NCIS: Los Angeles - Monet

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Eles se garan tem

NA ALEGRIA E NA TRISTEZA; NA FICÇÃO E NA REALIDADE. CHRIS O’DONNELL E LL COOL J CONTINUAM A PARCERIA QUE AJUDOU A GARANTIR O SUCESSO DE NCIS: LOS ANGELES

por Sarah Mund, de Los Angeles*

C

INCO ANOS DEPOIS DE SURGIR, NÃO É exagero dizer que NCIS: Los Angeles conquistou seu lugar ao sol e alcançou o sucesso independentemente do de sua série-mãe. Não que tenha sido fácil ficar no mesmo patamar de NCIS e sobreviver sozinha, como a curta existência de muitos dos spin-off das franquias de dramas policiais pode provar. Mas para a família NCIS a coisas vão tão bem com os dois títulos entre as 20 séries ficcionais mais assistidas nos EUA em 2013 que eles ganharão um novo membro este ano, que desta vez se situa na cidade de Nova Orleans. No caso da atração que se passa na costa oeste americana, boa parte dos bons resultados só existem graças à química entre os protagonistas: Chris O’Donnell e LL Cool J. A dupla se deu tão bem que os dois se tornaram amigos também fora das telas e, inevitavelmente, acabam

entretendo e divertindo os jornalistas a cada encontro para contar as novidades da temporada atual. Para a divulgação do quinto ano, que já está no ar com episódios inéditos, não poderia ser diferente – como pode ser visto no bate-papo na página ao lado. Nesta temporada, os agentes G. Callen e Sam Hanna enfrentarão novos cartéis de drogas, solucionarão mais crimes envolvendo a marinha americana, terão suas vidas arriscadas, verão suas famílias envolvidas nos casos e até se aventuram do outro lado do oceano, no instável Afeganistão. Novidades, sim, mas sem sair da fórmula NCIS: LOS que tanto agrada aos fãs – e com a garantia ANGELES I da sexta temporada a caminho. TERÇAS, 21H30, * A jornalista viajou a convite do canal A&E

Muito do sucesso da série é atribuído à química entre vocês. Concordam com essa afirmação? Chris O’Donnell: Acredito que foi com

isso que começamos, mas a verdade é que quando o projeto nasceu não dava para saber se iria dar certo. Era o que as pessoas que nos escalaram esperavam, mas não existia nenhuma garantia. LL Cool J: É difícil dizer o que exatamente dá certo, mas nós continuaremos buscando essa sintonia. Acho que o fato de nossos personagens não se levarem muito a sério ajuda. Chris: Nós nos levamos a sério! LL: Nossa, muito! Toda aquela conversa de agir e reagir e blá, blá, blá... [risos]. Se nós realmente tivéssemos a resposta exata a por que o programa vai bem, nós o faríamos ainda melhor.

A&E, 138

Mas muita gente os aponta como uma das melhores parcerias na televisão. Então, depois de cinco temporadas, vocês se amam ou se odeiam? LL: Não, a gente se dá muito bem e

nos divertimos de verdade nas gravações. É engraçado, porque para mim nem parece que já se passaram cinco anos. Chris: É verdade! E ele é um ótimo parceiro e tive tanto a aprender com esse relacionamento. Temos perspectivas diferentes e é muito bom poder contar com a opinião dele. Acho que isso acaba aparecendo na frente das câmeras.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

NCIS está no ar há 11 anos. Estão prontos para durar tanto quanto? Chris: Com certeza! LL: Enquanto as pessoas gosta-

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rem, acho que devemos continuar. Então vamos lá! Chris: Acabamos de superar a marca de 100 episódios e eles passaram muito rápido. Se você me dissesse no primei-

ro deles que chegaríamos a isso, eu acharia que era para sempre, mas na verdade você nem sente. LL: É... já rolaram muitos bolos de aniversário no estúdio.

Vocês fazem isso há tanto tempo que me pergunto se um pouco de suas próprias personalidades não está se misturando às dos personagens. LL: Acho que o jeito sarcástico como

conversamos já foi aproveitado pelos roteiristas. E, como ele comentou, nós realmente temos diferentes pontos de vista e vivemos discutindo de uma forma saudável. É exatamente o que fazem nossos personagens em muitas cenas, do mesmo jeito que conversamos na vida real. Chris: Verdade. Mas eu tento não provocá-lo muito pela manhã. LL: É o único horário em que ele me dá uma folga! Chris: Ele vem andando como se fosse um zumbi... LL: Ok, eu não sou uma pessoa matutina. Chris: Quando temos uma cena pela manhã, tipo antes das 9h30, eu faço questão de avisar que só vamos conversar depois de duas horas. Senão eu corro o risco de levar um soco na cara. Quais foram os maiores desafios ao longo desses anos? Chris: Além de, depois de cada inter-

valo, ter que repetir para a audiência tudo o que aconteceu? Regurgitar é sempre difícil, mas teve um episódio em que tive que falar cinco línguas em uma cena e vários especialistas foram lá para me ajudar com a pronúncia. Conforme eu ia falando, reparava na cara de reprovação e decepção deles. Mas no fim até que foi divertido. LL: Foram muitos altos e baixos. Eu fui até enterrado vivo em um episódio e foi um baita desafio ficar em um caixão por três, quase quatro horas. Não é algo que se faça todo dia.

Chris: Eu ainda adoro o

primeiro episódio!

LL: Quando eu tive que correr

ladeira abaixo?

Chris: Estávamos tão preocupados em

mostrar serviço na nossa primeira gravação que ele acabou se oferecendo para gravar a cena no lugar do dublê. O pessoal avisou que era muito íngreme, mas ele insistiu. LL: Eu fui a toda velocidade naquela descida. Chris: Era muito inclinado e ele teve que repetir várias vezes. A cada take tinham que trocar a camisa dele, de tanto que ele suava. Foi tão engraçado! LL: Foi uma loucura. Têm ou podem contar alguma história engraçada de algo que aconteceu enquanto trabalhavam? LL: Coisas engraçadas acontecem o

tempo todo. Outro dia eu resolvi fugir um pouco da dieta e trouxe as sobras de uma torta de maçã de casa. Eu estava superanimado para voltar para o meu trailer depois das gravações e comer com gosto, e, ingenuamente, comentei com todo mundo. Claro que, quando cheguei lá, ela tinha misteriosamente desaparecido. Esperei até hoje para revelar essa história, porque alguém [apontando para o colega] teve a audácia de roubá-la. Chris: Eu honestamente não sei do que você está falando. Simplesmente não faço ideia. Vocês não vão acreditar em quantas vezes ele se confunde e entra no meu trailer, achando que é o dele. Então eu não vou assumir nenhuma responsabilidade por aquela torta. Só para ficar registrado.

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