Mulheres Brancas Abolicionistas

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Mulheres Brancas Abolicionistas Fonte: Dicionário Mulheres do Brasil: de 1500 até a atualidade, biográfico e ilustrado, organizado por Schuma Schumaher, Érico Vital Brazil. Rio de janeiro: Jorge Zahar Ed., 2000.

Baronesa do Bonfim (MG) Em 1886, ao libertar 300 escravos de suas propriedades , Maria José Vilas Boas de Siqueira Mesquita e o marido, José Jerônimo de Mesquita, receberam de Pedro II o título de baronesa e barão. A baronesa se distinguiu como assistencialista na primeira metade do século XX. Chiquinha Gonzaga (RJ) Ativista da abolição, participou de festivais que arrecadavam fundos para a Confederação Libertadora, que comprava alforria para os escravos. Com dinheiro que juntou, libertou o escravo Zé da Flauta e compôs hino em homenagem à princesa Isabel. Elvira de Faria Souto (AM) Com quinze outras mulheres funda, em 24 de abril de 1885, em Manaus, a sociedade feminina Amazonenses Libertadoras. A luta do grupo liderado por Elvira resultou na abolição da escravidão no Amazonas, em 30 de março de 1887. Elvira Pinho (CE) Filia-se à sociedade abolicionista Perseverança e Porvir, fundada em 28 de setembro de 1879, quando sua presença é registrada ao lado de outras 15 mulheres. Assume papel de destaque e direção com a fundação da sociedade abolicionista feminina Cearenses Libertadoras. Francisca Clotilde (CE) Autora do romance “A Divorciada”, participou do movimento pioneiro de libertação dos escravos do Ceará, integrando a sociedade abolicionista Cearenses Libertadoras, composta somente por mulheres e presidida por Maria Tomásia. Inês Sabino (BA) Nascida na Bahia, morou em Pernambuco, estudou na Inglaterra, voltou a Pernambuco, onde foi discípula do filósofo Tobias Barreto e participou do grupo Ave Libertas, ao qual dedicou poema de mesmo nome. Escreveu em 1899 o livro “Mulheres ilustres no Brasil”. Leonor Porto (PE) Modista e costureira, foi uma das fundadoras do grupo de mulheres Ave Libertas, após frequentar o Clube do Cupim, associação abolicionista. Leonor Porto foi uma das abolicionistas que se preocuparam em ensinar técnicas de trabalhos manuais aos libertos, após a Abolição. Maria Amélia de Queirós (PE)


Frequentava o clube do Cupim, mas posteriormente fundou a associação abolicionista Ave Libertas. O grupo organizou eventos como uma histórica festa em que houve a assinatura de 200 cartas de alforria de uma passeata, em janeiro de 1888, com centenas de mulheres. Maria Baderna (França) Nascida na Europa, teria participado de movimentos revolucionários de 1848. Fez fama no Rio como dançarina, tendo se envolvido profundamente com os movimentos de resistência à escravidão, participando da formação de quilombos na província do Rio de Janeiro. Maria Josephina Matilde Durocher (França) Primeira mulher no Brasil a escrever textos de Medicina, iniciou seus estudos com o médico negro Joaquim Cândido Soares de Meireles, em 1834. Em 1871, publicou o livro Ideias para coordenar a respeito da emancipação dos escravos. Maria Tomásia Figueira Lima (CE) Participou, em dezembro de 1882, da fundação da Sociedade das Cearenses Libertadoras. A entidade agregou 22 mulheres, na maioria filha de famílias influentes, e a elegeu presidente. Seu engajamento foi determinante para o Ceará abolir a escravidão em 25 de março de 1884. Olegarinha da Gama Carneiro da Cunha (PE) Trabalhou na organização do Clube do Cupim, associação abolicionista que se dedicou à propaganda e ações de libertação. Destacou-se na remessa de escravos fugidos, roubados das senzalas ou alforriados para a província do Ceará, onde não havia mais escravidão. Revocata Heloísa de Melo (RS) Abolicionista militante, fazia conferências e, com o dinheiro arrecadado da venda de ingressos, comprava escravos e os alforriava. Juntamente com a irmã Julieta de Melo Monteiro, fundou o primeiro órgão literário da imprensa feminina do Sul do país, a revista “Corymbo”.


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