ANO 19 – No 217 – Junho/2011 – R$ 8,90
A REVISTA PARA SÍNDICOS, CONDÔMINOS E ADMINISTRADORAS
Os desafios da reciclagem É época de cuidar das piscinas
Geradores terão de ser adaptados na Capital
Recado da editora
A
reciclagem atrai um número cada vez maior de condomínios e pode, com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, transformar-se em artigo de primeira necessidade, não só para esse tipo de empreendimento, mas para toda
a sociedade brasileira. Na matéria de capa desta edição, traçamos um panorama da reciclagem no País e nos condomínios, mostrando os problemas enfrentados por quem já aderiu ao sistema. Na capital paulista, o Programa de Coleta Seletiva da Prefeitura recolheu, no ano passado, mais de 41 mil toneladas de material reciclável, quase oito vezes o volume de 2005. Apesar do avanço, ainda há dificuldades. Existem regiões que não são atendidas e outras onde a coleta é irregular. Na reportagem, mostramos as vantagens da reciclagem para os condomínios e revelamos o ca-
R. Dr. Bacelar, 1.043 – CEP 04026-002 – São Paulo/SP Tel. (11) 5591-1300 – Fax (11) 5591-1301 E-mail: secovi@secovi.com.br Portal: www.secovi.com.br
Diretoria Presidente: João Crestana Vice-presidentes: Basílio Jafet, Caio Portugal, Carlos Alberto C. Camargo, Carlos Borges, Ciro Scopel, Cláudio Bernardes, Elbio Fernández Mera, Ely Wertheim, Flavio Amary, Flavio Prando, Hubert Gebara, Ricardo Yazbek Conselho editorial: Hubert Gebara, Sergio Mauad, Paulo André Jorge Germanos, Ricardo Yazbek e Sergio Ferrador
produção editorial
minho das pedras para os empreendimentos que pretendem começar a reciclar.
Assessoria de Comunicação do Secovi-SP
Aproveitando que no inverno – que começa oficialmente no dia 21 de junho – as
reportagem e Redação
piscinas ficam fechadas no Centro-Sul do Brasil, publicamos uma reportagem que mostra como cuidar e eventualmente reformar esse equipamento tão demandado nos meses de calor.
Redação: leitor@revistasecovi.com.br Editora responsável: Sônia Salgueiro (MTb 15.414) Reportagem e redação: Andressa Ferrer, Marcos Fernando Queiroz e Silvia Lakatos Fotos: José Carlos T. Jorge Capa: © iStockphoto.com (Best Studio) / Wagner Ferreira
Boa leitura!
Assistente de redação: Queli Peixoto
Sônia Salgueiro
Colaboradores: Luana Garcia, Márcio Padula, e Paula Ignacio (Fontpress Comunicação) Apoio: Catarina Anderáos, Maria do Carmo Gregório, Mariana Dahrug, Rosana Pinto, Shirley Valentin e Silvia Carneiro (Comunicação), Carlos Alexandre Cabral, João Paulo Rossi Paschoal, Karina Zuanazi Negreli, Maraneide Alves Brock, Marta Cristina Pessoa, Rita de Cássia Guimarães Bracale (Jurídico), Roberto Akazawa, Edson Kitamura e Fabricio Pereira (Economia)
Índice
Junho/2011 Foto: EHS Engenharia
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Capa Reciclagem avança, mas condomínios ainda têm problemas
Produção e Publicação Fontpress Comunicação: E-mail: fontpress@fontpress.com.br – Tel. (11) 5044-2557 Arte e editoração eletrônica: Wagner Ferreira
Para anunciar: (11) 5044-2557 / 5041-4715 ou revistasecovisp@fontpress.com.br Tiragem: 30.000 exemplares Impressão: IBEP Gráfica
24
Manutenção O inverno é o período ideal para fazer reparos nas piscinas
06 06 10 12 14 22 24
É bom saber Espaço do leitor Vida de Síndico Tecnologia Capa Especial Manutenção
28 32 33 34 36 38
Legislação Dia a dia Opinião Tira-dúvidas Carta do presidente Guia de produtos e serviços
SECOVI NO INTERIOR Bauru (14) 3227-2616 Campinas (19) 3252-8505 Grande ABC (11) 4121-5335 Jundiaí e região (11) 4523-0833 Santos (13) 3321-3823 São José do Rio Preto (17) 3235-1138 Sorocaba (15) 3211-0730 Vale do Paraíba (12) 3942-9975 CONTATOS SECOVI-SP PABX (11) 5591-1300 Disque Síndico (11) 5591-1234 Eventos (11) 5591-1279 PQE (11) 5591-1198 / 1250 Universidade Secovi (11) 5591-1221 / 1172 / 1284 Câmara de Mediação (11) 5591-1214 Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus autores. Reprodução de matérias somente após expressa autorização da Redação. Os anúncios publicitários são de inteira responsabilidade dos anunciantes.
é Bom saBeR
Não perca o principal evento
das administradoras
A
utorregulamentação, presta-
O vice-presidente de Administração
da Globalização para o Setor e a mesa
ção de contas, simplificação
Imobiliária e Condomínios do Secovi-SP,
redonda Tributação das Empresas.
tributária para as empresas
Hubert Gebara, prevê que cerca de 400
Um workshop civil discutirá Despesas,
especializadas em administração de
profissionais participarão do encontro,
Inadimplência e Prestação de Contas e
condomínios. Estes são alguns dos
quase o dobro do público presente no
um workshop fiscal-tributário explicará
temas que vão marcar as discussões
Enacon do ano passado. “Fizemos
como corrigir erros nos recolhimentos,
da edição 2011 do Encontro das Ad-
uma seleção de assuntos da maior
além de sanar as dúvidas mais comuns
ministradoras de Condomínios (Ena-
importância para as administradoras.
das administradoras.
con). O evento acontece na sede do
Por isso temos certeza do sucesso do
Secovi-SP (Rua Dr. Bacelar, 1.043 -
evento”, diz o dirigente.
Capital), nos dias 11 e 12 de agosto, a partir das 8h30.
Mais informações podem ser obtidas no portal Secovi (www.secovi.com.
Além dos temas acima citados, ha-
br), pelo telefone (11) 3062-1722 ou
verá uma apresentação sobre Desafios
e-mail enacon@somaeventos.com.br.
esPaço do leitoR Hoje pela manhã, fiz uma consulta ao “ Secovi-SP e quero parabenizá-los pelo excelente objetivo, cortês e esclarecedor. Queria, agora, con-
Gostaria de fazer um anúncio na Revista “ Secovi-SP Condomínios e queria saber qual o preço
tatar a D. Nelza Gava de Huerta (edição 213). Não
ou para que telefone devo ligar para obter essas infor-
só achei muito interessante a entrevista, como verifi-
mações. Desde já agradeço a atenção.
atendimento que recebi (coisa rara hoje em dia):
quei que aquele condomínio passou por problemas
”
Marcelo Winther, por e-mail
com os quais hoje me deparo no meu condomínio:
” Paulo Cezar da Rocha Dias, do Condomínio
responsável pela área comercial da Revista. Também
Edifício Maison Gardanne, São Paulo, SP.
fornecemos os telefones da nossa parceira ao Sr.
infiltrações e alta conta de consumo de água.
Repassamos o e-mail do leitor à Fontpress, empresa
Fernando. Informamos a todos que, para anunciar, é só Fornecemos ao Sr. Paulo Cezar os telefones de D. Nelza.
ligar para (11) 5041-4715 e (11) 5044-2557 ou enviar e-mail para revistasecovisp@fontpress.com.br.
Este espaço é reservado para você se comunicar conosco. Envie seu comentário, crítica ou sugestão para o e-mail leitor@revistasecovi.com.br.. Você também pode escrever para Revista Secovi-SP Condomínios – Rua Dr. Bacelar, 1.043 – CEP 04026-002 – São Paulo – SP.. Os e-mails e cartas podem ser publicados resumidamente. Aguardamos seu contato!
6
é Bom saBeR R
Rio
Regional ABC
inte
discute reciclagem de óleo
C
oleta de óleo e os males cau-
camente sustentável, Célia explicou
utilizado na fabricação de biodiesel,
sados pelo descarte incorreto
que a reciclagem cria novos postos
ração animal, tintas e vernizes, sabão,
foram o foco do Encontro de
de trabalho. O óleo recolhido pode ser
cosméticos, velas, entre outros. Foto: Calão Jorge
Síndicos e Administradoras de Condomínios do Grande ABC, ocorrido no dia 18/4, promoção conjunta do Secovi-SP e da Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC), representante regional do Sindicato. Célia Marcondes, presidente da Ecoleo - Associação Brasileira para Sensibilização, Coleta e Reciclagem de Resíduos de Óleo Comestível, falou sobre a importância da conscientização ambiental. “Os recursos são limitados e, para manter o consumo que temos hoje, seriam necessários três planetas como o nosso”, afirmou. Além de ser uma atitude ecologi-
Célia: “Óleo recolhido pode ser utilizado na fabricação de biodiesel, ração animal, sabão etc.”
Agende-se
A
8
programação da Universi-
na sua cidade, contate o escritório do
bre Organização e Estrutura do Con-
dade Secovi para o Interior
Secovi-SP de sua região.
domínio; Segurança Patrimonial; e
inclui vários cursos no
Situações Contingenciais. As aulas,
mês de julho. Veja ao lado deta-
Segurança Predial, dia 18/7
ministradas pelos coordenadores do
lhes sobre um deles. Precisando
em São José do Rio Preto
Manual de Segurança Patrimonial do
informar-se sobre a programação
– Dirigido a gerentes pre-
Secovi-SP, se estenderão das 9 às
diais, síndicos, zeladores,
16 horas, na Regional São José do
porteiros, vigias e
Rio Preto. Informações e reservas:
seguranças, o cur-
(17) 3235-1138 e (17) 3222-7249
so falará so-
ou e-mail sjriopreto@secovi.com.br.
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Vida de síndico Por Andressa Ferrer
Colocando ordem na
casa
Em pouco mais de um ano, moradores do Edifício Suzana perceberam que organização e transparência são fundamentais para uma administração condominial adequada
A
ntônio Gleyton Alves da Silva, 30, aceitou um de safio que poucos teriam coragem de encarar. Assumiu o posto de síndico de um prédio com mais de 40 anos de existência, localizado no centro da Capital. Para complicar um pouco mais, tratava-se de um imóvel de um
Fotos: Calão Jorge
Silva foi eleito com 90% dos votos
10
único proprietário, com 68 kitchenettes, que fora desmembrado e acabava de se transformar em condomínio. Em sua segunda gestão no comando do Edifício Suzana, Silva mostra que, com dedicação e cooperação dos moradores, é possível transformar ambientes e pessoas.
Como se tornou síndico? O nosso prédio era um domínio, pois todos os apartamentos pertenciam ao mesmo dono. Em julho de 2008, ele vendeu as unidades e o Edifício Suzana tornou-se um condomínio. A eleição para síndico aconteceu só em dezembro de 2008 e eu, que já era morador há mais de quatro anos, fui eleito com 90% dos votos.
Qual era a situação do prédio na época? Quando peguei as pastas do condomínio, levei um susto. O caixa estava negativo, a administradora era negligente, a inadimplência estava enorme, extintores de incêndio e limpeza da caixa d'água vencidos. O prédio não era pintado há mais de 15 anos, havia lixo nos corredores e barulho fora de hora, não existia nenhum equipamento de segurança, a dedetização havia sido feita há mais de um ano, o prédio
Agora o prédio conta com serviço de portaria 24 horas
sofria com enchentes e o condomínio de garagens estava atrasado.
das garagens. Ganhamos e o dinheiro
chentes, porque colocamos comportas
foi usado para recuperar o caixa. Além
no edifício. Além disso, conseguimos
Como você procedeu diante de
disso, renegociei o valor de locação
instalar o serviço de portaria 24 horas,
tantos problemas?
de antenas no prédio e consegui um
câmeras de segurança, interfones e lu-
Minha primeira iniciativa foi fazer um
aumento da receita superior a 100%.
zes de emergência nas áreas comuns.
curso para síndicos. Em seguida, con-
Devido a essas conquistas, consegui
Recentemente, fizemos a manutenção
tratei uma auditoria para identificar os
baixar duas vezes o valor do condo-
dos elevadores, montamos a rampa de
principais problemas de caixa, montei
mínio, além de reavaliar os valores de
acesso para deficientes e, finalmente,
um conselho e, em pouco tempo,
acordo com o tamanho dos aparta-
pintamos o prédio. Para conter gas-
troquei a administradora e todos os
mentos, já que a metragem não é a
tos, eu e o zelador fizemos parte dos
fornecedores.
mesma para todos.
reparos.
Ta m b é m t e m o s Quais foram os seus principais
uma iniciativa para
desafios?
conter os gastos
O meu maior desafio foi conquistar o
com limpeza. Fa-
apoio dos moradores e fazer com que
zemos a coleta do
eles entendessem e aceitassem algu-
óleo de cozinha no
mas regras. Descobri que o motivo da
prédio e encami-
inadimplência era a insatisfação com
nhamos para uma
a administração do prédio. Hoje esse
ONG, que nos cede
problema é quase nulo. Em assem-
materiais de limpe-
bleias, conto com 80% de participação
za gratuitamente.
“Meu maior desafio foi conquistar o apoio dos moradores e fazer com que eles entendessem e aceitassem algumas regras”
e, em um ano e quatro meses de mandato, apliquei apenas cinco multas.
Quais os próximos planos como síndico? Como não podemos modernizar os elevadores agora, vamos reformá-los com adesivos e tapetes. Não gosto de trabalhar com
rateios, mas estou finalizando um Pelo que você descreveu, o prédio
projeto para angariar verbas para os
precisava de muitos reparos. Con-
elevadores. Será um quadro no qual
E a questão do caixa, como você
seguiu realizar algum?
os comerciantes pagarão aluguel para
resolveu?
Sim. Todas as questões emergenciais
anunciar serviços e os moradores se
Revertemos a situação e hoje temos
foram resolvidas: limpeza da caixa
beneficiarão com descontos. Também
até dinheiro aplicado. Entramos com
d'água, dedetização e troca de extin-
estamos iniciando o processo para im-
uma ação contra a situação irregular
tores. Já não sofremos mais com en-
plantação da coleta seletiva do lixo. -
11
tecnologia
Preparado para a
TV digital?
Foto: Divulgação
Por Paula Ignacio
Com o fim do sinal analógico, previsto para 2016, condomínios devem começar a instalar antenas que captem o sinal digital
A
s primeiras transmissões da
localidades afastadas dos grandes
TV digital no Brasil ocorreram
centros urbanos.
em 2007. No ano passado,
As empresas de telecomunica-
ficou estabelecida a obrigatorieda-
ções e transmissão de canais estão
de dos fabricantes de televisores
adiantadas nesse processo, mas
instalarem conversores digitais nos
ainda há muita gente que não adquiriu
aparelhos de 32 polegadas ou mais.
um conversor digital ou não possui o
de Promoção do SBTVD (Sistema
Este ano, a norma foi estendida para
aparelho de TV com o equipamento
Brasileiro de TV Digital).
modelos a partir de 26 polegadas.
Bicudo: “Em 2016, o sinal analógico será definitivamente desligado”
Durante o período de migração,
síndicos não têm se preocupado
vale ressaltar, é possível distribuir os
Aos poucos, o sinal analógico será
em instalar antenas coletivas que
dois tipos de sinais. Em São Paulo,
integralmente substituído pelo di-
captem o sinal digital. “É conveniente
algumas empresas especializadas
gital. Para os consumidores, são
fazer agora a instalação desse tipo
na instalação de antenas coletivas
várias as vantagens, da melhoria na
de antena, pois mais tarde o preço
têm enviado, gratuitamente, uma
qualidade das imagens até a possi-
vai subir, visto que o sinal analógi-
circular aos síndicos interessados em
bilidade de captação de sinais em
co tem de desaparecer até 2016”,
compreender melhor como funciona a
áreas muito mais amplas, incluindo
afirma Eduardo Bicudo, técnico
captação do sinal digital, bem como
em Antenas e membro do Módulo
as vantagens do formato. “O sinal di-
Foto: ®iStockphoto.com / Cinezi
embutido. Por conta disso, muitos
O momento é de adaptação.
gital envolve um custo de manutenção menor, já que o número de antenas diminui e não há necessidade de ajustes constantes. Muitos condôminos hoje optam pela TV paga, devido à qualidade da imagem ou pelo grande número de canais. Fica uma dica para quem preza pela qualidade: as imagens do sinal digital são muito melhores, pois são captadas em alta definição, e já existem mais de 20 canais gratuitos que transmitem sua programação por esse tipo de sinal”, destaca Carlos
12
Tesser, técnico em Antenas Coletivas
(cabo condutor para a transmissão
tubo, por sua vez, também poderão
e sócio da Unicatec Tecnologia.
de sinais). É bom evitar a instalação
receber o sinal digital se o condômino
Ao contratar empresas ou fun-
junto aos cabos de energia, pois isso
adquirir o conversor digital que ficará
cionários para a instalação, alerta o
gera interferências na distribuição dos
instalado junto à TV”, explica Bicudo.
empresário, é preciso tomar alguns
sinais analógico e digital.
A conversão do sinal analógico
cuidados. “É fundamental que o
Além disso, nos condomínios em
para o digital não é, portanto, um
trabalho seja feito de forma correta
que a antena coletiva já está instala-
bicho de sete cabeças, e pode ser
e que os materiais utilizados tenham
da, há antena de VHF para os sinais
interessante adiantar o processo
boa qualidade, para evitar prejuízos e
analógicos e de UHF para os sinais
de instalação desse tipo de antena
transtornos ao condomínio.”
analógicos e digitais. Quer dizer:
coletiva. Vale discutir o assunto nas
O condomínio deve levantar in-
ambos são captados, e a diferença
reuniões de condomínio para que
formações sobre os prestadores de
está na recepção. Os aparelhos mais
todos fiquem cientes da novida-
serviço e solicitar referências a outros
recentes (plasma, LCD e LED) que
de e da proximidade da mudança
clientes. Uma antena mal instalada
estiverem com o conversor embutido
no que diz respeito à captação
pode danificar a estrutura do prédio
captarão o digital. Os televisores de
coletiva de sinais.
furada durante a instalação, por exemplo – ou queimar todos os televisores ligados ao cabo de transmissão.
MODELO SIMPLES DE DISTRIBUIÇÃO TV DIGITAL
“Os síndicos precisam permanecer atentos à manutenção das lajes e à
ANTENA UHF
Fonte: Unicatec Tecnologia
– se a impermeabilização da laje for
medição constante dos para-raios. Se este estiver instalado em um nível
CABO Rg6
inferior ao da antena, há o risco desta funcionar como para-raios durante uma tempestade. Isso danificará não
CABO DE ÁUDIO E VÍDEO
somente a antena, forçando a sua substituição, como também as televi-
DIVISOR DE SINAL
sões dos moradores”, afirma Tesser.
Mudando de antena Feita a averiguação das condi-
CONVERSOR DIGITAL
CONECTORES Rg6
ções de infraestrutura do prédio, a instalação da nova antena é relativamente simples. Se os cabos que chegam nos apartamentos estiverem em boas condições, o trabalho dos
TV COM CONVERSOR DIGITAL
técnicos será rápido. “Normalmente,
TV SEM CONVERSOR DIGITAL
os prédios têm estruturas específicas para a passagem de cabos coaxiais
Modelo Simples de Captação e Distribuição do Sinal Digital
INfORME-SE Fórum SBTVD – Sistema Brasileiro de TV Digital
DTV – Site oficial da TV Digital Brasileira
www.forumsbtvd.org.br
www.dtv.org.br
13
caPa Por Sônia Salgueiro
Reciclagem em alta Empreendimentos residenciais aderem à coleta seletiva, mas ainda há diversos obstáculos a serem transpostos
O
número de condomínios
primeiro lugar, eles aderem à recicla-
“A questão financeira não existe
adeptos da reciclagem não
gem em função do volume de resídu-
mais”, afirma Nathalie Gretillat, geren-
para de crescer. Na Capital,
os gerados, pois é preciso encontrar
te de Meio Ambiente do Grupo Hubert.
o Programa de Coleta Seletiva da
uma solução para isso. Em segundo
Ela esclarece que tempos atrás os
Prefeitura recolheu, no ano passado,
lugar, devido à crescente conscienti-
condomínios vendiam material reci-
mais de 41 mil toneladas de material
zação ambiental dos condôminos”,
clável a pequenas empresas, que por
reciclável, quase oito vezes o volume
avalia a engenheira civil Clarice
sua vez o revendiam a recicladoras
de seis anos atrás. Segundo informa-
Degani, assessora técnica da Vice-
maiores. Há cerca de três anos, com a
ções da Limpurb, órgão da Secretaria
-presidência de Sustentabilidade do
crise internacional, os preços despen-
de Serviços paulistana responsável
Secovi-SP (Sindicato da Habitação) e
caram e esses pequenos empresários
pelo programa e pela limpeza pública
consultora técnica para a certificação
pararam de retirar o material. Com
na Capital, mais de 2.800 condomí-
ambiental Aqua de edificações novas
isso, alguns condomínios também en-
nios participam da iniciativa. Mas
ou já existentes.
cerraram a coleta seletiva, não apenas
Bicca Neto também vê uma maior
em virtude da perda de receita, mas
pois há condomínios que, em vez de
conscientização ambiental. “Com
principalmente pela falta de espaço
recorrer à Prefeitura, se aliam a outras
a Lei de Resíduos Sólidos, isso vai
para armazenar o material.
cooperativas.
deixar de ser uma ação de um grupo
Ainda há muito potencial a ser
conscientizado para ser uma obri-
explorado. Na cidade de São Paulo,
gação”, frisa, lembrando que há, na
menos de 1% da coleta é seletiva,
nova legislação, um princípio de res-
segundo estima Victor Bicca Neto,
ponsabilidade compartilhada, isto é,
presidente do Cempre (Compromisso
todos são responsáveis – incluindo o
Empresarial para a Reciclagem), as-
consumidor – pela gestão do produto,
sociação sem fins lucrativos voltada
da fabricação até o descarte.
à promoção da reciclagem dentro do
“Não recomendo fazer coleta
conceito de gerenciamento integrado
seletiva pensando em redução da
do lixo. “Boa parte do que segue para
taxa condominial”, diz o presidente
reciclagem vem de catadores que
do Cempre, opinando que o principal
recolhem lixo nos aterros, das coo-
ganho é mesmo de qualidade de vida.
perativas e dos catadores que pegam
“A vantagem monetária vem no longo
lixo nas ruas”, comenta o dirigente.
prazo, porque a reciclagem tende a
Isso significa que o lixo recolhido para
baratear o produto mais adiante.”
reciclagem vem, na maioria das vezes, de fonte não controlada. Vários fatores movem os condomínios na direção da reciclagem. “Em
14
Clarice: “Condomínios aderem à reciclagem em função do volume de resíduos gerados”
Foto: Calão Jorge
essa é apenas a ponta do iceberg,
nos condomínios Problemas na Capital Na cidade de São Paulo há duas formas para atuar com a reciclagem: via cooperativas conveniadas
Abaixo as sacolas plásticas
à Prefeitura (serviço gratuito) ou, se a localidade não for atendida pelo
A partir de 1º de janeiro de 2012, o comércio paulistano não poderá
programa oficial, contratando uma
mais distribuir ou vender sacolas plásticas. A exceção só vale para os
cooperativa independente. Se ela está
alimentos vendidos a granel (legumes, frutas, etc.) ou que vertem água
muito próxima do condomínio, pode
(peixes, laticínios, carnes, entre outros). Também continua permitido
até buscar o material de graça, mas
usar plástico nas chamadas embalagens primárias dos produtos.
essa retirada normalmente é cobrada, informa Nathalie. Bicca Neto, do Cempre, recomenda procurar cooperativas de catado-
A Lei nº 15.374 foi aprovada no dia 17 de maio pela Câmara Municipal da cidade de São Paulo e sancionada logo depois pelo prefeito Gilberto Kassab. O comércio terá de se adaptar à nova legislação até 31 de dezembro próximo.
res registradas, e não microempresas
A medida é um alento para o meio ambiente, mas pode se cons-
que fazem da coleta do lixo um
tituir em preocupação para o corpo diretivo dos condomínios. Como
negócio. Há, segundo ele, sites que
os moradores estão acostumados a descartar todo tipo de lixo – or-
identificam as cooperativas sérias,
gânico ou não – usando as sacolinhas de supermercados, o síndico
como os da Abipet e da Tetrapak. No
precisará orientar os condôminos a continuarem descartando seu
portal do Cempre também é possível
lixo de forma segura, usando invólucros de outros materiais, menos agressivos à natureza.
15
caPa Por Sônia Salgueiro
pesquisar cooperativas, sucateiros e
fará a coleta do lixo de uma a duas ve-
plo, não são cobertas. Apesar dessa
recicladores (Veja quadro à página 8).
zes por semana. Nathalie observa que
deficiência, 95% dos condomínios da
Para manter seu programa, a
está difícil obter o contêiner. “Há uma
carteira da Hubert que reciclam lixo
Limpurb conta com 21 cooperativas
longa fila e existem condomínios que
utilizam a coleta da Prefeitura, que
conveniadas. A Prefeitura é respon-
estão à espera desse equipamento há
até o final do ano pretende implantar
sável pela infraestrutura das centrais
um ano”, diz ela.
cinco novas centrais de triagem.
de triagem e instrumentos de trabalho
O assunto reciclagem é tão impor-
(caminhões de coleta, equipamentos,
tante e a situação anda tão compli-
galpões, pagamento de consumo de
cada na Capital que o Secovi-SP, por
água e luz). As cooperativas separam
meio do Conselho de Síndicos (grupo
Não há uma fórmula mágica que
os materiais, gerando renda e inclu-
de trabalho da Vice-presidência de
garanta o sucesso da reciclagem.
são social a cerca de mil famílias que
Administração Imobiliária e Condo-
Mas Nathalie considera fundamental
participam do programa e recebem
mínios, formado por 35 síndicos e co-
o condomínio escolher com cuidado
uma renda média mensal de R$ 800.
ordenado por Sergio Meira de Castro
a cooperativa parceira.
Segundo informa a Limpurb, 75 dos 96
Neto), escolheu esse tema como um
Ela explica que, em alguns con-
distritos da cidade são atendidos pelo
dos carros-chefes deste ano. Isso sig-
domínios, o síndico e o corpo diretivo
programa, contemplando em torno de
nifica que os integrantes do Conselho
aprovam o projeto. Em outros, o as-
1,6 milhão de domicílios – mais os
estudarão a fundo o problema, levan-
sunto é ratificado pelos condôminos.
condomínios.
tando as dificuldades de cada bairro,
O modus operandi é variável. Em
Funcionários engajados
Em alguns casos, a Prefeitura pau-
para ampla discussão nas reuniões
alguns locais, os moradores descem
listana – por intermédio de suas con-
até dezembro. A intenção é melhorar
seu lixo reciclável, enquanto em outros
cessionárias de coleta de lixo, Loga e
o serviço de coleta seletiva realizado
os faxineiros passam nos apartamen-
Ecourbis – fornece um contêiner para
na cidade, estreitando as relações do
tos para pegá-lo em um horário pre-
o condomínio colocar o lixo reciclável.
Sindicato com a Limpurb.
estabelecido. O ideal, diz Nathalie, é
A solicitação pode ser feita via Central
Segundo Nathalie, do Grupo Hu-
que haja uma estrutura na garagem ou
de Atendimento (156) ou pelo e-mail
bert, o maior problema é que muitos
no térreo, visto que, por determinação
limpurb@sac.prodam.sp.gov.br. Se a
bairros não têm rota. Ela diz que al-
do Corpo de Bombeiros, nenhum lixo
resposta for positiva, a concessionária
gumas áreas do Itaim Bibi, por exem-
pode ser colocado nos andares.
Foto: Cempre
O SUCESSO DO
16
“O Brasil desempenha um papel
os catadores, que reúnem o lixo
importante na reciclagem no mundo.
que está difuso no meio ambiente, e
Apesar de não ter tido por muitos anos
setores industriais que vislumbraram
uma lei de resíduos, criou um modelo
na reciclagem uma oportunidade de
de processos de reciclagem muito
economia, como bem ilustra a cadeia
bem-sucedido”, diz Victor Bicca Neto,
do alumínio.
presidente do Cempre (Compromisso
Alguns números dão uma ideia
Empresarial para a Reciclagem). Se-
desse sucesso: no Brasil, 98% das
gundo ele, esse sistema faz sucesso
latas de alumínio são recicladas, o que
porque, entre outras coisas, inclui
nos dá a liderança no mundo nesse quesito. O País também recicla 56%
Bicca Neto: “Perdemos muita oportunidade de reciclagem”
de suas embalagens PET (somos os segundos, atrás do Japão) e metade
Vantagen da reciclag s em - Gera
Foto: Cempre
ção de emp rego para as classes mais baixa s, que trabalh am em cen tros e cooperati vas de triag em de resíduo s recicláve is . - Menor vo lume de lix o nos aterros san itários. - No longo prazo, men or custo de algun s insumos pode baratear pro dutos. - Cidades m ais limpas.
As cooperativas só separam os materiais na esteira
A gerente esclarece que não é ne-
disponibilizar, na estação de coleta se-
cessário ter uma lixeira para cada tipo
letiva, um cesto para não-recicláveis.
de material. “As cooperativas coletam
“É incrível como muitas vezes não há
tudo junto e só separam por material
a opção do não-reciclável, causando
na esteira. Depois, tudo vai misturado
a contaminação dos recicláveis.”
no caminhão que transporta o mate-
Orientação é o mais importante.
rial.” Ela ressalta que é importante
Erros primários podem comprometer
MODELO BRASILEIRO de todo o papelão, segundo o dirigen-
Segundo ele, dos 5.565 municípios
há disponibilidade de empresas de
te do Cempre.
brasileiros, só 443 têm esse serviço.
coleta de recicláveis suficientes, tanto
Há, no entanto, algumas dificulda-
Clarice Degani, integrante da
em termos de oferta do serviço a todos
des a serem transpostas. “Perdemos
Vice-presidência de Sustentabili-
os interessados como de frequência
muita oportunidade de reciclagem”,
dade do Secovi-SP (Sindicato da
regular de coleta.”
destaca Bicca Neto. Ele cita um estudo
Habitação), também avalia que há
No caso dos condomínios, com-
de 2010 do Ipea (Instituto de Pesquisa
problemas. “Falta apoio dos muni-
pleta Clarice, as maiores dificuldades
Econômica Avançada) segundo o qual
cípios disponibilizando áreas para
são a frequencia irregular de coleta, as
o Brasil tem um potencial de recicla-
transbordo, nas quais os resíduos
incertezas quanto ao destino dado aos
gem, só no tocante a embalagens, de
gerados possam ser descartados,
resíduos coletados e a flutuação no va-
R$ 8 bilhões anuais. “Só reciclamos
livres de contaminação, para serem
lor de mercado dos resíduos, gerando
R$ 3 bilhões, porque praticamente
utilizados posteriormente como sub-
falhas e até interrupção de coleta por
não temos coleta seletiva”, informa.
produtos”, diz ela. “Além disso, não
parte de cooperativas.
17
caPa Foto: Calão Jorge
Por Sônia Salgueiro
Nathalie. Ela defende um trabalho
Aos sábados, apenas às 13 horas.
específico com as empregadas do-
“Temos um zelador que olha no lixo
mésticas, pois são elas que passam o
dos andares para ver se há algo reci-
dia no apartamento. “Não adianta res-
clável que não foi separado”, conta a
tringir ao condômino e às crianças. É
síndica. Os reciclados são recolhidos
fundamental envolver os funcionários
pela concessionária da Prefeitura
dos apartamentos e do condomínio”,
paulistana às terças e quintas-feiras
enfatiza.
de madrugada. Claudia estima que 80% dos condôminos aderiram.
Óleo de cozinha
Há um ano o condomínio também coleta óleo. “Estávamos com proble-
Antes de implementar a coleta
mas de entupimento nas cozinhas e
seletiva, os condomínios costumam
orientamos o pessoal a não jogar óleo
chamar os moradores para reuniões
na pia”, conta. Foi selado um acordo
menos formais que as assembleias. O
com uma ONG, para a qual o condo-
corpo diretivo do Condomínio Edifício
mínio pagou R$ 30 por uma bombona
Rogério fez várias reuniões e colocou
e um funil. “Quando enche, a gente
todo o processo, como deixar passar
avisos no elevador mostrando por que
liga e a ONG retira a bombona e deixa
restos de alimentos e de bebidas no
reciclar, as vantagens e os materiais
outra vazia. Só houve pagamento da
material que seguirá para reciclagem.
que podem ser reciclados. “No come-
primeira vez.”
“A parte de baixo da caixa de pizza,
ço tem de ter paciência, para explicar
Também há cerca de um ano o
por exemplo, não deve ser reciclada,
que não é todo tipo de material que
Condomínio Monte Carlo, localizado
porque ficou em contato com material
pode ser reciclado”, aconselha a sín-
em Santana, na Capital, recicla seu
orgânico.”
dica Claudia Rita Misevicius Soares.
óleo de cozinha. Para tanto foi fecha-
Nathalie: “É fundamental envolver os funcionários dos apartamentos e do condomínio”
A conscientização deve abranger
No empreendimento, o lixo é
do acordo com uma ONG que usa
todos os públicos. “Os condomínios
recolhido nos andares duas vezes
o óleo para fazer sabão e a renda
têm errado principalmente aí”, ressalta
por dia, de manhã e no final da tarde.
é revertida para pessoas carentes.
PASSO A PASSO PARA CONDOMÍNIOS QUE QUEREM COMEÇAR A RECICLAR Eleger um grupo de moradores, que será responsável pela organização e traçará estratégias para estimular os demais condôminos a aderirem à campanha. Essa equipe estabelecerá como e quando os recicláveis serão recolhidos e definirá o destino do material coletado. Também checará junto ao poder municipal se existe algum tipo de coleta seletiva na região. Mobilizar o maior número possível de moradores, demonstrando a importância da iniciativa e infomando-os sobre como reciclar. Definir os tipos de materiais a serem coletados (jornais, papéis, papelão, vidro, plástico, alumínio etc.), tendo sempre em vista a demanda de mercado existente nas redondezas. Isso viabilizará um fluxo constante de saída, evitando o acúmulo excessivo de materiais no condomínio. É preciso definir a estrutura operacional do sistema, considerando três fases: coleta, estocagem e venda (ou doação). Fontes: Cempre e Tetra Pak 18
caPa Por Sônia Salgueiro
INFORME-SE MAIS SOBRE O TEMA Empresas e entidades de classe também estão en-
entrega voluntária, cooperativas, comerciantes de recicláveis,
gajadas na cruzada da reciclagem. A Abipet (Associação
ONGs, entidades e recicladores que recebem o material
Brasileira da Indústria do PET) e a Tetra Pak lançaram re-
reciclado de modo pulverizado nas cidades. Aqui, em vez
centemente dois serviços que podem ser uma mão na roda
do endereço, o interessado precisa digitar o número do CEP.
para os condomínios.
“É mais uma demonstração do comprometimento do setor
A Tetra Pak criou o portal Rota da Reciclagem (www.
com a preservação do meio ambiente. Além disso, colabora
rotadareciclagem.com.br), que permite encontrar coopera-
para resolver o grande entrave que dificulta a ampliação
tivas, pontos de entrega voluntária de materiais recicláveis
da reciclagem em nossa indústria: a falta de um sistema
e comércios ligados à cadeia de reciclagem, localizados
público abrangente de coleta seletiva”, afirma Auri Marçon,
em boa parte do território nacional, usando o Google Maps.
presidente da Abipet.
Basta colocar o endereço do condomínio para ter acesso a
Outro portal bem completo é o do Cempre (Compromisso
telefone e endereço desses locais. O portal ainda dá diversas
Empresarial para a Reciclagem), associação sem fins lucra-
informações sobre o processo de separação e envio à reci-
tivos que promove o tema reciclagem. No endereço www.
clagem de embalagens longa vida (as tradicionais caixinhas
cempre.org.br, é possível pesquisar cooperativas, sucateiros
de leite e embalagens assemelhadas) e várias dicas sobre
e recicladores, tanto por região como material; consultar o
coleta seletiva.
preço de diversos materiais recicláveis; e conhecer o tama-
O LevPet (www.levpet.org.br), da Abipet, também utiliza o Google Maps para fornecer a localização dos pontos de
nho do mercado de reciclagem, além de tirar dúvidas, por meio de uma seção de perguntas e respostas.
São disponibilizados dois galões, de
só separavam alumínio e papel. Aí
500 quilos de lixo reciclável por sema-
20 litros cada, para os moradores
surgiu a ideia de fazer uma coleta
na. São retirados de dois a três fardos
colocarem o produto. Nos últimos 12
mais abrangente e foi chamada uma
semanais, fora jornais e revistas, que
meses, o condomínio forneceu cerca
cooperativa.
são separados mas não colocados
de 80 litros e outros 40 estão prontos para ser retirados pela ONG.
“No começo, com o dinheiro da
nos fardos. Os moradores depositam
venda do material, comprávamos o
o lixo em seis pontos espalhados pela
A coleta seletiva de lixo é mais
café da manhã dos funcionários”,
garagem. Em cada um deles há um
antiga. Começou há aproximada-
conta o síndico. Mas, em 2008, o
cesto para orgânicos e outro para
mente quatro anos, depois que,
preço dos recicláveis caiu muito e
recicláveis. Um faxineiro recolhe o
numa assembleia, um condômino
várias empresas que pagavam pelo
material e o leva para um depósito,
fez a sugestão. Antes, os moradores
lixo pararam de fazê-lo, explica o
que acomoda ainda os galões de óleo
síndico, ressaltando que os funcio-
de cozinha.
nários continuam ganhando o lanche.
A reciclagem também é realidade
“Ainda que não recebamos nada, a
no Condomínio Piazza di Toscana,
iniciativa é muito válida, por causa
um complexo com cinco torres situ-
da conscientização e pela queda do
ado na zona leste paulistana, desde
volume de lixo que vai para o aterro”,
que o complexo foi entregue, há
defende Bertelini.
seis anos e meio. Toda terça-feira
Foto: Calão Jorge
O Monte Carlo produz de 400 a
20
uma cooperativa recolhe o material, que fica estocado em um depósito. “Dá mais ou menos 200 quilos por
Bertelini: “A iniciativa é muito válida, por causa da conscientização e pela queda do volume de lixo que vai para o aterro”
semana”, informa a síndica Ana Josefa Severino.
esPecial Por Marcos Fernando Queiroz
Gerador de condomínio paulistano terá de ser adaptado O prazo para a adequação é bem apertado: 180 dias, contados a partir de 25 de março último
C
ondomínios residenciais e
motogeradores (os geradores de
virá de parâmetro e referência para
comerciais que possuem
energia) deverão convertê-los ou
as demais regiões do Estado e do País”, analisa.
geradores de energia de-
utilizar equipamentos movidos a
vem ficar atentos para o que dizem
combustível menos poluente que o
O decreto se aplica também aos
os artigos do Decreto Municipal
óleo diesel ou, ainda, adaptar filtros
condomínios antigos, que possuem
nº 52.209/11, assinado no final de
ou outros acessórios que reduzam a
gerador há bastante tempo. “Todos
março pelo prefeito de São Paulo,
poluição, observando o que venha a
terão de se adaptar num prazo de
Gilberto Kassab, e que regulamenta
ser estabelecido pelo órgão ambien-
180 dias a partir da data da publi-
legislações anteriores sobre o tema.
tal competente.
cação do documento, em 25 de
Em seu artigo 2º, o decreto prevê
“O Decreto encontra respaldo no
que todas as edificações públicas
Código de Obras e Edificações, isto
ou privadas que utilizam grupos
é, na Lei nº 11.228/92 e justifica-se
Na opinião de Hubert Gebara,
como um fator de diminuição da
vice-presidente de Administração
poluição ambiental, sendo uma das
Imobiliária e Condomínios do Seco-
medidas incentivadas pela política
vi-SP, toda mudança que visa reduzir
de mudanças climáticas”, ilustra
a poluição é bem-vinda pelo setor e
João Paulo Rossi Paschoal, asses-
pelo Sindicato da Habitação. “Esta-
sor jurídico do Secovi-SP (Sindicato
mos todos preocupados com o meio
da Habitação). Ele faz referência ao
ambiente. Queremos garantir quali-
item 9.4 do Código de Obras, que foi
dade de vida para a geração atual e
acrescido de itens específicos sobre
também para as futuras, mas o prazo
a nova obrigatoriedade.
é muito exíguo. Muitos condomínios
março de 2011”,
complementa
Rossi Paschoal.
“Tal legislação atualmente se
com certeza terão dificuldade para
restringe ao município de São Paulo.
cumprir esse cronograma”, declara.
Em breve, contudo, certamente ser-
Segundo João Luiz Annunciato, diretor de Administradoras da mesma vice-presidência do Secovi-SP,
Annunciato: Síndico deve pedir laudo à empresa de manutenção para provar que tudo está em conformidade com a nova lei
22
de certo modo a legislação é flexível para os condomínios, principalmente ao abrir a possibilidade de insta-
lação de filtros nos equipamentos geradores dos edifícios. “Se o condomínio não tiver caixa para isso, o síndico deverá convocar assembleia e apresentar três orçamentos para atender a essa obrigatoriedade”, diz. D e a c o r d o c o m o d i r e t o r, é prudente que o síndico cobre das administradoras uma declaração ou laudo das empresas de manutenção dizendo que o sistema está em conformidade com as exigências da nova lei.
manutenção Foto: Divulgação
Por Paula Ignacio
m n i c a e s d i e r mo P
Aproveite a chegada do inverno, época de muito frio e pouca chuva, para fazer os reparos necessários nessa concorrida área do condomínio
O
inverno está se aproximando
melhor época para a realização de re-
na execução da reforma”, afirma o
e a utilização das piscinas
formas, porque chove menos”, afirma
engenheiro Eduardo Dealis, da EHS
tende a diminuir bastante.
a engenheira Cibele Neme, da Minuano
Engenharia.
Vários condomínios optam pelo seu
24
Engenharia.
Em uma primeira avaliação, verifi-
fechamento, mas alguns decidem
O síndico é responsável pela con-
ca-se, em geral, se os filtros da piscina
mantê-las funcionando, investindo até
tratação de uma empresa de engenha-
precisam ser substituídos por novos;
mesmo na instalação de climatizado-
ria capacitada para uma avaliação do
se o revestimento do deck deve ser
res. Qualquer que seja o caso, este
local. Por segurança, recomenda-se
trocado (veja mais informações na
é o momento ideal para programar
exigir o ART (Certificado de Anotação
página ao lado); se há problemas de
reformas ou pequenos reparos, sem
de Responsabilidade Técnica). A
impermeabilização e estanqueidade
descuidar do tratamento da água e
contratação de prestadores de ser-
do leito; e se o local apresenta trincas
da correta sinalização do entorno, de
viço distintos para trabalharem em
e rachaduras ou ainda descolamento
forma a evitar acidentes. Além do bai-
uma mesma obra demanda, por sua
de pastilhas.
xo movimento, o clima colabora para
vez, atenção redobrada por parte do
Conforme Dealis, o descolamento
uma rápida conclusão dos trabalhos,
condomínio. “É fundamental verificar
de pastilhas ou do rejunte é um pon-
segundo representantes de empresas
se uma determinada empresa presta
to preocupante, pois pode ser sinal
que fazem obras em piscinas. “No
o serviço total ou se as outras com-
de infiltração. Caso o problema seja
Estado de São Paulo, o inverno é a
panhias contratadas terão unidade
confirmado, é preciso fazer uma nova
DECKS DE MADEIRA Com relação aos decks de madeira, é importante manter as vigas, pilares e barrotes envernizados e limpos para uma boa impermeabilização. “Caso as piscinas tenham decks que precisem ser substituídos, recomendo uma nova impermeabilização da área e colocação do revestimento com pedras naturais, como a Pedra Mineira, Pedra Goiás ou São Tomé, além de alguns tipos de mármore e granito com acabamento menos liso”, diz Eduardo Delis, da EHS. Segundo ele, as pedras naturais são mais higiênicas e apresentam melhor acabamento. A manutenção também é mais fácil e raramente há necessidade de substituição. Por causa de sua maior porosidade, há menor risco de acidentes em
impermeabilização da piscina e de seu entorno. “Há novos produtos, como a manta líquida, que não se desprendem
Foto: Minuano Engenharia
uma área como o deck, que fica constantemente molhada.
das laterais das paredes e podem ser aplicados nos reservatórios”, explica o engenheiro. Se a piscina for esvaziada para manutenção, as empresas e o próprio prédio devem providenciar obstáculos e avisos, para prevenir acidentes. “Recomenda-se a colocação de cercas e avisos para que o acesso a essas áreas fique restrito aos funcionários”, reforça Sérgio Meira de Castro Neto, diretor de Condomínios do Secovi-SP (Sindicato da Habitação). No caso de ficar decidido em assembleia que as piscinas permanecerão fechadas no
25
manutenção Por Paula Ignacio
Foto: Minuano Engenharia
inverno, o condomínio fica responsável por tomar as medidas cabíveis para o isolamento da área. “Cabe ao condomínio cuidar para que crianças não entrem desacompanhadas nesses locais, mesmo quando as piscinas estiverem fechadas. Alguns cuidados básicos de restrição, bem como a publicação de avisos, são fundamentais”, completa Sérgio Meira.
Temperatura agradável Ao optar pela instalação de sistema de aquecimento, o condomínio deve atentar para a relação custo-benefício
Mesmo no inverno, a água da piscina precisa de tratamento
Foto: Calão Jorge
do equipamento. Há três tipos de
26
aquecedores: a gás, elétrico e solar.
Mesmo tendo um custo de instala-
o aspecto sanitário e a localização da
“Todo aquecimento é uma recirculação
ção relativamente alto, o aquecimento
área, que influencia na constância
da água, que passa pelo sistema de
solar é uma alternativa interessante
do tratamento. Piscinas próximas a
aquecedores e é novamente lançada
porque, além de ambientalmente
regiões muito poluídas, com queima-
na piscina. Há prós e contras na ins-
correto, apresenta valor mais baixo de
das e até com muita vegetação nas
talação desses sistemas. É bom ter a
manutenção.
proximidades, exigem maiores cuida-
temperatura constante para utilização
Os cuidados com o tratamento da
mais frequente da piscina, mas geral-
água aquecida são os mesmos, mas
mente o custo de manutenção é alto”,
vale lembrar que as bactérias podem
O tratamento da água geralmente é
alerta Cibele, da Minuano.
proliferar mais rapidamente nesse
feito pelos funcionários do condomínio.
ambiente. Por isso é importante que as
Cabe ao síndico providenciar cursos
piscinas climatizadas permaneçam em
(que são gratuitos e oferecidos pelas
uma área coberta e isolada de vento
empresas fornecedoras dos produtos
e chuva, que podem trazer impurezas
para o tratamento químico da água)
para a água.
e os equipamentos de proteção ne-
dos”, diz Marcos Gasparotto, da HTH Produtos para Piscina.
No inverno, ainda que a piscina
cessários para o manuseio destes,
seja fechada, o tratamento da água
os chamados EPIs (Equipamentos de
deve seguir com a mesma frequência.
Proteção Industrial).
A falta de manutenção pode trazer
É importante observar os prazos de
consequências desagradáveis, como
validade dos produtos e garantir que o
proliferação de insetos, microorganis-
funcionário responsável utilizará os vo-
mos e parasitas e até o surgimento de
lumes adequados. Existem cloradores
algas. “Mesmo no inverno, a piscina
automáticos que liberam a quantidade
precisa de tratamento. Caso contrário,
exata de produto na água, evitando o
faz-se necessário o descarte de água,
contato do funcionário com o cloro e
processo caro e nem um pouco sus-
possíveis intoxicações. Eles também
tentável. Devemos considerar também
ajudam a diminuir o desperdício do
Meira: É importante colocar cercas e avisos para que acesso à piscina fique restrito aos funcionários
produto e baratear o custo mensal de manutenção.
legislação Por Sônia Salgueiro
Reunião online Assembleia digital possibilita maior participação de moradores, agiliza decisões e reduz chance de conflitos
E
m plena era da banda lar-
ver. Nesse sentido, ela é um inibidor
ga e da certificação digital,
de conflitos”, afirma Marcos Davi
condomínios e loteamentos
Monezzi, integrante da Diretoria de
começam a lançar mão de um novo
Loteamentos da Vice-presidência de
expediente na hora de aprovar contas,
Administração Imobliária e Condomí-
discutir problemas e avalizar orçamen-
nios do Secovi-SP e sócio-fundador
tos de obras e serviços: a assembleia
da Monezzi Advocacia.
virtual.
Além de ser mais objetiva, a as-
Entre os principais atrativos desse
sembleia virtual ou mesmo a declara-
tipo de assembleia estão a possibili-
ção de voto por meio digital reduz dis-
dade de aumento da participação de
tâncias e derruba barreiras. “Às vezes o
condôminos, a agilização das deci-
condômino tem receio de se manifestar
sões e a menor chance de conflitos.
em público e opta por não participar
“Numa assembleia virtual, você evita
do encontro. Também há quem tenha
a poluição sonora, as agressões e os
dificuldade de locomoção”, comenta
embates pessoais, porque as pessoas
o advogado. Seja sozinha, seja em
tendem a pensar mais antes de escre-
conjunto com a assembleia conven-
Como fazer
cional, ela sempre incentiva a parti-
Foto: Divulgação
Monezzi: “Numa assembleia virtual, você evita a poluição sonora, as agressões e os embates pessoais”
cipação e aumenta o quórum. “Ainda
A proliferação de sites de condomí-
será necessário manter a assembleia
nios e a instituição do certificado digital
convencional por um bom tempo, mas
foram cruciais para o surgimento da
é de suma importância abrir novas pos-
assembleia virtual e da declaração de
sibilidades de as pessoas participarem
voto por meio digital. “Por intermédio
das decisões em condomínio, como é
dos sites, por exemplo, é possível
o caso do voto pela internet”, opina.
prestar contas, acessar a Convenção
http:// O
que é preciso para realizar assembleias virtuais Ter previsão na Convenção do condomínio Possuir um site Ambiente seguro para a navegação, o envio e recepção de documentos eletrônicos Certificação digital Suporte de um técnico em informática ou da administradora
28
Presença maciça Em fevereiro, o Residencial dos Pinheiros, condomínio horizontal com 27 sobrados localizado em São Bernardo do Campo, realizou sua primeira assembleia virtual. “Contávamos com uma média de três ou quatro moradores e nessa reunião registramos 80% de presença”, conta a síndica Giovana Baradelli. Ela diz que a ferramenta permite ao morador que não está no condomínio na hora da assembleia emitir uma procuração e enviá-la à sindica ou, via assinatura digital, votar no próprio site. Isso é possível porque o Residencial dos Pinheiros está na web. Além de agilizar as discussões, segundo Giovana, a assembleia virtual ameniza o clima no condomínio. “Havia gente que esperava a assembleia para lavar roupa suja e isso não acontece via assembleia virtual”, ilustra. Carlos Cêra, diretor de Desenvolvimento de Produtos da Superlógica, fabricante do software adquirido pelo Residencial dos Pinheiros, explica que a assembleia fica agendada no sistema. Um dia antes da data marcada, é gerada uma procuração, que possibilita ao condômino participar da assembleia sem estar presente. “O quórum em uma assembleia é sempre muito baixo. Usando a internet, é possível conseguir um índice de presença de 60% a 70%”, defende o executivo. Uma das maiores vantagens do sistema, conforme Cêra, é que ele é híbrido. “Não daria para deixar de fora quem não tem internet ou não possui familiaridade
e as atas das assembleias. Por que,
Para reunir condições de realizar
a uma alternativa tecnológica com
então, não se manifestar via chat ou
uma assembleia virtual, o condomínio
sustentação jurídica. Daí a opção pela
e-mail numa assembleia virtual?”,
deve contar com um técnico em infor-
assembleia virtual, por teleconferência
indaga Monezzi.
mática ou com o suporte de adminis-
ou mesmo a declaração de voto por meio eletrônico.”
Para que a ideia vingasse, faltava
tradora que disponha dessa estrutura.
um elemento de segurança, agora
Monezzi conta que as assembleias
disponível: a certificação digital. Ela
virtuais e as declarações de voto por
garante que é mesmo o condômino
meio eletrônico surgiram há cerca de
que está participando da discussão
três ou quatro anos, com os clubes de
ou da votação. “Era necessário criar
campo, “que têm a mesma compo-
um ambiente seguro, com as mesmas
sição de um condomínio, em termos
garantias da assembleia presencial.”
estatutários”, e também nos condomí-
Partir para a assembleia virtual
nios complexos (os que reúnem hotel,
exige, porém, alguns procedimentos.
área comercial e residencial). “Como
Em primeiro lugar, ela tem de estar
os proprietários são de diversos luga-
prevista na Convenção. “O artigo
res, ou eles se reúnem numa época
1.334, inciso 3, do Código Civil esta-
específica ou é necessário recorrer
Foto: Divulgação
com ela”, justifica. Daí a assembleia presencial continuar existindo.
belece que a Convenção determinará a competência da assembleia, a forma de sua convocação e o quórum para deliberações”, esclarece Monezzi.
Cêra: “Usando a internet, é possível conseguir um índice de presença de 60% a 70%”
29
informe publicitário
Elevador a grande invenção. Cada vez mais atual e presente A necessidade da construção dos edifícios cada vez se faz mais presente decorrente do aumento da população, escassez e valorização dos terrenos além da segurança pessoal. O equipamento que possibilitou a construção dos edifícios mais modestos até os chamados arranha céus foi o elevador. Portanto, podemos afirmar com certeza que esse equipamento foi a grande invenção dos últimos tempos, pois sem ele não teríamos a condição de verticalizar as edificações, concentrando e acomodando grande número de famílias e escritórios comerciais. A viabilização do elevador foi possível a partir de 1.853, com a invenção de um dispositivo que foi denominado de Limitador de Velocidade e Freio de Segurança, que tem como função brecar a cabina do elevador caso sua velocidade nominal, exceda a pré-estabelecida. Com esse dispositivo acoplado, foi possível transportar passageiros com total segurança. Cada vez mais a questão de segurança está presente no nosso cotidiano, e, em função de alguns fatos e metodologia, o mercado de
elevadores vêm adotando como padrão, efetuar a revisão desse dispositivo, em média a cada 02 (dois) anos independente do tempo de uso do elevador, executando a aferição, testes e substituição de lacre. Como estes trabalhos não estão contemplados nos contratos de assistência técnica, deverão ser objeto de proposta e negociação entre empresa e cliente. Em abril de 2010 foi publicado, na Revista Direcional a entrevista feita com o consultor Engenheiro Sérgio Rodrigues, especializado em elevadores aonde diz que: “LIMITADORES DE VELOCIDADE Esses componentes são os responsáveis pela parada de emergência da cabina, caso a velocidade de descida seja alta (evita a sua queda). Eles apresentam desgaste natural e periodicamente devem ser calibrados e testados (normalmente a cada 2 anos). “Mensalmente faz-se a verificação da lubrificação e da ausência de ruídos.” Elevadores são absolutamente seguros desde que sua manutenção seja feita de forma adequada, portanto não deixe de fazer as manutenções preventivas Evite Acidentes.
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Dicas e indicadores que facilitam a administração do seu condomínio Icon Secovi-SP – Índice de Custos Condominiais MÊS: Abril/2011
total geral per
pessoal / encargo
Var. % icoN
tarifas
Var. % icoN
12 Ano meses
0,17
0,64
4,45 181,397 0,00 0,26 5,85 174,024 0,00 0,00 3,90 191,284 0,77
2,23
mai/10 180,698 0,25
0,89
4,85 181,397 0,00 0,26 5,85 173,959 -0,04 -0,04 4,58 193,560 1,19
jun/10
181,038
0,19
1,08
5,21 181,397 0,00 0,26 5,85 173,959 0,00 -0,04 5,31 195,205 0,85
jul/10
181,184
0,08
1,16
ago/10 181,502 0,18 set/10
182,921
0,78
out/10
192,001
Var. %
Var. %
Ano
12 meses
1,56 176,188
0,61
1,98
3,44
2,84 177,859
0,95
4,32
3,82 179,150
0,73
4,95 181,397 0,00 0,26 5,85 174,397 0,25 0,21 3,20 195,498 0,15
4,48
4,43 179,387
1,34
5,23 181,397 0,00 0,26 5,85 174,397 0,00 0,21 3,20 197,004 0,77
5,28
2,13
5,36 181,397 0,00 0,26 5,85 179,297 2,81 3,03 3,03 199,269 1,15
6,50
4,96
7,20
7,16 196,322 8,23 8,51 8,51 179,297 0,00 3,03 3,03 201,282 1,01
nov/10 192,596 0,31
7,53
dez/10
192,882
0,15
7,69
jan/11
193,615
0,38
fev/11
194,405
icoN
Mês
Ano
12 meses
0,89
165,923 0,77
2,23
1,56
2,95
1,79
167,898 1,19
3,44
2,84
3,70
2,65
169,325 0,85
4,32
3,82
0,13
3,83
3,19
169,579 0,15
4,48
4,43
5,61 180,696
0,73
4,59
4,45
170,885 0,77
5,28
5,61
6,38 182,331
0,90
5,54
5,26
172,850 1,15
6,50
6,38
7,57
7,40 183,880
0,85
6,44
6,23
174,595 1,01
7,57
7,40
7,47 196,322 0,00 8,51 8,51 179,297 0,00 3,03 3,03 204,200 1,45
9,13
8,85 186,029
1,17
7,68
7,39
177,127 1,45
9,13
8,85
7,69 196,322 0,00 8,51 8,51 179,297 0,00 3,03 3,03 205,609 0,69
9,88
9,88 187,034
0,54
8,26
8,26
178,349 0,69
9,88
9,88
0,38
8,09 197,008 0,35 0,35 8,61 179,297 0,00 0,00 3,03 207,234 0,79
0,79 11,50 188,309
0,68
0,68
9,49
179,758 0,79
0,79
11,50
Mês
12 Ano meses
icoN
Mês
180,247
12 Mês Ano meses
icoN
Diversos
conservação e limpeza
Var. %
Mês
abr/10
12 Mês Ano meses
manut. de equipamentos
Var. % icoN
Índice Base Dez/01 = 100,000
0,41
0,79
8,26 197,623 0,31 0,66 8,94 179,297 0,00 0,00 3,03 209,306 1,00
1,80 11,30 190,024
0,91
1,60
9,55
181,556 1,00
1,80
11,30
mar/11 194,683 0,14
0,93
8,19 197,623 0,00 0,66 8,94 179,297 0,00 0,00 3,03 210,604 0,62
2,43 10,95 191,242
0,64
2,25
9,20
182,681 0,62
2,43
10,95
abr/11
1,04
8,12 197,623 0,00 0,66 8,94 179,297 0,00 0,00 3,03 211,551 0,45
2,89 10,60 192,216
0,51
2,77
9,10
183,504 0,45
2,89
10,60
194,891
0,11
FOLHA DE PAGAMENTO
Pisos Salariais:
Verificar a Convenção Coletiva de Trabalho da cidade do condomínio no site www.secovi.com.br
ACÚMuLO DE CARGO: 20%
ADICIONAL NOTuRNO: 20%
ÍNDICES DE PREÇO (Abril/2011)
HORAS EXTRAS: Cidade de São Paulo e demais municípios: 50% CESTA BÁSICA: Verificar Convenção Coletiva de Trabalho da cidade do condomínio no site www.secovi.com.br
Variação - em% Indicador Mês
Ano
12 meses
IGP-DI
0,50
3,07
10,84
folha de pagamento
IGP-M
0,45
2,89
10,60
INSS – JuNHO/2011 (Data de recolhimento até 20/7/11)
IPC
0,70
2,82
6,39
INPC
0,72
2,89
6,30
IPCA
0,77
3,23
6,51
INCC-DI
1,06
2,20
7,33
fGTS – JuNHO/2011 (Data de recolhimento até 7/7/11) = 8% sobre o total da remuneração paga ao empregado
PIS – JuNHO/2011 (Data de recolhimento até 25/7/11) = 1% sobre o total da
*TABELA DE SALÁRIO DE CONTRIBuIçãO (R$) – a partir de 1º/1/2011: Até 1.106,90 De 1.106,91 a 1.844,83 De 1.844,84 a 3.689,66 Acima de 3.689,66
= = = =
8,00 % 9,00 % 11,00 % R$ 405,86
*SALÁRIO-fAMíLIA – a partir de 1º/1/2011 Remuneração mensal até R$ 573,58 = R$ 29,41 Remuneração mensal acima de R$ 573,58 até R$ 862,11 = R$ 20,73 * Tabela de salário de contribuição previdenciária e cotas de salário-família vigentes a partir de 1º/1/2011 – Portaria Interministerial MPS/MF nº 568/2010, publicada no DOU de 3/1/2011.
32
fontes: FGV, IBGE e Fipe/USP Elaboração: Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP
oPinião Por Hubert Gebara
Condomínios-
clube O
condomínio-clube é a nova pérola do
síndrome terceiro-mundista, o que vem acontecen-
mercado imobiliário brasileiro, na opinião
do no Brasil é uma grata surpresa. Resta saber se o
de alguns especialistas. Para nós, ele é
crescimento da economia vai no longo prazo influir
um dado importante para avaliar nossa evolução
negativamente nos altos índices atuais de violência
em termos de moradia. Achamos que essa estrela
de nossas cidades. Achamos que vai.
que sobe tem a ver com o novo astral que paira
Enquanto a violência não entra em curva des-
sobre a economia brasileira. Se a chamada classe
cendente face ao bom momento e ao futuro de
C finalmente chegou ou está chegando ao paraíso,
nossa economia, o condomínio-clube é uma capa
a chamada classe A-B conquista por mérito próprio,
protetora para seus residentes. Esse novo tipo de
de forma cada vez mais eloquente, esse novo tipo
moradia vale como uma saída que se torna gra-
de moradia com amplas áreas verdes, diversos
dativamente viável para grupos cada vez maiores.
itens de lazer e recreação – e com os produtos
Vale também como item de sustentabilidade em
e serviços que as grandes cidades brasileiras já
plena selva de pedra. Essas comunidades têm nor-
oferecem, mas a um preço ainda alto em razão da
malmente muitos metros quadrados de área verde
turbulência e insegurança fora dos condomínios.
que respira. Valem como uma praça pública arbori-
Por conta de tantas benesses, é um tipo de moradia
zada. Este é também um item do custo-benefício.
barata, se formos analisar o custo-benefício que
Funciona dentro e fora do condomínio.
resulta da comodidade, lazer e segurança. Para as
O quadro da economia mundial está mudando.
famílias, sai mais em conta do que as mensalidades
Estamos assistindo surpresos à troca de dinheiro e
cobradas pelos clubes. O custo do deslocamento
poder no planeta. O Brasil está chamando a aten-
de táxi ou do carro particular pode ser minimizado
ção internacional pelo seu desempenho. Ninguém
ao extremo.
sabe o que vai acontecer no futuro, mas os sinais
O condomínio-clube reflete a atual pujança da
são promissores para os brasileiros.
economia brasileira e do nosso cintilante mercado
Falta agora investir e tornar viáveis condomí-
imobiliário. Ao que parece, não é o que acontece no
nios-clube populares. Os chineses já começaram
chamado primeiro mundo, que dá sinais de estafa
a investir nesse tipo de moradia. O novo e os
em alguns segmentos. Como fomos criados sob a
próximos governos brasileiros deveriam imitar.
Hubert Gebara é vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi-SP (Sindicato da Habitação)
33
Área trabalhista carlos alexandre cabral oab/Sp 97.378
tiRa-dÚVidas O condomínio deve constituir uma Cipa? O condômino inadimplente pode ser impedido de participar do sorteio de vagas da garagem? Essas e outras questões são respondidas pelo Departamento Jurídico do Secovi-SP
1
2 O condomínio deve constituir uma Cipa?
Quando o empregado falta ao serviço sem apresentar
Os condomínios são classificados com grau “2”
justificativa, é possível, por essa razão, não lhe fornecer
(risco médio) na Relação de Atividades Preponderantes
cesta básica no mês?
e Correspondentes Graus de Risco e, por essa razão, só
O Decreto nº 5, de 14 de janeiro de 1991, que regulamenta a
estão obrigados a manter uma Cipa (Comissão Interna
Lei nº 6.321/1976, referente ao PAT (Programa de Alimentação do
de Prevenção de Acidentes) a partir de 51 empregados.
Trabalhador), dispõe em seu art. 6º: “Nos Programas de Alimen-
Todavia, a Norma Regulamentadora nº 5 dispõe que
tação do Trabalhador – PAT, previamente aprovados pelo Minis-
as empresas (também os condomínios) que não estejam
tério do Trabalho e Previdência Social, a parcela paga ‘in natura’
obrigadas a manter uma Cipa deverão designar um de
não tem natureza salarial, não se incorpora à remuneração para
seus empregados (qualquer um deles e não necessa-
quaisquer efeitos, não constitui base de incidência de contribuição
riamente o zelador) e encaminhá-lo a um treinamento
previdenciária ou de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e
(anual), para que fique como responsável pela obser-
nem se configura como rendimento tributável do trabalhador”.
vância dos objetivos da Cipa no ambiente de trabalho.
Assim, o benefício da cesta básica deve ser concedido dentro dos parâmetros constantes da convenção coletiva de trabalho da categoria. A Portaria nº 3, de 1º de março de 2002, que baixa instruções sobre a execução do PAT, em seu art. 6º, dispõe:
3 Como evitar que o empregado venha a alegar ser
Art. 6º É vedado à pessoa jurídica beneficiária: I – suspender, reduzir ou suprimir o benefício do Programa a título de punição ao trabalhador;
vítima de assédio moral no condomínio? Pelos problemas que podem gerar certas atitudes no ambiente de trabalho, com o potencial de levar o condo-
II – utilizar o Programa, sob qualquer forma, como premiação;
mínio a uma condenação na Justiça por dano ou assédio
III – utilizar o Programa em qualquer condição que desvirtue
moral (o dano moral é gênero, sendo o assédio moral
sua finalidade.
uma de suas espécies), recomenda-se que o síndico ou administrador as evite, como, por exemplo, repreender
34
Pelo exposto, vemos que a cesta básica (parcela paga
de forma excessivamente ríspida o empregado, humi-
in natura) não tem natureza salarial e, desta forma, deixar de
lhando-o na frente dos demais colegas ou moradores
concedê-la ao empregado por ele ter faltado injustificadamente
do prédio, pois, se não atende a contento as tarefas que
ao trabalho, não nos parece aconselhável (para este caso existem
lhe são passadas, é preferível dispensá-lo de maneira
as punições permitidas em lei), haja vista ser vetado ao empre-
simples a atormentá-lo diariamente, para que tome a
gador suspender, reduzir ou suprimir o benefício do Programa
iniciativa de pedir demissão, bem como abster-se de
a título de punição ao empregado, conforme dispõe o art. 6º da
colocar apelidos nos empregados e não incentivar que
Portaria nº 3, acima transcrito.
os demais colegas de trabalho ou moradores o façam.
tiRa-dÚVidas
1
Área cível marta cristina pessoa oab/Sp 108.073
O condômino inadimplente pode ser impedido de participar do sorteio de vagas da garagem? Além das penas pecuniárias previstas nos artigos 1.336, § 1°, e 1.337, caput, do novo Código Civil, nenhuma outra que importe em privação de direitos condominiais pode ser estabelecida em Convenção ou aplicada pelo condomínio ao inadimplente. Não será lícito, assim, impor-lhe a privação do uso e gozo das coisas e áreas comuns, tais como a supressão do fornecimento de água, luz, gás ou mesmo segregação dos inadimplentes por oportunidade do sorteio de vagas na garagem, conforme menciona o julgado abaixo:
3 A lei determina algum prazo especifico para a entrega da documen-
Condomínio – Regulamento Interno – Desnecessidade de Registro – Vedação, ao condômino inadimplente, da participação no sorteio de vagas na garagem em
tação do condomínio, quando novo síndico é eleito?
igualdade de condições com os demais condôminos – Inadmissibilidade – Re-
Quando ocorre a posse de um
gulamento que desbordou, nesse passo, do contido na convenção – Provimento
novo síndico, em momento concomi-
parcial do recurso para que o síndico, no prazo de 20 dias a contar da citação, na
tantemente ao da eleição, salvo dis-
fase de execução, convoque assembleia para o sorteio, assegurada a participação
posição em contrário da Convenção,
do autor, em igualdade de condições, ainda que inadimplente, cominada a multa
fica o ex-síndico obrigado a entregar
diária de R$ 50,00 para a violação do preceito, mantida a divisão da sucumbência.
todos os documentos condominiais
Apel. Cível 269.828-4/6 - TJSP- Rel. Waldemar Nogueira Filho.
que possui, bem como todos os bens que se valeu para conduzir a administração, servindo de exemplo para
2 O condômino pode se recusar a pagar multa e juros devidos pelo atraso
tanto as chaves dos recintos comuns da edificação. Dessa forma, a entrega mencionada deve ocorrer imediatamente à posse do novo síndico.
no pagamento da quota condominial, sob a alegação de não ter recebido boleto de cobrança?
se eventualmente não lhe foram entregues os boletos de cobrança, cumpre ao
4
condômino efetuar o pagamento diretamente ao síndico do condomínio ou à
É obrigatória a construção de ba-
administradora responsável, como exemplifica a ementa abaixo:
nheiro na portaria do condomínio?
As despesas de condomínio têm natureza de dívida portable, isto é, deve ser paga pelo devedor, no seu vencimento, no domicílio do credor. Assim,
Não é obrigatória, tendo em vista Condomínio – Despesas Condominiais – Cobrança – Multa Moratória – Inclu-
a inexistência de lei ou outro tipo de
são Recebimento do Boleto Bancário – Ausência – Providência para Satisfação do
norma que regule o assunto. A Norma
Débito – Ausência – Admissibilidade. Sendo a contribuição condominial dívida de
Regulamentadora do Ministério do
natureza “portable”, de seu pagamento não se exime o devedor, nem tampouco
Trabalho n° 24 - Condições Sanitárias
das verbas moratórias, pela alegação de não ter recebido boleto de cobrança. (Ap.
e de Conforto nos Locais de Trabalho
s/ Ver. 615.765-00/2 – 2º TAC -12ª Câm. – Rel. Juiz Arantes Theodoro j. 28.6.2001.
é a que mais se aproxima do assunto.
Este espaço é um canal permanente para que síndicos e administradoras esclareçam questões relacionadas ao dia a dia da gestão condominial. Envie suas dúvidas para o e-mail juridico@secovi.com.br 35
caRta do PResidente Por João Crestana
Sereno,
mas não manso
momento favorável pode induzir a uma
O
Ademais, cumpre assegurar a continuidade do
letargia, já que a situação da habitação
Minha Casa, Minha Vida para a baixa renda, e ajustar
foi resolvida para sempre pelo programa
preços, mesmo com subsídios menores. Em certos
Minha Casa Minha Vida... Quanta miopia e distância
casos, é viável diminuir um pouco os descontos e
da realidade! Essa iniciativa é somente um bom e
exigir uma parte maior de pagamento das famílias
corajoso passo inicial.
quando possível.
O País continua a exibir falhas imobiliárias e ur-
É importante desenvolver um modo eficaz de
banísticas – notadamente a carência habitacional –,
entregar as unidades às famílias. A Caixa não pode
que serão debeladas com persistência na implanta-
se perenizar como administradora condominial de
ção de uma política habitacional perene de Estado.
milhões de unidades, e a gestão de condomínios
De início, é necessário aprovar a vinculação
carece de adaptações. Urge alocar equipes de
orçamentária de 2% das arrecadações federais para
assistentes sociais e urbanistas para estudar a
moradias na baixa renda, onde resiste o deficit ha-
boa ocupação urbana e a convivência em grupos,
bitacional de 6 milhões de unidades. Há projetos de
transformando o desafio de alojar massas em
lei em tramitação para formalizar este compromisso
oportunidade de convívio harmonioso. Com ajuda
de maneira permanente.
das empresas especializadas em administração de
E pouco se poderá construir sem terrenos em volume. Para tornar disponível esse insumo, deve-
condomínios, teremos qualidade de vida, salubridade e segurança nos novos espaços.
mos aprovar nova legislação que substitua a ultra-
A faixa de renda de R$ 1.395 a R$ 5.450
passada Lei nº 6.766/79, de parcelamento do solo.
deve ser analisada visando a adaptar benefí-
Existem suficientes propostas com as autoridades,
cios aos diversos substratos, tais como os de
contemplando sustentabilidade, meio ambiente,
R$ 2.790 a R$ 3.270. Trata-se de redistribuir os
responsabilidade social, dinâmica ocupação urba-
subsídios nos juros e preços, evitando tirar do
na e qualidade de vida. Contemporizar na análise
programa as famílias ligeiramente favorecidas
compromete a capacidade de produzir tetos dignos.
pela macroeconomia.
João Crestana é presidente do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) e da Comissão Nacional da Indústria Imobiliária da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção)
36
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Art Clean.......................................................... pág. 56 Grupo Alpha Serviços..................................... pág. 58 Grupo Fort....................................................... pág. 56 Horus Monitoramento..................................... pág. 57 JVS Serviços................................................... pág. 56 Maxxima.......................................................... pág. 55 Natzar.............................................................. pág. 55 R.E. Service..................................................... pág. 58 Replace........................................................... pág. 58 SS Planejamento............................................. pág. 55 Star Light......................................................... pág. 58 Treze Brasil...................................................... pág. 57 Valmac............................................................. pág. 56
Novo Espaço................................................... pág. 54
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Paisagismo Desentupidora
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38
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Elevadores Elevadores - Ewic
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