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A relevância da Festa de Iemanjá
A fundamentação para a pertinência do Registro da Festa de Iemanjá se dá: Por ser a principal festividade do calendário da Umbanda de Fortaleza, representando um movimento de resistência, apesar das perseguições sofridas pela intolerância religiosa; Por ser uma celebração de continuidade histórica, representativa que está sempre se (re)elaborando e se atualizando na construção e no fortalecimento da identidade religiosa e cultural, política, pública e popular, de matriz afro-indígena-brasileira dos fortalezenses; Por oferecer visibilidade e proporcionar a difusão de saberes do universo da Umbanda, que faz parte do repertório das manifestações tradicionais afro-indígenas-brasileiras na cidade; Por ser um instrumento no combate ao racismo e à intolerância religiosa, por meio de seus ritos e suas práticas, fortalecendo a compreensão da pluralidade cultural; Por reconhecer práticas e conhecimentos de culturas afrodescendentes, que expressam as culturas negras e indígenas em Fortaleza. Por todas as justificativas apresentadas, assim como pela singularidade e especificidade de cada uma, pela expressão da religiosidade e devoção a Iemanjá, por parte e desejo dos detentores, produtores e participantes em geral da manifestação, a pesquisa que gerou essa publicação aponta como favorável a inscrição da Festa de Iemanjá de Fortaleza no Livro das Celebrações. Neste, são inscritos rituais e festas que marcam a vivência coletiva do trabalho, da religiosidade, do entretenimento e de outras práticas da vida social, assim, reconhecendo-a como Patrimônio Imaterial de Fortaleza.
Cacique Kauã Pitaguary na Festa de Iemanjá Foto de Allan Taissuke
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