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Depois do boom vivido, em 2022 os números recuaram, mas, segundo especialistas, não somente pelo retorno à normalidade e, sim, pela queda no poder de compra do brasileiro, que cortou despesas em todas as cestas. Na verdade, os gastos não diminuíram, somente o consumo, já que diante da inflação e do aumento do custo dos insumos o consumidor tem pagado mais e levado menos. “Itens de limpeza tiveram um aumento de preço maior até em relação às demais cestas. A renda subiu cerca de 7% mas a cesta, 12%. Dessa forma, o consumidor acabou perdendo 25% do seu poder de compra no último ano”, conclui Paulo Engles, diretor executivo da Abipla.
Robson Munhoz, vice-presidente de operações da Neogrid, reforça que a mudança no comportamento do shopper está diretamente relacionada aos aumentos que os produtos sofreram e olhar preço agora é o critério maior. Por isso também, segundo ele, tem ocorrido o fenômeno da reduflação, quando os fabricantes, em vez de aumentar o preço, reduzem a embalagem. Porém o executivo ressalva que a indústria segurou os repasses de preço nos últimos anos e está atualizando os valores com cautela. Conforme dados da Scanntech, em 2023 os preços da cesta de limpeza subiram acima da média das cestas. Esses produtos também registram maior queda de unidades vendidas.
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