Coletivo Z.L. - Arte e Cultura Colaborativa

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC SANTO AMARO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Coletivo Z.L. - Arte e Cultura Colaborativa

Lucas de Oliveira Heringer Orientador: Professor Doutor Nelson Urssi

2017 3


AGRADECIMENTOS Agradeço acima de tudo aos meus pais Rubens e Leslie, por terem me ajudado e apoiado todos esses anos da faculdade, em todos os momentos de minha vida, por todos os momentos bons e ruins em que eu tive apoio deles, e pelo investimento em meu ensino durante todos esses anos, ao meu irmão Thiago também, mesmo longe, por todo apoio e carinho que me deu durante todos esses anos, ao meu orientador Professor Doutor Nelson Urssi pelos ensinamentos durante esse período de realização do trabalho, a todos os meus amigos que participaram dessa etapa importante da minha vida, que estiveram comigo em momentos de tensão, estresse, e até mesmo felicidade. Gostaria também de deixar como dedicatória especial, ao meu avô, Jader Heringer, que nos deixou no mês de novembro de 2017, todo meu amor e dedicação à ele neste trabalho, depois de anos de lutando pela vida. Que ele esteja bem e em paz aonde quer que esteja, enfim ele poderá descansar em paz.

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Esta noite, não sobrecarreguem seus corações pensando no melhor caminho. Pode ser que as trilhas nas quais cada um de vocês deve pisar já estejam diante de seus pés, embora talvez não consigam enxergá-las. - J.R.R. Tolkien

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RESUMO....................................................................................................................................7 INTRODUÇÃO............................................................................................................................9 1. CONTEXTUALIZAÇÃO..........................................................................................................................11 1.1 TECNOLOGIA E SOCIEDADE ................................................................................................17 1.2 TECNOLOGIA E ARQUITETURA ..........................................................................................23 1.3 TECNOLOGIA DE MATERIAIS................................................................................................33 1.3.1 ALUMÍNIO.............................................................................................34 1.3.2 BIOPLÁSTICO.........................................................................................37 1.3.3 VIDRO INTELIGENTE........................................................................................................39 2. REFERÊNCIAS PROJETUAIS...................................................................................................................42 2.1 ETOPIA–MCBAD...........................................................................................................................44 2.2 EDIFICIOSALUD –INGENNUS....................................................................................................45 2.3 CENTRO TECNOLÓGICO AIMEN...........................................................................................46 2.4 CENTRO TECNOLÓGICO MIGUEL DE EGUIA....................................................................47 2.5 INSTITUTO DE ONCOLOGIA DE SAINT LOUIS...................................................48 3. PROJETO.......................................................................................................................49 3.1 PARTIDO...............................................................................................52 3.2 RELAÇÃO COM O ENTORNO...........................................................................................56 3.3 JUSTIFICATIVA + PROJETO.......................................................................................................61 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................................................85 5. BIBLIOGRAFIA.............................................................................................................................................87

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RESUMO Este trabalho tem como objetivo principal o estudo das tecnologias atuais que estão inseridas em meio do cotidiano dos usuários, de como tais tecnologias (sejam por meio físico, ou até mesmo abstratos como apps) interferem de uma maneira positiva, neutra, ou negativa na vida de todos que as usam através da arquitetura e da vivência em sociedade. Tendo em vista os fatores que contribuem com estes dados de pesquisa sobre a tecnologia, o próximo passo é a elaboração de um Complexo Cultural, em união com uma área de lazer, e um ambiente de trabalho colaborativo (HUB), fazendo com que todas as áreas (cultura, lazer, trabalho e tecnologia) andem lado a lado para a evolução e valorização da tecnologia em meio arquitetônico e social. Dentro de um período breve, logo após a Guerra Fria, é notável uma constante evolução em meio da criação de tecnologias e desenvolvimento das mesmas, com o intuito de aperfeiçoar, aprimorar e constantemente expandir o mercado tecnologia, em diversas áreas, como por exemplo aparelhos eletrônicos, automóveis, e até mesmo na área da arquitetura, há uma constante evolução dentre estes meios com a criação de novas tecnologias e métodos de construção, como por exemplo o desenvolvimento e uso de materiais diversos dentro deste período. Para que a constante evolução e criação de novos métodos construtivos e de linhas de pensamento, é necessário que haja um incentivo em ambas as áreas, a da arquitetura, e da tecnologia, estimulando as pessoas a justamente exporem seu lado criativo para o mundo, e que consigam utilizar métodos viáveis para sua execução, como Zaha Hadid utilizou desde o início dos anos 1990, até cerca de 2010 métodos inovadores na concepção arquitetônica. Visando estes objetivos de estudo, o trabalho será dividido em: evolução da tecnologia dentro de um período de tempo de 80 anos, até os dias atuais, a materialidade utilizada na arquitetura dentro deste período de tempo, como a tecnologia moderna afetou o estilo de vida dos usuários no Boom Tecnológico nos anos 90, e partindo para a união da tecnologia na arquitetura, e como ambas andam lado a lado, e também o impacto na sociedade.

Palavras-Chave: Arquitetura, Tecnologia, Cultura, Sociedade, Colaborativismo 7


ABSTRACT This work has as main objective the study of the current technologies that are inserted in the daily environment of the users, of how these technologies (whether by physical means, or even abstract like apps) interfere in a positive, neutral, or negative way in life of all who use them through architecture and living in society. Considering the factors that contribute to this research data on technology, the next step is the development of a Cultural Complex, in conjunction with a leisure area, and a collaborative work environment (HUB), making all areas (culture, leisure, work and technology) go hand in hand for the evolution and valorization of technology in an architectural and social environment. Within a brief period, shortly after the Cold War, there is a constant evolution amid the creation of technologies and development of the same, with the intention of perfecting, improving and constantly expanding the market technology, in several areas, such as appliances electronics, automotive, and even in the area of architecture, ​​ there is a constant evolution among these means with the creation of new technologies and construction methods, such as the development and use of various materials within this period. For the constant evolution and creation of new constructive methods and lines of thought, it is necessary that there be an incentive in both the areas of architecture and technology, encouraging people to rightly expose their creative side to the world, and that they can use viable methods for their execution, as Zaha Hadid used from the beginning of the 1990s until about 2010 innovative methods in architectural design. Aiming at these study objectives, the work will be divided into: technology evolution within a time period of 80 years, to the present day, the materiality used in architecture within this period of time, as modern technology has affected the lifestyle of users in the Technological Boom in the 1990s, and starting for the union of technology in architecture, and how both go hand in hand, and also impact on society.

Keywords: Architecture, Technology, Culture, Society, Colaborativism 8


INTRODUÇÃO O ser humano sempre teve a necessidade de se inovar, expandir seus conhecimentos através de uma materialidade, ou até mesmo nos objetos que o mesmo utiliza em seu cotidiano, buscando meios de simplificar suas atividades e seus afazeres do cotidiano, como por exemplo, a invenção do automóvel para facilitar o deslocamento do ponto X para o ponto Y, reduzindo o tempo de viagem, e também aumentando o conforto de seus proprietários ou quem o utiliza. Partindo de um ponto de referência na história, a Primeira Revolução Industrial (cerca de 1750-1790), que foi um período de inovações tecnológicas intensas, exploração de materiais, desenvolvimento do sistema econômico, leis trabalhistas, e utilização de materiais até então utilizados para uma determinada função em outras funções, como por exemplo a arquitetura, a engenharia, e em objetos do nosso cotidiano, um exemplo foi o surgimento de brinquedos metálicos (em consideração à valorização do metal). Foi um período de extrema expansão comercial, industrial, e econômica, historicamente falando, a Inglaterra foi a pioneira, com a criação e investimentos em industrias, utilização do combustível ígneo, e na utilização do metal como sistema estrutural e construtivo (utilizado primeiramente em construções como os galpões e industrias da época, por conta do “poder” que o metal trazia na época, era questão de status, mostrar toda a grandiosidade do aço. Levando em consideração a materialidade arquitetônica e da engenharia, é possível notar que houve um padrão em diversas construções baseadas no seu contexto histórico, a utilização do tijolo e de pedras sempre foi um padrão “mundial”, devido à resistência que ambos apresentam, facilidade de manipulação, e pela facilidade de obtenção e de criação dos mesmos materiais. A partir da Segunda Revolução Industrial, surgiu uma expansão no transporte e mais ainda no investimento metálico, como por exemplo a utilização do alumínio e do aço, ambos juntos. Durante a época modernista da Arquitetura, o concreto e o vidro entraram em alta, por conta da sua expressividade e ousadia na arquitetura, vide a arquitetura brutalista e a modernista. As uniões de ambos os materiais tinham a intenção de trazer a grandiosidade da arquitetura com a transparência e a humanidade que ela também deveria possuir para todas as pessoas, não apenas ser uma construção, mas sim uma moradia, um lar, um lugar de permanência ou transição. Conforme os anos se passavam, estes materiais tomavam um novo rumo, dentro dos usos construtivos da arquitetura, porém eles eram usados de novas formas, por exemplo o vidro, antes mesmo da virada para o novo milênio, o vidro passou por transformações, houveram investimentos suficientes para criar novos tipos de vidro, como por exemplo: o aramado, impresso, fumê, acidado, temperado, serigrafado e até mesmo o vidro que pode se tornar uma parede totalmente opaca, vulgo o vidro inteligente (polarizado). Por que criar novos tipos de vidro? Simples, conforme a mente e a imaginação das pessoas foi evoluindo, foi necessário a criação de novos subtipos de materiais, para que fossem utilizados conforme a necessidade do arquiteto, ou do cliente, sendo assim, dando inúmeras possibilidades para a criação de novos projetos. Um exemplo é o Vidro Polarizado, criado com a intenção de dar total privacidade ao usuário, a partir do momento que se trata de um vidro que pode ser “ligado e desligado”, de acordo com o gosto do cliente. Isso evidencia a evolução em relação aos materiais que tivemos desde a Revolução Industrial.

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Outro material que tomou uma proporção de uso maior, gerando inovações em sua tecnologia, foi o metal, originando novos tipos de metal com uma diversidade enorme de propriedades, sendo assim, podendo utilizar diversos tipos para diferentes funcionalidades, ambientações, atmosferas e climas. Não somente no uso estrutural o metal tomou um novo rumo, mas também em questões decorativas, e estéticas, como por exemplo guarnições customizadas, detalhes na obra, fachadas, brises, etc. Ele tomou um caráter também na beleza e nos detalhes da arquitetura, tomando um lugar essencial de uso para diversos arquitetos pelo mundo, como é notável na arquitetura Desconstrutivista, Contemporânea e Moderna.

(Fonte: https://www.todamateria.com.br/primeira-revolucao-industrial/)

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CONTEXTUALIZAÇÃO

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Desde a época da Primeira Revolução Industrial (1780-1830), o mundo passou por diversas mudanças econômicas, em diversos setores que existiam, como por exemplo a manufatura, o comércio, e a agricultura. A economia mundial tinha se transformado de uma maneira muito rápida, e grande parte dela (tendo como referência a Primeira Revolução Industrial na Europa) era de industrias. Não demorou muito para que o modelo de economia industrial (originário da Inglaterra) fosse implantado em diversos outros países europeus, como foi o exemplo da Bélgica e da França. Nesse período, a grande evolução tecnológica e econômica que estava implantada nos países, eram as indústrias, o ser humano passou a utilizar as tecnologias presentes ali como meio de produção em massa, maquinizando o indivíduo como ferramenta de produção em larga escala, sendo assim, padronizando a mão de obra, tornando-a economicamente viável, e necessária. Os principais objetivos com a Primeira Revolução Industrial se tornaram: criar industrias para captar recursos e dinheiro tendo o mínimo possível de gastos, expandir as indústrias ao longo dos países, gerando um incentivo na economia, criar cada vez mais tecnologias novas para que fosse possível ampliar os negócios e também as possibilidades construtivas e de mercado. Com a Primeira Revolução Industrial, o mercado se tornou uma corrida que tinha como dois objetivos principais: a inovação tecnológica e o lucro. Quem tivesse maior quantidade de operários, maior quantidade de máquinas, e as máquinas mais avançadas tecnologicamente, obviamente sairia na frente, dentre todos os países que possuíam determinado sistema econômico com base na indústria.

Figura 1.0.1 – Exemplo de tecnologia utilizada em industrias de tecido no Século XVIII

Figura 1.0.2 – Fábrica inglesa do Século XVIII, um marco na indústria e na tecnologia da época

Fonte: Artista Desconhecido

Fonte: Artista Desconhecido

(Fonte: https://www.todamateria.com.br/primeira-revolucao-industrial/)

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Um pouco antes do início do Século XX, inicia-se um novo ciclo na economia e na tecnologia, que viria a ser a Segunda Revolução Industrial, e mais uma vez, o ser humano se vê obrigado a se reinventar, inovar, e criar mais uma vez, como foi no início da Primeira Revolução, porém dessa vez, o ser humano teve de ir além de apenas a mão de obra, ou o uso de novos materiais para a indústria. Foi com a Segunda Revolução que o ser humano percebeu o quão além eles podem ir utilizando a tecnologia a seu favor, a engenharia, a ciência, tudo estava de certa forma conectado, e estava a mercê do ser humano para que o mesmo utilizasse da maneira que fosse mais conveniente para ele mesmo. Tanto que foi com certos avanços da tecnologia de pesquisa e produção gerados nesse período do mundo, que foram desenvolvidos meios, técnicas e certas tecnologias utilizadas na Primeira Guerra Mundial. Com os avanços tecnológicos e industriais na metalurgia, foi possível desenvolver novos sistemas de produção, como foi o fordismo na produção de automóveis, porém a indústria automobilística foi apenas uma das áreas exploradas e incentivadas neste período, pois houve também a exploração petroquímica, elétrica, eletromecânica, e a utilização do motor a explosão. Uma das principais características da Segunda Revolução Industrial, foi essa separação de “classes”, como por exemplo a separação do profissional que pensa no projeto (o engenheiro) de quem o executa (o operário), foi a partir daí que houve uma segregação na área industrial bem maior, dividindo as pessoas em classes operárias. Isso foi uma característica muito forte do sistema taylorista, criado por Frederick Taylor, a divisão e a quebra de trabalho entre o intelectual e o manual. Foi com a Segunda Revolução Industrial que foi iniciado um processo que continuaria no Século XX, que é a exploração de novas matérias primas, como por exemplo o uso do petróleo como combustível, a continuidade do aço em produtos e construções como meio de mostrar o poder rígido que ele mesmo impõe, o uso da eletricidade nas fábricas e nas produções, até mesmo chegar as residenciais comuns, tornando algo que antes era inexistente, ou um luxo, num fator comum.

Figura 1.0.3 – Exemplo clássico do Fordismo, linha de produção, no início do Século XX Fonte: Artista Desconhecido

(Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/historiag/segunda-revolucao-industrial.html)

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Passando para o período Pós Segunda Guerra Mundial, foi um período de grande desenvolvimento industrial, tecnológico e econômico. O mundo ainda estava fragilizado com os resultados da guerra, assim como a economia também ficou, foi um tempo de inovações e desenvolvimentos de novos materiais, novas técnicas construtivas, isso gerou em todo o planeta um estímulo para que houvessem mudanças em diversas áreas, como a indústria, a área da construção civil e a arquitetura, a economia, e até mesmo no estilo de vida das pessoas. A tecnologia começou a tomar novos rumos, os Estados Unidos por exemplo, houve um grande estímulo das pessoas para a criação de métodos/objetos que fossem inovadores, e que pudessem mudar o estilo de vida americano, facilitando-o de qualquer forma que fosse, seja no cotidiano limpando a casa, para fazer as compras, se transportar de um lugar para o outro, ou até mesmo para se comunicar com pessoas de lugares distantes. Alguns exemplos de tecnologias que foram criadas nos Anos 50 após o período pós-guerra que mudaram o estilo de vida da população mundial seriam: o cartão de crédito, a televisão a cores e o micro-ondas. Esses são alguns exemplos de tecnologias palpáveis e de cunho simples que foram inventadas após esse período de tensão que foi a Segunda Guerra Mundial, que trouxe ao mundo um novo estilo de viver, e de ser. A arquitetura passou por uma enorme mudança também, em relação ao viver, ao permanecer, a residência não era mais apenas um lugar de morar, era uma questão de ser, estar, permanecer, transitar, a arquitetura passou por inovações na criatividade e na expressividade humana, seja ela estando de acordo com o que a sociedade “pregava” ou não, alguns arquitetos começaram a treinar novas técnicas construtivas, e com o pensamento humano divergente em questões de ideias, foi possível originar novos estilos arquitetônicos e de pensamentos. O uso de novos materiais por exemplo, foi um marco importante na arquitetura e na engenharia, isso acabou influenciando e muito o estilo de vida das pessoas, sejam elas as donas ou não dessas moradias. Isso não influenciava apenas quem morava, mas também despertava a curiosidade de quem passava e via a casa, com a variação de materiais utilizados na construção dela. Tomando o Modernismo Brasileiro como modelo, a arquitetura brasileira estava num período de grande desenvolvimento e definição, o modernismo era a tendência do momento, era o momento da expressividade do arquiteto brasileiro, um período de revolução na idealização e na expressão dos arquitetos e artistas brasileiros, isso fez com que vários arquitetos desenvolvessem projetos que antes, seriam considerados um tabu, seja nas formas, na execução e na materialidade. Houve uma valorização enorme no estar do ser humano na arquitetura, era evidente a valorização da qualidade de vida humana dentro das residências, como por exemplo áreas mais amplas, abertas e iluminadas, utilização do vidro e de cobogós, valorizando a passagem de ar, luz, e a visibilidade dos ambientes de um para o outro, as pessoas não estavam mais enclausuradas em suas residências, um exemplo clássico da arquitetura brasileira que envolve todo esse raciocínio metodológico, é a Residência Castor Delgado Perez, do arquiteto Rino Levi, que utiliza tanto essa evolução de pensamento humanístico, quanto a tecnologia construtiva que até então, era a mais atual, em relação à execução e materialidade.

(Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/caderno-3/as-influencias-do-modernismo-brasileiro-1.998952)

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Figura 1.0.4 – Sala de Estar da Residência Castor Delgado Perez, evidenciando a amplitude e a transparência do ESTAR Fonte: Acervo Digital Rino Levi, FAU PUC Campinas

Figura 1.0.5 – A relação natureza – arquitetura – indivíduo Fonte: Acervo Digital Rino Levi, FAU PUC Campinas

Figura 1.0.6 – A influência da luz e dos cheios e vazios na vida de quem utiliza da arquitetura Fonte: Acervo Digital Rino Levi, FAU PUC Campinas

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A arquitetura, em união com a tecnologia, os avanços tecnológicos e o futuro começaram a ser idealizados pela sociedade, na metade do século XX, as pessoas passaram a ver a arquitetura e a tecnologia de uma maneira completamente idealizada, algumas vezes genérica, nos próximos anos que viriam, ênfase no início do século XXI. Foi criada uma imagem do que viria a ser a moda, a arquitetura, que foi completamente idealizada, como por exemplo o uso de roupas prateadas, designs modernos e coloridos. É notável a imagem de futuro que a sociedade tinha como é evidente em desenhos da época, como era representado em desenhos como Os Jetsons, nas quais as moradias eram ilhas flutuantes nas quais possuíam construções predominantemente redondas, de vidro, e totalmente simétricas. Entretanto, também idealizava uma ideia de arquitetura que se assemelhava à arquitetura Modernista, ou até mesmo a arquitetura Desconstrutivista, mostrando a modernização das moradias, e a utilização de materiais primordiais como o vidro e o metal para a criação destas moradias. Foi esse o estilo de arquitetura que foi idealizado para o futuro que estava por vir, a simetria, a clareza e pureza de materiais, a variação da forma que era gerada, isso não estava somente presente em desenhos (que eram um agente forte na transição e troca de informações e ideias), mas também como foi em filmes, revistas, seriados, etc. Tudo que estivesse presente na cultura Pop, ou como foco da mídia na época, acabava se tornando um transmissor/formador de ideias da sociedade. A arquitetura tomava uma proporção gigantesca, era visível a influência do fator da tecnologia e cultura pop em união a arquitetura, ambos andavam lado a lado e eles geravam (um para o outro em uma via dupla), influência e referencias projetais e demonstrativas, como foi a arquitetura de Oscar Niemeyer e de John Lautner em desenhos da época, filmes, seriados de TV, tudo que transmitisse uma ideia para uma massa de pessoas que estão assistindo, gerando um fator de influência. Esse futuro arquitetônico idealizado foi a ideia formada de estilo que seria uma verdade absoluta no futuro, o uso de materiais limpos e mínimos, a pureza do vidro e a transmissão de ideia que o metal trás para os projetos, formas orgânicas ou acentuadas tomariam conta da arquitetura e da engenharia futura, por partes, isso não deixou de ser um fato, porém não do jeito como todos que tinham essa idealização de mundo futuro esperava, até o início dos anos 70 e 80. Com o surgimento de novas tecnologias e métodos de desenvolvimento para criação e execução de projetos, foi possível ir além do que, até então, havia sido feito e projetado, como por exemplo a arquiteta Zaha Hadid, que passou a projetar, e idealizar uma arquitetura que ultrapassava os limites da imaginação das pessoas, sendo comparada até mesmo com o futuro idealizado nos anos 50 e 60 em relação ao mundo da arquitetura. Zaha, por exemplo, em uma entrevista realizada pela Revista AU em 2011, dentro da sede das olimpíadas no Centro Aquático de Londres, falou sobre sua experiência nos anos 70 com a tecnologia utilizada em seus projetos, quando questionada sobre o uso da plataforma BIM e softwares para o desenvolvimento de seus projetos: “... E houve uma grande mudança nas últimas décadas, de pessoas que fazem projetos apenas por computador. É incrível o que os avanços da computação trouxeram aos arquitetos, mas ainda acho que o poder do desenho feito à mão é importante, e sua falta nos tirou algo. Com o computador, muito pode ser feito em termos de complexidade. Mas quando se desenha à mão, você constantemente descobre e experimenta novas ideias. Desenhar é muito importante para mim. ” (HADID, Zaha, Revista AU, e.211, PINI, Londres, 2012) (Fonte: http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/218/artigo258242-1.aspx)

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1.1. –TECNOLOGIA E SOCIEDADE Tomando como referência o período da era digital para falar sobre a tecnologia em influência na sociedade, e na vida cotidiana das pessoas, desde o final dos anos 70 até os dias atuais, é evidente como o ser humano mudou seu estilo de vida através da tecnologia, seu jeito de portar-se na sociedade, no meio que está inserida, e em relação a todas as demais pessoas ao seu redor. A sociedade sofreu diversas mudanças em relação ao seu jeito de ser e estar, isso com influência de novas tecnologias que foram criadas e adaptadas ao longo dos anos, não somente entre os anos 1970 e 2017, mas dentre ao longo da história, com ênfase na Terceira Revolução Industrial, que se iniciou uma era de tecnologias, conectividade, e de inovações de alto nível em relação ao que era existente na época. Durante todo o período da segunda metade do Século XX, até os dias atuais, o mundo passou a buscar uma constante alteração em suas tecnologias e inovações, tendo o foco: o lucro, o desenvolvimento humano, a melhoria na qualidade de vida das pessoas, influenciar o método como as pessoas se comportam e agem na sociedade, e de que maneira farão isso. Com a globalização, isso foi cada vez mais frequente, com o desenvolvimento da comunicação, meios de informação e de transporte, não era mais necessário esperar meses e meses para receber uma encomenda, ou até mesmo uma carta de alguém que está distante, em outra cidade, estado, país ou continente. Com a era digital, e o surgimento de tais tecnologias, é possível conectar-se com o mundo de uma maneira incrivelmente rápida e prática, podendo se comunicar de uma maneira jamais antes vista. A tecnologia ajudou não só na comunicação entre as pessoas de diferentes países e culturas, mas também ajudou a relação entre as nações, a diversificação dos povos por meio da comunicação e da globalização. Um exemplo notável de como as tecnologias passaram por um processo de evolução, foi com a aviação, um voo hoje em dia de 12 horas é considerado um voo longo, e com esse período de tempo, é possível transitar de um país a outro, porém, cerca de décadas atrás, uma pessoa levava dias, até mesmo meses para podre transitar e viajar, ficando dias ou meses ao mar na esperança de chegar ao seu destino. A tecnologia que foi criada/solidificada no período da Terceira Revolução ajudou para consolidar o Sistema Capitalista Financeiro como o sistema econômico predominante no planeta, ao mesmo tempo que ele visava os lucros e o ganho de patrimônio líquido, também tinha como objetivo expandir as tecnologias que eram inventadas para manter o público, de certa maneira, “atraídas” à empresa que fornecia o serviço/produto, mantendo um grau de fidelidade a partir do momento que as pessoas se sentem atraídas pelo que é fornecido a eles de forma atrativa.

(Fonte: Annazezula Wordpress, Maps of the Aircraft Global Connection 12/09/2013)

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Figura 1.1.1 – Mapa mostrando a conectividade entre países através de origem e destino dos voos em 2010 Fonte: Annazezula Wordpress

Com o Boom Tecnológico que ocorreu em meados dos anos 80 para os anos 90, juntamente com o fim da bipolarização geopolítica, serviu de “impulso” para o início da Era da Informação, também conhecida como Era Digital. Foi nesse período que a sociedade passou por uma enorme mudança em seu comportamento e estilo de vida, devido a criação de novas tecnologias, que moldavam o jeito das pessoas de agirem, serem e pensarem. Uma vez que o mundo tivesse passado pelo processo da globalização do jeito que foi na segunda metade do Século XX, e logo em seguida, o mundo não estivesse mais dividido em dois polos geopolíticos, foi possível pôr em prática um método para unificar as nações, não de uma forma geográfica ou territorial, mas sim de uma maneira instrutiva, informacional e digital. A Era Digital serviu de gancho para a transição de dados entre os usuários da rede a partir do início em que foi consolidada de forma aberta ao público, uma vez que a mesma permanecia de uso restrito para divisões militares de países, servindo de ferramenta para a troca de informações sigilosas governamentais. Uma vez que nos anos 80 a internet foi introduzida para as pessoas, a população passou a utilizar como era conveniente para os mesmos, seja para divulgar trabalhos de forma ainda “primitiva” digitalmente, ou se conectar e trocar informações com pessoas de outros países e culturas. Um exemplo notável de como a tecnologia influenciou na sociedade, e na maneira de agir e pensar, foi a série de protestos e de manifestações que ocorrem por todo o Oriente Médio, conhecida mundialmente como a Primavera Árabe, que ocorreu dentro do período de 2010 até 2012. A Primavera Árabe foi uma sequência de manifestações contra os governos autoritários do Oriente Médio em países como: Egito, Tunísia, Síria, Líbia, Sudão e Arábia Saudita.

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Estes foram os principais países nos quais a Primavera Árabe recebeu a atenção do mundo, tudo graças a transição de informações, e a quantidade de informações que era trocada durante esse período entre os países árabes e os países ocidentais. Com o uso de redes sociais como Facebook, Twitter e vídeos postados no YouTube, foi possível que o Oriente médio mostrasse ao mundo o tamanho da opressão sofrida pelos governos autoritários no Oriente. Com os meios de comunicação e informação tomando conta cada vez mais e mais do planeta, as pessoas estão evoluindo cada vez mais em relação à conectividade e a troca de informações e conversação entre os mesmos. A Primavera Árabe só foi possível por conta das redes sociais, e da transição de dados e informações entre diferentes culturas e povos de diversos países ao redor do mundo, evidenciando como a tecnologia no decorrer de alguns anos, e em questão de alguns dias, pode dar a um povo de determinado país, um curso totalmente diferente de sua história, algo que antes era impossível em questões quânticas mínimas como é na era digital. Outro fator decisivo para o método de como as pessoas se portam, e agem em uma sociedade, é o uso de aparelhos (conhecidos como Gadgets mundialmente) em seu cotidiano, um exemplo é o Smartphone, que é presente em todo o planeta nos dias atuais, ou notebooks também. O que antes só era possível utilizar em casa (telefone e computador), se tornou algo móvel, e totalmente usual em espaço público nos dias atuais, os smartphones se tornaram algo normal no cotidiano do ser humano. É comum ver hoje em dia as pessoas utilizarem smartphones enquanto andam na rua, esperam alguém em determinado ponto de uma galeria ou num shopping, vendo um vídeo enquanto espera sua comida em uma lanchonete, e tudo isso não era possível há alguns anos atrás, foi um grande choque na realidade do ser humano a partir do momento que os smartphones entraram na vida das pessoas. A tecnologia também auxiliou o ser humano a ser mais perceptivo e pragmático, seja para a pontar e perceber problemas da nossa realidade e sociedade, ou até mesmo em questões positivas para a mesma. Tanto como registrar uma paisagem urbana e compartilhar ela numa rede social, pode se tornar uma forma de protesto, ou até mesmo de apontar, e mostrar um problema/ qualidade de um lugar em específico, a fim de mostrar como e o que melhorar/resolver neste lugar, ou promover o mesmo de uma maneira positiva, como um meio de propaganda. Em meio dessa era digital, de perceber, observar, e gravar a paisagem urbana, é possível ver como as pessoas tem métodos diferentes de percepção, ou seja, elas gostam de registrar momentos urbanos que são convenientes para eles, ou até mesmo marcantes. A tecnologia para pessoas que nasceram em meio dessa “era digital”, é algo que se tornou comum, tornando-se parte da vida dos mesmos, em muitas vezes, é difícil de desassociar a tecnologia da vida cotidiana. Porém nem sempre a tecnologia tem um fator positivo na vida dos usuários e pessoas ao longo da sociedade, em vários casos é possível notar um fator de exclusão, ou até mesmo de alienação por meio da tecnologia, substituindo hábitos normais e antigos como conversar pessoalmente, ou criar novas amizades, por utilizar o celular para se comunicar com pessoas próximas, ou utilizar aparelhos eletrônicos e digitais em momentos/lugares reservados para o convívio. A tecnologia também auxiliou o ser humano a ser mais perceptivo e pragmático, seja para a pontar e perceber problemas da nossa realidade e sociedade, ou até mesmo em questões positivas para a mesma. Tanto como registrar uma paisagem urbana e compartilhar ela numa rede social, pode se tornar uma forma de protesto, ou até mesmo de apontar, e mostrar um problema/ qualidade de um lugar em específico, a fim de mostrar como e o que melhorar/resolver neste lugar, ou promover o mesmo de uma maneira positiva, como um meio de propaganda. 19


Em meio dessa era digital, de perceber, observar, e gravar a paisagem urbana, é possível ver como as pessoas tem métodos diferentes de percepção, ou seja, elas gostam de registrar momentos urbanos que são convenientes para eles, ou até mesmo marcantes. A tecnologia para pessoas que nasceram em meio dessa “era digital”, é algo que se tornou comum, tornando-se parte da vida dos mesmos, em muitas vezes, é difícil de desassociar a tecnologia da vida cotidiana. Porém nem sempre a tecnologia tem um fator positivo na vida dos usuários e pessoas ao longo da sociedade, em vários casos é possível notar um fator de exclusão, ou até mesmo de alienação por meio da tecnologia, substituindo hábitos normais e antigos como conversar pessoalmente, ou criar novas amizades, por utilizar o celular para se comunicar com pessoas próximas, ou utilizar aparelhos eletrônicos e digitais em momentos/lugares reservados para o convívio.

Figura 1.1.2 – Charge ironizando o uso da tecnologia em momentos cotidianos e simples, mostrando como é a relação das pessoas na era digital através da tecnologia Fonte: Jornal GGN, por Jota A. Botelho

(Fonte: http://revistazcultural.pacc.ufrj.br/o-consumo-de-smartphone-entre-jovens-de-camadas-populares/)

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Figura 1.1.3 – Pesquisa autoral sobre o uso de smartphones realizada na cidade de São Paulo, evidenciando que a maioria dos usuários são jovens, e não conseguiriam viver como vivem atualmente, sem o uso de smartphones, mostrando o impacto que o mesmo teve em suas vidas Fonte: Autoral, por Lucas Heringer

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Dentre os 45 jovens entre 15 e 25 anos de idade que responderam à pesquisa, 35 responderam que utilizam os aparelhos em ambientes públicos como ruas, shopping, galerias, com frequência, e 31 deles responderam que não conseguiriam viver sem o uso dos seus aparelhos celulares, é evidente como o uso de aparelhos é muito influente entre essa faixa etária. Certamente não dá para tomar uma pesquisa como um resultado definitivo e absoluto sobre o uso de tecnologia entre as gerações e sua influência, porém é notável em ver como que a maioria de toda a juventude pesquisada toma como um fator decisivo de sua vida, o uso de smartphones, afinal, foram a primeira geração de jovens a presenciar a chegada de smartphones, eles basicamente nasceram e cresceram com os smartphones. Algumas pessoas com mais idade utilizam smartphones apenas por sua praticidade e pelos seus diversos usos, pois apresentam uma facilidade para lidar com as novas tecnologias, porém a outra parcela, não gosta de utilizar, pois não estão habituados com o uso de tais tecnologias, logo é notável como esse uso de tecnologia é algo completamente variável em relação a sua adaptação de uso. Assim como qualquer vício, quanto mais o uso da tecnologia, maior será sua dependência, podendo causar uma abstinência e uma dependência tecnológica como é notável em jovens da geração atual. Porém, não é de todo o mal o uso da tecnologia também, com o uso constante e recentes adaptações e melhoramentos, é notável como o desenvolvimento das mesmas vai sendo cada vez mais e mais frequente, tornando a tecnologia cada vez mais um fator favorável para o uso humano, podendo ser usada para um uso melhor para a sociedade.

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1.2. –TECNOLOGIA E ARQUITETURA Que a tecnologia foi, e ainda é um fator muito influente na vida do ser humano, é indiscutível, de todas as maneiras, desde os primórdios das tecnologias mais primitivas da humanidade, até as mais atuais, porém, a tecnologia desenvolve e abrange diversas ramificações, como foi com a área da tecnologia e da construção/representação arquitetônica e urbana. Na área da arquitetura, a tecnologia se tornou muito presente com o desenvolvimento de softwares que abrange desde a concepção do projeto, a sua representação nos primeiros estudos, quanto no seu método construtivo, e até mesmo os materiais utilizados. Ou seja, a arquitetura passou por uma enorme evolução por volta dos anos 80 e 90, com a evolução e expansão do uso de computadores para o lazer, e até mesmo nas áreas de caráter profissional e coorporativa. Com a expansão tecnológica, foram possíveis a criação e o desenvolvimento de algumas plataformas digitais de representação e criação, como é o caso da Plataforma BIM, que constitui em um software de criação projetual 3D que trabalha com a compatibilização do projeto como um todo, ou seja, o projeto passa por uma série única de alterações, acompanhando em tempo real todas as áreas ao mesmo tempo, como por exemplo a estrutural, a hidráulica, a elétrica, e a arquitetônica. Conforme a tecnologia e a arquitetura foram sofrendo alterações, cada vez mais se viu a necessidade de evoluir de forma ritmada, lado a lado, tendo como visão a forma mais clara, pura e realista de representação em relação a fidelidade do conceito do projeto com o seu resultado final. Porém a tecnologia na área da arquitetura não se resume apenas em como ela será representada para a sociedade, mas sim também como é executada, e como ela funciona logo depois de finalizada. A tecnologia ajudou a compreender melhor o projeto, como meio de visualizar de uma forma muito mais realista e próxima do original, afim de mostrar e detalhar com perfeição o projeto e como o mesmo será inserido na sociedade. Porém, além da representação, a execução do projeto também passou por uma evolução, pois os métodos construtivos passaram por uma fase de que, era necessário um método mais simples, rápido e barato para a execução de um projeto, seja por meio de novos materiais, mão de obra, ou de maquinário para sua execução. Um bom exemplo de tecnologia aplicada na área da construção e execução dos projetos a fim de compatibilizar e economizar custos, é o projeto Apis Cor, que consiste em um robô programado para construir residências em 24 horas. O Apis Cor é uma espécie de robô para impressão 3D, porém ele funciona em uma escala bem maior do que as convencionais, e é facilmente configurado para levantar uma residência para duas pessoas em uma pequena casa. Ela segue o mesmo princípio das impressoras 3D, ela é configurada com um modelo 3D no computador, que consiste na compatibilização com certos softwares de desenvolvimento 3D, que são lidos e então as dimensões e configurações são enviadas para o braço robótico, que executa as ordens com exata precisão dimensional e espacial no solo que foi configurada. A empresa Apis Cor, desenvolvedora do robô, relatou que o seu propósito, é viabilizar e acelerar a construção civil de residências numa escala muito grande, tornando possível a criação de novos projetos de forma mais rápida, e executa-los de uma maneira mais precisa, rápida e segura, buscando sempre expandir e aumentar a demanda conforme os projetos vão crescendo, senda de escala, ou até mesmo em questão quantitativa. (Fonte: https://arcoweb.com.br/noticias/tecnologia/cinco-novas-funcoes-arquitetura-criadas-pela-tecnologia)

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Esse é apenas um dos exemplos mais notáveis que há na evolução da tecnologia como método construtivo, certamente existem diversos métodos, sempre buscando viabilizar e facilitar a construção de projetos de uma forma mais simples e prática em vez de um projeto pequeno levar meses para ser executado, ou até mesmo anos. Além da parte de execução do projeto, a tecnologia sofreu um desenvolvimento enorme na parte da idealização, representação e até mesmo na sua questão funcional logo depois que o projeto está pronto, como o uso de materiais de ponta que foram criados nos últimos anos com o objetivo de facilitar e melhorar a vida de quem usufrui do projeto realizado, seja em questões de conforto, ou até mesmo em relação à sua funcionalidade e ambientação. Com os softwares mais sofisticados que existem no mercado, é possível chegar em um resultado de imagens que se assemelham de uma forma muito precisa da realidade em relação ao projeto, sua funcionalidade, e a vivência das pessoas no projeto, mostrando exatamente como os projetos vão ser logo após finalizados, dando a possibilidade de gerar um universo virtual para visualizar melhor o projeto com relação do entorno inserido, e a socialização das pessoas no mesmo. Um exemplo de como a área de representação vem crescido em meio da arquitetura, é com o artista visual Will Rayner, formado em arquitetura pela Universidade de Kent, trabalhou em escritórios famosos como o Foster&Partners, Claridge Architects e 10eightytwo (aonde trabalha atualmente como desenvolvedor 3D.

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Assim como Will Rayner, muitos arquitetos se identificam muito com a área de representação projetual e a modelagem de projetos 3D, e acabam se tornando ilustradores 3D, por gostarem de criar e projetar edificações, criar universos tridimensionais no computador, e ver o resultado final, e também por se identificarem mais com a área de representação do que a própria concepção do projeto. Para Rayner (2014), não é apenas o seu trabalho criar modelos 3D e trabalhar a visualização dos mesmos, é um hobbie que resolveu adotar como profissão pelo seu gosto de criar e modelar projetos, tanto seus quanto de terceiros, e depois ilustrá-los de forma realista e limpa. É dessa maneira que a tecnologia influencia na arquitetura na área da concepção e representação, de dar a oportunidade dos arquitetos ou parceiros mostrarem o trabalho final, ou pelo menos a idealização do mesmo pronto. Esse é apenas um dos exemplos mais notáveis que há na evolução da tecnologia como método construtivo, certamente existem diversos métodos, sempre buscando viabilizar e facilitar a construção de projetos de uma forma mais simples e prática em vez de um projeto pequeno levar meses para ser executado, ou até mesmo anos. Além da parte de execução do projeto, a tecnologia sofreu um desenvolvimento enorme na parte da idealização, representação e até mesmo na sua questão funcional logo depois que o projeto está pronto, como o uso de materiais de ponta que foram criados nos últimos anos com o objetivo de facilitar e melhorar a vida de quem usufrui do projeto realizado, seja em questões de conforto, ou até mesmo em relação à sua funcionalidade e ambientação.

“Comecei enquanto trabalhava em ‘Foster & Partners’. Então me encontrava trabalhando em vários projetos, em particular um plano diretor para o qual as imagens estavam sendo desenvolvidas fora da empresa pelo grupo dbox. Ao ver as imagens fiquei impressionado e comecei a alterar o lado bidimensional das coisas, para começar a aprender os princípios básicos da modelagem 3D. Considerando que estava estudando na época, comecei a desenvolver minhas habilidades fotográficas e tive a oportunidade de trabalhar produzindo imagens para outro escritório em Londres: Claridge Architects. Logo considerei que era o momento de me dedicar à indústria da visualização. Tive a sorte de começar minha carreira com dbox, que me inspirou e incentivou meu amor pelas imagens em 3D e a atenção ao detalhe. ” (RAYNER, Will, entrevista para o Archdaily, EUA, 2014)

(Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-172460/tecnologia-e-arquitetura-10eightytwo)

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Figura 1.2.1 – Robô da empresa Apis Cor, em execução, mostrando como é a construção de suas casas, o trabalho ao todo leva cerca de 24 horas para a conclusão Fonte: Apis Cor

Figura 1.2.2 – A Primeira casa “impressa” pelo robô da Apis Cor, foi construída na Rússia Fonte: Apis Cor

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Assim como Will Rayner, muitos arquitetos se identificam muito com a área de representação projetual e a modelagem de projetos 3D, e acabam se tornando ilustradores 3D, por gostarem de criar e projetar edificações, criar universos tridimensionais no computador, e ver o resultado final, e também por se identificarem mais com a área de representação do que a própria concepção do projeto. Para Rayner (2014), não é apenas o seu trabalho criar modelos 3D e trabalhar a visualização dos mesmos, é um hobbie que resolveu adotar como profissão pelo seu gosto de criar e modelar projetos, tanto seus quanto de terceiros, e depois ilustrá-los de forma realista e limpa. É dessa maneira que a tecnologia influencia na arquitetura na área da concepção e representação, de dar a oportunidade dos arquitetos ou parceiros mostrarem o trabalho final, ou pelo menos a idealização do mesmo pronto. Com os softwares mais sofisticados que existem no mercado, é possível chegar em um resultado de imagens que se assemelham de uma forma muito precisa da realidade em relação ao projeto, sua funcionalidade, e a vivência das pessoas no projeto, mostrando exatamente como os projetos vão ser logo após finalizados, dando a possibilidade de gerar um universo virtual para visualizar melhor o projeto com relação do entorno inserido, e a socialização das pessoas no mesmo. Um exemplo de como a área de representação vem crescido em meio da arquitetura, é com o artista visual Will Rayner, formado em arquitetura pela Universidade de Kent, trabalhou em escritórios famosos como o Foster&Partners, Claridge Architects e 10eightytwo (aonde trabalha atualmente como desenvolvedor 3D.

“Creio que não se encontre muita gente que tenha um trabalho que também considere seu hobby. Muitas vezes me encontro lendo sobre outros artistas e pesquisando para experimentar novas técnicas no meu tempo livre. Estou sempre buscando melhorar a qualidade de cada imagem em uma direção que a torne cada vez mais realista. O único problema é que nunca estou 100% satisfeito com cada imagem...” (RAYNER, Will, entrevista para o Archdaily, EUA, 2014)

(Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-172460/tecnologia-e-arquitetura-10eightytwo)

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Figura 1.2.3 – Strawberry Vale, trabalho de modelagem e renderização por Will Rayner, evidenciando a eficiência dos softwares 3D para uma melhor visualização Fonte: 10eightytwo, por Will Rayner

Figura 1.2.4 – Lawnhurst Home, um dos projetos do artista Will Rayner Fonte: 10eightytwo, por Will Rayner

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Partindo para o uso das tecnologias na própria obra já terminada, é notável a importância que a mesma possui em relação ao conforto e à preocupação com o meio ambiente, e a natureza, como por exemplo o reuso de água, e a utilização sustentável e ecologicamente correta de energia elétrica. Seja na utilização dos materiais corretos, ou até mesmo na maneira como o projeto foi criado, alguns edifícios possuem desde a parte primária de sua concepção uma influência muito grande da tecnologia, com a finalidade de melhorar a qualidade de vida das pessoas que usufruem do projeto, e/ou até mesmo com uma visão mais sustentável da arquitetura para o meio ambiente. Tomando como exemplo nacional, um projeto que é notável um exemplo (até mesmo internacionalmente) é o Eldorado Business Tower, localizado no bairro de Pinheiros, em São Paulo, e projetado pelo escritório de arquitetura Aflalo&Gasperini, e um exemplo internacional, o edifício Taipei 101, localizado na cidade de Taipé em Taiwan, e projetado pelo arquiteto C. Y. Lee. Inicialmente falando do projeto Eldorado Business Tower, inaugurado em 2007 ele foi o primeiro projeto a receber o certificado Platinum, o mais alto na categoria América Latina, isso graças ao seu método construtivo e o uso de seus materiais de uma maneira ecologicamente correta, sendo um dos projetos mais sustentáveis de São Paulo, e até mesmo de toda a América Latina. O projeto conta com a utilização em toda a sua fachada do vidro denominado Low-e, que tem a função de reter o calor que é transmitido por ele. Ele conta com uma camada extrafina de metal de baixa emissividade em um de seus lados, com isso, é possível barrar a transmissão e a passagem de raios UV e UF, ou seja, o vidro permite a passagem de luz natural para o interior do edifício, porém barra a transmissão de calor do mesmo. Não somente a fachada é tecnicamente ecológica e sustentável, o seu sistema de ar condicionado é um dos mais econômicos e ecologicamente corretos do mercado, que é o modelo VRV III (volume de refrigeração variável). O projeto conta com um sistema único de ar condicionado, ou seja, as empresas que são locatárias do edifício pagam apenas pelo o que consomem no sistema de ar condicionado. Além do uso de materiais sustentáveis e que contribuem para o maior conforto dos usuários, o projeto ainda conta com o uso de elevadores que possuem uma espécie de dínamo, que a cada ida e volta do elevador durante suas viagens, a energia gasta é reutilizada e reaproveitada, sendo assim, gera uma economia de 50% em relação ao uso de um elevador comum. Toda a água que é utilizada no projeto, é reutilizada tanto para o uso de sistemas hidráulicos internos do prédio (que são distribuídas de novo para banheiros) quanto para a área externa, assim podendo ser utilizada em todo o sistema de irrigação. A água da chuva é coletava e armazenada para o uso geral do projeto também, e o edifício conta com um sistema de filtragem de particulados internos. Os motivos pelos quais o projeto Eldorado Business Tower recebeu o certificado Platinum são: o fácil acesso ao projeto devido a sua localização em um meio urbano altamente denso, a solução ecológica utilizada no mesmo em relação aos materiais e equipamentos internos para a economia de energia e água e a sua pureza projetual, dando uma cara nova à sua localização com seu uso de materiais mais leves.

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Figura 1.2.5 – Eldorado Business Tower Fonte: Vitruvius, foto por Daniel Ducci

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Partindo para o projeto Taipei 101, localizado em Taiwan, inaugurado em 2007 e elaborado pelo arquiteto C. Y. Lee, o edifício conta com 101 andares de uso comercial, coorporativo e serviços, é o terceiro prédio mais alto de todo o mundo (ficando apenas atrás dos edifícios Burj Khalifa dos Emirados Árabes, e do Abraj Al Bait Towers da Arábia Saudita), e é considerado um dos edifícios mais imponentes já construídos. Iniciando pelo seu método construtivo, ele foi projetado desde o início com o princípio básico da segurança contra fenômenos naturais, como terremotos e tufões, que são comuns nessa parte da Ásia, isso é possível por conta de sua estrutura metálica reforçada em todos os seus andares, e graças a uma esfera de metal de 728 toneladas no topo do edifício, que serve de “contrapeso mecânico” para manter o equilíbrio caso haja algum abalo sísmico. Graças a estrutura reforçada, e ao contrapeso no topo do prédio, os arquitetos e engenheiros garantem que o edifício Taipei 101 é capaz de sobreviver até os mais fortes terremotos que já aconteceram na Terra nos últimos 2,5 mil anos, fora as fortes rajadas de vento da região que chegam até 60 metros por segundo. Em 2015, o edifício foi capaz de resistir a passada do Furacão Soudelor, os ventos chegaram à 200km/h. Em questões de economia de energia, o Taipei 101 conta com cerca de 3,4 mil dispositivos de detecção de movimento, com isso, o ar condicionado pode ser diminuído, aumentado e até mesmo desligado caso os sensores percebam que o ambiente está vazio, ou se necessita de uma potência maior por conta de mais pessoas, ou menos potência caso o ambiente esvazie. Com esse sistema inteligente de presença e controle, estima-se que por ano, o edifício consegue economizar (tomando como referência um projeto do mesmo porte) cerca de 700 mil dólares. Contudo, é o maior edifício do mundo com a certificação LEED, e o quarto maior de todo o mundo com a certificação Council on Tall Buildings and Urban Habitat, que consiste em uma premiação para edificações sustentáveis de acordo com a altura da edificação e os seus usos.

Figura 1.2.6 – Contrapeso de 728 toneladas do Taipei 101 Fonte: riNux, via Flickr

(Fonte: http://portalarquitetonico.com.br/taipei-101/)

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Figura 1.2.7 – Taipei 101 Fonte: Vitruvius, foto por Daniel Ducci

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1.3. –TECNOLOGIA DE MATERIAIS A partir do momento que o ser humano percebeu como a arquitetura era algo muito volátil e adaptável a si mesmo, o ser humano passou a buscar novas maneiras de adaptar a arquitetura a si mesmo, seja em relação ao conforto, ao seu estar e até mesmo como seria permanecer e transitar nesse ambiente. A partir de novas percepções na arquitetura e na vivência humana, lado a lado com a evolução e adaptação da tecnologia, foram desenvolvidos novos materiais para melhor conforte e vivência nos projetos que eram elaborados, eles tinham como finalidade mostrar como a arquitetura evoluiu a um ponto que o projeto era completamente ajustável para as pessoas de acordo com as necessidades ou gosto. Seja por estética ou por sua funcionalidade projetual, os materiais sofreram uma enorme mudança no decorrer dos séculos, passando desde o uso de barro bruto, até mesmo para a pedra, depois para o metal e o concreto armado, e hoje em dia encontramos ainda sim, os mesmos materiais, incluindo outros materiais contemporâneos em construções, como é o caso de Plásticos especiais, tipos leves de Metais, Vidros tecnológicos e inteligentes que servem para melhor adaptação do projeto. A questão da tecnologia andou lado a lado com a evolução do método de como as pessoas pensavam e executavam a arquitetura e o seu meio envolvido, decidindo tornar a arquitetura adaptável as pessoas, e vice-versa, unindo ambos no mesmo meio, mostrando como a evolução arquitetônica foi proporcional a tecnológica em questões de execução da mesma e de projeto.

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1.3.1 – ALUMÍNIO O alumínio é um metal leve que se encontra em abundancia no planeta terra, comparado aos demais elementos, ele é o 3º elemento mais abundante na terra, sendo o 1º em relação aos materiais metálicos, tendo um preço muito em conta em relação aos demais metais por se tratar de um material leve, e de fácil acesso. A partir da Revolução Industrial, o metal começou a ser utilizado na arquitetura como em estruturas metálicas, por se tratar de um material de grande resistência a torção, e compressão, sofrendo pouca deformação quando submetido em tais condições. Porém, somente no século XX o alumínio começou a ser explorado como uma possibilidade construtiva e material para a arquitetura. O alumínio pode ser um material considerado “normal e simples”, porém ele possui propriedades que beneficiam e muito na arquitetura e de demais áreas como a confecção de peças e de objetos, tais benefícios podemos citar os principais: • Material Leve (4 vezes mais leve que o cobre) • Possui a capacidade de reflexão de luz • Material impermeável, e não inflamável • Material 100% reciclável • Altamente resistente a corrosão • Possibilidade de adição de elementos variados, formando ligas variadas de propriedades exclusivas Por se tratar de um material leve e em abundancia no planeta, o alumínio se tornou a opção de diversos arquitetos e engenheiros em relação a construção civil, na hora de utilizar em projetos, seja em questões estéticas ou estruturais, devido a sua fácil manipulação e obtenção. Ele tem sido muito utilizado em detalhes construtivos, como por exemplo detalhes de fachadas paramétricas, confecção de placas únicas nas mesmas, utilização em brises, na execução de projetos de galpões e edifícios corporativos em si, pelo seu aspecto limpo e propriedades metálicas. Além de ser um metal forte, ele possui propriedades que permitem sua fácil manipulação física, ou seja, é possível adotar qualquer forma desejada com o alumínio por questões estéticas projetuais. Outro fator que influenciou na escolha do alumínio na arquitetura (com ênfase na parte das fachadas) foi o seu isolamento acústico. Depois de testes realizados na Alemanha, ficou comprovado que o alumínio é a melhor escolha em relação a isolamento acústico quando se trata de materiais metálicos. Abaixo, é possível ver um teste realizado pelo site Metalica (acessado em 17/05/2017) sobre o uso do alumínio com a função de isolamento acústico do material:

(Fonte: http://wwwo.metalica.com.br/o-metal-aluminio-suas-caracteristicas)

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Figura 1.3.1.1 – Isolamento Acústico – Perda na transmissão de som (DIN 4109) Fonte: Metalica, Construção Civil

Figura 1.3.1.2 – Amortecimento das vibrações– ISSO 6721 Fonte: Metalica, Construção Civil

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Figura 1.3.1.3 –Aluminium Center, Houten, Holanda, uso de alumínio tanto na fachada quanto na estrutura Fonte: Archello, foto por Abbink X De Haas Architecture

Figura 1.3.1.4 –Harbin Opera House, China, toda a casca ondulada externa é feita de alumínio, assim como sua estrutura Fonte: Archdaily, foto por Adam Mork

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1.3.2 – BIOPLÁSTICO O Bioplástico é uma espécie de plástico produzido por biopolímeros, dentre os quais podem ser derivados de plantas, ou até mesmo de alimentos reutilizados e reciclados em sua composição. O principal tipo de bioplástico presente no mercado atualmente é o ArboSkin, um tipo de bioplástico termo moldado, ou seja, ele é formado por 90% de biopolímeros, e 10% de uma mistura de materiais inorgânicos. O ArboSkin foi elaborado e feito na Alemanha pela empresa TECNARO, e tinha como a finalidade substituir principalmente a madeira em alguns tipos de construções e detalhe na arquitetura, como por exemplo em fachadas paramétricas, mobiliários, detalhes construtivos e ser uma alternativa considerada ecologicamente correta. Segundo o site Materia (acessado em 17/05/2017) o ArboSkin é uma das melhores alternativas em questões de custo benefício e qualidade de projeto, pelo simples fato de que é um material leve, consistente, rígido, resistente ao calor e a mudanças drásticas de temperatura e clima, é reaproveitável e reciclável, é totalmente livre da utilização de petróleo e seus derivados, e também é um material que pode ser facilmente instalado e utilizado em ambientes externos. Além da questão ecológica e renovável que o ArboSkin apresenta como solução do bioplástico para a arquitetura, existe a questão modular e estrutural, o instituto ITKE, da Alemanha, que é conhecido mundialmente pela utilização de materiais sustentáveis e ecologicamente corretos e por seus pavilhões ao redor do mundo, foi o primeiro a utilizar o ArboSkin como uma alternativa arquitetônica, como foi utilizado no ArboSkin pavillion. Por conta de suas propriedades favoráveis a mudança de clima, resistência ao vento, proteção a passagem de raios UV e sua resistência e consistência rígida, o ArboSkin passou a ser a opção de diversos arquitetos e artistas na elaboração e criação de pavilhões e fachadas paramétricas, substituindo em muitos casos o uso do alumínio e até mesmo placas de vidro por conta de suas propriedades e de sua composição ecológica. O material possui propriedades muito próximas ao plástico convencional, ele pode ser tanto rígido quanto mais maleável, ele pode ser serrado, furado e moldado, impresso, cortado ou manualmente com serras de fita ou até mesmo em maquinas de corte a laser para aumentar a produção de acordo com a demanda do produto.

Figura 1.3.2.1 – Pavilhão ArboSkin, na Alemanha o primeiro a utilizar o material como método construtivo Fonte: DeZeen, foto por Roland Halbe (Fonte: https://www.dezeen.com/2013/11/09/arboskin-spiky-pavilion-with-facademade-from-bioplastics-by-itke/)

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Figura 1.3.2.2 – Elaboração do pavilhão através do software Rhinoceros, utilizando a tecnologia Grasshopper Fonte: Materialist

Figura 1.3.2.3 – Elaboração do pavilhão através do software Rhinoceros, utilizando a tecnologia Grasshopper Fonte: DeZeen, foto por Roland Halbe

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1.3.3 – VIDRO INTELIGENTE A origem do vidro na realidade, é uma incógnita até hoje, em relação a data em que foi criado, porém, segundo estudos e pesquisas, estima-se que o vidro tenha surgido por volta do ano 4.000 a.C, no Egito. Porém, o conceito de vidrarias como conhecemos só começaram a surgir por volta dos anos 30 a.C e em relação a arquitetura, o vidro sempre teve um caráter de criar aberturas para luz natural e respiradouros como janelas, ventilação natural e decorações, como vitrais de igreja. Agora, o Vidro Inteligente, também conhecido como SmartGlass, Vidro Polarizado e Smart Film, é um novo conceito que surgiu no início do século XXI, é um conceito novo e prático, que possui uma simples solução para o uso do vidro, para quem deseja algo inovador e para criar uma ambientação mais prática em relação a visibilidade. O conceito do Vidro Inteligente é bem simples, é um vidro aparentemente comum, porém ele é polarizado com uma película fina de cristal líquido, e através de conexões elétricas de suas partículas, é capaz de transformar o vidro em uma parede opaca, impedindo que se veja através do mesmo, ou não. Outro conceito interessante do Vidro Inteligente é a possibilidade de criar projeções em toda a sua área, ou seja, caso seja de desejo do cliente ou do usuário, pode-se criar uma imagem para ser mostrada no próprio vidro, seja para alguma apresentação, ambientação ou exibição, o que acaba dispensando em muitas vezes, uso de projetores, ou até mesmo para representar algo que seja de gosto do usuário. Além da questão da estética do Vidro inteligente, também há a questão da sustentabilidade que o mesmo promove, como por exemplo o baixo consumo de energia, a proteção de raios UV que vem do ambiente exterior, redução dos níveis de calor e ruídos que vem da rua e a sua durabilidade que pode se estender por vários anos. Atualmente a maior empresa nacional de Vidros Inteligentes, que fornece material para todo o país, é a MDV Switch, eles possuem o sistema mais atual em relação a vidros polarizados de todo o país, sendo o único em território brasileiro que fornece o vidro polarizado com a opção de projeção e customização. O tempo padrão para a alteração do vidro é de 0,01 segundo. As partículas do cristal líquido são “ligadas” a partir de um impulso elétrico de baixa voltagem, ou seja, o vidro não é um elemento que consumo muita energia, sendo assim é considerado pela empresa um “material ecológico”, além de filtrar a passagem de raios UV, e também ser de fácil manuseio após sua instalação.

(Fonte: http://mdvswitch.com.br/tecnologia.html)

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Figura 1.3.3.1 – Composição do Vidro Inteligente Fonte: MDV Switch

Figura 1.3.3.2 – Como evidenciado, quando ligado, as partículas de cristal se alinham, permitindo a visão total, porém quando desligados, as partículas se espalham de forma aleatória, “desligando” o vidro Fonte: MDV Switch

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1.3.3.3 – Exemplo fornecido pela MDV Switch de como o vidro polarizado é quando está ativado e desativado Fonte: MDV Switch

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REFERÊNCIAS PROJETUAIS

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Levando em consideração projetos que utilizam da tecnologia, ou então são voltados para a área da tecnologia/cultura colaborativa em relação ao uso do projeto, foram selecionados alguns projetos específicos voltados para a área da: tecnologia científica, cultura, lazer, saúde e industria, diferentes usos e em diferentes áreas. A seleção de projetos, majoritariamente, se deve por conta de suas funcionalidades, por sua organização espacial, impacto na sociedade na qual está inserido, e também por sua materialidade, o uso de materiais de alta tecnologia influencia demais no seu uso e no seu aspecto em relação a sociedade. Da mesma maneira que os projetos podem apresentar programas diferenciados devido a diversificação da área da tecnologia e da arquitetura, os projetos apresentam particularidades em comum, dentre algumas vezes a maneira como é organizado projetualmente a maneira que é inserido no terreno e como as pessoas se comportam em relação ao projeto e aos seus usos.

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2.1. – E-Topia – MCBAD Office O centro para Artes e Tecnologia Etopia, localizado na cidade de Zaragoza, na Espanha, é um projeto do escritório MCBAD, tendo como ano de conclusão 2006. A iniciativa da Etopia tem apoio e parceria com o Ministério da Industria e do Turismo e Comércio da Espanha, tendo como objetivos incentivar a criação e desenvolvimento de novas atividades tecnológicas, artísticas e criativas, estimulando o lado criativo das pessoas. O projeto conta com uma grande praça seca, envolvida com uma área verde, totalmente livre, tornando o projeto completamente transitável, e também conta com uma passarela que dá conexão do projeto à outro lado da avenida que se encontra ao lado. É notável o uso que o escritório fez das áreas públicas, semi-públicas e abertas para a melhor convivência e transição de pessoas no projeto, levando em consideração as áreas verdes. A setorização de usos é bem clara e simples, onde as áreas residenciais, e administrativas se encontram nos pavimentos superiores das torres do projeto, e as áreas de uso mais público se encontram nos pavimentos térreos, e inferiores, de fácil acesso e transição. O uso notável de metal e vidro dão uma impressão de uma construção mais limpa, mínima e tecnológica, embora a proporção deste projeto mostre uma grandeza.

Figura 2.1.1 – Logotipo do Projeto E-Topia Fonte: ACOUSTHINK

Figura 2.1.2 – Etopia, Centro para Artes e Tecnologia Fonte: ACOUSTHINK, Repertório Digital

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2.2. – Edifício Salud– Ingennus Urban Consulting O Centro Tecnológico de Saúde de Huesca, localizado na Espanha, teve como ano de conclusão de suas obras 2009, ele tem como seu objetivo de atendimento e busca, métodos tecnológicos e inovadores no campo da saúde e da medicina, tanto no desenvolvimento destes métodos, quanto na aplicação. Infelizmente, após inúmeras crises internas dentre os clientes, e os arquitetos, o projeto foi posto de lado, e encontra-se atualmente em uma briga na justiça para saber seu futuro, porém, mantém-se fechado até segunda ordem. O edifício custou cerca de 5 milhões de euros para ser construído, inicialmente possuía um orçamento de apenas 3,5 milhões para a construção, possui 2,830m², e o projeto está dividido em três blocos, nos quais cada um trata uma certa área de pesquisa e saúde. Os materiais que foram utilizados para a construção destes edifícios se dão por metais (tanto na parte das fachadas quanto nas estruturas internas), e no vidro, possuindo uma coloração diversificada para combinar com as cores básicas da empresa.

Figura 2.2.1 – Edifício Salud de Huesca Fonte: Joaquin Magrazo, Repertório Digital

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2.3. – Centro Tecnológico AIMEN Ainda na Espanha, o Centro Tecnológico AIMEN, localizado em O Porriño, foi fundado em 2014, conta com uma infraestrutura semelhante ao Centro para Artes e Tecnologia Etopia, em relação à seus materiais e métodos construtivos, mantém essa utilização dos metais e do vidro para dar um aspecto mais limpo e “futurista”, arquitetonicamente, remetendo ao seu ideal tecnológico construtivo. O centro é especializado em materiais como manipulação de metais e plásticos para usos diversos, cortes a laser, manipulação dos mesmos para a confecção de diversos tipos de objetos, além disso, é fonte de pesquisa para o melhoramento destes mesmos materiais, aprimoramento e busca por usos diversos na intenção de aumentar a produção e o uso. O prédio localizado em O Porriño não é o único centro tecnológico a empresa, porém é o principal, sendo considerado a sede da empresa, aonde se mantém todo o conteúdo de pesquisa original, e todo o seu desenvolvimento tecnológico. Tendo em vista do crescimento tecnológico e das buscas pelas melhorias na tecnologia, a empresa decidiu aprimorar seus estabelecimentos de acordo com seus serviços prestados, desde a parte interna da sua empresa, quanto a parte externa, visando passar um aspecto futurístico e tecnológico em relação à seus materiais utilizados, em serviços e no edifício.

Figura 2.3.1 – Centro Tecnológico AIMEN Fonte: Atiga, Repertório Digital

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2.4. – Centro Tecnológico Miguel de Eguía – MRM Arquitectos Localizado em Estella, na Espanha, o projeto do escritório MRM foi concluído em 2011, e o programa conta com somente uma edificação na qual agrupa todo o programa solicitado pelo cliente. O prédio é voltado para a área de pesquisar tecnológicas e desenvolvimentos de softwares. Além de fornecer uma prestação de serviços para a área da tecnologia, o piso térreo também é utilizado para workshops, palestras e reuniões, seja com ligações internas ou externas da empresa. O uso de material deste projeto é basicamente por concreto armado, detalhes e guarnições em alumínio e o uso de vidro, que fica “em segundo plano”, por conta de brises móveis de alumínio em toda a sua fachada, dando aos usuários a chance de adaptar as fachadas de acordo com o seu gosto. O uso destes materiais dá ao edifício um aspecto mais frio, porém é algo que se adapta e se engloba com a sua paisagem e entorno.

Figura 2.4.1 – Centro Tecnológico Miguel de Eguía Fonte: José Manuel Cutillas, Larrión e Pimoulier

Figura 2.4.2 – Centro Tecnológico Miguel de Eguía Fonte: José Manuel Cutillas, Larrión e Pimoulier

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2.5. – Instituto de Oncologia de Saint Louis – Jakob+MacFarlane Ainda em desenvolvimento, o Instituto de Oncologia e Bioterapia de Saint Louis, é um projeto do escritório Jakob+MacFarlane, tendo como cliente a Universidade de Paris Diderot, com o intuito de realizar pesquisas, experimentos, e estudos sobre os diversos tipos de câncer, meios de bioterapia, e melhorar a qualidade de vida dos necessitados na área da oncologia. O instituto ainda está em desenvolvimento, porém, é notável o uso dos materiais na edificação, de forma que traga um aspecto mais desenvolvido para a mesma, como o uso do vidro, piso de concreto, guarnições e estrutura metálica. O projeto ainda conta com uma área verde, jardins verticais e partes do seu terraço verdes também, buscando ter uma visão não só de pesquisas, e escritórios médicos, mas sim de paz e de natureza aos usuários do instituto. Não se trata somente de ser um centro de pesquisas oncológicos, mas sim uma edificação em meio de uma área que necessita sensibilidade, por isso é necessário tornar o ambiente o mais agradável possível, seja fisicamente ou sentimentalmente, não basta pensar apenas no estar, e sim em ser, estar, permanecer neste meio que será desenvolvido em determinada situação.

Figura 2.5.1 – Instituto de Oncologia de Saint Louis Fonte: Jakob+MacFarlane Architecture

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PROJETO

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A partir deste estudo e constatação da tecnologia e suas influências na sociedade, e ao decorrer da história logo após a revolução industrial (com ênfase no período pós-guerra, enfatizando a época moderna), foi decidido elaborar um Complexo Cultural multiuso, voltado para inserção da Tecnologia na sociedade e na vida das pessoas duma forma mais artística, tendo como objetivo reunir áreas como a da educação, da cultura, do lazer e do trabalho coletivo para a Zona Leste em um complexo destinado exclusivamente para a interação das pessoas. O projeto conta com o uso dos materiais estudados neste trabalho, seja em questões estéticas como estruturais, buscando sempre valorizar as novas ideias que abrangem o mercado atual e com o objetivo de influenciar e estimular a criação de novas tecnologias. O terreno selecionado está localizado na zona leste de São Paulo, no bairro Carrão, próximo ao Tatuapé. Ele originalmente é pertencente ao Governo de São Paulo, com uso conjunto com o corpo de bombeiros, entretanto, atualmente encontra-se subutilizado, contando apenas com uma piscina no local, entretanto encontra-se lacrado até o momento.

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Figura 3.0.1 – Localização do terreno, no Carrão, zona leste de São Paulo Fonte: Google Maps

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3.1 – PARTIDO A partir do momento que vamos trabalhar com um ambiente estimulante para o trabalho em grupo, cooperativismo, e de influências tecnológicas, precisamos lidar com materiais e uma ambientação apropriada para o projeto, levando em consideração clareza, iluminação, formas e cores. O conceito do projeto é buscar um partido limpo, transparente, que seja de interação entre todos os usuários, com o objetivo de tornar coletivo todos os usos, a partir do momento que o conceito do projeto é um espaço de convivência mútuo de todos os visitantes, em meio de “abraçar” todos os tipos de ideias, gostos e costumes. Tomando como ponto inicial, o partido constitui em alguns aspectos básicos a serem adotados para o projeto, de acordo com o tema, programa e também com o público que o mesmo será projetado: • Utilização adequada de formas e cores • Adotar um ambiente/partido estimulante para o ambiente de trabalho • Focar em questões de trabalho e desenvolvimento, porém estimular a cultura e lazer • Fácil acesso e transição no projeto • Áreas de estar públicas e privadas • Utilização dos materiais citados nesse trabalho O projeto possui um visual mais “transparente”, buscando trazer diferentes ângulos e possibilidades de percepção para o projeto, seja da rua para o projeto, ou do projeto para a rua, tornar um ambiente de trabalho em um ambiente transparente, ainda mais para estimular a criatividade e imaginação das pessoas, podendo assim, estimular diversos tipos de cultura. O uso correto de cores e formas nos ambientes e no projeto como um todo busca estimular a criatividade dentro do ambiente de trabalho. A partir do momento que contamos com uma parte do terreno do governo e do corpo de bombeiros, é necessário que tudo seja de uma maneira de acordo com a legislação, ou seja, será trabalhado em conjunto com o corpo de bombeiros, uma questão de Concessão com o Estado de São Paulo, ou seja, a partir do momento que o terreno dos bombeiros será utilizado para o projeto, o corpo de bombeiros terá direito a utilizar do projeto de forma prioritária, e de seus equipamentos caso necessário, seja o auditório, salas para palestras ou aulas, ou até mesmo equipamentos de lazer. Além do uso coletivo para o corpo de bombeiros do Estado de São Paulo em questões de cultura, lazer, ou até mesmo profissionais como palestras ou aulas, o projeto terá como característica, o incentivo à cultura, seja dos adultos, dos jovens, ou até mesmo dos idosos, oferecendo cursos e palestras, e acesso ao equipamento de lazer do mesmo, estimulando a criatividade e a recreação da população que deseja usufruir do projeto e da área de forma adequada.

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Para a execução do projeto, primeiro foi aberta uma via que liga a rua Monte Serrat, com a rua Apucarana, tendo também como função um acesso mais fácil de carro ao terreno utilizado para o projeto, assim, tornando-o acessível de 3 lados diferentes: diretamente da Estação Carrão, pela rua Monte Serrat, e por essa nova via que foi aberta. A partir do momento que houve a parcela do quarteirão que pertence ao governo, para que o projeto fosse feito, o quarteirão ficou dividido em dois, a parte que não foi utilizada para o projeto permaneceu exclusivamente como área verde e parque já existente, juntamente com uma escola infantil que existe na quadra, na parte mais interna da quadra

Figura 3.1.1 – Diagrama de cheios, vazios, e do espaço utilizado para o projeto e para a via Fonte: esquema por Lucas Heringer

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Partindo para o projeto em si, como temos 4 tipos de usos diferentes (Cultura, Trabalho, Ensino e Lazer), foram pensados 4 edifícios distintos, para que cada um possa atender a uma demanda separadamente em condições específicas, sendo assim, uma não seria dependente da outra para o funcionamento. O prédio de destaque é a Biblioteca, o prédio central, conta com 2 edificações que são interligadas por passarelas centrais, sendo assim é possível a transição entre os mesmos, sem precisar sair pelo térreo e cruzar para o outro prédio, um deles com 3 pavimentos (sendo o prédio no qual está localizado a administração) e outro com 6 pavimentos (aonde se encontra a área técnica). O próximo seria o edifício de trabalho coletivo, que possui 3 pavimentos, sendo o terraço, um terraço verde, de uso coletivo para quem está no prédio. O edifício conta com salas de trabalho coletivas e privadas (dando mais destaque para o uso coletivo, como áreas amplas de uso coletivo, informática e oficinas). Como no terreno, uma parcela dele era de uso e posse do Engenho Teatral da Zona Leste, foi criado um edifício de teatro, com um equipamento completo para o uso dos mesmos, e de quem necessitar do espaço teatral, tendo uma área totalmente nova e criada para o teatro, seja de profissionais da área, moradores ou visitantes. O mesmo edifício possui de áreas de ensaio públicas, destinadas a quem for necessário. E por fim, o edifício destinado ao lazer, que contém salas de informática e computação, abertas a todos, como uma espécie de Lan House, incluindo um saguão para uso livre, seja de jogos de tabuleiro, uso de vídeo games, computadores portáteis, o que for mais conveniente para as pessoas que estiverem usufruindo do espaço. O objetivo primário de ambos foi criar espécies de “áreas de estar sensoriais” com o uso de cores para que fosse possível o estar e a transição das pessoas no projeto. O uso de três cores foi adotados, tais como: cinza claro, cinza escuro, e vinho, assim foi possível criar um certo contraste entre as mesmas, entretanto que ainda sim gerasse uma harmonia de tons. A partir do momento que há um parque do Governo do outro lado da via criada especialmente para o projeto, viu-se que era desnecessário criar um paisagismo que fosse “intensamente arborizado”, sendo assim, algumas árvores foram colocadas em lugares estratégicos para que fosse possível da mesma forma que, gerar uma enorme praça seca, criar espaços com sombreamento adequado e para uma melhor experiência sensorial. Vale ressaltar que, em todas as edificações, em algumas fachadas, foi utilizado uma fachada de elemento de Voronoi, como elemento sensorial e estético. O Voronoi é um diagrama matemático de decomposição espacial, que é gerado por pontos em um plano e a distância entre os mesmos, sendo assim, cria uma espécie de fragmentação espacial aleatória de acordo com a equação que for feita, tendo como variáveis o: número de pontos, a distância entre eles e o número de faces a ser criadas no diagrama Voronoi. Diagramas de Voronoi são utilizados desde o século XVII, seja na área da matemática, ou até mesmo da medicina, hoje em dia é muito utilizado como um meio de decoração e organização espacial na arquitetura.

(Fonte: http://mathworld.wolfram.com/VoronoiDiagram.html)

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Figura 3.1.2 – Diagrama de Voronoi desde a concepção até o levantamento tridimensional Fonte: MathWorld

Figura 3.1.2 – Diagrama de Voronoi ressaltando os pontos médios de cada face, para a concepção do modelo. Fonte: The Data School

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3.2 – RELAÇÃO COM O ENTORNO O entorno do terreno do projeto é constituído por edifícios residenciais, pequenos comércios como padarias, lanchonetes, lojas de conveniência, e de aparelhos eletrônicos, e algumas garagens, o que chama a atenção no entorno do terreno é o Terminal de ônibus e estação de Metrô (Linha 3 Vermelha) Carrão, e um parque que ocupa cerca de 60% da quadra, no qual possui duas quadras de uso público. A área é pertencente a subprefeitura da Mooca, e o terreno utilizado no projeto é uma ZCP-B, que possui um Coeficiente de Aproveitamento de no mínimo 0.4, normal de 2.0 e máximo de 4.0. O fluxo de pessoas na Estação Carrão segundo o site do Metro de São Paulo (acessado no dia 18/05/2017) consta em 55 mil pessoas diariamente, sendo a maioria dele de jovens entre 15 e 25 anos. Se tratando de uma localização ao lado do metrô, é um fato de que o transito pelas áreas de uso público e livres do projeto receberá um grande contingente de pessoas, se tratando de uma área de estar e de uso público de fácil acesso, e também pelo programa contido no projeto. É evidente como será mostrado a seguir no mapa de uso e ocupação do solo, a existência majoritária de comércios e residências na região, deixando em segundo plano os serviços, e por fim, as áreas de uso institucional. Os edifícios institucionais de maior proporção na região são: o corpo de bombeiros (ao lado da estação Carrão), uma igreja localizada na rua Tijuco Preto, e a HSPM localizado na rua Itaca.

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3

1

2

4

Figura 3.2.1 – Uso e ocupação do solo da região do Carrão Fonte: Site da Subprefeitura da Mooca

Área Verde

1- Terreno

Comércio

2- Corpo de Bombeiros

Residencial

3- Terminal Carrão

Serviços

4- Parque

Institucional Terreno 57


Figura 3.2.2 – Zoneamento da Subprefeitura da Mooca Fonte: Site da Subprefeitura da Mooca

Figura 3.2.3 – Zoneamento da Subprefeitura da Mooca Fonte: Site da Subprefeitura da Mooca

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Figura 3.2.4 – Vista do terreno pela passarela do Metrô Carrão Fonte: foto por Lucas Heringer

Figura 3.2.5 – Vista do estacionamento que dará acesso de veículos ao projeto, que terá acesso pela Rua Apucarana Fonte: foto por Lucas Heringer

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Figura 3.2.6 – Casa do Pastel, um ponto de concentração e alto fluxo na lateral da Rua Monte Serrat Fonte: foto por Lucas Heringer

Figura 3.2.7 – Entrada do corpo de bombeiros do Tatuapé, localizado na Rua Apucarana Fonte: foto por Lucas Heringer

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3.3 – JUSTIFICATIVA + PROJETO A justificativa da escolha (tanto do terreno quanto do projeto), é resultado de uma busca pelo incentivo ao pensamento coletivo, buscando criar núcleos de ensino, interação social e de cultura para a região da Zona Leste, em um projeto no qual é capaz de unir as áreas da: ensino, trabalho, cultura e lazer. Além das pessoas terem a oportunidade de aprender e conhecerem novas áreas, poderão usufruir de um espaço no qual podem se expressar livremente de todas as maneiras artísticas. A partir de um momento em que criamos um ambiente que une diferentes linhas de pensamento e raciocínio, e todas elas trabalham em conjunto com um objetivo comum em mente, claramente ideias inovadoras serão criadas e postas em práticas, porém é necessário que haja uma espécie de estímulo, começando primeiramente pelo ambiente de trabalho no qual estão inseridos. Não basta também apenas ter um ambiente de trabalho/ensino estimulantes, e sim um ambiente que possa ser utilizado de diversas maneiras, seja pelos profissionais que o cercam, ou até mesmo por uma parcela da população, com a finalidade de promover a cultura, educação, lazer, e o incentivo ao trabalho cooperativo voltado para um objetivo específico em comum. Porém não basta apenas criar um centro de trabalho estimulante para a população, é necessário mostrar como os trabalhos realizados em tais ambientes podem mudar a vida dos usuários, assim como os materiais estudados neste trabalho. A localização foi escolhida pelos motivos de: • Fácil acesso • Fácil locomoção para diversas partes da cidade • Zona de Centralidade e muito densa • Valorização e investimento em áreas que care cem de infraestrutura • Localização estratégica devido ao público alvo em uma parte da cidade que não possui determinada infraestrutura O terreno no total dispõe de uma área de 20.000m², sendo o projeto uma área total de 11.700m² construídos, sendo ao todo então, 58% de área construída e 42% de área permeável. O paisagismo foi pensado como uma forma de “arte” a ser explorada, juntamente com o desenho de piso, criando áreas de permanência e transição ao longo de todo o projeto, permeando-o entre os espaços livres e construídos. Abaixo, segue a lista da área construída de cada edificação de forma individual: • Área de Lazer: 1.803m² • Área de Trabalho: 3.697m² • Biblioteca: 4.062m² • Teatro: 2.138m²

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Acesso principal de veĂ­culos

Acesso principal de pedestres

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Fonte: foto por Lucas Heringer

Figura 3.3.1 – Maquete eletrônica de todo o projeto, da perspectiva do parque


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Fonte: foto por Lucas Heringer

Figura 3.3.2 – Maquete eletrônica de todo o projeto, da perspectiva do terminal


Figura 3.3.3 – Vista da Biblioteca pela entrada do terminal Fonte: foto por Lucas Heringer

Figura 3.3.4 – Vista da Biblioteca e do espaço de trabalho, da praça rebaixada Fonte: foto por Lucas Heringer

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Figura 3.3.5 – Parte interna da Biblioteca no 3o pavimento Fonte: foto por Lucas Heringer

Figura 3.3.6 – Mezanino da Biblioteca Fonte: foto por Lucas Heringer

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Figura 3.3.7 – Terraço da Biblioteca Fonte: foto por Lucas Heringer

Figura 3.3.8 – Parte interna da Biblioteca no 1o e 2o pavimento Fonte: foto por Lucas Heringer

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Figura 3.3.9 – Parte interna da Biblioteca no 1o pavimento Fonte: foto por Lucas Heringer

Figura 3.3.10 – Vista da fachada da área de trabalho à direita e a Biblioteca à esquerda Fonte: foto por Lucas Heringer

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Figura 3.3.11 – Parte interna da área de trabalho Fonte: foto por Lucas Heringer

Figura 3.3.12 – Fachada da Biblioteca e à direita, o teatro Fonte: foto por Lucas Heringer

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Figura 3.3.13 – Teatro na perspectiva do pedestre Fonte: foto por Lucas Heringer

Figura 3.3.14 – Área de ensaio do teatro, na perspectiva do pedestre Fonte: foto por Lucas Heringer

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Figura 3.3.15 – Área de lazer do projeto Fonte: foto por Lucas Heringer

Figura 3.3.16 – Vista pela entrada da Rua Monte Serrat na perspectiva do pedestre Fonte: foto por Lucas Heringer

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Figura 3.3.17 – Fachada do teatro na perspectiva da entrada pelo terminal Fonte: foto por Lucas Heringer

Figura 3.3.18 – Praça rebaixada criada ao lado da área de trabalho Fonte: foto por Lucas Heringer

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

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A partir do momento que o ser humano sentiu uma necessidade de aprimorar-se, adaptar-se e buscar novos meios de facilitar sua vida, ou até mesmo sua “sobrevivência”, a mente humana foi capaz de desenvolver métodos tecnológicos para cada vez mais fazer com que sua vida fosse mais simples e/ou fácil, sempre buscando melhorias em sua qualidade de vida. Entretanto, a tecnologia não serviu somente para “melhorar a qualidade dos humanos”, mas ela serviu como o ingresso da humanidade em um rumo totalmente novo, de inovação e criações constantes, como podemos ver na Revolução Industrial. A necessidade de melhorias economicas e de uma mudança social fez com que as pessoas sentissem uma necessidade de inovar e aprimorar cada vez mais suas criações para que o mundo tomasse um rumo diferente. Logo após a Revolução Industrial, a tecnologia deu uma abertura ao mundo para que ela fosse utilizada em áreas diversas, como a área da arquitetura, do lazer, do ensino, ou até mesmo uso doméstico, tudo isso proporcionando inúmeras possibilidades do uso de uma mesma tecnologia. Assim como as redes sociais hoje em dia são utilizadas como meio de comunicação e expressão por todos que a utilizam, a tecnologia se tornou um instrumento cultural para a humanidade, a expressão individual e coletiva se deve por meio digital. Algo que antes levaria dias, ou até meses para percorrer o mundo, hoje nos leva apenas uma questão de segundo, e como o ser humano tem a necessidade de interagir com os outros por meios digitais, visuais e buscando interesses em comum, como por exemplo nas redes sociais, as pessoas postam fotos de lugares ou objetos que são de gosto dos mesmos, e quem se identifica, tende a acompanhar ou criar laços com quem é o autor da foto. Por isso podemos dizer que a tecnologia nos proporcionou uma nova cultura, um novo tipo de cultura digital, nós mostramos ao mundo nosso ponto de vista da cidade, da sociedade, como enxergamos a nossa cidade, bairro, rua, tudo, tudo se transformou em arte, tudo se transformou em dados no meio virtual, e cada vez mais temos mais e mais acesso a rede, as pessoas tem mais acesso ao mundo digital, e cada vez mais, as pessoas mostram ao mundo o seu universo, o seu ponto de vista do mundo e da sociedade. Essa cultura digital da exibição é resultado de uma necessidade de expressão individual/ coletiva do nosso ponto de vista da sociedade, dos nossos gostos, e de mostrar ao mundo quem somos, o que somos, e o que nos tornamos em meio digital e cultural, em um ambiente de livre acesso e de liberdade de expressão. No espaço virtual foi possível cada vez mais, exibir ao mundo quem nós somos, o que fazemos, aonde estamos e com quem, e é isso que a tecnologia foi capaz de nos proporcina, uma infinidade de culturas, subculturas, movimentos artísticos e estilos de vida, cada um com o seu tipo de expressão pessoal e liberdade cultural.

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BIBLIOGRAFIA

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5 – BIBLIOGRAFIA: • LYNCH, Kevin. The Image of the City, Estados Unidos, 1960 • MITCHELL, William J. E-Topia, Austrália, 1999 • MONTEIRO, Paulo, Propriedades e Materiais, 2ª Edição, Brasil, 2008 • OFFENHUBER, Dietmar. Decoding the City: Urbanism in the Age of Big Data, Berlin, 2013 • THACKARA, John. In The Bubble: Designing in a Complex World, Reino Unido, 2006 • https://www.dezeen.com/2013/11/09/arboskin-spiky-pavilion-with-facademade-from-bioplastics-by-itke/, GRIFFITHS, Alyn (2013) • https://www.sienge.com.br/blog/voce-sabe-o-que-e-bim-entenda-o-conceito-e-suas-aplicacoes/, THOMÉ, Brenda • http://www.metalica.com.br/historico-da-estrutura-metalica, FREIRE, Carlos • http://www.caida.org/publications/papers/1999/Nae/Nae.html, MCROBB, Daniel (1999) • http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/181/artigo130997-1.aspx, OLIVEIRA, Deborah • http://exame.abril.com.br/tecnologia/conheca-4-edificios-inteligentes-ao-redor-do-mundo/, ABC, Estúdio • http://www.icarabe.org/artigos/primavera-arabe-um-processo-em-andamento, FARHAT, José • http://www.archdaily.com.br/br/772772/taipei-101-bate-novo-recorde-durante-furacao-soudelor, ROSENFIELD, Karina • http://brasilescola.uol.com.br/historiag/segunda-revolucao-industrial.html, SOUSA, Rainer • http://brasilescola.uol.com.br/geografia/terceira-revolucao-industrial, PENA, Rodolfo Alves • https://www.canadiangeographic.ca/article/stunning-interactive-map-shows-globalization-you ve-never-seen, DOYLE, Sabrina • http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/218/ela-materializa-o-fantastico-do-estigma-da-arquitetura-do-258007-1.aspx, FIGUEIROLA, Valentina • https://www.tecmundo.com.br/computex-2012/24534-taipei-101-por-dentro-do-terceiro-maior-predio-do-mundo.htm, LANDIN, Wikerson • http://www.intelligglass.com.br/br/ • http://dicasdearquitetura.com.br/tipos-de-vidro/ • http://mdvswitch.com.br/ 88


LISTA DE IMAGENS • 1.0.1 – http://www.loc.gov/teachers/classroommaterials/primarysourcesets/industrial-revolution/ • 1.0.2 – https://industrialrevolution.org.uk/factories-industrial-revolution/ • 1.0.3 – http://www.loc.gov/teachers/classroommaterials/primarysourcesets/industrial-revolution/ • 1.0.4 – http://www.archdaily.com.br/br/766189/classicos-da-arquitetura-residencia-castor-delgado-perez-rino-levi • 1.0.5 – http://www.archdaily.com.br/br/766189/classicos-da-arquitetura-residencia-castor-delgado-perez-rino-levi • 1.0.6 – http://www.archdaily.com.br/br/766189/classicos-da-arquitetura-residencia-castor-delgado-perez-rino-levi • 1.1.1 – https://annazezula.wordpress.com/2013/12/09/maps-of-the-aircraft-global-connection-system/ • 1.1.2 – http://jornalggn.com.br/sites/default/files/imagecache/imagens-mutirao/imagens/ rede_social_1.jpg • 1.1.3 – Autoria Própria, por Lucas Heringer • 1.2.1 – http:// http://apis-cor.com/en/ • 1.2.2 – http://apis-cor.com/en/ • 1.2.3 – http://www.archdaily.com.br/br/01-172460/tecnologia-e-arquitetura-10eightytwo • 1.2.4- http://www.archdaily.com.br/br/01-172460/tecnologia-e-arquitetura-10eightytwo • 1.2.5- http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.140/4126 • 1.2.6- https://www.flickr.com/photos/rinux/ • 1.2.7 – http://www.archdaily.com.br/br/772772/taipei-101-bate-novo-recorde-durante-furacao-soudelor

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• 1.3.1.1 – http://wwwo.metalica.com.br/construcoes-metalicas-o-uso-do-aco-na-construcao-civil • 1.3.1.2 – http://wwwo.metalica.com.br/construcoes-metalicas-o-uso-do-aco-na-construcao-civil • 1.3.1.3 – http://www.archello.com/en/project/aluminium-centrum • 1.3.1.4 – http://www.archdaily.com.br/br/779212/harbin-opera-house-mad-architects • 1.3.2.1 – https://www.dezeen.com/2013/11/09/arboskin-spiky-pavilion-with-facademade-from-bioplastics-by-itke/ • 1.3.2.2 – https://www.materialist.com/arboskin-pavilion-demonstrates-new-bioplastic-solutions-2/ • 1.3.2.3 – https://www.dezeen.com/2013/11/09/arboskin-spiky-pavilion-with-facademade-from-bioplastics-by-itke/ • 1.3.3.1 – http://mdvswitch.com.br/tecnologia.html • 1.3.3.2 – http://mdvswitch.com.br/tecnologia.html • 1.3.3.3 – http://mdvswitch.com.br/tecnologia.html • 2.1.1 – http://acousthink.com/en/projects/centro_de_arte_y_tecnologia_de_zaragoza_etopia • 2.1.2 – http://acousthink.com/en/projects/centro_de_arte_y_tecnologia_de_zaragoza_etopia • 2.2.1 – http://magrazousedarquitectos.com/default.aspx?info=00008F • 2.3.1 – http://www.atiga.es/en/miembros/ • 2.4.1 – http://www.archdaily.com/352863/miguel-de-egu-a-de-estella-technological-center-mrm-arquitectos • 2.4.2 – http://www.archdaily.com/352863/miguel-de-egu-a-de-estella-technological-center-mrm-arquitectos • 2.5.1 – http://www.jakobmacfarlane.com/en/project/institute-for-hemato-oncology-and-biotherapy-research/ • 3.0.1 – https://www.google.com.br/maps • 3.1.1 – http:// http://mathworld.wolfram.com/VoronoiDiagram.html

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• 3.1.2 – https://www.thedataschool.co.uk/will-griffiths/creating-voronoi-diagram-alteryx/ • 3.2.1 – Autoria Própria, por Lucas Heringer • 3.2.2 – http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/regionais/mooca/ • 3.2.3 – http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/regionais/mooca/ • 3.2.4 – Autoria Própria, por Lucas Heringer • 3.2.5 – Autoria Própria, por Lucas Heringer • 3.2.6 – Autoria Própria, por Lucas Heringer • 3.2.7 – Autoria Própria, por Lucas Heringer • 3.3.1– Autoria Própria, por Lucas Heringer • 3.3.2– Autoria Própria, por Lucas Heringer • 3.3.3– Autoria Própria, por Lucas Heringer • 3.3.4– Autoria Própria, por Lucas Heringer • 3.3.5– Autoria Própria, por Lucas Heringer • 3.3.6– Autoria Própria, por Lucas Heringer • 3.3.7– Autoria Própria, por Lucas Heringer • 3.3.8– Autoria Própria, por Lucas Heringer • 3.3.9– Autoria Própria, por Lucas Heringer • 3.3.10– Autoria Própria, por Lucas Heringer • 3.3.11– Autoria Própria, por Lucas Heringer • 3.3.12– Autoria Própria, por Lucas Heringer • 3.3.13– Autoria Própria, por Lucas Heringer • 3.3.14– Autoria Própria, por Lucas Heringer • 3.3.15– Autoria Própria, por Lucas Heringer • 3.3.16– Autoria Própria, por Lucas Heringer • 3.3.17– Autoria Própria, por Lucas Heringer • 3.3.18– Autoria Própria, por Lucas Heringer

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