Jornal de Negócios Sebrae-SP - 01 de dezembro de 2014 - Campinas e Região

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Jornal de

negócios

Ano XX  |  # 249  |  dezembro de 2014  |  www.sebraesp.com.br  |  0800-570-0800  |  radio.sebraesp.com.br     facebook.com/sebraesp     youtube.com/sebraesaopaulo

campinas e região

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Escola de Negócios completa um ano

Confira a programação do Sebrae-SP em Campinas

Saiba como criar um bom ambiente de trabalho

Instituição gratuita voltada ao ensino do empreendedorismo orienta pessoas como Fernando Tomé (foto)

Inauguração oficial da nova sede do Escritório Regional, capacitação para Lei Geral e programa para taxistas foram destaque na região

os colaboradores e deixar o clima

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com iniciativas simples para motivar mais descontraído, mudanças contribuem para aumentar a produtividade e o faturamento

Programa ajuda a desenvolver segmento de beleza

Café de qualidade

Para atender à demanda por capacitação, Sebrae-SP cria ação específica para desenvolver gestão e faturamento de salões e clínicas. Confira dicas e desafios da área em entrevista com a empresária e atriz Giovanna Antonelli página 13

Produtores do Circuito das Águas Paulista focam em grãos especiais para atrair consumidores e lucrar mais  |  página 24

Cafeicultora Ellen Fontana, de Socorro, melhorou qualidade e produtividade da safra e foi premiada em concurso regional. Agora, a saca do produto vale o dobro do tradicional

Semana do Empreendedor supera expectativas Mais de 17 mil pessoas passaram pelos Escritórios Regionais e tendas montadas pelo Sebrae-SP em 46 pontos do Estado, superando as expectativas. Consultores atenderam quem já tem, pretende abrir ou quer formalizar um negócio. Muitos foram em busca de informação para resolver pendências página 10

Floricultura familiar renovada em Campinas A bióloga Ana Erbolato (foto) conta como dinamizou a empresa criada pelo avô na década de 1940, com a ajuda do Sebrae-SP página 23

Pagamento móvel reduz o custo e aumenta a receita novas tecnologias permitem aceitar cartões com taxas menores

Nova Loja Modelo é destaque no bairro do Brás

aquisição exige atenção a aspectos financeiros

Instalação moderna com 400 metros quadrados na capital paulista ensina aos empreendedores os principais conceitos e tendências do varejo de moda

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Confira dicas para comprar empresa já constituída


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Empreendedorismo negócios cloud tags

Gestão capacitação inovação Eventos equipe planejamento varejo  Serviços ambiente de trabalho Investimento loja

Notas de campinas e região X Inauguração da nova sede do Escritório Regional do Sebrae-SP em Campinas

programa taxista Empreendedor capacita profissionais em Socorro

O crescimento do número de atendimentos a pessoas interessadas na abertura ou na melhoria do próprio negócio foi comemorado durante a inauguração oficial da nova sede do Escritório Regional (ER) do Sebrae-SP em Campinas, realizada em outubro passado, quando acontecia a Semana do Empreendedor. De maio deste ano, mês em que começou a funcionar em novo endereço, até agosto, o ER apresentou um crescimento de 40% nos atendimentos em relação ao mesmo período de 2013. “Os resultados demonstram que a mudança para um dos maiores polos de empreendedorismo do Estado de São Paulo foi acertada”, avaliou o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae-SP, Alencar Burti, que recebeu, por sua contribuição ao empreendedorismo, homenagem do ER em Campinas durante o Encontro de Empreendedores. O evento integrou a programação da Semana do Empreendedor e apresentou casos de sucesso da região, como a empresária Ana Tilli Erbolato, entrevistada nesta edição do Jornal de Negócios. Em palestra com o tema Pequenos Negócios, Grandes Empreendedores, Burti abriu o encontro trazendo para a discussão a necessidade do desenvolvimento das características empreendedoras e de soluções inovadoras em um mundo cada vez mais interconectado, veloz e global. “A nossa atuação tem de ser do tamanho do nosso desafio”, avaliou, destacando que o Sebrae-SP tem como foco de investimento ações para a universalização do atendimento especializado e para a melhoria do ambiente voltado ao empreendedorismo. Localizada na Avenida Imperatriz Leopoldina, 272 – Vila Nova, ER em Campinas atende 22 municípios.

A profissionalização é o caminho para aumentar o faturamento. Essa é a principal lição do programa Taxista Empreendedor, encerrado em setembro passado na cidade de Socorro. A capacitação, que teve duração de três meses, certificou 23 taxistas por meio de um curso semipresencial. Além de um ciclo de palestras sobre turismo, comportamento empreendedor e qualidade no atendimento ao cliente, foi disponibilizado um kit educativo composto por material impresso e programas de TV e de rádio. Para os participantes, essa foi uma oportunidade de compreender como o empreendedorismo se aplica à atividade dos taxistas no dia a dia desse setor.

lei geral ganha destaque em campinas Para a divulgação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, o Sebrae-SP tem promovido oficinas de capacitação já realizadas em diversas cidades da região, como Sumaré, Valinhos, Cosmópolis e Indaiatuba. As ações visam não somente sensibilizar empresários e servidores públicos para os benefícios da legislação, que data de 2006 e passou pela quinta atualização em agosto deste ano, mas também incentivar a sua implementação, como ocorreu em sete dos 22 municípios atendidos pelo ER: Campinas, Pedreira, Amparo, Socorro, Vinhedo, Artur Nogueira e Jaguariúna. O Sebrae-SP tem atuado para desburocratizar o processo de legalização das empresas, incentivar a participação em licitações municipais, estimular a formalização do Microempreendedor Individual (MEI) e fortalecer a atuação dos agentes de desenvolvimento local. No último mês, o Sebrae-SP promoveu a participação de agentes de desenvolvimento da região de Campinas em evento nacional realizado em Recife (PE), onde ocorreu o intercâmbio de conhecimento pelas práticas implementadas com sucesso em diversos municípios. Para saber mais sobre as oficinas de capacitação, entre em contato com o Escritório Regional do Sebrae-SP em Campinas pelo telefone (19) 3243-0277.


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aumentam as compras pelo celular

Pesquisa realizada pela Pagtel, companhia do segmento de pagamentos móveis, mostra que 67% dos entrevistados realizaram alguma compra por dispositivos móveis neste ano. Em 2013, esse porcentual era de 57%. Entre as 480 pessoas ouvidas, 96% possuíam smartphones; 54%, tablets; e 50%, ambos os aparelhos. Entre os entrevistados, 60% utilizaram os sites de loja; 37% compraram por meio de serviços intermediários como Paypal, Buscapé e PagSeguro; 32% utilizaram as lojas de aplicativos, como Google Play e Apple Store; 24% optaram por aplicativos de compra; e 10%, por SMS (conteúdo sobre futebol, horóscopo etc.).

Inspiração de cabeceira O poder da atitude (Editora Gente) O livro de Alexandre Slivnik mostra como qualquer empresa pode criar um atendimento diferenciado para encantar o cliente, com base no modelo de operação da Walt Disney, uma das maiores companhias de entretenimento do mundo.

Papo Empreendedor (Editora DSOP) Baseados em suas experiências, os autores Reinaldo Domingos e Irani Cavagnoli debatem as dificuldades do empreendedorismo e dão dicas e exemplos de como chegar ao topo e incluir sustentabilidade nos negócios.

Os grandes investidores (Editora Saraiva) Glen Arnold conta a história de alguns dos empresários mais bem-sucedidos do mundo, revelando histórias de vida, principais ideias, estratégias e as lições de cada um deles para conquistar fortunas.

expediente

Publicação mensal do Sebrae-SP Tiragem total 500 mil exemplares

CONSELHO DELIBERATIVO Presidente: Alencar Burti ACSP, ANPEI, Banco do Brasil, Faesp, FecomercioSP, Fiesp, Fundação ParqTec, IPT, Desenvolve SP, SEBRAE, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Sindibancos-SP, Superintendência Estadual da Caixa Econômica Federal. DIRETORIA EXECUTIVA Diretor-superintendente: Bruno Caetano Diretor técnico: Ivan Hussni Diretor de adm. e finanças: Pedro Jehá

ELOGIE. SUGIRA. CRITIQUE. RECLAME. Queremos ouvi-lo: 0800 570 0800 ouvidoria@sebraesp.com.br www.sebraesp.com.br > clique em OUVIDORIA.

Tempestade ou bonança? Alencar Burti, Presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae‑SP

Em nosso último bate-papo do ano, gostaria de chamá-lo para uma reflexão fundamental: 2015 e 2016 não serão anos fáceis, com reflexos diretos nos pequenos negócios, segundo os analistas econômicos. Para garantir o melhor posicionamento da empresa no mercado diante de previsões desse tom, o importante é manter o olhar atento à administração e não perder nunca a visão do futuro nem a energia do trabalho. Ou seja, além de acompanhar em detalhes o planejamento estratégico, é preciso também fortalecer o comportamento empreendedor. Parece pouco relevante, mas, de acordo com estudo mundial do psicólogo americano David McClelland – realizado em parceria com a Organização das Nações Unidas (e que deu origem ao curso Empretec) –, os empreendedores que sempre figuram entre os melhores e maiores do mercado, independentemente da bonança ou da tempestade, são os que tomam as de-

JORNAL DE NEGÓCIOS Unidade Inteligência de Mercado Gerente: Eduardo Pugnali Editora responsável: Marcelle Carvalho – MTB 00885 Editores-assistentes: Roberto Capisano Filho e Daniel Lopes Apoio comercial: Unidade Comercial Giulliano Antonelli (gerente) Projeto gráfico e produção Impressão: Plural Indústria Gráfica

SEBRAE-SP Rua Vergueiro, 1.117, Paraíso, CEP: 01504-001 Escritórios Regionais Sebrae-SP Alto Tietê 11 4722-8244 Araçatuba 18 3622-4426 Araraquara 16 3332-3590 Baixada Santista 13 3289-5818 Barretos 17 3323-2899 Bauru 14 3234-1499 Botucatu 14 3815-9020

cisões mais importantes para o negócio com agilidade, mas não se fecham às opiniões externas; antecipam-se e buscam oportunidades; assumem riscos calculados; perseguem um objetivo; participam de redes; e são comprometidos (apaixonados) com o que fazem. É esse empreendedor que atravessa os obstáculos e contribui realmente para o desenvolvimento sustentável de nossa economia, e é ele quem ajudamos a lapidar. O Sebrae-SP continuará de portas abertas para colocá-lo nessa direção. Neste ano, realizamos 1,5 milhão de atendimentos em todo o Estado de São Paulo, apoiando a formação e a tomada de decisões de empreendedores como você. E a nossa equipe de especialistas está pronta para continuar esse trabalho no próximo ano. Desejamos a você e à sua família um Natal realmente iluminado, e que 2015 seja, a despeito das previsões, o ano da boa colheita – resultado de sua visão de futuro.

Campinas 19 3243-0277 Capital Centro 11 3253-2121 Capital Leste I 11 2225-2177 Capital Leste II 11 2074-6601 Capital Norte 11 2976-2988 Capital Oeste 11 3832-5210 Capital Sul 11 5522-0500 Franca 16 3723-4188 Grande ABC 11 4990-1911 Guaratinguetá 12 3132-6777 Guarulhos 11 2440-1009 Jundiaí 11 4587-3540 Marília 14 3422-5111

Osasco 11 3682-7100 Ourinhos 14 3326-4413 Piracicaba 19 3434-0600 Pres. Prudente 18 3222-6891 Ribeirão Preto 16 3621-4050 São Carlos 16 3372-9503 S. J. da Boa Vista 19 3622-3166 S. J. do Rio Preto 17 3222-2777 S. J. dos Campos 12 3922-2977 Sorocaba 15 3224-4342 Sudoeste Paulista 15 3522-4444 Vale do Ribeira 13 3821-7111 Votuporanga 17 3421-8366


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mpes dominam setor de eventos

O volume de recursos movimentado pela indústria de eventos no Brasil mais que quintuplicou em 12 anos. Estudo do SEBRAE em parceria com a Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc Brasil) aponta que o segmento movimentou R$ 209,2 bilhões em 2013, o correspondente a 4,32% do PIB brasileiro. Em 2002, data da pesquisa anterior, a renda anual da indústria de eventos foi de R$ 37 bilhões. O setor contabiliza 60 mil empresas atuantes diretamente, sendo que 94% delas são micro ou pequenas.

Bom ambiente beneficia negócios Criar um clima agradável no trabalho é receita para aumentar produtividade e faturamento

Q

ual empresário nunca se deparou com funcionários desmotivados em função de um ambiente de trabalho ruim? O que muitos não percebem é que o clima afeta diretamente os negócios e pode causar prejuízos financeiros, com queda na produtividade. “Empresas com excelentes ambientes de trabalho, além de proporcionarem melhor qualidade de vida aos funcionários, são mais produtivas, têm rotatividade significantemente menor que a média do mercado e registram crescimento mais sólido e uma chance maior de sucesso nos negócios”, afirma Bruno Mendonça, responsável pelo conteúdo da Great Place to Work do Brasil, companhia especia-

lizada em pesquisa, em consultoria e em treinamento focados no tema. Segundo ele, os benefícios são concretos: pesquisa da Universidade de

ao ano. “A análise concluiu também que a satisfação no trabalho está relacionada com o valor de mercado da companhia. Por isso, todas as empre-

Todas as empresas devem se importar com o ambiente de trabalho, independentemente do tamanho Wharton (EUA) e da London Businness School (Inglaterra) mostra que as empresas eleitas entre as cem melhores companhias para trabalhar nos Estados Unidos, entre 1984 e 2009, tiveram lucros maiores, na faixa de 2,4% a 3,7%

sas devem se importar com o ambiente de trabalho, independentemente do tamanho. A questão está mais na postura e nas atitudes das lideranças do que em ações que exijam grandes investimentos”, explica.

Para criar um ambiente positivo, um princípio essencial é criar e manter altos índices de confiança entre as pessoas. Apesar de isso exigir que toda a equipe faça parte do processo, os donos da empresa têm papel fundamental. “Atitudes como falar e escutar sempre os funcionários e compartilhar com eles os resultados obtidos pela empresa ajudam bastante. Essas são práticas simples, mas fundamentais para gerar confiança e engajamento dos funcionários”, ressalta Mendonça. Também é importante medir o nível de satisfação dos colaboradores com a empresa. “A partir de pesquisas, é possível ver quem são seus funcionários e o que eles pensam e desejam. Com base nisso, identificam-se medidas para melhorar o ambiente de trabalho”, diz. Para as empresas de pequeno porte, pela proximidade, uma conversa pode resolver. Um ambiente de trabalho mais descontraído não deve ser motivo de preocupação para os empreendedores. “Descontração e bons resultados financeiros não são contraditórios. As organizações reconhecidas como as melhores empresas para trabalhar são, comprovadamente, mais produtivas e geram melhores resultados. O principal motivo dos funcionários permanecerem nessas companhias são as oportunidades de crescimento e da confiança que possuem nos gestores e colegas de trabalho”, completa.

Como é um bom ambiente de trabalho?

O que você pode fazer para melhorar?

• As pessoas confiam nos chefes e nos superiores;

• Falar com os funcionários e ouvi-los com sinceridade;

• Elas se orgulham do que fazem;

• Celebrar e compartilhar os resultados obtidos pela empresa;

• Os colaboradores gostam da equipe.

• Ajudar no desenvolvimento de suas carreiras; • Agradecer pelos bons resultados;

Fonte: Great Place to Work

• Inspirar continuamente o colaborador sobre a importância de seu trabalho.


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congressos e feiras predominam no fim do ano

O Brasil tem 9.445 espaços para feiras, congressos e eventos de diversas naturezas que totalizam 10,2 milhões de metros quadrados e 9,2 milhões de assentos. Segundo mapeamento da indústria de eventos feito pelo SEBRAE em parceria com a Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc Brasil), os meses de setembro, outubro, novembro e dezembro são os mais procurados para o aluguel desses espaços. O estudo aponta que a locação gerou, em 2013, mais de R$ 37 bilhões. O aluguel de cada assento para reuniões e afins custa, em média, R$ 9,90 por dia.

Educação longe de casa O presidente do STB, José Carlos Hauer Santos Junior, conta como se tornou líder do setor de intercâmbios no Brasil a carreira empreendedora de josé carlos hauer santos junior começou na empresa do tio. ele organizava viagens para engenheiros das empresas parceiras da consultoria do familiar e identificou ali um modelo de negócio interessante. inicialmente, era uma agência de viagem, mas a virada veio quando descobriu um nicho: o mercado de intercâmbios. pioneiro no setor, santos junior transformou o student travel bureau (stb) em um sucesso, com 80 lojas abertas no país. em 2013, faturou r$ 294 milhões e, para este ano, a expectativa é de crescimento de 20%.

Foto: Emiliano Hagge

Como entrou no segmento de turismo? Eu era estudante de Economia e comecei a trabalhar na consultoria de um tio. Aos poucos, ganhei responsabilida-

des e passei a organizar as viagens dos engenheiros das empresas parceiras. Foi quando percebi que aquele serviço poderia virar um negócio e propus ao meu tio abrirmos uma empresa para organizar viagens. Ele entrou com o capital e eu, com o trabalho. Assim, fundamos a Jump Turismo, em 1982. Quais desafios enfrentou no início da empresa? No começo, eu tinha só dois ternos para usar em reuniões com os clientes e dirigia uma Brasília vermelha. Quando a situação ficava difícil, visitava outras empresas instaladas no mesmo prédio e oferecia o serviço de organização de viagens para os executivos. Como surgiu o STB? Na época da faculdade, como os meus colegas sabiam que eu trabalhava

com viagens, perguntavam se eu conhecia escolas de idiomas no exterior. Comecei pesquisar o assunto e conheci Godfrey Feldstein, um professor inglês que tinha uma empresa chamada Student Travel Bureau, o STB, fundada em 1971. Com o tempo, nos tornamos parceiros e, em 1982, ele me propôs comprar a empresa. Eu topei e larguei a faculdade. No meu primeiro ano à frente da companhia, o faturamento triplicou e, em dois anos, reuni o dinheiro que faltava e adquiri o restante das ações. Em seguida, vieram filiais em Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba. Na década de 1980, a companhia alcançou a posição de maior operadora nacional especializada em turismo cultural. O Sebrae‑SP fez parte da minha história: assisti a diversas palestras sobre empreendedorismo que contribuíram para o meu sucesso profissional. A que atribui o sucesso do seu negócio? Estamos sempre na vanguarda do setor. Para chegar à liderança, identificamos programas, cursos e serviços diferenciados para um público em busca de qualidade. Firmamos parcerias internacionais exclusivas para o mercado brasileiro, como a Carteira Mundial do Estudante (ISIC), os programas de experiência internacional de trabalho na Disney – que somos representantes exclusivos no País – e acordos com escolas de idiomas renomadas mundialmente. Todas essas parcerias estratégicas contribuíram para o crescimento.

deu certo “Acertei em modelo de negócios, estratégia de expansão, comunicação, pontos de vendas, parcerias, produtos, serviços exclusivos e desenvolvimento de tecnologia.”

não deu certo “No início, algumas lojas não tiveram o resultado esperado porque não tínhamos estudos reais do poder aquisitivo da região. Com as ferramentas disponíveis hoje, temos melhores de condições de mapear os potenciais locais para a abertura de lojas.” José Carlos Hauer Santos Junior


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são paulo lidera turismo de negócios

São Paulo realiza um evento a cada seis minutos e recebe mais de 13 milhões de turistas por ano, mantendo a liderança nacional em turismo de negócios. Segundo estimativas do Observatório de Turismo e Eventos, núcleo de estudos e pesquisas da São Paulo Turismo, a cidade receberá mais de 8 milhões de turistas de negócios e três milhões de turistas de eventos em 2014. Isso representa R$ 9 bilhões em receita. De acordo com o Observatório, os turistas de negócios e eventos representam 75% dos hóspedes em hotéis da cidade, que possui o maior parque hoteleiro do Brasil, com 42 mil apartamentos disponíveis. Para feito de comparação, o Rio de Janeiro disponibiliza 27 mil quartos.

Escola de Negócios completa um ano Foto: Emiliano Hagge

Iniciativa pioneira do Sebrae-SP e do Centro Paula Souza prepara o lançamento de uma incubadora de projetos

Fernando Tomé de Oliveira é aluno do curso de tecnólogo em Gestão de Negócios e Inovação

N

o fim do ano passado, o Sebrae-SP, em parceria com o Centro Paula Souza, anunciou uma iniciativa pioneira: a criação da Escola de Negócios, a primeira instituição gratuita de empreendedorismo do Brasil. O objetivo é capacitar gratuitamente futuros e atuais empreendedores por meio dos ensinos técnico e tecnológico nas áreas de administração, gestão, logística e marketing. Diante do sucesso, o empreendimento será ampliado no primeiro semestre de 2015, com a incorporação de uma incubadora de projetos. “A ideia é utilizar o espaço para selecionar e ajudar inicialmente oito projetos a

desenvolver modelos de negócios”, explica a gerente da Unidade de Cultura Empreendedora do Sebrae-SP, Juliana Gazzotti Scheneider. A ação orientará, além de alunos, pessoas de fora – que poderão se candidatar à incubação. Neste primeiro ano de operação, foram realizados dois vestibulares e, atualmente, cerca de 450 estudantes, somando os da Escola Técnica Estadual (Etec) e da Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatec), estão matriculados e participando das capacitações na Escola de Negócios, localizada no bairro de Campos Elíseos, na capital paulista. “Nossa parceria com o Centro Paula Souza, responsável por

Etecs e Fatecs, oferece uma oportunidade única de unir teoria e prática”, ressalta Juliana. Um dos alunos da Escola de Negócios é Fernando Tomé de Oliveira, de 40 anos, estudante do segundo semestre do curso de tecnólogo em Gestão de Negócios e Inovação, com duração de três anos. Oliveira já teve uma consultoria de comércio exterior com um sócio, da qual se desligou em 2011. Disposto a abrir outro negócio, mas sem saber qual, procurou o Sebrae-SP em 2012. “Comecei a participar de vários cursos. Estava determinado a não cometer os mesmos erros e a investir no planejamento”, afirma. No ano passado, ele descobriu a Escola de Negócios ao ler o Jornal de Negócios e o curso chamou sua atenção. “Como já tinha experiência em gestão, fiquei interessado no enfoque de inovação”, conta. Oliveira também achou interessante frequentar as aulas para aumentar sua rede de contatos e se relacionar com pessoas mais jovens. Após um ano de estudo, ele está contente com os resultados. “O curso é muito bom porque une teoria e prática. A cada semestre temos de desenvolver projetos, o que torna o aprendizado dinâmico”, destaca. Além disso, em março, ele começou uma startup (empresa iniciante de base tecnoló-

gica) em parceria com dois colegas de classe e, agora, ambicionam a futura incubadora da Escola de Negócios. “Se você tem vontade de conviver em um ambiente empreendedor, vale a pena estar na Escola de Negócios”, completa.

“Como já tinha experiência em gestão, fiquei interessado no enfoque de inovação”, diz Fernando Oliveira Outro aluno do segundo semestre é Daniel Cardoso Alfonso, 31 anos, cursando o modular Técnico em Administração, na Etec. Ele descobriu a Escola de Negócios no site do Sebrae-SP enquanto fazia cursos a distância. “Queria me qualificar na área administrativa e entender melhor sobre conceitos de negócio”, explica. O curso tem duração de um ano e meio e o estudante considera a experiência positiva. “As aulas nos preparam para situações reais, como fazer projetos e buscar recursos. Isso abriu a minha cabeça para as oportunidades do mercado”, conclui.


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empresários terão apoio para acesso a crédito

Mais de 4,2 milhões de Microempreendedores Individuais (MEIs) terão mais apoio para acesso a crédito e a serviços financeiros, a partir da parceria firmada entre o SEBRAE e a Boa Vista Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). A cooperação entre as duas instituições vai favorecer o acesso desse segmento a informações que contribuam para facilitar a relação com os agentes do sistema financeiro na busca de financiamentos, bem como educação financeira e modelo de avaliação de risco mais adequado, entre outras ações propostas. A parceria estabelece também o intercâmbio de informações e a cooperação institucional entre SEBRAE e Boa Vista SCPC para a realização de estudos, análises e indicadores, a fim de construir um sistema de informações sobre os pequenos negócios.

Sebrae-SP inaugura Loja Modelo no Brás

O desafio de conquistar novos mercados

Instalação no bairro da capital leva aos empreendedores conceitos e tendências do varejo de moda

Fábio Meirelles Presidente do Sistema Faesp-Senar/SP e presidente da Agrishow

O empreendedorismo é, sem dúvida, o principal fator do desenvolvimento econômico e social de um país. No mundo do agronegócio brasileiro não é diferente, pois o sucesso que alcançamos nesse setor é resultado da vocação e da dedicação de homens e mulheres que trabalham diuturnamente para o incremento de suas atividades e renda. O grande desafio é garantir o equilíbrio das cadeias produtivas, a competitividade e a sustentabilidade dos negócios – no campo, na agroindústria, no comércio ou na indústria de máquinas, implementos e insumos agrícolas. Por essa razão, o Sistema Faesp-Senar/SP e o Sebrae-SP uniram conhecimentos especializados, recursos e forças para a implementação de mecanismos de capacitação e proteção ao produtor, essenciais à produção de alimentos e sua manutenção na atividade. Nosso principal objetivo é incorporar produtos e serviços de pequenos produtores rurais ao mercado cada vez mais exigente e globalizado. A comercialização é, hoje, uma das operações mais críticas, pois sua eficiência

pode determinar o lucro ou o prejuízo do empreendimento. É, portanto, imprescindível dominar não só os conhecimentos tecnológicos, como também os fundamentos de gestão, além de aprimorar os instrumentos de comercialização, para bem atender às demandas do mercado consumidor e garantir rentabilidade ao negócio. Desse esforço mútuo, criamos o programa Do Campo ao Consumidor, que promove ações de desenvolvimento de conteúdo para a promoção comercial, abordando os diversos canais de comercialização dos produtos agroindustriais. Nos próximos anos, vamos disponibilizar um portfólio de 1,2 mil cursos nas áreas de mercado e comercialização, propiciando a produtores e trabalhadores rurais condições de ganhos reais e produtividade. Temos plena convicção de que daremos um salto significativo rumo ao aprimoramento dos pequenos empreendedores do campo e, por conseguinte, da consolidação do agronegócio como agente cada vez mais ativo para o desenvolvimento sustentável do Brasil.

Localizada no tradicional bairro paulistano do Brás, região central de São Paulo, a primeira Loja Modelo fixa do Sebrae-SP foi inaugurada em 27 de outubro e traz os principais conceitos e tendências do varejo de moda para empreendedores da região. A localização não foi por acaso: o bairro, conhecido como Polo da Moda, concentra aproximadamente 8.455 empresas formais relacionadas à cadeia produtiva de confecção. No espaço de 400 metros quadrados, a Loja Modelo pretende democratizar o acesso às mais modernas técnicas e tecnologias para o varejo de modas feminina, masculina e infantil, bem como de calçados e acessórios. Segundo o gerente do Escritório Regional Sebrae-SP Leste I, Joaquim Batista Xavier Filho, a Loja Modelo do Brás permite a transferência de tecnologia para o pequeno varejo, com um formato inovador composto de aulas práticas em conjunto com orientações técnicas. “Não existe no País nenhum projeto nesses moldes. O Sebrae-SP é o protagonista dessa inovação em atendimento ao varejo de moda”, afirma. O prédio contempla as quatro abordagens do projeto: ponto de atendimento, laboratório, loja e espaço de negócios. No local, também são prestadas consultorias tradicionais do Sebrae-SP, em atendimentos individuais ou coletivos. De segunda a sexta-feira, a Loja Modelo recebe visitas e caravanas até o limite de 150 pessoas por dia, mas é preciso agendar previamente. Para mais informações, entre em contato pelo telefone (11) 2225-2177.

O prédio terá ponto de atendimento, laboratório, loja e espaço de negócios


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lei de resíduos sólidos

A Política Nacional de Resíduos Sólidos abre oportunidades de negócios para empreendedores atentos às necessidades das grandes empresas. A lei exige que fabricantes recolham e destinem corretamente os resíduos gerados ao longo da cadeia de produção. Com isso, deve crescer a procura por prestadores de serviços que recolham esse material e deem aproveitamento a ele. A expectativa é que surjam milhares de empresas de pequeno porte para explorar a Logística Reversa, ou seja, permitir o retorno dos resíduos aos fabricantes para reaproveitamento.

De olho nos animais de estimação Com um movimento de R$ 14 bilhões por ano, mercado pet oferece oportunidades a empreendedores atentos às necessidades dos bichos e dos seus donos

S

Surfando nessa onda, empreendedores investem em tecnologia e novas ideias para atender às necessidades dos consumidores e de seus animais. São produtos e serviços envolvendo alimentação saudável, acessórios tecnológicos, cosméticos, hospedagens, academias de ginásticas, entre outros. A proprietária da Gatolino Bebedouros, de Santos, Katia Cristiane de Zutter Libardi, detectou um nicho de mercado na fabricação e venda de bebedouros para gatos. A ideia veio a partir de uma conversa com um amigo, que relatou os problemas renais do seu gato porque o animal não bebia muita água. Depois de assistir a um Foto: Anderson Reis

egundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atualmente a população brasileira de animais domésticos alcança 106,2 milhões. O amor pelos bichos de estimação gera oportunidades: o mercado pet gera mais de 3 milhões de empregos no Brasil e movimenta R$ 16,4 bilhões por ano, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet). Em média, cada família gasta R$ 350 por mês com os animais, o que concede ao Brasil a segunda colocação entre os maiores mercados consumidores de produtos e serviços pet do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

Katia Cristiane de Zutter Libardi detectou um nicho de mercado na fabricação e venda de bebedouros para gatos

vídeo na internet que ensinava como fazer um bebedouro caseiro, Katia testou a novidade com seus gatos. E eles realmente beberam mais água do que o normal. “Criei o meu próprio produto, mudei algumas coisas no design e iniciei a venda pela internet. Os materiais de alumínio e plástico vêm de empresas terceirizadas e só fazemos a montagem dos bebedouros. Hoje, tenho um site de e-commerce e também vendo pelas redes sociais. Comercializo, em média, quatro bebedouros por dia. Além disso, ofereço também outros produtos artesanais como almofadas e placas decorativas para enfeitar a casa”, afirma. Apesar de a ideia não ser totalmente nova no mercado – uma vez que existem produtos semelhantes à venda –, os diferenciais da Gatolino, que nasceu em 2013, são o preço e o atendimento. “Procuro ouvir meus clientes para saber o que estão achando dos produtos, o que deve ser adaptado e se existe alguma necessidade não atendida. Meu diferencial é o preço, que é bem abaixo dos concorrentes, e o atendimento personalizado via redes sociais”, aponta Katia. Segundo o consultor da Unidade Desenvolvimento e Inovação do Sebrae-SP, Renato Fonseca de Andrade, é muito importante observar as reações dos clientes para adotar inovações. “O consumidor sinaliza suas necessidades com simples comentários durante uma compra na pet shop ou em um fórum sobre o tema na internet. Então, é muito importante que o empreendedor preste atenção nisso

para ter uma ideia que transforme essa necessidade em negócio”, afirma. Para Andrade, o primeiro passo para o empresário começar a inovar é responder à seguinte pergunta: como posso resolver essa(s) questão(ões)?

Brasil é o segundo entre os maiores mercados consumidores de produtos e serviços pet do mundo Antes de abrir a empresa, Katia procurou o Sebrae-SP para tirar dúvidas sobre patentes de produtos e outras questões de gestão. “Participei de palestras e de cursos de marketing que me ajudaram a aumentar as visitas no Facebook e a melhorar as vendas. Atualmente, forneço produtos para apenas duas lojas pet de Santos, mas a meta é aumentar o número de distribuidores e elevar a produtividade”, avalia.

jornal de negócios mais Confira a cartilha Comece Certo – Pet Shop: http://sebr.ae/sp/jnmais249


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brasil tem

3,57 milhões de empresas endividadas

Dados da Serasa Experian mostram que o Brasil tem 3,57 milhões de empresas endividadas. Do total, 99% são pequenas ou médias empresas, sendo 89% delas dos setores de comércio e serviços. A principal justificativa para o endividamento é a restrição de créditos que, quando concedidos, são feitos mediante cobrança de altas taxas de juros. A alternativa encontrada por alguns empresários é buscar crédito pessoal, mas a prática tem gerado consequências negativas: o estudo aponta que 70% desses empresários estão com o nome negativado.

Cinco passos para inovar 1  P onha no papel o que os clientes (humanos e animais) esperam de seus produtos e/ou serviços; 2  Fique atento às necessidades e reclamações dos clientes; 3  A proxime-se dos clientes e procure ouvir sugestões para melhoria;

Beleza em ascensão Bruno Caetano, diretor-superintendente do Sebrae-SP  @bcaetano   bcaetano@sebraesp.com.br

4  P ense em alternativas para atender às expectativas do cliente; 5  Transforme a sua ideia em negócio.

Números da indústria PET brasileira População 106,2 milhões de animais de estimação 37,1 milhões de cães e 21,3 milhões de gatos 26,5 milhões de peixes, 19,1 milhões de aves e 2,17 milhões de outros animais (répteis e pequenos mamíferos). Faturamento R$ 16,4 bilhões * Crescimento sobre 2013 8,2% Representatividade no PIB 0,34% Exportação US$ 253,4 milhões * Importação US$ 10,9 milhões * *previsão 2014. Fonte: Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet)

www.facebook.com/bcaetano1

A expansão do segmento de beleza e estética no Brasil mostra que este é um setor sem crise. Ano a ano, os números são crescentes tanto em receita como em oferta de produtos e serviços. O Estado de São Paulo, por ser o mais rico da Federação, exerce papel decisivo nesse crescimento e, consequentemente, nos lucros das empresas do setor. Por isso, o Jornal de Negócios traz em sua matéria principal o Programa Beleza Empreendedora, criado no fim do ano passado pelo Sebrae-SP para levar orientação e capacitação aos empresários do segmento. O programa compreende educação a distância, cartilhas informativas e projetos específicos promovidos pelos Escritórios Regionais do Sebrae-SP. As iniciativas têm sido muito bem recebidas pelo público-alvo: basta notar que mais de 30 mil empresas do setor de beleza usufruíram de algum tipo de

consultoria do Sebrae-SP de janeiro a outubro deste ano. É enriquecedor perceber que, além da qualidade técnica, os empreendedores estão cada vez mais atentos à necessidade de se aprofundarem em aspectos gerenciais, aprendendo sobre gestão de pessoas, finanças, marketing, entre outros conceitos. Para atender a essa demanda, o Sebrae-SP vem desenvolvendo ações e ferramentas específicas para falar a língua dos empresários da área. Além disso, existe um trabalho importante de formação de grupos setoriais, que incentiva o associativismo e põe foco nos problemas do dia a dia. As perspectivas para o segmento continuam boas, mas a concorrência também aumenta, o que torna imprescindível a capacitação tanto para quem já está como para aqueles que desejam explorar o segmento de beleza.


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integração no comércio internacional

Relatório da Organização Mundial do Comércio (OMC) mostra que apenas 40% dos produtos importados pelas empresas no Brasil são integrados à produção de bens que será exportada posteriormente. É uma das mais baixas taxas no comércio internacional. As economias emergentes já respondem por 60% de produtos intermediários, porém, nesse grupo, o País perde para Argentina e África do Sul. Entre as grandes economias, nos últimos oito anos, o Brasil foi o que mais importou (16%) desde 2005. Entretanto, a entrada dos produtos não resultou em incremento à exportação nacional.

Semana do Empreendedor atende mais de 17 mil pessoas Atividades promovidas pelo Sebrae-SP garantiram dicas e orientações para as MPEs

M

unidades móveis, 33 Escritórios Regionais e 13 pontos de atendimento. O número de visitantes foi bem superior aos 5 mil do ano passado. Eram pessoas buscando regularizar pendências de negócios já existentes e tirar dúvidas sobre aspectos de gestão ou abrir a própria empresa. “Quem já tinha empresa pôde tirar dúvidas sobre fluxo de

Entre 13 e 18 de outubro, os consultores da entidade garantiram atendimento

Foto: Emiliano Hagge

ais de 17 mil pessoas, entre empresários e futuros empreendedores, participaram da Semana do Empreendedor, uma mobilização do Sebrae-SP em prol da micro e da pequena empresa. Entre 13 e 18 de outubro, os consultores da entidade garantiram atendimento em todo o Estado de São Paulo, distribuídos por seis tendas, 35

Empreendedores foram atendidos em tendas montadas especialmente para esclarecer dúvidas. O número de atendimentos foi recorde neste ano

caixa e contratação de funcionários, entre outras questões. Os que ainda não tinham empresa aberta puderam se informar e dar entrada no processo”, destaca o diretor-superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano. A gerente da Unidade Atendimento Individual, Adriana Rebecchi, calcula que 30% das pessoas que estiveram na Semana do Empreendedor já tinham uma empresa aberta e queriam resolver pendências, além de buscar informações para melhorar a administração. Foi o caso de Zózimo Santos, empresário no setor de mercearia, que procurou a tenda instalada no Largo São Bento, no centro de São Paulo, para resolver uma pendência financeira da empresa. “Soube da Semana do Empreendedor pela TV e procurei a tenda para ver como poderia regularizar a situação”, afirmou. Santos saiu do local com todas as informações necessárias para colocar as contas em dia. O evento também contou com palestras e apresentações focadas em marketing com o intuito de impulsionar as vendas de Natal, principal data para o comércio e responsável por aproximadamente 15% do movimento médio anual do varejo, segundo a Associação Comercial de São Paulo. “Os resultados do Natal, mesmo que não


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moda e acessórios lideram no comércio eletrônico

As lojas virtuais brasileiras faturaram aproximadamente R$ 16 bilhões no primeiro semestre de 2014. O segmento de moda e acessórios é campeão de vendas online, segundo dados da pesquisa feita pela E-bit, especializada em comércio eletrônico no País. O levantamento também mostrou que 57% dos consumidores são mulheres, sendo a maior parte concentrada na faixa etária entre 35 e 49 anos (39%). Os homens respondem pelos outros 43%, acompanhando a média feminina por idade.

se espere um crescimento expressivo das vendas em relação ao ano passado, são muito importantes, pois ajudam a empresa a reforçar o caixa e facilitam a preparação para começar bem 2015”, explica Caetano.

Foto: Emiliano Hagge

Realização de um sonho Para muita gente, a Semana do Empreendedor marcou a realização de um sonho, como Mariana dos Santos, que obteve o registro de Microempreendedor Individual (MEI) em visita à tenda do Largo São Bento. Ela planeja abrir uma loja de roupas femininas integrada a um salão de beleza, aplicando o conceito de salão-butique. Atenta à necessidade de se capacitar, ela aproveitou a presença dos consultores do Sebrae-SP para se inteirar sobre cursos e treinamentos. “Já me informei sobre as datas de cursos interessantes para mim. Pretendo continuar me capacitando para expandir o negócio e realizar parcerias”, disse Mariana. A organização do evento estima

Mariana dos Santos obteve o registro de Microempreendedor Individual (MEI)

que 70% dos participantes que buscaram atendimento não tinham um negócio aberto, mas queriam informação e orientação para planejar o futuro empreendimento. Foi o caso de Eliane do Nascimento, que se prepara para montar uma empresa no ramo alimentício e assistiu à palestra sobre higiene e manipulação de alimentos. “Depois da orientação, percebi que preciso ter muito cuidado antes mesmo de abrir o negócio, o que me fez adiar um pouco o projeto”, afirmou. Interior forte Os atendimentos não ficaram restritos à capital. As atividades se espalharam também pelo interior do Estado, com a instalação de tendas e atendimentos feitos pelos veículos do Sebrae Móvel. Ao todo, foram cinco tendas e 12 vans rodando por 12 cidades. Ourinhos, por exemplo, recebeu uma caravana com oito caminhões do Sebrae Móvel durante dois dias. “Tivemos mais de 120 atendimentos nos dois dias, o que nos deixou bastante satisfeitos”, avaliou o gerente do Escritório Regional do Sebrae-SP em Ourinhos, Wilson Nishimura. Em Campinas, mais de 90 pessoas procuraram diariamente a tenda instalada no centro da cidade. “Alcançamos a expectativa com mais de 450 atendimentos na semana”, comemora o gerente do ER do Sebrae-SP na cidade, José Carlos Cavalcanti. Segundo ele, 60% dos atendimentos foram direcionados a pessoas físicas que procuraram informações sobre como montar o negócio, dicas de mercado e legislação, além de orientação sobre como funciona o registro de MEI. Quem já tinha uma micro ou pequena empresa buscou orientação relacionada a gestão de negócios e a técnicas de vendas.

A Semana do Empreendedor

tendas

2.886 atendimentos caravana

2.809 atendimentos Escritórios Regionais

4.561 atendimentos central de atendimento

6.067 atendimentos palestras online

934 atendimentos Total 17.257 atendimentos


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novo portal permite fechar empresa em três minutos

Beleza empreendedora é diferencial para crescer Programa ajuda empresários do setor a melhorar a gestão de negócio e o faturamento em todo o Estado

O

brasileiro é muito vaidoso, e quem lucra são os empreendedores. “O setor de beleza e estética é um dos que mais crescem. Movimenta R$ 43 bilhões por ano no Brasil e, segundo projeções das associações do segmento, deve aumentar 10% neste ano”, destaca a coordenadora estadual da carteira de Beleza do Sebrae-SP, Maísa Blumenfeld. O mercado está tão aquecido que, de janeiro a outubro deste ano, foram realizados pelo Sebrae-SP 73 mil atendimentos a 30,5 mil empresas do setor, que buscaram orientação sobre produtos/serviços e sobre gestão. A demanda tem sido tão grande que, no fim do ano passado, a entidade criou o programa Beleza Empreendedora, que capacita, por meio de cartilhas, cursos de ensino a distância e acompanhamento de grupos de empresários pelos consultores dos Escritórios Regionais em todo o Estado. “Iniciamos 2014 com 13 projetos nos Escritórios Regionais do Sebrae-SP em São Paulo e até outubro já estávamos com 18. Atendemos diretamente a 750 empresas, que participam da capacitação tecnológica e em gestão”, afirma Maísa. Segundo ela, a meta é proporcionar aumento de 10% no faturamento das empresas participantes.

A novidade para 2015 é o lançamento do Combo Sebrae Beleza, um conjunto de iniciativas que reúne oficinas, palestras, infográficos, podcast, e-book, folhetos e vídeos para o setor. “São produtos em vários formatos que levam aos empreendedores dicas, exemplos e ferramentas para aplicação no dia a dia do salão”, explica. O Escritório Regional do Sebrae-SP Capital Centro montou um grupo para acompanhamento desde junho deste ano. “A demanda é grande e percebemos que eles entendem muito bem a técnica, mas têm dificuldade na parte de gestão”, explica a coordenadora da iniciativa no ER Centro, Mariana Cristina Brito. O projeto reúne 45 empreendedores formalizados, tanto da área de estética como de cabeleireiros. A primeira capacitação foi na área administrativa, que abordou conceitos básicos de gestão. Em uma segunda etapa, eles participam do treinamento sobre finanças. “O grupo está em evolução. Procuramos usar uma linguagem clara e que faça parte do cotidiano dos profissionais”, afirma. Segundo a gestora, os maiores desafios enfrentados pelos empresários dizem respeito à contratação de mão de obra, à divulgação e ao controle dos

Rodrigo Lima tem duas unidades do salão Circus Hair e segue crescendo com a ajuda do programa

Foto: Emiliano Hagge

O governo lançou em outubro o portal www.empresasimples.gov.br, que permite o fechamento de empresas em três minutos. No portal, os dados de todas as juntas comerciais do País são unificados. O cruzamento de dados entre juntas comerciais e Receita Federal permitirá a cobrança dos débitos que estejam atrelados ao CNPJ baixado. Dessa forma, eventuais débitos serão transferidos para o CPF do dono ou dos sócios da empresa extinta. O governo estima que existam aproximadamente um milhão de empresas inativas no Brasil. Todo o processo de fechamento da empresa pode ser feito pela internet.


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vinhos nacionais ganham mercado

Donos de restaurantes perceberam que muitos consumidores não conhecem a qualidade dos vinhos nacionais. Pensando nisso, o SEBRAE, em parceria com o instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), lançou o projeto Qualidade na Taça. O intuito é abrir o mercado para os pequenos viticultores do País. Cerca de mil estabelecimentos gastronômicos de 16 cidades, em 14 Estados, receberão capacitação sobre a vitivinicultura brasileira. Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife já começaram o treinamento presencial.

diferentes aspectos de negócio. Por isso, os próximos módulos contarão com dicas jurídicas e com orientação sobre recursos humanos e marketing. “Também formatamos treinamentos voltados para o fim do ano e sobre como lucrar mais nessa época”, afirma Mariana. Participar de um grupo tem outras vantagens: favorece a troca de experiências e as parcerias. Também é possível participar de missões de negócios: os empresários que recebem orientação do ER Capital Centro ganharam ingressos para participar da feira Beauty Fair de 2014, realizada em setembro, na capital. “Após o evento, no qual cada um focou em suas necessidades, debatemos as experiências e dividimos conhecimentos.” A capacitação termina em 2015 e outro grupo deve ser formado. Os interessados já podem se cadastrar no ER. “O objetivo final é que os participantes aumentem o faturamento e tenham uma gestão estruturada e planejamento”, conclui. Quem participa, aprova. É o caso de Rodrigo Lima, cabeleireiro há 20 anos, que abriu a primeira unidade do salão Circus Hair em 2012. O negócio é inovador: agrega ao espaço conceitos de entretenimento, moda e cultura – motivo pelo qual foi convidado a participar do grupo. Mesmo considerado um case de sucesso, ele sabe a importância de continuar se capacitando. “O mercado é muito dinâmico. Por isso, quero o máximo de conhecimento para me aprimorar como gestor. A troca de experiência é muito rica”, explica Lima. O empreendedor abriu outra filial em 2013, na Rua Augusta, onde já tem planos de expansão e de, no futuro, abrir franquias. “O diferencial para o sucesso é enxergar o salão como empresa”, completa.

Negócio com grife A atriz Giovanna Antonelli é conhecida em todo

estamos selecionando cuidadosamente os parceiros

Brasil por sua atuação em novelas. Entretanto,

para nos desenvolvermos de forma ordenada e

ela também é um exemplo de empreendedora

sustentável. Estamos com três lojas em processo

de sucesso. Sócia de um restaurante e com o

de implantação e vários candidatos participando

nome licenciado para diversas marcas, sua última

de entrevistas.

empreitada é no segmento da beleza: neste ano, criou a franquia focada em depilação a laser e

JN – Além da franquia, você possui outros

estética, a Giolaser.

negócios e licenciamento de produtos com o seu nome. Como busca oportunidades

JN – Como surgiu a ideia para criar a Giolaser?

e estabelece parcerias?

GA – Sempre fiz depilação a laser e tratamentos

GA – Escolho cuidadosamente negócios que tenham

estéticos, e colocar isso ao alcance de todos foi

a ver comigo, com meu estilo de vida. Acredito que

o que mais me motivou. Meu trabalho como atriz

essa identificação passa credibilidade e torna o

está ligado à beleza e à estética. Então, eu prefiro

negócio mais prazeroso. Empreender é necessário,

investir em algo que eu uso e acredito, assim,

mas não abram mão do bom serviço, do bom

poderei vender o produto com propriedade e tem a

atendimento e, principalmente, da qualidade.

ver com a minha proposta de vida e carreira. JN – Quais são os desafios de atuar no setor de beleza? GA – Apesar de o setor crescer solidamente a cada ano, os consumidores estão cada vez mais exigentes, então, a qualidade e a padronização dos serviços são primordiais. Nosso modelo de negócio foi cuidadosamente elaborado em conjunto com uma das maiores empresas de consultoria para franchising do Brasil. Tudo isso visando criar um negócio de baixo risco e de ótima lucratividade. Entre nossos diferenciais estão o apoio total ao franqueado em todas as fases do projeto, desde a implantação até a inauguração. Possuímos sistema de gestão totalmente informatizado, o que simplifica e agiliza o dia a dia. JN – Que tipo de perfil você espera do franqueado? GA – Que seja comprometido com o nosso projeto de negócio. Damos todo o treinamento necessário

jornal de negócios mais

para a gestão, mas avaliar o perfil do candidato é

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essencial. Não temos pressa em crescer, por isso,


14 | jornal de negócios

receita intima devedores do simples

A Receita Federal intimou quase 400 mil contribuintes que devem ao Simples Nacional para que regularizem suas dívidas. Quem não o fizer será excluído do regime de tributação a partir de 1º de janeiro de 2015. O número de intimados equivale a 9% do universo de optantes que tenham dívidas com a Receita ou com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. O objetivo da ação é oferecer a oportunidade para que os devedores regularizem as dívidas e possam, dessa forma, continuar usufruindo dos benefícios do Simples Nacional. Com a intimação, a Receita espera que 90% dos devedores regularizem as pendências, que atingem R$ 14 bilhões.

Comprar (ou não) uma empresa que já existe A decisão exige atenção a aspectos como saúde financeira, localização, dívidas e patrimônio ntre os diferentes caminhos para se tornar empresário, a aquisição de um negócio ou franquia já constituída é um deles. Assumir um empreendimento que já existe significa não ter que lidar com a burocracia na abertura da empresa ou procurar um ponto comercial. Embora possa parecer mais simples, a decisão exige cuidado e atenção a vários aspectos. O primeiro passo é conhecer a saúde financeira da empresa a ser adquirida. Analise o valor de patrimônio, saiba quanto vale o ponto comercial e avalie se há dívidas com fornecedores. “Para se aprofundar, o contador da empresa pode emitir a demonstração de resultado econômico (DRE) para saber a rentabilidade do negócio”, explica o consultor do Sebrae‑SP, Haroldo Eiji Matsumoto. Sócia do Taw Sushi, restaurante de comida japonesa na zona norte de São Paulo, Susanne Birle conta que, antes de comprar o local, era frequentadora constante. “O restaurante tinha uma comida boa, mas pecava na administração. Conversando com o gerente, deixei o meu cartão e disse que se o dono quisesse vender o local, era para me ligar. Uma semana depois ele me procurou e começamos a conversar.” Para saber se a empresa é competitiva, avalie a infraestrutura de equipamentos e a qualificação dos funcionários. Para franquias, veja se não há a obrigação de compra de cota mínima de material – regra comum em escolas de idiomas, por exemplo.

O primeiro passo é conhecer a saúde financeira da empresa a ser adquirida O passivo trabalhista pode ser determinante para o sucesso ou o fracasso do negócio. Se a gestão de pessoas da empresa não for bem-feita, há mar-

gem para que os funcionários entrem com ações na Justiça. Susanne lembra que desistiu de um negócio antes do Taw Sushi por causa de débitos trabalhistas. “Apenas um processo era de quase R$ 500 mil e optei por não fechar a compra.” Avalie a localização e identifique se há concorrentes ou estabelecimentos da mesma franqueadora na região que ofereçam produtos ou serviços iguais. Exceções são os polos de negócios, que, justamente por concentrarem várias Foto: Emiliano Hagge

E

Susanne Birle era frequentadora constante do restaurante na zona norte da capital antes de comprá-lo

empresas do mesmo ramo, atraem o público. A segunda unidade do Taw Sushi, por exemplo, foi aberta em uma travessa da Avenida Braz Leme, importante polo gastronômico da zona norte. “Escolhemos uma rua menor, mas que ainda assim recebe um fluxo interessante de pessoas”, diz Susanne. A carteira de clientes é um diferencial importante. Veja se ela está atualizada e quantos estão ativos e inativos. “Se há mais inativos, demonstra que houve falhas de produto, de serviço ou de preço. Felizmente, é possível reverter”, destaca Matsumoto. Pergunte se o ponto comercial cobra valor de luva e o tempo de contrato do aluguel. Para franquias, questione se há exclusividade de atendimento na região com a mesma bandeira. Também é importante identificar se existe algum problema de difamação ou notícia negativa sobre a marca que abale a confiança do consumidor. Estude o histórico da franquia no Brasil e como ela vem se comportando ao longo dos anos. “Com relação às franquias, tome cuidado com o modelo de negócios, pois as decisões de gestão são limitadas à franqueadora”, esclarece Matsumoto. A cartilha “Como Adquirir uma Empresa Funcionando”, do Sebrae-SP, esclarece as dúvidas mais frequentes quanto à aquisição de uma empresa nessa situação, tanto nos aspectos jurídicos como nos aspectos de gestão de negócio. O acesso é gratuito, basta se cadastrar no site www.sebraesp.com.br .


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a favor dos pequenos negócios

O Ministério Público Federal (MPF) e o SEBRAE vão atuar juntos para garantir os direitos dos pequenos negócios. O Acordo de Cooperação Técnica prevê intercâmbio e ações para garantir o pleno direito do tratamento diferenciado previsto em lei para os pequenos negócios. A assinatura do acordo aconteceu no mês de outubro, em Brasília. Como parte da parceria, o SEBRAE e o Ministério Público Federal trabalharão, por exemplo, no desenvolvimento de instrumentos que simplifiquem os processos de alteração ou abertura de uma micro ou pequena empresa.

Feira do empreendedor terá espaços para capacitação Visitante poderá assistir a palestras, receber consultorias individuais e coletivas, conhecer tendências e regularizar a situação da empresa

Q

entre empresários já constituídos ou potenciais que encontrarão no local oportunidades para incrementar o negócio ou abrir um empreendimento. Além da mostra, o visitante poderá assistir a palestras, receber consultorias individuais e coletivas, conhecer tendências e regularizar a situação da empresa, além de obter informações e orientações referentes a abertura e a melhorias na gestão do negócio próprio. Foto: Rafael Gardini

uem visitar a 5ª edição da Feira do Empreendedor encontrará muito mais do que 350 expositores querendo fazer bons negócios. Durante o evento, que acontecerá de 7 a 10 de fevereiro de 2015, no Pavilhão do Anhembi, zona norte de São Paulo, o Sebrae-SP oferecerá oito espaços voltados para capacitação e estandes com temáticas variadas, como apoio financeiro ou mídias digitais. São aguardadas 85 mil pessoas,

A feira terá oito espaços específicos voltados para treinamentos e estandes com temáticas variadas

A diretora da Contatus Eventos, Lica Marques, esteve presente na última edição da Feira do Empreendedor e participou de três palestras, entre as quais o curso sobre redes sociais. “Vi a importância de saber me relacionar com os clientes e também com os parceiros do setor por meio das redes sociais”, afirma. As capacitações não são apenas para quem já está no mercado, mas também para os futuros empreendedores, como Arnaldo Spiler, que está amadurecendo a ideia do negócio próprio. Para atender pessoas como ele, a Escola de Negócios do Sebrae-SP oferecerá no evento, com o objetivo de promover a troca de experiências e de ideias, um espaço para a exposição de projetos. “Na última edição, tive contato com ideias novas e com estruturação de negócios, o que me permitiu pensar em novas técnicas para a criação de um empreendimento”, lembra Spiler. As palestras, os workshops e os cursos que acontecem na Feira do Empreendedor são bastante concorridos. Por isso, recomenda-se que, antes de ir ao evento, o visitante pesquise no site (http://feiradoempreendedor.sebraesp.com.br) os temas de interesse para aproveitar melhor o tempo. As palestras e orientações são gratuitas, limitadas a 300 pessoas, e

As palestras e orientações são gratuitas, limitadas a 300 pessoas, e o acesso é por ordem de chegada no auditório o acesso é por ordem de chegada no auditório. Lica Marques e Arnaldo Spiler garantem que estarão na 4ª edição da Feira do Empreendedor. A perspectiva de se aprofundar em alguns temas é o que mais atrai Lica. Já Spiler aponta o intercâmbio como principal atrativo. “É importante conhecer os problemas de quem também está tentando começar um empreendimento”, completa.

jornal de negócios mais Veja como foi a Feira do Empreendedor 2014: http://sebr.ae/sp/jnmais249


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O Sebrae Responde é um serviço destinado a atender empreendedores e empresários de micro e pequenas empresas. Tem como objetivo esclarecer dúvidas e orientar sobre a abertura de novos empreendimentos, bem como tratar de questões relacionadas à gestão de empresas já constituídas.

Como evitar que um bom colaborador deixe a empresa?   O mercado de trabalho está aquecido, principalmente para aqueles profissionais que se destacam em suas áreas de atuação. Para os empresários, a perda de talentos pode ser uma grande dor de cabeça. A rotatividade prejudica o atendimento ao consumidor e torna os processos mais lentos, além de aumentar custos com mão de obra. Para evitar ou ao menos minimizar o problema, listamos algumas medidas que colaboram para a retenção dos profissionais. > Realize feedbacks constantes: a equipe gosta de saber como está o seu desempenho. Então, realize reuniões periódicas e formais, reconhecendo os acertos e orientando nos eventuais erros; > Invista na capacitação: oferecer

treinamentos é uma forma de reconhecer um bom desempenho; > Proponha novos desafios: um bom colaborador gosta de enfrentar novas situações para mostrar sua capacidade de superação. Além disso, é uma forma de reconhecimento; > Tenha um sistema de recompensas: é interessante que haja um método de avaliação de competências que premie aqueles que se destacam; > Forneça uma cesta de benefícios atrativa: faça uma pesquisa e avalie quais benefícios são mais valorizados pela equipe; > Invista no bom ambiente de trabalho: um espaço agradável e cordial tem peso no momento em que se decide sair da empresa; > Aproxime-se mais da equipe: este-

ja mais presente no dia a dia, dessa forma, você conhecerá mais cada integrante e entenderá melhor as suas necessidades; > Avalie as possibilidades de promoção: estude seu quadro funcional e estabeleça critérios e um porcentual para promoção daqueles que se destacam. É importante perceber que não é somente o salário que garante a permanência de um bom funcionário na empresa. Todas as medidas acima são “colocadas na balança” no momento da decisão. Portanto, não hesite em aplicá-las!

Daniel Palácio, gerente do Escritório Regional do Sebrae-SP em Araraquara


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consórcio é único financiamento automotivo que cresce

De acordo com a companhia Cetip, que opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), o consórcio foi a única categoria de financiamento de veículos que registrou aumento no acumulado entre janeiro e setembro de 2014, em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo a companhia, houve leve crescimento de 0,5%, passando de 651 mil para 654 mil operações. No mesmo período, o Crédito Direto ao Consumidor diminuiu 7,6% (de 4,16 milhões para 3,84 milhões) e o leasing caiu 9,1% (de 77 mil para 70 mil).

Na palma da mão

Em razão do custo, soluções de pagamento móvel ganham a adesão de pequenas e médias empresas base de celulares em operação no Brasil ultrapassa 170 milhões de linhas. Além de telefone, o aparelho já ganhou funções de relógio, agenda, câmera fotográfica, tocador de música e calculadora, entre tantas outras. Aos poucos, ele vem funcionando também como “maquininha” para captura de operações com cartões de crédito e de débito. A solução funciona por meio de leitores acoplados ao celular ou aplicativos instalados nos smartphones (celulares inteligentes). Pelo menor custo em comparação às tradicionais “maquininhas” de PoS (sigla para point of sale, ou “ponto de venda”), a solução vem ganhando adeptos entre as micro e pequenas empresas, assim como profissionais liberais e Microempreendedores Individuais (MEIs). A estimativa é que cerca de 250 mil dessas empresas e profissionais autônomos aceitem o pagamento em cartão por meio de dispositivos móveis no Brasil, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). Como é crescente a preferência do consumidor pelo cartão, em substituição ao dinheiro vivo, a aceitação dele pode

Foto: Emiliano Hagge

A

William Soares trocou máquina de cartão para reduzir os custos após várias tentativas de negociar reduções de taxas


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consumidor lembra mais das marcas do que das promoções

Segundo pesquisa da Hello Research, o consumidor lembra mais das marcas do que das promoções feitas por elas. Entre os bens de consumo que estavam em promoção, o sabão em pó Omo foi a marca mais lembrada entre os entrevistados. Em segundo lugar apareceram Sadia, Coca-Cola e Nestlé. Na terceira colocação estavam Colgate e Guaraná Antarctica. Com relação aos segmentos que promovem as melhores promoções, o setor de alimentos foi lembrado por 34% dos participantes da pesquisa, seguido por bebidas não alcoólicas, com 22%.

alavancar as vendas para micro e pequenas empresas. “Nosso alvo é aquele empreendedor que não trabalha com nenhuma solução para cartão”, aponta Ricardo Dortas, diretor do PagSeguro, serviço de pagamento eletrônico controlado pelo UOL. Outras empresas que exploram este nicho são Payleven, iZettle e Cielo. Tarifas Para o empreendedor de micro e pequena empresa, o uso do celular como “maquininha” de cartão traz como principal vantagem o menor custo em relação ao PoS. As taxas cobradas por transação variam de acordo com a tecnologia do dispositivo, a modalidade da compra e o prazo para recebimento do dinheiro. Os valores mais baixos estão nas compras feitas no débito, que giram entre 2,39% e 2,69%. Para as aquisições feitas no crédito, as taxas começam em 2,99%, mas podem subir de acordo com o número de parcelas.

Oferecer ao cliente a facilidade de pagamento com cartão contribui para o aumento das vendas As máquinas PoS cobram valores semelhantes nas compras com cartões de débito e de crédito, mas acrescentam uma mensalidade que varia de acordo com o volume mensal de vendas. O menor custo motivou William Soares, dono de uma loja de vendas e assistência de notebooks no centro de

São Paulo, a adotar o pagamento móvel. Ele trocou a máquina de captura das transações pela solução móvel após tentativas frustradas de negociar redução nas taxas. “As empresas só negociam com quem tem um volume muito grande de vendas, o que não é o meu caso”, explica o lojista. Vantagens Oferecer ao cliente a facilidade de pagamento com cartão contribui para o aumento das vendas. Além disso, reduz a circulação de dinheiro no caixa do estabelecimento e evita o transporte das notas para depósito no banco, o que aumenta a segurança no dia a dia. O pagamento eletrônico também diminui o risco de inadimplência. “A garantia de recebimento é fator determinante para a adesão ao sistema”, afirma o diretor-executivo da Abecs, Ricardo Vieira. Heitor Barcellos, chefe de operações da iZettle, solução de captura a partir de um leitor acoplado ao celular, calcula em torno de 30% a vantagem financeira do uso da solução móvel em relação à máquina PoS. “Somada à segurança que a tecnologia representa para o negócio, o ganho é de, no mínimo, 50%”, avalia. Para gerente da Unidade Inteligência de Mercado do Sebrae-SP, Eduardo Pugnali Marcos, os dispositivos móveis ainda são uma tendência, mas devem ganhar volume em curto e médio prazos. “Apesar de crescente, o uso ainda não é tão comum. Acredito que em um ano os pagamentos móveis estarão mais presentes”, ressalta. Tecnologias Os pagamentos móveis foram criados em 2010, nos Estados Unidos. Os primeiros modelos possuíam um leitor de tarja magnética que era acopla-

Conheça as taxas cobradas por algumas empresas de pagamento móvel

Débito

Crédito

Crédito parcelado

PagSeguro

2,39%

2,99% a 4,39%

iZettle

3,99%

5,99%

6,99%*

Payleven

2,69%

3,39%

4,69%**

Cielo

3,19%

4,05%

6,99%

*Acréscimo de 1% em cada parcela **Acréscimo de 1,3% em cada parcela

Fonte: empresas

do na entrada do fone de ouvido do smartphone, uma tecnologia que não ganhou adesão no Brasil. É que, por aqui, quase a totalidade dos cartões opera com chip e senha, dispensando a leitura da tarja, prática recorrente no mercado americano. No Brasil, as soluções mais conhecidas se valem de um dispositivo acoplado ao celular no qual o cliente digita a senha, autorizando a compra via cartão. Normalmente, esses leitores funcionam via bluetooth e são compatíveis com os sistemas Android e iOS (Apple). Além da captura da transação, as so-

luções de pagamento oferecem controle sobre o fluxo de caixa. Isso porque as operadoras que disponibilizam o serviço oferecem um aplicativo por meio do qual é possível fazer a gestão dos recebimentos e obter relatórios das vendas. Segundo dados da Abecs, existem cerca de 704 milhões de cartões no Brasil, entre débito, crédito e cartões de lojas. Na relação PoS por habitante, o Brasil perde apenas para os Estados Unidos. Por aqui, são 20 PoS para cada grupo de mil habitantes, enquanto nos Estados Unidos a proporção é de 29 por mil.


22 | jornal de negócios caixa libera r$ 5 bi em créditos

A Caixa Econômica Federal possui R$ 5 bilhões disponíveis para micro e pequenas empresas. A concessão foi aberta em 22 de setembro e vai até fevereiro. Só nos primeiros 20 dias, o volume de empréstimo alcançou R$ 1 bilhão. O dinheiro pode ser usado para pagamento do 13º salário dos funcionários, pagamento de férias e para equilibrar o fluxo de caixa da empresa. O prazo para pagamento é de 36 meses e a primeira prestação vence em janeiro de 2015.

Agenda Tributária

Empresa não é filho

Dezembro MEI 22/12 Recolhimento em valores fixos mensais. Último dia para o pagamento do DAS referente a novembro/14. Simples Nacional (ME / EPP).

Davi Bertoncello é presidente da Hello Research, agência de pesquisa de mercado e inteligência

Como pai coruja, sou realmente suspeito para falar sobre educação infantil. É natural que, em um contexto de envolvimento integral, sejamos permissivos. Uma atitude manhosa daquele lindo ser, e ele tem tudo o que quer de mim. Fato é que este artigo não trata sobre a relação entre pais e filhos, mas sim sobre boas práticas de negócios que ajudem empresários a aumentar a competitividade de suas empresas. E, por mais dura que seja a minha primeira e única orientação de hoje, ela se faz necessária: sua empresa, serviço ou produto não é seu filho, portanto, não os trate como se fossem. Inicialmente, a analogia acima pode parecer despretensiosa, mas é exatamente essa postura paternalista que leva boa parte dos empresários de pequenas empresas a ter problemas em seus negócios. Considerar produtos como filhos cega o empreendedor e faz com que ele se torne um defensor nada criterioso de sua própria criação. É nessa conjuntura que ele passa a não perceber que sua obra pode não ser assim tão formidável. E qual é a solução para resolver o impasse? A resposta é simples: pesquisa de mercado. Não é segredo para nenhum especialista de marketing que pesquisa é

fundamental. No entanto, no cenário brasileiro, essa ferramenta ficou muito associada a um instrumento utilizado, em sua maioria, por grandes empresas. Outro fato a ser considerarado é que boa parte dos pequenos negócios valem-se da premissa da falta de verba para direcionar 100% do seu orçamento para comunicação. A princípio, pode parecer uma boa escolha, porém, o que esse empreendedor ignora é o fato de que, ao não fazer pesquisa, ele deixa de conhecer cenário competitivo, que poderia otimizar seus esforços de marketing e aumentar eficiência. A boa notícia para as pequenas empresas é que as novas ferramentas de pesquisa, em especial as digitais, oferecem uma relação entre custo e benefício bem atrativa e deve ser considerada. Mas, tome cuidado com empresas que prometem realizar pesquisa por valores irrisórios. É importante lembrar que pior do que não ter informações sobre seu produto é ser guiado por pesquisas que não sigam critérios rígidos de coleta e amostragem. Isso pode levar o empresário a tomar decisões baseadas em informações superficiais e/ou ilegítimas e, assim, prejudicar seus verdadeiros filhos, que terão pais desempregados.

15/12 Diferença de Carga Tributária. Diferencial de alíquota de ICMS devido pelas empresas optantes pelo Simples referente às aquisições de produtos de outros Estados realizadas no mês de novembro/14. 19/12 INSS (Simples Nacional – anexo IV). Contribuição previdenciária calculada sobre o total da folha de pagamento, bem como dos valores retidos. Recolhimento referente à competência novembro/14. 22/12 Recolhimento do DAS. Tributos devidos e apurados na forma do Simples Nacional. 30/12 IR – Ganho de capital das empresas optantes pelo Simples Nacional. Imposto de Renda incidente sobre os ganhos de capital (lucros) obtidos na alienação de ativos no mês de novembro/14. (Darf comum – duas vias – código 0507). Lucro Presumido 19/12 INSS. Calculada sobre o total da folha de pagamento, bem como dos valores retidos. Referente a novembro/14. 24/12 PIS/Pasep Faturamento. Contribuição com base no faturamento de novembro de 2014. Código Darf: 8109 – Alíquota: 0,65%. Cofins Faturamento. Base: faturamento de novembro/14. Código Darf das empresas em geral: 2172 – Alíquota: 3%.

30/12 IRPJ – Imposto de Renda da Pessoa Jurídica. Recolhimento trimestral. Meses de recolhimento: abril, julho, outubro e janeiro. CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. Recolhimento trimestral. Meses de recolhimento: abril, julho, outubro e janeiro. Obrigações diversas 5/12 Salários. Último dia para o pagamento do salário do mês de novembro. FGTS. Recolhimento relativo à competência de novembro. Caged. Envio ao Ministério do Trabalho da relação de admissões, transferências e demissões de empregados ocorridas em novembro. 10/12 Guia de Recolhimento da Previdência Social (GPS). Entrega, mediante recibo, da cópia da GPS referente ao recolhimento do mês de novembro/14 ao sindicato representativo da categoria profissional. 15/12 INSS. Produtor Rural (pessoa física e jurídica) e retenção de 12% na fonte (cessão de mão de obra). 17/12 INSS. Contribuintes Individuais, facultativos e empregadores domésticos. 19/12 Imposto Retido na Fonte (IRRF). Descontado dos pagamentos do trabalho assalariado, sem vínculo empregatício e a outras pessoas jurídicas.


campinas e região | edição 249 | dezembro de 2014 | 23

adesão ao supersimples será em janeiro

Micro e pequenas empresas – com faturamento de até R$ 3,6 milhões por ano – têm entre os dias 2 e 31 de janeiro para aderir às novas regras do Supersimples. O agendamento já pode ser feito pelo site da Receita Federal e tem como objetivo facilitar o ingresso no sistema de tributação diferenciado, pois permite a verificação prévia de pendências jurídicas e fiscais que podem interferir na concessão do imposto. Com as novas regras, 140 atividades serão beneficiadas, entre elas as de médicos, advogados, corretores, engenheiros, consultores e arquitetos.

Pesquisadora transforma floricultura

deu certo “Hoje, temos um sistema informatizado de gestão que permite melhor controle. Antes, fazíamos isso usando o Excel,

Empreendedora de Campinas conta como mudou de carreira e renovou empresa da família

o que tomava muito o meu tempo e era uma bagunça: não havia gestões precisas de estoque,

a bióloga ana tilli erbolato abriu mão da estabilidade da carreira de pesquisadora da unicamp, há 20 anos, para se tornar uma empreendedora, dando continuidade ao negócio adquirido pelo avô na década de 1940. para manter a empresa bem-sucedida, a inovação é uma das estratégias que resultam no crescimento de 20% ao ano do faturamento da camp flores.

Foto: Rogério Capela

Como sua família começou no ramo do comércio de flores? Meu avô, italiano, comprou a floricultura que, na época, era a única da região de Campinas. Embora fosse

“Descobri que o meu negócio não é vender flores, mas emoção” analfabeto, ele era um visionário: expandiu para duas lojas e comprou áreas na periferia da cidade para a produção de flores e de árvores para paisagismo. Depois, a administração passou para a minha mãe e para o meu tio, que consolidaram o negócio. E como assumiu a floricultura? Trabalhei por dez anos na Unicamp como pesquisadora, mas me desencantei com a profissão e o lado empreendedor da família me chamou. A virada se deu aos 30 anos. Eu era introvertida, e ser dona do próprio negócio me fez outra pessoa. Do meu lado pesquisadora, permaneceu a vontade de buscar conhecimento. Descobri que o meu negócio não é vender flores, mas emoção. Quais foram os desafios de mudar de carreira? Não tinha uma formação gerencial e, ao mesmo tempo, assumi um empreendimento sem gestão profissionalizada. O comércio de flores não era mais o mesmo da época do meu avô e já havia a tendência de queda na escolha de presentear com flores em razão do aumento das opções de presente.

Tive de buscar soluções para lidar com a mudança de mercado e compreender a sazonalidade do produto. E como o Sebrae-SP ajudou o seu negócio? Participei do projeto Mais Flores, que tinha o objetivo de aumentar a comercialização de flores fora das datas comemorativas. Percebi que só vender flores não era suficiente e decidi fazer da floricultura uma loja de conveniência de presentes. Primeiro foi a linha de pelúcia. Depois, o chocolate e a cesta de café da manhã, esta considerada o carro-chefe de quase toda floricultura. Para diferenciar, passei a oferecer também produtos da Natura. Além disso, disponibilizei um catálogo online. Tenho uma equipe bem treinada e, quando alguém deseja algo personalizado, ela está preparada para adequações. Utilizamos cada vez mais as redes sociais, para mostrar o produto e negociar com o cliente. Quais são os planos para o futuro? Crescer em vendas e contratar mais funcionários para oferecer novos serviços. Pretendo melhorar o site e oferecer a venda online. Gostaria de aumentar a minha participação no segmento de eventos corporativos e, para isso, me uni ao Campinas e Região Convention & Visitors Bureau, associação sem fins lucrativos que estabelece parcerias na área de turismo com restaurantes, hotéis e fornecedores.

de vendas e de pessoal.”

não deu certo “O lançamento de novos produtos é, muitas vezes, por tentativa e erro. Tivemos, por exemplo, uma linha de produtos para o público infantil que não funcionou para esse nicho de mercado.”

Palavra do Especialista “A Camp Flores é um exemplo de sucesso, pois está sempre inovando e buscando melhorias no visual da loja e na administração de pessoas, de ferramentas e de comunicação – pesquisando fornecedores e buscando novidades para os clientes. Taís Fernanda Camargo Antônio, consultora do Sebrae-SP em Campinas


24 | jornal de negócios | campinas e região

25% das startups brasileiras não sobrevivem ao primeiro ano Estudo da Fundação Dom Cabral (FDC) revela que uma em cada quatro startups brasileiras não sobrevive ao primeiro ano de vida. A pesquisa ouviu também empreendedores que não estão mais no mercado e eles listaram a falta de dedicação integral dos sócios, o conflito entre interesses pessoais e profissionais dos fundadores e a falta de capital como os pontos cruciais que decretam a morte das startups. O estudo também apontou que 50% das startups não sobrevivem aos quatro anos de vida.

Café especial é destaque na região

Produtores do Circuito das Águas Paulista recebem ajuda do Sebrae-SP para melhorar qualidade e conquistar mercados om o apoio do Escritório Regional do Sebrae-SP em Campinas, os cafeicultores do Circuito das Águas Paulista estão revolucionando a produção local e ganhando cada vez mais qualidade e mercado. Um dos destaques é a cafeicultora Ellen Fontana, de Socorro, premiada no 7º Concurso de Qualidade do Café de Amparo e Região. A produtora iniciou há três anos a capacitação dentro do Programa AgroSebrae para alcançar o padrão técnico necessário à produção de café especial. Em 2013, conseguiu duas sacas de café natural fino avaliadas em 87 pontos de acordo com a metodologia da Associação Americana de Cafés Especiais (SCAA), que pontua atributos de aroma, sabor e corpo. Um lote de 90 quilos foi negociado a um valor que superou o dobro do preço praticado pelo mercado, no ano passado, para a saca do café tradicional. Ellen não parou por aí. Neste ano, aumentou em 40 vezes a produção, chegando a 80 sacas de café especial, o que já representa cerca de 30% da capacidade média da propriedade. O esforço rendeu à cafeicultora a primeira colocação na categoria Café Natural,do concurso promovido pelo Sindicato Rural de Amparo e por parceiros. À frente da Associação dos Cafeicultores de Socorro, Ellen é uma das lideranças dos produtores do Circuito das Águas Paulista que buscam a qua-

Foto: Olicio Pelosi

C

Depois de participar do AgroSebrae, cafeicultora Ellen Fontana aumentou produtividade e qualidade da sua colheita

lificação técnica para pleitear, com o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), a Indicação Geográfica. O registro confere a uma região especializada e com excelência na produção a certificação de determinado produto ou serviço. A empreitada

Um lote de 90 quilos foi negociado a um valor que superou o dobro do preço praticado pelo mercado

tem o apoio do Escritório Regional do Sebrae-SP em Campinas que, em 2011, iniciou o atendimento a propriedades de Socorro e de outros dois municípios vizinhos – Amparo e Monte Alegre do Sul –, com o objetivo de capacitá-los para enfrentar os desafios da produção do café especial em uma região montanhosa que traz tanto vantagens como desvantagens. Localizado na Serra da Mantiqueira, o Circuito das Águas Paulista possui um clima favorável à produção de cafés finos, com características semelhantes aos do sul de Minas, já reconhecido por sua excelência. Entretanto o terreno montanhoso não permite a mecanização. “A solução inovadora para os cafeicultores foi

agregar valor ao produto para atender ao mercado de cafés finos, que traz maior rentabilidade para o produtor”, avalia o consultor do Sebrae-SP, Sizínio Augusto Neto. Com a participação no 8º Espaço Café Brasil (maior feira de café da América Latina), em 2013, o Escritório Regional do Sebrae-SP em Campinas deu início a ações de mercado, incentivando, entre os cafeicultores, o trabalho de gestão e de associativismo. Foi por meio das amostras distribuídas durante o evento que Ellen Fontana conseguiu fechar a venda para a Bourbon Specialty Coffees, empresa sediada em Poços de Caldas (MG) e, desde 2007, associada ao Ecom Agroindustrial Corporation, que possui mais de 150 anos de experiência no fomento à cadeia produtiva do agronegócio, com foco em café, algodão e cacau. “Fomos atraídos pela experiência positiva com a Ellen, que integra um grupo de cafeicultores que produz cafés naturais finos somente encontrados no Brasil. Isso atrai a atenção de compradores de todo o mundo”, explica o gerente de suprimentos e certificações da Bourbon, Marcelo Viviane. “O maior desafio, neste momento, é organizar os produtores e desenvolver um canal que permita quebrar a barreira logística para a compra de pequenos lotes de café”, pondera o especialista. Como a ajuda do Sebrae-SP, a meta pode ser cumprida.


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