A A PARTIR DO DIA 20, SEGUNDAS, 22H30, FOX, 131 E 631 (HD)
O diretor Breno Silveira revela a incrível história de um homem preso injustamente que inspirou sua primeira série para televisão, 1 Contra Todos por Sarah Mund
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Muita gente vem me contar suas histórias e percebo que várias são mais surreais que a ficção, eu não seria brilhante o suficiente para escrever esse roteiro” – Breno Silveira do diretor, mas na série você tem tempo para explorar isso. A possibilidade de trabalhar com o cuidado do cinema e a resposta rápida da televisão é uma felicidade. É por isso que vemos tantos diretores de cinema na televisão, o talento está indo para a TV porque está permitindo mais possibilidades que o cinema e esse é um movimento mundial”, apontou. O diretor ainda promete que a série tem elementos para todos os gostos. Não é de um gênero específico, tem ação, humor, drama, suspense... Eu acho que as pessoas vão se emocionar. O grande barato do diretor é fazer você se colocar no lugar do protagonista”, concluiu. Em um país cuja Justiça é lenta e os acontecimentos políticos parecem saídos de um folhetim, não é difícil se imaginar na verdadeira armadilha em que caiu o homem que inspirou o diretor.
Metamorfose criminal – Cadu (Julio Andrade) é preso por um crime que não cometeu e, para sobreviver na cadeia, precisa fingir que é o grande traficante de drogas que seus colegas de encarceramento pensam que ele é em 1 Contra Todos
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Se contar ninguém acredita 1 Contra Todos
ESTREIA DE BRENO SILVEIRA À frente de uma série de televisão não poderia ser mais impactante. O diretor de 2 Filhos de Francisco (2005) e Gonzaga – De Pai pra Filho (2012) falou sobre o drama inacreditável de um homem preso injustamente que inspirou 1 Contra Todos. “Depois dos filmes que fiz, muita gente vem me contar suas histórias e percebo que várias são mais surreais que a ficção, eu não seria brilhante o suficiente para escrever esse roteiro”, confidenciou sobre a trajetória de Cadu, papel de Julio Andrade. Na trama, ele é um defensor público de uma cidade pequena que vê sua vida virar de ponta-cabeça ao ser preso por tráfico de drogas. O problema é que a maconha que a polícia encontrou no forro de sua casa não era dele, e sim do pedreiro que ele contratou para uma obra e que acreditou ter achado o esconderijo perfeito. Só que, uma vez na prisão, ele vai ter que assumir o papel de bandido caso queira sobreviver entre os criminosos. “O que me interessou não foi só a possibilidade de fazer um filme policial de ação ou de prisão. O impacto dessa história ser verdadeira para mim foi tão grande que me fez querer seguir esse personagem, quero entender como ele se comportou, reagiu, lidou com pessoas muito mais perigosas que ele”, contou o diretor. Ele ainda admitiu que sua primeira ideia era transformar o relato em um longa-metragem, ambiente com o qual está mais do que familiarizado. “Eu pensei em um filme, abordei a Fox e eles disseram que estavam querendo fazer uma série. Fiquei pensando nisso e, quando fui desenvolver a história, vi que era uma oportunidade de ouro. Nem em um filme eu conseguiria transformar a vida desse cara. Colocar isso em duas horas seria um inferno. O que a série me possibilita é explorar essa história baseada em fatos reais em algo maior, posso inventar outros personagens que me ajudam a mostrar o que poderia acontecer e não só o que aconteceu. Abre um leque gigantesco”, revelou Silveira sobre o projeto que já tem sua segunda temporada garantida e será a primeira atração brasileira do canal a ser exibida na América Latina. Sobre os desafios de se aventurar em um novo formato, ele parece não estar enfrentando dificuldades: Eu não quero nunca mais abandonar as séries. Tive medo de o formato atrapalhar a criação, mas foi o contrário. Aqui eu tenho uma outra liberdade estética, posso pirar. A série dá para você um tempo maior, é um prazer enorme para um diretor. O cinema tem uma métrica que dificulta o trabalho
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