Espetáculo Chaplin - Monet

Por trás das cortinas

L I V E AC T I O N

Opções de entretenimento e diversão para os NETs além da TV e da Internet

Nos infiltramos nos bastidores do espetáculo Chaplin – O Musical, que relembra a vida de um dos personagens mais carismáticos da história do cinema, o genial Charles Chaplin por Sarah Mund fotos Guilherme Zauith

Coleção filmes Charles Chaplin DISPONÍVEL EM JULHO NO NET NOW

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Aquec imento – Os atores Jarbas Homem de Mello e Marcello Antony se preparam para entrar em cena com o espetáculo Chaplin – O Musical

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Acontece nas coxias – 1. Jarbas Homem de Mello se caracteriza de Chaplin; 2. A orquestra realiza o último ensaio antes de as cortinas se abrirem; 3. Marcello Antony se concentra nos bastidores; 4. As atrizes fazem suas próprias maquiagens para entrar em cena; 5. Perucas são preparadas para os atores e atrizes; 6. Paulo Goulart Filho ensaia suas falas no palco; 7. O ator mirim Gabriel Cordeiro com seu figurino

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NÃO IMPORTA A IDADE, TODO MUNDO JÁ VIU OS ICÔnicos bigode e chapéu coco do Carlitos de Charles Chaplin (1889-1977) em algum momento da vida. O ator, comediante, produtor, diretor, roteirista e compositor é considerado ainda hoje uma das personalidades mais importantes do cinema. Por isso, não é de se estranhar que o espetáculo inspirado em sua vida esteja fazendo tanto sucesso. Em cartaz até o dia 12 de julho no Theatro NET São Paulo, Chaplin – O Musical relembra momentos marcantes da vida do artista, da infância pobre em Londres à consagração no Oscar, passando por seus inúmeros casamentos, perseguições políticas com recriações de cenas antológicas de filmes, como Luzes da Cidade (1931), Tempos Modernos (1936) e O Grande Ditador (1940).

Pela primeira vez fora dos Estados Unidos, a produção chega ao Brasil sob a direção de Mariano Detry, em versão adaptada por Miguel Falabella e produzida por Claudia Raia, importantes figuras do teatro musical nacional. O americano Christopher Curtis, responsável pelo texto e pelas músicas, compôs seis novas canções para a montagem, que depois da temporada brasileira deve ir para Londres. No papel principal está outra figura conhecida dos fãs de musicais: Jarbas Homem de 2 Mello encara a difícil tarefa de encarnar Carlitos.

Ainda estão no elenco mais rostos famosos, como Marcello Antony interpretando o irmão e agente do astro, Sidney, e Paulo Goulart Filho como Mack Sennett, fundador dos estúdios Keystone, onde Chaplin estrelou seus primeiros sucessos.

CAOS QUE FUNCIONA – Se para o público a experiência é de assistir a um espetáculo com transições fluidas entre os números, nas coxias a realidade é diferente. “Aqui atrás acontece um show a parte. As pessoas deviam ver a correria que é a troca de figurinos e reposicionamentos”, confidencia Antony durante o aquecimento antes da apresentação. De fato, são tantas pessoas circulando de um lado para o outro carregando roupas, chapéus, sapatos, perucas e inusitadamente até mesmo uma baguete (!) que para um expectador desavisado pode parecer uma sequência de eventos sem sentido. No meio dessa confusão, que inclui 120 figurinos, quase 50 bigodes e três bengalas vindas da Inglaterra, começa o ensaio da orquestra e a característica cacofonia de dezenas de atores preparando a voz antes de duas horas e meia de cantoria dividida em dois atos. Apesar de tudo, se trata de uma loucura coordenada e quando os atores entram em cena tudo passa a fazer sentido.

Especialmente quando Homem de Mello incorpora o personagem central, com figurino e maquiagens simples que vão evoluindo no próprio palco para acompanhar a trajetória de Chaplin – algo que acontece naturalmente para o ator ao assumir o papel de seu ídolo na vida real. Em seu camarim estão 7 2 + M o­n e t + J U L H O

Chaplin Inspira “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos” “Enquanto você sonha, você está fazendo o rascunho do seu futuro” “A vida é uma tragédia quando vista de perto, mas uma comédia quando vista de longe” “Creio no riso e nas lágrimas como antídotos contra o ódio e o terror” “Um dia sem rir é um dia desperdiçado” “Eu continuo sendo apenas um palhaço, o que já me coloca em nível bem mais alto do que o de qualquer político”

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quadros, bonecos e cartazes inspirados no ícone, revelando como é grande sua admiração. “Eu sempre fui um grande fã. Nem sabia o que contava o espetáculo, mas quis fazer só pelo Chaplin”, revelou o ator. Se fisicamente ele não se parece tanto com o intérprete de Carlitos, os trejeitos com chapéu e bengala, o andar característico e as expressões faciais e o humor ingênuo estão certeiros e agradam à plateia.

“A gente sabia que a recepção seria boa, mas está superando nossas expectativas. É legal ver como as pessoas se emocionam ao ver a história dele, que é bem triste e pouco conhecida, já que ele relutou tanto em comentar sua vida”, completa Homem de Mello.

Não só o público está tendo a chance de saber mais sobre a vida e a obra de Chaplin. Goulart Filho admite que ele também aprendeu muito: “Claro que sempre gostei dele, assistir aos seus filmes é uma lembrança da minha infância, mas não tinha ideia da influência que seu irmão teve em sua vida, por exemplo”. Ou seja, essa é oportunidade de saber mais sobre o homem que apesar de todo o sofrimento e melancolia que viveu, sempre colocou o riso acima de tudo, como prova a letra de “Smile”: “Sorria, o que adianta chorar?/Você descobrirá que a vida ainda continua/Se você apenas sorrir”.

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