CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC Jessica Alves Miracco
CUIDAR – Centro de Saúde e Amparo Animal
São Paulo 2017
Jessica Alves Miracco
CUIDAR – Centro de Saúde e Amparo Animal
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro Universitário Senac – Campus Santo Amaro, como exigência parcial para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo. Orientador Prof. Ricardo Wagner Alves Martins
São Paulo 2017
Jessica Alves Miracco
CUIDAR – Centro de Saúde e Amparo Animal Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro Universitário Senac – Campus Santo Amaro, como exigência parcial para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo. Orientador Prof. Ricardo Wagner Alves Martins A banca examinadora dos Trabalhos de Conclusão em sessão pública realizada em considerou o(a) candidato(a)
1) Examinador(a): 2) Examinador(a): 3) Presidente:
/
/
,
Agradeço à minha família pelos conselhos e apoio durante a minha faculdade e em minha vida, agradeço ao meu querido companheiro Rodrigo pelo incentivo e palavras que me ajudaram tanto e à sua família.
Ă€ PenĂŠlope e aos meus eternos amigos.
Os animais estão conquistando cada vez mais espaço na sociedade e passaram a ter um valor significativo na vida das pessoas, sendo considerados até membros da família. Contudo em paralelo a essa realidade o número do abandono de animas nas ruas vem aumentando. Para entender essa relação entre o homem e os animais, o presente trabalho irá mostrar desde o início até os dias de hoje, quando o homem passou a domesticar os animais, sobretudo os cães e os gatos, apresentando os benefícios que essa relação traz para ambos e o quanto a arquitetura é importante para ambientes que cuidam de suas vidas.
Resumo
Visto que a busca por lugares que tratam da saúde do animal está aumentando, o objetivo do presente trabalho é realizar um projeto arquitetônico para um hospital veterinário e abrigo animal, que irá dispor de todas as instalações necessárias para o tratamento dos animais, tanto os que possuem lar como os abandonados, e utilizará a humanização dos ambientes para proporcionar a eles conforto e bem estar e uma melhor estrutura aos profissionais da área da saúde.
Palavras-chave: Arquitetura hospitalar. Hospital veterinário. Abrigo Animal. Bem estar animal.
The animals have been more and more accepted in our society and started to have a significant value in people’s life, even being considered family members. Although in parallel with this reality, the number of abandoned animals in the streets are increasing. To understand this relationship between the man and the animals, the current work will show since the beginning until nowadays, when the man started to domesticate the animals, mainly dogs and cats, presenting the benefits that this relationship can bring to both of them and how much architecture is important to environments that take care of their lives. Seeing that the search for places where animal’s health are treated are increasing, the objective of this work is to realize an architectural project to a veterinary hospital and animal shelter, that will dispose of all the needed equipment to these animals treatment, both with or without a home and will use the humanization of the environments to provide them comfort, welfare and a better structure to the health professionals.
Key-words: Hospital architecture. Veterinary Hospital. Animal Shelter. Animal Welfare.
Abstract
Sumรกrio
1. INTRODUÇÃO
12
8. DIAGNÓSTICO DA ÁREA
1.1 Objetivo
14
8.1 Localização e levantamento de dados
68
1.2 Justificativa
15
8.2 Zoneamento
71
1.3 Metodologia
16
8.3 Uso e ocupação do solo
73
8.4 Vias principais e transporte público
74
2. CONVIVÊNCIA HOMEM E ANIMAL
9. O PROJETO
2.1 Primórdios da domesticação
18
2.2 Benefícios da relação homem e animal
20
9.1 Setorização e fluxograma
77
2.3 Legislação
23
9.2 Programa
78
3. CONTEXTO DO ABANDONO
26
9.3 Sistema estrutural e materiais
93
4. SERVIÇOS VOLTADOS PARA OS ANIMAIS
30
9.4 Humanização
106
76
NA CIDADE DE SÃO PAULO
10. CONSIDERAÇÕES FINAIS
108
5. IMPORTÂNCIA DA ARQUITETURA HOSPITALAR
11. BIBLIOGRAFIA
110
ANIMAL
Lista de imagens
113
5.1 Projeto arquitetônico
34
Lista de diagramas
115
5.2 Legislação para estabelecimentos veterinários
36
Lista de tabelas
115
5.3 Humanização
38
Lista de gráficos
115
6. REFERÊNCIAS PROJETUAIS 6.1 Projetos internacionais
42
6.2 Projeto nacional
48
7. ESTUDOS DE CASO
52
1. Introdução
Os animais de estimação estão ganhan-
A pesquisa ainda mostra que existem 52
do muito espaço nas famílias brasileiras nos
milhões de cães contra 45 milhões de crian-
dias de hoje. Em um levantamento realizado
ças até 14 anos. Segundo Ritto e Alvarenga
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Es-
(2015), situação que se assemelha muito à
tatística (IBGE) no ano de 2013, revela que
países como o Japão que possuem 16 mi-
em cada 100 famílias, 44 criam cachorros e
lhões de crianças e 22 milhões de animais,
apenas 22 possuem crianças, como mostra
e aos Estados Unidos, que possuem 38 mi-
o Gráfico 01.
lhões de crianças e 48 milhões de cães.
Proporção de domicílios com cachorro, proporção de domicílios com gato e proporção de domicílios com criança, no total de domicílios particulares - 2013 70
58,6
60 50
49,8
48
44,3
40 30 20
42,4
36,4
17,7
22,3
22,7
28,5
23,6 24,6
20,2 13,5
19 20,1
22,3 14,3
10 0 Gráfico 01 - Proporção de animais e crianças por domicílios. Fonte: IBGE, 2013. Elaboração própria.
12 | Introdução
Brasil
Norte Cachorros
Nordeste Gatos
Sudeste Crianças (0 a 14 anos)
Sul
Centro - Oeste
Do mesmo modo em que ocorre o au-
De acordo com Góes (2010) as clínicas
mento da quantidade de animais nos lares das
veterinárias são estabelecimentos voltados
famílias, aumenta a quantidade de animais
para o atendimento de animais de pequeno
que enfrentam situações como maus tratos e
porte, como cães, gatos e outros.
abandonos, onde no Brasil, segundo a Agên-
Diante do apresentado até aqui, este
cia de Notícias de Direitos Animais (ANDA),
trabalho propõe a criação de um hospital ve-
já são 30 milhões vivendo nas ruas, onde 20
terinário mais um abrigo animal, um local que
milhões são cães e 10 milhões são gatos. E
irá conter todas as instalações necessárias
pensando nesses animais que ONGs e re-
para proporcionar conforto e bem estar ao
presentantes de outras associações, lutam
animal, cuidar dos animais que serão resga-
diariamente para resgatar, tratar e promover
tados nas ruas para depois serem destinados
a sua adoção, criando abrigos que possam
a adoção e além de oferecer também uma
acolhê-los buscando oferecer uma melhor
melhor estrutura para os profissionais que ali
qualidade de vida e conforto a esses animais.
irão trabalhar.
Com esse espaço que os bichos estão ganhando na vida das pessoas, cresce a busca pela necessidade de promover a atenção e a saúde deles e em consequência a existência de clinicas de atendimentos veterinários, assim como hospitais, consultórios médicos e laboratórios. Introdução | 13
1.1 Objetivo O presente trabalho tem como objetivo
Espaços destinados a palestras, aulas
criar um local para o tratamento de pequenos
e cursos estarão inseridos no hospital com a
animais, tanto os que possuem um lar, como
função de gerar fundos para serem investidos
os que estão soltos e abandonados pelas
no abrigo animal. Serviços como pet shop e
ruas.
banho e tosa ajudarão também nessas ações. Através da elaboração do projeto arqui-
O abrigo será um local que irá atuar no
tetônico de um hospital veterinário e um abri-
resgate de animais e terá como propósito re-
go animal, que irão proporcionar e garantir
abilitá-los, esterilizá-los e vaciná-los para de-
uma melhor qualidade de vida aos animais e
pois serem adotados. Após a adoção os seus
oferecer uma melhor estrutura aos profissio-
prorpietários poderão utilizar os serviços do
nais da saúde.
abrigo, como consultas e exames, com um
O hospital possuirá as instalações necessárias para oferecer aos animais todos os
mais a adoção dos animais resgatados.
serviços, a fim de cobrir as suas necessida-
A realização desse projeto ajudará tanto
des médicas ao longo de suas vidas. Desse
os animais, que é o público alvo do trabalho,
modo, a área destinada ao hospital contará
como seus donos e os profissionais que atu-
com espaços adequados que irão disponibi-
arão no local, promovendo um bem estar na
lizar esses tais serviços, que são clínicos, ci-
relação homem e animal.
rúrgicos e de diagnóstico. 14 | Introdução
melhor custo benefício, incentivando ainda
1.2 Justificativa Tendo em vista o aumento do número
E
pensando
também
nesses
ani-
de animais nos lares das famílias brasileiras,
mais se justifica a escolha por criar jun-
e em consequência a crescente demanda por
to ao hospital um abrigo que vai acolhê-
locais que possam acolhê-los melhor, a justifi-
-los e depois disponibilizá-los para adoção.
cativa da escolha deste projeto é resultado de
A importância de se instalar mais hos-
uma busca por maiores conhecimentos a res-
pitais desse segmento não se dá apenas
peito de projetos arquitetônicos de hospitais
para buscar um atendimento quando o ani-
veterinários e de locais que possam ofere-
mal já está doente e, sim, possuir o hábito de
cer todos os serviços e suportes necessários
se ter cuidado e realizar acompanhamentos
para melhorar a vida dos animais.
contínuos para visar o bem estar do animal.
Em paralelo a esses animais que possuem lares se encontram os que estão soltos e largados nas ruas. E do mesmo modo que ocorre o aumento dos animais nas residências, aumenta o número dos que são abandonados. Alguns têm a sorte de serem adotados já outros não possuem o mesmo destino.
Introdução | 15
1.3 Metodologia Para o desenvolvimento do trabalho,
melhor a temática abordada. Nessa etapa
inicialmente, foi realizada uma pesquisa que
foram realizadas consultas bibliográficas,
se concentrou no levantamento de dados que
pesquisas sobre a legislação pertinente, con-
evidenciavam a real necessidade de se im-
sultas em sites e em teses, para um melhor
plantar um equipamento desse segmento na
entendimento do tema.
localidade escolhida. O site do Instituto Bra-
A partir de todas as informações cole-
sileiro de Geografia e Estatística – IBGE, foi
tadas foi definido o local da inserção do tra-
acessado para se obter esses dados, atra-
balho, com isso foram realizadas visitas ao
vés das informações obtidas pela Pesquisa
terreno, pesquisas sobre seu entorno e sua
Nacional por Amostras de Domicílios e pela
legislação. Foram realizados estudos sobre
Pesquisa Nacional de Saúde. Nessa fase
referências projetuais, em projetos existentes
estudou-se a situação dos animais nos la-
internacionais e nacionais, e escolhidos estu-
res brasileiros, em relação a sua quantidade,
dos de caso para ter uma melhor percepção
comparando-os com a quantidade de crian-
do projeto abordado. Para finalizar foi montado um programa
ças.
16 | Introdução
Após os dados obtidos foi escolhido o
de necessidades e a proposição de um dese-
tema referente ao hospital veterinário e abri-
nho arquitetônico do projeto, conforme todos
go animal, onde, a partir disso, referenciais
os dados obtidos, visitas de campo e conver-
teóricos foram definidos para se compreender
sas com profissionais da área.
2. ConvivĂŞncia homem e animal
2.1 Primórdios da domesticação A domesticação dos animais teve início no período onde o homem passou a desen-
No caso dos gatos, se acreditava que
volver relações de grupo. Desde então cães
a origem da sua domesticação tivesse ocor-
e gatos afetaram diretamente o desenvol-
rido no Egito, por volta de 2600 a.C.. Porém,
vimento da espécie humana. (BECK, 1973
segundo Gandra (2016, p.67) estudos mos-
apud CANATTO; SILVA; BERNARDI; MEN-
traram que a origem dos gatos domesticados
DES; PARANHOS; DIAS, 2012)
vem dos gatos selvagens do Oriente Médio,
A aproximação dos animais veio para
cerca de 12000 a.C. e que nessa época o
ajudar o homem em suas necessidades, prin-
ser humano já cultivava terras e produzia seu
cipalmente na sua relação com os cães, onde
próprio alimento. Junto com a produção agrí-
sua domesticação ajudou o ser humano nos
cola veio os ratos e logo o homem passou a
trabalhos pesados, na conquista por alimen-
domesticar os gatos para caçá-los.
tos e na sua proteção e conforto. Segundo Nobis (1979 apud SERPELL, 1995, p. 10) o cão foi o primeiro animal a ser domesticado, cerca de 15000 a.C.. A domesticação dos cães ocorreu também de forma mais natural, sua aproximação se deu pela facilidade de oferta de alimentos 18 | Convivência homem e animal
por parte do homem.
É bem conhecida a reverência e fascínio do povo do antigo Egito pelos gatos. Apesar de não terem sido os primeiros a “domesticar” os gatos como anteriormente se pensava, certamente tiveram um papel histórico fundamental na forma como os apreciamos e nos relacionamos com eles, tendo chegado a considerá-lo um animal divino. (GANDRA, 2016, p. 73)
A utilidade do animal, conforme Pereira (2009, p. 31), se modificou por conta da evolução cultural do homem e os animais passaram a conviver mais com o ser humano. Nossas relações com os animais [...] evoluem de tal maneira que além de “animais de estimação” também auxiliam pessoas em todo o mundo, em diferentes âmbitos, especialmente nas áreas da medicina humana. (LAMPERT, 2014, p.4)
A relação entre seres humanos, cães e gatos se tornou mais próxima e afetuosa. Os animais têm participado cada vez mais da vida das pessoas e passaram a ser considerados como membros da família. Além de fornecerem companhia, carinho e conforto eles influem positivamente na saúde humana.
Convivência homem e animal | 19
2.2 Benefícios da relação homem e animal Os animais desempenham inúmeros papéis na vida do ser humano e a sua convi-
2009, p.2)
vência pode trazer inúmeros benefícios para
A interação com seus animais de esti-
ambos. Segundo Dotti (2005, p.187) os cães
mação podem trazer ao homem efeitos posi-
são os mais utilizados e os seus trabalhos
tivos na sua saúde. De acordo com Alexandre
mais conhecidos são como cães de serviço,
Rossi (2012), especialista em comportamen-
guia, alerta, resgate, para deficientes auditi-
to animal, o contato com cães e pessoas do-
vos, farejadores e de assistência.
entes, em especial crianças e idosos, traz
O contato com os animais traz ao homem tranquilidade, bem estar e conforto
alegria e leveza ao ambiente, proporcionando momentos de descontração.
e pode também ajudá-lo na busca por sua
Tendo em vista a importância dessa re-
própria identidade e seus ideais. Pesquisas
lação, muitos animais estão sendo utilizados
recentes apontaram que essa relação resul-
para fins terapêuticos, visto que seu convívio
tou em uma melhora psicológica e emocional
traz benefícios na saúde humana.
nas pessoas e que após a inserção de animais nos lares melhorou a qualidade de vida de seus donos, diminuindo o estresse diário, melhorando a relação entre os membros da família e seu convívio social. (BARKER, 1998 20 | Convivência homem e animal
apud ALMEIDA M.; ALMEIDA L.; BRAGA,
Terapia Assistida por Animais (TAA) é uma prática inovadora, que vem crescendo com o passar do tempo. [...] a TAA objetiva introduzir o animal juntamente com o indivíduo ou um grupo e torná-lo parte do tratamento, visando sempre pro-
mover a saúde física, social, emocional [...] tem, assim, finalidade terapêutica. (LAMPERT, 2014, p. 9)
ta terapêutico e educacional, onde o animal passa a ajudar a pessoa que se encontra em depressão, estresse e se sentido sozinhas e
A Terapia Assistida por Animais pode
abandonadas.
ser utilizada em diferentes casos, resultando em significativas melhorias para seus pacientes. Segundo Fülber (2011, p.16) a TAA utiliza um animal treinado para interagir e realizar exercícios supervisionados com a pessoa, resultando em uma melhora emocional, social, física e cognitiva. Outro método utilizado envolvendo a participação de animais é a zooterapia, que trata inúmeras doenças, físicas e emocionais. A professora de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, Maria de Fátima Martins (2013), explica que a zooterapia visa estudar a interação do homem com o animal, através do ponto de vis-
Imagem 01 Imagem 01 - Cães de trabalho. Fonte: FLICKR, 2010. Foto: Susan van Gelder.
Convivência homem e animal | 21
Diversos são seus benefícios, desde uma melhora cardíaca, alívio do estresse, combate à depressão, diminuição da ansiedade e melhora da coordenação motora. (BERGAMO, 2005 apud RICCI; TORELLI; MARTINS; ALMEIDA, 2014, p.115) A importância da convivência com os animais torna-se evidente nos mais variados aspectos da vida, por conta da afetividade, companhia, segurança, saúde e bem estar.
22 | Convivência homem e animal
2.3 Legislação O convívio com os animais trouxe benefícios ao homem, mas também trouxe alguns
Outras leis sobre a proteção animal no Brasil ao longo do tempo:
problemas, como relatos de interações inadequadas entre ambos, onde animais foram
1941
A prática de maus tratos aos animais é incluída na Lei de Contravenções Penais.
1981
Lei Federal nº 6.938/1981, estabeleceu a Política Nacional de Meio Ambiente, passando-se a considerar o animal abandonado como recurso ambiental.
1988
A chamada Constituição Cidadão estabeleceu a proteção da fauna reforçando a proibição de crueldade contra os animais.
1998
Lei Federal nº 9.605, denominada Lei dos Crimes Ambientais, onde os maus tratos contra animais de quaisquer espécies passaram a ser crime.
e ainda são maltratados e muitos largados e abandonados nas ruas. (ALMEIDA M.; ALMEIDA L.; BRAGA, 2009, p.2) Para que esses atos de maus tratos aos animais não aconteçam, leis devem existir para os protegerem, mas por muitos anos eles ficaram sujeitos a essas ações. Foi em 1978 que a UNESCO reconheceu os direitos dos animais, através da Declaração Universal
Diagrama 01
dos Direitos dos Animais. (SANTANA; OLIVEIRA, 2006, p. 14)
Conhecer as leis sobre a proteção aos ani-
No Brasil foi Getúlio Vargas, em 1934,
mais conscientiza as pessoas sobre o respei-
que promulgou o Decreto Federal 24.645,
to a que todas as formas de vida têm direito,
constituindo o Direito dos Animais no Brasil.
portanto é certo que devemos tratá-los com
(SANTANA; OLIVEIRA, 2006, p. 18).
o máximo de respeito e de forma mais digna.
Diagrama 01 – Leis de proteção animal. Fonte: SANTANA; OLIVEIRA, 2006. Elaboração própria.
Convivência homem e animal | 23
Na cidade de São Paulo, em 2015, uma lei foi aprovada pelo então prefeito Fernando Haddad, que permite o transporte de animais pequenos dentro dos ônibus da capital paulista. A lei estabelece que o transporte deve ocorrer fora dos horários de pico, os animais não poderão ter mais de 10 quilos e precisam estar dentro de casinhas, como mostra a Imagem 02, e estar com as vacinas em dia. (VALLE, 2015)
Imagem 02 Imagem 02 – Transporte de animais em ônibus. Fonte: Cultura Mix, 2015
24 | Convivência homem e animal
3. Contexto do abandono
O abandono de animais é um proble-
São diversos os motivos alegados para
ma que vem crescendo cada vez mais e as
o abandono de animais, como mostra uma
principais vítimas são os animais domésticos,
pesquisa realizada pela Revista Journal of
como os cachorros e os gatos. Segundo a Or-
Applied Animal Welfare Science nos Estados
ganização Mundial da Saúde (OMS), há cer-
Unidos. (NETO, 2007, p. 22)
ca de 30 milhões de animais abandonados no Brasil, onde 20 milhões são cachorros e 10
18,5%
Suja a casa
De acordo com a Agência de Notícias
12,6%
Destrutivo fora de casa
de Direitos Animais (ANDA, 2013) em gran-
12,1%
Agressivo com pessoas
des cidades para cada cinco habitantes há
11,6%
Fujão
um cachorro, destes, 10% estão abandona-
11,4%
Ativo demais
dos. No estado de São Paulo, ao todo são 2
10,9%
Requer muita atenção
10,7%
Late ou uiva muito
milhões são gatos.
milhões de animais abandonados. A situação dos animais nas ruas é preocupante, além de passarem por várias necessidades estão submetidos a abusos, maus Diagrama 02 – Motivos dos cães serem abandonados em abrigos. Fonte: NETO, 2007. Elaboração própria.
26 | Contexto do abandono
Cachorros
tratos e muitos também são vítimas de atropelamento e crueldade.
9,7%
Destrutivo dentro de casa
9,7%
Morde
9,0%
Desobediente
Diagrama 02
Gatos
nas ruas, entre outros. (SOUZA; PIGNATA,
37,7%
Suja a casa
11,4%
Destrutivo fora de casa
Com a intenção de resolver esses pro-
10,9%
Agressivo com pessoas
blemas relacionados ao abandono, a Prefei-
8,0%
Não se adapta com outros pets
tura de São Paulo criou o Programa Saúde
8,0%
Morde
do Animal (PSA) que tem como objetivo dimi-
6,9%
Requer muita atenção
nuir o número de cães e gatos abandonados
6,9%
Não amistoso
5,1%
Destrutivo dentro de casa
4,6%
Eutanásia por motivos de comportamento
4,6%
Por ser ativo demais
Diagrama 03
2014, p. 2)
e eutanasiados na cidade, além de buscar a diminuição da ocorrência de agravos e do risco de transmissão de zoonoses por essas espécies. Também na luta contra os maus tratos e abandonos tem a ação da Sociedade Proteto-
Animais abandonados levam a uma sé-
ra dos Animais que contam com vários outros
rie de problemas de segurança e de saúde
representantes como associações, ONGs e
pública como, por exemplo, transmissões de
até pessoas que lutam pelos direitos dos ani-
doenças para humanos como raiva e leishma-
mais. (TUBALDINI, 2014)
niose visceral, agressividade que geram ataques de mordidas, acúmulos de fezes e urina
Diagrama 03 – Motivos dos gatos serem abandonados em abrigos. Fonte: NETO, 2007. Elaboração própria.
Contexto do abandono | 27
4. Serviços voltados para os animais na cidade de São Paulo
O presente capítulo busca mostrar a quantidade de serviços oferecidos aos animais na cidade de São Paulo, local de estudo onde o projeto do hospital veterinário e o abrigo animal serão inseridos. Após um melhor entendimento da relação homem e animal e vista a importância que eles representam cada vez mais para as pessoas, foi visto o quanto é necessário a busca por lugares que possam cuidar e tratar de suas vidas. Principalmente a existência de lugares que resgatam e acolhem animais que foram abandonados e que os tratam para serem doados, que é caso das ONGs. O critério para a escolha dos serviços é a similaridade com o tema desenvolvido, com isso foram escolhidos: hospitais veterinários Imagem 03 – Mapa de serviços e estabelecimentos voltados para os animais. Fonte: Google Maps, 2017. Elaboração própria.
30 | Serviços voltados para os animais na cidade de São Paulo
24 horas particulares, hospitais veterinários de faculdades, hospitais veterinários públicos, ONGs e a Zoonoses.
Imagem 03
Analisando a Imagem 03, mapa dos ser-
controle de doenças que podem ser trans-
viços destinados aos animais em São Pau-
mitidas de animais para pessoas. (TOYOTA,
lo, percebe-se que a quantidade de hospitais
2013) Na zoonoses de São Paulo há cerca de
veterinários particulares é bem maior que os
400 animais, cães e gatos, para serem ado-
hospitais veterinários públicos e que estão
tados, todos tratados, vacinados e castrados.
inseridos em todas as zonas de São Paulo. Os hospitais de faculdades também estão em quantidade menor, comparados aos particulares 24 horas, mas os custos de consultas e tratamentos são mais em conta. Na imagem não constam todas as ONGs de São Paulo, pelo fato da maioria não disponibilizar seus endereços por conta da quantidade de animais que eles recebem de pessoas e pela lotação de animais em seus
Imagem 04
abrigos. O papel das ONGs é muito importan-
Também é possível observar na Ima-
te para os animais abandonados, mas todos
gem 03 que a região onde se localiza o terre-
dependem muito de doações para se susten-
no escolhido para a intervenção do trabalho é
tarem. O Centro de Zoonoses é uma opção
mais carente desses serviços, por conta dis-
adotada pelo governo para garantir o bem
so se justifica a sua escolha para a inserção
estar dos animais e da população, agindo no
do hospital veterinário e o abrigo animal.
Imagem 04 – Cachorros à espera de adoção no canil do Centro de Controle de Zoonoses. Fonte: Veja, 2017. Foto: Epitacio Pessoa.
Serviços voltados para os animais na cidade de São Paulo | 31
5. Importância da arquitetura hospitalar animal
5.1 Projeto arquitetônico Para que o ambiente hospitalar consi-
competitividade, sendo o projeto arquitetôni-
ga alcançar seus objetivos é necessário que
co um diferencial na organização do ambien-
ocorra um planejamento adequado, mas que
te hospitalar. (GUERREIRO, 2012, p. 15) Para se desenvolver um projeto arquite-
possua também um eficiente projeto arquitetônico. Entende-se por um projeto arquitetônico
(2009) deve-se pensar em fatores como o flu-
hospitalar, uma alternativa que possa atender
xo, a setorização, a circulação e a flexibilida-
às funções determinadas pelo setor, trazendo
de.
algumas contribuições para o desempenho
É necessário realizar um estudo nas
terapêutico, de maneira a não causar nenhum
distribuições espaciais do edifício para que
dano à saúde do paciente que ali permane-
ocorra uma adequação no fluxo hospitalar.
ce para tratamento. (ELIZALDE e GOMES,
Os fluxos podem ser divididos em dois gru-
2009)
pos: fluxos interfuncionais, que ocorrem entre
Os projetos arquitetônicos na área da
diversas unidades funcionais dentro do hospi-
saúde, tanto para humanos quanto para ani-
tal e fluxos intrafuncionais, que são os fluxos
mais, podem trazer diversos benefícios como
que acontecem no interior de uma só unidade
prevenções de riscos, agilidade em seus
funcional.
atendimentos, qualidade e segurança nos serviços prestados, além de inovações e 34 | Importância da arquitetura hospitalar animal
tônico hospitalar, segundo Elizalde e Gomes
A setorização trata-se do estudo da forma de como englobar setores similares,
que necessitam estarem próximos, como por
a utilização de materiais que facilitam a ex-
exemplo, de acordo com Toledo (2004) a UTI
pansibilidade e a adequação dos espaços.
que deve estar o mais próximo possível tanto
Flexibilidade, segundo Guerreiro (2012, p.
do setor do atendimento imediato como dos
21) visa a realização de reformas tanto no in-
centros cirúrgico e obstétrico.
terior quanto no exterior do edifício hospitalar,
A circulação apresenta grande importância, pois ela não é apenas um elemento
sem nenhum risco de agressão à concepção arquitetônica original.
que liga setores, mas também contribuí para
Juntos, todos esses fatores de desen-
a organização e determinação do seu funcio-
volvimento do projeto arquitetônico facilitam
namento. As circulações de um hospital esta-
na proteção e na recuperação da saúde do
belecem sua conformação física, não apenas
animal, além de garantir conforto e uma maior
pela necessidade de diminuir os trajetos, mas
segurança aos profissionais que atuam no
ainda como de separação ou controle de cer-
ambiente hospitalar.
tos tipos de fluxos. (CARVALHO, 2002 apud MATOS, 2008, p. 60) A questão da flexibilidade é importante no dimensionamento do espaço, uma vez que os hospitais precisam ser constantemente reformados. Por esse motivo é necessário Importância da arquitetura hospitalar animal | 35
5.2 Legislação para estabelecimentos veterinários De acordo com a Resolução CFMV N°
local de isolamento para doenças infecciosas;
1015/2012, Hospitais Veterinários são esta-
Setor de sustentação: lavanderia, lo-
belecimentos capazes de assegurar assistên-
cal para preparo de alimentos para animais,
cia médico-veterinária curativa e preventiva
depósito/almoxarifado, instalações para des-
aos animais, com atendimento ao público em
canso, preparo de alimentos e alimentação
período integral, com a presença permanente
do médico veterinário e funcionários; sanitá-
e sob a responsabilidade técnica do médico
rios e vestiários; setor de estocagem de me-
veterinário. Para que ocorra o funcionamento
dicamentos e fármacos; e unidade de conser-
desses estabelecimentos, no mínimo são ne-
vação de animais mortos e restos de tecidos.
cessárias algumas instalações: Setor de atendimento: sala de recepção, consultório e sala de arquivo médico; Setor de diagnóstico: laboratório e análises clínicas,ultrassonografia e radiologia;
2455, de 28 de julho de 2015, que dispõe sobre normas para manutenção de cães e gatos sob condições mínimas de bem estar, em criadouros comerciais, nos quais são produ-
Setor cirúrgico: sala de preparo, sala de
zidos animais destinados à comercialização,
antissepsia e paramentação, sala de lavagem
são definidas as normas mínimas para manu-
e esterilização de materiais, unidade de recu-
tenção de cães e gatos em canis comerciais:
peração anestésica e sala de cirurgia; Setor de internação: baias individuais e 36 | Importância da arquitetura hospitalar animal
Segundo a Resolução CRMV-SP N°
Todo canil e gatil comercial deve obrigatoriamente ter um responsável-técnico médi-
co veterinário; Canis e gatis devem ter área coberta;
abaixo: Para cães devem ser garantidos:
O piso deve ser de material antiderrapante, que proporcione segurança e conforto ao animal; Deve ser garantido o acesso diário dos animais às áreas de solário; Os ambientes devem possuir iluminação, ventilação e temperatura ambiente adequadas, de forma a manter os parâmetros fisiológicos indicadores de conforto; Deve ser prevista área de recreação,
Tabela 01
bem como enriquecimento ambiental nos alojamentos dos cães e gatos; As unidades do gatil devem ter ambien-
(*) De acordo com o tamanho da mãe. (**) Sem animais adicionais apenas mãe e filhotes.
tes verticalizados, com o uso de prateleiras em alturas variáveis; Deve-se garantir o espaço mínimo por animal, de acordo com as recomendações
Tabela 01 – Espaço mínimo para cães. Fonte: Resolução CRMV-SP N° 2455
Importância da arquitetura hospitalar animal | 37
Para gatos devem ser garantidos:
las de depósito para que os vários estoques (rações, produtos de limpeza, entre outros) sejam acondicionados separadamente.
Tabela 02
(**) Sem animais adicionais apenas mãe e filhotes. Havendo a presença de áreas que possam ser usadas para recreação, como quintais e gramados, a metragem das mesmas pode ser adicionada àquelas designadas ao solário para perfazer o total exigido; Tabela 02 – Espaço mínimo para gatos. Fonte: Resolução CRMV-SP N° 2455
38 | Importância da arquitetura hospitalar animal
As instalações do canil devem incluir sa-
5.3 Humanização Segundo Vasconcelos (2004, pp.10-12)
para se projetar espaços destinados aos ani-
a humanização de ambientes consiste na
mais é preciso entendê-los e compreender
qualificação dos espaços, nela o homem é a
como ocorre a sua percepção do ambiente.
essência do projeto, e seus valores se apro-
O primeiro ponto a ser entendido é o
ximam do ambiente físico. Na área da saúde
da visão, que no caso dos animais se difere
ter ambientes com qualidade traz benefícios
muito da dos humanos. De acordo com Faria
aos pacientes como, por exemplo, seguran-
(2009) os humanos possuem três tipos de co-
ça, conforto e bem estar físico e psicológico.
nes nos olhos, fazendo-os enxergar as cores
Essa qualidade é conferida ao ambiente através do processo de humanização [...] O uso de cores adequadas, o controle da iluminação, o contato com a natureza, a condição de orientabilidade e a personalização dos espaços, faz com que o ambiente hospitalar adquira um valor mais humano, aproximando-se da vida do paciente e afastando-se do caráter unicamente institucional. (VASCONCELOS, 2004, p.12)
verde, azul e vermelho. Já os mamíferos eles possuem dois cones de recepção de cor, não enxergando a luz verde.
Para que ocorra a humanização de um ambiente é essencial ter conhecimento das necessidades do seu usuário, desse modo
Imagem 05
Imagem 05 – Espectro visível das cores, dos cães e humanos. Fonte: GORZONI, 2013. Elaboração própria.
Importância da arquitetura hospitalar animal | 39
Outro sentido importante para os cães e
Entender todos esses sentidos e o com-
gatos é a audição e nesse caso a capacida-
portamento dos animais possibilita no projeto
de de ouvir deles é superior que a dos huma-
a criação de espaços com mais qualidade e
nos. Castro (2012) afirma que passados 20
que possam lhes proporcionar mais conforto
mil hertz, o som fica inaudível para o homem,
e bem estar.
os cães até 45 mil hertz e os gatos até 60 mil hertz.
Imagem 06
Já o olfato para os cães é um sentido fundamental, uma vez que eles possuem de Imagem 06 – Frequências sonoras ouvidas pelo Homem e alguns animais. Fonte: LORENZI, CHAIX, 2016. Elaboração própria. Imagem 07 – Uso da Humanização na Fleury Medicina e Saúde Unidade Alphaville. Fonte: ACR Arquitetura, 2016.
40 | Importância da arquitetura hospitalar animal
120 a 300 milhões de células olfativas, os gatos 200 milhões e o homem 6 milhões. Os cães podem até detectar câncer em humanos. (CASTRO, 2012)
Imagem 07
6. ReferĂŞncias Projetuais
Hospital Veterinário Constitución
6.1 Projetos internacionais
Localização: Valência, Espanha Arquiteto: Juan Antonio Pérez
O projeto foi adaptado a um local já
Área: 450 m2
existente no térreo de um prédio de esquina.
Ano do projeto: 2016
O hospital é especializado no tratamento de animais de pequeno porte e foi desenvolvido de forma livre e flexível possibilitando instalações mais cômodas. Segundo o arquiteto Pérez “Queríamos criar referências para os animais domésticos no projeto [...] nos pareceu muito interessante a ideia de projetar pensando no bem estar de nossos mascotes.”. Seus espaços foram criados com a intenção de trazer harmonia, ordem, funcionalidade, leveza e transparência. Aberturas de vidro foram utilizadas na parte superior e lateral do projeto para permitir a entrada de luz natural em todos os consultórios.
Imagem 08 – Entrada do edifício. Fonte: BRANT, 2017. ArchDaily. Foto: Adolfo López.
42 | Referências Projetuais
Imagem 08
Estudos de silhuetas de animais foram feitos e inseridos em lugares distintos do projeto para dar sensação de movimento e facilitar a interação entre os animais e seus donos.
Imagem 10
Foi pensado também na separação das espécies, nas salas de espera e nas enfermarias, divididas entre os cães, gatos e animais com doenças contagiosas.
Imagem 09 – Detalhes das silhuetas. Fonte: BRANT, 2017. ArchDaily. Foto: Adolfo López. Imagem 09
Imagem 10 – Sala de espera gatos. Fonte: BRANT, 2017. ArchDaily. Foto: Adolfo López.
Referências Projetuais | 43
A fachada é composta por ripas de metal com uma composição de cor estudada servindo de suporte para sinalização.
Imagem 11
Imagem 13
Repetição de linhas, graduação de cores, diálogo entre os materiais utilizados e o desenho implementam a essência da marca
Imagem 11 – Fachada do edifício. Fonte: BRANT, 2017. ArchDaily. Foto: Adolfo López.
do espaço.
Imagem 12 – Ripas de metal utilizadas na fachada. Fonte: BRANT, 2017. ArchDaily. Foto: Adolfo López. Imagem 13 – Detalhes do uso das linhas e cores. Fonte: BRANT, 2017. ArchDaily. Foto: Adolfo López.
44 | Referências Projetuais
Imagem 12
Palm Springs Animal Care Facility Localização: Califórnia, EUA Arquiteto: Swatt | Miers Architects Área do terreno: 21.000 m² Ano do projeto: 2012
Imagem 15
Palm Springs Animal Care Facility é um projeto de abrigo animal, e tem como objetivo facilitar a adoção dos animais abandonados. Resultado de uma parceria entre público e privado, o abrigo está localizado no deserto de Demuth Park. Um convidativo jardim situado na frente do projeto e um design exterior refletindo o patrimônio arquitetônico do local foram pensados para chamar a atenção das pessoas e as convidarem a entrar no espaço desenvolvido. Imagem 14
Imagem 14 – Entrada do edifício. Fonte: ArchDaily. , 2012. Imagem 15 – Fachada com vista da rua. Fonte: ArchDaily. , 2012.
Referências Projetuais | 45
O projeto faz uso da separação das espécies contendo áreas de canil e gatil e locais internos e externos para a socialização dos animais com as pessoas.
Imagem 17
Pensando no bem estar dos animais, no abrigo existe uma clínica veterinária para a Imagem 16 – Espaço destinados aos cães. Fonte: ArchDaily. , 2012. Imagem 17 – Canil externo com espaço para interação entre os animais com as pessoas. Fonte: ArchDaily. , 2012.
46 | Referências Projetuais
Imagem 16
realização de procedimentos internos.
A criação do espaço cool cats é voltada para estimular o comportamento dos gatos, é um local que incentiva a interação entre eles. Ele está localizado ao lado da recepção e possuí aberturas para criar condições onde o visitante, antes de entrar no edifício, possa observá-los e interagir com eles. Imagem 18
O projeto se baseia no contato entre o homem e o animal, criando espaços que facilitam sua interação um com o outro, com o intuito de criarem laços, onde a adoção se torna possível.
Imagem 19
Imagem 18 – Dentro do espaço cool cats, com detalhe para a janela. Fonte: ArchDaily. , 2012. Imagem 19 – Espaço cool cats. Fonte: ArchDaily. , 2012.
Referências Projetuais | 47
Hospital Veterinário Sena Madureira
6.1 Projeto nacional
Localização: São Paulo, Brasil O edifício, situado no bairro da Vila Mariana em São Paulo, possuí infraestrutura e equipamentos necessários para oferecer o melhor atendimento aos animais e aos profissionais da saúde. O projeto dispõe de áreas para consultas, cirurgias, laboratório, sala de UTI e um centro de diagnósticos por imagem. Contar com todas essas instalações em um único local é vantajoso, pois diminui a necessidade de deslocamentos.
Imagem 20 – Recepção do hospital. Fonte: Hospital Veterinário Sena Madureira. Imagem 21 – Volumetria do hospital. Fonte: Hospital Veterinário Sena Madureira.
48 | Referências Projetuais
Imagem 20
Imagem 21
A humanização é uma das questões importantes no projeto do hospital. O edifício possuí uma ala de internação com acompanhante, uma área de hospedagem para os donos pernoitarem quando seus animais estiverem internados. Pensando no bem estar tanto dos aniImagem 22
mais quanto dos seus donos, foi utilizado conceitos da humanização do atendimento no ambiente hospitalar. Para isto, foram criados espaços que minimizam o estresse e a ansiedade durante o atendimento, através de salas de espera climatizadas, empregando a cromoterapia e aromaterapia. O hospital possuí também uma capela ecumênica para meditação e orações
Imagem 23
das pessoas.
Imagem 22 – Sala de internação com acompanhante. Fonte: Hospital Veterinário Sena Madureira. Imagem 23 – Sala de espera com cromoterapia e aromaterapia. Fonte: Hospital Veterinário Sena Madureira.
Referências Projetuais | 49
7. Estudos de caso
Levando em consideração ao objeto escolhido para a realização do presente trabalho, foram selecionados projetos com a mesma temática, voltados para a área da saúde animal. A seleção dos projetos se deve por conta de suas funcionalidades, pela variedade de serviços oferecidos, pela preocupação com questões como a ventilação e a iluminação dos ambientes, pela qualidade de suas instalações e pelo uso da humanização no ambiente hospitalar. Uma questão importante que esses projetos têm em comum é a separação de alas por espécies e animais com doenças infeciosas, por esse motivo esses projetos foram escolhidos por pensarem no bem estar e no conforto do animal.
52 | Estudos de caso
Hospital Veterinário Santa Catarina Localização: Santa Catarina, Brasil Arquiteto: Fantin Siqueira Arquitetura
Oferecer todos os serviços necessários
Área: 1.200 m2
para o tratamento dos animais é um dos objeti-
Ano do projeto: 2013
vos desse hospital. O projeto apresenta desde salas de consultas e cirurgias até salas destinadas a internação, emergência, UTI com isolamento de animais com doenças infeciosas e local para assepsia. Segundo o arquiteto Alexandre Fantin “Era muito importante criar espaços funcionais, com as especificidades de um hospital, ao mesmo tempo, arejado e não opressivo; já que ali, muitas vezes, seriam vividas situações delicadas”. A sustentabilidade é outro ponto importante do projeto, no qual foram utilizadas placas de aquecimento solar para diminuir o consumo de energia e uso de reservatórios no subsolo para captar a água das chuvas.
Imagem 24
Imagem 24 – Entrada do edifício. Fonte: Galeria da Arquitetura, 2017. Foto: Daniel Zimmerman.
Estudos de caso | 53
Instalações do hospital:
Um dos pontos importantes levantados sobre o projeto é a localização do lixo hos-
Centro Cirúrgico: composto por duas
pitalar, que precisa estar isolado e ter fácil
salas de cirurgias, salas de esterilização, pre-
acesso para ser retirado, e o uso de materiais
paro do animal e da equipe médica;
de fácil manutenção aplicados nos banheiros
Internação 24 horas: unidades para
e copa, para respeitar os princípios de higie-
cães, gatos, animais com doenças infeccio-
ne e assepsia, conceitos fundamentais para
sas e UTI; Laboratório de Análises Clínicas Digital:
as áreas hospitalares.
área para a realização de exames laboratoriais; Diagnóstico por Imagem: sala de radiologia e ultrassonografia; Fisioterapia: clínica de fisioterapia e fitness; Cursos e Palestras: espaços para cursos e palestras e um auditório. Imagem 25 Imagem 25 – Recepção. Fonte: Hospital Veterinário Santa Catarina.
54 | Estudos de caso
Imagem 26
Imagem 28
Imagem 26 – Sala de fisioterapia. Fonte: Galeria da Arquitetura, 2017. Foto: Daniel Zimmerman. Imagem 27 – Área de internação. Fonte: Fantin Siqueira Arquitetura. Imagem 27
Imagem 29
Imagem 28 – Sala de cirurgia. Fonte: Galeria da Arquitetura, 2017. Foto: Daniel Zimmerman. Imagem 29 – Sala de aula. Fonte: Hospital Veterinário Santa Catarina.
Estudos de caso | 55
Pontos positivos:
Os arquitetos utilizaram da técnica de
Luz natural aliada a amplitude dos es-
humanização dos espaços através do contato visual, inserindo a cor verde na decoração do
paços; Instalações necessárias para um me-
projeto remetendo a natureza.
lhor atendimento; Preocupação com a sustentabilidade; Espaços exclusivos destinados à emergência; Uso de separação de espécies. Pontos negativos: Os sanitários, tanto para os pacientes quanto para os funcionários, não seguem as normas de acessibilidade, prejudicando as pessoas que apresentam mobilidade reduzida; As duas salas de operação apresentam apenas uma sala de esterilização. Cada sala Imagem 30 – Área de internação. Detalhe para uso da cor verde. Fonte: Fantin Siqueira Arquitetura.
56 | Estudos de caso
de operação deve ter uma sala de produtos Imagem 30
esterilizados.
Imagem 31
Imagem 31 – Planta do térreo. Fonte: Galeria da Arquitetura, 2017. Edição própria.
Estudos de caso | 57
Imagem 32
Imagem 32 – Planta do pavimento superior. Fonte: Galeria da Arquitetura, 2017. Edição própria.
58 | Estudos de caso
Hospital Veterinário Canis Mallorca Localização: Palma, Espanha Arquiteto: Estudi E. Torres Pujol
O hospital está localizado entre a zona in-
Área: 1.538 m2
dustrial e residencial de Palma, e tem como ob-
Ano do projeto: 2014
jetivo preservar e melhorar a vida dos animais. O uso da cor branca é predominante em todo o edifício, tanto no exterior quanto no interior, para enfatizar a limpeza do local. Segundo o arquiteto Esteve Torres Pujol, o projeto é descrito em pontos importantes: Entorno e forma: onde o edifício se adapta a forma do terreno e a sua volumetria dialoga com o entorno; Estrutura e sistema construtivo: uso de pilares metálicos ligados à uma estrutura externa, possibilitando que a planta seja livre e desse modo pode-se realizar uma distribuição de espaços sem interferência estrutural;
Imagem 33
Imagem 33 – Entrada do edifício. Fonte: BRANT, 2015. ArchDaily. Foto: Jose Hevia.
Estudos de caso | 59
4
Fachada e composição de luz: desafio de aproveitar o máximo de luz natural no projeto. A fachada principal é formada por um pano de vidro, permitindo que a luz adentre a recepção. 1
Imagem 37
As aberturas das outras três fachadas Imagem 34 – Fachada lateral. Fonte: BRANT, 2015. ArchDaily. Foto: Jose Hevia.
Imagem 34
2
foram definidas pela necessidade de luz e ventilação que cada espaço requeria.
Imagem 35 – Fachada dos fundos. Fonte: BRANT, 2015. ArchDaily. Foto: Jose Hevia. Imagem 36 – Fachada lateral. Fonte: BRANT, 2015. ArchDaily. Foto: Jose Hevia.
Imagem 35
3
Imagem 37 – Fachada principal. Fonte: BRANT, 2015. ArchDaily. Foto: Jose Hevia. Imagem 38 – Planta térreo situando as fachadas. Fonte: BRANT, 2015. ArchDaily. Edição própria.
60 | Estudos de caso
Imagem 36
Imagem 38
A circulação do projeto ocorre através de rampas, escadas e elevador. Nas laterais do edifício estão localizadas uma rampa para veículos, que acessa o estacionamento no subsolo, e uma escada que é restrita ao público onde só funcionários podem utilizá-la, ela acessa a área de limpeza, almoxarifado e sala de animais exóticos. O acesso ao hospital ocorre por meio de rampa para pedestre e uma escada, e a circulação interna se dá por uma escada e um ele-
Imagem 39
vador.
Imagem 39 – Vista da rampa de pedestres. Fonte: BRANT, 2015. ArchDaily. Foto: Jose Hevia. Imagem 40 – Escada no interior do edifício. Fonte: BRANT, 2015. ArchDaily. Foto: Jose Hevia. Imagem 41 – Escada restrita aos funcionários. Fonte: BRANT, 2015. ArchDaily. Foto: Jose Hevia.
Imagem 40
Imagem 41
Imagem 42
Imagem 42 – Planta térreo situando as circulações. Fonte: BRANT, 2015. ArchDaily. Edição própria.
Estudos de caso | 61
O hospital faz uso de separação das espécies nas áreas de internação e espera, essa criação de distintas alas facilita a agilidade do atendimento e não causa distúrbios nos animais, como estresse e medo.
Instalações do hospital: Centro Cirúrgico: composto por três salas de cirurgias; Internação 24 horas: 4 divisões, cães, gatos, animais exóticos e animais com doenças infecciosas; Laboratório: área para a realização de exames laboratoriais; Diagnóstico por Imagem: sala de radiologia e ultrassonografia; Fisioterapia: clínica de fisioterapia e reabilitação animal; Cursos e Palestras: espaços para cursos e palestras e uma biblioteca/sala de reuniões.
Imagem 43
Imagem 43 – Sala de internação para cães. Fonte: Hospital Veterinari Canis Mallorca
62 | Estudos de caso
Imagem 44
Imagem 46
Imagem 44 – Recepção. Fonte: BRANT, 2015. ArchDaily. Foto: Jose Hevia. Imagem 45 – Espera. Fonte: BRANT, 2015. ArchDaily. Foto: Jose Hevia. Imagem 46 – Área pessoal. Fonte: BRANT, 2015. ArchDaily. Foto: Jose Hevia.
Imagem 45
Imagem 47
Imagem 47 – Salas de consulta. Fonte: Hospital Veterinari Canis Mallorca
Estudos de caso | 63
Pontos positivos: Distribuições espaciais adequadas, com fluxos e setorizações bem pensados; Aproveitamento da luz natural; Separação de espécies nas internações e alas de espera; Projeto segue as normas de acessibilidade, com uso de rampas e elevador e os sanitários são acessíveis. Pontos negativos: As três salas de operação não possuem para cada uma sala de produtos esterilizados; Estacionamento não apresenta ligação direta com a recepção no térreo, fazendo com que os clientes subam pela rampa de veículos para ter acesso ao hospital; Apresenta um único elevador o que diImagem 48 – Uso de claraboias na sala de cirurgia. Fonte: Hospital Veterinari Canis Mallorca
64 | Estudos de caso
Imagem 48
ficulta o transporte de animais de um andar para o outro.
Imagem 49
Imagem 49 – Planta do térreo. Fonte: BRANT, 2015. ArchDaily. Edição própria.
Estudos de caso | 65
Imagem 50
Imagem 50 – Planta primeiro pavimento. Fonte: BRANT, 2015. ArchDaily. Edição própria.
66 | Estudos de caso
8. Diagnรณstico da รกrea
8.1 Localização e levantamento de dados
Imagem 51
Após feitos os estudos sobre os servi-
Trata-se de uma quadra de aproximada-
ços voltados para os animais na cidade de
mente 3.413m² de área, que é delimitada pe-
São Paulo, foi escolhido um terreno, situado
las ruas Guilherme Gama, Rua do Arcipreste,
em uma região que carece destes serviços,
Rua Eurípedes Barsanulfo e a Avenida Vere-
para a implantação do hospital veterinário e o
ador João de Luca.
abrigo animal. O terreno localiza-se na cidade de São Paulo, na Subprefeitura Cidade Ademar.
Imagem 51 – Mapa da cidade de São Paulo com destaque para a subprefeitura de Cidade Ademar. Fonte: Google Imagens, 2017. Imagem 52 – Imagem aérea da localização do terreno. Fonte: Google Maps, 2017.
68 | Diagnóstico da área
Imagem 52
O terreno é praticamente plano e atualmente é uma área que não abriga nenhuma construção.
Imagem 53
Imagem 54
Imagem 53 – Foto do terreno. Fonte: Autoral. Imagem 54 – Foto do terreno. Fonte: Autoral.
Diagnóstico da área | 69
Imagem 55
Imagem 55 – Foto do terreno. Fonte: Autoral. Imagem 56 – Foto do terreno. Fonte: Autoral. Imagem 57 – Foto do terreno. Fonte: Autoral.
70 | Diagnóstico da área
Imagem 56
Imagem 57
8.2 Zoneamento O terreno está inserido em uma ZEU – Zona Eixo de Estruturação da Transformação Urbana, que são porções do território em que se pretende promover usos residenciais e não residenciais com densidades demográfica e construtiva altas, a diversidade de atividade e a qualificação paisagística dos espaços públicos de modo articulado ao sistema de transporte público coletivo. (GESTÃO URBANA , 2016)
Imagem 58
Imagem 58 – Mapa de zoneamento. Fonte: GeoSampa, 2017.
Diagnóstico da área | 71
LEGISLAÇÃO
Imagem 59 – Mapa detalhando o zoneamento do local escolhido. Fonte: GeoSampa, 2017.
72 | Diagnóstico da área
Imagem 59
C.A: coeficiente de aproveitamento. T.O: taxa de ocupação.
8.3 Uso e Ocupação do Solo Observando a Imagem 61 a região onde o terreno da intervenção está inserido tem como predominância o uso residencial, em sua maioria horizontal de até três pavimentos e apenas nas avenidas, Avenida Vereador João de Luca e Avenida Cupecê, há concentrações de serviços e comércios. Pode-se pontuar a necessidade da criação de áreas verdes e de lazer.
Imagem 60
Conforme mostra a Imagem 60, é possível observar também que a região está passando por um processo de verticalização.
Imagem 60 – Vista do gabarito do local escolhido. Fonte: Google Maps, 2017.
Imagem 61
Imagem 61 – Mapa de uso e ocupação do solo do local escolhido. Fonte: GeoSampa, 2017. Edição Própria.
Diagnóstico da área | 73
8.4 Vias principais e transporte público As avenidas Vereador João de Luca e Cupecê são as duas principais vias da região, pois recebem o maior fluxo de automóveis, ônibus e pedestres. A Avenida Vereador João de Luca é uma das avenidas da Extensão Diadema - São Paulo, que liga o Terminal de Diadema com a Estação de trem Morumbi. Próximo ao terreno escolhido há pontos de ônibus instalados. Neles passam ônibus que vão para diversos bairros, como o Jabaquara, Jardim Miriam, Campos Elíseos e San-
Imagem 62
to Amaro. A escolha de um terreno próximo a Av. Cupecê
Av. Vereador João de Luca
diversos pontos de ônibus, deu-se também pela nova lei onde pode ser transportado animais de pequeno porte em ônibus da cidade de São Paulo.
Imagem 62 – Mapa de vias principais e transporte público. Fonte: GeoSampa, 2017. Edição Própria.
74 | Diagnóstico da área
9. O Projeto
O projeto do hospital veterinário junto
Por esse motivo, além do hospital e do
de um abrigo animal é uma proposta para o
abrigo, é projetada uma praça junto a um
município de São Paulo com implantação no
café, criando espaços de lazer e convivência
bairro Jardim Santo Antoninho, no distrito Ci-
que facilitam essa criação de laços.
dade Ademar. A área total construída é 3.970 m² e
de leis e normas foram seguidas, como a já
a estrutura organizacional refletida no pro-
citada Resolução CFMV N° 1015/2012 que
grama de necessidades foi elaborada para
estabelece condições para o funcionamento
comportar diversos tipos de atendimentos e
de estabelecimentos veterinários de atendi-
exames, como consultórios, salas de exames
mento a pequenos animais e a Resolução
laboratoriais, fisioterapia, salas de aula, cur-
CRMV-SP N° 2455, que dispõe sobre normas
sos, biblioteca e outros.
para manutenção de cães e gatos sob con-
O propósito de se criar um espaço des-
dições mínimas de bem estar, em criadouros
se segmento é intensificar a relação entre as
comerciais, nos quais são produzidos animais
pessoas e os animais. E para que essa in-
destinados à comercialização.
teração seja possível, foram projetadas aber-
Além dessas legislações citadas, a Nor-
turas que facilitam o contato visual de quem
ma NBR 9050, da ABNT foi levada em consi-
está fora com o que acontece no interior do
deração no projeto.
projeto. 76 | O Projeto
Para a elaboração do projeto, uma série
9.1 Setorização e fluxograma A espacialização do programa do hospital e do abrigo é garantida através da clareza e objetividade das relações funcionais entre os espaços. O projeto foi dividido por setores, cada um com atividades necessárias e semelhantes, e suas conexões foram pensadas de acordo com as suas necessidades de integrações.
1 PAV
TERREO Imagem 63
2 PAV Imagem 63 – Setorização e fluxograma do hospital e do abrigo. Edição Própria.
O Projeto | 77
9.2 Programa As imagens 64 e 65 mostram o programa de necessidades simplificados com as unidades funcionais e suas respectivas áreas.
Imagem 64 – Programa do hospital veterinário. Edição Própria.
78 | O Projeto
Imagem 64
Imagem 65
Imagem 65 – Programa do abrigo e outros. Edição Própria.
O Projeto | 79
O projeto é dividido em duas partes, o
imagem com sala de ultrassonografia, radio-
hospital e o abrigo, nas quais os recursos são
logia e cardiologia; laboratório; sala de fluido-
mútuos e complementares. Em ambas as
terapia; internações coletivas com separação
partes foi pensado na separação das espé-
de espécies e animais com doenças conta-
cies, nas salas de espera e nas internações,
giosas; farmácia; depósito de material de lim-
divididas entre os cães, gatos e animais com
peza e local para lixo hospitalar.
doenças contagiosas. O hospital possui três acessos, um para
centro cirúrgico com uma área pré-operató-
os animais e seus proprietários, e os outros
ria, duas salas de cirurgia, pós-operatório,
dois para os funcionários e os estudantes que
duas salas de esterilização de materiais, an-
irão utilizar as áreas educacionais que o hos-
tissepsia e ambiente pós-perda; internações
pital dispõe. O programa distribui-se em três
individuais com apartamentos, terraço para
pavimentos:
passeio e área de convívio e um café; área
- Térreo: composto por duas recepções,
pessoal com vestiários e sanitários para os
uma para os animais e seus proprietários e
profissionais da saúde, três dormitórios, área
outra para os estudantes; duas áreas de es-
de convívio e reunião; sala de laudos; sala de
pera com separação de espécies; 4 consultó-
preparo de alimentos para os animais e depó-
rios, sendo um emergencial; sanitários; área
sito de material de limpeza.
de passeio; oratório; centro diagnóstico por 80 | O Projeto
- Primeiro pavimento: composto por
- Segundo pavimento: área educacio-
com doenças contagiosas; banho e tosa; pre-
nal com duas salas de aula/palestras e uma
paro de alimentos de animais; farmácia; sa-
biblioteca; um café; área administrativa com
nitários e área administrativa com central de
arquivo médico, financeiro, gestão, direção e
denúncias, administração e sala de reuniões.
administração; área de funcionários com dois
A área externa do projeto conta com 18
vestiários e sanitários, almoxarifado e lavan-
vagas de estacionamento, um café e uma
deria.
praça pública.
O Abrigo possui dois acessos, um para
O projeto respeita e segue as normas
os pacientes e seus proprietários e o outro
NBR 9050 que trata da acessibilidade a edi-
para os funcionários. O programa distribui-se
ficações, mobiliário, espaços e equipamentos
em dois pavimentos:
urbanos.
- Térreo: composto por uma recepção; duas áreas de espera com separação de espécies; 4 consultórios, sendo um emergencial; sanitários; sala de fisioterapia; gatil e um jardim para os gatos e canil com solários individuas e uma área de passeio. - Primeiro pavimento: internações coletivas com separação de espécies e animais O Projeto | 81
Imagem 66 – Implantação. Edição Própria.
82 | O Projeto
RUA GUILHERME GAMA
749,7
753,4
RUA DO ARCIPRESTE
757,1
746
753,4 749,7
AV. VEREADOR JOÃO DE LUCA
753,4
AV. VEREADOR JOÃO DE LUCA
749,7
749,7
746
ANULFO
RUA EURÍPEDES BARS
Imagem 66 IMPLANTAÇÃO ESC 1:500
O Projeto | 83
Imagem 67 – Planta térreo. Edição Própria.
84 | O Projeto
C
29
27
1
2
B
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4 4 26 A
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A
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C
1 RECEPÇÃO 2 ESPERA CÃES 3 ESPERA GATOS 4 CONSULTÓRIOS 5 EMERGÊNCIA 6 SANITÁRIOS 7 PET SHOP 8 BANHO E TOSA
5
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2
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Imagem 67
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PLANTA TERREO ESC 1:350
B
8
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27
13
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5 4
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1
9 ULTRASSONOGRAFIA 10 RAIO X 11 LABORATÓRIO 12 CARDIOLOGIA 13 FLUIDOTERAPIA 14 FARMÁCIA 15 INTERNAÇÃO DE ANIMAIS DOENTES 16 INTERNAÇÃO DE GATOS
1
3
17 INTERNAÇÃO DE CÃES 18 LIXO 19 DML 20 ORATÓRIO 21 ÁREA DE PASSEIO 22 FISIOTERAPIA 23 GATIL 24 GATIL BAIAS
25 JARDIM DO GATIL 26 CANIL 27 CANIL BAIAS 28 CAFÉ 29 ESTACIONAMENTO
O Projeto | 85
Imagem 68 – Planta 1 PAV. Edição Própria.
86 | O Projeto
C
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4
C PLANTA 1 PAV ESC 1:350 Imagem 68
1 APARTAMENTOS 2 CONVÍVIO 3 CAFÉ 4 TERRAÇO 5 PRÉ OPERATÓRIO 6 ANTISSEPSIA 7 ESTERILIZAÇÃO 8 CIRURGIA
9 PÓS OPERATÓRIO 10 AMBIENTE PÓS PERDA 11 LAUDOS 12 PREPARO DE ALIMENTOS DE ANIMAIS 13 REUNIÃO DOS FUNCIONÁRIOS 14 DORMITÓRIOS 15 VESTIÁRIOS 16 DML
8
17 FARMÁCIA 18 INTERNAÇÃO DE CÃES 19 INTERNAÇÃO DE GATOS 20 INTERNAÇÃO DE ANIMAIS DOENTES 21 SANITÁRIOS 22 BANHO E TOSA 23 ADMINISTRAÇÃO 24 ATENDIMENTO DE DENÚNCIAS
25 SALA DE REUNIÕES
O Projeto | 87
Imagem 69 – Planta 2 PAV. Edição Própria.
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7
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C PLANTA 2 PAV ESC 1:350 Imagem 69
1 BIBLIOTECA 2 SALA DE AULA 3 SANITÁRIOS 4 CAFÉ 5 CONVÍVIO 6 GESTÃO 7 DIREÇÃO 8 ADMINISTRAÇÃO
9 FINANCEIRO 10 ARQUIVO MÉDICO 11 LAVANDERIA 12 ALMOXARIFADO 13 VESTIÁRIOS DOS FUNCIONÁRIOS
O Projeto | 89
Imagem 70 – Cortes. Edição Própria.
90 | O Projeto
757,1
753,4
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CORTE AA ESC 1:350
757,1
753,4
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CORTE BB ESC 1:350
757,1
753,4
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746
CORTE CC ESC 1:350
749,5
746
O Projeto | 91 Imagem 70
Imagem 71 – Planta estrutural. Edição Própria.
92 | O Projeto
9.3 Sistema estrutural e materiais O sistema construtivo proposto é composto de pilares metálicos de seções tubulares quadradas de 20cm x 20cm e os vão entre os seus eixos de 8,0m, vigas metálicas de 50cm de altura e lajes de concreto de 20cm de altura. Um sistema construtivo bem eficiente é um fator fundamental para qualquer projeto de arquitetura. A imagem 71 mostra os eixos estruturais do projeto do hospital e do abrigo animal.
PLANTA ESTRUTURAL ESC 1:500
Imagem 71
O Projeto | 93
De acordo com RDC50/2002, que trata sobre os tipos de acabamentos para equipamentos hospitalares, é necessária a utilização de materiais adequados para o revestimento de paredes e pisos, indicando que estes devem ter acabamentos com menos número possíveis de juntas, sendo resistentes á lavagens, homogêneos e de alta resistência. Os materiais utilizados no projeto são:
Imagem 72 – Materiais utilizados no projeto. Edição Própria.
94 | O Projeto
Pisos vinílicos são homogêneos, fá-
Foi utilizado concreto na edificação
Utilização do aço nos caixilhos e es-
ceis de limpar e não possuem muitas
cobertos com pintura na cor branca
truturas (pilares e vigas).
juntas devido ao seu tamanho.
nas paredes e nos tetos.
Inserção de vidros nas janelas e por-
Madeira ecológica em alguns ele-
Piso permeável nas áreas externas
tas.
mentos nas fachadas, pergolados e
do projeto, como calçadas e na pra-
portas.
ça. Imagem 72
Imagem 73
Imagem 73 – Vista do hospital. Edição Própria.
96 | O Projeto
Imagem 74
Imagem 74 – Vista do abrigo. Edição Própria.
O Projeto | 97
Imagem 75
Imagem 75 – Vista da praça. Edição Própria. Imagem 76 – Café. Edição Própria.
98 | O Projeto
Imagem 76
Imagem 77
Imagem 78
Imagem 77 – Ampliação da fachada. Edição Própria. Imagem 78 – Detalhe das ripas de madeira. Edição Própria.
O Projeto | 99
Imagem 79
Imagem 79 – Espera gatos. Edição Própria. Imagem 80 – Consultório. Edição Própria.
100 | O Projeto
Imagem 80
Imagem 81
Imagem 82
Imagem 81 – Pet shop. Edição Própria. Imagem 82 – Espaço fisioterapia. Edição Própria.
O Projeto | 101
Imagem 83
Imagem 83 – Gatil. Edição Própria. Imagem 84 – Canil. Edição Própria.
102 | O Projeto
Imagem 84
Imagem 85
Imagem 86
Imagem 85 – Internação coletiva. Edição Própria. Imagem 86 – Apartamento. Edição Própria.
O Projeto | 103
Imagem 87
Imagem 87 – Sala de reuniões. Edição Própria. Imagem 88 – Área de convívio. Edição Própria.
104 | O Projeto
Imagem 88
Imagem 89
Imagem 90
Imagem 89 – Biblioteca. Edição Própria. Imagem 90 – Sala de aula / Palestras. Edição Própria.
O Projeto | 105
9.4 Humanização Para o projeto foi utilizado o conceito da humanização de ambientes, qualificando os
os profissionais possuem no dia a dia também é reduzida.
espaços e trazendo benefícios tanto para os animais e seus donos, quanto para os profissionais que trabalham no local. Antes de se pensar na humanização foram realizados estudos para se entender melhor as necessidades dos animais, proporcionando-lhes mais conforto e bem estar. Aplicou-se o conceito da cromoterapia,
Imagem 91
trazendo para o projeto as cores que os animais enxergam e foram inseridos elementos da natureza, através da inserção de algumas paredes com vegetação e o uso de água. Com a aplicação desses conceitos no projeto, o estresse que os animais e seus doImagem 91 – Uso da cromoterapia. Edição Própria. Imagem 92 – Vista para espelho d’água do oratório. Edição Própria.
106 | O Projeto
nos estão sujeitos em ambientes como esses são minimizados, assim como a pressão que
Imagem 92
10. Consideraçþes finais
A elaboração do presente trabalho partiu da preocupação com relação à forma com que a arquitetura hospitalar destinada aos animais é encarada. As pesquisas realizadas, os dados levantados, leituras de leis e decretos pertinentes e consultas à bibliografias relacionadas à temática, facilitaram no entendimento do quanto é necessário a implantação de estabelecimentos desse segmento. Pesquisas por referências projetuais colaboraram para uma melhor percepção de como hospitais veterinários e abrigos funcionam e que a aplicação da humanização nos ambientes qualifica os espaços, trazendo benefícios aos seus pacientes e profissionais. O propósito da criação do projeto do hospital veterinário e do abrigo animal é intensificar a relação entre as pessoas e os animais e que o ambiente hospitalar animal vai além do tratamento e da cura, quando a arquitetura contribui para esse ambiente ele passa a proporcionar conforto e bem estar aos animais e aos profissionais que atuam nesse espaço.
108 | Considerações fin
11. Bibliografia
Agência de Notícias de Direitos Animais. Brasil tem 30 milhões de animais abandonados. Disponível em: <https://anda.jusbrasil.com.br/noticias/100681698/brasil-tem-30-milhoes-de-animais-abandonados>. Acesso em: 27 mar. 2017. ALMEIDA, Maíra Lopes; ALMEIDA, Laerte Pereira de; BRAGA, Paula Fernandes de Sousa. Aspectos psicológicos na interação homem-animal de estimação. 6 f. Universidade Federal de Uberlândia, 2009. ArchDaily. Palm Springs Animal Care Facility / Swatt | Miers Architects. Disponível em:<http://www.archdaily.com/237233/palm-springs-animal-care-facility-swatt-miers-architects>. Acesso em: 19 mar. 2017. BRANT, Julia. Hospital Veterinário Canis Mallorca / Estudi E. Torres Pujol. Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/763528/hospital-veterinario-canis-mallorca-estudi-e-torres-pujol>. Acesso em: 19 mar. 2017. BRANT, Julia. Hospital Veterinário Constitución / Dobleese Space & Branding. Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/867854/hospital-veterinario-constitucion-dobleese-space-and-branding>. Acesso em: 26 abr. 2017. CANATTO, B.D.; SILVA E.A.; BERNARDI, F.; MENDES, M.C.N.C.; PARANHOS, N.T.; DIAS, R.A. Caracterização demográfica das populações de cães e gatos supervisionados do município de São Paulo. 9 f. 2012. CASTRO, Carol. Como os animais realmente enxergam o mundo. Disponível em: <http://super.abril.com.br/ciencia/como-os-animais-realmente-enxergam-o-mundo/>. Acesso em: 01 jun. 2017. CFMV. Conselho Federal de Medicina Veterinária. Resolução nº 1015, de 9 de novembro de 2012 CRMVSP. Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo. RESOLUÇÃO Nº 2455 28/07/2015. DOTTI, Jerson. Terapia e Animais. 1ª ed. São Paulo: Livrus, 2014. ELIZALDE; Pinto; GOMES, Silva. A importância de projetos arquitetônicos no planejamento do ambiente hospitalar. Disponível em: <http://www. eumed.net/rev/cccss/05/pesg.htm>. Acesso em: 29 maio, 2017. FARIA, Raquel. Diferentes Visões. Disponível em: <http://pontociencia.org.br/experimentos/visualizar/diferentes-visoes/306>. Acesso em: 29 maio. 2017.
110 | Bibliografia
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Bibliografia | 111
Pesquisa nacional de saúde: 2013: acesso e utilização dos serviços de saúde, acidentes e violências: Brasil, grandes regiões e unidades da federação / IBGE, Coordenação de Trabalho e Rendimento. – Rio de Janeiro: IBGE, 2015. P. 100. RICCI, Gisele Dela; TORELLI, Carina; FÁTIMA, Maria de; ALMEIDA, William de; MARTINS; Thiago. Animais Solidários: A Zooterapia como Extensão Universitária para Idosos Institucionalizados. 113 f. Revista de Cultura e Extensão USP - Universidade de São Paulo, 2014. RITTO, Cecilia; ALVARENGA, Bianca. A casa agora é dos cães – e não das crianças. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/entretenimento/a-casa-agora-e-dos-caes-e-nao-das-criancas/>. Acesso em: 19 mar. 2017. SANTANA, Luciano Rocha; OLIVEIRA Thiago Pires. Guarda Responsável e Dignidade dos Animais. 41 f. 2006. SERPELL, James. The Domestic Dog: Its Evolution, Behaviour and Interactions with People. 6ª ed. 2002. SOUZA, Karollyna Lagares; PIGNATA, Maria Izabel Barnez. Abandono e maus tratos contra animais: aspectos sociais ambientais e legais. 13 f. Universidade Federal de Goiás, 2014. TOLEDO, Luiz Carlos. O estudo dos fluxos no projeto hospitalar. 2004 TOYOTA, Fábio. Centro de Zoonoses – Você sabe como funciona?. Disponível em: <http://www.cachorrogato.com.br/cachorros/centro-zoonoses/>. Acesso em: 03 jun. 2017. TUBALDINI, Ricardo. Sociedade Protetora dos Animais – Como funciona?. Disponível em: < http://www.cachorrogato.com.br/cachorros/sociedade-protetora-animais/>. Acesso em: 28 maio, 2017. VALLE, Caio do. Haddad aprova lei que permite transporte de animais em ônibus. Disponível em: < http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/ geral,haddad-aprova-lei-que-permite-transporte-de-animais-em-onibus,1649261>. Acesso em: 28 maio, 2017. VASCONCELOS, Renata Thaís Bomm. Humanização de ambientes hospitalares: características arquitetônicas responsáveis pela integração interior/exterior. 177 f. Dissertação de Pós Graduação – Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Santa Catarina, 2004.
112 | Bibliografia
Lista de imagens Imagem 01 – p. 21 Cães de trabalho Imagem 02 – p. 24 Transporte de animais em ônibus Imagem 03 – p. 30 Mapa de serviços e estabelecimentos voltados para os animais Imagem 04 – p. 31 Cachorros à espera de adoção no canil do Centro de Controle de Zoonoses Imagem 05 – p. 39 Espectro visível das cores, dos cães e humanos Imagem 06 – p. 40 Frequências sonoras ouvido pelo Homem e alguns animais Imagem 07 – p. 40 Uso da Humanização na Fleury Medicina e Saúde Unidade Alphaville Imagem 08 – p. 42 Entrada do edifício Imagem 09 – p. 43 Detalhes das silhuetas Imagem 10 – p. 43 Sala de espera gatos Imagem 11 – p.44 Fachada do edifício Imagem 12 – p. 44 Ripas de metal utilizadas na fachada Imagem 13 – p. 44 Detalhes do uso das linhas e cores
Imagem 14 – p. 45 Entrada do edifício Imagem 15 – p. 45 Fachada com vista da rua Imagem 16 – p. 46 Espaço destinados aos cães Imagem 17 – p. 46 Canil externo com espaço para interação entre os animais com as pessoas Imagem 18 – p. 47 Dentro do espaço cool cats, com detalhe para a janela Imagem 19 – p. 47 Espaço cool cats Imagem 20 – p. 48 Recepção do hospital Imagem 21 – p. 48 Volumetria do hospital Imagem 22 – p.49 Sala de internação com acompanhante Imagem 23 – p.49 Sala de espera com cromoterapia e aromaterapia Imagem 24 – p. 53 Entrada do edifício Imagem 25 – p. 54 Recepção Imagem 26 – p. 55 Sala de fisioterapia Imagem 27 – p. 55 Área de internação
Imagem 28 – p.55 Sala de cirurgia Imagem 29 – p. 55 Sala de aula Imagem 30 – p.56 Área de internação. Detalhe para uso da cor verde
Imagem 31 – p. 57 Planta do térreo Imagem 32 – p. 58 Planta do pavimento superior Imagem 33 – p. 59 Entrada do edifício Imagem 34 – p. 60 Vista da rampa de pedestres Imagem 35 – p. 60 Fachada dos fundos Imagem 36 – p. 60 Fachada lateral Imagem 37 – p. 60 Fachada principal Imagem 38 – p. 60 Planta térreo situando as fachadas Imagem 39 – p. 61 Vista da rampa de pedestres Imagem 40 – p. 61 Escada no interior do edifício Imagem 41 – p. 61 Escada restrita aos funcionários Imagem 42 – p. 61 Planta térreo situando as circulações
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Imagem 43 – p. 62 Sala de internação para cães Imagem 44 – p. 63 Recepção Imagem 45 – p. 63 Espera Imagem 46 – p. 63 Área pessoal Imagem 47 – p. 63 Salas de consulta Imagem 48 – p. 64 Uso de Claraboias na sala de cirurgia Imagem 49 – p.65 Planta do térreo Imagem 50 – p. 66 Planta primeiro pavimento Imagem 51 – p. 68 Mapa da cidade de São Paulo com destaque para a subprefeitura de Cidade Ademar Imagem 52 – p. 68 Imagem aérea da localização do terreno Imagem 53 – p.69 Foto do terreno Imagem 54 – p. 69 Foto do terreno Imagem 55 – p. 70 Foto do terreno Imagem 56 – p. 70 Foto do terreno Imagem 57 – p. 70 Foto do terreno Imagem 58 – p. 71 Mapa de zoneamento Imagem 59 – p. 72 114 |
Mapa detalhando o zoneamento do local escolhido Imagem 60– p. 73 Vista do gabarito do local escolhido Imagem 61 – p.73 Mapa de uso e ocupação do solo do local escolhido Imagem 62 – p. 74 Mapa de vias principais e transporte público Imagem 63 – p. 77 Setorização e fluxograma do hospital e do abrigo Imagem 64 – p. 78 Programa do hospital veterinário. Imagem 65 – p. 79 Programa do abrigo e outros Imagem 66 – p. 83 Implantação Imagem 67 – p. 85 Planta térreo Imagem 68 - p. 87 Planta 1 PAV Imagem 69 – p. 89 Planta 2 PAV Imagem 70 – p. 91 Cortes Imagem 71 – p. 93 Planta estrutural Imagem 72 – p. 94 Materiais utilizados no projeto Imagem 73 – p. 96 Vista do hospital Imagem 74 – p. 97 Vista do abrigo Imagem 75– p. 98 Vista da praça Imagem 76 – p.98
Café Imagem 77 – p. 99 Ampliação da fachada Imagem 78 – p. 99 Detalhes das ripas de madeira Imagem 79 – p. 100 Espera gatos Imagem 80 – p. 100 Consultório Imagem 81 – p. 101 Pet shop Imagem 82 – p. 101 Espaço fisioterapia Imagem 83 - p. 102 Gatil Imagem 84 – p. 102 Canil Imagem 85 – p. 103 Internação coletiva Imagem 86 – p. 103 Apartamento Imagem 87 – p. 104 Sala de reuniões Imagem 88 – p. 104 Área de convívio Imagem 89– p. 105 Biblioteca Imagem 90 – p. 105 Sala de aula / Palestras Imagem 91 – p. 106 Uso da cromoterapia Imagem 92 – p. 106 Vista para o espelho d’água do oratório.
Lista de diagramas
Lista de tabelas
Lista de gráficos
Diagrama 01 – p. 23 Leis de proteção animal Diagrama 02 – p. 26 Motivos dos cães serem abandonados em abrigos Diagrama 03 – p. 27 Motivos dos gatos serem abandonados em abrigos
Tabela 01 – p. 37 Espaço mínimo para cães Tabela 02 – p. 38 Espaço mínimo para gatos
Gráfico 01 – p. 12 Proporção de animais e crianças por domicílios
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