mundo novo COM TANTAS ATRAÇÕES DE FICÇÃO CIENTÍFICA QUE EXPLORAM A EXISTÊNCIA DE EXTRATERRESTRES, VOCÊ JÁ PAROU PARA PENSAR O QUE MUDARIA COM ESSA DESCOBERTA? OS PRODUTORES DE DEFIANCE, SIM. FOMOS CONHECER A CIDADE FICTÍCIA ONDE HUMANOS E ALIENÍGENAS CONVIVEM – COM DIREITO A UM ENCONTRO COM OS SERES EM PELE, OSSO E MAQUIAGEM – PARA ACOMPANHAR OS BASTIDORES DA SÉRIE E SABER O QUE ESTÁ POR VIR NA NOVA TEMPORADA por Sarah Mund, de Toronto* DEFIANCE I A PARTIR DO DIA 20, SEXTAS, 21H, SYFY, 140
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Para entender a realidade em que vivem os personagens, é preciso mergulhar um pouco na história da série. A cidade foi formada onde antes ficava St. Louis, no estado americano do Missouri. Quando uma frota de arcas extraterrestres chegou à Terra em 2030, seus tripulantes tentaram transformar a geografia do planeta para se adequar às suas necessidades, levando a uma sangrenta guerra, até que os habitantes originais e os recém-chegados assinassem um tratado de paz. Agora, as sete raças alienígenas que migraram do sistema solar Votan, em extinção, vivem lado a lado com os humanos (confira mais no quadro abaixo). Dá para imaginar as inúmeras tensões que surgem do convívio. Mas essa pequena cidade é uma das poucas que conseguiram estabelecer uma delicada harmonia ao permitir que todas as raças participem da administração e adaptar as leis atuais para que respeitem as características de cada uma. Mas isso não impede que eles enfrentem crises capazes de riscar seu nome do mapa. O final da primeira temporada deixa seus habitantes em uma situação que põe em risco a preservação da comunidade.
A PRIMEIRA COISA QUE SE NOTA no set de Defiance próximo à cidade de Toronto – além de cruzar com figurantes alienígenas a todo momento – é a grandiosidade. Não só boa parte da cidade existe, como os estúdios e cenários são gigantescos. Isso sem falar nas paredes de cada um, que exibem um aprofundado estudo do que seria a vida em 2046. Para saber o quão longe foram os produtores para criar um universo coeso entre a série e seu jogo, eles contrataram David J. Peterson, famoso por seu trabalho com os idiomas fictícios de Game of Thrones, para desenvolver as línguas faladas pelas raças alienígenas. No entanto, do ponto de vista dos atores, o maior desafio não é aprender suas falas, mas encarar as até quatro horas de maquiagem. “Acho que vale a pena. Não é todo dia que se tem a chance de interpretar um alienígena”, opinou Jaime Murray, intérprete de Stahma Tarr, ao que completou aos risos Jesse Rath, que vive seu filho Alak na trama: “A maquiagem é à prova d’água porque nossos personagens vivem na banheira. Então constantemente eu saio por aí com tinta branca que não consigo tirar no chuveiro”. Já Stephanie Leonidas, a rebelde Irisa, teve que aposentar as lentes de contato: “Depois de tanto tempo usando, elas começaram a me dar alergia. Agora terão que criar os enormes olhos amarelos da minha personagem via computação gráfica”, revelou. Fica fácil entender por que os dois produtos, a série e o videogame, têm um orçamento que chega a números astronômicos: nada mais, nada menos que US$ 100 milhões! “Game of Thrones e O Senhor dos Anéis contam com livros de onde tirar a história, mas nós tivemos que criar tudo do zero”, justificou Kevin Murphy, produtor executivo de Defiance. “Nem tudo que funciona no jogo dá certo na série e vice-versa. Por isso desenvolvemos tudo juntos. Também não queremos que uma mídia se torne apenas uma extensão da outra, então coisas que acontecem em uma influenciam a outra”, explicou sobre o projeto conjunto.
NOVA REALIDADE NO HORIZONTE
Na ponta da faca – O destino de Defiance está nas mãos (e nos poderes) de Irisa (Stephanie Leonidas). No final da primeira temporada, a jovem Irathient se sacrifica para evitar que os artefatos bélicos escondidos em seu corpo, capazes de matar todos os humanos ou todos os alienígenas na Terra, entrem em ação. Nesse meio-tempo, Amanda (Jule Benz) e Rafe (Graham Greene) enfrentam as mudanças de poder na cidade
“Para esta temporada, nós construímos ainda mais cenários e vamos mostrar várias capitais famosas depois da terraforma e o que está acontecendo fora da cidade”, revelou Murphy exibindo imagens de Los Angeles e Nova York destruídas. O ano anterior terminou com uma reviravolta: Amanda Rosewater (Julie Benz) não consegue se reeleger como prefeita e quem assume o cargo depois de vencer as eleições é o mafioso Datak Tarr (Tony Curran). Joshua Nolan (Grant Bowler) e Rafe McCawley (Graham Greene) passam por um tiroteio para resgatar Irisa (Stephanie Leonidas), que havia sido sequestrada por causa de seus poderes, só que o primeiro acaba levando um tiro e ela se sacrifica para salvar o pai adotivo e impedir que os artefatos bélicos de tecnologia alienígena dentro de seu corpo sejam utilizados. Ufa! Confuso, não? Mas nada que um mergulho nessa realidade, ou uma viagem ao futuro, ao longo dos novos episódios, não faça os amantes de ficção científica e fantasia se apegarem a esse possível novo mundo. *A jornalista viajou a convite do canal SyFy
MEU VIZINHO ET
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CASTITHAN De pele, cabelos e olhos claros, têm características que lembram as dos répteis. Vivem em um elaborado sistema de castas e se consideram superiores às outras raças. Apesar de as mulheres serem subservientes, são bastante liberais em relação ao sexo.
IRATHIENT De pele alaranjada e geralmente ruivos, são os mais numerosos na Terra, embora poucos vivam em Defiance. São tribais, religiosos e ligados à Terra, preferindo viver do cultivo e usar produtos naturais em seus vestuários e moradias.
ENDOGINE Sem dúvida, os mais inteligentes, são responsáveis pela tecnologia das arcas e dedicam suas vidas à ciência e à medicina. De pele branca com textura hexagonal, usam implantes em seus corpos, dependendo da profissão que seguem.
LIBERATA
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Além de plantas e animais trazidos nas arcas migratórias do sistema solar Votan, sete espécies humanoides vieram para a Terra e vivem em relativa harmonia em poucas cidades do planeta, como Defiance. Saiba mais sobre cada uma, suas características, seus costumes e seu papel na sociedade composta para a série
Baixos e barbados (inclusive o sexo feminino), têm a posição mais baixa na sociedade e só atuam como serviçais. De humor ácido e irônico, acreditam que cada indivíduo paga pelos crimes de seus antepassados e são trabalhadores orgulhosos.
BIOMAN Não são exatamente uma raça, mas enfrentam o mesmo preconceito. Resultam de experimentos genéticos em humanos, criados para serem verdadeiras armas durante a guerra entre as espécies. Sem batalhas, os gigantes azuis vivem sem propósito.
SENSOTH Gigantes, são extremamente fortes e evoluíram de uma linhagem parecida com a do Bicho Preguiça. Atuam como trabalhadores braçais e vivem mais tempo que as demais raças, agindo de forma mais lenta e falando pausadamente.
VOLGE Os menos conhecidos, são de uma raça guerreira que não se sabe como conseguiu embarcar nas arcas que fizeram o êxodo das espécies Votan de seu sistema solar em decomposição. Raramente são vistos e vivem escondidos no subterrâneo.
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