ex-porro, poema sugo de daniel minchoni

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aos espermatozĂłides arredios que me meteram nessa tremenda confusĂŁo

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“Se eu soubesse que teria de acordar cedo, estudar, trabalhar e aguentar gente chata, eu teria dado meu lugar a outro espermatozóide.” cristiano rufino

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fluxo contínuo. poema sujo. jorro. dentro da noite veloz. jacto. na cara. seiva. calda. caudalosa, sulfurosa cauda. caudilho. caia de cabeça. sem limpezas nem que tais. como veio ao mundo. 5 horas sem tirar de dentro. sem tirar nem pôr. Ou tirando e pondo. Foi indo indo indo, assim assado, e terminou fondo. findo num espasmo: o ex-porro. Tal qual gozo. eis me aqui, bicho de 500 milhões de cabeças.

daniel minchoni, ex-citação

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.Aleito lento leite leite leite
 lácteo
 latente quente quente quente
 ferve tal veia
 qual pelos
 sobre peles
 entre pernas
 esperneia geme explode
 como átomo atrito
 num átimo

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um grito 
 da gônada
 como um canto nonada
 um uivo um hino
 quente quente 
 quem te toca
 quem te ama? 
 por quem sua veia pulsa?
 por quem seu corpo cala? 
 ou falo?
 em que cuspe mora seu sentido?
 na flor da planta
 no pé da libido
 pé do bambuzal? corre qual porra que ferve no nervo e jorra corre tal porra
 que escreve o papel e borra todos pelos apelam
 todos poros reparam

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pois desde começo somos porra
 e à porra então eterno retorno desde o ventre anos livres
 do meu pai canal revólver
 dispara essa carta brasa 
 ao ventre livra vertigem
 mas projeta carne
 que agonia implora
 no ventre o ventríloquo:
 minha mãe de máculas
 lágrimas só de gozo regozijo
 agora jorra um veneno
 que te implora
 eterno afeto carinhos constantes
 e o eterno retorno
 do umbigo que ausenta
 e vive fora
 parto parte
 parte parto leite leite leite
 choro ferve em coro

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nem tudo é corte
 nem tudo é choro
 nem tudo ladainha da porra vim pra porra vou quem disse que viver mata é porque nunca se matou ave essa ave que se aninha
 estranha e feia
 quase daninha nasce o menino veia
 herege erógeno erro herói
 um canal de correr histórias espera sempre esperança
 vir à tona sinas e sinais
 glosas e glórias
 sonos e esparros diria o poeta, profestas, por curiosidade:

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somos e expomos espermas

 toneladas e tonéis 
 de libido e barbárie
 cevadas servidas
 de porras homéricas RAsa e mais nada,
 a vida se faz
 inacabada
 inadequada
 vem da artéria 
 a primeira bombada
 os olhos são primeiro pinto
 o pinto é primeiro mijo
 dos prazeres o orgânico
 vídeo e game 
 não supre essa febre voraz
 essa tortuosidade
 de carácter
 de mão cheia o jacto
 o primeiro chuto

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e o mundo se torna mais que louça
 o mundo agora é prato e pranto producto
 e palito os dentes na xota da xuxa 
 na bunda da vovó mafalda
 na xereca ou nas paquitas da she-ra
 revistinhas da avon também são bem vidas playboy é ouro ferve a veia verve 
 torra o que for viço
 espinha meu peito
 meu pinto 
 ou pau que não é mais que isso um jogo da viga
 o jogo da verga

 e se joga na vida arde ainda ingênuo
 shampoo o leite 
 o quase gozo mijo
 o projecto de jacto que porra de pica é essa?

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que só vive em minha mão tanto bato furto peito do furaco da imaginação e cuspo tudo que é jardim um sorriso que me dose essa ejaculação precoce eu punheteiro entre estrelas
 gozo de professoras alunas 
 vistas e vizinhas 
 nada além 
 que porra e sangue, 
 espasmos e cuspe
 e o desenho de tragar o mundo mas ainda é cedo 
 cego o desejo
 água de coco gala rala o mijo é da pica fala
 o mais diário regalo
 maculado pela rotina essa rota cega

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tevê escola e punheta
 punheta escola e punheta
 te vê punheta punheta
 punheta punheta punheta
 e mais uma [punhetinha antes de dormir]
 e mais outra ao acordar e tudo é veia e mijo e nada do caldo grosso espesso da macheza a verga
 da vereda a cega do gosto gostoso de saber espesso grosso caldo vivo de deleite e gozo de leite e leite e leite
 lácteo e latente
 das descobertas dos tragos das pernas
 os rasgos das portas vias veias
 brechas 
 e sobras da noite
 mostras 
 da porra firme

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que faz estrago e a porra toda
 do gosto do trago do rasgo
 e a cabeça esse coração pulso
 ou antes, esta ponta de pica
 batendo mais e mais e sempre
 mais e mais punheta 
 sujando o mundo de homenagens
 e sem saber da pele 
 mais que o frigir e vibrar
 e todas veias que disso saltam
 e ainda é só o começo
 de uma espoleta que estrala
 vida porra
 vida porreta
 mas antes de tudo 
 vide a punheta
 que me faz hitler, bucho
 mussolina cicciolina
 ou coisa que os valha
 mandando pro ralo milhões e milhares de raros
 vidas e vidas
 que não pelo
 canal ovário,
 esse arremedo essa água de coco

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xixi de anjo
 quiçá essa gala rala
 vira pasta de carne
 endosso de uma vida ereta
 fonte de dolo e dolor 
 pelos córregos e canais da cidade
 por tudo que escorre e exala e invade 
 e é quase impossível frear
 mas que é quase inabalável
 leite de uma juventudo 
 perfeitamente louca e violenta
 e mais por isso, igual
 como o último cavalo selvagem
 correndo sem cela
 livro
 em sua direção
 e o coração este perdiz assustado
 caça frente ao afronte
 espelha no pinto seu cuspe
 essa fera convicção
 para enfrentar sem corridas
 tudo que ainda vai explodir no peito
 fora os pelos ouriçados

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fora os poros ululantes
 fora o jorro lactante
 essa ferida de fábrica
 uma luz de fabricação
 essa flauta doce
 essa canção não há ninguém
 não há ninar
 só
 o berro
 e 
o 
leito
 leito
 leito
 lento lento lento
 lente de invadir
 e roubar 
 escoltado
 de amar escondido 
 como se aprende
 nas igrejas
 escolas
 e nas guerras 
 que passeiam livres
 por cada encosto 
 desse mundo

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desse esporrão
 desse cavalo
 esporas nas ancas
 cravos nas crinas
 e essa voz teimando
 em dizer mais por onde
 queima 
 que por onde
 falho
 falo e sujo
 onde falto respeito
 fato
 falta de tato
 sobram suspeitas
 e crimes morais
 amor é mal
 amor é morte
 falo de falhas
 falo de cortes
 invasões inacabadas
 mas gozo o maldito gozo
 de quem não culpa
 que come carne,
 a fruta
 a polpa

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os olhos ainda me tangem a pele ainda me tinge
 mancha branca
 leite lácteo
 ódio latente
 que se renova
 a cada espasmo ainda a nascer nos poros
 pus
 e nos vírus viris
 e o mundo te cobra vilania
 e o mundo te cobra
 massar a cobra e mostrar o pau
 e o mundo te cobra
 a cobra te imunda
 inunda os ralos
 e essa violência juventina
 esse sopro vão vadeia
 vade mecum em vá de retrum imacula 
 e essa idade da gula
 da febre do olho

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da verve
 onde o órgão castiga e vibra
 mas não expele
 onde tudo quer explodir tudo quer explorar
 e mostrar sangue
 e leite leite leite
 e luta luta luta
 mesmo que vil
 tudo é pelos quadris
 pouco pela cabeça
 pela que pensa
 não a que manda mancha e borrão
 vamos conduzidos
 numa dança de desejos
 e éteres e é pela tensão
 que a pele é tesão
 e vestibulam 
 a pensão
 prostibulam 
 as teses
 e vem a fase dos louros

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das baladas homéricas
 as farras intermináveis
 pensamos ter deixado 
 o aprendiz nas espinhas
 e a espinha dorsal é uma seta só
 pronta pra flechar
 pronta pra caça
 e tudo que se estuda
 é que tudo que se faz tese
 faz tesão
 e socorre
 só corre em contramão
 mas deleite deleite deleite
 gozo latente
 joRRAm deslizes
 jorram demandas
 jorram
 e é tudo juventude e virtude
 e os carros esporram em cada esquina
 litros e litros de cana e óleo
 e as lanças
 lavam os corpos
 e a beleza dos belos
 da fase que mais parece
 nervo
 mas que é beco

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névoa
 que ainda é cedo
 pra neblina
 mas a visão
 ofuscada
 forja
 revoltas e revoadas
 e graças a asa
 tudo é porra e saliva
 e um pouco de sangue
 cinematográfico
 contra regra
 só pra parecer verdade
 divaga
 aquilo que ainda vai tombar
 a terra não bebe porra
 nem tinta
 porque pintores usam broxas
 de tamanho e forças viris
 mas broxas
 e se não for sobre guitarras
 e canções
 é porque o sonho ainda é criança e o som é motor

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e ficam os sonhos
 etiópias e utopias de artérias entupidas
 que não progridem 
 que não gangrenam
 que não rompem
 silícios nem silêncios
 quiçá siliconas
 ceiam e ciam 
 como se de branca pasta
 fosse feito tudo
 de pORRA e de sol
 sincopadas
as relíquias dos campis
 as delícias dos campus
 as descomposturas
 e os descompassos tempos de áureo resplendor
 e não é carnaval
 mas a carna farta 
 a carne infarta e ainda é cedo
 e lava de cândida o alvo
 tudo que seria flor 
 copo de leite
 e que branco branco branco
 se aspira
 malagouro que entorna o caldo

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e tudo vem no jacto 
 e tudo vem no gozo
 e de novo
 e de novo
 e de novo
 e de peito firme e fechado
 começam os primeiros assédios 
 as primeiras cantadas
 as pinças
 e achamos
 gozar o mercado
 mas ele nos goza 
 o safado 
 e todo riste
 triste fardo
 se torna ouro
 tanta força para o susexo
 e cama e cama e coma
 e calma pra quê?
 é karma 
 tanto tantra pra tanta tara
 e o que pesa na balança
 segue seca a seca dança
 das picas

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das pencas
 de cabaças 
 e cabeças
 e o mundo é troca
 troca
 mas sabe fugir na hora exacta
 e o contrato em pelos desacata não adianta pedir penico
 pedir pra peidar
 e sair
 porque ele goza 
 na cara
 e ri
 de tantas convicções conjecturas
 com vetos 
 e viços
 seduz
 serviços
 invade você
 que pensa sempre foder mais
 que goza poderes

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também despudores
 e despe sonhos 
 segue rio de sangue
 e leite
 lácteo lá inda
 agora já mais deslavado
 desvia o rumo de suas virtudes
 tudo é rumor
 tudo é rumar
 e
 já aos trinta 
 do segundo
 é um mar tempo
 de gala
 e tudo 
 farta
 tudo favorece
 tudo falta
 esse mar de leite intenso
 essa tensão de ser
 esse aumentar 
 de couro e pulmões
 faz eco
 e já não mais

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de razões que falamos
 mas de números
 e tudo germina 
 tudo aflora como a PORRA orgia em dia o sonho é real
 cuspir galáxias foguetear céus da boca
 com cabeça no meu carnaval chuva desse caroço torto mama no seu suco turvo que a vida é pastiche e fé
 mais nada cada um
 com seu cada qual e se colhe mais que planta
 e se goza menos que devia
 mas não há tempo para sinais fechados
 nem tensão

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tudo são nervos 
 às flores da pélvis
 & gozamos juntos
 todos que passaram

 passareiam 
 mas o que fibra em seu peito 
 é só carbono
 só petróleo
 esse motor
 essa arquibancada
 urro de ruídos
 bORRAs que te rumam
 ao desperdício
 e não se fala em desprezo
 mas despreparo
 e você goza de que lado?
 quais são suas vias?
 láctea láctea láctea?
 lodo lodo lodo?
 ladainha que se repete
 e a vida se faz de loica
 e quando menos se esperma
 goza na cara

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engole, porra
 mas não há razão para prantos
 pintos pontos
 temos tantas regras
 e poucos demais pra contar a história
 são tantos santos poucos
 e são tantos sento muito 
 e são santos
 e são
 e sinto muito pois ia e não há tempo
 há tempos te procuro torto
 tonto e atento te procuro tanto
 tento
 que não há mais porquê
 nem onde
 e todo sangue que jorra
 já não esporra
 começa pois 
 coalhar os louros ávida a vida, 
 cospe em teus lábios
 obstáculos intermináveis
 engole, poRRA

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e nessa fase
 de coito arrependido
 eu e fulana que mais quereremos?
 não és mais só gozo
 és semen semente
 hímen luzente
 mais que luxúria
 é planta 
 e seiva
 seiva 
 seiva
 e de pau a pai
 pau pra toda obra
 a vida cobra viço
 e o viço toma
 o tempo o templo o toba
 passam anos a fio
 e os fios recobram
 somem na pele
 perdem a verve
 esbranquiçam tudo que era conquista
 vigor dinheiro luxúria e preguiça
 desanca desencanta enfeitiça

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a serviço do tempo
 que tudo toma atoiça desata atiça desacata
 e corpo já não sacro e não saco mais de nada
 e o saco já não se dá mais coita de que o tempo passou e sobrou um n
 uma cifra de foda-se automático
 n coisas por fazer n coisas por dizer e n formas de calar e tão pouca foda por estar tão fudido
 já não era em tempo de acordar
 mas agora o leite leite leite
 tem outro hálito outro cheiro
 mesmo assim supre
 o alento de um ente querido seu filho entretudo entretantos 
 todo gozo que se possa vir do choro
 viril já não é mais seu torso

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é terno o enigma da serpente
 e não faltam noites inclaras
 de outros leites
 e amores secretos
 que não ciam
 mais que o cio do nada fazer, ócio
 sacraliza a beleza do momento
 que é vida e não cabe nesse coro
 nessa vil cantilena de los toros
 nessa farsa de néctar da virilha
 não torna perder a música da noite
 que o que se fala nessas notas é vilania
 e um brinde à cafajestada 
 - deusa salve a cana de açúcar
 mas o líquido desse canto estancado
 esse liquor de venérea e desenfreio
 cai no triste rumor do fim da vida
 sofre dorme e geme reumatismos
 sabe a dor é líquida e nos percorre
 não mais que o que nos corre é a cor-reria
 outro passo outro ritmo outro tempo
 quem dirá histórias que a peia contaria? ritos de guerra histórias de cavalarias
 não há muito couro para dar

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não há mais que ficção que rareia de fato a fricção de tudo que rolou
 de tudo que passou
 peito só posso encher o pinto e gozar do que restou mas onde não gozar desses momentos? 
 onde RAro é a delícia e a dor dos dias
 falta proveito e privo
 sobra saudade e dolo
 tantas dores me adornam
 tantas histórias diluídas
 perde se a glória perde se a fibra
 broxa tudo e resta a vida:
 fina fina quase insossa
 de memórias
 vagas e que tais

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vinga a viga
 ou prezo o couro
 mas não nego o fim
 nego não pra que serve essa reuma que carrego aqui comigo? artrites, mialgias, neurites
 gota que cuspo mas não castigo não há mais nada nada mais não porrA, que porra é essa? que não alimenta mais tensão se afrouxam líbido e ímpeto a culpa é da corda do cunhão prosta-te ante a porra que te espera tocar lua com dedo sempre foi meta A meticulosa hoje, melancolia te aponta seta nada que não seque
 sequioso e sonolento

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a r r a s t a d o pela cólera
 pelas chagas ou memória
 ou mesmo solidão 
 dessas ausências
 sigo direto ao leito
 lento lento lento
 letal
 essa seiva não me cegue
 que a pele branca
 amarele
 que tudo em meu corpo inche
 soprem as lápides
 vertam as cúspides
 que minha carne dê comer a muitos vermes
 que a saliva da seiva desses vis
 me plante outro útero mesmo que morto
 a porra da minha vida
 floresça de novo
 copo de leite
 leite e leito.

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finda vida a morte revisa trรกs pra diante tudo que foi viรงo. sugiro fazer frase a frase com esse poema-meta o mesmo serviรงo.

sugo poema, porro-ex

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não entendeu? leia este livro ao contrário que ele toca uma linda canção do grupo é o tchan na voz do coisa ruim, ou seja, ao vivo. sabe nada, inocente.

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ÍNDICE fetiche remissivo, indício possível ou execução sumária.

A.......................(0 a 10 anos) da porra ao porrinha RA.............................(10 a 20 anos) aporrinhação RRA....................(20 a 30 anos) eu quero é gozar ORRA............(30 a 40 anos) a vida não é só gozo PORRA............(40 a 45 anos) o jorro dura pouco ORRA....................... (45 a 55 anos) tesão e tédio RRA........................... (55 a 65 anos) é melhor rir RA............................... (65 a 75 anos) é melhor ir A....(75 a NIEMEYER) geme e goza reumatismos

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Daniel Minchoni é um porra. Kiko Dinucci é arteiro. É atentado ao pudor.

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EX-PORRO poema sugo Carniceria Livros A Oficina do Santo texto: Daniel Minchoni desenhos: Kiko Dinucci edição: Luis Rafael Montero projeto gráfico: Carniceria Livros João Gabriel Monteiro revisão: Carniceria Livros

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BOCA SANTA idealização: Luis Rafael Montero realização: Carniceria Livros A Oficina do Santo design: Juneco Martineli João Gabriel Monteiro fotos e vídeos: João Gabriel Monteiro Felipe Schürmann Vinicius de Oliveira Fernanda Felix A Oficina do Santo programação do site: Guilherme "Nabo" artistas: Juliana Amato, Patricia Chmielewski, Mariana Coan, Kiko Dinucci, Raphael Gancz, Fernanda Grigolin, Isadora Krieger, Bruno Maron, Pedro Mattos, Daniel Minchoni, João Gabriel Monteiro, Luis Rafael Montero, Mario Neto, Nelson Provazi, Maria Ribeiro, Haydee Uekubo, Felipe Valério e Soldado Marimbondo (Éder Chapolla, Thiago Juliani, Rafael Piazzi)

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BOCA SANTA PÁGINA XX

LIVROS E PALAVRÕES

idealização: Luis Rafael Montero realização: Carniceria Livros A Oficina do Santo

design: Juneco Martineli João Gabriel Monteiro fotos e vídeos: João Gabriel Monteiro Felipe Schürmann Vinicius de Oliveira Fernanda Felix A Oficina do Santo programação do site: Guilherme "Nabo" artistas: Juliana Amato, Patricia Chmielewski, Mariana Coan, Kiko Dinucci, Raphael Gancz, Fernanda Grigolin, Isadora Krieger, Bruno Maron, Pedro Mattos, Daniel Minchoni, João Gabriel Monteiro, Luis Rafael Montero, Mario Neto, Nelson Provazi, Maria Ribeiro, Haydee Uekubo, Felipe Valério e Soldado Marimbondo (Éder Chapolla, Thiago Juliani, Rafael Piazzi)

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