a saga de writer

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“A Saga de Writer”, Bruno Pastore e Lobot.

Numa realidade, nasce Writer soprado pelos quatro ventos, foi encontrado por Seu Cimo (velho atravessador, como a ponta das coisas, Stalker, Gaspar, Baltazar e Melquior, sem vícios e ocupações, mantém a tradição de seguir estrelas cadentes só pra ver onde vai dar e o que encontrará lá – por acaso, como faziam os outros - suas únicas preocupações são os cometas com a cauda na frente e a pré-realidade) Num deserto, Writer fez seu primeiro movimento - gesto declara isso na palavra é a imagem de voltar para casa o som da criança, uma saída, um estado de espírito - do zero como aquela lenda que contam que os poetas vieram substituir os profetas Writer veio de um retardamento -




Writer veio de um retardamento como bicicleta sem roda ou a roupa invisível do rei – só os tontos podem ver sua opulência Writer nasceu reflexo que perdura – meia de cetim e arame farpado um rasgo inevitável a primeira coisa que viu foi a mais derradeira. Preso ao corpo, não é nada mais que emissário de um enigma e os dias, para ele, é o tempo que temos para escrever nosso nome ...



desenvolvo-me

sempre que a arte aparece a vida desaparece liberdade é um gole amargo e não é na rua que começa é de onde vem a palavra Por que tenho tudo que guardo escrevo para perder numa questão de fé não se trata de quero e posso, sim o que devo

As primeiras palavras de Writer foram incompreensíveis:


e as estrelas brilham à noite ...

Wri vem borr só p se e

Agor sabe supe tem - pr

e di deco ...


Writer desde sempre vem estendendo a infância borrando as paredes só perguntando ao outro se ele acha esta pedra familiar Agora detesta paredes, sabe que o engano virou superstição e tem em ruir - mais que janelas - prefere buracos e diz que não podemos decorar a argamassa metálica ...

As paredes intermediavam a relação de Writer e ele às culpava por isso Um dia, Seu Cimo lhe deu um olho místico, e ele viu quem elas diziam chamou o olho de holístico e isso fez a diferença, viu quem era e quem queria refletir Parede passou a se chamar interstício e ser à mais engano que tomou lugar dor de gritar e ver que ver a cidade não dá sem ver quem veio antes ela é uma miragem – como ver de fora para dentro (coisa de urbanista, paisagista, arquiteto e artista)


O que ĂŠ a cidade veio antes ...





...

A terceira janela é pouco, é raso subimos mais depois que pegamos o jeito do gato Quero verticalizar o horizonte e isso quer em mim numa utopia inconsciente quero fazer as nucas encostarem às costas essa é a tradução de “bater a testa”

Pintamos, mas queremos derrubar pixamos, mas na verdade queremos dizer escalamos para não calar dizer alto e no alto das coisas achar nosso volume

Writer diz que o mundo grita range opa! essa é a altura do esticar, esse é o som do alongamento


...

Writer assumiu que o mal é não ser holístico e a missão nunca foi inscrever na cidade que precisamos salvá-la ela está salva desde o início as cidades e as paredes são inocentes viu isso, quando a tinta em seu sangue acabou e se tornou responsável (olho holístico não aceita isenção) viu que bombardeio tem lugar e tiro no pé dói Percebeu que ainda precisa confiar em quem construiu as paredes pois é o que resta de fato na cidade



Writer diz que tudo é impressão mundo é dentro Pensamos que era a pintura ficamos nela pensando que tudo estava ali Mas quando gritou novamente, se viu envolto num jogo de tinta fresca - papecolê versus toletePercebendo o engano e a necessidade de outra manobra saiu da parede e recorreu a Seu Cimo que disse: de um drible no espírito e saia do limo pegue o que está abjeto e retire o limbo Writer usou um trampolim: ir das palavras para as ideias é apenas um passo ...



Sou silencioso escuto a hora de falar respiro e sou silencioso É o mantra de Writer para não atrapalhar o Trabalho do rio sendo reinventado pela margem Parece que foi de fora para dentro, mas foi o contrário formas puras e anteriores disseram baixinho: “quem quer ser gaiteiro, tem que ir para o inferno ali aprende bem cedo como ficar bom gaiteiro” Essa temporada foi como beber na fonte de lá voltou sem casta e intocável Por ver de mais sua alternativa era não ver só ouvia Seu Cimo: vai trazer o espiritual de volta e dar conta dos livros na estante abraçar a complexidade do mundo além dos objetos e das descrições, saia de cima do muro e escolha um lado Wiriter escolheu um lado lá do antes ...





Writer sabe a diferença entre mundo e planeta viu o dia clarear no combate entre os dois Mas quando isso que reluzia ficou fosco tudo que não fosse abrir buraco e atravessar tornou-se enfadonho Vendo muitos ocupando o lugar de Deus a dúvida ocupou-se de Writer Viu um engano em ter a certeza nas coisas que é diferente de querer ter certeza das coisas - caminho da intuição e experiência essa certeza nas coisas pinta as coisas e impede o atravessamento (Writer detesta o serviço de pau mandado, decorador, baba ovo e coxinha) coisas autoritárias dão asco e brutaliza atravessar e ficar é o que precisamos e falar, falar evita o silêncio ...



Seu Cimo grita Writer só ouve: retoma o individuo na expressão vinga quando você consegue sonhar sonhos que nenhum ousou sonhar é o mínimo para chegar na substância Writer sabe o que fazer quando não pode dizer (prende os lábios entre os dentes) aprendeu com a professora aquele dia em frente à torre da chaminé Mas pensar é inevitável já havia ouvido isso de um lobo no caminho de volta para casa ...



Tudo veio da caverna, o resto é debate pra leva a bola pra casa análise-ismo - mau da relação entre coisas

para Writer ver quem água parada desligadas

Cimo, mestre ignorante, já tinha dito: sua pele está na rua, mas a casa é a moradia dos rueiros quero ver ser a chave, arrombar a porta e adentrar como um antídoto ser uma criança especial, com dificuldades de aprender a fazer a pergunta certa, um gesto que nos acompanhe


Só ver os fragmentos não serve, é o que se tem mas ver o mote e refazer a fibra é algo mais minucioso como bordar um crivo, pintar com pincel zero, brincar de hominho e barquinho de papel no córrego


O que é isso, qual é a mensagem, o que é é o que interessa desta sondagem impossível ...




(não há nada comparável) e parou na certeza mais breve de uma via expressa Agora, conhece-se no formato dos galhos, na fatura das cascas nas raízes e na direção em que se situa não pela fala, conhece-se por ser grande Quando solicitado, abre um livro ao acaso diz as frases da página e desenvolve o nada para ser só isso ...


Ouvir Writer agora exige paciência e leitura (só fala quando o vento sopra) pois sabe que se iremos as samambaias não, elas resistirão entre as frestas Por isso só escreve na finalidade de um fóssil (como gratidão, feito pássaro) quer transmitir seu osso entre as samambaias viu a importância de sempre ver e dizer o que veio antes para quem vier depois, em seu último pixo (coisa nova, beiral, passa longe da arte medida) estava inscrito: se é que se trata de reconciliação, é no caos que ela acontece ele é o sujeito da reconciliação.







Face-a-Face 10

A Saga de Writer é trabalhar na manutenção da abertura Ancestral, mesmo na hora assassina em que a voz treme chamando a palavra-comungada na Revelação do lugar, mesmo no risco que todo poeta corre de violentamente tematizar a vida e narrar o acontecimento mais genuíno como um expedicionário que assiste ao Rio Primeiro (de onde jorra) a uma distância oceânica: como Colombo temendo o abraço-flecha do índio. Writer não é o Nome nem o caminho, mas algo parecido com o testemunho presente no gesto comum de respirar, exatamente por isso, o que se abre nesse Livro-Encontro é a opção do Testemunho, um apelo ético pela partilha da pergunta originária: quando cada coisa perde a palavra certa e cada legente é uma pergunta. Writer tem o rigor metafísico de um jardineiro. Testemunho é um corpo e a texturalidade desse Livro-Encontro nasce de corpo duas vezes: Writer vive dois dias simultâneos Eternamente: - 1°dia: Deixar de Muros: de como o raio da Aparição no Espreita-Mundo e a revisão do Risco. Sobre isso: Writer vivia no mundo opaco no qual o risco tinha a exterioridade de um muro, até que encontra Seu Cimo


Luis Felipe Lucena filósofo e não estudante de filosofia

Face-a-Face

e nele a apresentação da missão da Saída, o Rio de Reza na apresentação de si: de casa a palavra Eu se torna uma profissão de fé. - 2° dia: Geografia do aberto Preenchimento da palavra Ghost na habitação positiva Corpo: Missão pai da língua: vestir o Lençol branco com um furo único, não nos olhos, mas no umbigo. Sobre isso: como um agricultor que precisou mudar de casa para descansar a terra: “Porque tenho tudo que guardo / escrevo para perder” sempre trabalhando a semente: sempre chegarão os nascidos. É exatamente diante desse horizonte, ou seja, a verticalidade de um Testemunho, que A Saga de Writer pode nos permitir sair do Destino Histórico da Manutenção do Mesmo (Era dos Muros). Trata-se de um chamado. Todo testemunho tem a imprevisão da fome, carrega o ineditismo de um organismo vivo no trabalho de si, diante disso, mais que um comentário, a impossibilidade de um pré-face, ergo nesse texto a voz do abraço no comprometimento daquilo que o LivroEncontro convoca: jamais antecipar um rosto: não barrar a entrada.

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Quem não guenta joga Mário

Quando idealizei o Sarau do Burro não pensei que fosse ter esse espírito indomado. De povo de rua. Quando comecei a fazer, 2009, não sabia nem no que ia dar. Quando comecei a formatar fazendo, dar cara a prêmio. Não imaginava que, hoje, olhando pra trás, fosse julgar possível essa bagunça organizada. Auto gestão. Hoje sinto que mais que um espaço pra livre experimentação o Sarau se tornou um dos poucos espaços poéticos abertos ao diálogo. O formato sem microfone e sem inscrição, coisa insana em Sampaulo, permite que se dialogue uma poesia com outra. Simples assim. Se um poeta fala alguma coisa que fere firme ou foge, é possível responder na lata. Sem deixar a rima esfriar, sem ter que remeter a uma poesia remota, que faltou há 30 minutos atrás. Não imaginei que iria virar selo e editar livros fuderosos. Este, o segundo. Obra-prima. Sem delongas, apreciem. Burro drummond de assumpção Poeta e doutor em literatura

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Da saga: livro - encontro 4

Contemplada pelo projeto “Alameda Arte de Rua” do Centro Cultural da Juventude, “A saga de Writer” expõe nas paredes do espaço Alameda, no dia 14 de setembro de 2012, até o final de novembro do mesmo ano, as mesmas inscrições contidas neste livro que vos fala. Intervir no espaço com spray e látex não daria conta, por isso e não só por isso, a publicação de um livro pelo selo DoBurro se mostrou essencial. O grafite é pouco e um livro tenta dar conta deste Encontro, pois o mundo nos obriga a esticá-lo (ver poema Mundo Grande de Drummond) e um livro, tenta bancar a parte efêmera que a exposição e o grafite têm de nascença. Mas os dois – livro e grafite – são escrituras, que também de nascença, visam ir de encontro ao Éter e estar no ETER – no. Talvez seja essa a nossa pretensão maior, eternizar ao máximo este encontro. Todos nós temos uma salinha onde guardamos e juntamos todas as pessoas especiais que passaram e acrescentaram algo em nossas vidas. Se numa façanha, por um motivo que sensibilizasse, juntássemos todas essas pessoas num mesmo cômodo, pensando em e na vida, estaríamos


proporcionando algo equivalente a um deslizamento de terra. Imaginar esta catástrofe é ver um grande encontro, algo que romperia o distanciamento que criamos. Seria um acontecimento que dividiria as águas. Mas este livro-encontro poderia ser apenas o encontro de dois guarulhenses na ocupação “In – cômodo” (explosão primeira) realizado pelo coletivo 132 em 2011, onde nós (Pastore e Lobot) nos encontramos pela primeira vez e até hoje guardamos os fragmentos daquela tempestade de ideias que ocupavam aquele lugar e agulhava quem entrava em contato com aquilo. Poderia ser o encontro de escritores chave (explosão essencial)– que além de se inscrever, publicam quem está escrevendo - como Ângela Castelo Branco e Luis Felipe de Lucena Junior com Daniel Minchoni e Sinhá. Poderia ser os encontros transformadores no Ateliê subterrâneo do mestre (bomba por vir) e as poucas vezes que nos encontramos na casa do Enivo. Poderia ser também aquele dia que nos reunimos incrivelmente (pólvora e tinta fresca) no espaço A7MA de arte e cultura em prol deste acontecimento que vos fala. Ou poderia ser somente o encontro de Writer que, ao olhar para a parede, vê-se olhado por ela. Mas não, não é isso ainda. É que quando pensamos

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Da saga: livro - encontro 2

que a tentativa de descrever a intenção implícita neste livro-encontro acabou, vemos que embaixo tem mais. Na verdade, desta sondagem, percebemos que só carregamos a cartucheira, pondo lenha na fogueira de uma hecatombe, tal como um homem que tenta sozinho domar uma manada de búfalos desgovernados, ou um louco que quer reunir toda vanguarda numa única arte sem nenhum ismo. Talvez seja essa a imagem de quem pretende proporcionar o encontro. Pois sabemos que os encontros nunca cessaram e até num desencontro existe o encontro com outra coisa. Pois reunir estas pessoas que trazem dentro de si uma potência que diz da chama desta cidade, é o ato que importa. Um ato como este, nos lembra da desistência dos livros, das pinturas e até da arte, resgatando o que está dentro destas “coisas”, trazendo para os primeiros passos, anteriores, pois comunicação aqui é gesto, olho no olho, palavra trocada e arrepio na nuca, o resto é secundário, superficial, fascismo estético. Mas não desistimos ainda, não abandonamos: publicamos, pintamos e pixamos catalogando nossa existência. Mas Por quê? Nos perguntamos cotidianamente, sem cessar, mais viver supera


o entendimento e agradecer, agradecer sempre vence: agradecemos a nossas famílias por terem proporcionado a nós a oportunidade destes encontros, à Tikka Meszaros, Nick Alive e Walter Nomura, a.k.a Tinho, junto ao Centro Cultural da Juventude por terem acreditado nos descaminhos deste desprojeto. Ao Daniel Minchoni por ter chego de chapa na preparação do terreno, ao Luis pela escavação, ao Jerry Batista e Guilherme Provenzano junto ao espaço A7MA pelos rejuntes da construção e a Ângela e a Sinhá pelas flores plantadas em volta da casa. Agradecemos também ao Sola, ao Marvin Rantex e ao Burro por terem pulado a cerca e terem vindo morar junto aos musgos que se formarão nas paredes do quintal. Agradecemos a casa, por sua incompletude que fez ela ter janelas maiores do que ela e não ter teto, só nuvens, céu e cratera. E por fim, agradecemos ao deus contido em todas as latas de spray que é a mesma força que rege todas essas coisas que estão antes da casa e que deram a nós todos o desejo incontrolável de fazer moradia no porão desta casa que vasa e reverbera. E que esta casa sirva. Luis Bruno Alexandre Pastore Lobot de Past o homem que por força maior se conjuminou

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©2012 BRUNO PASTORE E LOBOT doburro todos os direitos estão liberados para reprodução não comercial. qualquer parte desta obra pode ser utilizada ou reproduzida em qualquer meio ou forma, seja mecânico ou eletrônico, fotocópia, gravação, etc. desde que não tenha objetivo comercial e seja citada a fonte (autor e editora).

concepção: projeto: poesia:

Bruno Pastore concepção: criação: artes:

Lobot capa: direção de arte: edição:

Daniel Minchoni foto capa:

Sinhá revisão:

Ângela Castelo Branco

A saga de Writer foi composto em tipologia Kingthings Trypewriter 2 corpo 12, em papel pólen bold 90g/m2 e impresso na Gráfica Fastprint em abril de 2012 para a editora do burro.


“Viu que o bombardeio tem lugar”. Este verso salta da narração-poema de Writer que, após a viagem, está a contarnos sua própria história. Mas o que Writer tem para nos dizer? O que encontrou? O que viu? A parede? O seu próprio rosto? Um fragmento, no todo? Está seguro do que vive agora? Pode nos ajudar? Voltaremos a este verso repetidas vezes. Não sabemos ao certo do que se trata. Explicar, não se pode. Mas o conhecemos, ou melhor, nos reconhecemos aqui. Por um sangue, pela primeira vez, nos olhos da verdade. De uma força, ainda que um dia sufocada, a nascer. Eis o que acontece com Writer: ao olhar para a parede, vê-se olhado por ela. Ser olhado. Há um lugar onde vale lutar. E, com o texto, dividido em cenas-acontecimentos- admitimos o espaço-tempo onde o que há....... o que há....... não é um espaço de espera, nem de palavras opacas à luz... o que há é a duração de um encontro. A brevidade de um encontro. De uma voz que nos impele a trazer o espiritual de volta e dar conta dos livros da estante. O texto de Bruno Pastore nos diz que a poesia é uma operação possível. Do presente. O esforço de contar o que se vê, depois de ser visto. E não seria este o lugar de bombardeio? Aceitar, mesmo a um custo, que somos olhados? Avizinhar-se. Do Seu Cimo, o mestre ignorante. Pois, as coisas autoritárias dão asco e brutaliza. É preciso tirar a mão em cima da nossa cabeça. É isso o que Elias Canetti nos ensinou um dia: “creio que aquilo que o próprio homem se impõe é tomado mais a sério por todos, do que o que lhe é imposto por constrangimento”. E Writer, se antes tinha a mão apontada para a parede, agora tem a mão de raiz aberta na terra, a abrir o livro ao acaso. Nesta escrita todos se olham: o crivo, o gaiteiro, a samambaia, a caverna, o buraco. Das lições de arquitetura quer-se a casa explosiva. No bombardeio, onde tudo desapareceu, algo aparece. No esforço de encontrarem-se o texto de Bruno Pastore e o desenho de Luis Alexandre Lobot abandonam-se em aberto. Escombro, porta destravada. É imensa a generosidade dos poetas, nos disse Maria Gabriela LLansol. Por isso, só escreve na finalidade de um fóssil, diz Bruno. Ouvir Writer agora exige paciência e leitura. Que só fala quando o vento sopra. Como gratidão, feito pássaro. E não seria esta intimidade a experiência a nos olhar? Ângela Castelo Branco Escritora e educadora


nada ainda foi escrito. só sonhos preto e branco, abrigo das palavras. no trânsito dos céus, vagalumes apagam vazios vivos de lobos e pastores. jogue a cabeça nesse buraco alvo e negro sem descompassos porque entender, só com manual de desinstrução. imagine. sinhá

fuderosamente FUDEROSO sola


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