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3. ÊNFASES DOS AUTORES

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ÊNFASES DOS AUTORES

Não é nosso propósito fazer uma exposição bíblica completa da teologia de cada um desses autores ou grupos encontrados nas Escrituras. Todavia, é importante termos ao menos uma visão panorâmica sintética de cada um deles. Isso é importante porque muitos teólogos liberais gostam de lançar autor contra autor, destacando minúcias, e confundindo ênfases com discordâncias. Cada autor sagrado apresenta pontos diferentes da ampla teologia do Novo Testamento. Paulo, João e Pedro tinham formações distintas, experiências distintas e trabalharam dentro de suas capacidades como instrumentos da revelação. Nenhum autor sozinho expôs toda teologia neotestamentária, nem mesmo o apóstolo Paulo, apesar de todo o seu destaque.

Por esse motivo, uma pequena olhada no foco teológico desses autores nos permitirá compreender a contribuição de cada um dentro do mosaico da revelação e da teologia cristã. Essa diversidade de modo algum atingiu a unidade do pensamento teológico. Alguns autores podem ser mais ou menos amplos em sua abordagem. Ainda assim é possível observar um entrelaçamento dos discursos que permitem a construção de uma teologia unificada.

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1. SINÓTICOS

Sinóticos é o nome que damos aos três primeiros livros do Novo Testamento: Mateus, Marcos e Lucas. Eles apresentam narrativas muito semelhantes sobre a vida e a obra de Jesus. Embora o que temos aqui seja a simples narrativa, isso não significa que essa narrativa não esteja carregada de pressupostos teológicos. Mesmo escrevendo história, essa história se desenvolveu dentro de uma perspectiva judaica, logo, a cosmovisão e a teologia judaica estavam presentes. E essas eram fruto da revelação concedida no Antigo Testamento. Igualmente, eles estavam narrando a vida do Messias, que não era mais uma teologia criada a partir dos profetas, mas ele mesmo ali estava para ser entendida.

Podemos dizer que dos temas teológicos centrais dos sinóticos está o Cristo, Filho do Homem e o Reino de Deus revelado Nele. A pessoa de Jesus, sua autoridade, sua ética, sua missão, estão ali expostas ao longo dos acontecimentos. Também o cumprimento das promessas messiânicas em muitos dos seus aspectos estão sendo apresentadas na narrativa dos sinóticos. Não apenas Mateus escrevendo para os judeus faz contínua referência aos profetas. Todos os autores o fazem. As inúmeras referências às Escrituras Hebraicas fazem a conexão. Mesmo a ideia do Reino de Deus não era algo novo. A Era Messiânica havia sido retratada com abundantes imagens pelos profetas. A pessoa do Messias seria acompanhada pela ordem messiânica. Rei e Reino caminhariam juntos. Por isso a dupla referência nos sinóticos.

Claro que boa parte dessa revelação do Messias e do Reino, ao mesmo tempo em que confirmava o que fora dito, também o interpretava de modo novo. Não contrariava a revelação bíblica como um todo, mas contrariava a seletividade feita pelos teólogos judeus com respeito ao Messias e seu Reino. A opressão política sob a qual vivia os fez destacar principalmente os aspectos políticos do Messias. Um Messias que veio “não para ser servido, mas para servir” (Mateus 20.28) lhes soava bastante estranho. Não porque ele não podia ser identifica com o “Servo de Yahweh” revelado por Isaías, mas porque não se ajustava aos seus anseios de libertação política e social.

De qualquer forma, a narrativa da prisão, morte e ressurreição feita pelos sinóticos está repleta não só da teologia do Antigo Testamento, quanto do Novo tam-

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bém. Após a ressurreição Jesus os repreende por não compreenderem plenamente o que estava escrito. Essas palavras foram a chave para uma revisão teológica que estaria olhando para o que fora dito na Antiga Aliança de um modo completamente novo.

Mas os seus sentidos foram endurecidos; porque até hoje o mesmo véu está por levantar na lição do Velho Testamento, o qual foi por Cristo abolido. E até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. Mas, quando se converterem ao Senhor, então, o véu se tirará. (1 Co 3.14, 15)

2. TEOLOGIA LUCANA

Temos que fazer um comentário específico sobre a teologia exposta nas obras de Lucas porque ainda que possua diversos pontos em harmonia com os sinóticos, é fato que também possui alguns pontos que tornam seu caráter distinto. Lucas foi o autor do Evangelho que leva seu nome e também do livro de Atos dos Apóstolos. De certo modo, trata-se de uma mesma obra em duas partes como vemos demonstrado no prefácio de Atos. O segundo ponto a ser levado em conta é que talvez Lucas seja o único autor gentio de toda a Bíblia. Logo, sua visão refletindo a teologia judaica mostra o quanto sua cosmovisão dependia da cosmovisão contida nos livros do Antigo Testamento. Ele representa de modo muito destacado a continuidade e a ruptura. Um gentio, escrevendo pela inspiração do Espírito Santo, sobre temas teológicos da Nova Aliança, se utilizando de toda bagagem do Antigo para se fazer compreender. Isso é muito importante. Em terceiro lugar, e não menos importante, Lucas foi companheiro do apóstolo Paulo e com certeza recebeu forte influencia dele. Suas ênfases vão surgir dessa amizade. Não há como não levar isso em consideração. E em último lugar, por ter escrito livros extensos, a verdade é que ele foi autor de quase um terço do Novo Testamento. Logo, não podemos ignorá-los.

Em meio a tudo isso, queremos destacar pelo menos dois pontos nos quais a teologia de Lucas se destaca. A primeira delas diz respeito ao tema salvação, tão presente em seus escritos. Basta ver as parábolas da dracma perdida, do filho pródigo, da ovelha perdida para perceber essa ênfase. Em Atos, a ideia de salvação se apresenta continuamente. Jesus veio para buscar e salvar o perdido e tal ponto é forte nos Escritos de Lucas.

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O segundo ponto é a questão dos gentios. Os outros dois sinóticos não registraram a visita de Jesus à sinagoga em Nazaré. Lucas não só registrou a visita, como também o sermão, onde Jesus dá destaque ao agir de Deus na vida de dois gentios: a viúva de Serepta de Sidon e Naamã. E vera que nessa mensagem Jesus faz questão de destacar a escolha de Deus a dois indivíduos gentios em detrimento dos próprios judeus. A teologia do apóstolo dos gentios com certeza exerceu aqui sua influência. E não precisamos se quer nos estender ao livro de Atos, sendo ele um testemunho do Evangelho de Cristo quebrando as barreiras geográficas e étnicas para chegar aos gentios. Esse fato é expresso já no início do livro (At 1.8)

3. TEOLOGIA JOANINA

João, o discípulo a quem Jesus amava é o autor do quarto Evangelho que leva seu nome, bem como de três epístolas e do Apocalipse. É fácil ver o quanto um pensamento único permeia essas obras, ainda que o Apocalipse possa variar um pouco em sua abordagem devido a natureza do próprio livro.

Mas João contrasta com os sinóticos em sua narrativa porque além de narrar, seu Evangelho é carregado de comentários pessoais que refletem seu caráter de teólogo. Enquanto os sinóticos não fazem uma interpretação direta da vida e obra do Cristo, João, escrevendo ao final do primeiro século, já inclui diversos comentários resultantes de sua reflexão teológica. Não mais o simples fato, mas o fato compreendido à luz da revelação trazida pelo Paracleto. João e Paulo foram teólogos, mas as ênfases de João diferiram em vários pontos daquelas do apóstolo e mesmo de outros autores do Novo Testamento.

É fácil perceber a grande ênfase que ele dá para a encarnação, mais do que para a morte expiatória de Cristo, como vemos na teologia paulina. Não que Paulo negue a encarnação, pelo contrário. E não que João negue a morte expiatória. O que temos apenas são ênfases diferentes, motivadas não só pelo público alvo do escrito, como também das necessidades teológicas circundantes.

Ao apresentar Jesus como o Logos encarnado, João estava respondendo a muitas indagações produzidas pela cultura grega, fazendo plena conexão com toda a cosmovisão referente a criação já revelada nas Escrituras do Antigo Testamento.

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Estava mostrando essa relação do divino com o humano, da qual Cristo era a ponte que tocava ambos os lados.

“A noção do Logos figurou na filosofia gr. a partir de Heráclito (c. de 500 a.C.) que o entendeu como raciocínio universal que permeia e governa o mundo. Foi adotada pelos estóicos neste sentido. O pensador helenístico judeu, Filo (c. de 20 a.C. - c. de 50 d.C.) considerava o Logos como sendo um agente intermediário mais do que um poder imanente. Logos também é a tradução da LXX para o Heb. dàbàr (palavra). No NT o emprego técnico do termo é confinado a Jo 1:1 e segs.; 1 Jo 1:1; Ap 19:13 (cf. Hb 1:2; 4:12). Os apologistas do século II desenvolveram cristologias de Logos que apresentavam a crença em Jesus Cristo em termos de logos divino na criação”2. Esta foi uma excelente ponte entre a mensagem do Novo Testamento e a linguagem filosófica do mundo greco-romano para o qual o Evangelho estava sendo pregado. Possibilitava o uso de uma terminologia e de um conceitual filosófico que era acessível à classe culta do Império Romano.

No estilo joanino temos aquilo que chamamos de dualismo. João trabalha muito com contrastes em seus escritos. Luz e trevas, verdade e mentira, amor e ódio, vida e morte. Sua abordagem é simples e direta, sem ser simplista. Sua ética é incisiva, seu apelo à que se creia no Cristo é bastante enfático. Ele também e muito prático em seu conteúdo: perdão, vida eterna, relacionamento com Deus e com os irmãos, o Espírito Santo e sua obra – todos esses são assuntos por ele abordado em seus escritos. De fato, quando pensamos em tudo o que ele aborda, vemos muitos paralelos com a teologia paulina, só que com palavras e construções bem distintas.

4. TEOLOGIA PAULINA

Paulo é o teólogo por excelência. Como apóstolo aos gentios, seus escritos se direcionam principalmente a nós, os salvos dentre as nações. O destaque que damos a ele em nossas pregações e debates não é gratuito. É fruto principalmente dessa conexão que ele fez com o pensamento não judaico.

Muitos teólogos admitem que se não fosse pelo apóstolo Paulo o cristianismo teria permanecido até hoje como uma seita judaica. Embora não exclusivamente,

2 COENEN, Lothar e BROWN, Colin. Dicionário Internacional de teologia do Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 2007, verbete Logos.

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foi ele quem fez a ponte entre o mundo judaico e o mundo gentílico. Mas essa ponta não deve ser entendida apenas em seu aspecto mais direto, quando ele faz seu trabalho missionário entre os gentios. Seu trabalho missionário foi de fato muito importante. Enquanto Pedro evangelizou aos gentios com grande relutância, o apóstolo Paulo fez deles seu alvo principal, quase exclusivo.

A grande ponte feita por ele foi de fato a ponte intelectual e teológica. Criado aos pés de Gamaliel e vivendo em uma cidade completamente gentílica como era Tarso, ele foi capaz de carregar em si o melhor dos dois mundo. Ele estava bem tanto na sinagoga quanto no areópago. Ele podia debater com escribas judaicos e professores da filosofia epicureia e estóica. Ele fora criado como um judeu e viveu sua judaidade e seu judaísmo de modo restrito e convicto. Todavia, compreendeu a universalidade da mensagem originada pela encarnação, morte, ressurreição e ascensão do Messias. Embora pouco se saiba de sua vida antes de seu tempo na igreja de Antioquia da Síria, depois de seu chamado em Atos 13 seu ministério entre os gentios está bem documentado. O fato é que esse trabalho entre os gentios não exigiu apenas esforços físicos intensos, mas também exigiu uma resposta quanto à situação dos gentios diante da revelação do Evangelho. Até ali a teologia teve sua origem não apenas entre os judeus, mas exclusivamente para os judeus. O tema Israel está no centro dos Escritos do Antigo Testamento. Essa centralidade teve fim na pessoa do Messias, que embora tenha sido um judeu enviado aos judeus, trouxe consigo a manifestação divina que agora deveria ser pregado a todos os povos. Dessa forma, a revelação paulina irá centralizar-se na salvação dos gentios. Seus escritos refletem uma luta intensa para quebrar os estreitos limites da visão judaica quanto aos planos divinos e estabelecer de forma definitiva e firme a ação de Deus para salvar todos os povos da terra.

Dentro desse escopo, sua teologia irá abordar outros pontos que se tornam vitais. Lei e graça é um deles. A Lei no contexto judaico era uma ideia dominante. A lei era a salvação e os judeus não conseguiam conceber qualquer relacionamento com Deus que não fosse baseada nela. Para muitos judeus a lei não era apenas um conjunto de regras, mas era o fundamento de toda a existência. A torá muitas vezes ganhou exposições filosóficas tão amplas que era possível identifica-la com o Logos

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divino. Eles havia se agarrado tão tenazmente à lei que falar em uma salvação que fosse fruto da simples confiança no Messias e sua obra parecia uma heresia. Cercados por mandamentos e ritos desde sua infância, os judeus tinham dificuldade em aceitar que os não judeus agora poderiam ser salvos apenas pela bondade de Deus à parte das obras da lei. A luta do apóstolo Paulo com os judeus e com os judaizantes refletiu esse conflito de ideias. Mas foi justamente esse conflito que possibilitou a ele desenvolver sua teologia e expor a salvação de Deus em termos universais e abrangentes. Sua salvação estava sendo oferecida a todos sem distinção. Não era facilmente que os judeus aceitariam tais posições, mas foram elas que quebraram o monopólio judaico ao pensamento teológico.

Essas questões dualistas de gentios e judeus também levaram o apóstolo a posicionar-se com respeito aos aspectos práticos. A idolatria devia ser francamente rejeita, sobre isso não havia dúvida. Mas outros pontos como comida, dias santos, hábitos e costumes rituais que tão fortemente caracterizaram o judaísmo precisavam ser abordados. Não bastava trabalhar somente a questão de cosmovisão. Por isso grandes porções das epístolas pretendem responder às indagações e orientar o comportamento dos gentios, que também precisavam aprender a obediência sem contudo tornar-se judeus.

Todavia, a extensa teologia paulina não se limitou à questão da salvação aos gentios e as implicações referentes a lei e graça. Todos os grandes temas teológicos passaram por sua pena. Salvação foi apenas um deles.

Além dos temas cristológicos, escatológicos e éticos que ele abordou como ninguém, a natureza e os propósitos da igreja foram desenvolvidos de forma ampla e abrangente. Não apenas as cartas eclesiais, mas também as pastorais apontam para o papel da Igreja na realização dos desígnios eternos de Deus. Desde a sua origem à partir do rompimento das barreiras judaicas, até sua diversidade e unidade, tudo é abordado em seus escritos. De fato, a paixão pela igreja não o levou apenas a fundá-las, mas também a pastoreá-las, exortá-las de ensiná-las. Como nenhum outro escritor do Novo Testamento ele poderia dizer que em seu Corpo cumpria o restante das aflições de Cristo “pelo seu Corpo que é a Igreja” (Cl 1.24). Isso não tem nada a ver com algum tipo de co-redenção realizada por ele, o que

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seria facilmente refutado por seus escritos. Mas tinha a ver com sua compreensão do plano de Deus para sua igreja e com sua paixão pela missão dela.

Não há como não reconhecer a importância teológica do apóstolo Paulo, igualmente com suas habilidades como missionário e apologista que foi. Ainda que algumas epístolas não passem de bilhetes pessoais como é o caso de Filemon, outros escritos, como a epístola aos Romanos, por exemplo, permanece como um verdadeiro tratado teológico. E o que é mais importante. Um tratado teológico resultante da inspiração divina e, portanto, serve de fundamento para qualquer tratado teológico que for escrito.

5. DEMAIS AUTORES

Talvez com exceção do autor da epístola aos Hebreus que expressa uma teologia bastante vigorosa, os demais autores não revelam maior originalidade que os anteriores. Eles ratificam o que foi exposto e fazem contribuições mais modestas na formação da teologia do Novo Testamento, até porque não é grande a extensão de seus escritos.

Como já dissemos, o autor de Hebreus sim, expõe ampla e profunda teologia. É nítido que esta obra foi escrita em contraste com o pensamento judaico, não tanto nos aspectos morais da lei e sim em seus aspectos rituais e cerimoniais. Seu autor provavelmente não era apenas um judeu, mas um levita, profundo conhecedor das instituições judaicas. A forma como ele lida com personagens, acontecimentos, rituais e porções do Antigo Testamento é realmente impressionante. Mas acima de tudo, assim como fez o apóstolo Paulo, ele consegue usar os escritos da Antiga Aliança para sancionar as proposições da Nova Aliança.

Ele consegue citar passagens messiânicas para apresentar a figura divina do Messias. Ele consegue apresentar as instituições do judaísmo em contraste com o Novo Testamento, de modo que continuidade e ruptura se apresentam em uma formação harmoniosa onde o Antigo serve de base ao mesmo tempo que dá lugar a algo mais pleno e duradouro. Ele aborda assuntos aparentemente inexpressivos como Melquisedeque, para fazer a partir dessa figura uma grande exposição do sacerdote do Messias. Essa epístola não apresenta grandes porções éticas como

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vemos em Paulo e outros autores, mas de tal modo contratas a Antiga e a Nova Aliança que deixa bem claro a superioridade da segunda de modo irrefutável até mesmo para os mais ferrenhos judeus.

Tiago, Pedro e Judas que encerram este brevíssimo panorama sancionam todo o restante no que diz respeito à teologia e a ética. Tiago lida com questões bastante práticas do cristianismo em geral e do cristianismo judaico em particular. Pedro e Judas por sua vez estão lidando com os falsos mestres e com distorções que já começam a despontar em entre os cristãos. Sua Cristologia, escatologia e soteriologia de modo algum conflita com os demais escritos, antes os sanciona ou complementa. Jesus permanece o centro de sua mensagem.

Esse pequeno esboço panorâmico é útil para nos expor a teologia do Novo Testamento. O fato de haver autores diferentes escrevendo em situações diversas e para públicos diversos mostra o quanto à unidade bíblica é sobrenatural. É possível tomar todas as diferentes ênfases e com elas constituir um pensamento teológico único, que em sua diversidade nos faz compreender a mensagem do Evangelho de modo especial.

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