliminar prevê o aproveitamento de uma corredeira através de um barramento baixo acoplado diretamente à casa de força, criando um pequeno reservatório controlado por comportas, visando a mínima interferência com o cotidiano da população local.
Controle das cheias
Subestação Onde acontece a transformação da energia gerada nos valores de tensão e corrente padrões de transmissão e de rede. Equipada com um transformador de 12/15MVA.
A bacia do Rio Itajaí-Açu, em função de seu histórico de ocupação e de sua propensão natural de produzir grandes enchentes, está devidamente monitorada por uma rede hidrometeorológica. A estação de Indaial é uma referência importante para a bacia, pois serve de ponto de monitoramento da Defesa Civil para o alerta e controle das cheias que incidem na região. Adotou-se para o projeto uma concepção de arranjo cujo barramento é coroado por grande extensão de comportas basculantes. Com isso, os técnicos criaram uma maneira para controlar o vertimento, o que possibilita se manter o nível de água em situação segura mesmo para a enchente milenar.
A análise dos técnicos Nos estudos apresentados no Diagnóstico Ambiental da PCH Zimlich, foram reunidos dados estatísticos, cartográficos, bibliográficos e documentais, que permitiram análises extensas sobre a realidade socioambiental da região do empreendimento.
NA ÁREA ONDE OCORRERÃO as intervenções necessárias para edificação do empreendimento foi elaborada uma série de mapas temáticos, caracterizando os aspectos ambientais. A partir de uma discussão multidisciplinar sobre as informações coletadas, foram identificadas todas as principais interações do empreendimento. Reconhecimentos “in loco” complementaram o trabalho, realizados, principalmente, durante as diversas campanhas de coleta de dados e quando da realização dos estudos ambientais específicos da etapa de licenciamento ambiental. O arranjo do potencial PCH Zimlich constitui caso típico de aproveitamento monobloco onde a casa de força encontra-se integrada ao eixo do barramento. No local previsto para instalação desse eixo, o rio espraia-se em um largo lajeado, formando dois canais principais em torno da ilha Zimlich. Através de um cadastramento detalhado de toda a sequência de corredeiras no entorno da ilha, os técnicos definiram a melhor posição para locação da casa de força e eixos de barramento. Assim é que descobriram que poderiam ganhar 1 metro de queda bruta apenas deslocando um pouco o eixo do canal da direita.
Mão-de-obra local
Além de recrutar trabalhadores na região, a PCH Zimlich deverá ser equipada com maquinário fabricado em Santa Catarina. Além disso, haverá um incremento na arrecadação anual do município de Indaial via ICMS.
O trabalho dos especialistas »» Estudos hidrológicos com simulações energéticas »» Trabalhos de geologia e geotecnia com levantamento topográfico do local »» Coleta e análise laboratorial da qualidade da água »» Levantamento da flora, com o registro de 179 espécies pertencentes a 62 famílias de plantas »» Elaboração de um mapa das faixas de ocorrência, na área da influência direta, da Raulinoa echinata, espécie única do gênero, existente nas margens do Itajaí-Açu »» Quantificação precisa da ictiofauna, o conjunto das espécies de peixes »» Análise e avaliação da fauna silvestre de aves e mamíferos, com 85 horas de trabalho de campo, resultando na identificação de 75 espécies de aves e 33 espécies de mamíferos silvestres.
DURANTE A CONSTRUÇÃO do empreendimento, estima-se que serão gerados 120 empregos diretos e 100 indiretos – trabalhadores esses que serão buscados na própria comunidade do entorno. Com o cadastramento dos potenciais colaboradores, a empresa priorizará a mãode-obra local e minimizará a migração temporária. Outro importante benefício que a PCH Zimlich trará para a região será o incremento no mercado de bens e serviços, da renda regional e das arrecadações municipais. Os equipamentos a serem utilizados poderão, perfeitamente, ser fabricados no próprio estado de Santa Catarina, o qual, além de possuir um parque fabril voltado ao setor de geração de energia, possui tecnologia adequada para este empreendimento em particular, seja através de geradores, transformadores ou turbinas e equipamentos mecânicos em geral. E quando a usina entrar em operação, benefício também para a Prefeitura. A arrecadação municipal será incrementada em cerca de R$ 251,5 mil por ano devido à partilha do ICMS – um benefício permanente. A cidade poderá usufruir, ainda, de um sistema de coleta de lixo reciclável mediante convênio firmado com a Prefeitura. Isto porque a usina, por questões de segurança e para evitar a entrada de objetos que pudessem danificar as máquinas, possuiu um sistema de grades que funciona como um filtro da água antes de adentrar nas turbinas. Tal como está projetada, a PCH Zimlich coloca-se com verdadeira seção permanente de captura e retirada do lixo, utilizando um equipamento limpa grades associado a um sistema manual de coleta seletiva. A empresa também pretende estabelecer convênio com cooperativa de comercialização destes recicláveis.
Programas envolvem a comunidade e valorizam o meio ambiente ÁRVORES FRUTÍFERAS, aguapés, figueira, palmito, capivara, tatu, patos selvagens, passarinhos e lagartos estão entre as principais plantas e animais nativos conhecidos na região. Para preservar essa realidade, a Indaial Energia Ltda. promoverá a completa restauração das matas ciliares na área da PCH Zimlich, em atenção a fauna que depende da vegetação marginal. O reflorestamento das margens do reservatório e dos tributários também contribuirá para a manutenção da qualidade da água. Conheça os programas:
Resgate e monitoramento da fauna O impacto das hidrelétricas sobre a fauna terrestre é, em geral, decorrente do desmatamento da vegetação para sua construção e operação. A dimensão da intervenção depende da característica do empreendimento, como o tamanho do reservatório e do ambiente, e da composição, estrutura e situação dos estoques de animais e plantas antes da instalação da usina. Este programa resgatará o maior número possível de animais das áreas desmatada e inundada –evitando-se a mortandade indiscriminada ¬– e providenciará a posterior realocação deles. A finalidade é a manutenção da diversidade genética da fauna local.
Monitoramento da Ictiofauna Este programa tem como objetivo a identificação das áreas prioritárias para conservação das espécies de peixes na região de abrangência do empreendimento, a descrição das alterações sofridas pelas comunidades ícticas, e a reunião de informações que viabilizem o manejo e a conservação dessas comunidades, ampliando a base de dados disponível sobre a ictiofauna da região.
Supervisão ambiental Para a verificação do cumprimento das medidas mitigadoras e das diretrizes apontadas no Relatório Ambiental Simplificado serão executados a supervisão e o monitoramento ambiental. Estes trabalhos ficarão a cargo de uma instituição sem vínculo com o empreendedor e com o órgão fiscalizador. Por meio de relatórios periódicos, enviados ao órgão ambiental competente, serão demonstrados os desempenhos dos programas predefinidos, propondo, inclusive, medidas corretivas.
A PCH Zimlich terá, ainda, como diferencial, o desenvolvimento de diversos programas sociais e ambientais decorrentes de sua implantação. A preservação da fauna e da flora está no topo das prioridades, ao lado da integração com a comunidade local.
Monitoramento da qualidade da água O objetivo desta iniciativa é verificar as condições atuais de qualidade da água no trecho do rio, na área do futuro reservatório, e monitorá-la durante as fases de construção, do enchimento e de operação da usina. Os técnicos também estarão capacitados para adotar as medidas de controle e/ou corretivas em caso de ocorrência problemas.
Recuperação de áreas degradadas e recomposição da mata ciliar Por meio deste programa, pretende-se recuperar solos e reintroduzir espécies vegetais originais para a reestruturação da paisagem. A cobertura vegetal dessas áreas desempenhará importante função na estabilização dos solos, evitando a geração de sedimentos comprometedores da rede de drenagem, e servirá como um ponto de partida para a conservação da flora e o retorno da fauna locais.
Educação ambiental e comunicação social Os moradores da área de influência direta do empreendimento são o público-alvo desse programa, especificamente a população residente no bairro Carijós. O foco principal das atividades será a ampla divulgação das ações do empreendimento e a integração das comunidades afetadas ao Programa de Educação Ambiental.
Orientação aos trabalhadores Questões de conduta, práticas sanitárias e de higiene adequadas serão abordadas neste programa que terá como público os funcionários da empresa empreendedora. Campanhas de conscientização de proteção dos recursos naturais também serão deflagradas junto aos operários da construção da PCH Zimlich.
Raulinoa echinata: exclusiva do Itajaí-Açu A Raulinoa echinata, espécie endêmica do rio Itajaí-Açu, foi encontrada na área de influência da PCH Zimlich. Por isso, iniciativas específicas serão tomadas para sua conservação. Foram observadas cinco populações naturais no trecho compreendido entre os municípios de Ibirama e Indaial. Na área de influência direta da PCH Zimlich, a ocorrência da Raulinoa foi registrada em dois locais: entre as margens do rio Itajaí-Açu e a da ilha Knaesel.
Energia e lazer para todos A energia elétrica é necessária em todos os momentos da vida moderna. Quando acendemos uma lâmpada, ligamos o chuveiro quente ou quando colocamos comida na geladeira precisamos da eletricidade. Assim como é a energia elétrica que permite às fábricas funcionarem e gerarem emprego. A PCH Zimlich, cujo projeto reúne geração de energia à preservação do meio ambiente, vem contribuir para o abastecimento de energia elétrica do Brasil e de Santa Catarina, e incentivar o desenvolvimento do município de Indaial. Haverá mais energia para as empresas crescerem, para outras se instalarem e para a criação de emprego, de renda e de qualidade de vida. Além disso, a operação da usina, graças ao seu sistema de comportas, não comprometerá as atividades de recreação realizadas no rio Itajaí-Açu, e servirá como um controle do volume d’água nas cheias.
Recreação e turismo preservados
OS TRAÇOS DA COLONIZAÇÃO alemã estão muito evidentes em Indaial. As construções em Enxaimel revelam o estilo da arquitetura germânica, que mistura madeira e tijolos aparentes. No interior das casas, outro patrimônio cultural trazidos pelos colonizadores: a técnica de estêncil aplicada em desenhos coloridos pintados à mão. E esse povo que respeita a cultura de seus antepassados, também se interessa por atividades esportivas. Em todo o Vale do Itajaí, o lazer e o turismo preponderam pelo rafting: a descida de corredeira em botes infláveis. E em Indaial não é diferente. Ainda que em menor escala, há um trecho do Itajaí-Açu utilizado como apoio para desembarque. A PCH Zimlich irá atender essa demanda, apresentada pela comunidade durante o desenvolvimento e a concepção do empreendimento.
Projeto privilegia o rafting
Apesar de atualmente a atividade ainda não está bem organizada em Indaial, o projeto da PCH Zimlich foi adaptado de forma a preservar a possibilidade da prática dessa modalidade esportiva. Além das comportas basculantes, que podem controlar a quantidade d’água e mantê-la adequada às emoções do esporte, um toboágua na barragem permitirá que os botes a atravessem e será, inclusive, mais uma atração para o circuito de rafting local. No pequeno reservatório, será possível também a prática de outras atividades náuticas como vela ou remo. Além disso, mirantes serão construídos em ambas as ombreiras. Dispositivos de segurança, como pisos antiderrapantes, guarda-corpos e iluminação noturna, permitirão a visitação da comunidade local e também de turistas.
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Coordenador Geral DIEGO PEREZ [Biólogo - CRBio 17410 03] Jornalista Responsável
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