Eleições - Monet

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AQUI SE DISCUTE

POLÍTICA

OUVIMOS QUEM ESTÁ POR TRÁS DA COBERTURA ELEITORAL NO MAIOR CANAL DE NOTÍCIAS BRASILEIRO PARA SABER OS DESAFIOS DE RELATAR PARA O PÚBLICO O QUE ACONTECE DURANTE TODO O PROCESSO DE ESCOLHA DOS GOVERNANTES DE NOSSO PAÍS

V

por Isabela Moreira e Sarah Mund

FOTO: THINKSTOCK

OCÊ PODE ATÉ SÓ PRESTAR ATENÇÃO no noticiário sobre as eleições a partir do momento da apuração dos votos. Mas para a equipe envolvida na cobertura, o trabalho começa oito meses antes do dia da votação. Isso porque, em um canal como o GloboNews, não basta apenas anunciar o vencedor. “Para quem cobre, assim como para quem disputa, a eleição começa muito antes da campanha oficial. Começa antes até do que se convencionou chamar de pré-campanha – aqueles meses que antecedem a oficialização das candidaturas, quando a maioria das pessoas ainda está pouco ligada no assunto”, afirma a jornalista Renata Lo Prete. Para o principal canal de notícias do país, o processo envolve apresentar ao público cada candidato e suas respectivas propostas, acompanhar desde resultados de pesquisa até o decorrer de cada campanha – tudo isso sem ferir o que estipula a lei eleitoral, incluindo a distribuição de tempo dedicado a cada um dos candidatos. Para dar conta de tudo isso entra no ar a Central das Eleições. O programa, dedicado especialmente ao tema, reúne os principais jornalistas de política do canal e cerca de 150 profissionais na equipe inteiramente designada para a árdua tarefa de acompanhar o processo eleitoral. “A eleição para nós é o grande evento, é como se fosse a Copa do Mundo para os canais esportivos. Mobilizamos todo mundo, todos os recursos para fazermos a melhor cobertura possível”, explica Eugenia Moreyra, diretora do GloboNews.

5 4 + M o­n e t + O U T U B R O

Se foi difícil conhecer os 736 jogadores das 32 seleções que participaram da Copa do Mundo de 2014, imagine os mais de 26 mil candidatos pelos 32 partidos que estão concorrendo ao voto dos brasileiros? [Saiba mais sobre os perfis dos eleitores e dos candidatos na página seguinte]. E isso até mesmo em relação à corrida principal. A maioria das pessoas não tinha conhecimento de quem era Eduardo Campos, por exemplo, antes do trágico acidente que tirou sua vida. “O desafio é manter a capacidade de perceber o que não está previsto e que muitas vezes muda o rumo da disputa”, apontou Renata. Um acontecimento inesperado e de tamanho impacto como este é uma das maiores adversidades da cobertura jornalística, como revelou Eugenia: “Temos como meta sair na frente, dar o furo, mas muitas vezes temos que parar e repensar. O jornalismo que a gente faz é uma mistura da paixão com a exatidão. Defendemos muito essa credibilidade, esse rigor: nossos cuidados com a apuração é o que nos separa da maioria”. Não foi à toa que muitos só acreditaram na morte do presidenciável depois que o GloboNews confirmou e deu a notícia. EMOÇÕES À FLOR DA PELE Embora os oito meses de cobertura sejam intensos, nada se compara ao dia da eleição. Com um sistema de votos eficiente como o utilizado atualmente no Brasil,

COBERTURA DAS ELEIÇÕES 2014 I EDIÇÃO ESPECIAL JORNAL DAS DEZ, DIA 5, DOMINGO, 22H, GLOBONEWS, 40 E 540 (HD)

O U T U B R O + M o­n e t + 5 5


eleitor

Quais as características dos brasileiros que elegerão seus governantes no dia 5 de outubro, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral

PERFIL DO candidato

>

2,1%

foi o crescimento no número

de eleitores com

SUPERIOR COMPLETO de 2008 a 2014

99,8%

> DIVISÃO POR REGIÃO (em %)

dos eleitores

ESTÃO NO BRASIL

7,6

16,7 26,8

Centro-Oeste

7,2 Sudeste

43,4

Sul

19,3

Fundamental Completo

5,6

Feminino

52,1

>SEXO (em %)

Masculino

47,8

Lê e escreve

30,2

12,0

15.000

20.000

0,46 Branca

54,9

> COR (em %)

Indígena

0,33 Parda

35,0 Negra

9,3 5

10

15

20

68,9%

dos candidatos

16 17

> DIVISÃO POR SEXO (em %)

18 a 20 21 a 24

150

10.000

Amarela

0

> FAIXA ETÁRIA (em %) > EVOLUÇÃO DO ELEITORADO (em milhões de eleitores)

5.000

20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 67 65 a 69 70 a 74 75 a 79

5,2

Fundamental Incompleto

1.023

> FAIXA ETÁRIA (em %)

Analfabeto

7,2

16.987 0

Superior Completo

> GRAU DE INSTRUÇÃO (em %)

14,8

7.139

Deputado Estadual Deputado Distrital

3,7 Médio Incompleto

vagas

Deputado Federal

Superior Incompleto

Nordeste

1.035

173 184

Senador

A hora da verdade – Renata Lo Prete entrevista os candidatos, analisa fatos, reporta as campanhas dos presidenciáveis e acompanha os resultados no dia da votação. Tudo na Central das Eleições e na edição especial do Jornal das Dez

concorrem a

12

Presidente Governador

Médio Completo

0,2% no exterior

Norte

16.987 deputados estaduais

> NÚMERO DE CANDIDATURAS PARA O 1º TURNO

MULHERES

SÃO HOMENS 31% são mulheres

HOMENS

25 a 34 > presidente > governador

35 a 44

> senador

45 a 59

> deputado federal

> deputado estadual

> deputado distrital

60 a 69 70 a 79 Superior a 79

120 2008

5 6 + M o­n e t + O U T U B R O

2010

2012

2014

0

5

10

15

20

25

FOTOS: TRICIA VIEIRA

INFOGRÁFICO: DATADOT ESTÚDIO

135

75 25

90 10

FOTO: DIVULGAÇÃO GLOBO/JOÃO COTTA

> PERFIL DO

Confira os principais dados sobre aqueles que pedem o seu voto, de acordo com informações do Tribunal Superior Eleitoral

81 19

68 32

69 31

69 31

“O desafio é manter a capacidade de perceber o que não está previsto e que muda o rumo da disputa”

– Renata Lo Prete

as informações chegam mais rápido que nunca – e circulam em velocidade ainda maior graças às redes sociais. A adrenalina vai a mil, mas a apuração dos fatos deve continuar rigorosa. “Ser ágil e ao mesmo tempo confiável aparece como o maior desafio. É preciso transmitir um volume extraordinário de informação e tentar, na medida permitida pelo calor da hora, extrair sentido de tantos números. Dia de votação é pedreira, mas é também uma delícia”, contou Renata. Para ela e seus colegas Cristiana Lôbo, Merval Pereira e Gerson Camarotti, a pressão é ainda maior. Isso porque, no dia 5 de outubro, eles se reúnem para uma edição especial do Jornal das Dez, que, em vez de uma hora, terá quatro. O programa só acaba após os candidatos se manifestarem em relação ao resultado. O trabalho é árduo, mas é o que traz tanta credibilidade ao canal. “É uma pressão boa, a gente gosta. Esse clima, esse nervosismo é uma parte fundamental e prazerosa do trabalho, todo jornalista sabe disso”, garante Eugenia. É a história sendo escrita, ao vivo, em cores e televisionada. O U T U B R O + M o­n e t + 5 7


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