Jornal de Negócios - 01 de outubro de 2019 edição 306

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| outubro de 2019 | www.sebraesp.com.br | 0800 570 0800 | # 306

EMPREENDER? SIM, VOCÊ PODE!

Com o tema ‘Empreender é para todos’, evento, que ocorre de 5 a 8 de outubro em São Paulo, traz inúmeras oportunidades para quem tem ou quer ter um negócio. Págs. 4 a 9

Especialista fala sobre as tendências do setor de alimentação fora de casa Pág. 3

MEIs são responsáveis pelo sustento de 1,7 milhão de famílias no Brasil Pág. 10

Empreendedor se inspira no Centro de Referência para criar acessórios Pág. 16


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Empreender é para todos TIRSO MEIRELLES, Presidente do Sebrae‑SP

A pesquisa Doing Business 2019 – Fazendo Negócios, do Banco Mundial, mostrou que o Brasil é o 109º país com maior facilidade de fazer negócios, num total de 190 países. Subimos 16 degraus por conta da aprovação de reformas que melhoraram o ambiente de negócios, em especial na abertura de empresas. O estudo também apontou um dos principais gargalos que ainda prejudicam a produtividade das empresas, a alta carga tributária (37% PIB). Temos certeza que o retrato do Brasil na edição de 2020 será muito melhor, por conta das reformas trabalhista, da Previdência, a implementação das medidas da Liberdade Econômica, que vieram para reduzir a burocracia para os negócios da iniciativa privada, estabelecer garantias para o livre mercado e incentivo às startups. Além da reforma tributária que, ao ser aprovada, vai impactar diretamente nas taxas de juros, reduzindo custos do crédito e financiamento para investimentos.

Estamos diante de um novo Brasil, mais conectado à realidade do mundo sem fronteiras, altamente competitivo e que investe no fomento de novos negócios, garantindo a musculatura necessária para que os pequenos empreendimentos gerem ocupação, renda e inovação. Este Brasil de portas abertas traz oportunidades e desafios únicos. Para chegarmos a resultados diferentes, temos que fazer diferente e melhor. O Sebrae-SP está pronto para apoiar os empreendedores paulistas nessa jornada. Estamos investindo no aprimoramento e na expansão da capacitação em gestão empresarial e na educação empreendedora, levando conceitos de empreendedorismo a mais de 320 mil alunos de ensino fundamental aos de pós-graduação. E também na abertura de novos mercados para os pequenos negócios, por meio de missões prospectivas em vários países-chave em tendências, inovação e modelos de

negócios, e parceria com a Apex-Brasil, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, a prefeitura de Miami, o Ministério das Relações Internacionais, entre outros. Uma amostra de todo nosso trabalho estará exposta na Feira do Empreendedor, uma das maiores feiras de empreendedorismo e negócios do mundo. Mostrando que empreender é para todos que aliam persistência, competência, ética e fé para realizar o sonho de empreender, o evento vai reunir em 45 mil m2 do Anhembi mais de 500 expositores de máquinas e equipamentos, franquias, negócios digitais, e uma jornada de 40 horas de inovação, boas ideias e casos inspiradores, além de oportunidade de orientação, capacitação e mentoria com especialistas do Sebrae-SP. A hora é agora. Com sua determinação em empreender e nossa parceria, vamos tornar o Brasil um lugar fantástico para fazer negócios.

Destaques

Fiesp

Sebrae-SP vai capacitar empreendedores para exportar Mais de 10,4 mil empresas instaladas no Estado de São Paulo exportam produtos e serviços para Mercosul, Estados Unidos, Canadá, União Europeia, entre outros. Deste total, 36% são pequenas empresas que vendem cosméticos, peças de veículos, calçados e componentes, a um valor médio de exportação de US$ 22 mil. Apesar da participação expressiva em número de empreendimentos, o valor de exportação ainda não chega a 1% do total exportado, ou seja, apenas US$ 289,3 milhões. “Essa realidade nos traz uma oportunidade e, ao mesmo tempo, o desa-

fio gigante de apoiar as empresas de pequeno porte a acessar os mercados internacionais de forma mais preponderante e eficiente”, afirmou o presidente do Sebrae-SP, Tirso Meirelles, durante a inauguração do escritório paulista da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, a Apex-Brasil, na sede da Fiesp, no último 22 de agosto. “Por isso a importância de ter um escritório da agência aqui em São Paulo, que vai acelerar os projetos setoriais que têm na internacionalização um de seus pilares”, completou Meirelles.

Durante o evento, os presidentes do Sebrae-SP, da Apex-Brasil (Sérgio Segovia) e da Fiesp (Paulo Skaf), iniciaram conversações para que o Sebrae-SP seja a entidade responsável pela capacitação dos pequenos negócios que participa-

rão das ações de promoção do comércio internacional. “Vamos agregar nossas competências ao grande esforço de tornar o setor produtivo brasileiro mais produtivo e competitivo, gerador de inovação e de divisas”, finalizou Meirelles.


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Entrevista do mês

Um mercado de R$ 450 bi

Sergio Molinari, da Food Consulting, é referência quando o assunto é alimentação fora do lar Gisele Tamamar

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o ano passado, o mercado de food service movimentou R$ 450 bilhões. Para 2019, a expectativa é crescer 6,5%, segundo a Food Consulting. Esse é um dos setores que mais despertam o interesse de quem pretende abrir um negócio próprio. O sócio-fundador da Food Consulting, Sérgio Molinari, reforça a necessidade de o empresário se preparar antes de encarar um mercado extremamente concorrido. “É preciso muita resiliência, esforço, teimosia. Tem que ser obstinado. Mas um elemento importante que falta em grande parte das empresas que naufragam é conhecimento. Sem ele, é difícil qualquer empreendimento nessa área dar certo”, destaca. Leia abaixo a entrevista de Molinari para o Jornal de Negócios. Quando falamos em tendências, quais são os destaques? Não dá para deixar de falar em saudabilidade, principalmente sobre três temas: plant based (alimentos à base de plantas), redução da industrialização com produtos menos processados e a questão do fresco, do local, do natural, que se mantém muito forte. Em termos de tamanho, a alimentação tradicional ainda representa a maior parte do que se come, mas é inevitável interpretar uma oportunidade de crescimento maior no segmento saudável. O que vale mais a pena: investir em um restaurante por quilo ou nicho? Existem tamanhos de mercado diferentes. O mercado de São Paulo é gigantesco e certamente um nicho bem operado tem massa crítica para virar. Mas não significa que se você pegar o mesmo nicho e abrir em uma cidade de 100 mil habitantes encontrará o mesmo potencial. A especialidade requer integridade de proposta, uma coerência maior, uma fidelidade maior, uma qualidade maior. E massa crítica de pú-

Divulgação

Sergio Molinari: alimentação saudável tem boas perspectivas

internet é um hábito das classes AB. O público C busca o que a rede social está mostrando. Redução de custo é uma busca contínua. Qual o cuidado com os cortes? Aprendemos com a crise que existia gordura em quase todos os estabelecimentos. Tanto que empresa com 20 funcionários ficou com 14 para sobreviver e hoje consegue operar com 16 e não precisava de 20. Ou que poderiam ter adotado ações de economia de energia, por exemplo. A crise ensinou que há espaço para ser mais eficiente. No entanto, o grau de exigência do consumidor, a comparabilidade entre estabelecimentos e a noção de valor pela experiência atingiram um estágio inédito. A redução cega de custos, na maior parte dos casos, leva a prejuízo de produtos, serviços, encantamento, experiência e, consequentemente, naufrágio.

blico. É mais robusto, mas é mais complexo. Agora quando falo em self service, é muito mais de execução do que posicionamento. Um bom desenho e uma boa execução, teoricamente, têm espaço em quase qualquer porte de mercado. Mas se você escolher uma cidade de 50 mil habitantes e nichar o seu negócio, você vai correr um risco enorme. A quais aprendizados a crise trouxe para o setor? Fizemos uma pesquisa com empresários que estavam indo muito bem e muito mal. A explicação número um deles envolvia tráfego de clientes. O ponto é o que cada um faz para trazer ou não tráfego. Alimentação bem cuidada, levar cultura ou tradição para o produto, enfatizar a experiência são fatores decisivos para gerar tráfego. Enxer-

gar como gerar tráfego novo e como reter o cliente passou a ser mais importante do que nunca. Quais outros temas o empresário precisa ficar atento? Um dos pontos que constatamos em pesquisa é a diferença de utilização de tecnologia conforme a classe social. A classe A tem assinatura de dados no celular e o estabelecimento ter wi-fi é menos importante. Mas para a classe C, a necessidade de o estabelecimento ter wi-fi é quase obrigatória. É um fator para o cliente ficar mais no estabelecimento. Também chama a atenção o crescimento do delivery. A maioria dos pedidos é feita por telefone, mas o online segue ganhando representatividade. Outro ponto é a forma como as pessoas buscam novidades. Pesquisar na

Existe espaço para os pequenos nos shopping centers? Fizemos recentemente um mapeamento das marcas de alimentação que mostrou que temos perto de 4 mil marcas em shoppings. Dessas, aproximadamente 300 estão em pelo menos cinco centros comerciais. Esse dado é interessante porque quase sempre associamos que as marcas de alimentação em shoppings são grandes redes. Ou seja, empresário que tem um ou dois estabelecimentos, especialmente em regiões menos metropolitanas, tem no shopping uma alternativa. Mas não pode levar mais do mesmo. Qual a dica para o empreendedor? Uma das coisas mais importantes é entender que o mercado é cada vez mais segmentado. O consumidor é cada vez mais exigente e ele pune o empresário que faz promessa falsa. A mensagem é: identifique seu público, aprimore o valor e seja verdadeiro na entrega.


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Feira do Empreendedor 2019

Ao alcance de todos

Edição 2019 da Feira do Empreendedor do Sebrae-SP traz programação com diversidade e interatividade

Expectativa nesta edição é chegar a 150 mil visitantes e superar público da Feira do Empreendedor 2018 (foto)

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mpreender é para todos. Com esse lema, o Sebrae-SP preparou a edição 2019 da Feira do Empreendedor com o objetivo de mostrar para o público que estar à frente de um negócio próprio não é um sonho distante. Pelo contrário, para transformar uma ideia ou uma oportunidade em uma empresa, basta se planejar e contar com o apoio de quem entende do assunto. E ideias e oportunidades não vão faltar na Feira: serão mais de 500 expositores, espaços dedicados a diversos perfis de empreendedor e uma extensa programação de oficinas e palestras. A Feira do Empreendedor do Sebrae-SP já se consolidou como o grande evento do empreendedorismo no País. Montada em um espaço de 45 mil metros quadrados no Pavilhão de Exposições do Anhembi, a Feira espera receber 150 mil visitantes nos quatro dias de funcionamento. O principal destaque, a Arena “Empreender é para todos”, traz cases de sucesso e mostra a diversidade do empreendedorismo, com a presença de grandes nomes de mercado, histórias inspiradoras e apresentações culturais. Ainda na linha da diversidade, o espaço 1000 Mulheres – baseado em um programa de sucesso do Se-

brae-SP – será dedicado aos desafios e às necessidades do empreendedorismo feminino. Por meio de palestras, as participantes terão acesso a ferramentas e informações que podem fazer a diferença na hora de abrir um negócio próprio. Para quem está em busca de inspiração e quer saber como funciona o dia a dia de uma pequena empresa, o Sebrae-SP apresenta mais uma vez as lojas-modelo, sucesso em edições anteriores. Em um espaço de 280 m², a Pizzaria de Sucesso vai mostrar aos visitantes os modelos de negócio possíveis no segmento e as possibilidades de inovação no cardápio e no atendimento. O Pet Shop de Oportunidades trará os bastidores de uma loja do tipo, abordando também questões como lucratividade e cuidados com os animais, assim como apresentações de especialistas no setor. Já o espaço Reparação de Autos vai apresentar o que existe em termos de inovação, gestão e tecnologia no segmento de oficinas mecânicas. Entre as lojas-modelo, também haverá um espaço especial para quem está pensando em abrir um negócio dentro de casa ou na garagem. Serão apresentações interativas em espaços montados com os

seguintes temas: cake design, salão de beleza, vendas online e profissionais de eventos. Por falar em interatividade, uma das novidades em 2019 são os jogos de escape, em que o participante precisa resolver mistérios e encontrar soluções. Serão sete salas com dois modelos de jogos, um para quem está pensando em empreender e outro para quem já tem um negócio. Ao final, do jogo, a ideia é que o participante tenha vivenciado alguns dos desafios do dia a dia do empreendedor.

Além disso, toda a estrutura estará voltada para atender o empreendedor ou o interessado em empreender: entre os expositores, haverá desde opções de franquias e representação porta a porta até máquinas e soluções para auxiliar na produção do pequeno negócio. Pelo Sebrae-SP, a equipe de consultores estará a postos para tirar dúvidas, orientar sobre opções de negócios e, principalmente, mostrar que, com capacitação, qualquer pessoa é capaz de empreender.

CONHECIMENTO

Assim como nas edições anteriores, um dos maiores atrativos da Feira é a programação de palestras e oficinas. Nas Arenas do Conhecimento, o visitante estará em contato com empreendedores de sucesso e especialistas em comportamento empreendedor. Nesta edição, as Arenas estarão divididas em quatro temas: Inspiração; Marketing e Vendas; Negócios Digitais; e Visão de Futuro. Já na sala Papo de Negócio, com capacidade para 300 pessoas, grandes parceiros e “celebridades” do mundo dos negócios vão abordar aspectos que impactam nas operações das pequenas empresas.

De 5 a 8 de outubro, das 10h às 20h, no Pavilhão de Exposições do Anhembi Avenida Olavo Fontoura, 1029 São Paulo Outras informações e inscrições: feiradoempreendedor.sebraesp.com.br ou 0800 570 0800 Entrada gratuita. Proibida a entrada de animais. Menores de 14 anos somente acompanhados dos pais e/ou responsáveis.


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Feira do Empreendedor 2019

Mulheres têm espaço exclusivo Sala 1000 Mulheres incentiva o empreendedorismo feminino, principalmente em situação vulnerável

Certificadas do programa 1000 Mulheres

Patricia Gonzalez

N

este ano, as mulheres têm lugar exclusivo na Feira do Empreendedor. Trata-se da Sala 1000 Mulheres, um espaço que faz parte das Salas de Conhecimento. O local tem o mesmo nome do programa para mulheres lançado este ano pelo Sebrae-SP. O Programa 1000 Mulheres tem o objetivo de promover a inclusão social e apresentar o empreendedorismo como opção de geração de trabalho e renda, transformando a vida daquelas que desejam ser protagonistas de sua própria história. A participação é gratuita e no final de cada turma é realizada a entrega dos certificados de conclusão do curso. Quando o programa começou, no último mês de junho, a meta inicial era capacitar mil mulheres na zona norte e mil na zona sul da capital paulista até o fim de setembro.

Contudo, a expectativa foi superada e, no fim de agosto, já havia 1,6 mil capacitadas e, ao todo, mais de 3 mil mulheres inscritas. O perfil das beneficiadas pelo programa são mulheres vulneráveis: em situação de rua, idosas, imigrantes, indígenas, negras, pessoas com deficiência, reeducandas, refugiadas, transgêneros e vítimas de violência doméstica. O programa é divido em duas fases: a primeira, finalizada em setembro, contou com mais de 30 turmas de capacitação em parceria com diversas instituições de acolhimento a mulheres. Cada turma contou com carga horária de 20 horas – cinco dias consecutivos – focados em empreendedorismo e gestão de negócios. As mulheres dos grupos iniciantes preenchem um diagnóstico de perfil empreendedor e as mais bem classificadas e que tenham interesse em negócios que gerem impacto social participam da segunda fase do projeto. Nessa eta-

pa, serão até 100 mulheres selecionas para etapas de aceleração, elaboração de projeto e apresentação de suas ideias em um evento que será realizado no fim do ano. Na Sala 1000 Mulheres da Feira do Empreendedor, a programação terá como foco o incentivo ao empreendedorismo feminino. Segundo dados do Relatório Especial Empreendedorismo no Brasil, elaborado pelo Sebrae em abril deste ano, a proporção de mulheres empreendedoras que são “chefes de domicílio” passou de 38% para 45%. “O programa já apresentou resultados expressivos em pouco tempo e ainda tem o potencial de dar muitos frutos, por meio da criação de negócios de impacto social em suas regiões. Estamos atendendo a um público que precisa muito de orientação, acesso a crédito e a mercados, possibilitando a formalização de novos negócios e também a geração de emprego e renda”, ex-

plica Daniel Palácio Alves, gerente do escritório do Sebrae-SP na zona sul da capital e um dos idealizadores do projeto. Rosangela Ferreira foi uma das centenas de empreendedoras participantes do Programa 1000 Mulheres. Ela, que fechou um negócio em 2015, viu nessa iniciativa uma chance de realizar o sonho de novamente ter uma empresa. “Nunca me pareceu tão claro e fácil como agora. O curso possibilitou uma imersão com uma trilha de aprendizado que facilita o entendimento. A didática é maravilhosa”, conta. Além do aprendizado, Rosangela ressalta que a turma tem contato por grupos de redes socais, o que possibilita troca de experiências e aprendizados entre elas. “Se não fosse todo esse ambiente construído, jamais teríamos nos encontrado. Isso nos traz uma sensação de pertencimento única, sabemos que juntas somos mais fortes”, diz.


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Feira do Empreendedor 2019

Chegou a hora de exportar

Feira do Empreendedor 2019 traz espaço destinado a desmistificar as vendas para o exterior

Feira mostra o caminho para vender para outros países

Rogério Lagos

A

Feira do Empreendedor 2019 do Sebrae-SP será uma ótima oportunidade para empresas que querem ganhar mercado. Uma das atrações do evento, a Arena de Negócios, foi desenvolvida para promover conhecimento e acesso a mercados nacionais e internacionais para micro e pequenas empresas. A Arena de Negócios será dividida em três espaços: em um deles, ocorrerão palestras e talk shows em um palco central, aproximando o público de especialistas do Sebrae-SP e parceiros. Entre os temas abordados, estão a desmitificação da exportação, importância do despachante aduaneiro, logística e oportunidades de negócios em diversos países. Outro será voltado para realização de contatos comerciais e negócios internacionais e nacionais. Para isso serão feitas rodadas de negócios entre indústrias e comer-

ciais exportadoras nos segmentos de alimentos, bebidas, autopeças, pet, moda, beleza, casa e construção, além de sessões de negócios entre expositores da Feira e rodada de networking entre empresas e câmaras de comércio de diversos países, apresentando oportunidades para empreendedores em seus territórios. Já o terceiro espaço será para atendimento, além de totens para o dono de um negócio efetuar o autodiagnóstico empresarial sobre as condições de sua empresa alcançar outros mercados. “Queremos focar em oferecer muitas oportunidades para a abertura de negócios internacionais. Para isso convidamos câmaras e consulados de diversos países, de todos os continentes, tais como Colômbia, Peru, Estados Unidos, Itália, Bélgica, Portugal, Alemanha, Espanha, Índia, Japão, China, além de países africanos e árabes que estão despertando muito interes-

se”, explica o presidente do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Relações Empresariais Internacionais (Ibrei) Mauricio Prazak, que é parceiro do Sebrae-SP e organizador das atividades da Arena de Negócios. Prazak explica que toda a agenda do espaço foi pensada para mostrar ao pequeno empresário que é possível exportar. Ela está dividida em três estágios de preparação, como a introdução à internacionalização, as oportunidades no mercado internacional e as ferramentas e mecanismos para internacionalização. “A maior dificuldade que existe para os micro e pequenos empreendedores brasileiros em negócios internacionais é a falta de informação, seguida pela falta de mentalidade internacional. Todas as atividades oferecidas foram criadas pensando em preencher essas lacunas, pois existem oportunidades de negócios em praticamente todos os

setores em todo o mundo.”, afirma o presidente do Ibrei.

CASOS DE SUCESSO

Durante os quatro dias de evento, a Arena de Negócios vai trazer também diversos exemplos e casos de sucesso de MPEs paulistas exportadoras contando sua trajetória, bem como expondo nas vitrines da Arena. Dessa forma, o empresário visitante, que um dia sonha em exportar seus produtos e serviços, poderá se espelhar no sucesso de empresas semelhantes. “As palestras, talk shows e rodadas de negócios com as câmaras de comércio e consulados vão ajudar bastante os empreendedores. Atualmente, as principais dificuldades do pequeno empreendedor são entender o mercado-alvo, precificar o produto e a logística para a exportação”, comenta o coordenador estadual do Sebrae-SP Fábio de Paula Augusto.


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Feira do Empreendedor 2019

Tudo em um só lugar

Programa Empreenda Rápido reúne iniciativas para ajudar empreendedor a melhorar o negócio

O programa inclui capacitação e acesso a crédito

O

programa Empreenda Rápido é uma iniciativa do Sebrae-SP, em parceria com o Governo do Estado de São Paulo, que tem como objetivo promover a desburocratização e melhorar o ambiente de negócios. Mas, para a empreendedora Miriam Rossi, o Empreenda Rápido é mais do que isso: “É uma oportunidade de realizar o sonho de formalizar seu negócio. O programa é um incentivo inigualável para quem quer empreender”, diz ela, que é dona de uma sex shop online. Após realizar um curso sobre vendas no Sebrae-SP em Taubaté, Miriam conseguiu, por meio do programa, formalizar-se, traçar o planejamento do crescimento da empresa e investiu os R$ 15 mil que recebeu de financiamento em produtos para o estoque e criação de uma loja virtual. O Empreenda Rápido reúne em um só lugar tudo o que o empreendedor precisa para abrir ou ampliar uma empresa: qualificação técnica, qualificação empreendedora, capacitações sobre inovação, tecnologia e produtividade, informações para formalização e regularização de negócios e acesso a crédito.

Para a qualificação técnica dos empreendedores são oferecidos cursos práticos dos programas Via Rápida, SP Criativo e Novotec, todos do Centro Paula Souza, para aumentar a produtividade, reduzir custos e melhorar os resultados para quem quer se formalizar como Microempreendedor Individual (MEI) ou já é formalizado, mas não tem domínio técnico da atividade. Já para a qualificação empreendedora são oferecidas aulas sobre vendas, finanças, marketing digital, atendimento ao cliente, capitação de recursos, entre outros temas, direcionados ao momento empresarial de cada empreendedor, ao estágio de formalização do negócio e ao porte da empresa. Além de aulas sobre como se diferenciar no mercado, melhorar a performance da empresa e agregar valor aos produtos e serviços oferecidos. Os cursos são oferecidos pelo Sebrae-SP. Também são oferecidas informações sobre como formalizar a empresa de forma rápida e sem burocracia, instruções sobre como solucionar problemas ou pendências referentes à formalização de empresas, acesso a linhas de microcrédito exclusivas

com o Programa Juro Zero, do Sebrae-SP, em iniciativa conjunta com o Banco do Povo e o Desenvolve SP. Ao todo, serão disponibilizados R$ 1 bilhão em microcrédito nos próximos quatro anos. Além disso, o Programa Empreenda Rápido tem como meta qualificar 1 milhão de pessoas em gestão empreendedora, conceder empréstimos para 175 mil empreendedores e atender empreendedores de 80 municípios. No espaço do Empreenda Rápido na Feira do Empreendedor, será possível realizar treinamentos rápidos sobre gestão, formalização, acesso a crédito e acesso a mercado em sessões de uma hora. Os serviços oferecidos no Empreenda Rápido foram divididos em dois grupos, para quem tem CNPJ e para quem não tem CNPJ. Para quem tem CNPJ, as capacitações são para dois tipos de empreendedores: MEI e Microempresas (ME) ou Empresas de Pequeno Porte (EPP). Para quem é MEI já formalizado, são oferecidas trilhas educacionais sobre como montar e gerenciar um pequeno negócio e melhorar os controles operacionais e de gestão. Já para os ME/EPP, o

Empreenda Rápido oferece capacitações específicas em gestão da equipe de vendas, de pessoas e financeira, planejamento para fazer acontecer e como captar recursos para o negócio. Já para quem não tem CNPJ, são oferecidos cursos técnicos, oficinas de finanças e vendas, orientações para regularização do negócio de forma rápida, centralizada e sem burocracia, e linhas de crédito para o empreendedor que ainda não se formalizou ou para quem busca uma oportunidade de montar o próprio negócio. Para outras informações sobre o Empreenda Rápido, acesse o portal: www.desenvolvimentoeconomico. sp.gov.br/empreendarapido Postos de Atendimento O atendimento do Empreenda Rápido é realizado em mais de mil postos no Estado de São Paulo, que incluem: escritórios do Sebrae-SP, postos Sebrae Aqui, Sebrae Móvel, Fatecs, Etecs, Carretas de Qualificação e agências do Banco do Povo.


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Feira do Empreendedor 2019

UM ROTEIRO

Veja alguns dos destaques e novidades que o evento traz nesta edição,

NEGÓCIOS EM CASA

ARENA EMPREENDER É PARA TODOS

Um espaço voltado para os MEIs na Feira. São quatro ideias de negócios que podem ser montados na garagem de casa: Cake Design, Salão de Beleza, Vendas Online e Profissionais de Eventos. Também para os MEIs, o espaço Empreenda Rápido vai oferecer capacitação em sessões de uma hora, com orientações sobre gestão empresarial, qualificação técnica, formalização e acesso a crédito e a mercado.

O espaço apresenta cases de negócio, grandes nomes do mercado, histórias de sucesso e soluções criativas, tudo com o objetivo de mostrar que abrir um negócio próprio está ao alcance de todos.

SALAS DE ESCAPE Os participantes poderão vivenciar os desafios do dia a dia de um empreendedor em sete salas com dois modelos de jogos: um para quem já possui um negócio e outro para quem pensa em empreender.

STARTUP WORLD Com o tema Transformação Digital, o espaço dedicado aos negócios inovadores apresenta uma série de palestras e discussões sobre o mundo do empreendedorismo digital, de olho em temas como sustentabilidade e diversidade.

SALA 1000 MULHERES Os desafios do empreendedorismo feminismo estão representados neste espaço, que traz palestras e histórias inspiradoras voltadas para as mulheres – especialmente aquelas que encontraram em um negócio próprio o apoio para mudar de vida.

ARENAS DE CONHECIMENTO Uma extensa programação de palestras e painéis divididos em quatro temas: Inspiração; Marketing e Vendas; Negócios Digitais; e Visão de Futuro.


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PARA A FEIRA

seja para quem já tem uma empresa ou está interessado em empreender

SAIBA MAIS

LOJA MODELO VIRTUAL Uma imersão em realidade virtual com as melhores práticas e orientações certeiras em quatro segmentos de atuação: Indústria da Confecção; Ateliê de Artesanato; Marmitaria Modelo; e Varejo de Moda.

REPARAÇÃO RÁPIDA DE AUTOS Uma verdadeira oficina mecânica montada no meio da Feira, voltada tanto para quem já é dono quanto para quem está pensando em abrir. Apresenta referências de inovação, gestão e tecnologia que o setor da reparação exige constantemente.

FEIRA DO EMPREENDEDOR DO SEBRAE-SP Quando: de 5 a 8 de outubro, das 10h às 20h Onde: Pavilhão de Exposições do Anhembi Avenida Olavo Fontoura, 1029, São Paulo Para evitar filas e agilizar o seu atendimento, orientamos que o credenciamento seja feito antecipadamente pelo site: feiradoempreendedor.sebraesp.com.br Informações: 0800 570 0800 IMPORTANTE

PIZZARIA DE SUCESSO Loja modelo que mostra como é possível extrair o máximo da gestão de uma pizzaria, seja delivery, rodízio ou à la carte, com temas como inovação no cardápio e atendimento ao cliente.

PETSHOP DE OPORTUNIDADES Um espaço de 280 m2 reproduz uma loja voltada aos cuidados com animais de estimação – e uma visita guiada apresenta novas possibilidades de aumentar o faturamento.

A entrada e o acesso a todos os espaços e palestras são gratuitos. Proibida a entrada de animais. Menores de 14 anos somente acompanhados dos pais e/ou responsáveis. A Feira do Empreendedor do Sebrae-SP é acessível. O espaço é todo plano, haverá rampas de acesso aos estandes, banheiros adaptados, bolsão de veículos, intérprete de Libras para as palestras, praça de alimentação acessível, disposição de cadeiras de rodas, credenciamento acessível e visitas guiadas.

#FEIRADOEMPREENDEDOR2019


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MEI: a renda da família

1,7 milhão de casas dependem exclusivamente dos ganhos do Microempreendedor Individual Ana Carolina Nunes

A

o ficar desempregada em 2016, a analista de sistemas Fabiana de Aquino Magalhães Ramalho, de 42 anos, foi buscar no empreendedorismo uma nova fonte de renda. Optou pelos bolos artesanais e hoje são eles que mantêm sua família com cinco pessoas, sendo três crianças. Começando do zero e sem experiência, hoje a empreendedora da zona norte da cidade de São Paulo tem faturamento anual próximo ao limite definido para o Microempreendedor Individual (MEI), de R$ 81 mil, e, por isso, já prevê que em 2019 migrará para a categoria Microempresa (ME), que coincidirá também com a transferência do negócio da cozinha de casa para um ponto comercial. Fabiana é uma das 4,6 milhões de pessoas que têm na atividade empreendedora a única fonte de renda, e sua casa faz parte do grupo de 1,7 milhão de famílias que de-

pendem apenas dos ganhos de um MEI. Os números compõem a sexta edição da pesquisa “Perfil do MEI”, realizada anualmente pelo Sebrae. Neste ano se celebra uma década de lançamento da categoria que permite a formalização de diversos profissionais autônomos, muitos deles da área de alimentação, como Fabiana, mas que também inclui, entre outras atividades, estética e beleza, trabalhos criativos e, a mais recente delas, os motoristas de aplicativo. Hoje, a maioria dos 8,6 milhões de MEIs considera como principal vantagem da formalização ter melhores condições de compras, mas boa parte deles também citou a possibilidade de fazer negócios com empresas, que é o caso de Fabiana. “A formalização ajuda a vender para empresas. Tenho clientes que não comprariam de mim se eu não emitisse nota fiscal”, conta. Grande parte dos MEIs, 61%, optou pela formalização por conta dos benefícios de um registro formal da atividade, como a possibilidade de

emitir notas e organizar melhor a atividade profissional, como a cozinheira Tania Maria de Lima, do bairro da Penha, na capital paulista. Após desfazer uma sociedade de três anos em que atuava exclusivamente na operação, decidiu seguir por conta fazendo marmitas fitness. “Quem cuidava de tudo era minha sócia, eu ficava na cozinha. Quando fiquei sozinha e fui estudar sobre gestão, entendi que era importante a formalização”, relatou Tania, destacando que, se um dia precisar expandir seu negócio, que hoje rende cerca de R$ 1.5 mil por mês, pode ter acesso mais barato ou facilitado ao crédito.

FORMALIZAÇÃO: 10 ANOS

O presidente do Sebrae Carlos Melles, destaca que, com a categoria MEI, mais de 2 milhões de empreendedores saíram da informalidade, como apontou a pesquisa, mostrando que 33% dos MEIs estavam na informalidade antes de optarem pelo registro. Desses, 48% empreendiam sem CNPJ há dez anos ou mais.

“É um universo bastante significativo de donos de negócio que ganharam, com a formalização, acesso a crédito e a benefícios previdenciários. Mais do que isso, eles ganharam autoestima enquanto empresários e geradores de renda”, analisa Melles. “Ainda há espaço para o MEI avançar, seja na universalização e inclusão de novas atividades, seja na ampliação do número de empregados”, disse. Cerca de 40% dos MEIs têm a própria residência como local de trabalho, porcentual que vem caindo ao longo dos anos. Em 2015, eram 53%, passando para 45% em 2017, o que indica um gradativo processo de profissionalização A pesquisa também revelou a heterogeneidade no perfil de escolaridade dos MEI, que é predominantemente de pessoas com o ensino médio (48%). Porém, os dois extremos dos níveis de educação formal também são expressivos, já que 22% têm até o nível fundamental e outros 31% concluíram o nível médio e chegaram – pelo menos – a ingressar em uma universidade.

QUEM SÃO OS MEIS? Pesquisa do Sebrae levantou o perfil dos Microempreendedores Individuais (MEIs), que hoje são 8,6 milhões no País, sendo que 76% deles têm sua atividade como única fonte de renda. IMPACTO NA ECONOMIA

28% dos MEIs são a única fonte de renda da família

76% tem o empreendedorismo como única fonte de renda

POR QUE SE TORNARAM MEI?

PRINCIPAL VANTAGEM QUE TIVERAM AO SE FORMALIZAR

72% melhores condições de compra com fornecedores 71% ajudou a vender mais 48% vender para empresas 12% fizeram negócio com o governo

61% para sair da informalidade, emitindo nota

25% pelos benefícios previdenciários 14% outros motivos

ESCOLARIDADE SEXO

57% homens

RENDA MÉDIA DA FAMÍLIA

43% mulheres

R$ 4,4 mil

NÚMERO DE PESSOAS NO MESMO NÚCLEO FAMILIAR EM MÉDIA

3,2 pessoas

39% Ensino médio completo 31% Ensino superior 30% Ensino médio incompleto

Para a pesquisa foram entrevistados 10.339 Microempreendedores Individuais entre 1º de abril e 28 de maio deste ano em todos os Estados brasileiros. O levantamento tem 95% de nível de confiança e 1% de margem de erro.


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Foto: Caio Cestari

O caminho para a recuperação JOÃO CARLOS NATAL Consultor do Sebrae-SP

Como (re)negociar o aluguel? Antes de o inquilino iniciar a renegociação do aluguel, é importante que ele já tenha pesquisado outros imóveis para ter um plano B, pois pode não conseguir um novo contrato nas condições que deseja. Renegociar o aluguel é geralmente melhor para ambas as partes do que uma rescisão ou a entrega do imóvel após o término do contrato. É vantajoso para o proprietário fugir dos custos de colocar seu imóvel novamente no mercado, assim como é interessante para o locatário evitar as dores de cabeça e os custos de buscar outro imóvel. Quando um contrato de locação atinge sua data limite, ele geralmente passa a ter prazo indeterminado, isto é, qualquer das partes pode rescindi-lo desde que com aviso prévio de 30 dias. Normalmente, o contrato já está livre da multa contratual. O ideal é que sempre perto do término do contrato ambos exponham suas vontades e expectativas em relação ao imóvel, como o tempo esperado de permanência e o valor desejado. A negociação é mais uma questão de boa vontade do que de legislação. De 30 a 60 dias antes do fim do contrato vigente é o melhor momento para se falar sobre a questão.

Há uma série de fatores que auxiliam na renegociação. Ser um bom inquilino é o principal para economizar no reajuste. Se a pessoa paga em dia, conserva o imóvel e tem uma boa relação com o proprietário, ela aumenta suas chances de uma renegociação favorável. Porém, há fatores que prejudicam o novo acordo. Um deles é a renegociação no meio do contrato. É a situação em que há menos possibilidades de sucesso, porque, ao assinar um compromisso, o inquilino diz que pode arcar com o valor daquele aluguel e seus futuros reajustes. Se a elevação do reajuste for tanta a ponto de provocar um baque no bolso do locatário no meio do contrato, a única saída será por via judicial e, mesmo assim, com pouca chance de ser bem-sucedida, pois ocorre um conflito contratual. O locatário teria de entrar com uma ação revisional e comprovar por que não consegue arcar com o novo valor. No caso de contrato vencido, o locatário fica em uma situação mais frágil, pois o contrato passou a ter prazo indeterminado. Ou seja, o locador pode pedir o imóvel de volta a qualquer momento, desde que avise com 30 dias de antecedência.

O Brasil encerrou o segundo trimestre com crescimento de 0,4% no Produto Interno Bruto (PIB) na comparação com o trimestre anterior; em relação ao mesmo período de 2018, a alta foi de 1%, de acordo com o IBGE. O resultado trouxe duas notícias favoráveis: a elevação do indicador foi melhor do que a esperada pelo mercado, que falava em aumento de 0,2%, e o País escapou de uma recessão técnica (dois trimestres negativos seguidos). O contraponto é que a retomada econômica está em ritmo lento. Segundo estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), o Brasil só recuperou 30% dos R$ 486 bilhões perdidos durante a recessão econômica ocorrida entre 2014 a 2016. Significa que ainda faltam R$ 338 bilhões para o PIB retornar ao patamar que estava antes da crise. Apesar do desemprego em níveis elevados, o consumo das famílias – principais clientes das micro e pequenas empresas – aumentou 0,3% no segundo trimestre frente aos três meses anteriores. O consumo interno é o motor do varejo e, de acordo com o IBGE, foi essa demanda que susten-

tou o desempenho do PIB. Pesquisa do Sebrae-SP mostra que o faturamento das micro e pequenas empresas do Estado de São Paulo cresceu 6,3% no primeiro semestre ante igual intervalo de 2018. Mais uma prova da força do empreendedorismo que, mesmo em condições aquém das ideais, resiste. Iniciativas que estimulem os negócios são sempre bem-vindas. Entre tantas ações do Sebrae-SP nesse sentido, a Feira do Empreendedor, que ocorre neste mês na capital paulista, representa uma verdadeira imersão no universo do empreendedorismo. São esperados aproximadamente 150 mil visitantes nos quatro dias de um evento com muita informação, ideias, tendências, novidades, ou seja, um cardápio variado de oportunidades e propício para quem quer ter ou já tem uma empresa. No atual momento, o que o País precisa é que se façam negócios, que a roda gire. É esse o caminho para a recuperação da nossa economia.

WILSON POIT, diretor-superintendente do Sebrae-SP

O Sebrae Responde é um serviço para tirar dúvidas de empreendedores sobre a abertura de novos negócios e questões relacionadas à gestão de empresas já em atividade.

Acompanhe o Sebrae-SP no ambiente digital, em www.sebraesp.com.br, e nas redes sociais: facebook.com/sebraesp twitter.com/sebraesp flickr.com/sebraesp instagram.com/sebraesp soundcloud.com/sebraesp issuu.com/sebraesp youtube.com/sebraesaopaulo

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AGENDA

ELOGIE. SUGIRA. CRITIQUE. RECLAME. Queremos ouvi-lo: 0800 570 0800 ouvidoria@sebraesp.com.br

FEIRAS DE NEGÓCIOS

EVENTOS DO SEBRAE-SP

BRASIL GAME SHOW

ER MARÍLIA

Quando: 9 a 13/10

EMPRETEC

Onde: Expo Center Norte

Quando: Entrevistas 14 a 18/10

Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme, São Paulo-SP

Onde: ER de Marília - Av. Brasil, 412 - Centro, Marília

Informações: brasilgameshow.com.br

(14) 3402-0720 (opção 4) Valor: Seminário R$ 1,3 mil

SEA FOOD SHOW 2019

ER CAPITAL SUL

Quando: 24 e 25/10

TENDÊNCIAS E PROPÓSITOS – PÓS NRF 2019

Onde: Expo Center Norte

Quando: 7/10 das 19h às 21h

Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme, São Paulo-SP

Onde: Escritório Sebrae SP – Avenida Adolfo Pinheiro, 712 –

Informações: seafoodshow.com.br

Santo Amaro – São Paulo. Valor: Gratuito

KIDS FESTIVAL 2019 Quando: 25 a 27/10

ER CAPITAL LESTE I

Onde: São Paulo Expo

EMPREENDA

Rodovia dos Imigrantes, km 1,5, Vila Água Funda, São Paulo-SP

Quando: 4 a 8/10 ou 21 a 25/10

Informações: kidsfestivalsp.com.br

Onde: ER Capital Leste I - Rua Itapura, 270 – Tatuapé - SP Valor: R$ 840

FUTURECOM 2019

ER BAURU

Quando: 28 a 31/10

NA MEDIDA GESTÃO FINANCEIRA

Onde: São Paulo Expo Rodovia dos Imigrantes, km 1,5, Vila Água Funda, São Paulo-SP Informações: futurecom.com.br

Quando: 21, 22, 23, 29, 30/10 Onde: ER Bauru - Av. Duque de Caxias, 16 - Vila Cardia Valor: R$ 260

FENATRAN

ER CAMPINAS

Quando: 14 a 18/10

OFICINA COMEÇAR BEM – FORMALIZAÇÃO

Onde: São Paulo Expo

Quando: 2 e 18/10

Rodovia dos Imigrantes, km 1,5, Vila Água Funda, São Paulo-SP

Onde: ER Campinas - R. da Abolição, 881 - Ponte Preta, Campinas

Informações: fenatran.com.br

Valor: Gratuito

EXPEDIENTE Publicação mensal do Sebrae-SP Edição impressa CONSELHO DELIBERATIVO Presidente: Tirso Meirelles ACSP, ANPEI, Banco do Brasil, Faesp, FecomercioSP, Fiesp, Fundação ParqTec, IPT, Desenvolve SP, SEBRAE, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Sindibancos-SP, Superintendência Estadual da Caixa Econômica Federal.

DIRETORIA EXECUTIVA Diretor-superintendente: Wilson Poit Diretor técnico: Ivan Hussni Diretor de administração e finanças: Guilherme Campos JORNAL DE NEGÓCIOS Unidade Marketing, Publicidade e Propaganda Institucional Gerente: Marcus Vinicius Sinval Coordenadora: Marcelle Carvalho Editores responsáveis e redatores: Gabriel Jareta (MTB 34769) e Roberto Capisano Filho (MTB 46219). Assessores de imprensa: Gisele Tamamar, Patricia Gonzalez e Rogério Lagos. Estagiários:

Julia Sansoni e Anderson Freitas. Imagens: gettyimages.com. Diagramação: Bruna Santos, Daniel Augusto de Resende Neves, Douglas da Rocha Yoshida, Gisele Resende Costa e Letícia Durães. Fotos: Ricardo Yoithi Matsukawa – ME e Carlos Raphael do Valle – ME para o Sebrae-SP. Apoio comercial: Unidade Relacionamento: (11) 3177-4784 SEBRAE-SP Rua Vergueiro, 1.117, Paraíso São Paulo-SP. CEP: 01504-001 PARA ANUNCIAR 0800 570 0800


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LIVROS Economia Nua e Crua: O que é, para que serve, como funciona (Editora Zahar) Todos os empreendedores precisam entender, ainda que minimamente, de economia; é um fato. O livro de Charles Wheelan, economista e jornalista com passagens pela “The Economist”, “NYT” e “WSJ”, explica o que é economia numa linguagem acessível. A obra serve tanto para aqueles que não sabem nada do assunto como para os já iniciados que simplesmente desejam compreender melhor os desafios do mundo globalizado. Não há gráficos, equações ou tabelas, mas apenas casos que ensinam didaticamente conceitos econômicos complexos, mas fundamentais para o entendimento de diferentes setores do mercado – comércio, financeiro, bolsa, etc.

O Valor do Amanhã (Editora Cia. das Letras) O princípio econômico que rege o juro é simples: um interessado antecipa um benefício e se compromete a pagar por isso mais tarde. E quem empresta cede algo agora e recebe um valor superior no final da transação. No livro, o economista Eduardo Giannetti explica a importância dos juros para a economia e para a própria vida. Não só poupar, mas fazer dieta, estudar e se exercitar são situações da vida prática nas quais se manifesta a realidade dos juros. Extrapolando os limites financeiros, o livro abraça até questões éticas, como os juros exorbitantemente altos da economia brasileira.

Política para Meu Filho (Editora Planeta) Um dos filósofos mais importantes dos nosso tempo, o espanhol Fernando Savater explica o que é política, suas origens, mudanças ao longo tempo e suas funções. Adotada como obra obrigatória em escolas de ensino médio europeias, o livro apresenta questões básicas, úteis para qualquer pessoa, já que a política perpassa toda a vida pública e a economia. ‘O que significa a liberdade política?’; ‘Quais são as formas de igualdade?’; ‘Que tipo de democracia se pode aspirar?’. Bem-humorado e escrito em tom de conversa, o autor responde a essas e outras questões.

TEC & AQUISIÇÕES BILIONÁRIAS COMPROVAM O INTERESSE CADA VEZ MAIOR NAS FINTECHS O setor de tecnologia financeira (fintechs) movimentou a quantia recorde de US$ 120 bilhões no primeiro semestre em aquisições. O número se deve a três gigantescos acordos, com especial interesse em companhias de pagamentos, segundo pesquisa da consultoria Hampleton Partners. Tanto a aquisição da First Data pela Fiserv quanto a compra da Total System Services pela Global Payments passaram de US$ 20 bilhões. A fusão entre Fidelity National Information Services e Worldpay, de aproximadamente US$ 43 bilhões incluindo dívidas, foi a maior até hoje no setor de pagamentos internacionais, que está em franca expansão. Empresas de pagamentos ajudam clientes e comerciantes a comprar e vender produtos, guardar dinheiro e fazer transferências online, além de facilitar pagamento via dispositivos conectados à internet, como telefones celulares e relógios inteligentes.

EMPRESA DESENVOLVE SISTEMA QUE SERVE CHOPE DE BAIXO PARA CIMA Uma chopeira que enche os copos de baixo para cima. Assim funciona a ChoppUP, sistema que usa o conceito de internet das coisas (IoT, na sigla em inglês). Os copos de vidro ou plástico são adaptados com uma entrada em sua parte de baixo e uma vávula que impede a bebida de sair. A máquina não é vendida; a empresa fornece o equipamento mediante assinatura, que inclui um kit inicial de copos, software e serviços de assistência técnica. Custa a partir de R$ 899 por mês. Os copos de plástico são descartáveis; os de vidro, policarbonato ou alumínio são laváveis e reutilizáveis. Há também a opção de growlers (garrafas para transportar chope), para delivery. O growler da ChoppUP é enchido de ponta-cabeça. “Os growlers são tendência no exterior e com isso a moda está começando a pegar no Brasil, é uma forma sustentável de consumo, pois reduz a geração de resíduo de garrafas de vidro e latinhas, permitindo apreciar em casa uma chope mais fresco”, afirma o cofundador da empresa, Bruno Salam.


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IDEIAS

PERGUNTE A QUEM ENTENDE “Que fatores devo levar em conta na hora de escolher um sistema ERP?” Gustavo Moussalli, diretor para a América Latina da NetSuite, Oracle, responde

Os quatro Estados da região Sudeste concentram 66% das startups dedicadas ao agronegócio (agtechs, no jargão do ramo) do Brasil, com 739 empresas do segmento – ao todo, o País possui 1.125 empresas de tecnologia no setor. Os dados fazem parte do estudo Radar AgTech da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), pelo fundo SP Ventures e pela consultoria Homo Ludens. Segundo o levantamento, a região Sudeste é seguida pelo Sul, com 257 startups “agro”. O Centro-Oeste tem 71 empresas, enquanto o Nordeste tem 41 e a região Norte, apenas 16. Para chegar ao número, o Radar Agtech fez um ‘levantamento ativo’: realizou buscas em sites, consultou bases de dados de investidores, investigou a relação de startups inscritas em programas de aceleração e monitorou editais e eventos do setor. A concentração nas regiões Sul e Sudeste ocorre pela presença de capital humano qualificado, grande mercado consumidor, disponibilidade de investidores e pela força do agronegócio na região.

SONHO AMERICANO “Gigantes da Indústria” (2012), série de oito capítulos transmitida originalmente pelo History Channel, mostra como os empreendedores Cornelius Vanderbilt, John D. Rockefeller, Andrew Carnegie, JP Morgan, Thomas Edison e Henry Ford construíram impérios e influenciaram a sociedade moderna. Fiéis ao sonho americano, eles atingiram o sucesso com inovações, visão e engenhosidade. A série é dirigida por Patrick Reams e Ruan Magan e é narrada por Campbell Scott. O documentário está disponível também no YouTube.

Divulgação

SUDESTE TEM 66% DAS STARTUPS DE AGRONEGÓCIO DO PAÍS

Todo empreendedor quer ver seu negócio prosperando. Mas crescer de maneira desordenada pode trazer efeitos colaterais. Quando a “famosa” planilha, usada para a gestão de tudo, notas fiscais, títulos a receber, contas a pagar, estoques, clientes, fornecedores, impostos, começa a falhar, é a hora de organizar melhor a empresa. O melhor caminho é adotar um ERP, sistema integrado de gestão empresarial. Antes de escolher e adotar esses sistemas, o empreendedor precisa encarar alguns desafios. O primeiro é a conscientização, dele próprio e de seus colaboradores, de que a adoção do ERP é uma questão de sobrevivência. Definir a tecnologia a adotar é outro obstáculo. Hoje, as melhores opções são ERPs em nuvem, com upgrades automáticos do fabricante. Outro ponto é adotar uma única tecnologia que envolva todas as áreas da empresa, evitando integrações desnecessárias ou controles paralelos em planilhas. Também é fundamental escolher um fornecedor com solidez financeira, anos de experiência e capaz de reinvestir ano após ano para que, no limite, sua empresa nunca necessite de outro ERP. Foque no resultado final. É muito importante desapegar da forma “como sempre foi feito”. Se o ERP fornece as informações necessárias, procure adotar a forma como ele trabalha, já que ele traz processos bem definidos oriundos de anos de experiências aplicando as melhores práticas em milhares de empresas. Aproveite essa experiência e use em sua empresa. Muitos postergam a decisão de comprar um ERP por não estarem totalmente convencidos de sua necessidade. Passados alguns meses e milhares de reais depois, o empreendedor acaba voltando ao início do processo e tem de escolher um ERP. Lembre-se: o maior desafio no processo de escolha de um ERP é a “não escolha”. Tem alguma dúvida sobre como a tecnologia pode ajudar o seu negócio? Pergunte a quem entende! Mande um e-mail para imprensa@sebraesp.com.br.


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Paixão pela criação

Victor Hugo Mattos produz acessórios de vestuário no Centro de Referência do Sebrae-SP Mattos: “A arte era a minha melhor forma de expressão”

Letícia Castello Nunes

“A

paixão por trabalhos manuais sempre esteve presente na minha história. Cresci observando minha avó, que era artesã, e meus pais, que não são artesãos profissionais, mas também produzem peças, fazendo trabalhos manuais e aprendendo com eles. Quando criança, com a ajuda deles, criei peças como hobby. Conforme o tempo foi passando, tive cada vez mais certeza de que a arte era minha melhor forma de expressão. Por isso, escolhi artes cênicas como curso de graduação. Após quatro anos como ator, passei a atuar como assistente do diretor de arte do espetáculo. Eu ajudava a compor a cenografia, o cenário, a fotografia e o figurino. Nesse período, comecei a criar acessórios para os figurinos. Assim criei minha primeira peça: uma máscara para o rosto feita de botões. Logo

publiquei a foto nas redes sociais e comecei minha empresa, que leva meu nome. Há cerca de cinco anos deixei o trabalho como assistente para me dedicar exclusivamente à empresa, criando e bordando acessórios (colares, brincos, pulseiras, peças para cabelo) e customizando e personalizando esses itens. Continuei a usar as redes sociais para divulgar as peças e, aos poucos, elas foram sendo notadas. Cantoras nacionais e internacionais encomendaram os acessórios para usar em gravações de clipes e shows. Não me considero propriamente um estilista. Por isso, me senti desafiado quando recebi o convite de Olivia Merquior, diretora da Dacri Deviati, para integrar o Projeto Estufa – iniciativa do São Paulo Fashion Week que reúne projetos de economia criativa e que propõe novas formas de criar, produzir e distribuir. Para me adequar, fiz a

transposição dos acessórios para peças de roupa. Recebi incentivos para criação de três coleções. Duas já foram exibidas nos desfiles da São Paulo Fashion Week. Quando estava no início da criação da segunda coleção, entrei em contato com o consultor do Sebrae-SP Ricardo Martins para instalar meu ateliê no Centro Nacional de Referência em Empreendedorismo, Tecnologia e Economia Criativa. Recebi uma resposta positiva e, desde então, me sinto muito mais inspirado. A estética do meu trabalho dialoga muito com a estética do prédio. Após a mudança para o espaço do Sebrae-SP, recebi mais um aporte. São R$ 200 mil para investir na empresa e para prestar consultorias na compra de matéria-prima para os produtos da marca do meu investidor. Isso me colocou à frente de um novo desafio: organizar a gestão da empresa.

Sempre gerenciei a empresa sozinho, mantendo o foco na criação e não em estabelecer parcerias ou fazer networking. Mais uma vez, recebi o apoio do Sebrae-SP. Além de inspiração, estar no prédio do Centro Nacional de Referência também me oferece inúmeras oportunidades de troca de conhecimento com outros empreendedores. E de ter apoio na gestão da empresa. Estou definindo o posicionamento da marca para criar peças para uso cotidiano e, ao mesmo tempo, continuar a criar itens diferenciados para artistas. Também procuro organizar a divulgação do meu trabalho para ter um papel mais ativo na busca de clientes. Quero organizar a gestão da empresa, principalmente por conta da entrada do aporte financeiro para manter o crescimento após a participação no Projeto Estufa, e também para que possa continuar a me dedicar ao processo criativo.”


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