Um Anjo dos Infernos - Monet

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AVESSAS JANE LYNCH E MAGGIE LAWSON DIVERTIRAM OS JORNALISTAS NO ENCONTRO RELATADO A SEGUIR E PROMETEM FAZER O MESMO COM O PÚBLICO DA NOVA COMÉDIA UM ANJO DOS INFERNOS, QUE MOSTRA O QUE ACONTECE QUANDO UMA MULHER NADA ANGELICAL SURGE EM SUA VIDA ALEGANDO PODERES DIVINOS

Um Anjo dos Infernos

A PARTIR DO DIA 24, QUARTAS, 20H, WARNER, 132 E 632 (HD)

por Sarah Mund, de Los Angeles 6 0 + M o­n e t + F E V E R E I R O

F E V E R E I R O + M o­n e t + 6 1


VOCÊ PENSA SOBRE QUAL APARÊNCIA TERIA SEU anjo da guarda? Mesmo que a resposta seja sim, é pouco provável que a imagem de Jane Lynch surgiria em sua mente. Pois a toda certinha dermatologista Allison (Maggie Lawson), que na verdade nem acredita nisso, também não esperava por essa súbita aparição em sua vida na nova série Um Anjo dos Infernos. Logo de cara ela pensa que Amy (papel de Lynch) é apenas uma alcoólatra que começou a segui-la e se torna bastante inconveniente. Mas começa a mudar de ideia quando algumas de suas previsões se tornam verdade – como a traição de seu noivo com sua melhor amiga. Não bastasse a fossa amorosa, ela ainda não se recuperou da morte da mãe e para compensar a tristeza se dedica cada vez mais ao trabalho na clínica médica de seu pai. É aí que entra seu “anjo da guarda”. “A princípio ela se assusta com essa mulher doida, mas aos poucos vai se abrindo para as possibilidades de aceitála em sua vida. O que ela alega não faz o menor sentido, mas no final das contas ela só quer o bem da Allison e talvez sua presença a ajude a relaxar um pouco mais e a aproveitar a vida”, diz Maggie. Logo no começo do primeiro episódio já fica claro o porquê do título da atração. O surgimento de Amy na vida de Allison está bem longe de ser uma bênção. Beberrona, desbocada e intrometida, a princípio tudo que a médica quer é se livrar da louca que fica dizendo que tem o trabalho de ajudá-la. O único problema é que suas revelações fazem sentido. “O que eu gosto da Amy é que suas intenções são boas. Ela não tem vergonha de ser diferente e de incomodar 6 2 + M o­n e t + F E V E R E I R O

Todo mundo quer acreditar que existe algo ou alguém olhando por nós. É por isso que gostamos de histórias de heróis” – Jane Lynch os outros por que sua única preocupação é com o bem-estar da Allison. Claro que ela acaba incomodando a Allison, mas é tudo feito de bom coração, talvez ela não seja um anjo tão evoluído ainda”, aponta Lynch. De fato, na trama é sugerido que essa é sua última chance de manter o “emprego” de guardiã celestial devido às suas trapalhadas anteriores. “Ela não vem de fato do inferno, mas apresenta essa personalidade dicotômica. Seu coração é grande, mas ela mais atrapalha que ajuda com sua bebedeira. Talvez ela também precise aprender a confiar em sua protegida em vez de intervir tanto em seu destino”, opina a atriz.

Esse é o primeiro trabalho de destaque de Jane Lynch depois da memorável Sue Sylvester de Glee (2009-2015) e ela contou como não tinha feito planos de voltar à televisão, parece que o convite veio mesmo dos céus. “Eu não estava sendo procurada para nada, foi o primeiro roteiro que li e logo de cara me chamou atenção. Topei na hora. É bom interpretar uma pessoa que não tem vergonha do que é. Eu estou sóbria há 25 anos, mas tive problemas com o álcool e sofria muito com isso. Mas a Amy é diferente e isso é libertador”, revela a veterana. E ela não descarta a possibilidade de a boa fase ser graças à seu próprio anjo da guarda: “Todo mundo quer acreditar

KYLE BORNHEIMER

KEVIN POLLAK

> O ator de 40 anos é experiente em séries de comédia e isso se mostra com seu personagem. Brad é irmão de Allison (Maggie Lawson), mas diferente da bem-sucedida irmã, ainda depende da família, já que mora na garagem da casa dela. Solteirão, está à caça de possíveis namoradas, mas sempre acaba falando a coisa errada para as pretendentes. Ainda por cima flerta de maneira absurdamente inconveniente com Amy (Jane Lynch).

> Quem assiste à série Mom (2013-) vai se lembrar do ator e comediante de 58 anos. Aqui ele vive o também dermatologista Marv, pai de Allison (Maggie Lawson), para quem ela trabalha. Assim como a filha, ele segue sua rotina certinha e mais que todos tem dificuldade em aceitar a presença de Amy (Jane Lynch) e seu jeito descontraído de ser e lidar com a vida - e especialmente a influência que ela está tendo sob sua filha.

FOTOS: THINKSTOCK E DIVULGAÇÃO

V

Intervenção divina – A aparição de Amy (Jane Lynch) alegando ser seu anjo da guarda vai atrapalhar e ajudar Allison (Maggie Lawson) quase na mesma proporção a recolocar sua vida nos trilhos depois de ela sofrer com a morte da mãe e passar por uma separação dolorosa do noivo que a traiu

que existe algo ou alguém olhando por nós. É por isso que gostamos de histórias de heróis. Não sinto que exista uma presença específica à minha volta, mas diferentes pessoas tiveram papéis importantíssimos em minha vida sem se darem conta disso. Acho que recebemos ajudas cotidianas sem percebermos. É nisso que quero acreditar”, explica sobre sua espiritualidade. Já sua colega de elenco Maggie Lawson depositou suas esperanças em outro lugar. “Eu acredito em anjos. E que eles podem se apresentar em diferentes formas, inclusive animais como os meus cachorros. Sempre senti que estou sendo cuidada por forças especiais e isso me deixa muito feliz”, admite. Diferente de sua personagem, que prefere as garantias da ciência: “A Allison não acredita no sobrenatural. Mas a presença da Amy a faz questionar suas crenças e muito do humor da série vem desse embate entre as duas”. As atrizes se conheceram em Psych (2006-2014) e garantiram que a química foi imediata: “Por algum motivo achamos que a Maggie não ia nem querer ler o roteiro, mas no final das contas foi a melhor coisa sugerir seu nome”, confidenciou Lynch. E a colega conta que os sinais positivos não paravam de surgir. No dia em que iam fazer o primeiro ensaio juntas, elas se viram lado a lado no banheiro cantando uma canção do musical A Chorus Line em um dueto digno de ficção sem nem ao menos saberem quem estava na cabine ao lado. “A Jane estava cantando a plenos pulmões e foi irresistível, tive que me juntar a ela”, revela Lawson. Vai dizer que esse não foi um arranjo dos céus? F E V E R E I R O + M o­n e t + 6 3


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