POSHTEL: um novo conceito de hospedagem

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POSHTEL

UM NOVO CONCEITO DE HOSPEDAGEM

CAMILA MELO MARTIN



CAMILA MELO MARTIN

POSHTEL: UM NOVO CONCEITO DE HOSPEDAGEM

Trabalho

de

Conclusão

de

Curso

(TCC)

apresentado ao Centro Universitário Senac – Campus Santo Amaro, como exigência para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo. Orientador: Prof. Ricardo Wagner Alves Martins.

SÃO PAULO 2017


Elaborada pelo sistema de geração automática de ficha catalográfica do Centro Universitário Senac São Paulo com dados fornecidos pelo autor(a). MARTIN, CAMILA POSHTEL: um novo conceito de hospedagem / CAMILA MARTIN São Paulo (SP), 2017. 123 f.: il. color. Orientador(a): RICARDO MARTINS Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo) - Centro Universitário Senac, São Paulo, 2017. hospedagem, hostel, arquitetura, poshtel, hotelaria I. MARTINS, RICARDO (Orient.) II. Título


CAMILA MELO MARTIN

POSHTEL UM NOVO CONCEITO DE HOSPEDAGEM

Trabalho

de

Conclusão

de

Curso

(TCC)

apresentado ao Centro Universitário Senac – Campus Santo Amaro, como exigência para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo. Orientador: Prof. Ricardo Wagner Alves Martins. São Paulo, _____ de ________________ de _______.

BANCA EXAMINADORA

______________________________________ Prof. Ricardo Wagner Alves Martins Orientador

______________________________________ Avaliador 1

______________________________________ Avaliador 2


AGRADECIMENTOS

Primeiramente aos meus pais Elio Alberto e Marta Rocha, e a minha família que sempre me

apoiaram e sendo eles o fator para que esse ciclo fosse concluído.

Agradeço ao Centro Universitário Senac - Campus Santo Amaro pela ótima infraestrutura

oferecida, sabendo que o ambiente de ensino influenciou positivamente nesta jornada de 5 anos.

Ao meu orientador Ricardo Wagner Martins, que colaborou nesta monografia de modo que

ela percorresse o caminho certo.

À todos os meus professores que ao longo desses anos compartilharam seus conhecimentos

e experiências fazendo com que eu me tornasse uma Arquiteta e Urbanista.

Agradeço ao meu namorado Fernando Paulossi pela paciência e apoio para eu conseguisse

finalizar com sucesso esse ano. Aos meus sogros também por incentivarem nessa fase de transição.

E por fim, a meus amigos que tanto me apoiaram nesta jornada, com um compartilhamento

de experiências e ideias que levarei por toda minha vida.


RESUMO

O presente Trabalho de Conclusão de Curso tem como finalidade propor um novo perfil

de hospedagem similar ao hostel com característica de quartos compartilhados, que é nomeado “Poshtel” (do português, hostel elegante) pelo fato de trabalhar com a arquitetura, a arte, o conforto e o design, onde na maioria dos hostels brasileiros não são trabalhados, por se tratarem de edificações antigas não projetadas para esse fim e por ser uma abordagem nova no mercado.

Buscamos como se deu o início da hospedagem no mundo e no Brasil, como surgiram

os hostels, o cenário atual do turismo brasileiro, o novo conceito de poshtel, as sensações que a arquitetura e os elementos da natureza proporcionam no indivíduo, estudos e caso e depoimentos de pessoas que já se hospedaram em hostels pelo mundo.

Palavras-chave: hostel, hospedagem, poshtel, design hostel, hotelaria, albergue da juventude, arquitetura e urbanismo.

ABSTRACT

The purpose of this Course Conclusion Work is to propose a new accommodation profile

similar to the hostel with shared rooms, which is named “Poshtel” (from the Portuguese, elegant hostel) because it works with architecture, art, comfort and design, where in most Brazilian hostels are not worked, because they are old buildings not designed for this purpose and for being a new approach in the market.

We looked for the beginning of hosting in the world and in Brazil, how hostels emerged, the

current scenario of Brazilian tourism, the new concept of poshtel, the sensations that architecture and the elements of nature provide in the individual, studies and case and testimonials from people who have stayed in hostels around the world.

Keywords: hostel, lodging, poshtel, hostel design, hostelry, youth hostel, architecture and urbanism.


LISTA DE FIGURAS


Figura 1 - Buffalo: Then And Now (Wordpress). Disponível em: <https://buffalothenandnow.wordpress. com/2012/10/16/the-statler-now/>. Acesso em 13 de março de 2017 às 21:39. Figura 2 - Autoria própria. Figura 3 - Roitblog. Disponível em: <http://roitblog.blogspot.com.br/2015/09/historia-do-cais-do-pharoux. html>. Acesso em 13 de março de 2017 às 22:45. Figura 4 - Autoria própria. Figura 5 – Lua Cheia. Disponível em: <http://www.luacheia.com.br/historiadoshostels.php>. Acesso em 21 de março de 2017 às 21:38. Figura 6 – Por que não Travels. Disponível em: <http://www.porquenaotravels.com/2013/05/burg-altenaalemanha-lugar-do-primeiro.html>. Acesso em 21 de março de 2017 às 21:47. Figura 7 – Generator Hostels. Disponível em: <https://generatorhostels.com/destinations/paris>. Acesso em 04 de abril de 2017 às 22:18. Figura 8 – Lugar Certo. Disponível em: <http://estadodeminas.lugarcerto.com.br/app/noticia/ decoracao/2016/10/30/interna_decoracao,49611/estimular-sensacoes-e-a-missao-da-arquiteturasinestesica-com-ambient.shtml>. Acesso em 26 de março de 2017 às 20:00. Figura 9 – Jornal Agrícola. Disponível em: <https://jornalagricola.wordpress.com/2013/01/20/hortaorganica/>. Acesso em 22 de maio de 2017 às 16:52. Figura 10 – Portal Solar. Disponível em: <http://www.portalsolar.com.br/quantos-paineis-solaresfotovoltaicos.html>. Acesso em 22 de maio de 2017 às 16:59. Figura 11 – Reuse água. Disponível em: <http://reuseagua.com.br/reuso-aguas-da-chuva/>. Acesso em 23 de maio de 2017 às 10:11. Figura 12 – Gazeta do Povo. Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/haus/tecnologia/fibra-debananeira-pode-substituir-laminados-convencionais>. Acesso em 23 de maio de 2017 às 10:16. Figura 13 – O azulejista. Disponível em: <https://oazulejista.blogspot.com.br/2015/06/#axzz4huNx0lYy>. Acesso em 23 de maio de 2017 às 10:30. Figura 14 – Vitruvius. Disponível em: <http://wvyw.vitruvius.com.br/revistas/read/ projetos/10.109/3558?page=4>. Acesso em 23 de maio de 2017 às 10:51. Figura 15 – Huma. Disponível: <http://www.huma.net.br/empreendimento/forma-itaim/>. Acesso em 25 de março de 2017 às 12:38. Figura 16 – Huma. Disponível: <http://www.formaitaim.com.br/projetos.php>. Acesso em 02 de abril de 2017 às 18:34. Figura 17 – Huma. Disponível: <http://www.huma.net.br/empreendimento/huma-itaim/>. Acesso em 25 de março de 2017 às 12:40. Figura 18 – Archdaily. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/789299/restaurante-bossarosenbaum-r-plus-muti-randolph>. Acesso em 03 de novembro de 2017 às 16:00. Figura 19 – Archdaily. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/789299/restaurante-bossarosenbaum-r-plus-muti-randolph>. Acesso em 03 de novembro de 2017 às 16:05. Figura 20 – Carneiro Arquitetos. Disponível em: <http://www.carneiro.arq.br/passarela.html>. Acesso em 03 de novembro de 2017 às 16:15. Figura 21 – Galeria da Arquitetura. Disponível em <http://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/ mfarquitetos_/casa-mcny/3480>. Acesso em 02 de abril de 2017 às 20:46. Figura 22 – Brustor. Disponível em: <http://www.brustor.com/en/references/catering-pergola-options>. Acesso em 03 de novembro de 2017 às 16:20. Figura 23 – Viagem em pauta. Disponível em: <http://viagemempauta.com.br/2014/11/19/hostels-deluxo/>. Acesso em 26 de março de 2017 às 16:27. Figura 24 – Vertical Garden Design. Disponível em: <http://www.verticalgardendesign.com/projects/ stockholm-international-fairs-iii>. Acesso em 26 em março de 2017 às 11:25. Figura 25 – ArchDaily. Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/806398/ccasa-hostel-tak-


architects>. Acesso em 02 de abril de 2017 às 22:52. Figura 26 – Ostrovok. Disponível em: <http://vivahostel.com.br/quartos/8-camas-misto/>. Acesso em 12 de abril de 2017 às 10:49. Figura 27 – M Boutique Hostel. Disponível em: <http://www.mboutiquehostel.com/gallery/#!prettyPhoto>. Acesso em 02 de abril de 2017 às 21:52. Figura 28 – Boutique Hostel. Disponível em: <http://www.mboutiquehostel.com/gallery/#!prettyPhoto>. Acesso em 02 de abril de 2017 às 21:54. Figura 29 – Twentytú. Disponível em: <http://twentytu.com/areas-within-the-hostel/>. Acesso em 05 de abril de 2017 às 10:16. Figura 30 - Telstar Hostels. Disponível em: <http://www.telstarhostels.com.br/explore>. Acesso em 10 de abril de 2017 às 21:22. Figura 31 - Telstar Hostels. Disponível em: <http://www.telstarhostels.com.br/explore>. Acesso em 10 de abril de 2017 às 21:22. Figura 32 – Google Maps. Disponível em: <https://www.google.com.br/maps/@-23.5740699,46.6638968,5920m/data=!3m1!1e3>. Acesso em 24 de abril de 2017 às 17:34. Figura 33 – Hostel World. Disponível em: <http://www.brazilian.hostelworld.com/hosteldetails.php/WE-HostelDesign/Sao-Paulo/66428>. Acesso em 17 de abril de 2017 às 15:13. Figura 34 – Fran Parente. Disponível em: <http://www.felipehess.com.br/site/portfolio/we-design-hostel/>. Acesso em 12 de abril de 2017 às 08:11. Figura 35 – Autoria própria. Figura 36 – Google Maps com edição própria. Disponível em: <https://www.google.com.br/maps/place/ WE+Hostel/@-23.5871502,-46.6494186,802m/data=!3m2!1e3!4b1!4m5!3m4!1s0x94ce598be8e3bdd5:0xd5eef2 fcf9295a2e!8m2!3d-23.5871502!4d-46.6472299>. Acesso em 11 de abril de 2017 às 23:00. Figura 37 – Green Studio, edição própria. Figura 38 – Fran Parente. Disponível em: <http://www.felipehess.com.br/site/portfolio/we-design-hostel/>. Acesso em 12 de abril de 2017 às 08:35. Figura 39 – Fran Parente. Disponível em: <http://www.felipehess.com.br/site/portfolio/we-design-hostel/>. Acesso em 12 de abril de 2017 às 08:31. Figura 40 – Fran Parente. Disponível em: <http://www.felipehess.com.br/site/portfolio/we-design-hostel/>. Acesso em 12 de abril de 2017 às 08:32. Figura 41 – Fran Parente. Disponível em: <http://www.felipehess.com.br/site/portfolio/we-design-hostel/>. Acesso em 12 de abril de 2017 às 08:35. Figura 42 – Autoria própria. Figura 43 – We Hostel. Disponível em: <http://wehostel.com.br/fotos/>. Acesso em 17 de abril de 2017 às 14:37. Figura 44 – Uol. Disponível em: <https://viagem.uol.com.br/noticias/2014/07/02/com-precos-menoreshostels-em-sao-paulo-atendem-do-mochileiro-ao-executivo.htm>. Acesso em 17 de abril de 2017 às 14:15. Figura 45 – Autoria própria. Figura 46 – We Hostel. Disponível em: <http://wehostel.com.br/fotos/>. Acesso em 17 de abril de 2017 às 14:42. Figura 47 – Fran Parente. Disponível em: <http://www.felipehess.com.br/site/portfolio/we-design-hostel/>. Acesso em 12 de abril de 2017 às 08:29. Figura 48 – Fran Parente. Disponível em: <http://www.felipehess.com.br/site/portfolio/we-design-hostel/>. Acesso em 12 de abril de 2017 às 08:30. Figura 49 – Fran Parente. Disponível em: <http://www.felipehess.com.br/site/portfolio/we-design-hostel/>. Acesso em 12 de abril de 2017 às 08:36. Figura 50 – We Hostel. Disponível em: <http://wehostel.com.br/fotos/>. Acesso em 17 de abril de 2017 às 14:46.


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source=seogooglelocal;utm_medium=photomain;utm_term=hotel-440968;utm_campaign=es>. Acesso em 24 de abril de 2017 às 16:48. Figura 119 – Google Maps.. Disponível em: <https://www.google.com.br/maps/place/ Hostel+Boudnik/@50.0860799,14.4490757,3a,75y,179.48h,96.61t/data=!3m8!1e1!3m6 !1s-s_Katr83Ne0%2FWMnRy4YFt_I%2FAAAAAAACZp8%2FVJm8vgixtCw5m2MnfvkbAUqgi74 8ZALygCLIB!2e4!3e11!6s%2F%2Flh4.googleusercontent.com%2F-s_Katr83Ne0%2FWMnRy4YFt_I%2FAAAAAAAC Zp8%2FVJm8vgixtCw5m2MnfvkbAUqgi748ZALygCLIB%2Fw203-h100-k-no-pi-0-ya28.577143-ro-0-fo100%2F!7i87 04!8i4352!4m5!3m4!1s0x470b9498ef9f5407:0x142bb5ddbb60d44c!8m2!3d50.0860043!4d14.4490548>. Acesso em 24 de abril de 2017 às 16:56. Figura 120 – Hostelling International. Disponível em: <https://www.hihostels.com/pt/hostels/brugge-europa>. Acesso em 24 de abril de 2017 às 17:00. Figura 121 – Google Maps.. Disponível em: <https://www.google.com.br/maps/@40.4249703,-3.7007616,3a, 75y,113.27h,109.69t/data=!3m6!1e1!3m4!1smBHkCj-IS551ZLAXHiP5pQ!2e0!7i13312!8i6656!6m1!1e1>. Acesso em 24 de abril de 2017 às 17:07. Figura 122 – Google Maps.. Disponível em: <https://www.google.com.br/maps/ place/Alma+Porto+Hostel/@41.1503632,-8.5950309,3a,90y,311.55h,105.77t/ data=!3m7!1e1!3m5!1sK1r18eEwL8hY8zByW33Ktw!2e0!6s%2F%2Fgeo1.ggpht. com%2Fcbk%3Fpanoid%3DK1r18eEwL8hY8zByW33Ktw%26output%3Dthumbnail%26cb_client%3Dsearch. TACTILE.gps%26thumb%3D2%26w%3D234%26h%3D106%26yaw%3D326.33438%26pitch%3D0% 26thumbfov%3D100!7i13312!8i6656!4m5!3m4!1s0xd2464f2a79f500b:0xfb8eddf0e38a16cc!8m2!3d41.1504307! 4d-8.5950706!6m1!1e1>. Acesso em 24 de abril de 2017 às 17:11. Figura 123 – Google Maps.. Disponível em: <https://www.google.com.br/maps/place/ Le+Montclair+Montmartre/@48.8915315,2.3448525,3a,82.3y,28.68h,108.5t/data=!3m6!1e1!3m4!1s1kMSIH-QLd RvN6bnKKhplw!2e0!7i13312!8i6656!4m5!3m4!1s0x47e66e5e79341609:0xe3d9ea7a2b6dbda3!8m2!3d48.89167 1!4d2.3448729!6m1!1e1>. Acesso em 24 de abril de 2017 às 17:14. Figura 124 – Google Maps. Disponível em: <https://www.google.com.br/maps/@-22.9492186,-43.1834487,3a, 75y,205.41h,91.95t/data=!3m6!1e1!3m4!1sRAwchYFwRRB_RGv58XGRZw!2e0!7i13312!8i6656!5m1!1e2>. Acesso em 24 de abril de 2017 às 11:15. Figura 125 – Ostrovok. Disponível em: <https://cdn.ostrovok.ru/t/1024x768/second/35/ bd/35bd2378efb5fa716deca4676ad4c8f421b4ea82.jpeg>. Acesso em 24 de abril de 2017 às 17:22. Figura 126 - Trivago com edição própria. Disponível em: <https://www.trivago.com.br/?iPathId=79447&bDis pMoreFilter=false&aDateRange%5Barr%5D=2017-04-15&aDateRange%5Bdep%5D=2017-04-16&aCateg oryRange=0%2C1%2C2%2C3%2C4%2C5&iRoomType=7&sOrderBy=relevance%20 desc&aPartner=&aOverallLiking=5%2C4%2C3%2C2%2C1&Ioffset=0&iLimit=25&iIncludeAll=0&bTopDealsOn ly=false&iViewType=1&aPriceRange%5Bto%5D=0&aPriceRange%5Bfrom%5D=0&aGeoCode%5Blng%5D=46.657169&aGeoCode%5Blat%5D=-23.560844&bIsSeoPage=false&aHotelTestClassifier=&bSharedRooms=fals e&bIsSitemap=false&aMapViewport%5Bbottom%5D%5Blat%5D=-23.583357135213586&aMapViewport%5Bbo ttom%5D%5Blon%5D=-46.705933862884535&aMapViewport%5Btop%5D%5Blat%5D=-23.547561037022657&aM apViewport%5Btop%5D%5Blon%5D=-46.634265238006606&rp=&cpt=7944703&iFilterTab=0&>. Acesso em 09 de março de 2017 às 16:20. Figura 127 - Hostel World com edição própria. Disponível em: <http://www.brazilian.hostelworld.com/ Hostels/Sao-Paulo/Brasil/Mapa>. Acesso em 13 de março de 2017 às 09:54. Figura 128 – Wikipédia com edição própria. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Sa%C3%BAde_ (distrito_de_S%C3%A3o_Paulo)>. Acesso em 18 de maio de 2017 às 15:37. Figura 129 – GeoPortal. Disponível em: <http://www.geoportal.com.br/memoriapaulista/>. Acesso em 22 de maio de 2017 às 15:25. Figura 130 - Google Maps (imagens de 2017) com edição própria. Disponível em: <https://www.google.c om.br/maps/place/R.+Henrique+Monteiro,+174+-+Pinheiros,+S%C3%A3o+Paulo+-+SP,+05423-020/@-


23.5695427,-46.6914794,429m/data=!3m2!1e3!4b1!4m5!3m4!1s0x94ce570ad12e568d:0xc5848a41666146b!8m 2!3d-23.5695427!4d-46.6902755>. Acesso em 13 de março de 2017 às 09:30. Figura 131 - Google Maps (imagens de 2017) com edição própria. Disponível em: <https://www.google. com.br/maps/place/R.+Henrique+Monteiro,+174+-+Pinheiros,+S%C3%A3o+Paulo+-+SP,+05423-020/@23.5695427,-46.6914794,429m/data=!3m2!1e3!4b1!4m5!3m4!1s0x94ce570ad12e568d:0xc5848a41666146b!8m 2!3d-23.5695427!4d-46.6902755>. Acesso em 13 de março de 2017 às 09:30. Figura 132 - Google Maps (imagens de 2017) com edição própria. Disponível em: <https://www.google. com.br/maps/place/R.+Henrique+Monteiro,+174+-+Pinheiros,+S%C3%A3o+Paulo+-+SP,+05423-020/@23.5695427,-46.6914794,429m/data=!3m2!1e3!4b1!4m5!3m4!1s0x94ce570ad12e568d:0xc5848a41666146b!8m 2!3d-23.5695427!4d-46.6902755>. Acesso em 13 de março de 2017 às 09:32. Figura 133 – Google Maps (imagens de 2017) com edição própria. Disponível em: <https://www.google. com.br/maps/place/R.+Henrique+Monteiro,+174+-+Pinheiros,+S%C3%A3o+Paulo+-+SP,+05423-020/@23.5695427,-46.6914794,429m/data=!3m2!1e3!4b1!4m5!3m4!1s0x94ce570ad12e568d:0xc5848a41666146b!8m 2!3d-23.5695427!4d-46.6902755>. Acesso em 13 de março de 2017 às 09:35. Figura 134 - Autoria própria. Figura 135 - Autoria própria. Figura 136 - Autoria própria. Figura 137 - Autoria própria. Figura 138 - Autoria própria. Figura 139 - Autoria própria. Figura 140 – Associação Comercial. Disponível em <http://www.acsp.org.br/quem-somos/entenda-a-novalei-de-zoneamento-faca-download-da-cartilha-preparada-pelo-conselho-de-politica-urbana-da-acsp>. Acesso em 14 de março de 2017 às 10:50. Figura 141 - Autoria própria. Figura 142 - Autoria própria. Figura 143 - Autoria própria. Figura 144 - Autoria própria. Figura 145 - Autoria própria. Figura 146 - Autoria própria. Figura 147 - Autoria própria. Figura 148 - Autoria própria. Figura 149 - Autoria própria. Figura 150 - Autoria própria. Figura 151 - Autoria própria. Figura 152 - Autoria própria. Figura 153 - Autoria própria. Figura 154 - Autoria própria. Figura 155 - Autoria própria. Figura 156 - Autoria própria. Figura 157 - Autoria própria. Figura 158 - Autoria própria. Figura 159 - Autoria própria. Figura 160 - Autoria própria. Figura 161 - Autoria própria. Figura 162 - Autoria própria. Figura 163 - Autoria própria. Figura 164 - Autoria própria. Figura 165 - Autoria própria.


Figura 166 - Autoria própria. Figura 167 - Autoria própria. Figura 168 - Autoria própria. Figura 169 - Autoria própria. Figura 170 - Autoria própria. Figura 171 - Autoria própria. Figura 172 - Autoria própria. Figura 173 - Autoria própria. Figura 174 - Autoria própria. Figura 175 - Autoria própria. Figura 176 - Autoria própria. Figura 177 - Autoria própria. Figura 178 - Autoria própria. Figura 179 - Imagens retiradas do Sketchup Texture Club.

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LISTA DE TABELAS E GRÁFICOS


Tabela 1 - Tipo de Hospedagem Utilizado Ministério do Turismo. Disponível em: <http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/2016-02-04-11-54-03/ demanda-tur%C3%ADstica-internacional.html>. Acesso em 15 de março de 2017 às 22:43. Tabela 2 – Composição do Grupo Turístico Ministério do Turismo. Disponível em: <http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/2016-02-04-11-54-03/ demanda-tur%C3%ADstica-internacional.html>. Acesso em 15 de março de 2017 às 22:44. Tabela 3 - Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem. Elaboração própria com dados do Ministério do Turismo. Disponível em <http://www.classificacao.turismo. gov.br/MTUR-classificacao/mtur-site/downloadCartilha.action?tipo=1>. Acesso em 14 de março de 2017 às 17:45. Tabela 4 – Classificação dos Hostels, de Acordo com o Tamanho. GIARETTA, Maria José. Albergues da Juventude – Hi Hostels. “In”: Luiz Gonzaga Godoi Trigo, editor. Alexandre Panosso Netto, Mariana Aldrigui Carvalho, Paulo dos Santos Pires, co-editores. Análises Regionais e Globais do turismo brasileiro. São Paulo: Roca, 2004. p. 434. Tabela 5 – Porcentagem dos Custos Totais da Obra. WISSENBACH, Vicente; TSUKUMO, Vivaldo. Hotéis. Cadernos Brasileiros de Arquitetura, São Paulo, Photochrom Fotolito, vol. 19, 1987. p. 40. Tabela 6 – Pontos positivos e negativos do We Hostel. Autoria própria. Tabela 7 – Pontos positivos e negativos do Bee.W Hostel. Fonte: Autoria própria. Tabela 8 – Pontos positivos e negativos do Hostel Califórnia. Fonte: Autoria própria. Tabela 9 – Parâmetros de ocupação dos lotes. Elaboração própria com dados da Gestão Urbana – Prefeitura de São Paulo. Disponível em: <http:// gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/arquivos-zoneamento/>. Acesso em 04 de abril de 2017 às 15:42. Tabela 10 – Número de leitos atingido. Elaboração própria.

Gráfico 1 – Distribuição mensal de chegadas de turistas internacionais ao Brasil. Ministério do Turismo. Disponível em: <http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/2016-02-04-11-54-03/ demanda-tur%C3%ADstica-internacional.html>. Acesso em 15 de março de 2017 às 22:24. Gráfico 2 – Opções de Hospedagem – frequência em albergues paulistanos. SILVA, Tamiris Martins, 2014 apud SILVA, Tamiris Martins; Köhler, André Fontan, 2015, p. 65.


SUMÁRIO


1. Introdução................................................................................................................20 2. Fundamentação Teórica........................................................................................22 2.1. História da Hospedagem no Mundo.....................................................23 2.2. A Hotelaria no Brasil.................................................................................24 2.3. O Turismo Nacional..................................................................................26 2.4. Classificações dos tipos de Hospedagem............................................28 3. Hostels......................................................................................................................30 3.1. A importância dos Hostels.......................................................................31 3.2. História dos Hostels no Mundo................................................................32 3.3. História dos Hostels no Brasil....................................................................34 3.4. Conceito Poshtel..................................................................................... 35 3.5. Demanda e Público.................................................................................36 3.6. Normas e Características........................................................................38 4. A sensação e a Percepção na Arquitetura........................................................ 40 5. Sustentabilidade..................................................................................................... 44 6. Referências Projetuais............................................................................................48 6.1. Exterior.......................................................................................................49 6.2. Interior........................................................................................................51 7. Estudos de Caso..................................................................................................... 54 7.1. São Paulo..................................................................................................55 7.1.1. We Hostel Design...………………………………........................ 56 7.1.2. Bee.W Hostel………………………………………………………...62 7.1.3. Hostel Califórnia Café Bar....................................................... 67 7.2. Internacional............................................................................................ 72 7.2.1. Generator Hostels......................................................................72 7.2.2. Hostelling International.............................................................75 8. Depoimentos...........................................................................................................78 8.1. Conclusão.................................................................................................86 9. Projeto Poshtel.........................................................................................................88 9.1. Localização..............................................................................................89 9.2. Zoneamento.............................................................................................93 9.3. Programa..................................................................................................94 9.4. Projeto........................................................................................................95 10. Considerações Finais............................................................................................116 11. Bibliografia.............................................................................................................118 11.1. Consultas Bibliográficas.........................................................................119 11.2. Consultas Eletrônicas.............................................................................120 11.3. Citações..................................................................................................123


1. INTRODUÇÃO

20


turistas

final, foi através de pesquisas em livros que

circularam pelo mundo, há três décadas

abordam o tema da hospedagem, hotéis e

esse número não ultrapassava 277 milhões,

hostels, mais conhecidos antigamente, como

alcançando

trilhão

albergues da juventude; pesquisas virtuais

de dólares. Com o desenvolvimento do

em sites, seminários, revistas e trabalhos de

mercado

lazer,

conclusão de curso; estudos de caso com visita

negócios, entre outros ocorrido nas últimas

para entendimento prático; e de depoimentos

décadas paralelamente ao barateamento

enviados por pessoas que já se hospedaram

das viagens proporcionadas pela evolução

em

hostels

dos transportes, vem criando a necessidade

em

possíveis

de novas tipologias de hospedagem, que

O projeto evidencia o uso coletivo através

visam

sociais.

de ambientes compartilhados como salas

O hostel é um estilo alternativo ainda

de jogos, salas comuns, bar, terraço com

pouco explorado no Brasil, como é no exterior

piscina container para redução de gastos,

e ainda é visto como desorganizado e que

praça pública, sala de estudos e leitura

não traz privacidade para os hóspedes por

com computadores, cinema e uma área

possuírem beliches comuns e próximas umas

de alimentação convidativa. A área dos

das outras, os hostels são em sua maioria

dormitórios irá atender a diversas necessidades

adaptados em casas antigas e não recebem

dos

nenhuma melhoria para se adequar ao novo

privativos, mistos e femininos. O projeto se

uso. A partir disso e da falta de hospedagem

preocupará também com o conforto térmico

econômica em São Paulo projetada para esse

e a sustentabilidade através de ventilação

fim que ofereça conforto, design e arte, que

cruzada, iluminação natural, energia solar

foi definido o produto final deste Trabalho de

através de painéis fotovoltaicos, reuso da

Conclusão de Curso, que terá como objetivo

água, vegetação para controlar o microclima,

projetar um hostel design, ou melhor, um Poshtel.

o uso do laminado da fibra da bananeira para

A metodologia utilizada para melhor

revestimentos que utilizariam madeiras não

entendimento do tema até chegar no produto

sustentáveis e piso permeável na área externa.

Em

2008,

922

uma

turístico

atender

milhões

renda

de

nacional

diversas

de

1,1 para

classes

públicos

pelo

mundo,

melhorias

com

para

quartos

agregando o

projeto.

coletivos

e

21


2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

22


2.1. HISTÓRIA DA HOSPEDAGEM NO MUNDO

As rotas comerciais da antiguidade na

estabelecimento hoteleiro planejado em Paris,

Ásia, Europa e África, geraram núcleos urbanos

atingindo os Estados Unidos em 1908, com o

e centros de hospedagem para atender aos

Statler Hotel Company projetado por George

viajantes. Na Idade Média, a hospedagem

B. Post.

era feita em mosteiros e abadias como forma

de obrigação moral e espiritual. Mais tarde,

economia após a Segunda Guerra Mundial,

com o advento das monarquias nacionais, a

o turismo passa por uma transformação com

hospedagem era exercida pelo próprio Estado,

a melhoria da renda da população dos

nos palácios da nobreza ou nas instalações

países mais desenvolvidos como a Europa

militares e administrativas, os viajantes que

central, Estados Unidos e Canadá, gerando

não possuíam o beneplácito (aprovação de

disponibilidade e recursos para o lazer; a

alguma coisa por uma instância superior),

melhoria dos transportes (aviões a jato para

eram atendidos precariamente em albergues

passageiros) e comunicação. No século XX

e estalagens. Após a Revolução Industrial e

a classe média e o operariado passam a ter

com o capitalismo, a hospedagem passou

capacidade aquisitiva para o lazer e turismo,

a ser uma atividade econômica e explorada

ocorrendo também no Brasil após a década

comercialmente.

de 1940.

Com

a

expansão

acelerada

da

Até meados do século XIX (1801-1900),

o número de viagens era pequeno e em sua maioria por motivos profissionais, dentro do próprio país utilizando ônibus e pousadas. Entre 1850 e 1950, as pessoas passaram a viajar também nas férias, estimuladas pelos novos meios de transporte, como as ferrovias e navios a vapor.

Em 1870, o suíço César Ritz, elaborou o

conceito de quarto com banheiro privativo, hoje chamado de apartamento. Foi o primeiro

Figura 1 - Primeiro Hotel dos EUA, Statler Hotel Company. Fonte: Buffalo: Then And Now (Wordpress).

Idade Média e Era Antiguidade

Moderna

Abadias e Estâncias hidrominerais mosteiros que instaladas acolhiam os hóspedes. pelos romanos na Inglaterra, Suíça e no Oriente Médio.

1790

1870

1920

1950

1970

Fluxo turístico Surgimento Hotéis Hotéis Surto de de hotéis na próximos das construídos construção impulsionado pela Inglaterra, estações pelo giro da de hotéis, operação Europa e ferroviárias. economia com a era nos EUA nos EUA e dos jatos e a dos Boeing 747. (Revolução Europa. movimentaIndustrial). ção turística. Figura 2 - Linha do tempo da história da hospedagem no mundo. Fonte: Autoria própria.

23


2.2. A HOTELARIA NO BRASIL

No período colonial, os viajantes se

próxima ao porto de desembarque para os

hospedavam nas casas-grandes de engenhos

viajantes que chegavam a capital.

e fazendas, em casarões nas cidades, nos

conventos e principalmente nos ranchos de

Brasileiro de Turismo) e a FUNGETUR (Fundo Geral

beira de estrada, como os abrigos ao lado de

de Turismo) que promoveram uma nova fase

estabelecimentos que forneciam alimento.

no setor hoteleiro brasileiro, principalmente nos

Era comum também as famílias receberem os

hotéis cinco estrelas e nas redes internacionais.

viajantes nos quartos de hóspedes.

Com isso, a legislação e as leis de zoneamento

se tornaram mais flexíveis para a construção

Na segunda metade do século XVIII,

Em 1966 é criada a EMBRATUR (Instituto

foi construído no Mosteiro de São Bento no

de hotéis.

Rio de Janeiro, um edifício exclusivo para a

hospedaria. Começaram a surgir estalagens

Brasileira

(hospedaria para viajantes) e casas de pasto

CYPRIANO, Pedro. Desenvolvimento hoteleiro

que ofereciam apenas refeições e quartos

no Brasil, 2014), o setor hoteleiro brasileiro possui

para dormir.

um patrimônio imobilizado em torno de R$ 78,7

bilhões.

Com a chegada da corte portuguesa

Segundo estimativas da Associação da

Indústria

Hoteleira

(apud

no Rio de Janeiro em 1808 e a abertura dos

portos, gerou um fluxo de estrangeiros para

mais atraente para investimentos em hotelaria

exercer

e está em constante expansão, atraindo

e

funções

comerciais,

os

diplomáticas,

científicas

estabelecimentos

que

Na América do Sul, o Brasil é o mercado

investidores

nacionais

e

internacionais.

ofereciam hospedaria utilizaram do termo

Por conta da perda de atratividade de

Hotel, com a intenção de elevar o conceito.

investimentos

O Hotel Pharoux, ou Cais Pharoux como

residenciais e comerciais que possuíram uma

nome inicial, foi construído pelo Sr. Pharoux e

grande oferta nos últimos anos, estimularam

é um dos mais importantes hotéis do século

incorporadoras a desenvolver produtos mais

XIX no Rio de Janeiro. Sua localização se dava

hoteleiros.

imobiliários

com

prédios

1800

1900

1940

1960

1970

Mudança da corte portuguesa para o Brasil, incentivando a implantação de hospedarias no RJ.

Primeira lei de incentivo a implantação de hotéis no Brasil.

Proibição dos jogos de azar e fechamento dos cassinos, o que inviabiliza os hotéis construídos para esse fim.

Criação da Embratur e da Fungetur, com políticas de incentivo ao turismo estimulando a construção de novos hotéis.

Crescimento econômico conhecido como “o milagre econômico brasileiro”. Investimetnos de redes internacionais e nacionais.

Figura 4 - Linha do tempo da história da hospedagem no Brasil. Fonte: Autoria própria.

24


Figura 3 - Hotel Pharoux no Rio de Janeiro. Fonte: Roitblog.

1980

1990

2000

2010

Crise econômica denominada como “década perdida”, hiperinflação e diminuição dos investimentos.

Início da estabilidade favorável a investimentos internacionais e domésticos.

Excesso na oferta de condo-hotéis e recuperação da economia.

Destaque internacional.

25


2.3. O TURISMO NACIONAL

O turismo social entende-se como

terrestre com 1,8 milhões de viagens, vindo

inclusivo a todos, com ou sem auxílio do governo,

principalmente da Argentina, Estados Unidos,

pessoas que não possuem o hábito de viajar ou

Chile, Paraguai, Uruguai, França e Alemanha,

pessoas com deficiência que nunca viajaram.

na ordem. O motivo principal pelas viagens foi

O turismo juvenil está associado ao turismo

o lazer com 51%, seguido de visitas a amigos e

social juntamente com o turismo familiar e da

parentes com 25% e por último a negócios e

terceira idade, nele se caracteriza o turismo

eventos com 20%.

escolar, juvenil e universitário, descrevendo

um público alegre e atraídos por locais que

nas tabelas a seguir, a preferência dos turistas

oferecem divertimento noturno.

para viajar ao Brasil é durante o Verão, onde há

O Brasil em relação à América Latina

um volume maior no final e no começo do ano,

é um dos líderes no mercado turístico, graças

a preferência por hospedagem em albergues

a criação do Ministério do Turismo em 2003

atinge 5% da opção dos viajantes. Em sua

para garantir a implementação das políticas

maioria os turistas viajam sozinhos, em segundo

públicas para o setor e quando a EMBRATUR

lugar com a família e em terceiro com os amigos.

recebeu a missão de promover o Brasil como

destino turístico, acarretando na entrada de

dos turistas internacionais foi de oito dias,

aproximadamente 6 bilhões de dólares em

enquanto dos turistas nacionais foi de quatro

2008 (132% superior ao de 2003 – dados obtidos

dias. A quantidade de postos de trabalho

pela EMBRATUR) e elevando o país para o

gerados pelo turismo na cidade de São

sétimo lugar entre os países que mais recebem

Paulo cresceu quase 40% de 2006 a 2012, ou

eventos internacionais do mundo. Na Copa

seja, de 70.819 para 99.090, indiretamente

do Mundo de 2014, segundo o Ministério do

gerou aproximadamente 443 mil empregos.

Turismo, o Brasil recebeu cerca de 1 milhão

de turistas estrangeiros, movimentou R$ 4,4

(Organização Mundial do Turismo) mostra que

bilhões e durante o período do evento, os

para o ano de 2020 as viagens irão triplicar, de

hotéis tiveram uma ocupação média de 94%

694 milhões de viagens para quase 1,2 bilhões,

e na semana final 98%, os albergues obtiveram

sendo que a grande maioria das viagens

uma média de 86%, sendo que na semana

serão de curta distância com 75% do total. As

final alcançou 100%, segundo a Associação

principais tendências do turismo nas próximas

de Cama e Café e Albergues do Estado do Rio

duas décadas, de acordo com a OMT, são:

de Janeiro (ACCARJ), possuindo 7.117 meios

• Globalização

de hospedagem cadastrados e 837.169 leitos.

valorização da identidade local;

Segundo dados do Ministério do Turismo,

Como podemos observar no gráfico e

Em São Paulo a média de permanência

A expectativa de crescimento da OMT

do

turismo

versus

Viagens de férias mais curtas em

em 2015, a chegada de turistas no mundo foi

períodos diferentes do ano;

de 1.186,2 milhões, na América do Sul foi de

30,8 milhões e no Brasil foi de 6,3 milhões, sendo

de viagens;

que em 1970 o número de turistas foi 250 mil

apenas, ou seja, um aumento de 2.420%. O

máximo de conforto e aqueles que buscam o

principal meio de transporte utilizado é o aéreo

máximo de aventura;

com 4.3 milhões de viagens e em seguida o

26

Maior utilização da internet nas reservas Polarização entre turistas que querem o

Crescimento do turismo ecológico de


observação da natureza em viagens de curta distância; •

Desenvolvimento de produtos visando atingir novos mercados de consumo, como o GLS,

ecologia, ambiente rural e aventura; •

Crescimento da conscientização quanto ao desenvolvimento turístico sustentável.

Gráfico 1 – Distribuição mensal de chegadas de turistas internacionais ao Brasil. Fonte: Ministério do Turismo.

Tabela 1 – Tipo de Hospedagem Utilizado. Fonte: Ministério do Turismo.

Tabela 2 - Composiçao do Grupo Turístico. Fonte: Ministério do Turismo.

27


2.4. CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE HOSPEDAGEM

Os hotéis podem ser classificados conforme as características das suas instalações, pelo

grau de conforto, a qualidade dos serviços, os preços, a localização (cidade, praia, montanha, aeroporto, etc.) e a sua destinação (turismo, negócios, lazer, cassino, convenções, econômicos, etc.).

Não existe um sistema único universal para classificação hoteleira, mas diversos, baseados

em diferentes critérios para cada país e região do mundo. Existem três possibilidades de classificação (Castelli, 2001, apud Cypriano, 2014): autoclassificação ou sem classificação, classificação privada (realizada por entidades independentes) e classificação oficial. Cada vez mais as redes hoteleiras e sites de reservas estão adotando seus próprios sistemas de classificação, baseados geralmente no preço e qualidade, por esse motivo as oficiais estão perdendo sua representatividade como sistema de categorização dos alojamentos.

As classificações no Brasil são dadas pelas Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) e pela

ABIH (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis) a fim de informar ao público e aos investidores.

28


Tabela 3 - Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem. Fonte: Elaboração própria com dados do Ministério do Turismo.

29


3. HOSTELS

30


3.1. A IMPORTÂNCIA DOS HOSTELS

A expansão do turismo nas últimas

natureza e apreciar os valores culturais das

décadas do século XX possui uma grande

pequenas cidades e das grandes metrópoles.

importância

nacionalmente

para

o

financeiro

e

oferta de alojamento turístico econômico

social do país, é um resultado das redes de

(budget), que tem passado por uma evolução

comunicação e dos transportes mundiais. Na

quantitativa e qualitativa. A necessidade

América Latina emergiu uma consciência

da hospedagem em hostel surge quando a

turística voltada para a valorização da oferta

viagem deve ser barata e econômica, abrindo

natural dos países do Cone Sul (Argentina,

mão dos quartos individuais e com banheiros

Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai) e para a

privativos. Mundialmente, a International Youth

expansão dos mercados e PIB’s nacionais. As

Hostel Federation (IYHF) é a entidade que

viagens passaram a fazer parte da cultura das

regulamenta o funcionamento dos albergues

populações, fazendo com que a demanda

da juventude e coordena as políticas globais.

turística passasse a ser crescente. Os hostels

No Brasil, a Federação Brasileira de Albergues

representam

da Juventude (FBAJ) que lidera essa função.

desenvolvimento

econômico,

uma

oferta

importante

de

Os albergues e hostels fazem parte da

alojamento alternativo em destinos nos quais se

desenvolve o ecoturismo e turismo de aventura,

heterogêneos, alguns funcionam em antigos

pois esse meio de hospedagem causa baixo

castelos, outros em prédios supermodernos

impacto ambiental.

construídos

de

A nomenclatura Hostel é reconhecida

globalmente,

facilitando

a

No mundo os hostels são bastante

antigos

para

esse

hospitais,

uso, barcos

adaptações atracados,

identificação

construções em estações de trem, casas

dos equipamentos por pessoas de todo o

adaptadas, etc. Quanto ao tamanho, existem

mundo. A intenção dos albergues e hostels é

hostels com apenas sete leitos e outros com

promover o intercâmbio cultural através da

mais de 1.300 leitos.

convivência em grupo pelas acomodações

comunitárias, busca uma relação harmoniosa

atualmente, a “economia compartilhada”.

do ser humano consigo mesmo, com o outro e

Surgiu como resultado da escassez de recursos

com a comunidade, respeitando as diferenças

em meio ao consumismo, a fim de praticar o

de raça, cor, religião, nacionalidade, sexo,

compartilhamento de usos como, por exemplo,

classe social ou política, aliado à prestação de

o aplicativo Uber permite. A “hospedagem

serviços com valores moderados incentivando

colaborativa” ou “turismo colaborativo” surgiu

e permitindo viagens de turismo e lazer a

a partir dessa concepção, onde especialistas

pessoas com recursos financeiros limitados. São

acreditam que pode ser uma solução para

instalações de pequeno porte que atendem

enfrentar a crise financeira e inclui os hostels,

a um número limitado de viajantes, mas

visto que é um meio de compartilhamento

não necessariamente jovens e estudantes.

de quartos e áreas comuns, onde também

tem a possibilidade de trocar serviços por

Para Trotta (1982, p.17 apud TAKIYAMA;

NASCIMENTO,

2011,

p.

5),

“os

Um novo tema está sendo abordado

albergues

hospedagem (a Worldpackers é uma empresa

Internacionais da Juventude (AIJ), existem para

que promove essa troca) com o propósito de

ajudar os jovens a viajar, conhecer e amar a

redução de custos na viagem. Com o auxílio

31


da internet a hospedagem colaborativa tem se tornado cada vez mais divulgada e acessível como, por exemplo o aplicativo de hospedagem, Aribnb, que proporciona mais viagens para as pessoas gastando menos se comparado ao turismo tradicional com hospedagem em hotéis, é considerado um turismo sustentável, onde se pode conhecer mais pessoas ao redor do mundo.

3.2. HISTÓRIA DOS HOSTELS NO MUNDO

Há mais de cinco séculos, estudantes

1990 como Youth Hostel, atual rede Hostelling

bolsistas medievais viajavam a pé de uma

International, surgiu com o professor Richard

universidade europeia à outra, procurando

Schirrmann, por ministrar aulas práticas com

acomodações

os

estudos de campo. Em 26 de agosto de 1909,

dormitórios de mosteiros. A utilização de

em uma das excursões, o grupo pegou uma

alojamentos também se dava pelos artesãos

tempestade e precisou buscar abrigo em uma

e

de

escola em Brol Valley na Alemanha. Em razão

conhecimento, eles eram recebidos pelas

disso imaginou que as escolas poderiam ser

associações de artesãos.

usadas como alojamento nas férias, então

artistas

No

que

no

caminho,

viajavam

século

XIX

no

em

caso

busca

foram

criadas

começou

a

escrever

periódicos

alemães

acomodações para os viajantes por religiosos

sobre e ganhando apoiadores. Em 1912, foi

católicos e protestantes. Em 1844, George

aberto o primeiro albergue da juventude em

Williams criou em Londres a YMCA (Young

Altena na Alemanha, que funciona até os dias

Men’s Christian Association – Associação Cristã

atuais em um monumento histórico restaurado.

de Moços), dez anos depois na Grã-Bretanha

foi criada a Associação Cristã de Moças,

albergues

ambas ofereciam acomodações econômicas

Guerra Mundial, após isso no ano de 1920,

e desenvolviam atividades culturais e físicas.

realizou-se a primeira publicação sobre os 700

albergues da juventude com características

Em 1884, surgem os primeiros albergues

escolares

interrompido

pela

dos

Primeira

da paisagem. Em 1932, foi criado a IYHF

início do XX, surgiu o movimento da juventude

(Federação Internacional de Albergues da

denominado Aves Migratórias (em alemão,

Juventude), internacionalizando oficialmente

Wandervogel), cujo lema era andar ao ar

o movimento, com um grande crescimento

livre, em contato com os seus semelhantes

na década de 1950 e 1960, no Brasil o

e

movimento

cantando

2%

expansão

juventude alemã. No final do século XIX e

violão

apenas

foi

de

simples, funcionais e apoiando a preservação

do

atendiam

movimento

da

através

que

O

canções

alberguista

chegou

em

1969.

populares e estabelecendo contato entre

cidade e campo. Esse movimento, entre

Internacional realizada na cidade de Roma,

outros, como a Associação dos Escoteiros

foi aprovado o documento “Padrões Mínimos

(1908) e a Associação dos Bandeirantes (1910)

dos Hostels”. Na década de 1970, o movimento

contribuíram para a criação do “alberguismo”,

de hospedagem econômica se expandiu a

cujo precursor foi Guido Rotter com os

10 mil albergues da juventude pelo mundo.

albergues escolares. A ideia dos albergues da

Em 1992, o movimento alberguista viu a

juventude, denominado mundialmente até

necessidade de comunicação via Internet,

32

Em

1952,

durante

a

Conferência


desenvolvendo sistemas de reservas online denominado IBN (International Booking Networking – Sistema Internacional de Reservas). No mesmo período, foi inserida uma carta ambiental para os albergues, onde convidava para o desenvolvimento sustentável a partir do cuidado com a natureza, economia de energia elétrica, uso de transportes não poluentes, cuidados ao construir, reciclagem de lixo e uso de produtos biodegradáveis.

Em 2002, a Federação Internacional de Albergues da Juventude desenvolveu uma ação

em prol da paz mundial, a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) reconheceu os hostels como centros de cultura de paz.

Figura 5 – Primeiro Hostel do Mundo, Altena, Alemanha 1912. Fonte: Lua Cheia.

Figura 6 – Triliches do primeiro Hostel do Mundo, 1912. Fonte: Por que não Travels.

33


3.3. HISTÓRIA DOS HOSTELS NO BRASIL

Em 1956, um casal de brasileiros (Yone

presidente na época João Dória Jr., 1980

e Joaquim Trotta) que estudava em Paris,

marcou um período de desenvolvimento para

França, conheceu o movimento alberguista e

o alberguismo brasileiro, incorporado como

decidiram trazer ao Brasil. No ano seguinte, o

um dos projetos de turismo social, com uma

casal levou um grupo de educadores para fazer

equipe técnica para cuidar da implantação

uma excursão cultural na Europa, utilizando os

das instalações e uma verba destinada à

albergues da juventude, denominado de fase

divulgação dessa modalidade turística. No

teórica eles passaram a divulgar o movimento

ano de 1987, aconteceu a grande divulgação

no país através de palestras em colégios

do movimento junto à mídia, com campanhas

e universidades. Em 1965, foi implantado o

dirigidas ao público alvo, a divulgação trouxe

primeiro albergue da juventude no Rio de

resultados positivos, onde no estado de São

Janeiro, no bairro de Ramos, denominado

Paulo passou de 600 usuários para 13 mil dentro

“Residência Ramos” com 36 leitos, abrigando

de um ano.

estudantes brasileiros e mochileiros vindos do

Uruguai, Chile, Alemanha, Suíça e Inglaterra,

albergue da juventude em 1989, era o

funcionou até 1973. Em 1966, instalou-se o

Magdalena Tagliaferro, localizado no Parque

albergue da juventude em São Paulo capital,

Estadual do Jaraguá, na cidade de São Paulo.

com o mesmo número de leitos. Nesse período

No ano seguinte inaugurou o Albergue Lê

foi registrada a Associação Brasileira de

d’Artagnan, marcando a era da modernização

Albergues da Juventude e abriram os seguintes

dos

albergues da juventude voltados a causas

restaurante,

estudantis, já que o movimento foi liderado

lavanderia, recepção informatizada, serviços

por um professor: Centro Excursionista Brasileiro

de agência de viagens, etc.

com 30 leitos, Pousada da Juventude com

300 leitos no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro

vez mais com maior grau de privacidade,

e um em Campos do Jordão com 40 leitos.

levando os empreendimentos a contarem

Em 1970, a Federação Internacional de

com a oferta de quartos de casal, família e

Albergues da Juventude incorporou o Brasil

individual, para atender a diversas demandas

no movimento internacional. Em 1979, o casal

do segmento.

abriu o Albergue Muxarabi, na cidade de

Cabo Frio, com uma oferta de hostel voltada

Paulo Turismo, o número de albergues cresceu

ao público alvo, viajantes de férias.

136% de 2011 para 2012, passando de 22 para

Com

o

apoio

da

Embratur,

seu

O

maior

albergues

e

mais

bem

internacionais,

discoteca,

quartos

contendo modernos,

A rede de hostels oferece quartos cada

No município de São Paulo, segundo São

52 unidades cadastradas pela organização municipal de turismo e eventos.

34

estruturado


3.4. CONCEITO POSHTEL à

Os hostels geralmente são associados ideia

casas

de

um

adaptadas,

local

improvisado

recebendo

de

de Caso”, onde se recuperou uma mansão

em

construída no século XX pelo jovem arquiteto

forma

paulistano Felipe Hess, com decoração vintage

desorganizada e desconfortável os viajantes

e despojada.

em quartos lotados de beliches sem nenhuma

privacidade. Tal concepção vem mudando ao

diferencial, como por exemplo, na Europa,

longo de alguns anos para que a hospedagem

é

se torne mais agradável e elegante a um

Finlândia que fica no interior de uma fábrica

público jovem, exigente e descontraído. Os

de biscoitos, outro em Berlim que abriga uma

hostels que atendem essa demanda surgiram

balada no porão, um em Madri que abriga um

na Europa entre 2009 e 2010 em resposta a

cinema e um outro localizado em um antigo

crise econômica pela qual o mundo passava

tribunal de Londres. A rede Generator é bem

que afetou também o turismo, desta maneira

conhecida pelos seus projetos de poshtels pelo

os estabelecimentos tiveram de se reinventar e

mundo, na sua unidade em Paris os interiores são

agora vem ganhando cada vez mais espaço e

inspirados em experiências cinematográficas,

mais procura no segmento.

no espaço do café são servidos pratos

A nova tendência mundial de valorização

franceses, hambúrgueres, vinhos regionais e

dos espaços através do design em relação

drinks inspirados na cidade, o estabelecimento

ao mercado de hostels são os “Poshtels” ou

ainda conta com uma balada subterrânea

“Designs Hostels”, ou seja, um hostel boutique

semelhante a uma estação de metrô.

que combina arte, estilo e conforto de um

hotel com o preço e a sensibilidade de um

quartos

albergue, o termo é uma junção das palavras

secadores de cabelo e até banheiras de

“posh” com “hostel”, em português hostel

hidromassagem e spa. Esse tipo relativamente

elegante. Os serviços oferecidos nesse novo

novo de hospedagem além de atrair mochileiros

tipo de hospedagem ainda econômica pode

e jovens, atrai também pessoas que buscam

ser wi-fi gratuito, café da manhã, recepção

por hospedagens mais modernas e com valor

24 horas, quartos com banheiro privativo,

baixo ou até gerações mais velhas que buscam

design moderno, quartos espaçosos, acessíveis

uma alternativa aos hotéis comuns.

e

limpos,

bares,

restaurantes

e

Os poshtels muitas vezes possuem algum possível

encontrar

Alguns

poshtels

climatizados,

estabelecimento

oferecem xampu,

na

também sabonete,

piscina.

O conceito chegou ao Rio de Janeiro em

2015, com o Oztel localizado em Botafogo, que reúne o preço e descontração dos albergues e o conforto e requinte dos hotéis. Projetado não apenas para descansar, mas também para aproveitar a noite e conhecer gente nova, possui objetos de design criados pelos artistas Amaury e Felipe Morozini. São Paulo se inseriu no mercado em 2012, com o We Hostel Design que será abordado no capítulo “Estudos

Figura 7 – Generator Hostel Paris. Fonte: Generator Hostels.

35


3.5. DEMANDA E PÚBLICO

Dados da WTTC (World Travel and

hoteleiro que podem optar pelas instalações

Tourism Council) afirma que em 1995 o turismo

do hostel são:

representava 3,38 trilhões de dólares no

• Grupos de executivos de nível intermediário,

faturamento bruto da economia mundial,

técnicos,

2,98 trilhões de dólares na composição do PIB

viajam a negócios e que preferem pagar

mundial (11%) e 212 milhões de empregos.

tarifas mais baixas. Esse segmento busca hotéis

Já nos países do Mercosul os dados sugerem

econômicos, atualmente em grande expansão

um potencial turístico ainda não explorado,

no Brasil;

principalmente no Brasil.

• Turistas de férias que buscam por conforto e

design, mas com valores acessíveis, podem ser

O parque hoteleiro brasileiro apresenta

profissionais

e

vendedores

que

cerca de 2.700 estabelecimentos o que significa

famílias, casais ou apenas uma pessoa;

menos de 1 apartamento/ 1.000 habitantes.

Na França o índice é de 1 apartamento/ 100

(backpacker tourism), turistas, intercambistas e

habitantes e nos Estados Unidos 1 apartamento/

estão em busca de hospedagem econômica.

70 habitantes, logo nosso parque hoteleiro pode

crescer, sendo que 83% dos hotéis brasileiros

no capítulo “Estudos de Caso”, podemos

são administrados por empresas familiares e

perceber

17% por redes hoteleiras.

público frequentador de hostel, mas em sua

Em qualquer país a demanda por

maioria são jovens sozinhos ou em grupos

hospedagem é por deslocamentos dentro do

tanto brasileiros quanto estrangeiros, onde

próprio país e por estrangeiros. No início das

60% são mulheres e o restante homens (dados

pousadas, os viajantes tinham que levar seu

informados por um funcionário do We Hostel),

próprio alimento, onde a cama era o único

buscam os poshtels devido ao interesse pelo

produto

demanda

design, e em relação a localidade estão em

atualmente dos clientes do setor hoteleiro é

busca da boemia do bairro Vila Madalena.

por acomodações para dormir, alimentação e

bebida. Essas exigências se conectam com a

(Associação Nacional de Pesquisa e Pós-

hospedagem, restaurantes, bares e festas, como

Graduação em Turismo), relatou em seu VIII

principais produtos. As festas movimentadas

Seminário da Associação Nacional de 2011,

por jovens são características dos hostels, que

que tanto estrangeiros quanto brasileiros se

criam um ambiente com hóspedes e visitantes

hospedaram em sua maioria, pela primeira

externos, resultando em um público flutuante.

vez em um albergue, logo indica que a

“O design, o layout, a decoração,

hospedagem em albergues e hostels são

a mobília e ornamentos do quarto são

produtos novos, mas cada vez mais os indivíduos

fundamentais para atender às necessidades

estão aderindo pela hospedagem alternativa.

e para dar satisfação aos clientes” (MEDLINK;

INGRAM, 2002, p. 93). A estratégia hoteleira

menos da metade de um hotel econômico

para atingir a maior quantidade de indivíduos

dependendo do número de camas que houver

hospedados, é combinar boas instalações,

em um quarto, quanto mais camas houver mais

serviços, imagem, preço e uma boa localização.

barato fica.

36

oferecido.

A

principal

Os segmentos de mercado do setor

Jovens

que

podem

ser

mochileiros

A partir dos levantamentos de público grande

heterogeneidade

do

Em uma pesquisa feita pela ANPTUR

O preço da diária consegue chegar a


Gráfico 2 – Opções de Hospedagem – frequência em albergues paulistanos. Fonte: SILVA, 2014.

37


3.6. NORMAS E CARACTERÍSTICAS

A classificação dos hostels no Brasil é feita pelo sistema de classificação privada, realizada

pela FBAJ. São divididos em categorias, conforme a pontuação que o empreendimento alcança para o credenciamento na rede Hostelling International, como pode ver na tabela.

Tabela 4 – Classificação dos Hostels, de Acordo com o Tamanho. Fonte: GIARETTA, 2004.

Os custos parciais para a construção de um hotel urbano podem ser relacionados:

Tabela 5 – Porcentagem dos Custos Totais da Obra. Fonte: WISSENBACH, 1987.

Hostels de pequeno porte possuem entre dois e cinco funcionários, os de médio porte tem

em média seis a nove funcionários, divididos nas funções de recepção, camareira (com serviços gerais principalmente de limpeza dos quartos e banheiros), segurança e alimentos e bebidas, e os de grande porte possuem uma média de doze e quinze funcionários.

Segundo uma publicação do Jornal de Negócios, o Governo aprovou novas regras que

estipulam a exploração de hostels, são elas: 1. Para que o estabelecimento seja considerado um hostel é necessário que a unidade de alojamento predominante seja o dormitório; 2. Os dormitórios devem ter, no mínimo, quatro camas. O número poderá ser inferior em caso de existirem beliches; 3. Todos os dormitórios deverão ter janela, para garantir ventilação e iluminação direta com o exterior; 4. Cada cama deverá ter um compartimento para que o respectivo hóspede possa guardar os seus pertences. Assim, por cada cama, será necessário um armário com uma dimensão mínima de 55x40x20 centímetros e sistema de fecho.

38

5. Os

hostels

devem

apresentar

espaços


comuns como cozinha e área de refeição. Os

c.

hóspedes devem ter acesso livre aos mesmos.

são aqueles planejados e geridos dentro

6. As instalações sanitárias comuns podem

Albergues

ecológicos

(eco

hostels):

dos princípios do ecoturismo, com práticas

ser separadas por género ou mistas. No último

e

caso, é preciso garantir que os chuveiros sejam

ambiental,

espaços autônomos, separados por portas

d.

com fecho interior.

aos turistas praticantes de surfe, possuem

7. A tipologia dos edifícios onde podem

operações

aliadas social

à

sustentabilidade

e

Albergues de surfe (surf hostels): voltados

facilidades como o aluguel de equipamentos

funcionar hostels foi deixada em aberto pelo

e acessórios ligados ao esporte;

Governo.

e.

A

definição

das

características

econômica;

Albergues móveis (mobile hostels): não

de

possuem uma localização fixa; itinerantes,

responsabilidade dos empresários, tendo em

mudam de local de acordo com a demanda;

vista as exigências da procura.

f.

Segundo a Revista Iberoamericana de

são aqueles com características voltadas

Turismo de 2015, atualmente existem albergues

ao turista de negócios, mas que prefere o

e hostels especializados no atendimento a

clima despojado de um albergue. Contam

segmentos e nichos de mercado, são eles:

sempre com quartos individuais ou duplos com

a.

banheiro privativo, com ambiente mais sóbrio

da

unidade

de

alojamento

será

Albergues independentes (independent

Albergues de negócios (business hostels):

hostels): são aqueles caracterizados por tarifas

e menos festas;

reduzidas, espaços comuns e partilha de

g.

dormitórios, mas que não são filiados à HI;

apesar de não possuírem muitas diferenças

b.

Albergues boutiques (boutique hostels):

em suas características físicas, esse tipo de

caracterizam-se por estarem associados a

albergue, ao deixar claro que pertence a essa

princípios de artes, arquitetura e design. Logo,

categoria, acaba por atrair o público LGBT –

costumam atrair indivíduos interessados nesses

lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e

campos;

transgêneros.

Albergues LGBT (gay friendly hostels):

39


4. A SENSAÇÃO E A PERCEPÇÃO NA ARQUITETURA

40


Acreditamos que a Arquitetura não

da atenção, a percepção que nos sugere a

se resume apenas na criação de espaços

noção de um objeto determinado como a cor

funcionais, a arquitetura tem o poder de

de uma laranja, perfume de uma rosa, som de

inspirar e transformar nossa existência do dia-

um violino, em seguida a emoção e por último

a-dia, trazendo sentido ao uso, aos materiais

a memória, onde toda informação carregada

e ao público que dela utilizará. Pode através

de emoção é mais facilmente armazenada.

de texturas, transparências, sombras, cores,

materiais e da aplicação dos elementos da

são necessárias três condições fundamentais:

Para que as sensações sejam geradas,

natureza, assim como a água, a terra como

• A excitação por meio de um agente

vegetação, o sol como iluminação natural e o

provocador sobre o órgão sensorial, como

ar como ventilação, modificar um ambiente e

agentes mecânicos (choques, picadas), físicos

as sensações das quais ele transmite aos seres

(luz, som, calor, eletricidade) ou químicos

humanos, proporcionando o significado do

(substâncias cáusticas, irritantes);

sentido da vida e da nossa existência, assim

• A

impressão

com

as

modificações

motivando à felicidade. A falta de humanismo

orgânicas que processam nos órgãos sensoriais

da arquitetura e das cidades contemporâneas

e que se transmitem por fibras nervosas aos

pode ser entendida como consequência do

centros cerebrais;

descaso com o corpo e os sentidos provocando um desequilíbrio de nosso sistema sensorial.

• A sensação que se resulta dos processos anteriores.

A sensação pode ser definida como um fenômeno psicológico produzido pela ação de um objeto sobre um órgão sensorial. A sensação é o resultado da transformação no cérebro de uma impressão originada de uma excitação provocada pelos objetos do mundo exterior. A sensação, no estado puro, nos permite apreender qualidades, sensíveis e não coisa propriamente dita. E, como raramente se encontra isolada, a sensação, quase sempre, representa antes o “resultado de uma abstração mental do que o fruto espontâneo de uma experiência psíquica”. Deve, por isso, ser considerada como elemento da percepção e como manifestação intuitiva mais simples da consciência. (ALMEIDA, Crika. 2009)

A experiência sensível é o início de

todo o conhecimento no processo perceptivo de primeira instância, desfrutamos de uma sensação que nos dá a noção de uma qualidade ou estado como cor verde ou amarela, perfume suave ou intenso, seguida

Estimular as sensações faz parte da

arquitetura sinestésica, onde se cria ambientes que possam ser experimentados, não apenas receptivos, os espaços podem proferir um discurso não verbal exercendo poder sobre os usuários ou frequentadores modificando seus comportamentos, através da cor das paredes, da altura do pé direito, da entrada de luz, podendo torná-lo assustador ou interessante. Esse estimulo pode ser com o cheiro, a música, plantas ou o toque nas texturas com fibras naturais, como a madeira, o algodão, o linho, o bambu e a palha, a ideia é de retornar ao natural em um mundo sintético.

Para Estela Netto, “é ter uma sala

de jantar, não com uma mesa de grandes proporções, gigante, mas uma peça que aproxime mais as pessoas, que vão se sentir mais à vontade para conversar e trocar experiências.”

Durante a renascença, considerava-se

que os cinco sentidos formavam um sistema hierárquico no qual a visão está no topo e o tato na base. O sistema renascentista de

41


hierarquização dos sentidos se relacionava

prestado um grande serviço à nossa natureza

com a imagem do corpo cósmico, a visão se

moral – a psique – de nossa sociedade

correlacionava ao fogo e à luz, a audição com

democrática... Defenda a integridade de sua

o ar, o olfato com o vapor, o paladar com a

edificação como você defende a integridade

água e o tato com a terra.

não apenas na vida daqueles que a fizeram,

Em 1954, aos 85 anos de idade, Frank

mas, em termos sociais, pois uma relação

Lloyd Wright definiu a função mental da

recíproca é inevitável. (WRIGHT, Frank Lloyd.

arquitetura e essa visão é ainda mais urgente

1954. Apud PALLASMAA, Juhani, 2011, p. 68)

até os dias de hoje:

Para o arquiteto carioca Paulo Casé, o hotel

O que é mais necessário na arquitetura atual

representa a “concretização das fantasias do

é justamente o que é mais necessário na vida

hóspede, o lado espetáculo da vida”, para isso

– integridade. Assim como no ser humano, a

o arquiteto deve deixar fluir as emoções positivas

integridade é a mais profunda qualidade de

para a escolha dos materiais, equipamentos,

uma edificação... Se tivermos sucesso, teremos

cores e espaços.

Figura 8 – O tato é estimulado por meio da parede e chão revestidos por pedra gabião. Fonte: Lugar Certo.

42


43


5. SUSTENTABILIDADE

44


Há pelo menos quatro décadas o

atributo que atua como um reservatório,

mundo vem debatendo questões relacionadas

evitando enchentes e, consequentemente,

ao desenvolvimento e ao meio ambiente. A

impactos ambientais. Por esta razão e por seu

Conferência das Nações Unidas é um exemplo

aspecto rústico, o piso drenante também é

que ampliou a conscientização da população

empregado como um piso para área externa

sobre os problemas ambientais da Terra como,

em projetos residenciais de arquitetura verde.

por exemplo, o aquecimento global, que é um

Outra qualidade curiosa dos pisos drenantes

processo resultante das emissões de gases de

está no fato de manterem a água retida por

efeito estufa gerados pelas ações humanas.

certo tempo em sua base, o que a faz escoar

Desde o processo de industrialização,

devagar para os lençóis freáticos. Além disso,

a concentração de gases de efeito estufa

sua produção é igualmente sustentável e leva

aumentou de 200ppm (partes por milhão)

materiais reaproveitados ou bases naturais,

para 395ppm, por esse fato a elevação da

como fibras ou pedras.

temperatura média da terra neste século deve aumentar entre 1,9ºC e 4,6ºC. Até 2020, acreditase que a emissão de carbono será de 900 giga toneladas, metade do que é recomendado pelo

IPCC

(Painel

Intergovernamental

sobre Mudanças Climáticas) até 2100, ou seja, para evitarmos processos irreversíveis de

comprometimento

dos

ecossistemas,

precisamos limitar o aquecimento climático.

O conceito de eco eficiência refere-se à

distribuição de bens e serviços que satisfazem as

Figura 9 – Piso drenante. Fonte: Tem sustentável.

necessidades humanas, trazendo a qualidade • Painéis fotovoltaicos:

de vida, reduzindo os impactos ecológicos e a intensidade de uso dos recursos naturais. Tem uma lógica baseada com o mínimo de perda de material, criando um ciclo, onde se produz, se utiliza e reutiliza o produto.

No hostel será utilizada algumas medidas

sustentáveis e ecoeficientes que reduzam os impactos ambientais gerados na obra e no pós-obra, são elas:

Figura 10 – Painéis Fotovoltaicos. Fonte: Portal Solar.

Os painéis fotovoltaicos foram criados

para gerar energia elétrica a partir da • Piso permeável (na área externa):

radiação solar e é uma alternativa para a

O piso drenante tem na porosidade sua

alta demanda de eletricidade. É uma energia

principal característica, pois possibilitam o

renovável e sustentável já que a radiação

escoamento da água para o solo por meio

solar é inesgotável, natural, não poluente e

de seus poros e não por vãos de bloquete.

não causa poluição sonora. Possui também o

E vem daí o caráter que faz deles um piso

benefício da redução da conta e economia a

ecológico: sua extensão é 100% permeável

longo prazo.

e não depende dos espaços entre as peças,

45


• Reuso da água:

o mais claro similar ao marfim até o mais escuro. Além de ser um material sustentável como alternativa à madeira, já que seu crescimento é mais rápido, sua produção também é, não necessita de água ou cola e a energia elétrica na fábrica é gerada por placas fotovoltaicas.

Figura 11 – Reuso da água. Fonte: Reuse água.

A necessidade de poupar água em

cidades tem se tornado constante, visto que estamos em tempos de mudanças climáticas extremas que podem variar de enchentes a períodos de seca. A OMS (Organização Mundial

Figura 12 – Laminado da fibra de bananeira disponível em quatro cores. Fonte: Gazeta do Povo.

• Utilização de vegetação para melhoria

da Saúde) revela que uma em cada três pessoas no mundo não tem acesso suficiente a água

do ar e do conforto térmico do edifício:

potável e estima-se que até 2025 dois bilhões de pessoas vivam em regiões com problemas de acesso à água limpa. Empresas preocupadas com esse recurso natural tem desenvolvido diversas estratégias para reaproveitar a água que já foi usada. Um dos meios é a captação da água da chuva que pode ser usada para lavagem de quintal, regar jardins e hortas, etc. O tratamento do esgoto pode também se tornar em água utilizável como, por exemplo, para descargas em banheiros ou se devidamente tratada pode ser devolvida ao meio ambiente sem que polua e sem que haja sobrecarga. • Utilização da madeira de bananeiras como revestimento que são rapidamente renováveis:

empresa francesa (FIBandCo) criou laminados de madeira com fibra da árvore que seria eliminada para preservar o cultivo da fruta. Hoje o material está disponível em quatro tons desde

A vegetação pondera a radiação

solar incidente no edifício e proporciona um microclima com melhores condições de conforto térmico, propicia o resfriamento através do sombreamento e da evapotranspiração que atenuam a radiação incidente nas superfícies e o resfriamento do ar devido a retirada de calor. A vegetação é um meio fundamental para a minimização dos efeitos de alteração no clima provocado pela urbanização.

Nas plantações de bananeira muito

material é descartado, a partir disso uma

46

Figura 13 – Vegetação auxiliando no conforto térmico. Fonte: O azulejista.

• Iluminação e ventilação trabalhada e cruzada para redução de energias artificiais:

iluminação

dois

séculos,

artificial

a

substituiu

presença as

da

grandes

janelas e espaços abertos, tendo como


alternativa o uso de lâmpadas em tempo integral. A utilização da iluminação natural nos ambientes internos, além de trazer uma estética agradável, aproveita ao máximo as condições naturais, causa uma economia de energia elétrica e beneficia os indivíduos das doses diárias necessárias de vitamina D que aumentam a disposição e a produtividade. É necessário se atentar a posição geográfica do edifício em relação ao Sol para que os cômodos mais necessitados de iluminação natural, a recebam.

A ventilação cruzada também pode

intervir na conta de luz, já que se não bem trabalhada terá uma necessidade de ar condicionado. A tal ventilação vai proporcionar a troca constante do ar, resultando em um melhor conforto térmico, ambientes salubres. Nem sempre é necessário identificar a posição do vento na região para que se crie uma ventilação cruzada. O pé direito também influencia, quanto maior ele for mais espaço para o ar quente permanecer no ambiente, porém longe das pessoas, se houver claraboia já há onde o ar sair. A ventilação cruzada pode ser proporcionada por qualquer tipo de abertura: portas, janelas, elementos vazados, claraboias ou telhas de ventilação nas coberturas.

Figura 14 – Iluminação natural e ventilação cruzada. Fonte: Vitruvius.

47


6. REFERÊNCIAS PROJETUAIS

48


6.1. EXTERIOR

Forma Itaim | HUMA | São Paulo: O edifício utilizou de vigas metálicas aparentes na fachada

para melhoria do conforto térmico e um terraço com piscina.

Figura 15 – Forma Itaim. Fonte: Huma.

Figura 16 – Forma Itaim. Fonte: Huma.

Huma Itaim | HUMA | São Paulo: O térreo do edifício é de uso público, café e praça.

Figura 17 – Huma Itaim. Fonte: Huma.

Restaurante Bossa | Rosenbaum e Multi Randolph | São Paulo: Edifício com tratamento

externo em brises de madeira ecológica. Figura 18 – Restaurante Bossa. Fonte: Archdaily. Figura 19 – Restaurante Bossa. Fonte: Archdaily.

49


Criciúmatrans Passarela | Carneiro Arquitetos | Santa Catarina: Passarela treliçada.

Figura 20 – Passarela. Fonte: Carneiro Arquitetos.

Casa MCNY | MF + Arquitetos | Franca, São Paulo: Utilização de madeira e concreto

aparente expressando o modernismo brasileiro.

Figura 21 – Casa MCNY. Fonte: Galeria da Arquitetura.

De Dreef: Pergolado para abrigar as mesas do café com a opção de fechar com toldo.

Figura 22 – Hotel Carlota. Fonte: Hotel Carlota.

50


6.2. INTERIOR

U Hostel | Madri: Cinema coletivo do hostel.

Figura 23 – U Hostel. Fonte: Viagem em pauta.

Vertical Garden Design | Rosenbergs Arkitekter | Estocolmo: Paredes verdes dos banheiros

para feiras internacionais de Estocolmo.

Figura 24 – Vertical Garden Design. Fonte: Vertical Garden Design.

Ccasa Hostel | TAK Architects | Vietnã: Janelas para cada cama que proporcionam

controle da iluminação e ventilação.

Figura 25 – Ccasa Hostel. Fonte: ArchDaily.

51


Viva Hostel Design | São Paulo, Vila Madalena: Luzes de LED nos quartos para indicação do

caminho.

Figura 26 – Viva Hostel Design. Fonte: Ostrovok.

M Boutique Hostel | Indonésia: Tratamento em madeira nos beliches para maior conforto e

vegetação ao redor da piscina.

Figura 27 – M Boutique Hostel. Fonte: M Boutique Hostel.

Figura 28 – M Boutique Hostel. Fonte: M Boutique Hostel.

Twentytu Hi-Tech Hostel | Barcelona: Terraço que serve de lazer e entretenimento oferecendo

alguns shows.

52

Figura 29 – Twentytu Hi-Tech Hostel. Fonte: Twentytú.


Telstar Hostels | São Paulo: O Telstar Hostel se localiza na Vila Mariana, em uma casa

adaptada, onde os criadores buscaram a arte e a cultura. Abriga na antiga garagem um espaço para eventos, exposições, festas e shows.

Figura 30 – Telstar Hostel. Fonte: Telstar Hostels.

Figura 31 – Telstar Hostel. Fonte: Telstar Hostels.

53


7. ESTUDOS DE CASO

54


Serão apresentados três estudos de caso em São Paulo (SP) e duas redes internacionais de

hostels, a Generator e a Hostelling International. Foram escolhidos por tratarem do design, conforto, arquitetura e arte, itens que estarão presentes no projeto Poshtel.

7.1. SÃO PAULO

Selecionamos três hostels para estudo de caso com visita em São Paulo, um na Vila Mariana

(We Hostel), um na Consolação (Bee.W Hostel) e um em Pinheiros (Hostel Califórnia). Foram escolhidos por trabalhar com o design, a arte e o conforto através dessa nova tendência de hostels designs.

Figura 32 – Localização dos três hostels para estudo de caso com visita. Fonte: Google Maps.

55


7.1.1. WE HOSTEL DESIGN Arquitetura: Felipe Hess. Localização: Rua Morgado de Mateus, 567 Vila Mariana. Ano: 2012. Área: 442m². Visita no local: 27 de abril de 2017 (quintafeira). Público: Grupos ou individual de 25 a 45 anos com interesse em design (80% brasileiros e 20% estrangeiros, sendo 60% mulheres e 40% homens).

Figura 34 – Fachada do We Hostel Design com janelas na cor preta contrastando com o branco das paredes. Fonte: Fran Parente.

Figura 36 – Mapa de localização do We Hostel. Fonte: Google Maps com edição própria.

56

Figura 33 – Casarão do We Hostel. Fonte: Hostel World.

Figura 35 – Rua Alice de Castro, vista da sala de vidro no andar superior. Fonte: Autoria própria.


O conceito

de design hostel ou

com armários e luzes de leitura individuais. O

poshtel chegou em São Paulo através do

hostel além de oferecer hospedagem já foi

We Hostel Design, com a recuperação de

palco para comerciais de cerveja, festas,

uma mansão tombada que foi construída

oficinas,

em 1926 e reformada em 2012 pelo arquiteto

bazares, aniversários, pocket shows e exposição

Felipe Hess, formado em 2007 pela Escola

de artes do músico e artista Daniel Codespoti,

da Cidade. O sócio e proprietário do Hostel,

em geral acontecem no jardim e no lounge.

Guilherme Perez formado em administração

e ex bancário, a partir de viagens na Austrália

na parede indica o uso, o que ele oferece e

como mochileiro notou que no Brasil eram

um trecho de música relacionada ao cômodo,

pouquíssimos os hostels com o padrão de

com um QR code que a transmite por inteiro

qualidade igual os que encontrou no exterior.

através de smartphones.

workshop,

ensaios

fotográficos,

Para cada setor do hostel, um adesivo

Atualmente o sócio pretende transformar

O hostel possui o nome “We” (“nós”

o térreo do hostel em um polo cultural e uma

em inglês) que vem da priorização do social e

estação co-working, na qual visa espaços de

do grupo de pessoas nos amplos espaços de

trabalho inspiradores, deixando os quartos

convivência do hostel e por estar próximo a

apenas

áreas de São Paulo que possui grande atração

abrigará lojas, lavanderia e eventos.

no pavimento

superior, o térreo

de pessoas, como o Parque Ibirapuera e a boemia do bairro da Vila Mariana. O sócio

Serviços oferecidos:

do Hostel afirmou em uma entrevista dada

46 camas;

ao canal no YouTube “De bem com a vida”,

Recepção 24 horas;

alguns hóspedes que viajaram sozinhos e não se

Equipe multilíngue;

conheciam, foram para próximos destinos juntos.

Atividades e eventos;

ambientes

Wi-fi nos quartos e áreas sociais;

mantidos com pequenas mudanças, o branco

Café da manhã;

das paredes foi contraposto com o preto nas

Limpeza de quarto diária;

janelas e em lugares estratégicos para dar

Roupa de cama e toalha;

profundidade e definir a identidade visual do

Bar e ambientes de recreação;

projeto. As cores definidas foram o branco,

Sala para estudo e trabalho;

preto e cinza e as cores fortes foram utilizadas

Concierge para tours e passeios;

de forma pontual na decoração. O mobiliário

Serviço de lavanderia;

foi desenhado com compensado e fórmica, e

Entrada VIP para festas em SP.

A

casa

teve

diversos

juntamente com os livros que foram recolhidos em mercados de rua e antiquários pela cidade.

Programa:

Térreo

reflete nas superfícies claras e no piso de

Jardim: serve como espaço para café

tábuas de madeira maciça original da casa. A

da manhã e eventos esporádicos, possui um

decoração possui um ar vintage e despojado

pequeno espaço para nesses dias montar uma

com peças contemporâneas que se misturam

minicozinha;

ao cenário eclético do casarão.

quartos;

A luz natural que adentra ao hostel

Possui quartos coletivos, privativos, uma

suíte para mulheres e um quarto de casal, todos

Recepção: possui a escadaria para os Lounge:

computadores

distribuídos

57


pelo espaço, poltronas para leitura e local

convivência do andar;

que serve o café da manhã nas bancadas,

esporadicamente acontecem shows;

uma cama, um com dois beliches e uma cama

Cozinha compartilhada;

(quarto feminino com banheiro e terraço), um

Bar (#BarDoWe): projetor para cinema

com um beliche e um quarto privativo de casal

Quatro quartos: um com três beliches e

ao ar livre noturno e eventos;

(com um terraço);

Cinco quartos: um com quatro beliches,

três com três beliches, um com dois beliches; •

Dois banheiros privativos para os quartos

do 1º pavimento.

Dois banheiros privativos para todos os

quartos do térreo;

Bicicletário;

entre os hóspedes, segundo o Guilherme

Depósito;

Perez, são os espaços de jogos, sala de TV e

Pequena lavanderia que serve apenas

bar, as áreas de estar que possuem poltronas

para o hostel.

não

As áreas que possuem mais interatividade

proporcionaram

no

pós-obra

tanta

interatividade, quem frequenta essas áreas

1º pavimento

estão utilizando seu notebook para trabalhar

Sala de vidro: espaço de convivência,

ou conversar com a família, escutando música

reunião e no teto uma lousa para escrever;

ou lendo. Em sua maioria o público é jovem,

Sala de tv;

mas não sendo uma regra o hostel já hospedou

Dois banheiros que servem as salas de

um senhor de 105 anos.

58

Figura 37 – Plantas baixas do We Hostel. Fonte: Green Studio, edição própria.


Figura 38 – Recepção. Fonte: Fran Parente.

Figura 39 – Espaços de uso coletivo com cores fortes em alguns móveis. Fonte: Fran Parente.

Figura 40 – Espaços de uso coletivo. Fonte: Fran Parente.

Figura 41 – Cozinha com tons de preto e cinza. Fonte: Fran Parente.

Figura 42 – Bar. Fonte: Autoria própria.

Figura 43 – Sala de tv. Fonte: We Hostel.

Figura 44 – Sala de Vidro, espaço de convivência. Fonte: Uol.

Figura 45 – Jardim. Fonte: Autoria própria.

59


Figura 46 – Jardim. Fonte: We Hostel.

Figura 47 – Beliches do quarto coletivo com tons de cinza e preto e uma cor forte pontual. Fonte: Fran Parente.

Tabela 6 – Pontos positivos e negativos do We Hostel. Fonte: Autoria própria.

Figura 48 – Luminárias e tomadas individuais com prateleira para apoiar o celular. Fonte: Fran Parente.

60

Figura 49 – Banheiro com cor forte na parede. Fonte: Fran Parente.


Figura 50 – Quarto privativo de casal (cama queen-size, ar condicionado e terraço) Fonte: We Hostel.

Figura 52 – Hall do 1º pavimento para distribuição dos quartos. Fonte: Autoria própria.

Figura 51 – Terraço do quarto privativo de casal. Fonte: We Hostel.

Figura 53 – Adesivo para cada cômodo com informações e letra de música. Fonte: Farm.

61


7.1.2. BEE.W HOSTEL Arquitetura: Marcus Thomé (Green Studio). Localização:

Rua

Haddock

Lobo,

167

Consolação. Ano: 2013. Área: 450m². Visita no local: 09 de abril de 2017 (domingo). Público: em sua maioria jovens estrangeiros e brasileiros que frequentam a Vila Madalena.

Figura 54 – Fachada do Hostel e bar. Fonte: Bee.W Travel.

Figura 55 – Mapa de localização do Bee.W Hostel. Fonte: Google Maps com edição própria.

O Bee.W foi criado por um grupo de

colaboração, inovação e criatividade.

amigos mochileiros (Diego Mariz, Gustavo

Dermendjian, Gustavo Rondon e Luciano

sustentável do escritório Green Studio, Marcus

Fanucchi)

ao

Thomé, transformou uma casa de 1930 em um

estímulo de ideias aos negócios, buscando

hostel. O designer de interiores ficou a cargo

propagar a diversidade cultural conectando

da Camila Zion que convidou grafiteiros para

pessoas de diversas partes do mundo, assim

decorar ambientes comuns e alguns quartos.

estabelecendo

como

uma

uma

ação

rede

voltada

de

parceiros,

O arquiteto responsável pelo projeto

Para a reforma da antiga casa, foram

usuários e colaboradores. O hostel além de

utilizadas técnicas sustentáveis para transformar

possuir o serviço de hospedagem, conta com

a edificação em um hostel. Os tijolos e outros

uma agência de viagens própria e um bar

materiais da antiga construção foram retirados

que possui drinks únicos, rege como pilares

e usados novamente, gerando uma economia

principais a sustentabilidade, a integração, a

dos recursos. Muitos objetos da decoração do

62


hostel também foram aproveitados de materiais

Equipe multilíngue;

da construção com toques de criatividade.

Toalhas para alugar;

A “laje verde” ajuda na diminuição da

Bar;

temperatura da edificação e serve também

Serviço de lavanderia;

para captar a água da chuva, reduzindo

Traslados do aeroporto;

seu consumo e utilizando para descargas nos

Passeios e informações turísticas;

banheiros. Dispõe também de compostagem

Câmbio de moeda.

de lixo orgânico, aluguel de bicicleta de garrafa pet e reciclagem do lixo não orgânico.

Programa:

Térreo

maior quantidade de iluminação natural e

Recepção;

ventilação para economia de energia elétrica

Bar;

e conforto térmico, foi implantado claraboias

Sala de TV;

nos quartos mais extensos e grandes janelas.

Três quartos: Retrô com cinco beliches e

O hostel foi projetado para receber uma

São utilizadas lâmpadas LED’s econômicas nos ambientes, torneiras com temporizador,

um lavatório; Amazônia com dois beliches; •

válvulas com redutores de pressão e vasos

Índia (semi privativo) com três camas de solteiro ou uma de casal e uma de solteiro;

sanitários com duplo acionamento.

Banheiro coletivo feminino e masculino.

1º pavimento

uma horta orgânica com ervas e temperos

Cozinha compartilhada;

que podem ser utilizados pelos hóspedes na

Três quartos: Sampa e Grafitti com cinco

preparação de seus alimentos.

beliches e um lavatório; Dona Maria (feminino)

com 3 beliches, uma varanda e um lavatório;

No terraço da cozinha encontra-se

São seis quartos, entre eles coletivos

mistos e feminino e semi privativos, onde cada

Banheiro coletivo feminino e masculino.

um possui um tema, como a Amazônia, Dona

2º pavimento

Maria (feminino), Sampa, Grafitti, Retrô e Índia.

Terraço com churrasqueira.

Cada cama possui um armário com chave, tomada e luz de leitura individual. Serviços oferecidos: •

44 camas;

Recepção 24 horas;

Acessível para pessoas com reduzida;

Figura 57 – Bar na entrada do hostel atendendo ao público interno e externo. mobilidade Fonte: Bee.W Travel.

Armários;

Bicicletário;

Aluguel de bicicletas;

Ar condicionado;

Sauna Úmida;

Wi-fi nos quartos e áreas sociais;

Café da manhã;

Roupa de cama incluídas;

Serviço diário de limpeza;

Figura 58 – Recepção e escadaria para os quartos e terraço principal. Fonte: Minube.

63


Figura 56 – Plantas baixas do Bee.W Hostel. Fonte: Marcus Thomé (Green Studio) com edição própria.

Figura 59 – Corredor de entrada onde possui livros e sofá. Fonte: Deisy Rodrigues, São Paulo Sem Mesmice.

64

Figura 60 – Bicicletário. Fonte: Bee.W Travel.


Figura 61 – Sala de TV. Fonte: Deisy Rodrigues, São Paulo Sem Mesmice.

Figura 65– Terraço com banheira de hidromassagem. Fonte: Hostel World.

Figura 66 – Utilização do terraço, ao fundo grafites em reservatórios de água. Fonte: Bee.W Travel. Figura 62 – Área interna da cozinha compartilhada. Fonte: Hostel World.

Figura 63 – Acesso ao terraço da cozinha com hortas. Fonte: Trip Advisor.

Figura 67 – Quarto coletivo Sampa com claraboias. Fonte: Bee.W Travel. Figura 68 – Quarto coletivo feminino Dona Maria com terraço. Fonte: Bee.W Travel.

Figura 64 – Terraço no 2º pavimento com mesas e cadeiras. Fonte: Bee.W Travel.

Figura 69 – Quarto coletivo Amazônia. Fonte: Bee.W Travel.

65


Figura 70 – Quarto coletivo Retrô. Fonte: Bee.W Travel.

Figura 72 – Quarto semi privativo Índia. Fonte: Bee.W Travel.

Figura 71 – Armários embaixo dos beliches espaçosos. Fonte: Minube.

Figura 73 – Banheiro coletivo do 1º pavimento. Fonte: Deisy Rodrigues, São Paulo Sem Mesmice.

66

Tabela 7 – Pontos positivos e negativos do Bee.W Hostel. Fonte: Autoria própria.


7.1.3. HOSTEL CALIFÓRNIA CAFÉ BAR Arquitetura: Informação não disponibilizada. Localização: Rua João Moura, 607 – Pinheiros. Ano: 2012. Área: Informação não disponibilizada. Visita no local: 27 de abril de 2017 (quinta-feira). Público: casais, estudantes, grupos, executivos e viajantes (referência de público ao projeto Poshtel pela proximidade). Figura 74 – Fachada e acesso do Hostel Califórnia. Fonte: Magariblu.

Figura 75 – Mapa de localização do Hostel Califórnia. Fonte: Google Maps com edição própria.

O Hostel Califórnia, de antigo nome

de inspirações em viagens na Europa e revistas

Guest 607, foi fundado pela chef de cozinha

de decoração, possui um estilo Californiano

e empresária Cássia Saldanha, formada em

de 1940 alegre e criativo, pensado para que

gastronomia pelo Senac e viajante com ampla

as pessoas se sintam em casa, com piso de

experiência em hostels ao redor do mundo

madeira e móveis garimpados ao redor do

e seu marido Eduardo Quadrado. A fim de

mundo que trazem sensações aconchegantes.

oferecer conforto para quem busca estadia

Possui objetos de decoração do designer

em São Paulo, inaugurou o hostel em um

Phillippe Starck, móveis Tonart, papeis de

sobrado que tem como referência os hostels

parede assinado por Ralph Lauren, desenhista

butique da Europa, onde estão preocupados

de roupas e quadros de artistas plásticos como

com o design e a gastronomia.

Eduardo Sued e Romero Britto. Os uniformes dos

funcionários foram criados pelo estilista Samuel

A decoração foi escolhida pela própria

sócia com ajuda de uma consultoria, através

Cisnansck.

67


Térreo

designs, além de oferecer hospedagem, o

Recepção;

empreendimento possui um pequeno bar,

Bicicletário de rua;

integrado ao local de café da manhã e

Café bar;

uma cozinha profissional. Já foi palco para a

Cozinha industrial apenas para uso do

realização de um mini casamento, um estilo

hostel;

de festa reduzida direcionado aos familiares

Banheiros feminino e masculino;

e poucos amigos em um espaço intimista,

• Depósito.

aconchegante e familiar, o espaço é alugado

1º Pavimento

também para chás e confraternizações.

Quatro quartos: Malibu coletivo com três

Com a nova tendência dos hostels

beliches; Venice suíte privativa com uma cama Serviços:

de casal e terraço; San Diego coletivo feminino

Café da manhã;

com 5 camas; Santa Mônica suíte privativa

Wi-fi;

com uma cama de casal;

Ar-condicionado;

Frigobar;

Subsolo

Serviço de quarto;

Serviço de lavanderia;

acontecer eventos);

Área para fumantes;

Balcão de turismo;

hostel;

Toalhas;

Espaço de trabalho;

Cofre;

Três quartos: Hermosa com uma cama

Equipe multilíngue;

de casal, San Francisco com uma cama de

Aluguel de bicicleta.

casal e uma de solteiro e quarto Sana Bárbara

Banheiro feminino e masculino coletivo. Cozinha compartilhada (onde pode Pequena lavanderia de uso apenas do

de uso dos voluntários com duas camas; Programa:

Banheiro coletivo.

Figura 77 – Bicicletário. Fonte: Autoria própria.

68

Figura 78 – Recepção, portas para o café bar e corredor para a cozinha e subsolo. Fonte: Autoria própria.


Figura 76 – Plantas baixas Hostel Califórnia. Fonte: Juliano (Hostel Califórnia), edição própria.

Figura 79 – Corredor de entrada e recepção. Fonte: Facebook Hostel Califórnia.

Figura 80 – Versos de poesia nos degraus das escadas. Fonte: Autoria própria.

Figura 81 – Espaço café bar. Fonte: Expedia.

Figura 82 – Espaço café bar. Fonte: Zupi.

69


Figura 87 – Quarto Venice. Fonte: Hostel Califórnia.

Figura 83 – Espaço para trabalho no subsolo. Fonte: Facebook Hostel Califórnia.

Figura 84 – Cozinha compartilhada. Fonte: Hostel Califórnia. Figura 88 – Quarto San Francisco. Fonte: Hostel Califórnia.

Figura 85 – Espaço do refeitório. Fonte: Expedia. Figura 86 – Subsolo do hostel Fonte: Hostel Califórnia.

70

Figura 90 – Quarto compartilhado Horóscopo. Beliches com espelhos. Fonte: Expedia.

Figura 89 – Quarto privativo. Fonte: Zupi.


Figura 91 – Banheiro compartilhado. Fonte: Hostel Califórnia.

Figura 82 – Espaço modificado para um mini casamento. Fonte: Casamentos.

Tabela 8 – Pontos positivos e negativos do Hostel Califórnia. Fonte: Autoria própria.

71


7.2. INTERNACIONAL

Os estudos de caso abaixo são redes internacionais de hostels, com foco no continente

europeu, a rede Generator Hostels e a rede Hostelling International, foram os pioneiros em trabalhar com o design, arquitetura e arte, porém são os mais inacessíveis quanto a desenhos técnicos e informações mais aprofundadas, sendo assim os estudos de caso abaixo focam mais na atribuição iconográfica.

7.2.1. GENERATOR HOSTELS

A rede Generator foi fundada em 1995

privados, as áreas de convivência geralmente

como uma sociedade entre irmãos, sendo

são bares, cafés, espaços para relaxar e de

eles Louise e Kingsley Duff, iniciaram alugando

exposição. Esses tipos de hostels são conhecidos

propriedades em locais que mais atraiam aos

pelo design de interior, eventos importantes,

jovens, Londres e Berlim. Em 2007, a Patron

oferta de comida e bebida conceituais e pelas

Capital (investidora europeia) comprou a rede

boas acomodações. A rede atrai grupos e

e em oito anos aumentou de duas propriedades

indivíduos para fins profissionais e de lazer.

para quatorze, transformando em uma marca pioneira de hostels focada no design e situada em cidades da Europa, como Dublin, Londres, Copenhagen, Hamburgo, Berlim com duas propriedades,

Veneza,

Barcelona,

Paris,

Amsterdã, Estocolmo, Roma e Madrid, e na América do Norte em Miami.

Oferecem

um

luxo

acessível

e

experiência social, todas as propriedades possuem diversos tipos de quartos para atender a diversas demandas, dentre eles coletivos e

Figura 93 – Generator Estocolmo. Fonte: Generator Hostels.

Brises na fachada para controle da intensidade Área do refeitório com utilização da madeira, de luz sob os quartos e cores pontuais.

cores pontuais e diversos pendentes.

Figura 94 – Generator Barcelona. Fonte: Generator Hostels.

Figura 95 – Generator Barcelona. Fonte: Generator Hostels.

72


Espaço para café e bar no térreo do edifício, promovendo a circulação e atração de pedestres Beliches com identificação de armário clara e 24 horas.

espelhos para auxiliar no dia-a-dia.

Figura 96 – Generator Berlin Mitte. Fonte: Generator Hostels.

Figura 97 – Generator Berlin Mitte. Fonte: Generator Hostels.

Espaços que promovem a convivência e o intercâmbio cultural.

Figura 98 – Generator Berlin Mitte. Fonte: Generator Hostels.

Figura 99 – Generator Paris. Fonte: Generator Hostels.

Edifício Generator Paris.

Figura 100 – Generator Paris. Fonte: Generator Hostels.

Figura 101 – Generator Paris. Fonte: Generator Hostels.

73


Banheiros dentro dos quartos.

Espaços para alimentação.

Figura 102 – Generator Paris. Fonte: Generator Hostels.

Figura 103 – Generator Estocolmo. Fonte: Generator Hostels.

Quartos

compartilhados

Edifício Generator Estocolmo.

madeira.

Figura 104 – Generator Estocolmo. Fonte: Generator Hostels.

Figura 105 – Generator Estocolmo. Fonte: Generator Hostels.

74

trabalhados

com


7.2.2. HOSTELLING INTERNATIONAL

Fundada em 1909 com o objetivo

já no Brasil está presente desde a década de

de formar uma rede de hospedagem para

1970. O padrão de cada empreendimento é

jovens promovendo o intercâmbio cultural,

bastante variado quanto a tamanho, forma,

embora não haja limite de idade, hoje soma

administração, organização e oferta, porém

mais de 4 mil hostels e 34 mil leitos organizados

possuem um caráter econômico, informal e

por associações e federações dos países

alternativo. No Brasil a rede conta com 87

que, por sua vez, são filiadas à Federação

hostels, localizados em 17 estados. Abaixo

Internacional de Albergues da Juventude que

podemos identificar a hierarquização dentro

busca estimular o espírito de compreensão

da rede Hostelling International.

entre as nações, especialmente facilitando

o turismo internacional, estão distribuídos em

preferem chamar, Hi Paris Yves Robert, foi o que

mais de 70 países, principalmente na Europa,

mais se destacou arquitetonicamente entre os

O

albergue

da

juventude,

como

Figura 106 – Estrutura Organizacional do Hi Hostel Brasil na rede mundial. Fonte: GIARETTA, 2004.

demais hostels, localizado na cidade de

experiências

Paris, França possui um caráter ecológico

convivência um teatro, um bar, um restaurante

e sustentável. Anteriormente o edifício era

com vista para o jardim, salas comuns, salas de

um armazém de uma companhia ferroviária

jogos, cozinha comunitária, comércio, aluguel

que foi restaurado e transformado em uma

de bicicletas, bicicletário, biblioteca, sala de

hospedagem que gera energia solar através

bagagem (utilizada antes do check-in e após

de painéis fotovoltaicos no telhado de estrutura

o check-out) e um balcão turístico. Dispõe de

metálica, possui fachada em madeira e áreas

suítes coletivas com separação entre masculino

verdes.

e feminino e suítes privativas para atender a

O

hostel

proporcionar

que o

foi

concebido

para

compartilhamento

de

abriga

em

suas

áreas

de

diversas demandas.

75


Figura 107 – Localização Hi Paris Yves Robert. Fonte: Google Maps com edição própria.

Figura 108 – Fachada Hi Paris Yves Robert. Fonte: Hostelling international.

Figura 110 – Pátio Hi Paris Yves Robert. Fonte: Hi France.

Figura 109 – Terraço Hi Paris Yves Robert. Fonte: Hostelling international.

Figura 111 – Pátio Hi Paris Yves Robert. Fonte: TripAdvisor.

76


Figura 112 – Bar Hi Paris Yves Robert. Fonte: Hostelling international.

Figura 115 – Áreas de convivência Hi Paris Yves Robert. Fonte: Hi France.

Figura 113 – Quarto coletivo Hi Paris Yves Robert. Fonte: Hi France.

Figura 116 – Área de jogos Hi Paris Yves Robert. Fonte: TripAdvisor.

Figura 114 – Teatro Hi Paris Yves Robert. Fonte: Hi France.

77


8. DEPOIMENTOS

78


Para entender melhor o dia-a-dia de um

possível em todos os cômodos. No click78 a

hostel, suas qualidades e deficiências, solicitei

área de café da manhã atende a todos fica

para pessoas que já haviam se hospedado

um nível a menos da rua e era na frente do meu

em

quanto

quarto separado apenas por um corredor. De

internacional, suas percepções, impressões, o

noite eles tiravam algumas mesas do café da

que melhoraria, o que gostou, se fez amizades,

manhã e colocavam mesas de sinuca, virando

etc. Abaixo segue depoimentos de pessoas

assim um bar onde todo mundo se encontrava.

que se hospedaram em hostels de Londres,

A parte mantida dessa área de café da manhã

Áustria, República Tcheca, Bélgica, São Paulo,

fica a cozinha para uso comunitário.

Ouro Preto, Peru, Espanha, Portugal, França,

Rio de Janeiro, entre outros.

(Áustria) também tinha um pub bem legal no

um

hostel

tanto

nacional,

O wombats -the lounge em Vienna

porão, onde os hóspedes se encontravam e Mulher, 21 anos, nasceu em Natal (RN) e

pessoas da região também! Esse era “fixo”.

reside em São Paulo (SP), estuda Arquitetura e

Mas os dois eram muito bons! A área do café

Urbanismo. Hospedou-se em hostels da Europa.

da manhã era bem ampla e também local

Depoimento dado em 17 de abril de 2017:

de encontro. Além disso tinha uns locais com sofás e pufes. Havia uma cozinha pequena

“O tamanho do quarto é essencial por

como um cômodo não igual ao click78

causa do armazenamento das malas, para

que era ampla e integrada com a área de

abri-las de modo confortável e sem atrapalhar

mesas e o “bar”. Na outra unidade era um

quem queira fazer o mesmo ou apenas andar

ponto de encontro para saída do pub crawl.

pelo quarto. Ficamos em um que era super

apertado e tinha que esperar a pessoa para

andares adaptados então dava para ver bem

poder abrir a mala ou ficava bem apertado!

a diferença e foram os que menos gostei.

Então um bom espaço entre os beliches é

fundamental. O hostel de Londres (click78)

edifício que provavelmente foi adaptado para

era para quatro pessoas e o quarto era bem

ser um hostel mas esse era bem organizado!

pequeno, praticamente não cabia quatro

Quartos grandes e não aprecia que você

pessoas em pé. Lockers dentro do quarto são

estava com bastante gente! Porém era apenas

ótimos para guardar pertences de valor e bolsas.

um chuveiro para atender cerca de doze

O tamanho do banheiro também foi

pessoas, mas não tivemos problemas para

uma questão muito importante. Em alguns o

esperar. Eram vários andares e em cada meio

banheiro era dentro do quarto, outros fora,

lance de escada possuíam lavabos. Havia

mas o que contava mesmo era o tamanho!

outros tipos de quartos e alguns com antessalas,

No click78 (Londres) havia banheiros só com

geralmente uns três quartos compartilhavam

duchas e pias, cerca de uns dez e bem

isso (se não me engano eram quartos duplos).

grandes, divididos entre masculino e feminino.

O meu era com mais pessoas e não havia isso.

Era bom porque até nisso era possível socializar.

No terreno estava o local do café da manhã,

Havia também sanitários com pias individuais

uma cozinha separada bem pequena, uma

para cada sexo e alguns que eram mistos. Os

lavanderia e mais uns dois chuveiros e vasos

banheiros assim como quartos são locais para

sanitários.

troca de roupas então isso influencia muito,

ter mobilidade em um ou no outro, se não for

o único com um gabarito mais baixo, devia ter

Fiquei em uns que eram em prédios e

Em Praga, o Hostel Boudnik era um

O Hostel Europe, em Bruges (Bélgica) era

79


no máximo três pavimentos. Eram dois blocos

banheiro no quarto mesmo, porém como

bem implantados no lote e havia área verde

não estava lotado dividir o banheiro estava

e estacionamento. Possuía um espaço com

tranquilo, mas normalmente deve ser pior. O

casas de funcionários além desses dois blocos

banheiro não tinha janela e o quarto era mal

de apartamentos, porém apenas um estava a

ventilado, mas isso acredito ser por conta da

recepção e o café da manhã então tinha que

estrutura do casarão. As áreas comuns eram

andar um pouco. ”

mais legais, tinha um pátio com uma vista legal para cidade, o hostel ficava bem localizado, então eu tive a oportunidade de ficar numa área ótima da cidade pagando barato. Ele Figura 117 – Click78 Hostel, Londres, Inglaterra. Fonte: Ostrovok.

era simples, limpo e organizado, mas nada acessível para cadeirantes e afins.

O que eu fiquei no Peru era bem mais

misto, tinha quartos para várias pessoas com um banheiro bem pequeno e também tinha Figura 118 – Wombats City Hostel Vienna – The Lounge, Vienna, Áustria. Fonte: Booking.

quartos com banheiro no corredor, minúsculo e muito sujo. Parecia uma grande república com vários andares e áreas de convívio ruins, não conheci ninguém lá, só dormi e tomei banho.

Figura 119 – Hostel Boudnik, Praga, República Checa. Fonte: Google Maps.

Também fiquei em um hostel localizado

em Pinheiros (São Paulo), onde as áreas comuns eram muito legais e aberto ao público, funcionava como um bar que acontece shows. As pessoas podiam trabalhar no hostel para ganhar desconto na diária. Os quartos eram bons também, sempre meio apertado,

Figura 120 – Hostel Europe, Bruges, Bélgica. Fonte: Hostelling International.

mas os banheiros eram maiores e tinha cozinha coletiva boa e sala de estar. ” Mulher, 21 anos, nasceu em São Paulo (SP) e

Mulher, 23 anos, nasceu em Mauá (SP) onde

reside em Cancun (México), iniciou estudos

reside,

urbanismo.

em comércio e exterior. Atua como supervisora

Hospedou-se em hostels de São Paulo (SP),

de operações e já vendeu diárias para hostels

Ouro Preto (MG) e Peru. Depoimento dado em

em Cancun. Depoimento dado em 18 de abril

18 de abril de 2017:

de 2017:

estuda

arquitetura

e

“Eu fiquei em um hostel em Ouro Preto,

“Tem dois motivos pelos quais as pessoas

cidade é turística e cara, onde o hostel ficava

reservam hostel, um por conta do valor e muitas

mais

é

pessoas preferem ficar em hostel por conta do

um casarão histórico, ele tinha uma série de

contato com outras pessoas principalmente

limitações, porque não foi projetado para ser

quem viaja sozinho ou em grupos pequenos. Já

um hostel. Eu fiz vários amigos nesse de Ouro

vendi muito hostel ‘de luxo’ para pessoas que

Preto. O quarto que eu fiquei era ok, tinha

tinham dinheiro pra pagar um super hotel, mas

80

acessível

financeiramente.

Como


preferiam ficar em hostel para ter experiências

café da manhã, café da manhã e almoço

culturais com outras pessoas. O perfil do cliente

ou os dois mais o jantar, então são bem

é jovem, nunca vendi hostel para pessoas com

flexíveis no tipo de serviço para se adaptar

mais de 30-35 anos. O pessoal procura bastante

a vida dos estudantes, porque tem gente,

hostel também que tenha cozinha, para poder

por exemplo, que passa o dia na faculdade

fazer as refeições, alguns tem café incluído na

então só toma café da manhã e janta.

tarifa que é servido em buffet, mas alguns não

e acabam deixando a cozinha à disposição

então a interação aqui é bem bacana porque

para o cliente fazer a comida que quiser.

tem as áreas de convivência mútua, tem um

Tem aqueles hostels que você paga a

grande salão com sofás, sinuca, máquinas de

estadia trabalhando por lá, limpando quarto,

bebida, salgadinhos, chocolate que funcionam

lavando roupa, lavando louça, etc. Esses

com moedas e fica bem perto da faculdade

são procurados mais por pessoas que estão

também. De vez em quando vem gente de fora

mochilando e querem ficar um período longo

também se hospedar, além dos estudantes,

de tempo no mesmo lugar.

porque acaba sendo uma opção mais barata

Os hostels costumam ter uns 2/ 3 quartos

do que hotel por ter tudo isso incluso. Sobre

privativos com duas camas de casal para

minhas experiências em hostel, eu fui para

atender o público que quer ter privacidade,

Paris semana passada, pesquisei hotel, hostel,

mas quer pagar menos. Alguns mantém o

airbnb e o último acabou sendo o mais barato

banheiro compartilhado e alguns fazem o

que o hostel, onde aluguei um apartamento

quarto privativo com banheiro. ”

inteiro, o motivo foi porque pesquisando e

Tem gente de várias partes do mundo,

conversando com as pessoas descobri que Homem, 23 anos, nasceu em Vinhedo (SP) e

o hostel virou moda para os jovens, então é

reside em Barcelona (Espanha), iniciou estudos

uma coisa legal, cool e descolado ficar em

em arquitetura e urbanismo e hoje estuda

hostel, por causa que tem festa, farra, você

gastronomia.

moradias

conhece gente do mundo inteiro, faz bastante

estudantis na Europa. Depoimento dado em 18

amizade, então o pessoal procura isso, se

de abril de 2017:

você ficar em um hotel, você fica isolado no

Hospedou-se

em

seu quarto, tem o serviço do mesmo, não tem

“Aqui onde estou, é uma residência

interação com o restante dos hóspedes e por

estudantil que tem parceria com a Universidade

isso que é bem mais caro. O hostel surgiu como

de Barcelona, então praticamente 90% das

uma proposta barata, você divide o quarto

pessoas que estão aqui são estudantes que

as vezes com 8 ou 10 pessoas, tem a opção

estão fazendo intercâmbio ou de outras

de você escolher o quarto individual, mas sai

cidades da Espanha que estão vindo estudar

quase o valor de um hotel. Em Paris tem uns

em Barcelona. É um sistema muito bom, porque

hostels que é puro luxo, que só de você ver

tem opções que quarto individual e quarto

aquele lugar você fica com vontade de ficar

compartilhado, todos são suítes, como um hotel,

lá, um tinha até um rooftop que era um bar

possui uma infraestrutura de academia, sala de

com piscina e cadeiras, então é exatamente

estudos, sala de música, sala de computadores,

isso, está crescendo muito e as pessoas se

uma pequena biblioteca, quadra de esportes,

interessam, conforme vai crescendo, a procura

área de convivência, sala de tv e um refeitório

vai aumentando e o preço do hostel aumenta.

onde você opta pelo tipo de pensão, como

Escolhi o airbnb pelo fato de eu ser mais

81


reservado, não gosto desse agito do hostel,

O terceiro foi o Le Montclair Montmartre,

a maioria das pessoas pagam o valor caro

em Paris. Foi muito legal também, só que

desses hostels pela experiência de conhecer

os banheiros eram um pouco precários.

pessoas do mundo todo e de ter festa o dia

Ficar em um hostel é uma experiência

todo. Eu gostaria de ficar em um hostel, por

maravilhosa, para conhecer pessoas, ver

ser um ambiente jovem e mais alegre, mas

novas culturas. O fato de estar num quarto

eu sou o tipo de pessoa que não gosta de

com cinco e até mais pessoas pode estranhar,

dividir as coisas, não ficaria em um quarto

mas é algo bem desafiador. O hostel tem

compartilhado a não ser que fosse necessário,

sempre uma pegada de jovem viajante.

o que eu percebo é que esse hostels não tem

Num projeto de hostel eu focaria em dar mais

a opção de um quarto individual, se você

conforto às acomodações e banheiro. Um

quiser um quarto privativo, tem que reservar

ponto muito importante, nos hostels que fiquei

um quarto compartilhado inteiro, por isso que

nunca tinha um espaço bom para guardar as

ele sai caro, por exemplo, se um quarto cabem

bagagens e coisas pessoais, era a parte que

oito pessoas e você quer ficar sozinho, tem

mais dava medo. Então um hostel com uma

que pagar o valor referente a oito pessoas,

grande área de armários seria bem bacana.

uma solução que eu penso é de ter a opção de uns 4/ 5 quartos individuais próprios, menor, para uma pessoa, aí sairia num custo menor e atingiria dois públicos os que não ligam em compartilhar quartos e os que querem a energia do hostel, mas com privacidade.” Homem, 22 anos, nasceu em Diadema (SP) onde reside, estuda arquitetura e urbanismo.

Figura 121 – Hostel Era, Madrid, Espanha. Fonte: Google Maps.

Hospedou-se em hostels na Espanha, Portugal e França. Depoimento dado em 18 de abril de 2017:

“Eu já fiquei em três hostels, o primeiro foi

o Hostel Era, em Madrid. A minha experiência, em geral, foi bem bacana. A estrutura dos três era bem legal. Uma coisa muito legal dos hostels são as áreas comuns, eles dão muito foco pra isso nos projetos. Quase sempre

Figura 122 – Alma Porto Hostel, Porto, Portugal. Fonte: Google Maps.

na recepção, tem vários sofás e poltronas, para propiciar o contato entre as pessoas desconhecidas, muito legal isso. Um ponto a

ser

melhorado

são

as

acomodações.

O segundo foi o Alma Porto Hostel, em

Porto - Portugal. Foi o melhor de todos. Mas os hostels em geral tem uma planta meio confusa, normalmente eles são construídos em casas ou edifícios antigos, coisa que pode atrapalhar.

82

Figura 123 – Le Montclair Montmartre, Paris, França. Fonte: Google Maps.


Mulher, 22 anos, nasceu em Caçapava (SP) e

reside em São Paulo (SP), estuda arquitetura e

transformação no Rio de Janeiro, com uma

urbanismo. Hospedou-se em hostels do Rio de

atração de comércio, possui cinema de

Janeiro. Depoimento dado em 18 de abril de

rua e o metrô era na esquina do hostel. Foi

2017:

uma experiência muito legal por causa da

Botafogo é um bairro que está em

localização e por ser só nós quatro no quarto. ”

“Me hospedei em um hostel com meus

pais e minha irmã no carnaval de 2016 no Rio

Mulher, 22 anos, nasceu em São Paulo (SP)

de Janeiro, inclusive passei meu aniversário lá.

onde reside, formada em publicidade e

Fiquei no Eco Hostel, no Botafogo, são duas

propaganda. Hospedou-se em um hostel no

unidades na mesma rua e a gente ficou na

Canadá. Depoimento dado em 18 de abril de

mais antiga, acredito que as duas sofreram um

2017:

retrofit, pois as edificações eram bem antigas. Nós escolhemos o hostel pela localidade no

Rio, pelo valor mais acessível que um hotel e

Montreal central em Montréal, Canadá. Amei

pela acomodação que no caso escolhemos

ficar lá! Tinha gente de tudo quanto era lugar.

uma suíte privativa com uma cama de casal

Minhas percepções:

e dois beliches, que acomodava no total

1. Não ter lugar para colocar toalha de banho

seis pessoas, era muito grande. Tinha tv, uma

recém usada. Eles sempre trocavam, mas

cafeteira, um frigobar e um banheirinho, mas

quando você acaba de usar não tinha onde

eu sei que nesse mesmo hostel tinham quartos

deixar aí ficava um monte de toalha molhada

e banheiros coletivos.

no quarto;

2. Amava que tinha cozinha coletiva, você

Embaixo ficavam um comércio, uma

“Me

hospedei

no

Hostel

Samesun

loja de coisas para casa e em cima ficava

podia cozinhar sua própria comida lá;

o hostel, então você subia uma escada

3. Tinha frigobar no quarto e isso ajudava muito;

(acessibilidade zero) com as malas e chegava

4. Salas de TV, também amava. Dava uma

em uma recepção que não tinha ninguém

integrada entre as pessoas;

para receber direito, pois a recepção ficava

5. Tinha armário no quarto, mas alguns ficavam

na outra unidade que era bem mais moderna,

no alto e quem tem mala grande ficava ruim

tecnológica e recém reformada. Na entrada

de abrir toda hora para pegar coisa;

tinha uma sala, uma varanda e os quartos em

6. Todas as camas tinham um abajur preso,

um corredor imenso.

isso era bom porque não precisava acender a luz do quarto todo e atrapalhar quem estava dormindo; 7. Tinha uma sala geral com TV, mesas e era onde tomávamos café da manhã. As mesas eram feitas de moedas de 1 centavo, achei o máximo; 8. Tinha mesa de computador para usar livre lá, achei bem útil; 9. Acho que para quarto de pelo menos seis

Figura 124 – Eco Backpackers Hostel, Botafogo, Rio de Janeiro. Fonte: Google Maps.

pessoas já podiam ter dois banheiros. Meu quarto tinha 8 pessoas e era difícil dividir. Amava

83


que tinha um banheiro “independente” do lado

manhã, pois nosso foco era nos passeios de

de fora, com chuveiro. Ia para lá tomar banho,

aventura do local, nos atendeu muito bem.

era mais limpo porque quase ninguém usava. ”

Mas também não compartilhei nem quarto nem banheiro, pois neste hostel havia um misto de quarto compartilhado e quarto individual, que foi o que ficamos, com banheiro privativo. Como era bem pequeno, como a maioria deles, fomos bem recebidos e tratados e como a maioria dos hóspedes só dormia uma noite e seguia viagem, nós acabamos estreitando os laços com a gestora do hostel pela quantidade de noites que ficamos. ”

Figura 125 – Hostel Samesun Montreal central, Montréal, Canadá. Fonte: Ostrovok.

Mulher,

Mulher, reside em São Paulo (SP), formada em

urbanismo. Hospedou-se em 16 países pelo

arquitetura e urbanismo, administração de empresas e especialização em administração hoteleira, hoje é professora nos cursos de hotelaria, arquitetura e urbanismo, tecnologia em eventos e em gastronomia. Hospedouse em um hostel na Alemanha e no Chile.

25

anos,

nasceu

em

Campinas

(SP) onde reside, formada em arquitetura e mundo. Depoimento dado em 02 de maio de 2017:

“Viajei por 36 países e me hospedei em

hostel em pelo menos 16 deles: Alemanha (Berlim), Argentina (Buenos Aires, El Calafate,

Depoimento dado em 25 de abril de 2017:

Ushuaia),

Croácia (Zadar e Split), Escócia (Glasgow),

“Tive duas experiências em hostel. As

duas foram fora do país. Uma em Dusseldorf na Alemanha onde o meio de hospedagem era dividido em hostel e hotel econômico. As áreas comuns eram as mesmas, inclusive de café da manhã. E me atendeu muito bem, pois não tinha a intenção de compartilhar um quarto. E assim consegui me hospedar de forma barata, visto que era somente uma parada para darmos continuidade à viagem, e confortável também, pois as instalações tinham o que eu necessitava: uma cama confortável

e

um

chuveiro

adequado.

A outra experiência foi em Punta Arenas

no Chile onde a maior parte das hospedagens da cidade é hostel. Sendo assim ou eu me hospedava em um hotel super luxuoso ou em um hostel. Como o objetivo com a hospedagem era somente dormir, tomar banho e café da

84

Brasil

(Florianópolis,

Maragogi,

Paripueira, Maceió, São Paulo), Bulgária (Sofia), França (Paris), Grécia (Santorini), Inglaterra (Londres), Irlanda do Norte (Bushmills), Malta (Sliema), Marrocos (Marrakech, Fes e Essaouira), Polônia (Krakow), Romênia (Bucareste), Suíça (Kandersteg) e Turquia (Istambul e Ephesus).

Gosto bastante de me hospedar em

hostel pela praticidade e autonomia que oferecem: são baratos, costumam ter bom serviço de Wi-fi e muitas vezes te oferecem opção de cozinhar sua própria comida para economizar e não há toda a formalidade de um hotel. Por exemplo, não vão ficar te importunando

e

oferecendo

passeios

ou

serviços, a menos que você peça. Justamente porque o público que procura hostel já está interessado em gastar pouco, então não vai adiantar oferecer serviços extras que não caberão no orçamento deles.


Uma coisa sobre Hostel que me fascina

Segurança também é outro quesito

é sua versatilidade: já me hospedei em hostel

para se atentar quando se hospeda em quarto

buscando somente um lugar para descansar

compartilhado:

e não ser incomodada assim como já me

adquiri me hospedando foi de sempre buscar

hospedei procurando fazer amigos para passear

por hostel com locker espaçoso (que caiba um

e conversar, em ambas as situações encontrei

mochilão de 50L) e, de preferência, próximo à

o ambiente que procurava. Essa é a beleza

cama. No One World Hostel, na Polônia, assim

sobre esse tipo de hospedagem, vão respeitar

como no Okupe Hostel, no Brasil (São Paulo), há

sua privacidade se você demonstrar que é

lockers individuais presos às camas, de modo a

isso que quer, mas também, se você oferecer

dificultar muito qualquer tentativa de furto.

abertura, irão te convidar para conversar.

Por exemplo, quando me hospedei na

observo em hostels em geral é com relação a

Croácia (Hostel Canki e Hostel Split Backpackers

acessibilidade. A maioria não está preparado

2), por exemplo, eu já tinha um roteiro todo

para receber cadeirantes ou mesmo pessoas

planejado e não havia muito tempo para

com

conversar e ficar à toa no hostel, além de estar

estreitos, escadas como única alternativa

cansada por ser o final de um mochilão de

para vencer desníveis, aberturas com 60cm

25 dias. Logo, foi ótimo que ambos os hostels

de largura, banheiros mal projetados, entre

oferecessem beliches com cortinas individuais,

outras falhas. Por mais que entenda que

para dar mais privacidade aos hospedes que

o custo para adequação das instalações

só queriam uma cama para descansar em

costuma ser elevado, acredito que é algo a

paz. Por outro lado, quando me hospedei no

ser considerado, visando a própria expansão

Marrocos (Equity Point Marrakech, Riad Hala e

do negócio e captação de novos hospedes.

Riad Etoile de Mogador), eu tinha mais dias para

Para exemplificar, de todos os hostels em que

conhecer o local então estava interessada em

me hospedei somente 4 eram acessíveis na

fazer amigos, sair e trocar dicas de passeios. O

época: Santorini Youth Hostel (nem todas as

hostel possui um lounge grande, terraço, vários

acomodações eram acessíveis), Hostel Canki

sofás e até um bar e piscina, foi excelente para

(nem todas as acomodações eram acessíveis)

a ocasião.

e Massimo Vila Madalena e Okupe Hostel

São Paulo (em ambos todas eram acessíveis,

Por outro lado, uma coisa que sempre

uma

experiência

que

eu

Agora como arquiteta, uma falha que

mobilidade

reduzida:

corredores

me deixa apreensiva em Hostel é a questão da

porem

higiene, principalmente no caso de banheiros

Para

compartilhados. Todos sabem que higiene é

experiências

um conceito culturalmente aprendido, sendo

foram muito positivas. Em geral me hospedei

natural que varie de cultura para cultura/ país

em lugares com bom custo/benefício, pude

para país. Por isso acho essencial além de

fazer amigos e companheiros de passeios,

checar nas fotos as condições do banheiro,

alguns dos quais mantenho contato até hoje.

ler os comentários das avaliações do hostel.

Penso que, tomando os devidos cuidados,

E mesmo tomando esses cuidados, ainda

com higiene e segurança principalmente,

se esta suscetível a surpresas desagradáveis

hostel é a forma mais pratica e versátil para

no que diz respeito a banheiro. Aliás, se for

se hospedar; é abrir mão do luxo, mas ainda

para citar algo que em geral eu não gosto

manter certo conforto na hospedagem. ”

em

hotel

seria:

banheiro

compartilhado.

nem resumir,

todos posso me

os

banheiros dizer

que

hospedando

em

eram). minhas hostel

85


8.1. CONCLUSÃO

A partir dos depoimentos, podemos

e festas, foram elogiados nos hostels em que

entender melhor a necessidade dos usuários

possuíam por promover o intercâmbio cultural.

de hostel durante sua estadia, que em sua

maioria buscam por valores mais baixos, design,

albergues são instalações em edificações

conforto e interação social, entendendo o

antigas,

que as pessoas aprovaram e reprovaram nas

a

hospedagens em que se alojaram, auxilia assim

dado que essa questão não era abordada

no projeto Poshtel a fim de atender a todas

antigamente, para atender a isso todas as

as exigências, como por exemplo o tamanho

novas edificações devem se enquadrar nas

dos quartos e banheiros que em sua maioria

normas de acessibilidade (NBR 9050). Partindo

foram alegados pequenos, tornando difícil a

da questão de atender a diversidade, os tipos

locomoção e a privacidade entre beliches,

de dormitório diferenciados podem ampliar o

que podem ser resolvidas com cortinas. Ás

público frequentador de hostels, por exemplo,

áreas de convivência assim como os bares,

indivíduos e casais que não simpatizam em

sala de jogos, de televisão, lan house e cozinha

compartilhar o quarto, podem optar por

coletiva que esporadicamente oferecem shows

quartos privativos, atualmente alguns hostels já

Como grande parte dos hostels e não

projetadas

acessibilidade

se

para

torna

oferecem esse tipo de serviço.

86

um

esse

fim,

problema,


87


9. PROJETO POSHTEL

88


9.1. LOCALIZAÇÃO

Os

serviços

de

hospedagem

devem ser fornecidos onde há demanda, sua localização influenciará na viabilidade e sucesso do negócio. O projeto se localizará, em um terreno livre de edificações e para que seja acessível pelos usuários que são predominantemente jovens e turistas, ficará localizado próximo a uma estação de metrô que possua uma centralidade e uma característica de restaurantes, bares e equipamentos culturais, Figura 126 - Mapa de localização dos hotéis da região da um lugar que atraia pessoas e que possua a Av. Paulista e Fradique Coutinho. necessidade para tal hospedagem, ou seja,

Fonte: Trivago com edição própria.

deficiente em hospedagem barata. Para que isso ocorra, foram feitas algumas comparações entre a região da Av. Paulista, no bairro Bela Vista e na região de Pinheiros próximo a estão de metrô da Fradique Coutinho onde atrai pessoas para a Vila Madalena.

Nos mapas ao lado pode-se perceber

uma maior concentração de hotéis e hostels de diversas qualidades e valores na região da Av. Paulista no bairro Bela Vista e alguns no Itaim Bibi, na região da Fradique Coutinho há poucas opções de hospedagem, logo foi

Figura 127 – Mapa De localização dos hostels da região da Av. Paulista e Fradique Coutinho. Hostel World com edição própria.

a região escolhida para a implantação do Poshtel.

O terreno se localiza na zona oeste

de São Paulo (SP), na Prefeitura Regional de Pinheiros e distrito de mesmo nome. Em 1958, no local possuíam casas em lotes pequenos e em 2017 as casas foram demolidas para dar lugar a um edifício (ainda não construído), atualmente no lote ocupa um estacionamento, com nenhuma vegetação, apenas algumas na calçada.

Figura 128 – Mapa dos Distritos de São Paulo. Fonte: Wikipédia com edição própria.

89


Para a escolha do terreno, foram

analisadas as seguintes condições: um lote sem edificações e próximo a estação de metrô Fradique Coutinho (linha amarela). O terreno delimitado acima possui 3000m² (60 x 50 m), duas esquinas e fica entre as ruas Henrique Monteiro, Bianchi Bertoldi e Dr. Fernandes Coelho, mas a pretensão é reduzir o terreno para apenas uma esquina, atualmente o uso Figura 129 – Mapa de localização do terreno em 1958. Fonte: GeoPortal.

Figura 131 - Mapa de localização do terreno escolhido para implantação do Hostel. Fonte: Google Maps (imagens de 2017) com edição própria.

é de estacionamento e em um futuro próximo

Imagem e do Som), Estádio do Morumbi e do

passará a ser um edifício de serviços. A distância

Pacaembu, Parque do Ibirapuera, Parque da

com estação de metrô Faria Lima (linha amarela)

Aclimação, das centralidades de comércios

no Largo da Batata é de 600m ou 6min a pé e

e restaurantes da Fradique Coutinho, Vila

a distância com estação Fradique Coutinho é

Madalena, Itaim Bibi e Vila Olímpia, e das

de 750m ou 9min a pé (informações retiradas

grandes avenidas de acesso como a Avenida

do Google Maps). Está próximo ao Shopping

Paulista, Corredor Norte-Sul, e Marginal Pinheiros.

Eldorado, Jockey Club, Parque do Povo, MUBE

(Museu Brasileiro da Escultura), MIS (Museu da

podemos perceber que em sua maioria o uso é

90

No mapa de usos no entorno do terreno,


Figura 130 - Mapa de localização do terreno escolhido para o hostel em relação a cidade de São Paulo. Fonte: Google Maps (imagens de 2017) com edição própria.

de serviços, incluindo restaurantes, cafés e escritórios, possui alguns edifícios residenciais e poucos comércios locais. O gabarito no entorno imediato é predominantemente alto e se estende ao longo da Avenida Brigadeiro Faria Lima, na qual está próxima de bairros residenciais de gabarito baixo.

Figura 134 - Foto do terreno atual. Fonte: Autoria própria.

Figura 132 - Mapa de usos do entorno do terreno e direção das vias. Fonte: Google Maps (imagens de 2017) com edição própria.

91


Figura 133 – Perspectiva para visualização do gabarito do entorno. Fonte: Google Maps (imagens de 2017) com edição própria.

Figura 135 – À esquerda o terreno e à direita cafeterias, ruas arborizadas. Fonte: Autoria própria.

Figura 136 – Entorno: restaurantes. Fonte: Autoria própria.

Figura 137 – Centro empresarial com espaços públicos. Fonte: Autoria própria.

92

Figura 138 – Edifícios corporativos. Fonte: Autoria própria.

Figura 139 – Edifícios residenciais. Fonte: Autoria própria.


9.2. ZONEAMENTO

O terreno escolhido se localiza em uma

área de zona mista de alta densidade, conforme o antigo zoneamento e seu entorno imediato em uma zona mista de média densidade. Segundo a nova Lei de Zoneamento sancionada pelo ex Prefeito Fernando Haddad, o terreno se localiza em uma zona denominada ZEU (Zonas Eixo de Estruturação da Transformação Urbana) em que pretende promover usos residenciais e não residenciais com densidades demográfica e construtiva altas e promover a qualificação paisagística e dos espaços públicos de modo articulado ao sistema de transporte público coletivo. O coeficiente de aproveitamento será quatro – fator que, multiplicado pela área do terreno, indica a quantidade de metros quadrados que podem ser construídos em um lote.

Tabela 9 – Parâmetros de ocupação dos lotes. Fonte: Elaboração própria com dados da Gestão Urbana – Prefeitura de São Paulo.

Figura 140 – Nova Lei de Zoneamento. Fonte: Associação Comercial.

93


9.3. PROGRAMA Térreo:

2º Andar:

• 2 Recepções: O hall da recepção é a área

que mais influi positiva ou negativamente para

com beliches de solteiro onde cada uma

o hostel, é onde o hóspede tem o seu primeiro

possui a sua própria janela, luminária, tomada,

e último contato com a edificação.

pequena prateleira e cortina individual;

• 2 Salas de bagagem: acolhe as malas

4 Dormitórios coletivos mistos: equipados

4 Sanitários: 2 femininos e 2 masculinos.

antes do check-in ou após o check-out para o hóspede poder usufruir pelo resto do dia na

3º Andar:

cidade;

• 8 Dormitórios (suíte) privativos: para até duas

3 Comércios locais: farmácia, lavanderia

pessoas; 2 Dormitórios (suíte) semi-privativos: para

que atende aos hóspedes e moradores locais

e padaria.

família ou grupo de amigos até cinco pessoas;

Pub/ Hamburgueria com cozinha industrial:

como

a

segunda

maior

de

com beliches de solteiro onde cada uma

hospedagens, será implantado para auxiliar

possui a sua própria janela, luminária, tomada,

na economia do hostel, ele deve estar

pequena prateleira e cortina individual;

estrategicamente

• 2 Sanitários: 2 femininos.

integrado

atividade

• 2 Dormitórios coletivos femininos: equipados

ao

hall

com

acesso livre para a rua, para que seja de fácil acesso por pessoas não hóspedes;

4º Andar:

• 2 Depósitos de lixo;

• 4 Sanitários: 2 femininos e 2 masculinos;

todos se encontram para conversar, trocar

• 1 Espaço Expositivo;

ideias sobre passeios e viagens. um terraço

• 3 Estúdios de Música;

com piscina de container com solário, um

espaço para eventos, um espaço para jogos e

Praça Pública com cinema ao ar livre,

4 Áreas de convivência: é o lugar onde

descansos, bicicletário, espelho d’água e

um espaço para leitura e trabalho;

vegetação.

• 4 Sanitários: 2 femininos e 2 masculinos.

1º Andar: •

Cozinha: com característica comunitária,

onde se pode fazer a própria refeição; • Área de alimentação; •

3 Sanitários: 1 feminino, 1 masculino e 1

unisex; • Cinema coletivo; • Escritório do hostel; • Vestiário para funcionários; • Copa para funcionários; • Depósito.

94


9.4. PROJETO

Figura 141 - Partido. Fonte: Autoria própria.

O partido da praça se deu pela orquestra

São oito milhões de habitantes

Angels In The Architecture (Frank Ticheli), a

Aglomerada solidão

vibração do som foi inserida no terreno e a

Por mil chaminés e carros

partir do seu contorno abstraímos suas linhas

Caseados à prestação

para uma forma mais simples, onde a externa

Porém com todo defeito

de tornou a diferença do desenho de piso e

Te carrego no meu peito (ZÉ, 1968)

a interna um espelho d’água que atravessa o terreno. O partido do projeto se deu por dois

Música na qual a autora deste projeto

fatores, o primeiro pela música São, São Paulo

enxerga São Paulo, em uma relação de “amor

(Tom Zé):

e ódio”. Sendo assim a palavra “São Paulo” foi inserida no terreno, em seguida uma abstração São, São Paulo

das letras por formas geométricas (retângulo,

Quanta dor

triângulo e círculo) e unindo as mesmas por

São, São Paulo

linhas. Assim, promovendo o formato do

Meu amor

projeto, as linhas verticais das extremidades

São oito milhões de habitantes

deram o edifício, a linha diagonal que une

De todo canto em ação

os retângulos deu o formato da passarela e a

Que se agridem cortesmente

linha diagonal que une os triângulos deram a

Morrendo a todo vapor

direção dos estúdios de música.

E amando com todo ódio Se odeiam com todo amor

O

segundo

fator

surgiu

devido

a

95


necessidade de que todos os beliches possuíssem

livremente sob o estúdio.

uma abertura individual que proporcionasse

iluminação e ventilação natural para que

tem como objetivo atrair movimentação em

houvesse uma boa qualidade ambiental no

diversos períodos do dia, para não tornar o local

interior do edifício, principalmente nos quartos;

inseguro. Para isso, pensamos usos diversos com

e amplos espaços para convivência em grupo,

acesso tanto da rua quanto da praça, uma

a fim de proporcionar o intercâmbio cultural.

lavanderia que atende também ao hostel,

Para que o partido ocorresse, o programa foi

um pub/ hamburgueria com cozinha industrial

dividido em dois blocos a fim de minimizar a

que pode ser visualizada por 180º através de

verticalização, dado que todos os beliches

fechamentos em vidro, e uma padaria, onde

devem se localizar no perímetro do edifício.

suas mesas se estendem em direção a praça

O formato retangular também foi dado a

cobertas por um pergolado de madeira, um

partir das medidas proporcionais a um quarto

espaço de exposição para pequenos artistas e

com beliches em sua periferia, circulação e

as recepções do hostel com sala de bagagem

armários no centro. As faces leste e oeste, com

fechada por elementos vazados para guardar

exceção do térreo, foram tratadas com brises

as malas antes do check-in e após o check-out.

de madeira ecológica para proporcionar um

Os depósitos de lixo se encontram na mesma

conforto térmico e os ambientes em sua maioria

face do muro, para que seja evacuado em um

possuem paredes verdes para o conforto e

local menos movimentado.

frescor.

Para o projeto de um hostel urbano,

os sanitários foram inseridos no centro de cada

pensamos o nível da rua público, onde podem

bloco para que atendessem a todo o andar, os

acontecer diversas atividades que também

sanitários irão possuir uma parede verde para

incentivam pequenos artistas e músicos a

que transmita conforto e qualidade junto a

divulgar seu trabalho. A extensa praça de

uma abertura.

convívio público possui dois tipos de piso

desenhados pela vibração do som da orquestra

de convívio entre os hóspedes, como a área de

Angels in the Architecture, um permeável para

alimentação com cozinha coletiva e sala de

que a maior parte do terreno não agrida ao

cinema, a área de serviço e administrativo do

meio ambiente e o outro um deck de madeira

hostel. Todas, exceto o cinema são rodeadas

unindo os dois edifícios juntamente a um linear

por janelas de vidro que vão do chão ao teto.

espelho d’água cortado por passagens, há

Os pavimentos de dormitório se totalizam em

também uma cobertura ajardinada no muro

dois andares, um andar de quartos coletivos

que separa o terreno dos vizinhos. A praça

mistos e no outro andar parte coletivo feminino

O térreo do edifício de caráter público

As circulações verticais dos edifícios e

No primeiro pavimento acontecem áreas

possui dois bicicletários, um cinema ao ar livre com bancos feitos a partir de pallets, bancos de concreto e três estúdios de música (alugáveis) com isolamento acústico, onde 2 de suas faces são de vidro para que ocorra uma interação com a praça e as pessoas que estão a utilizando. Possui um telhado jardim para isolamento térmico, sendo que um deles é elevado para que o espelho d’água percorra

96

Tabela 10 - Número de leitos atingido. Fonte: Autoria própria.


e parte privativo e semi privativo, nos andares

O outro não possui um fechamento superior,

coletivos os sanitários são separados por

pois abriga uma piscina container, solário e um

gênero que atendem ao andar. Os beliches

espaço para eventos (alugável para pequenos

são de concreto e internamente revestidos do

shows, casamentos e festas), um pergolado

laminado da fibra de bananeira como parte

cobre parte deste. A sua cobertura possui um

dos móveis, possuem uma cortina, luz e tomada

telhado jardim com painéis fotovoltaicos e

individual. Os quartos privativos (suítes) possuem

tanques para reuso da água.

móveis que tornam o quarto multifuncional,

A estrutura do edifício se dá por pilares

para que em determinadas épocas do ano

metálicos de 0,20m, vigas metálicas de 0,30m

não fique subutilizado, então pode-se tornar

e laje de concreto de 0,14m. No estúdio, duas

uma sala de reunião ou um espaço totalmente

paredes estruturais, vigas metálicas de 0,25m

livre para o desejo do cliente.

e laje de concreto de 0,12m. A passarela de

Os terraços de caráter social são ligados

treliça possui dois pilares metálicos, um de 1m

por uma passarela treliçada apoiada em dois

e outro de 0,80m, vigas metálicas de 0,70m e

pilotis e nos edifícios. Um possui um fechamento

laje de concreto de 0,10m. A sua cobertura

em vidro para que possa se apreciar a vista, com

ajardinada abriga os painéis fotovoltaicos e

sala de jogos e uma sala de leitura e trabalho.

caixas d’água potável e de reuso.

IMPLANTAÇÃO

IMPLANTAÇÃO ESC 1:1200

5 5

5

Figura 142 - Implantação. Fonte: Autoria própria.

97


TÉRREO | ESPAÇOS PÚBLICOS

1 1

PLANTA TÉRREO ESC 1:1500

1 1

Figura 143 - Planta térreo. Fonte: Autoria própria.

1

RECEPÇÃO

34,83m²

2

DEPÓSITO DE BAGAGENS

4,66m²

3

COMÉRCIO (LAVANDERIA)

35,02m²

4

COMÉRCIO (FARMÁCIA)

35,02m²

5

COMÉRCIO (PADARIA)

43,95m²

6

ESPAÇO EXPOSITIVO

49,25m²

7

SANITÁRIOS

13,03m²

8

PUB/ HAMBURGUERIA

49,81m²

9

COZINHA INDUSTRIAL

25,90m²

10

DEPÓSITO DE LIXO

7,41m²

11

ESTÚDIO DE MÚSICA

37,94m²

12

BICICLETÁRIO

13

CINEMA AO AR LIVRE

Tabela 11 - Legenda térreo. Fonte: Autoria própria.

98

PRAÇA PÚBLICA CIRCULAÇÃO VERTICAL SANITÁRIO ESPAÇOS DE USO COLETIVO COMÉRCIO SERVIÇOS (HOSTEL) Figura 144 - Esquema de usos. Fonte: Autoria própria.


1º ANDAR | ESPAÇOS COLETIVOS E ADM

1 1

PLANTA 1º ANDAR | ESPAÇOS COLETIVOS E ADM ESC 1:1500

1 1

Figura 145 - Planta 1º andar. Fonte: Autoria própria.

1

ÁREA DE ALIMENTAÇÃO

88,19m²

2

ÁREA DE ALIMENTAÇÃO

53,84m²

3

COZINHA COLETIVA

22,10m²

4

SANITÁRIO

13,03m²

5

CINEMA/ TV

80,89m²

6

DEPÓSITO

8,20m²

7

SANITÁRIO UNISEX

5,94m²

8

SANITÁRO FUNCIONÁRIOS

13,03m²

9

VESTIÁRIO FUNCIONÁRIOS

6,15m²

10

COPA

21,30m²

11

ESCRITÓRIO

44,98m²

Tabela 12 - Legenda 1º andar. Fonte: Autoria própria.

CIRCULAÇÃO VERTICAL SANITÁRIO ESPAÇOS DE USO COLETIVO SERVIÇOS (HOSTEL)

Figura 146 - Esquema de usos. Fonte: Autoria própria.

99


2º ANDAR | QUARTOS COLETIVOS

PLANTA 2º ANDAR

1 1

ESC 1:1500

1 1

Figura 147 - Planta 2º andar. Fonte: Autoria própria.

1

QUARTO COLETIVO MISTO

67,67m²

2

SANITÁRIO

23,32m²

Tabela 13 - Legenda 2º andar. Fonte: Autoria própria.

CIRCULAÇÃO VERTICAL SANITÁRIO ACOMODAÇÕES

100

Figura 148 - Esquema de usos. Fonte: Autoria própria.


3º ANDAR | QUARTOS COLETIVOS E PRIVATIVOS

PLANTA 3º ANDAR

1 1

ESC 1:1500

1 1

Figura 149 - Planta 3º andar. Fonte: Autoria própria.

1

QUARTO COLETIVO FEM.

67,67m²

2

SANITÁRIO

23,32m²

3

QUARTO PRIVATIVO

13,66m²

4

QUARTO SEMI-PRIVATIVO

31,64m²

Tabela 14 - Legenda 3º andar. Fonte: Autoria própria.

CIRCULAÇÃO VERTICAL ACOMODAÇÕES

Figura 150 - Esquema de usos. Fonte: Autoria própria.

101


4º ANDAR | LAZER COLETIVO

1 1

PLANTA 4º ANDAR ESC 1:1500

1 1

Figura 151 - Planta 4º andar. Fonte: Autoria própria.

1

EVENTOS

88,53m²

2

PISCINA

88,53m²

3

SANITÁRIO

13,03m²

4

ESPAÇO DE JOGOS

88,53m²

5

ESPAÇO DE LEITURA E TRAB

88,53m²

Tabela 15 - Legenda 4º andar. Fonte: Autoria própria.

CIRCULAÇÃO VERTICAL SANITÁRIO ESPAÇOS DE USO COLETIVO PASSARELA

102

Figura 152 - Esquema de usos. Fonte: Autoria própria.


ESTRUTURAL

1 1

PLANTA ESTRUTURAL ESC 1:1500

1 1

Figura 153 - Planta estrutural. Fonte: Autoria própria.

DETALHE PAREDE DE VIDRO DUPLO ACÚSTICO E TÉRMICO ESTÚDIO DE MÚSICA ESC 1:10

DETALHE PAREDE ESTRUTURAL ACÚSTICA E TÉRMICA ESTÚDIO DE MÚSICA ESC 1:10 0,10m

0,10 0,10

103


CORTE AA

Figura 154 - Corte AA. Fonte: Autoria prรณpria.

CORTE BB

Figura 155 - Corte BB. Fonte: Autoria prรณpria.

CORTE CC 104

Figura 156 - Corte CC. Fonte: Autoria prรณpria.


VISTA RUA BIANCHI BERTOLDI

Figura 157 - VISTA 1. Fonte: Autoria prรณpria.

VISTA RUA HENRIQUE MONTEIRO

Figura 158 - VISTA 2. Fonte: Autoria prรณpria.

VISTA RUA DR. FERNANDES COELHO

Figura 159 - VISTA 3. Fonte: Autoria prรณpria.

105


VISTA EXTERNA RUA HENRIQUE MONTEIRO

Figura 160 - Vista externa. Fonte: Autoria própria.

VISTA ESTÚDIO DE MÚSICA/ PRAÇA

Figura 161 - Vista estúdio. Fonte: Autoria própria.

106


VISTA CINEMA AO AR LIVRE E BICICLETÁRIO

Figura 162 - Vista cinema ao ar livre e bicicletário. Fonte: Autoria própria.

VISTA RECEPÇÃO

Figura 163 - Vista recepção. Fonte: Autoria própria.

107


VISTA PUB/ HAMBURGUERIA

Figura 164 - Vista Pub/ Hamburgueria. Fonte: Autoria prรณpria.

VISTA CINEMA/ TV

Figura 165 - Vista cinema/ tv. Fonte: Autoria prรณpria.

108


VISTA ESCRITÓRIO DO HOSTEL

Figura 166 - Vista escritório. Fonte: Autoria própria.

VISTA ÁREA DE ALIMENTAÇÃO E COZINHA COLETIVA

Figura 167 - Vista área de alimentação e cozinha coletiva. Fonte: Autoria própria.

109


VISTA QUARTO COLETIVO

Figura 168 - Vista quarto coletivo. Fonte: Autoria prรณpria.

VISTA QUARTO SEMI-PRIVATIVO

Figura 169 - Vista quarto semi-privativo. Fonte: Autoria prรณpria.

110


VISTA QUARTO PRIVATIVO | VERSÃO QUARTO

Figura 170 - Vista quarto privativo versão quarto. Fonte: Autoria própria.

VISTA QUARTO PRIVATIVO | VERSÃO SALA DE REUNIÃO/ CO-WORKING

Figura 171 - Vista quarto privativo versão sala de reunião. Fonte: Autoria própria.

111


ESQUEMA CAMA EMBUTIDA

ESQUEMA MESA DOBRÁVEL

Figura 172 - Esquemas dos mobiliários. Fonte: Autoria própria.

VISTA ESPAÇO DE JOGOS

Figura 173 - Vista espaço de jogos. Fonte: Autoria própria.

112


VISTA ESPAÇO DE LEITURA E TRABALHO

Figura 174 - Vista espaço de leitura e trabalho. Fonte: Autoria própria.

VISTA ESPAÇO PISCINA

Figura 175 - Vista piscina. Fonte: Autoria própria.

113


VISTA ESPAร O PARA EVENTOS

Figura 176 - Vista eventos. Fonte: Autoria prรณpria.

VISTA EXTERNA

Figura 177 - Vista externa. Fonte: Autoria prรณpria.

114


VISTA SANITÁRIO

Figura 178 - Vista sanitário. Fonte: Autoria própria.

MATERIAIS UTILIZADOS Figura 179 - Materiais. Fonte: Imagens retiradas do Sketchup Texture Club.

concreto (edificação)

piso permeável (praça pública)

metal preto (vigas e caixilhos)

piso de madeira (praça pública)

madeira ecológica (brises)

laminado da fibra da bananeira (revestimentos)

madeira preta (portas)

vidro (janelas, divisórias, guarda-corpo)

115


10. CONSIDERAÇÕES FINAIS

116


Esta monografia teve como finalidade estudar o universo dos hostels, desde seus primórdios,

quando surgiu a necessidade de hospedagem no mundo em hostels e em hotéis, até o novo conceito de hostel, o público frequentador e as sensações que a arquitetura pode trazer ao indivíduo. Buscamos algumas normas que deveríamos seguir e estudamos alguns hostels que trabalham com o conceito poshtel em São Paulo principalmente, onde pudemos visita-los e possuir um pouco mais dessa vivência. O projeto hostel além de proporcionar a hospedagem, oferece uma área de convivência pública no térreo com uma praça, comércios e um bar, assim criando movimento durante todos os períodos. Internamente o hostel oferece quartos e banheiros com uma boa qualidade de iluminação e ventilação natural, e diversas áreas sociais que promovem o convívio entre hóspedes, tudo isso envolvido por uma arquitetura de caráter sustentável.

117


11. BIBLIOGRAFIA

118


11.1. CONSULTAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, Nelson; BRITO, Paulo Lucio; JORGE, Wilson Edson. Hotel: Planejamento e Projeto. 7º ed. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2004. CARVALHO, Caio Luiz. Breves Histórias do Turismo na Brasil. In: Luiz Gonzaga Godoi Trigo, editor. Alexandre Panosso Netto, Mariana Aldrigui Carvalho, Paulo dos Santos Pires, co-editores. Análises Regionais e Globais do turismo brasileiro. São Paulo: Roca, 2004. p. 19-38. CYPRIANO, Pedro. Desenvolvimento hoteleiro no Brasil: panorama de mercado e perspectivas. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2014. GIARETTA, Maria José. Albergues da Juventude – Hi Hostels. In: Luiz Gonzaga Godoi Trigo, editor. Alexandre Panosso Netto, Mariana Aldrigui Carvalho, Paulo dos Santos Pires, co-editores. Análises Regionais e Globais do turismo brasileiro. São Paulo: Roca, 2004. p. 423-436 MEDLIK, S.; INGRAM, H. Introdução à Hotelaria: Gerenciamento e Serviços. 4º ed. Rio de Janeiro: Campus, 2002. NETO, Bazileu Alves Margarido. Prefácio. In: Sustentabilidade & Produção: teoria e prática para uma gestão sustentável. João Amato Neto, organizador. São Paulo: Atlas, 2011. NETO, João Amato. Gestão Sustentável da Cadeia de Suprimentos (Green Supply Chain Management): princípios e aplicações. In: Sustentabilidade & Produção: teoria e prática para uma gestão sustentável. João Amato Neto, organizador. São Paulo: Atlas, 2011. PALLASMAA, Juhani. Os Olhos da Pele: A arquitetura e os sentidos. Alexandre Salvaterra. Porto Alegre: Bookman, 2011. WISSENBACH, Vicente; TSUKUMO, Vivaldo. Hotéis. Cadernos Brasileiros de Arquitetura, São Paulo, Photochrom Fotolito, vol. 19, 1987.

119


11.2. CONSULTAS ELETRÔNICAS

Hotel Pharoux no Rio Antigo. In: Rio de Janeiro Aqui. Disponível em: <http://www.riodejaneiroaqui. com/portugues/rio-antigo-h-pharoux.html>. Acesso em 13 de março de 2017 às 22:55. Gestão

Urbana

SP.

Disponível

em

<http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/zona-eixo-de-

estruturacao-da-transformacao-urbana-zeu/>. Acesso em 14 de março de 2017 às 10:59. Câmara Municipal de São Paulo. Disponível em <http://www.camara.sp.gov.br/blog/especialzoneamento-entenda-a-zeu/>. Acesso em 14 de março de 2017 às 11:01. Visite São Paulo. Disponível em: <http://www.visitesaopaulo.com/dados-da-cidade.asp>. Acesso em 15 de março de 2017 às 21:46. Ministério do Turismo. Estatísticas básicas de turismo. Disponível em: <http://www.dadosefatos. turismo.gov.br/images/pdf/EstatisticasBasicasdoTurismo-Brasil2016-Anobase2015.pdf>. Acesso em 15 de março de 2017 às 21:53. Dados e Fatos: Ministério do Turismo. Disponível em: <http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/201602-04-11-54-03/demanda-tur%C3%ADstica-internacional.html>. Acesso em 15 de março de 2017 às 22:08. R7. Disponível em: <http://esportes.r7.com/futebol/copa-do-mundo-2014/brasil-recebeu-1-milhaode-turistas-estrangeiros-durante-a-copa-14072014>. Acesso em 16 de março de 2017 às 14:40. Portal Brasil. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/turismo/2014/07/copa-trouxe-886-mil-turistase-movimentou-r-4-4-bilhoes>. Acesso em 16 de março de 2017 às 14:54. TAKIYAMA, Daniele Suzane; NASCIMENTO, Renê Corrêa. Os albergues da juventude como equipamentos destinados ao turismo social no Brasil. Disponível em: <http://docplayer.com. br/17431422-Os-albergues-da-juventude-como-equipamentos-destinados-ao-turismo-social-nobrasil.html>. Acesso em 16 de março de 2017 às 15:25. Jornal de Negócios. Disponível em: <http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/turismo---lazer/ detalhe/quer_abrir_um_hostel_siga_oito_regras>. Acesso em 25 de março de 2017 às 16:17. KÖHLER, André Fontan; SILVA, Tamiris Martins. O mercado de albergues/ hostels do Município de São Paulo-Brasil: caracterização e avaliação de estabelecimentos e empreendedores. In: Revista Iberoamericana de Turismo. Vol. 5, n. 1, 2015. Disponível em: <http://www.seer.ufal.br/index.php/ ritur/article/viewFile/1585/1308>. Acesso em 25 de março de 2017 às 20:52. FERREIRA, Fernanda Costa. Albergues da Juventude: Qualidade do serviço, satisfação e fidelização do alberguista. 49 f. Trabalho de conclusão de curso – Turismo, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013. Disponível em <file:///C:/Users/Camila/Downloads/FERNANDA_COSTA_FERREIRA. pdf>. Acesso em 25 de março de 2017 às 22:57. Viagem em Pauta. Disponível em: <http://viagemempauta.com.br/2014/11/19/hostels-de-luxo/>. Acesso em 26 de março de 2017 às 16:35 Universo da Libélula. Disponível em: <http://universodalibelula.blogspot.com.br/2009/03/sensacao-

120


e-percepcao.html>. Acesso em 26 de março de 2017 às 18:22. HOLL, Steven. Igor Fracalossi. Questões de Percepção: Fenomenologia da arquitetura. In: Archdaily. 2012.

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Hess.

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121


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122


11.3. CITAÇÕES

TAKIYAMA, Daniele Suzane; NASCIMENTO, Renê Corrêa. Os albergues da juventude como equipamentos destinados ao turismo social no Brasil. Disponível em: <http://docplayer.com. br/17431422-Os-albergues-da-juventude-como-equipamentos-destinados-ao-turismo-social-nobrasil.html>. Acesso em 16 de março de 2017 às 15:25. MEDLIK, S.; INGRAM, H. Introdução à Hotelaria: Gerenciamento e Serviços. 4º ed. Rio de Janeiro: Campus, 2002. ALMEIDA, Crika. A sensação e a percepção. In: Universo da Libélula. 2009. Disponível em: <http:// universodalibelula.blogspot.com.br/2009/03/sensacao-e-percepcao.html>. Acesso em 26 de março de 2017 às 18:22. RITTER, Vivian Fetzner. Sensação, percepção e emoção no espaço projetado. In: Paulo Oliveira. 2013. Disponível em: <https://paulooliveira.wordpress.com/2013/02/23/sensacao-percepcao-eemocao-no-espaco-projetado/>. Acesso em 27 de março de 2017 às 11:12. PALLASMAA, Juhani. Os Olhos da Pele: A arquitetura e os sentidos. Alexandre Salvaterra. Porto Alegre: Bookman, 2011. ZÉ, TOM. São, São Paulo. Disponível em: <https://www.letras.mus.br/tom-ze/49077/>. Acesso em 03 de novembro de 2017.

123



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