Rookie Blue - Monet

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Para sempre novatos

TREINAMENTO PODE ter acabado há três anos, mas os policiais que se formaram na mesma turma e atuam juntos na 15ª delegacia de polícia de Toronto continuam como os novatos de quando começaram. Claro que as experiências pelas quais passaram os tornam mais do que capazes de lidar com os desafios que o cotidiano lhes impõe, mas no quesito emocional eles continuam inexperientes. Depois de mortes, separações, filhos, traições e até sequestros é difícil imaginar que ainda tenham sobrado coisas impactantes para acontecer, mas não foi à toa que logo em sua estreia ROOKIE BLUE Rookie Blue foi compaI A PARTIR DO DIA rada ao drama médico 2, SÁBADOS, 19H, Grey’s Anatomy. “Nós UNIVERSAL, estamos constantemen130 E 630 (HD) te nos desafiando, pois o nome do programa tem ‘novato’ no título [rookie, em inglês]”, apontou o produtor-executivo Russ Cochrane. O quarto ano chega com ainda mais emoções (e já com a garantia de uma quinta temporada com mais episódios que os habituais 13). “Nós focamos muito nos personagens. Como é ser alguém de vinte e poucos anos em um trabalho como esse”, explicou Tessie Cameron, criadora da atração. Assim como os médicos do sucesso criado por Shonda Rhimes, os policiais e seus relacionamentos estão no centro da trama. Mas o que realmente a diferencia de outros dramas policiais – além de não tentar fingir que a cidade canadense é Nova York e de não acelerar o tempo para mostrar a solução de um crime – é mostrar os erros e enganos que eles cometem. “Enquanto outras séries mostram policiais bem treinados e eficientes, nós temos pessoas que ainda estão aprendendo. Sempre vamos atrás de histórias que só nós vamos contar, pois ninguém vai querer mostrar um policial que esquece de carregar a própria arma. E essas coisas acontecem na vida real, eles só não gostam de admitir”, revelou Cochrane.

CONVERSAMOS COM O ELENCO E ACOMPANHAMOS GRAVAÇÕES DO QUARTO ANO DE ROOKIE BLUE PARA SABER O QUE PROMETE A SÉRIE DRAMÁTICA QUE, POR SEU FOCO NA VIDA DOS PERSONAGENS, LOGO EM SUA ESTREIA NA TELEVISÃO FOI APELIDADA DE GREY’S ANATOMY POLICIAL

FOTOS: DIVULGAÇÃO

por Sarah Mund, de Toronto *

3 8 + M o­n e t + A G O S T O

MUDAR OU MORRER – Mas como manter a sensação de que eles são novatos se este já é o quarto ano e eles obviamente já aprenderam a fazer o serviço?

Drama à vista – Seguindo a temática que a tornou popular entre os fãs, o novo ano da trama trará ainda mais reviravoltas para os personagens, principalmente Andy McNally (Missy Peregrym), na foto acima lidando com um assalto a banco que sai do controle no segundo episódio da temporada

CARA, CRACHÁ

Conheça os jovens que superam o medo e encaram o combate ao crime Andy McNally (Missy Peregrym) – Tenta sem sucesso não envolver vida pessoal com a corporação. Vive uma paixão ioiô com o detetive Sam Swarek. Dov Epstein (Gregory Smith) – Desacreditado por todos por conta de se jeito estabanado e físico franzino, se revela um dos mais corajosos da turma. Gail Peck (Charlotte Sullivan) – Filha de um chefe da corporação, precisa provar seu valor por mérito próprio para sair da sombra do pai, mesmo que prejudique seus colegas. Chris Diaz (Travis Milne) – No começo, o mais ingênuo do grupo, acredita no romantismo da profissão e acha que pode tornar o mundo um lugar melhor. Traci Nash (Enuka Okuma) – Graças a um romance escondido com um colega sobe rapidamente ao posto de detetive, mas não será nada fácil mantê-lo. Nick Collins (Peter Mooney) – Apesar de não ter se formado com o restante da turma, traz a experiência de sua passagem pelas forças armadas no Afeganistão.

“O primeiro ano foi todo empolgação; o segundo foi se estabelecendo; o terceiro mostrou que a realidade pode ser cruel; o quarto será para que eles se adaptem”, resumiu Gregory Smith, que além de interpretar Dov Epstein se arrisca na direção de alguns episódios. A solução é mais simples do que parece: mudanças. Além de duas personagens novas, há um intervalo de tempo entre o final da temporada anterior e a atual. Andy McNally (Missy Peregrym) e Nick Collins (Peter Mooney) passaram seis meses longe, infiltrados para uma missão, e quando voltam precisam lidar com o fato de que todos os seus amigos (e interesses amorosos) continuaram levando a vida adiante sem eles. “Eles estão chegando a uma idade em que precisam decidir como vão tocar suas vidas e isso pode acabar afastando-os. A Andy escolheu uma chance de crescer na carreira em vez de seus sentimentos pelo Sam, então terá que lidar com o fato de que ele arranjou outra namorada”, conta a atriz. Ou seja, em lugar de acompanhar policiais que são praticamente superheróis, Rookie Blue mostra o humano que existe por baixo de toda farda, como bem ponderou Missy: “Resolver um caso por episódio é legal, mas o que eu gosto mesmo de ver são aqueles momentos de dúvida e confusão que as pessoas vivem na vida real.” * A jornalista viajou a convite do canal A G O S T O + M o­n e t + 3 9


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