Conjuntos Habitacionais em Periferia: Multifuncionalidade como alternativa para expansão urbana

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Gabriela Setim

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Centro Universitário Senac Gabriela Setim

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Conjuntos Habitacionais em Periferia Multifuncionalidade como Aternativa para a Expansão Urbana

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Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso deArquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Senac como requisito à obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo. Orientadora: Prof.ª Rita Canutti

São Paulo 2017


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Agradecimentos

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Agradeço primeiramente a Deus, que me guia pela fé, que fez todas as coisas e fez a mim. As minhas conquistas pertencem a Ele. Aos meus pais, pelo esforço e pela dedicação para sempre proporcionar oportunidades, experiências e uma boa base para que eu pudesse ir atrás dos meus sonhos. À minha avó Heloisa, que é um exemplo de força e sabedoria, e que com um enorme coração educou os filhos e os netos muito bem e com muito amor. Agradeço a todos os professores do Senac que de alguma forma fizeram parte desse aprendizado e dessa caminhada de cinco anos, dividindo seus conhecimentos e tentando sempre formar não somente profissionais de qualidade, mas também pessoas melhores. E por fim, agradeço minha família, meus amigos, colegas de trabalho e de estudos e todos os que estiveram por perto durante essa etapa, pois cada um somou e adicionou uma bagagem de alguma forma. Obrigada.


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Resumo

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Ao observar o modo construtivo que vem sendo aplicado no contexto de habitação social no Brasil, nota-se uma linha ineficaz. O trabalho aqui disposto trata sobre o papel do arquiteto na construção de conjuntos habitacionais, e de que forma pode ele atuar para que esses carimbos pré-projetados deem lugar a construções de uma certa qualidade arquitetônica, que tenha como resultado espaços públicos valorizados, e não espaços residuais que acabam por receber mal uso, ou que venham a ser um espaço subutilizado. Uma vez que, em maioria, esses edifícios apenas tem direcionado pessoas de baixa renda cada vez mais para locais distantes dos centros e núcleos urbanos, que não oferecem infraestrutura, causando fortes impactos na política urbana das cidades que, têm essa tendência de expansão, como São Paulo. Palavras chave: Habitação social, conjunto habitacional, multifuncionalidade, convívio, preservação, equipamento urbano, infraestrutura, regiões periféricas, expansão urbana.

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Abstract

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As we consider the method of construction that has been applied in the context of social housing in Brazil, we can see this way of thinking is inefficient. The aim of this project is to discuss about the role an architect can take when talking about planning a housing complex, and in which way can he act so these pre-projected stamps give their place to better qualified building, architecturally speaking, show as a result valorised public spaces, not a residual space which end up receiving a bad use, or which come to be underused areas. Since these buildings, in majority, have only been taking low-income people to distant areas of the city, far from centres, without infrastructure, causing huge impact in the urban policy of a city, as in SĂŁo Paulo.

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Key words: Public housing, housing complex, multifunctionality, conviviality, preservation, urban equipments, infrastructure, suburbs, urban expansion.

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Índice 1.Introdução ................................................................................................ 12 2. O Problema Habitacional ........................................................................ 16 3. Estudos de caso....................................................................................... 22 3.1 Favela do Sapé ............................................................................. 23 3.2 Conjunto Residencial Corruíras ................................................... 31 3.3 Orla Marítima de Ilha Comprida ........................................... 37

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4. Análise ..................................................................................................... 42 4.1 Da escolha do terreno .................................................................... 43 4.2 Levantamento de dados ............................................................. 48

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5. Proposição .............................................................................................. 58 5.1 Partido ............................................................................................ 59 5.2 Paisagismo ................................................................................. 82 5.3 Estrutura .................................................................................. 89

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6. Considerações finais ............................................................................... 91 7. Referências bibliográficas ....................................................................... 92 8. Lista de imagens ..................................................................................... 94

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Imagem 1: Vista vista aérea do bairro Fonte: GoogleMaps

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1. Introdução

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Desde o início da história do homem, na pré-história, o homem sente a necessidade de se recolher em um lugar protegido ao fim do dia. Um lugar para se sentir seguro e repor as energias para que no dia seguinte tenha forças para traçar e atingir novos objetivos.

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Habitar significa tomar para si, fazer parte de algo; o homem faz parte do local em que ele habita, e o local em que ele mora faz parte de quem ele é. A maneira que foi criado, no espaço em que cresceu é a razão ou causa de um homem ser como é. Para termos pessoas satisfeitas, pessoas que se tornem cidadãos de qualidade, é preciso que eles sejam tratados com qualidade, cresçam com oportunidades, interesses e energia para devolver isso à cidade.

Programa Minha Casa Minha Vida sendo aplicados em São Paulo da mesma forma com que são aplicados no Rio de Janeiro, Minas Gerais e muitos outros estados do país. São, em sua maior parte de casos, produções periféricas sem qualidade construtiva, inseridas em locais mal servidos de infraestrutura urbana, que somente afasta pessoas de baixa renda dos centros urbanos, aumentando cada vez mais a segregação sócio espacial. Sem mencionar grandes terraplanagens, geralmente realizadas para a construção/reprodução desses blocos habitacionais, que causam uma agressão ao meio ambiente. Esse tipo de arquitetura não funcionou antes e isso vem se repetindo até os dias de hoje, com a mesma forma falha de reprodução de habitações em conjunto.

Nas grandes cidades brasileiras, como São Paulo, a forma com que a habitação tem sido tratada é longe de ser prioridade. Desde o início do planejamento de edifícios multifamiliares voltados ao interesse social no Brasil, essas construções seguem uma linha de raciocínio que já se provaram não serem funcionais, devido à padronização das tipologias habitacionais que não se adequa à diversidade de composições de famílias e que também não considera o local de implantação do projeto, uma vez que há projetos do

Na década de 60, quando se começou a pensar e projetar conjuntos habitacionais, foram ignoradas as considerações urbanísticas e sociais; locando e realocando pessoas de baixa renda para fora da malha urbana sem pensar no impacto que isso causaria. Como, por exemplo, falta de serviços, comércio, áreas de lazer, a questão da mobilidade com transporte que conectassem essas pessoas aos polos que ofereciam empregos e infraestrutura em geral. Essa falta de planejamento acaba por

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sobrecarregar os pontos onde se encontram esses serviços, ao mesmo tempo que abre uma brecha para que o crescimento nessas periferias aconteça de forma desordenada e muitas vezes em situações de risco. Para que essas edificações sejam pensadas de maneira coerente, há uma série de fatores a se considerar. Levantamento de opiniões dos futuros moradores é imprescindível para que o espaço seja um reflexo do público que o usa, para que não vire posteriormente uma área residual, como acontece em tantos conjuntos que não somam nenhuma qualidade urbana ao seu entorno. Os conjuntos habitacionais devem ser pensados como diz o nome: em conjunto. Além de apenas habitar, o espaço deve ser planejado para articular-se com a política urbana. Ao acrescentar ao projeto tarefas múltiplas, pode-se facilitar e aumentar a qualidade de vida das pessoas que frequentam o espaço. Áreas de convívio, envolvimento social, serviços e pequenos comércios que atendam a dimensão dos clientes próximos dali e que sejam também oportunidade de trabalho perto de casa, nesse caso dentro de um mesmo lote. Trabalhar essa ideia de multifuncionalidade pode ser uma forma de lidar com o crescimento populacional desorganizado nas áreas periféricas. A proposta,

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então, é a realização de um projeto que atenda esses princípios gerando uma otimização da malha urbana. Para isso, foi escolhido um local de estudo que se encaixa nessa descrição. E a metodologia se resume em apresentar uma análise de legislações pertinentes ao projeto, um levantamento de dados e visita a esse local, tal como analise de entorno e observações que caracterizem a área para compreender o perfil e as necessidades dos moradores e frequentadores da região. Pesquisa por referências que possam de alguma forma colaborar com o projeto, por apresentarem pontos similares em questões de construção ou social. Para que assim uma proposta de conjunto habitacional seja gerada como o objetivo desse trabalho. Para isso, no capítulo dois serão apresentados pontos que não são bem desenvolvidos nos conjuntos habitacionais que tem sido aplicados no mercado até os dias de hoje, como eles vêm sendo errôneos e em que isso implica. No capítulo três serão apresentados estudos de caso, que serviram como referências na elaboração e desenvolvimento do projeto. Obras de escritórios


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de arquitetura bem vistos no mercado e que com qualidade tratam a habitação e a criação de espaços públicos de valor para a sociedade.

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No capítulo quatro, teremos o diagnóstico da área em que o projeto será implementado. Apresentando a localização e justificativa da escolha do lugar, tal como o levantamento de dados do terreno e seu entorno, estudando fatores físicos, o tipo de público, considerando o tipo de equipamento urbano já presente e qual seria interessante estar presente na proposta, quais características do viário nessa região, para que o projeto represente e atenta essa comunidade.

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No quinto capítulo temos a apresentação e o desenvolvimento do projeto, apresentando o partido, o desenho do conjunto de edifícios, juntamente com métodos construtivos e o processo de desenvolvimento do desenho. Por fim, as considerações finais, que apresentam as conclusões sobre os estudos que foram feitos e de que forma o projeto consegue, se desviar dos atuais obstáculos presentes na forma de construir conjuntos habitacionais.

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2. O Problema Habitacional

Imagem 2: Projeto Salvação, do programa Minha Casa Minha Vida, em Belém no Pará. Fonte: Diário Comércio Indústria e Serviço.


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No capítulo que segue será apresentada a problemática deste trabalho. O tema que, pela autora é visto como um ponto a ser melhorado no ramo da arquitetura. A qualidade das construções que geralmente são entregues para a sociedade como habitação de baixa renda. Como elas acontecem, onde costumam ser implantadas, quais levantamentos e pesquisas são feitos antes da proposta do projeto, quais são os reflexos causados por alguns desses projetos. Se a tipologia atende às necessidades do público alvo. Como são construídos e a qualidade da construção, tal como a relação desses conjuntos de moradias com o resto da cidade, com o entorno e com a malha urbana; a qualidade dos espaços urbanos é de grande importância para uma cidade, se os projetos nela aplicada não se voltam para esse tipo de tentativa, fazer os espaços públicos serem pensados com propriedade, independente da faixa de renda que vai utilizá-los. A questão é: será que estamos gerando espaços e habitações de qualidade? Aos olhos desse trabalho o serviço deixa muito a desejar e tem como produto péssimos resultados, e é isso que será estudado em seguida.

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O motivo pelo qual esse trabalho se desenvolveu, é a polêmica causada pelas construções de moradia conjunta na cidade de São Paulo pois a questão de valor de um lote, mercado de terras faz com que a prefeitura somente adquira lotes, ou glebas, fora da malha urbana da cidade, criando um isolamento que parece até proposital para tirar de vista aqueles com menos poder aquisitivo.

“Uma característica comum a todas as cidades brasileiras, [...], é o fato de cada uma delas apresentar um contraste muito claro entre uma parte da cidade que possui alguma condição de urbanidade, uma porção pavimentada, ajardinada, arborizada, com infra-estrutura completa – independentemente da qualidade desses elementos, que em geral é pouca – e outra parte, normalmente de duas a três vezes maior do que a primeira, cuja infra-estrutura é incompleta, o urbanismo inexistente, que aproxima-se muito mais da idéia de um acampamento do que propriamente de uma cidade [...] Em uma cidade dividida entre a porção legal, rica e com infra-estrutura e a ilegal, pobre e precária, a população que está em situação desfavorável acaba tendo muito pouco acesso a oportunidades de trabalho, cultura ou lazer.” ROLNIK, R. . É possível política urbana contra a exclusão? . Serviço Social e Sociedade, São Paulo - Editora Cortez, v. 72, p. 53-61, 2002.

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Esse distanciamento se torna péssimo para os moradores desses loteamentos tão distantes de infra estrutura, principalmente pela questão da mobilidade. Há casos em que o sistema viário tem condições inadequadas, pois não estava preparado para receber esse tipo de projeto, como também há pessoas que demoram cerca de duas à três horas para chegar ao seu destino todos os dias, e não tem como evitar isso, uma vez que o lugar onde eles habitam não é equipado com nenhum tipo de equipamento de infra estrutura. Essas obras de grande escala são feitas para combater o problema da falta de moradia, mas por fim acaba gerando tantos outros, como vias sobrecarregadas, tal como equipamentos urbanos, núcleos e polos comerciais e de serviço que sejam fonte de consumo e de empregos também; Sem contar o grande problema que é a segregação social e econômica, que esse tipo de projeto somente fortalece. Tudo isso pela incompetência dos projetos e pela falta de planejamento.


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“Na história da cidade de São Paulo, por exemplo, o que provoca a produção da exclusão territorial não é a falta de um plano, não é a falta de uma política urbana, mas entre outros fatores a presença de planos, políticas, estratégias de ocupação, normas de uso e controle do solo que excluem, que são feitas não para generalizar a qualidade de vida e o bem estar, mas para manter os poucos espaços de boa qualidade – que portanto valem mais – na mão de poucos, impedindo que esses espaços sejam compartilhados.” ROLNIK, R. . É possível política urbana contra a exclusão? . Serviço Social e Sociedade, São Paulo Editora Cortez, v. 72, p. 53-61, 2002. C

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Para alocar pessoas de baixa renda a questão de qualidade de vida fica deixada de lado quase que sempre. A moradia é tratada como um número, para e pessoas que são tratadas como dados, deixando de lado a consideração com as pessoas que irão morar nesses conjuntos. Um descaso, é como se pode falar de casas que, além de apresentarem todos os problemas anteriores de mobilidade de exclusão social, são entregues e, que em pouco tempo depois, apresentam defeitos, rachaduras, goteiras, como mostram reportagens encontradas online:

Imagem 3: Recorte de notícia sobre qualidade de apartamento do “Minha Casa, Minha Vida”. Fonte: Exame

“Fiscalização do Ministério da Transparência identificou falhas em 48,9% dos imóveis da faixa 1 do programa de habitação, que contempla famílias que ganham até R$ 1,8 mil. De um total de 688 empreendimentos, foram identificadas falhas de execução em 336, que concentram quase 93 mil unidades. Os principais problemas são trincas e fissuras (30,8%), infiltração (29%), vazamentos (17,6%) e cobertura (12,3%). Os problemas não são excludentes, ou seja, um mesmo imóvel pode ter mais de uma determinada situação.” Jornal Exame online. Postado no dia 6 de fevereiro, 2017.

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Outro ponto criticado é a falta de diferentes tipologias, pois essas moradias sempre possuem o mesmo desenho. Logo se uma família não se encaixa nesse padrão de habitar que foi desenhado, essa simplesmente não tem opção e acaba por não comprar um imóvel, e vai provavelmente morar em condições ilegais e insalubres. Nenhuma família é igual a outra, e a legislação permite que exista uma variação nos tamanho das unidades, que podem variar entre 24 e 65 metros quadrados, porém isso, na maioria dos casos, não é explorado pois é mais fácil somente reproduzir um “carimbo” já existente. C

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“Nota-se um padrão estabelecido pelas construtoras em seus empreendimentos. Deve-se atentar-se ao fato de que, a tipologia executada por essas grandes construtoras, nada se difere da tipologia analisada anteriormente, voltada aos beneficiários que se enquadram na categoria de renda mensal até 3 salários mínimos, uma vez que todos possuem em comum 2 dormitórios, somente um banheiro, uma sala, uma cozinha, e uma singela área de serviço, que juntos ocupam uma área inferior a 50m².” Trabalho desenvolvido por alunos da unespe.Título: Habitação de interesse social: as tipologias habitacionais e o seu reflexo na produção da cidade através do programa minha casa minha vida

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Assim é como vem sendo tratadas as moradias de baixa renda no país, ademais não é um acontecimento recente, infelizmente depois de décadas ainda não conseguimos combater essa desordem, e ainda a moradia não é levada a sério, não é abordada como um direito do cidadão. É necessário que a habitação social seja tratada com mais atenção. Não é somente aqueles que tem capital que possuem o direito de morar bem, todos têm esse direito, e ainda nesse trabalho vai se mostrar projetos que usam dos parâmetros determinados pela legislação para criar Habitações de Interesse Social de boa qualidade que se articulam com o equipamento urbano e geram espaços de qualidade arquitetônica para a população de baixa renda. A afirmação desse trabalho não é que os principais centros devam ter moradias de HIS, mas que as habitações sociais devam oferecer outro usos que sirvam como “centros” para aquela região.

“Produzirmos um urbanismo anti-exclusão significa, no campo da regulação, abrir a cidade para toda a população em todos os sentidos, estabelecer uma regra de construção da cidade, regras de zoneamento, de parcelamento, que tenham rigorosamente a ver com a maneira pela qual o povo constrói sua moradia e que portanto consigam incidir sobre ela.” .” ROLNIK, R. . É possível política urbana contra a exclusão? . Serviço Social e Sociedade, São Paulo - Editora Cortez, v. 72, p. 53-61, 2002.

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Imagem 4: Favela do SapĂŠ. Fonte: Archdaily

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3. Estudos de caso

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Imagem 5: CorruĂ­ras. Fonte: Boldarini

Imagem 6: Kyushu Sangyo University. Fonte: Architizer


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Neste capítulo serão apresentados projetos e obras de escritórios de arquitetura que abordam o mesmo tema, ou trazem boas respostas para a discussão sobre como tratar o espaço urbano e o espaço de convívio social, e que assim puderam servir como referências e material de reflexão para o projeto aqui desenvolvido.

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Primeiro apresentando um projeto de reurbanização de favela do escritório Base Urbana atuante no mercado de trabalho desde 2007. O projeto é relevante para esse estudo pois trata o mesmo tema deste trabalho, desde a habitação ao desenho urbano, qualificação dos espaços, aplicação de diversos usos para melhorar a mobilidade urbana e inclusive aborda técnicas de como abordar e tratar a presença de um pequeno córrego que cruza o terreno trabalhado.

convivência a partir da arquitetura e do desenho do espaço urbano. Por fim temos um projeto não de habitação, mas de paisagismo em uma universidade; obra do escritório Design Network Associates, um grupo japonês que está no mercado desde 1986 e que discute o que é importante analisar antes do projeto de reforma do desenho de paisagismo de uma universidade, que características os frequentadores do lugar dão a ele, para assim poder determinar o desenho. Um desenho de espaços livres e de convívio, de piso, de relevo, de praça; essa obra é rica em vários aspectos de paisagismo e também pode trazer pontos que valem a pena serem avaliados para o desenvolvimento desse projeto de conclusão de curso.

Em seguida temos um projeto habitacional desenvolvido na zona sul de São Paulo pelo escritório Boldarini Arquitetos Associados, que também já realizou várias obras dentro desse tema e é atuante na área da arquitetura desde 2002. Nesse projeto podemos notar como o edifício trata o relevo, e como o relevo define várias questões de projeto, também criando e promovendo áreas de

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3.1 Favela do Sapé

Base Urbana + Pessoa Arquitetos, Jardim Ester Yolanda, São Paulo; 2014

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Imagem 7: fachada de um dos três conjuntos do projeto Fonte: Archdaily

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Por iniciativa da Secretaria de Habitação Municipal de São Paulo, a reurbanização da favela do Sapé é um projeto que tem por finalidade readequar a forma de habitação no bairro do Rio Pequeno, zona oeste de da cidade, realocando pessoas que estavam morando em condições precárias. Um projeto de grande porte para atender 2500 famílias requalificando essa área por meio de desenho do espaço público, servindo como uma ferramenta de inclusão social, já que há novas oportunidades de convivência, encontro social, o desenho urbano, junto da moradia e da infraestrutura oferecidos pelo projeto cria espaços para melhorar não só a moradia, mas também o lazer, a mobilidade urbana, a qualidade ambiental, tratando a ideia de pertencimento àquele local e assim melhorando a manutenção dos espações públicos e a própria vida na cidade. Os principais objetivos da urbanização são a remoção das famílias em situação de risco, a implantação de infra estrutura urbana para todas as moradias, e a construção de novas residências na própria área. A Secretaria de Habitação, junto da SABESP já havia determinado uma área de remoção obrigatória, por conta de um córrego presente no terreno, e por conta da situação


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insalubre em que se encontravam uma boa parte dessas moradias, que está destacada em vermelho na mapa abaixo. Outras áreas de remoção também foram determinadas a partir de analises que determinaram áreas de periculosidade e possíveis deslizamentos, marcadas em verde, roxo e laranja. Os pontos azuis representam pontos que deveriam recebem um tratamento diferenciado, pois não a necessidade de remoção, porém é preciso aplicar equipamentos urbanos, vazios e acessos para que essas casas que não farão parte da reforma possam alcançar uma qualidade de moradia também.

Imagem 8: mapa de levantamento e demarcação de área Fonte: Archdaily

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Então a partir dessas áreas foi pensado as possíveis ocupações e estruturações, considerando um caminho ecológico e preocupado com o cuidado e tratamento do córrego, sem deixar de lado a importância e a qualidade das habitações. Para tratar do fluxo de água que o terreno apresenta, o escritório desenvolveu a geometria do canal, tentando ao máximo respeitar a topografia original do leito, as cotas de fundo do rio e suas larguras, usando parâmetros determinados pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente. Como as margens possuem áreas que por lei não podem ser edificadas, o escritório aproveitou isso para fazer uma rearborização desse caminho, criando praças que promovem o encontro entre as pessoas que frequentam o lugar e momentos de descontração e passarelas em diversos pontos que atravessam o córrego, unindo os dois lados de seu leito; também foi implementada uma ciclovia ao longo de uma das margens que possui uma conexão com a, já existente, Av. Politécnica, promovendo uma integração urbana ao projeto. Determinou-se duas novas conexões viárias, que atravessam transversalmente a região trabalhada; as vielas dos pedestres e os acessos às casas já existentes foram reformadas com piso intertravado e guias rebaixadas para preferenciar o caminho do pedestre,

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utiliza-se elementos urbanos e de paisagismo para delimitar e guiar a circulação dos carros. O levantamento de dados realizado antes de qualquer outra coisa para melhor compreender o perfil da região, mostrou a precariedade econômica da população, o que assim adicionou ao programa ações que pudessem levantar oportunidades para essa comunidade. Passando assim a considerar a diversidade de usos, criando pontos ao longo do caminho do córrego de usos relacionados a comercio e serviços, para que esses pudessem oferecer uma oportunidade de renda e ferramentas urbanas de interação social, como pontos que conectam a sociedade com o bairro como escolas que potencializam os usos. Quanto aos edifícios, o projeto apresenta sete tipologias de unidades habitacionais: com dois dormitórios, três dormitórios, duplex e unidade de acessibilidade integral, que variam entre 46 e 50 m ², além de unidades de comércio e serviço, o tamanho e quantidade das unidades foi definido ao longo do levantamento e de reuniões com a comunidade para que assim fosse possível melhor atendê-los. A circulação horizontal nos andares é feito por varandas que remetem às vielas existentes


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anteriormente na favela e que possibilitam uma vivencia e uma troca social entre as famílias de um mesmo andar. Tudo isso permitiu criar uma flexibilidade para implantar os edifícios, possibilitando uma implantação que se adaptou a cada particularidade de cada terreno, da relação com o entorno e de cada lote na paisagem. Resultando na seguinte implantação:

Imagem 9: Implantação do projeto final. Fonte: Archdaily

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Também vamos observar algumas imagens e cortes do projeto, para melhor entender como se dão os espaços.

Imagem 11: Vista do alto do projeto. Fonte: Archdaily

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Imagem 10: vista do parque linear com o córrego e um dos conjuntos. Fonte: Archdaily

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Imagem 12: Foto da circulação horizontal que é também usada com pátio Fonte: Archdaily

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Imagem 13: fachada do edificio azul, ainda durante o andamento da reforma. Fonte: Archdaily

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Imagem 14: Corte transversal 1 Fonte: Archdaily

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Imagem 16: Vista de uma das pontes que atravessam o cรณrrego. Fonte: Archdaily

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Imagem 15: Corte transversal 2. Fonte: Archdaily

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3.2 Conjunto Residencial Corruíras Boldarini arquitetos associados Jabaquara, São Paulo; 2010 – 2013 244 apartamentos

Como parte da Secretaria Municipal de Habitação, esse projeto veio de um concurso que previa um conjunto habitacional para a área da Operação Urbana Consorciada Água Espraiada, em São Paulo e tem como objetivo reformar e readequar a situação das moradias frágeis de ocupação irregular da Favela Minas Gerais.

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O terreno apresenta um perfil topográfico bem acentuado e se encontra próximo ao córrego Água espraiada, de modo que requer uma atenção à relação entre o pedestre e sua percepção do relevo e da paisagem que a partir do projeto seria gerado.

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Imagem 17: Fachada da Av. General Daltro Filho. Fonte: Boldarini Arquitetos associados site

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A partir também de um levantamento prévio para melhor entender as necessidades das famílias que seriam atendidas e qual seria a melhor forma para realocar essas pessoas, claro, foi proposto um


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programa e para organizar os espaços o terreno foi dividido em partes, por isso o conjunto possui dois blocos separados que se encaixam no relevo para melhor aproveitá-lo e gerando acessos a partir das duas vias que têm contato com o lote, a Av. General Daltro Filho (na cota mais alta) e a Rua das Corruíras (na cota mais baixa) que dá nome ao conjunto; isso podemos ver no corte a seguir.

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Ao explorar o desnível dessa forma, o morador acessa o edifício pelo o que seria o meio dele, permitindo que ele não tenha que subir, ou descer, mais de quatro pavimentos para acessar sua unidade. E também possibilita uma aproveitamento do terreno para a construção de um maior número de unidades habitacionais no edifício, além de uma vista agradável das passarelas de acesso e circulação horizontal que se tornam uma espécie de mirante, e varanda para as habitações, o que de novo é um elemento essencial para incentivas o convívio e as trocas sociais entre esses moradores que são presentes e tão fortes durante a convivência e morada em uma comunidade como a Favela Minas Gerais. O projeto possui assim lugares como pátios que permitem atividades de lazer, desde jogos das crianças, até banhos de sol, conversas e encontro e reuniões informais dos moradores. Algumas plantas e cortes podem nos mostrar isso.

Imagem 18: corte transversal do conjunto para mostrar o desnível. Fonte: Boldarini Arquitetos Associados site

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Imagem 19: Implantação. Fonte: Boldarini Arquitetos associados site

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Imagem 20: Planta do pavimento mais baixo. Fonte: Boldarini Arquitetos associados site

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Imagem 21: Planta do nível da Av. Gen. Daltro. Fonte: Boldarini Arquitetos associados site


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Imagem 22: Fachada da Av. Gen. Daltro. Fonte: Boldarini Arquitetos associados site

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Imagem 23: Planta do pavimento intermediรกrio. Fonte: Boldarini Arquitetos associados site

Imagem 24: Planta dos pavimentos mais altos. Fonte: Boldarini Arquitetos associados site

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Imagem 26: Fachada vista da Rua CorruĂ­ras. Fonte: Boldarini Arquitetos associados site

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Imagem 25: Vista do pĂĄtio central. Fonte: Boldarini Arquitetos associados site

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Imagem 27: Foto do edifĂ­cio inserido no bairro. Fonte: Boldarini Arquitetos associados site

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Imagem 28: Vista do pĂĄtio central. Fonte: Boldarini Arquitetos associados site

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3.3 Kyushu Sangyo University Design Network Associates Fukuoka, Japan; 2012

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Imagem 29: Pátio central da universidade. Fonte: Architizer

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Kyushu Sangyo University (KSU) está localizada na região de Fukuoka no sul do Japão. Este projeto tem por finalidade redesenhar e redefinir os espaços abertos na universidade em questão. Primeiramente a área foi estudada muitas vezes, o escritório tentou reparar as condições que cada um dos prédios do complexo estudantil apresentavam. Cada um dos prédios tem sua peculiaridade e, a primeiro ver aparentam não ser correlacionados, mas o escritório notou a existência de algumas vias de pedestres por entre esses edifícios que de alguma forma os conectavam de acordo com o fluxo de pessoas que passam por ali diariamente. Para iniciar o projeto do paisagismo desse lugar, os arquitetos pensaram em criar uma nova paisagem que promoveria ainda mais o fluxo de passagens dessas pessoas, desenhando caminhos agradáveis e também áreas de descanso que ofereceriam lugares para encontros, estudos e convívio, e pátios aberto para aproveitar o sol. Então, a área foi dividida em três partes e para cada uma há uma proposta de paisagismo, porém as áreas não estão completamente separadas, e sim sutilmente conectadas como se uma fosse o complemento da outra.


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intertravado desenhando e estampando o pavimento, com árvores plantadas ao longo de toda a via para proporcionar um caminhar tranquilo acompanhado pelas sombras das arvores. A área central do campus foi definido com o nome Central Open Space, que era um lugar pouco usado que sobrava por entre algumas das edificações e continha um pequeno fluxo de água que já era utilizado com função de drenagem. Esse canal recebeu algumas passagens que o atravessam e em C

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Imagem 31: Pátio central, tratamento do rio e como foi feita a travessia deste. Fonte: Architizer

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Imagem 30: Implantação do projeto final. Fonte: Architizer

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A primeira área, no canto inferior esquerdo da planta aqui mostrada, temos a parte denominada pelos arquitetos como North Street. Essa rua é longa e estreita, e principalmente usada pelo estudantes como uma rua que dá acesso à universidade. Pensaram em enfatizar a linearidade desse eixo, porque queriam que os pedestres pudessem experienciar a durabilidade dessa rua, em um bom sentido. Por isso estudaram e desenvolveram um traço delicado de piso

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Imagem 33: Anfiteatro visto de cima. Fonte: Architizer

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Imagem 32: Pátio central e núcleos de encontros. Fonte: Architizer

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ambos os lados foi equipado com uma variedade de plantas. Nessa área era importante, então, desenvolver espaços que acompanhassem e guiassem o fluxo de pessoas, e também criar espaços reservados para atividades e descanso. O espaço consiste em pontos mais privados, pois ficam deslocados do caminho de passagem e são equipados com bancos de linhas orgânicas. Ainda nesse espaço central tempo um pergolado que flutua sobre o miolo da praça, essa pérgola funciona como um marco do campos e como um elemento onde os alunos querem estar. Tudo isso se mostra nas fotos a seguir.

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Imagem 34: o desnível possibilita o uso de bancos lúdicos. Fonte: Architizer


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anfiteatro, com um pátio aberto no meio que pode abrigar vários tipos de atividades. Assim como a área central, o anfiteatro apresenta áreas de passagem e áreas reservadas que coexistem em harmonia.

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Imagem 35: Anfiteatro. Fonte: Architizer

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A terceira e última parte desse projeto foi chamada Amphitheater. Esse ambiente era apenas um gramado pouco usado pelos alunos e frequentadores da universidade. Os arquitetos então pensaram em fazer o paisagismo baseado no declive apresentado pelo terreno. Primeiro, fizeram um modelo das curvas de nível existentes e as converteram em linhas artificiais, deixando larguras necessárias para fazer ainda uma escadaria que comportasse o número de pessoas que estão ali de passagem e, como o nome já indica, isso virou um

Imagem 36: Acesso à universidade, corredor equipado com árvores que tornam o passeio agradável, e canteiros que servem de bancos. Fonte: Architizer

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Imagem 37: Foto do terreno Fonte: Acervo pessoal

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4. Anรกlise

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Neste capítulo será apresentado os primeiros estudos feitos após a escolha do terreno. Impressões tiradas em um primeiro instante, tal como a pesquisa e procura por confirmação ou não dessas opiniões. Uma análise sobre o terreno e a região em que se encontra, e de que maneira a pesquisa foi sendo desenvolvida para buscar dados e mapas que ajudassem a compreender melhor o local que foi escolhido para receber o projeto. Após esse levantamento de dados, foi realizada uma visita ao local, pois mesmo sendo frequentadora do bairro não havia parado nessa quadra anteriormente ao trabalho para ter noção suficiente da situação. A visita, que será aqui apresentada com conclusões, fotos e estudos de fluxos e manchas de uso, foi de fundamental importância para o entendimento do espaço e para que assim somente, fosse possível o início da elaboração de ideias sobre os edifícios propostos e como seria possível tratar o lote com todas as exigências pedidas pela legislação.

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4.1 Da escolha do terreno Com o tema de habitação de baixa renda em áreas de periferia em mente, foi pensado em trabalhar a área da subprefeitura do M’boi Mirim, que se encaixa nesse perfil estudado, pois há um déficit de moradia ao longo de praticamente toda a extensão da região. Uma área que precisa de um olhar voltado para esse tema de habitação social, habitação acessível para pessoas de baixa renda, que é o público predominante na região; e também é necessário a presença de projetos que, além de moradia, tragam a proposta de novos núcleos com infraestrutura para essa parte da malha urbana de São Paulo, projetos que qualifiquem espaços e tragam diferentes usos. Há nessa subprefeitura, bem ao norte, um famoso e conhecido complexo de empresas: O Centro Empresarial de São Paulo (Cenesp), ele foi implantado, na década de 70, em um ponto alto da topografia, que na região é bem acentuada, para que fosse marcante, para que fosse visto e que é sede de várias empresas nacionais e internacionais, gerando um grande número de empregos. Porém, esse é o único centro que funciona como núcleo de comércio e serviços desse porte na região, o que não é o suficiente para suprir a demanda dos moradores próximos, o que os leva a procurar

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infraestrutura em outros pontos mais distantes dentro da cidade de São Paulo. Sendo assim muitos levam cerca de duas horas para chegar em seu destino todos os dias, e mais duas horas para voltar para o lugar onde moram. Seria de excelente proveito se tivéssemos quarto horas adicionadas no nosso dia, esse tempo de deslocamento pode ser convertido em horas de lazer, horas de descanso, ou dedicadas aos estudos. Tendo acesso a equipamentos que oferecessem não somente serviços, lazer e centros comerciais, mas que fossem fonte de emprego dentro do mesmo lote em que se esteja morando, isso permitiria que cada uma dessas pessoas tivessem melhor qualidade de vida, mais tempo e mais disposição para aproveitar a cidade. O ponto desse trabalho é apresentar esse tipo de solução para lotes em locais como este aqui descrito.


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A subprefeitura do M’boi Mirim é dividida em dois distritos: Jd. São Luiz; e Jd. Ângela. Sendo que o segundo está praticamente por completo localizado em área de manancial, como mostra o mapa abaixo.

Junto desse levantamento de territórios, é importante observar também onde estão as áreas verdes relevantes da região, pois estamos tratando de um local próximo de uma grande área de proteção aos mananciais, onde há também, áreas de preservação já existentes, como o Parque Ecológico do Guarapiranga, e ainda propostas de recuperação de áreas verdes danificadas.

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Imagem 38: Limites da subprefeitura trabalhada e das que estão em seu entorno, em azul claro demarcação dos limites de manancial. Fonte: Geosampa

Imagem 39: áreas verdes na região da Subprefeitura do M’boi Mirim. Fonte: Geosampa

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Para então encontrar um terreno dentro da subprefeitura, foi feito um levantamento de uma área que seria apropriada para o perfil do projeto. O Distrito do Jd. Ângela apresenta áreas de ZEIS (Zonas Especiais de Interesse Social) muito extensas, encaixando-se em um perfil de terrenos como grandes glebas que precisariam ser loteadas antes de receber qualquer tipo de projeto arquitetônico, que já não se encaixa no tipo de terreno que seria o ideal para receber o projeto. O que direcionou as opções de terreno para o Jd. São Luiz, que por sua vez, tem como característica ter menos loteamentos desocupados, pois é uma região bem adensada. Isso gerou um desafio, uma vez que não faz parte da proposta trabalhar em uma área ocupada, devido a alta densidade de pessoas e do tipo de construção que foi possível analisar ao percorrer parte desses distritos, pois boa parte do Jd. São Luiz é marcada como ZEIS do tipo 1, que são áreas já ocupadas por assentamentos irregulares, porém essas construções já estão fortemente concretizados e possuem uma organização própria; por conta disso o trabalho voltou-se a busca de terrenos que ainda não estivessem ocupados. Como podemos acompanhar pelo mapa que segue.

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Imagem 40: As áreas demarcadas como ZEIS dentro da subprefeitura. Fonte: Geosampa, Editado pela autora.

Legenda ZEIS 1 ZEIS 2 ZEIS 3 ZEIS 4 ZEIS 5


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Tabela 1: O que o PDE determina para cada tipo de ZEIS. Fonte: Plano Diretor.

Sendo assim, ao separar os poucos terrenos que convinham com tudo que já foi citado anteriormente, o terreno a receber o projeto foi definido; levando em consideração certos equipamentos urbanos que melhor poderiam valorizar a escolha da sua localidade. Essa região não apresenta muitos equipamentos urbanos, como já foi dito, fazendo com que boa parte da população tenha que se deslocar para chegar em pontos que ofereçam serviços. Para isso existem duas vias principais – Av. Maria Coelho Aguiar e Av. Guido Caloi – sendo que nessa segunda fica um terminal de ônibus e também um acesso com a estação Sto. Amaro, linha Lilás da CPTM, enquanto que a Av. Maria Coelho é bem equipada com linhas de ônibus. O terreno, então, foi escolhido justamente por ter fácil acesso a essas duas avenidas. Estando em uma travessa da Maria Coelho Aguiar, que é caracterizada por oferecer comércios de pequeno porte e alguns tipos de serviço, o que já comprova o que foi antes aqui dito, uma áreas carente de comércios e serviços, o que portanto faz com que os moradores da região implantem essa estrutura que eles mesmos precisam, fato que provavelmente aconteceu nessa avenida devido ao movimento diário e ao grande número de pessoas que circulam por ali.

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Imagem 41: Mapa de vias e equipamentos de transporte da região. Fonte: GoogleMaps, editado pela autora.

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No mapa vemos destacado em azul o terreno, as duas vias, que são as anteriormente citadas estão representadas pela cor amarela. Também podemos notar alguns equipamentos como o Cenesp, ao norte do mapa, o acesso ao terminal de ônibus e ao trem na Av. Guido Caloi (destacados por um conrtono laranja), e diversos pontos de ônibus ao longo de toda a Av. Maria Coelho Aguair.


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2.3 Levantamento de dados

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Neste capítulo será apresentado alguns dados de relevância para a iniciação do projeto. Ao realizar um levantamento do mapa de hidrografia próxima ao terreno, observou-se a presença de um córrego que o atravessa, por tanto faz com que esse lote seja denominado como Área de Preservação Permanente (APP), de acordo com o que diz o Código Florestal, o que requer uma série de limitações para a construção e ocupação no terreno, todas foram analisadas e consideradas para que o trabalho fosse realizado. Esse córrego receberá um tratamento específico na implantação do projeto, fará parte de uma das áreas de convivência dos edifícios, sendo um atrativo para os espaços de lazer fazendo com que as pessoas sintam um cuidado pelo espaço e assim conscientizando-as para que não haja a poluição desse espaço.

Imagem xx: Em azul claro o limite do terreno. Linha em azul escuro é o Córrego São Luiz. Fonte: Geosampa Editado pela autora

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Sobre a topografia, o terreno apresenta declividade acentuada em direção do miolo do lote, como um pequeno vale, devido a existência do córrego. O terreno acidentado pode gerar dificuldades para o desenho de projeto, tal como a presença do fluxo de água pode complicar a ocupação por causa da área não edificável exigida pela legislação, mas, por ser um lote de tamanho considerável, com 8.534m² é possível implantar um trabalho que aproveite ao máximo esse espaço, pretende-se gerar uma proposta que aproveite de todos esses obstáculos utilizando deles como potencialidades de um projeto com qualidade arquitetônica e que, da melhor forma, possa colocar em prática os objetivos aqui dispostos, pois estas questões também podem ser tratadas como potencial se forem bem estudadas junto a implantação do desenho, possibilitando a existência de mirantes e outros modos construtivos que podem trazer uma qualidade espacial para o local.

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Imagem 42: Terreno com curvas mestras destacadas em vermelho. Fonte: Geosampa Editado pela autora

Visitando o local e com base no levantamento no site da prefeitura, temos abaixo um mapa de uso predominante do solo. Ao analisar o perfil da região é visível que a área possui algumas residências horizontais de baixo padrão, e também de médio padrão, mas em sua grande maioria (representado em laranja) temos residências que aproveitam o térreo para adicionar uso misto em seu lote, o que comprova a


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necessidade de multifuncionalidade de usos nessa região. Essas manchas acompanham, em principal, a Av. Maria Coelho Aguiar, mostrando que essa via não tem apenas importância de acesso, mas também serve como meio que oferece infraestrutura e certo número de empregos não apenas nesse trecho, e sim ao longo de toda a avenida. Há também a existência de alguns galpões industriais no entorno do terreno que implica em ruas que não são convidativas ao pedestre, um lote permeável ali traria mais segurança para que está de passagem.

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Imagem 43: Uso predominante do solo Fonte: Geosampa Editado pela autora

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A densidade demográfica é alta na maioria dos setores da região, mas algumas manchas de números mais elevadosno mapa anterior, juntamente das imagens aéreas e conhecimento da área devido à visita, gerou uma dúvida sobre a legalidade de alguns desses lotes. Para isso o mapa abaixo, tirado do site a prefeitura nos mostra, então, algumas manchas demarcadas como “favelas”.

Essas informações levaram à busca de dados, como a densidade demográfica do local para ter uma ideia da quantidade de pessoas que passam, frequentam e moram na região. O mapa a seguir mostra a alta densidade que o entorno do terreno apresenta, considerando que as áreas permeáveis deveriam ser maiores e o coeficiente de aproveitamento do solo deveria limitar a construção de projetos que ocupem 100% do lote, porém boa parte dessas construções foram realizadas sem o consentimento e aprovação da prefeitura.

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Imagem 44: mapa de densidade demográfica por setor censitário Fonte: Geosampa Editado pela autora

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Imagem 45: contornos em amarelo são assentamentos irregulares nas proximidades do terreno. Fonte: Geosampa Editado pela autora


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O intuito de aplicar um projeto habitacional nessa região é atender a demanda se adequando ao perfil da população local. Para que isso fosse possível, foi também analisado um mapa de renda média mensal dos moradores, separados por cada quadra desse entorno, notando-se que a faixa de renda local é em geral de um salário mínimo e não é maior que de três salários mínimos por mês. Esses dados são de relevância para o projeto, uma vez que a intenção desses estudos é de conhecer o público local para que, potencialmente, as pessoas da própria região possam adquirir um imóvel no complexo, utilizando de recursos que a prefeitura oferece, e com isso tornar essa área menos densa. C

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Imagem 46: renda média mensal local dividida por quadras. No mapa estão destacados o terreno e as duas avenidas importantes Fonte: ArcGis

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Ao visitar a área do terreno, percebeu-se que apesar de estar demarcada como área vazia, há algumas ocupações em uma das bordas, pequenas moradias de madeira e algumas cercas que limitam uma pequena área de criação de animais. O lote se encontra de frente para um ponto que recolhe material reciclável e isso é nocivo ao lote escolhido, pois ele tem sido usado para local de descarte de entulho ou materiais que não são aceitos pelo ponto de coleta. Então ao entrar na rua e se aproximar do lote, nota-se muito lixo nessa primeira fachada e alguns carros estacionados com entulho na caçamba.

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Imagem 48: Foto do terreno Fonte: Acervo pessoal

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Imagem 47: Foto do terreno Fonte: Acervo pessoal

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Imagem 49: Foto do ponto de coleta de lixo Fonte: Acervo pessoal


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Ao subir a rua, que é levemente inclinada, podemos ver o córrego e alguma vegetação existente, também fica claro que na fachada norte o perfil do terreno é mais íngreme que o da fachada sul por causa da proximidade com o fluxo d’água. Nesse momento, tomou-se nota das árvores de maior porte, pois é intenção do projeto que elas sejam mantidas.

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Imagem 51: Foto que permite visualizar as moradias irregulares no terreno. Fonte: Acervo pessoal

Imagem 50: Foto do terreno Fonte: Acervo pessoal

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Imagem 52: Foto do terreno Fonte: Acervo pessoal

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Imagem 53: Foto do terreno Fonte: Acervo pessoal

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Imagem 54: Foto da Rua M. Lemore Fonte: Acervo pessoal


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mais comerciais próximos à Av. Maria Coelho, por conta de todo o movimento e grande número de pessoas que circulam pela avenida todos os dias, e pela característica comercial que ela já apresenta. Áreas de lazer foram propostas como uma praça verde no meio do lote, para gerar espaços mais reservados de descanso, aproveitando a legislação que exige uma área não construída próxima ao rio.

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Imagem 55: Caminhar deconfortável de pedestres Fonte: Acervo pessoal MAIOR FLUXO DE CARROS

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Durante o tempo da visita foi observado o fluxo de pedestres e de carros, que é de um número considerável, até mesmo nas fotos nota-se a presença de carro e pedestres o tempo todo; e a partir dessa observação foi gerado um mapa de fluxos, para que futuramente isso fosse considerado no planejamento das edificações, no desenho de piso e na articulação dos espaços de convivência. Considerando então o perfil de cada rua, foram definidas também algumas manchas para estudo de massas dos usos pretendidos para o local. Usos

MENOR FLUXO DE CARROS FLUXO DE PEDESTRES ÁREA VERDE CÓRREGO

Imagem 56: mapa croqui de fluxos e manchas de uso Fonte: Acervo pessoal

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Imagem 57: Terreno destacado em vista aérea do bairro Fonte: GoogleMaps

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5. Proposição

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No capítulo seguinte, será apresentado o projeto em si, a proposta de ocupação desse terreno estudado até agora, após todo o levantamento feito e aqui mostrado. Começaremos pela exposição da implantação geral, seguido das plantas individuais de cada edifício, e também as diferentes tipologias de planta baixa oferecidas pelo projeto. Ainda aqui trataremos de paisagismo, falando sobre o desenho de piso gerado, áreas permeáveis e não permeáveis, tipos de vegetação e como tudo foi encaixado no lote valorizando o local e principalmente o córrego. Também será apresentado o método construtivo escolhido para a obra, com uma análise de opção que possa baratear a obra, assim sendo mais acessível ao público de baixa renda, que é o público alvo desse projeto.

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5.1 Partido O partido principal do projeto, então, é a implantação de edifícios que juntos formem um complexo habitacional e que se complementem nos uso; sim diferentes usos, uma vez que o acesso que permite a entrada dos moradores acontece no térreo de cada prédio, e não logo na entrada do lote; e todos os edifícios possuem térreo livre elevado por pilotis, que pode ser ocupado de acordo com as necessidades das pessoas que frequentarem o local, dentro do uso principal que foi definido para aquele bloco, ou ocupado por uso público. Os edifícios assim projetados proporcionam uma quadra permeável, de livre acesso ao público, de forma que o pedestre que está apenas de passagem não precisa contornar a quadra, mas pode cruzar o lote da maneira que lhe for mais eficiente. Ou, disponibiliza benefícios para aqueles que querem aproveitar os usos, convidando o pedestre para dentro do lote, ao invés de cercá-lo com muros que além de não trazer benefícios de fachada ativa, ainda cria espaços de insegurança e desagrado para quem passa na rua.

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O projeto se inicia com o traçar de dois grandes eixos principais que se cruzam. Um deles é a praça

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que segue a linha do rio. É importante destacar esse miolo, para que ele seja o atrativo principal da atenção das pessoas, e assim o espaço receba um valor e o cuidado da população, fortalecendo o vínculo com os espaços públicos criados e a interação com o equipamento urbano e valorizando as relações sociais e a convivência, tal como a preservação de áreas verdes como a gerada pelo projeto. O segundo eixo é o de travessia, pois ao observar o caminhar das pessoas nesse entorno e a movimentação e direções por elas tomadas, esse eixo diminui o caminho do pedestre, que não precisa mais contornar toda a quadra para se conectar com os instrumentos do entorno e da região. Sendo assim esse eixo é caracterizado pela passagem de pessoas, porém, mesmo que ela esteja com pressa ou somente em seu caminho diário, ela cruza o lote participando do equipamento que ele oferece. O projeto atende as normas que dizem dos parâmetros necessários para atender pessoas com deficiência física ou pouca mobilidade; em todos os atrativos do terreno, inclusive nas unidades de habitação. Além disso, ele apresenta uma grande área de solo permeável, para que ambientalmente seja correto e facilite a captação de água da chuva evitando pontos de alagamento no local; e está dentro


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dos padrões construtivos determinados pela lei de zoneamento como observa-se ao analisar as tabelas a seguir.

Tabela 2: Parametros de ocupação. Fonte: Lei de Zoneamento.

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Tabela 3: Taxa de permeabilidade Fonte: Lei de Zoneamento.

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Para fazer o calculo do Coeficiente de Aproveitamento –que indica quantos metros quadrados de áreas total construída pode ser aplicada a tal lote, deve se multiplicar a área total do lote pelo coeficiente de aproveitamento determinado para aquela área do zoneamento– no caso de ZEIS 2 o coeficiente máximo é 4 (como indicado na tabela. Para isso temos: 8,534 m² (área total do terreno) x 4 (C.A) = 34.136 m²

Para o coeficiente mínimo temos: C

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8,534 m² (área total do terreno) x 0,5 (C.A) = 4.267 m²

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Logo não é permitido que se construa mais que esse valor nesse lote. Já para calcular a taxa de ocupação –que indica quantos metros quadrados de edificação podem ocupar o lote, qual é o limite de área edificada para esse lote de acordo com o zoneamento– ao observar a tabela nota-se que a taxa de ocupação máxima permitida para ZEIS 2 é de 0,70; ou seja 70% do lote pode ser edificado: 8,534 m² (área total do terreno) x 0,70 (T.O) = 5.973,8 m²

Logo, o terreno apresenta uma taxa que diz que pelo

menos 30% de sua área total deve ser permeável. No caso desse trabalho, trinta por cento de 8,534 m² (área total do terreno) seria 2.560,2 m²; ao fazer os cálculos de área após a implantação do projeto no lote aqui estudado, chegou-se ao número de área permeável equivalente à 3.168,7 m², estando portanto dentro da norma. Quanto ao coeficiente de aproveitamento, foi feito o levantamento de cada prédio, para saber se a área total está dentro do padrão, abaixo dos 34.136 m², e acima de 4.267 m² como foi mostrado anteriormente. Edifício 1: Edifício 2: Edifício 3: Edifício 4: Edifício 5:

2.006,4 m² 1.255,2 m² 2.807 m² 5.349,5 m² 2.443,7 m²

Resultando numa área total de 13.861,8 m², portanto dentro do que é previsto pela legislação. O projeto apresenta tipologias diferentes que permitem uma flexibilidade para receber diferentes perfis de família. São quatro tipos de apartamento propostos: apartamentos com um dormitório (32,6 m²), que visa atender famílias com uma ou duas pessoas; apartamentos com dois dormitórios (49,2 m²), para famílias compostas de três ou quatro

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pessoas; apartamentos acessíveis para pessoas com deficiência contendo um dormitório (48,2 m²); e apartamentos acessíveis para pessoas com deficiência contendo dois dormitórios (60,5 m²), como será mostrado nas próximas páginas.

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Imagem 58: Apartamento de 32,6 m² na esc.: 1:75 Fonte: projeto próprio.

Imagem 59: Apartamento de 49,2 m² na esc.: 1:75 Fonte: projeto próprio.


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64 Imagem 60: Apartamento de 60,5 m² na esc.: 1:75 Fonte: projeto próprio.

Imagem 61: Apartamento de 48,2 m² na esc.: 1:75 Fonte: projeto próprio.


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Antes da implantação dos edifícios, observou-se a orientação solar para que estes pudessem ser implantados da melhor forma, e todos os apartamentos recebessem a quantidade de necessária. Há, no entanto dois edifícios ( blocos 1 e 2) que não foram implantados nessa orientação, por conta de espaço e da área não edificável. Para esses dois blocos tomou-se, então, uma disposição diferente, com um intervalo entre um apartamento e outro, criando um pequeno pátio com a distancia de um módulo entre dois apartamentos, dessa forma não há agressão à estrutura, e isso permite melhor recepção de calor e melhor ventilação; tal como a criação de um tipo de varanda coletiva para os moradores de cada andar, um espaço que pode ser usado para encontros informais, brincadeiras, descanso e até observar a paisagem.

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Dois dos edifícios (blocos 4 e 5) possuem uma circulação horizontal por um corredor central que distribui os moradores para seus apartamentos, da direita ou da esquerda, porém, esses dois blocos mais densos, geraram dúvidas quanto a ventilação, iluminação e salubridade das unidades; para isso corredor central foi alargado e recebeu vãos que fazem com que uma ventilação cruzada aconteça naturalmente, trazendo qualidade e conforto para a

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edificação, e também trazendo novamente essas varandas coletivas para incentivar a interação entre os moradores. Imagem 62: Croqui de ventilação cruzada Fonte: Projeto próprio.

Como já foi dito, cada edifício apresenta um uso distinto para trazer uma multifuncionalidade ao lote e melhorar a questão da mobilidade no dia a dia dos moradores. Conforme o levantamento e estudo de fluxo e movimentação de pessoas dentro do entorno, os usos definidos para cada um foram: Edifício 1 – Esportivo. Com um pátio totalmente livre, e por ser localizado ao lado da quadra esse espaço pode servir como uma extensão da área esportiva do lote, podendo nele ser realizados alongamentos antes e depois dos exercícios, ou uma área de


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descanso por ser sombreada e fresca, dentre outros diversos usos que podem ir desde ginásticas como aulas de yoga e meditação até um local para treinar manobras de skate em um piso plano e liso. Edifício 2 – Contendo um pequeno auditório, esse térreo tem como proposta possuir um cultural, sendo também todo livre, nele podem ser realizadas aulas de dança, de teatro, desenho por conta da praça aberta que existe como uma extensão da área coberta, o que proporciona atividades ao ar livre com uma bela vista da praça do nível do córrego. Edifício 3 – Institucional. Com uma biblioteca no térreo esse edifício pode servir como área de estudos para os moradores, com acervo de livros e filmes que pode ser consultado e computadores com acesso a internet, a partir de um cadastro que pode ser feito no sistema da biblioteca. Edifício 4 – Como o bloco é menor, mas o fluxo de pessoas é propício a receber visitas, esse térreo dispõe de duas varandas que podem servir como um mirante, pois está a uma altura total de quatro metro de desnível do nível da praça central. Uma vista agradável, que pode ser contemplada ao se sentar em longos bancos espalhados pela lamina desse pavimento. Ao mesmo tempo que se consulta pequenas lojinhas de comércio e serviço que podem ser alugadas pelos próprios moradores, que assim já

evitam o transito da manhã, pois têm a facilidade de trabalhar no mesmo lote que moram. Edifício 5 – Contém o mesmo design e ideia do edifício 4, porém por estar mais próximo e ter maior acesso à Avenida Maria Coelho Aguiar os módulos de comércio e serviços se apresentam em maiores dimensões nesse bloco. Acompanhe tudo o que foi explicado ao observar as implantações e cortes que serão mostrados a seguir.

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A Imagem 63: Implantação do projeto na esc.: 1:750 Fonte: projeto próprio.

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Imagem 64:Implantação com as árvores na esc.: 1:750 Fonte: projeto próprio.

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5.2 Paisagismo

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Neste capítulo iremos tratar do espaço não edificado do projeto, os espaços livres, as áreas de convivência, que são de valor fundamental para a obra visto que a proposta é criar não somente a moradia, mas também espaços públicos de qualidade, que gerem no mesmo lote uma variedade de usos e que sirvam como um atrativo para pessoas de fora e não só para os moradores. Um bom paisagismo é essencial para que isso aconteça, pois se a pessoa que frequenta o espaço público sente que este foi projetado para ela, que é útil, agradável e que permite que ela utilize esse espaço para seu bem estar da forma que lhe parecer melhor, essa pessoa acaba por se apropriar desse espaço cuidando e zelando por ele. Essa etapa do projeto também exige um trabalho atencioso no desenvolvimento do desenho, e o fato de que a área escolhida para acolher o projeto é marcada como ZEIS 2, porém também é considerada como uma Área de Preservação Permanente (APP) devido à presença de um pequeno, porém não irrelevante, córrego que cruza o terreno bem ao meio. Todas os lotes que possuem a passagem de um córrego precisam ser tratados

como APP como indica o código florestal. Para as condições pedidas pelo código, o projeto considera e realiza uma contraproposta, pois ao invés de manter 30 metros de faixa não edificável para cada leito, como é pedido, utilizou-se uma área não edificável que mede duas vezes e meia a largura do córrego para cada lado de seu leito, pois se não fosse assim praticamente todo o terreno seria inutilizado e muito provavelmente seria foco de acumulação de lixo, o que já acontece como foi mostrado em fotos do levantamento do terreno, ninho para animais que possam ser transmissores de doenças, ou no futuro receber assentamentos irregulares sem a higiene necessária para uma boa moradia, e com tudo isso o fluxo de água ali presente somente sofreria mais e mais se esse lote não fosse ocupado. Isso justifica a diminuição da faixa, para que assim o terreno possa receber um projeto que a requalifique, tratando e dando prioridade à preservação do córrego. Posto que a intenção do projeto também inclui beneficiar a higiene e a saúde pública fazer com que as águas façam parte do dia a dia das pessoas e que a beleza desses locais seja ressaltada, e não que tenhamos apenas mais um fluxo de água aterrado e escondido.

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Para isso o Paisagismo é de tão grande importância. Pois é imprescindível para definir espaços, para completar e promover o projeto dos edifícios, qualificando os espaços livres urbanos. Voltando-se para a proposta, comecei pelo desenho de piso. Uma vez que o lote tem uma característica de um pequeno vale, e uma intensão do projeto é modificar o menos possível da topografia para que não haja agressão ao perfil natural do terreno. Primeiramente foi determinado um gride que apresentava um ritmo determinado pela posição dos próprios edifícios já implantados, e que serviria como um guia para as linhas traçadas em seguida; tais linhas definem as camadas dos desníveis, representando as antigas curvas de nível no novo desenho, sempre considerando as curvas de nível originais do terreno, por tanto a nova linhas têm o cuidado de acompanhar ao máximo o perfil antigo. Elas acontecem com um desenho de ziguezague que quebra a ideia do comum e surpreende quem entra no lote, e desperta a curiosidade de quem olha para esse lugar ao passar pela calçada. O desenho tinha que ser forte e chamar a atenção para que convidasse as pessoas a participar desse espaço. É como uma escadaria que se desdobra formando um tipo de arquibancada que se volta para o centro do

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lote, isso dá uma forma ao terreno que faz um tipo de berço para acolher o rio, que é um foco dessa praça. Por conter linhas anguladas que vêm e vão, essa escadaria possui gramados e bancos em que acontecem nichos que podem servir como áreas de descanso, conversas, piqueniques, jogos apresentações, o que for de interesse e fruir da imaginação dos usuários. Quando essa arquibancada lúdica chega ao nível mais baixo do terreno e mais próximo ao fluxo de água há alguns decks que permitem tanto a passagem, em lugares estratégicos e definidos por um mapa de fluxos antes aqui mostrado, quanto fazer uma pausa para observar a paisagem. As áreas permeáveis predominam o espaço para melhor coletar a água das chuvas; o córrego em si já possui uma estruturação e dimensionamento para a capacidade do volume para evitar inundações em momentos de alta precipitação. Mas, temos também pontos pavimentados que criam outros núcleos de praças. Como cada prédio desse lote recebe um térreo livre com usos diferentes uns dos outros, próximo à cada um temos espaços com piso inter travado, para oferecer alternativas de ocupação desses espaços, como uma área de descanso ou alongamento perto da quadra; próximo


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ao edifício com térreo cultural temos uma extensão do pátio coberto que se torna uma outra área de ensaio, só que a céu aberto. Para então complementar esse desenho foram estudadas e escolhidas algumas espécies de árvores que serão aqui apresentadas.

jabuticabas, sempre adocicadas e saborosas. A frutificação é abundante, cobrindo o tronco e os galhos, sendo de fácil acesso fazer a colheita, por isso foi escolhida para ser implantada ao projeto. A safra tem um curto período de duração, mas quanto mais velha, melhor e mais produtiva ela fica.

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Imagem 66: Pé de Amora Fonte: Bio sementes.

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Imagem 65: Pé de jabuticaba Fonte: Flora AVPH.

Jabuticabeira (Eugenia culiflora)

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Uma árvore nativa do Brasil, tento uma altura média de cinco metro de altura, se adequa bem em lugares com clima entre 20ºC e 30ºC, somente não resiste a fortes geadas e ventos intensos, e precisa de luz plena. Floresce duas vezes ao ano, de julho a agosto e de novembro a dezembro, ganhando função ornamental com a beleza das flores brancas que surgem diretamente do caule. De agosto a setembro e de janeiro a fevereiro podemos colher as

Amoreira (Morus celtidifolia) De origem asiática, se adaptou muito bem no território sul americano. As amoreiras crescem rápido e se adaptam a praticamente qualquer tipo de solo, mas a preferencia é de solos úmidos e profundos. Apresenta um porte de, em média, cinco metro de altura. Floresce uma vez ao ano, com pequeninas flores brancas e os fruto podem ser colhidos entre setembro e novembro, que são doces e também viram uma atração quando podem ser colhidos no espaço público, foi escolhida para o projeto para gerar essa interação.

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Imagem 67: Cmabuci. Fonte: A Vila Inglesa.

Cambuci (Campomanesia phaea) C

Árvore nativa da mata atlântica, já esteve em risco de extinção por cause de sua madeira forte e resistente que passou a ser muito procurada, felizmente hoje em dia está fora de risco, pois foram descobertos vários usos para a fruta que ela oferece. A fruta não é comumente consumida in natura por causa do seu gosto muito azedo que lembra a acidez de um limão, porém foi escolhida para o projeto porque seus furtos possuem um cheiro doce agradável que atraem fauna e além disso é considerada árvore símbolo de São Paulo. Alcança em média cinco metros de altura, floresce de agosto a novembro e os frutos amadurecem entre janeiro e março. Se adequa bem a locais úmidos.

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Imagem 68: Açoita-cavalo Fonte: IB florestas.

Açoita-cavalo (Luehea grandiflora) Árvore brasileira, costuma se adequar bem em locais próximas a rios e com bastante exposição ao sol, atinge em média uma altura de 10 metros, mas pode chegar a 14 metros, considerada ornamental por conta de sua grande copa que proporciona boa sombra, possui madeira consistente e suas folhas podem ser usadas com propósito medicinal. Foi escolhida para se juntar ao projeto pois suas folhas possuem uma textura aveludada que tem o efeito de reter poluição e ruídos, trazendo maior conforto e bem-estar para os frequentadores do lote.


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Imagem 69: Tapiá Fonte: Cnip.

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Tapiá (Alchornea sidaefolia)

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Original do Brasil, com alguma características parecidas com a anterior, essa árvore se desenvolve bem em solo argiloso, próxima de fluxos d’água e em luz plena, por ser subtropical é uma planta muito resistente que suporta temperaturas mínimas de -3ºC e máximas de 38ºC. Altura média de 10 metros. Possui fruto de casca amarela, não muito conhecido que tem um sabor doce e é atrativo para a fauna local, frutos disponíveis entre fevereiro e abril. Suas folhas também tem a utilidade de absorver poluição e abafar ruídos, e por isso também foi utilizada no projeto sendo implantada próximas das vias (assim como a Açoita-cavalo) para garantir melhor acústica e melhor qualidade do ar dentro do lote.

Imagem 70: Ipê-roxo Fonte: Plantas medicinais.

Ipê-roxo (Handroanthus impetiginosus) Originária da Mata Atlântica brasileira, é uma árvore de grande porte, podendo chegar a até vinte metros de altura, mas em ambientes urbanos geralmente apresenta doze a quinze metros. Uma planta muito conhecida pelos moradores de São Paulo, pois apresenta belíssimas flores de coloração roxa que ao caírem no chão formam um tapete natural. Floresce durante os meses de agosto e setembro, e atrai avi-fauna. Foi escolhida para o projeto por sua função ornamental e sua beleza.

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Imagem 71: Paineira Fonte: Eng Florestal.

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Imagem 72: Guatambu Fonte: Click mudas.

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Paineira (Ceiba speciosa)

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Originária de Portugal e conhecida como árvore maravilha, pode-se imaginar porque foi escolhida para fazer parte da composição desse trabalho, apresenta flores cor-de-rosa e entre os meses de maio a junho fica completamente tomada por essa cor. A árvore de grande porte, que pode chegar a medir 30 metros de altura, possui tronco imponente e apresenta espinhos e, pelo fato dessa espécie crescer rapidamente, são muito utilizadas na recuperação de áreas degradadas. Uso ornamental que atrai avi-fauna.

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Guatambu (Aspidosperma spruceanum) De origem da Mata Atlântica brasileira. Árvore de grande porte, com copa frondosa que proporciona uma boa sombra e por essa característica foi escolhida como elemento do projeto, também por ser alta e bem cheia em sua forma o que destaca sua beleza. Pode chegar a até trinta metros de altura. Apresenta madeira resistente e se adequa a tipos de clima variado, podendo ser encontrada em toda a extenção do país.


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A tabela abaixo mostra, então um resumo das árvores que serão aplicadas na implantação do projeto, esclarecendo todo o levantamento e estudo feito sobre cada espécie, incluindo altura, tamanho da copa e suas características principais. !"#$"%&

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5.6 Estrutura Sobre a estrutura, o método construtivo escolhido é alvenaria estrutural, e ao longo desse capitulo serão apontados os pontos positivos e atrativos desse método, que levou a essa escolha. A alvenaria estrutural, ou parede portante, diferente do modo construtivo convencional –em que é primeiro necessário usar moldes de madeira para fazer as vigas e os pilares para em seguida aplicar a vedação dos vãos, geralmente feita com tijolos– trabalha as duas funções ao mesmo tempo, sendo assim, cada parede do projeto tem função de estruturar a edificação, e a vedação se torna mais efetiva, por estarem ambos envolvidos num mesmo sistema.

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Esse tipo de parede, por si só já suporta o peso de todo o edifício, incluindo lajes, cobertura e ações externas como vento e chuva, e pode ser utilizada em prédios com até vinte pavimentos, porém há algumas limitações: entre uma parede estrutural e outra não pode haver um vão maior que 9 metros, e também, o pé direito produzido costuma ser de 2,8 metro.

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Esse sistema utiliza de medidas padrões, em que há a medida de um bloco ou, meio bloco; tudo deve ser pensado com antecedência para que os blocos se encaixem alternadamente. Isso não permite uma grande flexibilidade na forma da planta, porém isso não se faz um problema durante o desenvolvimento do projeto, já que as plantas das unidades já foram pensadas com a premissa de serem construídas no tipo construtivo de alvenaria estrutural. Ao trabalhar com esse material, tudo deve ser preciso, pois não há como fazer improvisos, caso contrária toda a estrutura estará em risco. Portanto, a deve-se definir com antecedência por onde irão passar os tubos e canos dos sistemas elétricos e hidráulicos, pois é necessário que esses sejam instalado juntamente da estrutura. Para isso existem tamanhos de blocos disponíveis que se adequam melhor a cada projeto:


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Imagem 73: tipos de bloco disponível no mercado. Fonte: Iporá blocos.

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No caso desse trabalho foi escolhido o bloco estrutural de 14x19x29, também o meio bloco e a canaleta de mesma dimensão. O meio bloco serve para ocasiões em que, para levantar uma parede o tamanho de uma peça inteira acaba sendo grande demais, assim utiliza-se o módulo que seria a metade dele, que também já vem pronto para a aplicação na obra. Já a canaleta, permite que um cano seja passado horizontalmente por dentro do bloco, sem prejudicar a estrutura, realizando assim a montagem

simultânea das paredes estruturais, da hidráulica e de elétrica. Mas tudo isso precisa ser determinado antes do início da construção. É preciso desenhar pensando no tamanho dos blocos e na quantidade que será pedida de cada um dos tipos. Isso ajuda muito no momento da construção do prédio, porque é uma produção rápida, uma vez que os blocos só precisam ser assentados, o que faz com que o profissional consiga executar uma maior área quadrada por dia, gerando maior rendimento da mão-de-obra. Outro ponto é que não é preciso utilizar formas de madeira e nem aço, que geralmente é usado para fazer o concreto armado em construções que usam do método convencional; sem a adição do custo do aço a obra se torna mais econômica. Outro aspecto que diminui o tempo e os gastos é que como o bloco já vem no tamanho certo, o pedreiro não precisa gastar tempo quebrando peças para que se encaixem melhor no projeto, e assim menos material é desperdiçado, o que gera uma economia de 20 a 30% no total da obra. Também exige menor quantidade de massa de assentamento, pois o bloco é maior, e não há a necessidade de chapisco em paredes internas, o que também já diminui o tempo e o dinheiro gastos. A produção, realização e inauguração de um projeto de habitação social deve ser executada o mais rápido possível e também apresentar um preço baixo para atender as pessoas com poucos recursos financeiros. E por esses motivos aqui apresentados, foi escolhido o modo de construção de alvenaria estrutural.

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6. Considerações finais A pesquisa aqui apresentada serve para levantar questões e discussão sobre o que é a moradia para a sociedade, como a habitação em conjunto vem sido tratada ao longo dos anos no nosso pais. Sempre é construtivo refletir, e aqui pudemos refletir sobre o que é a qualidade arquitetônica; como o homem é afetado pelo espaço e que papel tem o arquiteto nesse meio, pois esse personagem é fundamental e indispensável para o pensar na cidade. Pois até hoje, como foi visto, a moradia tratada como aquisição, como um bem e não como um direito e algo essencial para o ser humano. Com excelentes exemplos dados no capitulo de estudos de caso, pudemos ver como há possibilidades, existe maneiras de construir usando a lei a nosso favor. Todos os projetos incluíram e aproximaram mais as pessoas de elementos urbanos e, melhor dizendo, da cidade, pois é isso que deve ser feito para termos uma melhor relação com o espaço público e uns com os outros: aproximar pessoas e trazê-las para a cidade, e não afastar os que possuem menor poder aquisitivo cada vez mais, esse tipo de projeto somente cria zonas com função de dormitório, já que a pessoa precisa ficar longe de casa o dia inteiro para alcançar

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equipamentos urbanos e infraestrutura, e aumenta as diferenças sociais. Então o objetivo do trabalho é, mesmo sabendo que há forças como o mercado de terras e o interesse de aplicação de investimentos, que dificultam a realização de bons projetos para a baixa renda de nosso pais, é nosso dever, principalmente como pensadores e planejadores de espaço, argumentar e fazer um esforço para que certas coisas sejam mudadas no nosso país. O objetivo do trabalho é, elaboração de edifícios com diferentes plantas tipo que possam acomodar mais de um perfil de família e que ofereçam espaços de convivência que articulem os diferentes usos ao longo da ocupação do terreno, explorando a multifuncionalidade do lote como uma solução para o crescimento precário que vem sido aplicado nas periferias do nosso país, sejam eles por construções e loteamentos ilegais que algumas pessoas se sentem obrigada a fazer, ou por programas paliativos oferecidos pela prefeitura.


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6. Referências Bibliográficas HARVEY, David. Labor, Capital, and Class Struggle around the Built Environment in Advanced Capitalist Societies - Politics & Society. [S.l.: s.n.], 1976. p. 265-295. v. 6. <http://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/0032 32927600600301>.

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MALTA CAMPOS FILHO, Cândido. Como avaliar os tipos de zonas da lei de zoneamento. In: MALTA CAMPOS FILHO, Cândido. Reinvente seu bairro: caminhos para você participar do planejamento de sua cidade. 1. ed. São Paulo: Editora 34, 2003. cap. 13-18, p. 54-76. BRASIL. Lei n. 10.257, de 10 de jul. de 2001. Que estabelece diretrizes gerais da política urbana. Estatuto da Cidade: Guia para implementação pelos municípios e cidadãos. 2. ed. Brasília – DF, Brasil. 275 p., jul. 2001. <http://www.agenda21local.com.br/download/estatut o_cidade_2002.pdf>.

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AMORE, Caio Santo; SHIMBO, Lúcia Zanin; CRUZ RUFINO, Maria Beatriz (Org.). Minha casa... E a cidade?: Avaliação do Programa Minha Casa Minha Vida em seis estados brasileiros. 1ª edição. ed. Rio de Janeiro - RJ, Brasil: Letra Capital Editora, 2015. 428 p. <http://www.observatoriodasmetropoles.net/index.p hp?option=com_abook&view=book&catid=1%3Alivr os&id=154%3Aminha-casa-e-a-cidade&Itemid=123 &lang=pt>. SANTOS JUNIOR, Orlando Alves; CHRISTOVÃO, Ana Carolina; RAMOS NOVAES, Patrícia (Org.). Políticas públicas e direito à cidade - Programa Interdisciplinar de Formação de Agentes Sociais e Conselheiros Municipais. Rio de Janeiro - RJ, Brasil: Letra Capital Editora, 2011. <http://observatoriodasmetropoles.net/download/mi olo_livro_curso_baixada.pdf>.

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8. Lista de imagens Imagem 1: Vista vista aérea do bairro Fonte: GoogleMaps Disponível em: maps.google.com Acessado em: 23 de setembro, 2017 Imagem XX: Projeto Salvação, do programa Minha Casa Minha Vida, em Belém no Pará. Fonte: Diário Comércio Indústria e Serviço. Disponível em: http://www.dci.com.br/politica/governo-suspende-3ª-fase-do-minha-casa-minha-vida ,-diz-ministro-ao-estadao-id549746.html Acessado em: 23 de setembro, 2017 C

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Imagem 3: Recorte de notícia sobre qualidade de apartamento do “Minha Casa, Minha Vida”. Fonte: Exame Disponível em: https://exame.abril.com.br/brasil/quase-metade-dos-imoveis-do-minha-casa-minhavida-tem-problemas/ Acessado em: 20 de novembro, 2017

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Imagem 4: Favela do Sapé. Fonte: Archdaily Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/796521/reurbanizacao-do-sape-base-urbana-plus-p essoa-arquitetos/57ee7efee58ece4fa800014d-reurbanizacao-do-sape-base-urbana -plus-pessoa-arquitetos-planta-2 Acessado em: 26 de setembro,2017

Imagem 6: Kyushu Sangyo University. Fonte: Architizer Disponível em:https://architizer.com/projects/kyushu-sangyo-university-landscape/media/93457 3/ Acessado em: 26 de setembro, 2017 Imagem 7: fachada de um dos três conjuntos do projeto Fonte: Archdaily Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/796521/reurbanizacao-do-sape-base-urbana-plus-p essoa-arquitetos/57ee7efee58ece4fa800014d-reurbanizacao-do-sape-base-urbana -plus-pessoa-arquitetos-planta-2 Acessado em: 26 de setembro,2017 Imagem 8: mapa de levantamento e demarcação de área Fonte: Archdaily Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/796521/reurbanizacao-do-sape-base-urbana-plus-p essoa-arquitetos/57ee7efee58ece4fa800014d-reurbanizacao-do-sape-base-urbana -plus-pessoa-arquitetos-planta-2 Acessado em: 26 de setembro,2017 Imagem 9: Implantação do projeto final. Fonte: Archdaily Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/796521/reurbanizacao-do-sape-base-urbana-plus-p essoa-arquitetos/57ee7efee58ece4fa800014d-reurbanizacao-do-sape-base-urbana -plus-pessoa-arquitetos-planta-2 Acessado em: 26 de setembro,2017

Imagem 5: Corruíras. Fonte: Boldarini Disponível em:http://www.boldarini.com.br/projetos/residencial-corruiras/ Acessado em: 26 de setembro, 2017

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Imagem 10: vista do parque linear com o córrego e um dos conjuntos. Fonte: Archdaily Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/796521/reurbanizacao-do-sape-base-urbanaplus-pessoa-arquitetos/57ee7efee58ece4fa800014d-reurbanizacao-do-sape-b ase-urbana-plus-pessoa-arquitetos-planta-2 Acessado em: 26 de setembro,2017

Imagem 14: Corte transversal 1 Fonte: Archdaily Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/796521/reurbanizacao-do-sape-base-urbanaplus-pessoa-arquitetos/57ee7efee58ece4fa800014d-reurbanizacao-do-sape-b ase-urbana-plus-pessoa-arquitetos-planta-2 Acessado em: 26 de setembro,2017

Imagem 11: Vista do alto do projeto. Fonte: Archdaily Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/796521/reurbanizacao-do-sape-base-urbanaplus-pessoa-arquitetos/57ee7efee58ece4fa800014d-reurbanizacao-do-sape-b ase-urbana-plus-pessoa-arquitetos-planta-2 Acessado em: 26 de setembro,2017

Imagem 15: Corte transversal 2. Fonte: Archdaily Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/796521/reurbanizacao-do-sape-base-urbanaplus-pessoa-arquitetos/57ee7efee58ece4fa800014d-reurbanizacao-do-sape-b ase-urbana-plus-pessoa-arquitetos-planta-2 Acessado em: 26 de setembro,2017

Imagem 12: Foto da circulação horizontal que é também usada com pátio Fonte: Archdaily Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/796521/reurbanizacao-do-sape-base-urbanaplus-pessoa-arquitetos/57ee7efee58ece4fa800014d-reurbanizacao-do-sape-b ase-urbana-plus-pessoa-arquitetos-planta-2 Acessado em: 26 de setembro,2017

Imagem 16: Vista de uma das pontes que atravessam o córrego. Fonte: Archdaily Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/796521/reurbanizacao-do-sape-base-urbanaplus-pessoa-arquitetos/57ee7efee58ece4fa800014d-reurbanizacao-do-sape-b ase-urbana-plus-pessoa-arquitetos-planta-2 Acessado em: 26 de setembro,2017

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Imagem 13: fachada do edificio azul, ainda durante o andamento da reforma. Fonte: Archdaily Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/796521/reurbanizacao-do-sape-base-urbanaplus-pessoa-arquitetos/57ee7efee58ece4fa800014d-reurbanizacao-do-sape-b ase-urbana-plus-pessoa-arquitetos-planta-2 Acessado em: 26 de setembro,2017

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Imagem 17: Fachada da Av. General Daltro Filho. Fonte: Boldarini Arquitetos associados site Disponível em: http://www.boldarini.com.br/projetos/residencial-corruiras/ Acessado em: 26 de setembro, 2017


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Imagem 18: corte transversal do conjunto para mostrar o desnível. Fonte: Boldarini Arquitetos Associados site Disponível em: http://www.boldarini.com.br/projetos/residencial-corruiras/ Acessado em: 26 de setembro, 2017 Imagem 19: Implantação. Fonte: Boldarini Arquitetos associados site Disponível em: http://www.boldarini.com.br/projetos/residencial-corruiras/ Acessado em: 26 de setembro, 2017

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Imagem 20: Planta do pavimento mais baixo. Fonte: Boldarini Arquitetos associados site Disponível em: http://www.boldarini.com.br/projetos/residencial-corruiras/ Acessado em: 26 de setembro, 2017 Imagem 21: Planta do nível da Av. Gen. Daltro. Fonte: Boldarini Arquitetos associados site Disponível em: http://www.boldarini.com.br/projetos/residencial-corruiras/ Acessado em: 26 de setembro, 2017

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Imagem 22: Fachada da Av. Gen. Daltro. Fonte: Boldarini Arquitetos associados site Disponível em: http://www.boldarini.com.br/projetos/residencial-corruiras/ Acessado em: 26 de setembro, 2017

Imagem 23: Planta do pavimento intermediário. Fonte: Boldarini Arquitetos associados site Disponível em: http://www.boldarini.com.br/projetos/residencial-corruiras/ Acessado em: 26 de setembro, 2017 Imagem 24: Planta dos pavimentos mais altos. Fonte: Boldarini Arquitetos associados site Disponível em: http://www.boldarini.com.br/projetos/residencial-corruiras/ Acessado em: 26 de setembro, 2017 Imagem 25: Vista do pátio central. Fonte: Boldarini Arquitetos associados site Disponível em: http://www.boldarini.com.br/projetos/residencial-corruiras/ Acessado em: 26 de setembro, 2017 Imagem 26: Fachada vista da Rua Corruíras. Fonte: Boldarini Arquitetos associados site Disponível em: http://www.boldarini.com.br/projetos/residencial-corruiras/ Acessado em: 26 de setembro, 2017

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Imagem 27: Foto do edifício inserido no bairro. Fonte: Boldarini Arquitetos associados site Disponível em: http://www.boldarini.com.br/projetos/residencial-corruiras/ Acessado em: 26 de setembro, 2017 Imagem 28: Vista do pátio central. Fonte: Boldarini Arquitetos associados site Disponível em: http://www.boldarini.com.br/projetos/residencial-corruiras/ Acessado em: 26 de setembro, 2017 Imagem 29: Pátio central da universidade. Fonte: Architizer Disponível em: https://architizer.com/projects/kyushu-sangyo-university-landscape/media/934 573/ Acessado em: 26 de setembro, 2017

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Imagem 30: Implantação do projeto final. Fonte: Architizer Disponível em: https://architizer.com/projects/kyushu-sangyo-university-landscape/media/934 573/ Acessado em: 26 de setembro, 2017

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Imagem 31: Pátio central, tratamento do rio e como foi feita a travessia deste. Fonte: Architizer Disponível em: https://architizer.com/projects/kyushu-sangyo-university-landscape/media/934 573/ Acessado em: 26 de setembro, 2017

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Imagem 32: Pátio central e núcleos de encontros. Fonte: Architizer Disponível em: https://architizer.com/projects/kyushu-sangyo-university-landscape/media/934 573/ Acessado em: 26 de setembro, 2017 Imagem 33: Anfiteatro visto de cima. Fonte: Architizer Disponível em: https://architizer.com/projects/kyushu-sangyo-university-landscape/media/934 573/ Acessado em: 26 de setembro, 2017 Imagem 34: o desnível possibilita o uso de bancos lúdicos. Fonte: Architizer Disponível em: https://architizer.com/projects/kyushu-sangyo-university-landscape/media/934 573/ Acessado em: 26 de setembro, 2017 Imagem 35: Anfiteatro. Fonte: Architizer Disponível em: https://architizer.com/projects/kyushu-sangyo-university-landscape/media/934 573/ Acessado em: 26 de setembro, 2017 Imagem 36: Acesso à universidade, corredor equipado com árvores que tornam o passeio agradável, e canteiros que servem de bancos. Fonte: Architizer Disponível em: https://architizer.com/projects/kyushu-sangyo-university-landscape/media/934 573/ Acessado em: 26 de setembro, 2017


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Imagem 37: Foto do terreno Fonte: Acervo pessoal Tirado em: 22 de agosto, 2017 Imagem 38: Limites da subprefeitura trabalhada e das que estão em seu entorno, em azul claro demarcação dos limites de manancial. Fonte: Geosampa Disponível em: http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx Acessado em: 25 de agosto, 2017 Imagem 39: áreas verdes na região da Subprefeitura do M’boi Mirim. Fonte: Geosampa Disponível em: http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx Acessado em: 25 de agosto, 2017 C

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Imagem 40: As áreas demarcadas como ZEIS dentro da subprefeitura. Fonte: Geosampa, Editado pela autora. Disponível em: http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx Acessado em: 25 de agosto, 2017 Imagem 41: Mapa de vias e equipamentos de transporte da região. Fonte: GoogleMaps, editado pela autora. Disponível em: maps.google.com Acessado em: 25 de agosto, 2017 Imagem 42: Terreno com curvas mestras destacadas em vermelho. Fonte: Geosampa Editado pela autora Disponível em: http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx Acessado em: 25 de agosto, 2017

Imagem 43: Uso predominante do solo Fonte: Geosampa Editado pela autora Disponível em: http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx Acessado em: 25 de agosto, 2017 Imagem 44: mapa de densidade demográfica por setor censitário Fonte: Geosampa Editado pela autora Disponível em: http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx Acessado em: 25 de agosto, 2017 Imagem 45: contornos em amarelo são assentamentos irregulares nas proximidades do terreno. Fonte: Geosampa Editado pela autora Disponível em: http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx Acessado em: 25 de agosto, 2017 Imagem 46: renda média mensal local dividida por quadras. No mapa estão destacados o terreno e as duas avenidas importantes Fonte: ArcGis Disponível em: https://www.arcgis.com/features/index.html Acessado em: 25 de agosto, 2017 Imagem 47: Foto do terreno Fonte: Acervo pessoal Tirado em: 22 de agosto, 2017 Imagem 48: Foto do terreno Fonte: Acervo pessoal Tirado em: 22 de agosto, 2017 Imagem 49: Foto do ponto de coleta de lixo Fonte: Acervo pessoal Tirado em: 22 de agosto, 2017

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Imagem 50: Foto do terreno Fonte: Acervo pessoal Tirado em: 22 de agosto, 2017 Imagem 51: Foto que permite visualizar as moradias irregulares no terreno. Fonte: Acervo pessoal Tirado em: 22 de agosto, 2017 Imagem 52: Foto do terreno Fonte: Acervo pessoal Tirado em: 22 de agosto, 2017 Imagem 53: Foto do terreno Fonte: Acervo pessoal Tirado em: 22 de agosto, 2017 Imagem 54: Foto da Rua M. Lemore Fonte: Acervo pessoal Tirado em: 22 de agosto, 2017

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Imagem 55: Caminhar deconfortável de pedestres Fonte: Acervo pessoal Tirado em: 22 de agosto, 2017

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Imagem 56: mapa croqui de fluxos e manchas de uso Fonte: Acervo pessoal Elaborado em: 25 de agosto, 2017

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Imagem 57: Terreno destacado em vista aérea do bairro Fonte: Google Maps Disponível em: maps.google.com Acessado em:23 de setembro, 2017

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Imagem 58: Apartamento de 32,6 m² na esc.: 1:75 Fonte: projeto próprio. Imagem 59: Apartamento de 49,2 m² na esc.: 1:75 Fonte: projeto próprio. Imagem 60: Apartamento de 60,5 m² na esc.: 1:75 Fonte: projeto próprio. Imagem 61: Apartamento de 48,2 m² na esc.: 1:75 Fonte: projeto próprio. Imagem 62: Croqui de ventilação cruzada Fonte: Projeto próprio. Imagem 63: Implantação do projeto na esc.: 1:750 Fonte: projeto próprio. Imagem 64:Implantação com as árvores na esc.: 1:750 Fonte: projeto próprio. Imagem 65: Pé de jabuticaba Fonte: Flora AVPH. Disponível em: http://www.flora.avph.com.br/jabuticabeira.php Acessado em: 26 de outubro, 2017 Imagem 66: Pé de Amora Fonte: Bio sementes. Disponível em: https://www.biosementes.com.br/loja/item/Amora-Preta-%28Morus-nigra%29amora-gigante-40-sementes.html Acessado em: 26 de outubro, 2017


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Imagem 67: Cmabuci. Fonte: A Vila Inglesa Disponível em: http://www.avilainglesa.com/cambuci.html Acessado em: 26 de outubro, 2017

Imagem 73: tipos de bloco disponível no mercado. Fonte: Iporá blocos. Disponível em: http://www.iporablocos.com.br/produtos Acessado em: 26 de outubro, 2017

Imagem 68: Açoita-cavalo Fonte: IB florestas. Disponível em: https://www.ibflorestas.org.br/lista-de-especies-nativas/410-acoita-cavalo.html ?lang=pt Acessado em: 26 de outubro, 2017

Tabela 1: O que o PDE determina para cada tipo de ZEIS. Fonte: Plano Diretor.

Imagem 69: Tapiá Fonte: Cnip. Disponível em: http://www.cnip.org.br/banco_img/Trapia/crataevatapia.jpg Acessado em: 26 de outubro, 2017

Tabela 2: Parametros de ocupação. Fonte: Lei de Zoneamento. Tabela 3: Taxa de permeabilidade Fonte: Lei de Zoneamento. Tabela 4: escolha da vegetação do projeto Fonte: Autoria própria.

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Imagem 70: Ipê-roxo Fonte: Plantas medicinais. Disponível em: http://www.asplantasmedicinais.com/ipe-roxo-beneficios-capsulas-efeitos-cola terais-cancer.html Acessado em: 26 de outubro, 2017 Imagem 71: Paineira Fonte: Eng Florestal. Disponível em: http://engflorestalufg.blogspot.com.br/2011/01/primeira-arvore-de-ouro-e-o-bo neco-de.html Acessado em: 26 de outubro, 2017 Imagem 72: Guatambu Fonte: Click mudas. Disponível em: https://www.clickmudas.com.br/semente-guatambu.html Acessado em: 26 de outubro, 2017

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