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CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC
PROPOSTA DE REQUALIFICAÇÃO DA PRAÇA JORNALISTA CARLOS ALBERTO BOTTINI
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado por Thais Ferreira da Silva ao Centro Universitário Senac, como exigência parcial para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo. Orientadora: Prof. Ms. Marcella de Moraes Ocke Mussnich
SÃO PAULO 2017 3
"A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltara ao seu tamanho original." Albert Einstein 4
AGRADECIMENTOS
Não cheguei até aqui sozinha, muitas pessoas deram sua contribuição e mesmo que eu não cite todas elas, sei que fizeram parte da minha caminhada. Quero agradecer, em primeiro lugar, а Deus, que sempre iluminou meu caminho, me guiando e me dando força е coragem durante esta caminhada. Agradeço aos meus pais, Vera Maria Soares Ferreira e Marcelo Lúcio da Silva, por todo o apoio e compreensão. E a toda minha família pelos conselhos e por estarem comigo sempre. Agradeço à minha orientadora Marcella Ocke pela transmissão de conhecimento, e por ter me acompanhado e auxiliado. Agradeço também aos outros professores que fizeram parte dessa trajetória. E por fim agradeço aos meus amigos por me ouvirem e me apoiarem.
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RESUMO As praças minimizam os problemas das cidades, aproximando o ser humano da natureza, proporcionando lazer, aliviando o estresse e fazendo com que haja a socialização entre as pessoas. Com o intuito de criar mais espaços com essa configuração, esse trabalho de conclusão de curso (TCC) consiste na proposta de requalificação da Praça Jornalista Carlos Alberto Bottini, localizada no Campo Limpo, mais especificamente no bairro Morumbi Sul, um bairro residencial planejado. Pelo motivo de a praça estar subutilizada, o objetivo central é desenvolver um projeto arquitetônico paisagístico na praça, de forma a atender aos moradores do bairro. Para isso, foram estudados aspectos da morfologia urbana e estudos de referência. O trabalho está estruturado de maneira a apresentar o referencial teórico, os estudos de caso e a sistematização de dados colhidos durante a pesquisa, em seguida, está a proposta projetual. Palavras-Chave: Requalificação urbana; espaços livres públicos; praça; paisagismo.
ABSTRACT As squares minimize the problems of cities, bringing the human being closer to nature, providing leisure, relieving stress and causing a socialization among people. In order to create more spaces with this configuration, this work of completion of course (TCC) contains a proposal for requalification of Jornalista Carlos Alberto Bottini square, located in Campo Limpo, more specifically in the neighborhood Morumbi Sul, a planned residential neighborhood. For the reason of an underused living room, the central objective is to develop a landscaped architectural project in the square, in order to serve the residents of the neighborhood. For this, they were studied for urban morphology and reference studies. The work is structured in order to present the theoretical reference, the case studies and the systematization of data collected during a research, then it is a projective proposal. Key words: Urban requalification; Public spaces; square; Landscaping
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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .....................................................................................................................10 2. OS ESPAÇOS LIVRES PÚBLICOS.......................................................................................11 2.1 ATRIBUTOS IMPORTANTES DOS ESPAÇOS PÚBLICOS...............................................16 2.2 PRAÇAS E PARQUES........................................................................................................19 2.3 HISTÓRIA DA PRAÇA NO BRASIL.....................................................................................21 2.4 HISTÓRIA DOS PARQUES URBANOS NO BRASIL...........................................................25 3. ESTUDOS DE CASO............................................................................................................28 3.1 PRAÇA DAS CORUJAS......................................................................................................30 3.2 PRAÇA FLORIANO PEIXOTO............................................................................................33 3.3 PRAÇA NOSSA SENHORA DA PAZ...................................................................................35 3.4 PARQUE MADUREIRA.......................................................................................................38 3.5 PRAÇA VICTOR CIVITA......................................................................................................41 4. HISTÓRIA DO BAIRRO.........................................................................................................45 4.1 ANÁLISE DA ÁREA DE ESTUDO.......................................................................................47 4.2 LEITURA DO LOCAL..........................................................................................................49 4.3 ENTORNO DA PRAÇA........................................................................................................56 4.4 SITUAÇÃO ATUAL DA PRAÇA...........................................................................................59 5. PARTIDO DO PROJETO.......................................................................................................69 5.1 PROPOSTA DE REQUALIFICAÇÃO..................................................................................71 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................................88 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................90 8. LISTA DE IMAGENS..............................................................................................................93 9.LISTA DE MAPAS.................................................................................................................100 9
1. INTRODUÇÃO As praças públicas têm grande importância como indicadoras de qualidade ambiental e oferecem minimização dos problemas das cidades trazendo benefícios para seus habitantes, como a aproximação do ser humano com a natureza, os atributos estéticos proporcionados por elas, as necessidades de lazer e de recreação, associado à função psicológica de aliviar o estresse e a socialização entre as pessoas, principalmente nas periferias onde há menos opções de lazer, por isso há necessidade de preserva-las, sendo a requalificação uma forma de manter o uso ativo nesses espaços.
Por ser moradora da região e conviver com os problemas que em parte, poderiam ser resolvidos com a requalificação da praça é de grande interesse estuda-la e propor um projeto.
A requalificação de um espaço público consiste em melhora-lo em termos ambiental, paisagístico e urbanístico, com possibilidade de atribuição de novas funções.
Dessa forma, este Trabalho de Conclusão de Curso se insere no tema de requalificação urbana, tendo como objetivo principal explorar o potencial de utilização do local e elaborar um projeto arquitetônico e urbanístico para a Praça Jornalista Carlos Alberto Bottini, ampliando o convívio social conforme a demanda, fazendo com que haja a apropriação do espaço, sempre procurando valorizar as áreas verdes.
De acordo com Silvio Soares Macedo e Fabio Robba, 2003, "Praças são espaços livres públicos urbanos destinados ao lazer e ao convívio da população, acessível aos cidadãos e livres de veículos". Porém, motivos como falta de manutenção e falta de segurança fazem com que a praça não seja um local atrativo. Nesse contexto o objetivo principal do presente trabalho é requalificar e fortalecer o uso da Praça Jornalista Carlos Alberto Bottini, localizada no distrito do Campo Limpo, na zona sul de São Paulo, no bairro Morumbi Sul. Apesar de a praça estar degradada, a região possui um grande potencial, devido ao fato de possuir em seu entorno residências, comércios e serviços, como escolas, além de possuir uma boa quantidade de arvores na praça e nas ruas de seu entorno, criando sombreamento e um clima mais agradável.
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Ao analisar a região a partir da minha experiência cotidiana, posso ver que os moradores do entorno da praça encontram-se dissociados da mesma, sendo necessária uma integração dos usuários com a praça, oferecendo opções de lazer público e infraestrutura que possibilitem uma utilização mais efetiva.
Os procedimentos metodológicos desta pesquisa são levantamentos bibliográficos e iconográficos, leituras, estudos de caso, entrevistas e visitas, que são a base para o projeto. A estruturação do trabalho se deu de maneira tal que inicia tratando do referencial teórico, apresentando conceitos e definições dos espaços. Seguido dos estudos de caso, apresentando referências de projetos. Em seguida, segue com a história e analise da área de estudo. Por fim, é apresentada a proposta projetual.
2. OS ESPAÇOS LIVRES PÚBLICOS
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Uma cidade é uma entidade político-administrativa urbanizada, que se diferencia de outras entidades urbanas através de critérios, como população, densidade populacional ou estatuto legal. De acordo com o Guia do Espaço Público, (2016), a cidade tem uma forte relação com o espaço público. Toda atividade humana precisa de um espaço para sua realização. Os espaços livres urbanos são segundo Miranda Magnoli (1982), "todo espaço não ocupado por um volume edificado ao redor das edificações e que as pessoas têm acesso". O espaço público é aquele de uso comum e posse de todos. Nestes locais são desenvolvidas atividades coletivas. Os espaços livres públicos, são espaços em que as pessoas têm o direito de ir e vir, livre acesso, e são estabelecidos pela circulação espaços de lazer e conservação, como praças, parques e ruas. Já os privados relacionam-se com jardins particulares, clubes entre outros. Os espaços livres públicos têm a função de estruturar o meio urbano e desempenham funções diversas, entre elas a de conectividade e continuidade do território. Valorizar o espaço livre público é reconhecer que pertence e é acessível a todos, como bem público que nos reúne em torno dos mesmos objetivos. Em áreas urbanas, nem todo espaço livre pode ser considerado uma área verde, mas toda área verde constitui um espaço livre. De acordo com Lima, (1994), "os espaços livres são conceituados como áreas verdes quando estes possuem superfície não impermeabilizada e com significativa cobertura vegetal". Esses espaços urbanos podem ser públicos ou privados.
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Os espaços livres públicos vêm sendo deixados a um segundo plano dentro da estrutura das cidades. As áreas antes ocupadas por praças ou parques públicos cedem lugar a estacionamentos ou espaços degradados. Maricato, (2001), diz que "Em tratar da expansão nas periferias urbanas, afirma que a urbanização brasileira apresenta índices de poluição, ocupação de áreas ambientalmente frágeis e pobreza muito elevados, ocasionando paisagens degradadas e decadentes." Nesse panorama, é a população de menor poder aquisitivo que tem mais direitos privados. Sem poder usufruir dos espaços públicos e sem condições financeiras para ter um privado, essa população se vê restringida ao seu local de trabalho e sua moradia. Whyte considerou que a vida social nos espaços públicos contribui fundamentalmente para a qualidade de vida dos indivíduos e da sociedade. O que atrai as pessoas, ao que parece, são outras pessoas. Se eu insisto nesse ponto é porque muitos espaços urbanos estão sendo concebidos como se o contrário fosse verdade, e que do que as pessoas mais gostam seriam os lugares onde elas nunca vão. As vezes muitas pessoas se expressam segundo essas linhas de raciocínio, é por isso que as respostas aos questionários podem ser tão enganosas. Quantos diriam que gostam de sentar no meio da multidão? Ao contrário, elas falam de se afastar de tudo, e usam termos como fuga, oásis, refugio. O que as pessoas fazem, todavia, revela uma prioridade diferente. William H. Whyte, the social life of small urban spaces, (1980), P.19
Existem os benefícios estéticos, psicológicos e econômicos das áreas verdes urbanas e são eles: Os benefícios estéticos, como melhor capacidade de atração do meio urbano, a presença da vegetação e a valorização de áreas para convívio social. Os benefícios psicológicos que são melhoria dos efeitos sobre a saúde física da população, controle climático, através da regulação da umidade do ar e da velocidade dos ventos, melhoria das condições do solo urbano, atuando no controle da erosão do solo, evitando a ocorrência de deslizamentos, controle das cheias, na qual a vegetação conserva a capacidade de infiltração do solo, proteção dos mananciais contra a erosão e quanto ao uso inadequado das áreas adjacentes aos cursos d’água e nascentes, amenização da poluição do ar pela fotossíntese, melhoramento na qualidade do ar, maior conforto acústico, através da absorção, refração e reflexão de ondas sonoras, bem como pela liberação de sons típicos naturais, maior conforto luminoso, pela redução da intensidade de luz refletida; aumento na diversidade e quantidade de fauna na cidade. E os benefícios econômicos que são a valorização econômica das propriedades e a geração de empregos diretos e indiretos. A quantidade e a qualidade dos espaços públicos indicam o nível de qualidades das cidades. No livro New City Life publicado em 2006, os urbanistas Jan Gehl, Lars Gemzøe, Sia Karnaes e Britt Sternhagen Sóndergaard abordam 12 critérios que determinam um bom espaço público.
1 - Proteção contra o Tráfego - As cidades devem oferecer segurança para que os pedestres possam se locomover pelas ruas, sem ter a constante preocupação de que serão atingidos por um veículo. Um exemplo são as faixas de pedestres elevadas, que reduzem a velocidade dos veículos, além de facilitar a travessia de cadeirantes e pessoas Imagem 1- Faixa de pedestres em Piracicaba. portando carrinhos. 2 - Segurança nos espaços públicos - Para que os espaços públicos sejam seguros e permitam a circulação das pessoas, é importante que exista a possibilidade de realizar atividades noturnas, sendo essencial uma boa iluminação. 3 - Proteção contra experiências sensoriais desagradáveis - Os lugares públicos deveriam incluir áreas adequadas para proteger-se do calor, da chuva e do vento, e evitar, assim, uma experiência sensorial incômoda. Se considerarmos que as áreas verdes ajudam a aliviar o calor, a poluição e os ruídos, a sua multiplicação em áreas urbanas deveria ser uma medida incentivada pelos órgãos responsáveis.
Imagem 2 – Iluminação em Alice Coutinho e Nova Brasília.
Imagem 3 – Sombra das mangueiras na Praça da República.
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Imagem 4 – Caminho do Parque Ibirapuera.
Imagem 5 – Espaços de permanência no Parque Red Ribbon.
Imagem 6 – Banco de praça direcionável.
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4 - Espaços para caminhar - Para atrair pessoas a fim de caminhar, são importantes certas características em sua extensão, como fachadas interessantes de edifícios e superfícies regulares que garantam o acesso a todos. Além disso, se as superfícies e os acessos são adequados, deficientes físicos também poderão se desfrutar destes locais. 5 - Espaços de permanência - Os lugares públicos devem ser agradáveis para que as pessoas possam permanecer por grandes intervalos de tempo e apreciar as paisagens que a cidade oferece. 6 - Ter onde se sentar Geralmente a disponibilidade de assentos não é suficiente. Para isso, se deve aumentar a quantidade de mobiliário urbano nos espaços públicos, não apenas organizando a circulação das pessoas, mas também se estabelecendo as funções dos lugares.
7 - Possibilidade de observar - Embora nem sempre os espaços públicos sejam lugares ao ar livre, se deve garantir visuais para paisagens para que os cidadãos tenham possibilidade de contemplar as perspectivas da cidade. 8 - Oportunidade de conversar - Os espaços públicos, devem contar com um mobiliário urbano que convide e fomente a interação entre as pessoas. Para isso, devem existir baixos níveis de ruído que permitam que as pessoas possam conversar sem interrupções. Assim, os lugares públicos não devem estar próximos a locais com ruídos desagradáveis, como os de motores de veículos.
Imagem 7 – Praça Pôr do Sol.
Imagem 8 – Banco que permite a conversação entre as pessoas.
9 - Locais para se exercitar - Inclusão de aparelhos de exercícios com o objetivo de incentivar um estilo de vida menos sedentário e mais saudável.
Imagem 9 – Academia ao ar livre na Praça da Paz, Unicamp.
10 - Escala Humana - Quando se constroem grandes obras, o ideal é que se garanta que os cidadãos possam se relacionar com esta nova infraestrutura em uma escala humana, ou seja, as dimensões não superem aquilo que está ao alcance de uma pessoa comum, levando em conta a perspectiva dos olhos das pessoas.
Esses critérios são fundamentais para o projeto de um bom espaço público, tornando-o mais agradável e seguro para as pessoas que o frequentam, aplicando-se assim ao projeto da requalificação da Praça Jornalista Carlos Alberto Bottini.
Imagem 10 – Pórtico da Praça do Patriarca.
11 - Possibilidade de aproveitar o clima - Para potencializar estas atividades, devem ser criados espaços públicos que se relacionem com o clima e a topografia da cidade onde serão construídos. 12 - Boa experiência sensorial - Os espaços públicos devem contar com bons acessos e pontos de encontro com a natureza, através da presença de animais, cursos de água, árvores e outras plantas. Do mesmo modo, para assegurar que os visitantes permanecem mais tempo no lugar, devem contar com um mobiliário urbano cômodo, que tenha um desenho e acabamento de qualidade e que esteja feito com bons materiais.
Imagem 11 – Mobiliário que permite deitar.
Imagem 13 – Os 12 critérios. Imagem 12 – Bosque de Palermo, Buenos Aires.
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2.1 ATRIBUTOS IMPORTANTES DOS ESPAÇOS PÚBLICOS
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Segundo o guia do espaço público, (2016), espaços públicos são todos os lugares de uso público, acessíveis e agradáveis, gratuitos e sem fins lucrativos. Quando possuem uma identidade clara, podem ser definidos como lugares. O conteúdo baseia-se nos princípios e práticas da Project for Public Spaces (PPS), organização sem fins lucrativos de Nova York (EUA), que atua no planejamento e concepção de espaços públicos. Foi fundada em 1975 para expandir o trabalho de William Whyte. Os lugares são de extrema importância para o bem-estar individual e coletivo. É onde a vida de uma comunidade acontece, onde a diversidade cultural se expressa e onde formamos parte da identidade.
vagas de estacionamento. Esta ação resultou na desvalorização de nossos espaços públicos. O placemaking abrange o planejamento, o desenho, a gestão e a programação de espaços públicos, ele facilita a criação de atividades e conexões, sejam elas culturais, sejam econômicas, sociais ou ambientais, que definem um espaço e dão suporte para sua evolução. Consiste em coletar informações, implementando melhorias que imediatamente podem trazer benefícios para o espaço e para as pessoas que o utilizam.
Espaços públicos bem planejados podem gerar igualdade social. Espaços públicos bem projetados e bem cuidados reduzem a taxa de criminalidade de um local, assim como abrem possibilidades de atividades formais ou informais, contribuindo para mais familiaridade e segurança das pessoas no espaço. Proporcionar espaços públicos para práticas esportivas é uma forma eficiente de reduzir os gastos públicos com saúde. A ONU agora reconhece a cultura como componente importante focado no desenvolvimento do ser humano para o progresso. Atividades artísticas e culturais são ferramentas para seduzir os cidadãos e convencê-los a voltar aos espaços públicos. Em muitas cidades brasileiras, nos vemos enclausurados em shoppings centers, pois o Brasil importou o modelo capitalista dos Estados Unidos, construindo ambiente fechado com ar condicionado, muitas lojas, praça de alimentação e muitos lugares com
Imagem 14 – Atributos de um lugar bem-sucedido.
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No anel azul, estão os aspectos intuitivos ou qualitativos para se julgar um lugar. No anel amarelo, estão os aspectos quantitativos que podem ser medidos por meio de pesquisas e de estatísticas. Quando os espaços funcionam bem, eles servem como um palco para a vida pública. Ainda se tratando do Guia do Espaço Público, (2016), um espaço público bem-sucedido é fácil de chegar e de sair, é visível tanto de longe quanto de perto. As ruas do entorno do espaço público também são importantes. Espaços acessíveis têm alta rotatividade de estacionamentos e, idealmente, contam com um satisfatório tráfego de transporte público. Um espaço confortável e bonito, que tenha um visual agradável, é a chave para o êxito do projeto. Conforto inclui percepções sobre segurança e limpeza, bem como a disponibilidade de lugares para sentar. Atividades são pilares básicos para a construção de um lugar. Ter algo para fazer dá às pessoas uma razão para ir a um lugar e voltar. Crianças andando na rua mostra que o espaço é seguro. E se há um equilíbrio entre o número de homens e de mulheres, pessoas de diferentes idades usando o espaço, pessoas sozinhas e em grupos em diferentes horas do dia é um indicativo de segurança. Conforme o Livramento, (2008), citando Kuhnen, (2001), a apropriação do espaço baseia-se em três fatores: 1. Na sensação de pertencer ou não a um determinado lugar. 2. Na satisfação residencial relacionada à valorização ambiental e ao investimento afetivo na moradia. 18
3. Na situação coletiva de pertencer a um determinado grupo que se exprime e se estabelece nos diferentes modos de uso e apropriação e que remete a uma ideia de identidade social. A apropriação efetiva refere-se ao modo que as pessoas estão presentes em determinado espaço. E esse modo de presença depende de vários aspectos da organização social. Para justificar tal afirmativa, temos as camadas mais populares que utilizam com maior intensidade os espaços livres de uso coletivo do que as outras classes. Já as classes mais abastadas não têm necessidade do uso tão intenso de tais áreas, uma vez que possuem outras áreas para lazer. Segundo Fabio Robba e Silvio Macedo, (2002), o grande mérito das propostas de revitalização está em devolver a vida, a vitalidade de uma área. Reconfigurações são ações mais comuns no cotidiano brasileiro. Com o projeto de requalificação é pretendido que se alcance os atributos para o bom espaço público, garantindo assim que o local tenha maior diversidade de pessoas e atividades.
2.2 PRAÇAS E PARQUES
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Um grande problema das metrópoles costuma ser arranjar espaços para trazer mais verde entre avenidas e prédios e trazer uma qualidade de vida maior para os cidadãos. O número indicado pela Organização Mundial da Saúde e a ONU é de 12m² por habitante. Em São Paulo, o número é apenas 2,67m² por habitante. Uma solução é aproveitar espaços públicos já existentes. Segundo Miranda Magnoli, "Praças são espaços livres públicos urbanos destinados ao lazer e ao convívio da população, acessível aos cidadãos e livres de veículos." Praças são espaços com poucas edificações ou até sem nenhuma, inserido no espaço urbano que tem como principal função o lazer. Uma praça não necessariamente é uma área verde, pois pode ser isenta de arborização e impermeabilizada. Lima, 1994.
De acordo com Silvio Macedo e Fabio Robba, (2002), os espaços livres urbanos, como as praças possuem qualidades para o meio, como a melhoria na ventilação urbana, facilitando a dispersão de poluentes, melhoria na insolação de áreas adensadas, controle de temperatura e sombreamento, melhoria na drenagem das águas pluviais com superfícies permeáveis, proteção do solo contra a erosão, evitando deslizamentos e desmoronamentos, proteção e valorização dos mananciais, contra contaminações, além de referência e embelezamento urbano. No Brasil a manutenção das praças está ligada a prefeitura municipal ou as secretarias estaduais. Muitas vezes há reformas sem necessidade, por isso deve-se perguntar se o novo projeto leva em conta os usuários. Muitas vezes a falta de usuários está ligada a falta de manutenção do espaço, o que pode levar a um repetitivo ciclo de falta 20
de manutenção que afasta os usuários. A manutenção normalmente resulta de falta de verba. Ainda se tratando de Lima, (1994), "Os parques urbanos são áreas verdes, com função ecológica, estética e de lazer, entretanto com uma extensão maior que as chamadas praças e jardins públicos. " Espera-se muito dos parques urbanos. Longe de transformar qualquer virtude inerente ao entorno, longe de promover as vizinhanças automaticamente, os próprios parques de bairro é que são direta e drasticamente afetados pela maneira como a vizinhança neles interfere. Jacob, 2001, p. 104.
Para Jane Jacobs, (2009), não é possível valorizar um bairro somente adicionando áreas verdes sem critérios. Para que um parque de bairro funcione ele precisa ter 4 elementos: complexidade, centralidade; insolação; e delimitação espacial. A complexidade refere-se à diversidade de usos e de pessoas no entorno do parque, que conferem diversidade de horários e usos para sua utilização. A centralidade refere-se a um elemento espacial central ou, mais precisamente, com hierarquia superior aos demais, para atuar como referência no espaço da praça, sendo reconhecido por todos como o centro da praça. A insolação mostra que é desejado que os parques propiciem tanto boas áreas de sombra para o verão como áreas ensolaradas para os dias de inverno. E a delimitação espacial é a noção de que os espaços abertos devem ser conformados pelos edifícios, e não serem simplesmente formados a partir dos resíduos deixados pelas configurações dos espaços fechados. É preciso que as praças possuam delimitação espacial fornecida pelos espaços edificados ao seu redor.
2.3 HISTÓRIA DA PRAÇA NO BRASIL
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Segundo Silvio Macedo e Fabio Robba, (2002), no livro Praças Brasileiras, na época colonial surgiram os primeiros espaços livres públicos: os adros das igrejas, estabelecendo uma conexão entre a comunidade e a paróquia e atraindo residências e comércios para o entorno. Os espaços secos no Brasil são chamados de largos, pátios ou terreiros, e o termo praça está mais associado a espaços ajardinados.
Na Europa no início do século XIX apareceram os primeiros espaços ajardinados destinados ao uso coletivo, os passeios públicos e as alamedas. O primeiro jardim público do Brasil foi o passeio público do Rio de Janeiro. No Brasil não existiam escolas de formação de profissionais arquitetos paisagistas, por isso os europeus eram chamados para projetar as praças e parques e os desenhos dos espaços livres ecléticos brasileiros dividiam-se em duas linhas: a clássica e a romântica. A linha clássica foi inspirada nos jardins franceses dos séculos XVI e XVIII. Busca a ortogonalidade e centralização. Caminhos dispostos em cruz, marcado por um ponto focal, normalmente uma fonte, monumento envolto por um passeio perimetral, caracterizava a tríade clássica básica.
Imagem 15 - Período Colonial, Praça Tiradentes.
Desde a antiguidade o jardim era um espaço destinado a contemplação da natureza, era uma metáfora do éden, atraindo para si uma imagem de paraíso e tranquilidade celestial. Os jardins ocidentais estavam confinados em palácios e mosteiros até o final do século XVIII. 22
Elementos do projeto eclético clássico: simetria, organização axial dos caminhos, elementos pitorescos (estatuas de deuses, bustos), traçados em cruz, estar central com ponto focal, passeio perimetral, canteiros geométricos, muitas áreas permeáveis, vegetação arbustiva, poda topiaria, vegetação ao longo dos caminhos para sombreamento.
Até o fim do século XX são projetadas praças com essa estrutura.
Imagem 16 – Linha clássica, Praça da República, em Recife.
A linha romântica chega no século XIX, com o processo de industrialização que valorizou a natureza. A influência romântica das artes chega aos jardins, como busca do naturalismo e volta as paisagens idílicas, retratadas pelos pintores. Essa linha de projetos restringiu-se aos parques e jardins de maior porte. O programa continuou destinado ao passeio e contemplação da natureza As características são: traçados orgânicos e sinuosos, estares e recantos contemplativos, caminhos que percorrem toda a área, lagos serpenteantes, equipamentos ecléticos pitorescos como coretos, pavilhões, espelhos d’água, estatuas, grutas, arcos, templos, grande quantidade de
áreas permeáveis, cenários naturalistas, utilização cênica da vegetação, uso de espécies exóticas europeias e nativas. Os projetos românticos, por precisarem de áreas maiores e custo mais elevado, não se consolidaram como padrão tão forte como as clássicas. A partir do século XX, surgiram projetos que mesclam os dois estilos, as praças romântico-clássicas. A imagem naturalista e forma cênica do plantio incorporam-se às praças urbanas, ao geometrismo clássico.
Imagem 17 – Linha romantica, Jardim do palácio do Catete, no Rio de Janeiro.
No começo do século XX, algumas mudanças começaram a ocorrer, transformando as cidades e seus espaços públicos. Obras de Burle Marx no Recife e Rio de Janeiro, no final dos anos de 1930, transição entre ecletismo e modernismo.
Nas primeiras décadas do século XX, o crescimento urbano exigiu intervenções modernas, visando adaptar a cidade ao modelo produtivo industrial e as novas tecnologias. A cidade moderna tinha a proposta de cidades amplas, setorizadas, limpas e saudáveis, cortadas pela malha viária e composta por edifício. Segundo a carta de Atenas (1933), a cidade ideal deveria atender as quatro funções básicas e distintas: habitação, trabalho, circulação e lazer. Nos espaços livres públicos a primeira mudança perceptível foi no programa das atividades. Praças, parques e jardins são uma das principais opções de lazer para a população urbana. O crescimento da área urbanizada fez com que a saída da camada da população trabalhadora da cidade para o campo fosse dificultada. Essas pessoas, que não saiam da cidade e não tinha acesso a clubes privados, utilizam os espaços públicos para o lazer. Ao longo do século XX, difundiu-se a pratica de esportes e os playgrounds surgiram no Brasil em 1940. O lazer não se restringia mais ao flanar, englobando atividades de lazer ativo e cultural.
Com as ruas congestionadas de veículos e pedestres, as praças tornam-se áreas de intenso fluxo, sendo a circulação incorporada ao programa. Nas áreas mais habitacionais o programa engloba atividades de lazer ativo e em áreas centrais, circulação, lazer passivo e cultural. A proposta de lazer ativo para a praça moderna visou a permanência nos espaços, como recantos, esplanadas, patamares articulados. A composição de pisos e canteiros criava espaços interligados, conduzindo o usuário ao mesmo tempo de atrai-lo a estares recreativos ou contemplativos. Foi abandonada a cenarização, elementos decorativos do romantismo. Algumas das características e princípios do desenho moderno: setorização das atividades, utilização de formas orgânicas, geométricas e mistas, liberdade na composição formal, grandes áreas de pisos processados, criação de estares como elementos centrais, circulação estruturada por sequência de estares, vegetação utilizada como elemento tridimensional de configuração de espaços, plantio em maciços arbóreos formando planos verticais, forrações como grandes tapetes, valorização da flora nativa e tropical.
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No Brasil, a incorporação dos preceitos americanos do jardim-pátio se deu em bairros da elite, que já não tinham lotes tão grandes como no passado. A absorção das influencias norte americanas se deu entre os jovens arquitetos que iniciaram em 1950 e 60, principalmente os que não tiveram contato com a obra de Burle Marx. A utilização de formas livres e composições variadas remete aos projetos norte-americanos.
Imagem 18 – Praça Moderna, Praça Santos Dumont, Goiânia.
Burle Marx (1909-1994) foi o responsável pela ruptura formal no paisagismo moderno brasileiro. Rompimento com as linhas ecléticas. Sempre em busca de uma linguagem formal própria, derivada de sua formação artística. Sua importância está ligada a criação de uma linguagem paisagística brasileira. Duas vertentes influenciaram a arquitetura paisagística moderna brasileira: a obra de Burle Marx em meados do século XX e a produção norte americana, principalmente da Califórnia. Desde o século XIX, os EUA já tinham uma associação de arquitetos paisagistas, a American Society of Landscape Archtects e profissionais como Thomas Church, Garret Eckbo e Laurence Halprin. 24
No final dos anos de 1970, o congestionamento nas áreas centrais teve como solução os calçadões, que buscavam resolver o conflito entre pedestres e veículos, além de tentar revitalizar o comércio local, que concorria com os shoppings. No Brasil o calçadão da rua XV, em Curitiba, em 1972, foi o primeiro no Brasil. Inicialmente foram idealizados como praças lineares, mas os equipamentos foram deixados de lado para evitar obstruções e comportar o movimento de pedestres que se intensificava. O fim do século XX caracteriza-se pela velocidade da comunicação e troca de informações, conectando-se as tendências paisagísticas de qualquer outra parte do mundo. Uma liberdade faz surgir projetos com as mais diversas configurações. A linha contemporânea é quase um neo-ecletismo. Liberdade e profusão de formas e linguagens são suas principais marcas.
Sua base morfológica ainda obedece a lógica espacial moderna, com estares, esplanadas e patamares que se fundem e se entrelaçam, criando ambientes e subespaços. Há liberdade de programa, elementos, desenhos, cores e materiais. As características são: revitalizações e restauros da imagem, o velho e o novo uso, reconfigurações e mudanças estruturais, colagem decorativa e irreverencia, formalismo gráfico em contraponto a praça ajardinada, cenarizações. Algumas propostas são: introdução do uso comercial e de serviços, direcionamento para circulação, revalorizando a praça seca, criação de espaços multifuncionais. O programa assemelha-se ao da praça moderna, com uso contemplativo, a convivência, o lazer ativo e resgatando alguns usos, como a utilização comercial e de serviços. Um exemplo para atrair as pessoas são as praças de alimentação ao ar livre.
Imagem 19 – Praça Contemporânea, Centro Empresarial Itaú Conceição em São Paulo.
2.4 HISTÓRIA DOS PARQUES URBANOS NO BRASIL
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O parque é um espaço livre público estruturado por vegetação e dedicado ao lazer da massa urbana.
Durante os séculos XIX e XX algumas características formaram o corpo das três linhas de projeto paisagístico da história do parque público urbano nacional: a eclética, a moderna e a contemporânea.
É um produto da era industrial, criado como uma figura complementar ao cenário das elites emergentes, que procuravam construir uma figuração urbana compatível com a dos ingleses e franceses. O Rio de Janeiro é a cidade que passa pelas mais rápidas transformações urbanas, visto que incorpora funções antes exercidas por Lisboa. Nesse contexto são criados os três primeiros parques públicos, o Campo de Santana (1873), o Passeio Público (1783) e o Jardim Botânico (1808).
Imagem 21 – Passeio Público do Rio de Janeiro.
O ecletismo denomina o modo de construção do fim do século XIX e início do século XX. Abarca obras tanto românticas quanto clássicas uma vez que nenhum padrão de concepção foi transportado em sua essência para o país. Os parques urbanos concebidos segundo os parâmetros ecléticos apresentam características como configuração morfológica estruturada por grandes maciços arbóreos, extensos relvados e águas sinuosas, à semelhança dos parques europeus. Além da fruição da natureza e dos encontros sociais, o parque destinava-se a passeios de barco, festejos locais e apresentações de música.
Imagem 22 – Jardim Botânico, Rio de Janeiro.
Imagem 20 – Campo de Santana, no Rio de Janeiro.
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A área do parque é ocupada por uma rede de caminhos que se cruzam, criando nós de circulação e alamedas. Pode ser orgânico, ou uma combinação de orgânico com geométrico, obedecendo a eixos de circulação que acentuam pontos focais.
Pontos focais e recantos que abrigam elementos pitorescos como quiosques, grutas, roseiras, ilhas, monumentos, pérgulas, coretos, fontes, estátuas ou templos. Muitas vezes sendo espaços temáticos. São comuns viveiros de plantas, aves e pequenos zoológicos, bem como a presença de animais soltos. A água também está presente em fontes, chafarizes e lagos. A partir dos anos 40 do século XX, esse modo de projetar vai se adaptando as mudanças da sociedade. O programa do ecletismo se torna obsoleto, perante as novas necessidades de lazer da população que passa a demandar equipamentos como playgrounds, quadras esportivas e lanchonetes.
novos hábitos, que se refletem no programa do parque público. Ocorre também a valorização das atividades culturais, que gerou bibliotecas, museus e teatros. O novo programa centrado no lazer ativo, provocou alterações na funcionalidade e morfologia do parque. A linha moderna possui como características uma configuração morfológica estruturada pelos mesmos elementos que o parque eclético como bosques, gramados, mas sem a intenção de obter uma paisagem à europeia, apresenta uma linguagem formal e visual que se utiliza de linhas despojadas, de formas mais geométricas, definidas e limpas, assim como uma vegetação tropical.
A criação de uma paisagem bucólica e a criação de espaços onde se buscam a tranquilidade e a contemplação da paisagem são influências do ecletismo que penduram na maioria dos parques até o final do século XX.
Os anos 80 marcaram o início de um processo de liberdade na concepção do espaço livre urbano. Observa-se o retorno de muitos dos antigos valores, principalmente estéticos do ecletismo que irão fundir-se as novas formas de uso. A linha contemporânea caracteriza-se por uma postura experimental e inicia-se em 1990.
Nas décadas de 1930 e 1940 muitas transformações ocorrem na sociedade. A população passa a ocupar mais densamente os centros urbanos e a desenvolver
O conceito ecológico se torna um instrumento de preservação da vegetação nativa dentro do meio urbano. Outra vertente inspira-se no formalismo, que reme-
te o trabalho de paisagistas americanos, franceses e espanhóis. Nesse sentido destacam-se a simetria no desenho dos canteiros e no uso da vegetação, a utilização da água em formas elaboradas e o reaparecimento dos canteiros de espécies floríferas, formando tapetes coloridos. Surgem os parques temáticos e no caso dos parques públicos os temas rememoram algum evento histórico ou homenageiam alguma etnia importante para a cidade. As atividades esportivas e o lazer ativo continuam valorizados. Possui como características o caráter ativo, embora alguns parques apresentem caráter contemplativo, desenvolve-se a tendência de preservação de ecossistemas naturais, atividades relacionadas a educação ambiental passam a ser realizadas nos espaços do parque, além de grandes áreas de piso com pouca vegetação e elementos como pérgulas e pontes.
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3. ESTUDO DE CASOS
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Nesse capitulo são apresentados os estudos de caso que serão usados como referência para o desenvolvimento do projeto. A Praça das Corujas, a Praça Floriano Peixoto, a Praça Nossa Senhora da Paz, o Parque Madureira e a Praça Victor Civita. Todos esses projetos possuem características em comum, que se enquadram no projeto da Praça Jornalista Carlos Alberto Bottini, como uma infraestrutura verde, alguns deles terem passado por uma revitalização, possuírem área de lazer e esportiva e por possuírem um contato direto com a água.
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3.1 PRAÇA DAS CORUJAS
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A Praça das Corujas, localizada na Vila Madalena, em São Paulo, passou por uma reurbanização depois que os moradores da região reivindicaram por melhorias no local. Foi reinaugurada em 2010. Com quarenta e oito mil metros quadrados de área, conta com um parquinho de areia, brinquedos, infraestrutura verde e trilha cimentada, onde as pessoas caminham, andam de bicicleta, skate e patinete, o espaço possui placas táteis para o acesso e a circulação para deficientes físicos e visuais. Abriga uma horta comunitária, idealizada e administrada por voluntários do bairro, cercada apenas para impedir a entrada de cachorros.
Imagem 23 – A praça.
Imagem 24 – Implantação da Praça das Corujas.
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Imagem 25 – Horta comunitária.
Imagem 26 – Equipamentos de ginástica.
Imagem 27 – Playground.
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Esse projeto integra as seguintes funções: drenagem natural para controle das cheias e tratamento das águas pluviais, recreação e lazer com equipamentos e mobiliário, floresta urbana com readequação dos extratos e contenção das margens e taludes, mobilidade urbana, com novos caminhos em pavimentação drenante, com acessibilidade universal e implantação de setor de ciclovia, valorização da vida comunitária e das áreas públicas com o reforço da identidade e imagens locais. Foram caracterizados como jardim de chuva, as quatro entradas de água que escorrem pelo leito das ruas que desembocam na parte superior da Praça. Desses pontos as águas são conduzidas através de biovaletas – depressões lineares que através do solo e vegetações especiais conduz, retarda e trata - escalonadas, vencendo os taludes que caracterizam o local, até as águas serem coletadas em lagoas pluviais que, junto com as suas margens alagadas, efetivam o tratamento seguinte e liberam aos poucos as águas das chuvas para o córrego. O córrego das Corujas, divide a Vila Madalena da Vila Beatriz, possui um trecho que ainda está a céu aberto, o resto foi encanado.
Imagem 28 – Caminho e passagem por cima do córrego.
Este projeto recebeu a menção honrosa pela premiação anual do IAB – Instituto dos Arquitetos do Brasil – 2008. O estudo dessa praça é interessante para esse TCC, por possuir uma infraestrutura verde, ter passado por uma reurbanização, e possuir áreas comuns a área escolhida para o projeto.
3.2 PRAÇA FLORIANO PEIXOTO
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Localizada no bairro Trem, em Macapá, a Praça foi reaberta após ficar mais de um ano e meio em reforma. A recuperação contou com a reforma de bancos de concreto, meio-fio, iluminação, deck de madeira, playground e pedalinhos usados em um dos lagos da praça. Com a revitalização, a proposta é ter guardas municipais 24 horas vigiando o espaço para evitar ações de vandalismo. O que poderia ser feito apenas pela melhoria do espaço, onde os próprios usuários se sentiriam parte do lugar, tomando conta e sendo responsáveis pela segurança. A praça, inaugurada em janeiro de 1922, era antes conhecida como praça do sapo, pelo seu caráter alagado. Ela foi fechada em 2014, para passar por reformas.
Uma vez por ano é colocada cerca de duas toneladas de peixe no lago da praça Floriano Peixoto para a tradicional pescaria coletiva que acontece sempre no dia 1º de Maio, em comemoração ao Dia do Trabalhador. O Evento conta com um dia inteiro de entretenimento ao público, com realização de gincanas, atividades esportivas, recreação infantil, competições e mais uma série de prestação de serviços de utilidade pública.
Imagem 31 – Lago da praça.
Sua importância para esse TCC se dá pela ocupação do lago, pela forma de sua ocupação, por ter passado por uma recuperação, por possuir grande arborização, se assemelhando ao projeto escolhido. Imagem 32 – Praça à noite.
Imagem 29 – Ocupação na Praça Floriano Peixoto.
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Imagem 30 – Lago com pedalinho.
Imagem 33 – Crianças ocupando a praça.
3.3 PRAÇA NOSSA SENHORA DA PAZ
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A Praça Nossa Senhora da Paz, localizada entre as ruas Barão da Torre, Visconde de Pirajá, Maria Quitéria e Joana Angélica em Ipanema, zona Sul do Rio, foi reaberta em 2016 após ficar quase quatro anos interditada para obras da Linha 4 do Metrô. Apesar das intervenções, as características anteriores foram mantidas. Foram implantadas novas espécies de plantas, novo sistema de iluminação e brinquedos para as crianças. E nas sextas-feiras acontece a feira livre de Ipanema, uma das mais tradicionais do Rio de Janeiro.
O lago recebeu novo sistema de oxigenação da água, o que ajudou a aumentar a população de peixes. Fez parte do projeto de urbanização empreendido pelo Barão de Ipanema, no final do século XIX e inicialmente chamava-se Praça Coronel Henrique Valadares, que foi ex-prefeito do Rio de Janeiro e amigo do Barão de Ipanema. Em 31 de outubro de 1917, foi reinaugurada como Praça Souza Ferreira e só passou a se chamar oficialmente Praça Nossa Senhora da Paz a partir de 1934. A praça foi reestruturada entre 1956 e 1957, com projeto de do urbanista Carlos Perry.
Imagem 35 – Ocupação no entorno do lago.
Imagem 36 – Praça e monumento.
Imagem 34 – Vista aérea da Praça.
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Imagem 37 – Playground.
Foi a primeira praça pública do Brasil a ganhar iluminação em vapor de mercúrio, ainda em 1966. Em sua frente está localizada a Igreja de Nossa Senhora da Paz, a mais importante do bairro. O instituto de patrimônio histórico da prefeitura teve participação no paisagismo e fez a seleção das espécies que foram acrescentadas à praça. Além das árvores existentes, foram acrescentados 247 elementos arbóreos de vegetação.
Imagem 38 – A praça.
Imagem 40 – Área para cães.
Imagem 39 – Lago.
Imagem 41 – Idosos jogando xadrez.
O formato da estação subterrânea foi redesenhado, o que viabilizou a preservação da árvore mais antiga da praça: uma figueira de 12 metros de altura e com 22 metros de copa. Segundo especialistas, ela tem entre 80 e 90 anos. Além disso, o redesenho possibilitou a redução de 860m² de área de escavação e a conservação do lago no interior da praça. Os dois acessos à estação também foram alterados para que os usuários saiam próximo às faixas de pedestres e sinais de trânsito, com mais comodidade e segurança. A escolha para estudar essa Praça foi por suas características como o contato com a agua, sua configuração e por ter passado por intervenções. 37
3.4 PARQUE MADUREIRA
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Localizado no Rio de Janeiro e projetado por Ruy Rezende arquitetos, o projeto tinha a intenção de criar um equipamento público sustentável, baseado em um Programa de Educação Socioambiental, desenvolvido pela Prefeitura, e que contou com a participação fundamental da sociedade, resultando na criação um equipamento público sustentável, aliando requalificação urbana, valorização da comunidade, recuperação ambiental e gestão de recursos. O Parque Madureira Rio+20 foi inaugurado em junho de 2012 tornando-se o terceiro maior parque público da cidade, com 109.000m2.
Todas as atrações atendem às mais diversas faixas etárias. Possui pista de skate, praia artificial – uma faixa de areia com cascata d’água, atividades sociais e esportivas, mesas de jogos, ciclovias, onde é possível alugar uma bicicleta no sistema Bike Rio, pistas de corrida, quadras poliesportivas, lagos, mirante, quiosques, playgrounds, academia da terceira idade, academias ao ar livre, área para prática de bocha, a Praça do Samba, o Centro de Educação Ambiental, e o jardim botânico, com placas explicativas sobre o uso das espécies.
Imagem 43 - Vista aérea.
Imagem 44 – Skate Park.
Imagem 42 - Implantação. Imagem 45 – Jardim sensorial.
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O auditório ao ar livre possui uma concha acústica, na Praça do Samba, um anfiteatro para shows e eventos com capacidade para 3 mil pessoas.
Imagem 46 – Mesas de jogos.
Como o bairro de Madureira é a sede dessas escolas, a implementação desse espaço representa um importante aspecto cultural. Ao lado encontram-se a praça de alimentação e um quiosque para ciclistas, equipado com paraciclos e um ponto do sistema Bike Rio, de bicicletas compartilhadas. O Parque Madureira foi o primeiro parque público brasileiro a conquistar o selo AQUA (Alta Qualidade Ambiental), da Fundação Vanzolini, na fase programa. Sustentável, o espaço tem mais de 1.200 árvores e palmeiras. Não há espaços sombreados ainda, já que as plantas estão em fase inicial de crescimento.
Imagem 47 – Prainha.
O projeto previu uma sequência de lagos e cascata artificiais somados à areia. Na parte inferior da queda d’água, a combinação de pisos com placas de concreto e piso drenante ajudou na permeabilidade – uma vez que o material é capaz de conduzir parte da água da chuva para o subsolo.
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A água da chuva é coletada através dos pisos drenantes. Eles impedem alagamentos, sem deixar o líquido acumular, direcionando-o a uma estação de tratamento, na qual será reutilizado para a irrigação do lugar. A presença dos grandes espelhos d’água também refresca e ajuda a reduzir a temperatura em até 5ºC em dias quentes. No Centro de Educação Ambiental placas fotovoltaicas posicionadas no teto
captam a energia solar para abastecer o espaço. Elas estão ligadas à estação meteorológica e ficam à mostra, permitindo aos curiosos aprender como funcionam os painéis solares e ver nos monitores o quanto de energia está sendo gerada e usada. Toda a iluminação é feita de LED. A escolha desse projeto para estudo de caso se deu a partir dele possuir características como ele ser um projeto atual, ter contato com a água, possuir áreas com usos diversos como áreas de lazer e áreas esportivas.
Imagem 48 – Ciclofaixa.
Imagem 49 – Local para shows.
3.5 PRAÇA VICTOR CIVITA
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A Praça Victor Civita, está localizada em Pinheiros, em São Paulo, foi projetada por Adriana Levisky e possui 14.000 m² de área. É gerida atualmente pela AAPVC – Associação Amigos da Praça Victor Civita, cujo modelo de gestão prevê o envolvimento de empresas, instituições públicas, ONGs e da comunidade para a manutenção e realização das atividades previstas. Com início em 2006, o projeto da Praça Victor Civita representa um desafio urbanístico, social. A partir desse quadro, surge a ideia de projetar uma praça sustentável – desde a construção, que prioriza questões como redução de entulho, baixo consumo de energia, utilização de materiais reciclados, legalizados e certificados, reuso de água, aquecimento solar e manutenção da permeabilidade do solo até a sua relação com os frequentadores. A Praça Victor Civita foi construída na área onde funcionou, por 40 anos, o Incinerador de Pinheiros, também conhecido como Sumidouro. Foi necessário fazer um grande processo de descontaminação do local. As diretrizes para a execução desse trabalho foram fixadas em parceria com a Cetesb, a Secretaria do Verde e Meio Ambiente e a agência alemã de cooperação técnica GTZ. A implantação da praça foi realizada através de uma cooperação entre a Prefeitura e a Editora Abril.
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Imagem 50 – Implantação.
Um grande deck de madeira certificada pousa sobre o terreno, sustentado por estrutura metálica, de modo a impedir o contato com o solo contaminado. O deck se estende na diagonal do terreno, propondo um percurso que enfatiza a perspectiva natural do espaço, se desdobrando do plano horizontal ao vertical com formas curvilíneas, criando ambientes que se delimitam pela tridimensionalidade da forma, espaços de estar. A praça possui uma arena coberta, o Museu da sustentabilidade, o Centro da Terceira Idade, a Oficina de Educação Ambiental, o Núcleo de Investigação de Águas e Solos subterrâneos e a Praça de paralelepípedos, o palco, a arquibancada para 240 pessoas, sanitários, bosque; jardins verticais, área para ginástica, horta e bicicletário.
Imagem 51 – Vista aérea.
Imagem 52 – Vista da praça com arquibancada ao fundo.
Imagem 55 - Aparelhos para ginástica.
Imagem 53 - Vista do Museu da Sustentabilidade.
Imagem 56 – Bosque.
Imagem 54 – Praça iluminada.
Imagem 57 – Praça com museu ao fundo.
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A arquitetura do parque conta ainda com uma série de medidas sustentáveis, como iluminação por LED e sistema de reaproveitamento da água da chuva. Seu projeto paisagístico é composto por diferentes espécies vegetais com funções orgânicas, fitoterápicas ou passíveis de utilização na produção de biocombustíveis. Nos decks de madeira, a água da chuva e do esgoto, após tratada pelo sistema de alagados, que contém filtros de cascalho e plantas aquáticas, irriga o bosque de eucaliptos, as hortaliças, as ervas aromáticas e medicinais. Há canteiros demonstrativos com espécies utilizadas para produção do biodiesel. Há também, o racionamento energético alcançado com a utilização de placas solares. A estrutura metálica pré-fabricada de metal reciclado, que não gera resíduos; a madeira certificada e seus sistemas de legalização e manejo; e o paisagismo com caráter pedagógico e repleto de espécies com funções orgânicas, fitoterápicas ou passíveis de utilização na produção de energia limpa ou biodiesel. A escolha desse projeto se deu a partir dele possuir uma qualidade de projeto e possuir premissas sustentáveis. Os projetos escolhidos para estudo de caso têm características comuns com a área de intervenção e servirão de base referencial para o projeto.
Imagem 58 – Corte do deck de madeira.
Imagem 59 – Ciclo da agua.
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4. HISTÓRIA DO BAIRRO
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Tratando-se da proposta de requalificação de uma área degradada, o local escolhido para intervenção foi a Praça Jornalista Carlos Alberto Bottini, localizada no bairro Morumbi Sul, no distrito do Campo Limpo. O subdistrito do Campo Limpo está localizado na Zona Sudoeste da cidade de São Paulo. O Campo Limpo é próximo aos subdistritos de Butantã, Vila Andrade, Santo Amaro e Capão Redondo e também faz limite com o município de Taboão da Serra, através do Córrego Pirajuçara. De acordo com informações retiradas do site da Prefeitura Regional, uma das origens do nome do bairro reside no fato de, antigamente, ter funcionado nas imediações uma antiga chácara do Jockey Club de São Paulo. O distrito de Campo Limpo possui origem rural e assim se manteve até o final da década de 1960 e início da década de 1970. Por volta de 1950 o Campo Limpo era formado por chácaras e áreas verdes, que foram sendo loteadas ao longo da Estrada do Campo Limpo, a principal via do bairro. Havia também fazendas com criações de gado e as carroças eram o único meio de transporte. Os moradores mais antigos especulam que o distrito do Campo Limpo se originou da Fazenda Pombinhos, da família Reis Soares, em meados de 1937. Várias colônias de japoneses, italianos e portugueses se estabeleceram na região, devido ao preço baixo dos terrenos naquela época e em face da proximidade a centros comerciais e bairros como Morumbi e vila Andrade.
A partir da década de 1990 o bairro sofreu um grande crescimento imobiliário com o lançamento de empreendimentos residenciais para a classe média, atraindo novos moradores. Apesar dos investimentos em piscinões e canalização de córregos, a região ainda sofre em alguns pontos isolados com as enchentes e alagamentos que provocam o deslizamento de terra em áreas onde famílias vivem precariamente, em áreas invadidas e de risco já conhecido. De acordo com dados dos censos demográficos 1991 e 2000, a população do Campo Limpo é de 191.527 habitantes e a densidade demográfica é de 14.963 hab./km². O subdistrito é conhecido pela presença de uma grande divisão social, onde vivem pessoas de baixa renda em favelas, residências de baixo padrão e conjuntos habitacionais populares, ao lado de condomínios horizontais e verticais de classe média e média alta. Além disso o bairro possui grandes áreas de comércio popular e uma atividade industrial em processo de declínio, com alguns galpões e fábricas ainda em atividade. A região também carece de opções de lazer e cultura para a população. Nas imagens aéreas é possível perceber o crescimento imobiliário, principalmente imóveis de baixa renda, que estão cada vez mais adensados.
A energia elétrica chegou em 1958, a primeira linha de ônibus foi criada em 1963 e o calçamento das primeiras ruas iniciou em 1968. O crescimento da região, ocorreu de maneira mais intensa entre as décadas de 1970 e 1980, sem planejamento necessário pelos órgãos públicos. Imagem 60 e 61: Fotos aéreas de 2005 e 2016.
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4.1 ANÁLISE DA ÁREA DE ESTUDO
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Imagem 62: Vista aérea da Praça e seu entorno.
Mapa 1: Macrozoneamento do Campo Limpo.
A Cidade de São Paulo aprovou em julho de 2014 seu novo Plano Diretor Estratégico – PDE – Lei 16.050/14, Marco Regulatório que organiza o crescimento e o funcionamento da cidade. O bairro, onde se localiza a área de intervenção, está situado no distrito e Prefeitura Regional do Campo Limpo. A área está quase totalmente inserida na Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana, que caracteriza uma zona urbana com grande diversidade de padrões de uso e ocupação do solo, desigualdade socioespacial e padrões diferenciados de urbanização. A Macro área de Redução da vulnerabilidade Urbana é a que se encontra na região estudada (PDE, 2014). 48
Mapa 2: Área de intervenção.
4.2 LEITURA DO LOCAL
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Segundo o Caderno das Subprefeituras (2016), a população da subprefeitura do Campo Limpo cresceu em cerca de 346.000 hab. muito entre 1980 e 2010. A densidade demográfica em 2010 é de 276,94. O IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) é de 0,783. Apresenta taxa de homicídios considerável, de 22,8 p/c.100.000 hab. O uso predominante é o uso residencial com 80,2% do total da área construída. Tem 31% do total de seus domicílios localizados em favelas, 27% dos moradores em situação de risco da região e 28% do território está demarcado como ZEIS (Zonas Especiais de Interesse Social), com ênfase para ZEIS 1. Com 9,7% de seus domicílios contendo mais de três moradores por dormitório, está acima da média de 7,9% do município. Entre 2000 e 2010, acompanhando o ritmo do município, teve queda no número de domicílios vagos, passando de 14,2% do total de domicílios para 5,4%. Na média da região, mantém cerca de 21% de seus terrenos vagos.
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Mapa 3: Densidade demográfica.
Mapa 4: Uso predominante do solo. Amarelo - residencial horizontal de médio e alto padrão. Azul - residencial vertical de médio e alto padrão. Branco - residencial horizontal de baixo padrão. Vermelho - comércios e serviços.
Em 2010, os domicílios em favela correspondiam a 30,8% do total de domicílios da subprefeitura, evidenciando um crescimento em relação ao ano de 2000 (quando a percentagem era de 22,9%). No Campo Limpo passou de 17,4% para 23,9%. No Campo Limpo é do uso residencial horizontal (50,96%), seguido do residencial vertical (27,05%) e do não residencial (21,99%).
Mapa 5: ZEIS 1.
Mapa 6: Índices sociais.
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A rede de esgoto não dá cobertura a 10,6% dos domicílios da subprefeitura. O modo de transporte mais utilizado na sub é o coletivo (44,4%) seguido do a pé (31,7%) e o índice de mobilidade total é de 1,93 pontos. A sub disponibiliza 7,9% de vias estruturais e 0,2% de corredores de ônibus. A Prefeitura Regional é servida pela linha Lilás do metrô.
Mapa 7: Areas de risco geológico.
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Mapa 8: Classificação viária.
Na Prefeitura Regional do Campo Limpo apenas 5,5% dos habitantes vivem a mais de 1 km de um equipamento de esportes e lazer. Na área de cultura, 33,9% dos moradores estão distantes de um equipamento.
Mapa 9: Transportes coletivos e rede cicloviária.
Mapa 10: Equipamentos públicos.
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A área apresenta valores de cobertura vegetal de 10,8 m²/hab. e áreas verdes públicas de 2,2 m²/ hab. em patamares bem abaixo da média do município e da região, assim como valores de população residente a mais de 1 km de parques (68,8%). Sobre a arborização viária, a Subprefeitura tem valor (36,7 arv./ km). De forma geral o local caracteriza-se por regiões de alta precariedade urbana, em meio a remanescentes de vegetação e sob pressão da ocupação urbana desordenada.
Mapa 11: Hidrografia - bacia do rio Pinheiros e massa de água.
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Mapa 12: Remanescentes do bioma - verde bosque heterogêneo, rosa - campo de várzea e arborização viária.
A violência existente nessa região é superior à média municipal e no Campo Limpo ela é maior que a encontrada nos demais distritos. Em 2013, Campo Limpo apresentou 22,78 homicídios por 100 mil habitantes, No Campo Limpo, 44,7% dos empregos estão no setor de prestação de serviços, 32,6% no comércio, 14,5% na construção civil e apenas 7,9% na indústria.
Mapa 13: Área pública cedida.
Em termos de atividade econômica, seu território apresenta um baixo nível de emprego formal privado, cerca de 71 mil postos de trabalho, equivalentes a 1,6% do total da cidade.
Mapa 14: Loteamento - marrom: renda familiar até 6 salários mínimos, roxo: acima de 6 salários mínimos.
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4.3 ENTORNO DA PRAÇA
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A área de intervenção está localizada em uma das áreas de maior circulação da sua região. A Prefeitura Regional do Campo Limpo tem estrutura territorial bastante desigual em termos de riqueza de seus residentes, mesclando porções muito ricas com vastas áreas pobres. Nas imediações da praça estão localizados condomínios residenciais de classe média, residências de classe baixa, duas escolas, sendo uma pública e uma particular, comércios e serviços como o Sesc Campo Limpo, a Prefeitura Regional, o Shopping Center Campo Limpo, o atacadista Roldão, além de pequenos comércios. Está a poucos metros da Estação do Metrô Campo Limpo e do corredor de ônibus da Av. Estrada de Itapecerica. E a uma caminhada de 10 minutos do Terminal Capelinha e a 15 minutos do terminal intermunicipal do Capão Redondo. Além de diversas linhas de ônibus circulando também pela Carlos Caldeira e pela Estrada do Campo Limpo, entre outras vias menores servidas pelas peruas com serviço regular e seguro.
Imagem 63 - Principais comércios e serviços do entorno.
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A região carece de áreas verdes, e espaços livres públicos, portanto, o mapa abaixo mostra possíveis locais onde poderiam ser implantadas praças, para tentar suprir um pouco dessa carência estabelecendo um sistema de espaços livres na região. Esses locais são terrenos vazios, com mato e lixo, sem nenhum cuidado ou infraestrutura. Imagem 64 - Pessoas optam por andar na rua ao inves da calçada.
Imagem 67 - Ponto de ônibus.
Imagem 65 - Caminhão da venda de frutas.
Imagem 66 - Carro de venda de churros.
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Mapa 15 – Possíveis áreas verdes.
4.4 SITUAÇÃO ATUAL DA PRAÇA
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A Praça Jornalista Carlos Alberto Bottini, é delimitada pelas Ruas Lira Cearense, Nossa Senhora do Bom Conselho, Forte da Barra e pela Travessa Imagens do Nordeste, no Bairro denominado Morumbi Sul, que é um bairro planejado com 17 condomínios residenciais. A praça possui 78 mil m², e atualmente se encontra subutilizada, impossibilitando que os moradores e usuários da região à utilizem. A praça é cercada por grades, não é acessível para pessoas com deficiências, não possui locais para sentar, não é feita manutenção e nem limpeza do espaço, não é segura, não possui iluminação e nem frequência de pessoas, permanecendo vazio na maior parte do tempo.
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Imagem 68 - Entrada do bairro Morumbi Sul.
Imagem 70 - Entrada 1 da praça.
Imagem 69 - Entrada do bairro Morumbi Sul.
Imagem 71 - Entrada 2 da praça.
Na região há uma demanda por atividades de lazer, descanso e esportivas, como caminhadas, passeios, recreação e brincadeiras, além do convívio entre os moradores nesses espaços e da aproximação das pessoas com a natureza. Os moradores do entorno encontram-se dissociados da praça, sendo necessária uma integração dos usuários com a mesma. A praça possui dois acessos e apenas um passeio. Não possui playgrounds, bancos, lugares de estar. Não possui banheiros nem lixeiras, tendo algumas apenas no entorno do parque. A segurança é feita por motos de vigia que passam em seu entorno poucas vezes.
Imagem 72 - Campos de futebol.
Imagem 74 - Falta de manutenção.
Imagem 73 - Caminho.
Imagem 75 - Caminho alternativo.
Apesar de a praça estar subutilizada, a região possui um grande potencial, como o fato de possuir em seu entorno residências, comércios e serviços, como escolas, além de possuir uma boa quantidade de árvores na praça e nas ruas de seu entorno, criando sombreamento e um clima mais agradável.
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Imagem 76 - Tapetes pendurados no gradil.
Imagem 78 - Gramado.
Imagem 77 - Lago com patos.
Imagem 79 - Local para sentar.
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Imagem 80 - Vista aĂŠrea.
Recentemente houve a tentativa do projeto de construção de um Centro de Educação Unificado (CEU) na região, que foi parar no Ministério Público. A Associação dos Moradores do Morumbi Sul defende que o CEU não seja construído no Parque Morumbi Sul, sugerindo que essa construção ocorra em terreno próximo, sem a necessidade de destruir mais de 600 árvores e diminuir metade do espaço verde, como consta do projeto original da prefeitura. Previsto para ser implementado na praça, o CEU que contaria com creche e piscinas é combatido por representantes da Associação dos Condomínios do Morumbi Sul (ACMS) e das comunidades Vila Cais e Piracuama, que já pediram ajuda da Promotoria para barrar a obra. “O que precisamos aqui é um parque oficial, bem cuidado, com segurança. A área onde a Prefeitura quer construir o CEU tem nascentes e é usada pela população para lazer e esporte, apesar de não constituir um parque oficial”, diz a presidente da ACMS, Desely Dellai. Apesar da proposta que pretende construir um NOVO CEU, desmatando mais de 11 mil metros quadrados de área verde para implantação desses equipa64
mentos já existem nessa região dois CEUs, além de terrenos de propriedade da própria prefeitura que poderão ser utilizados para essa implantação. Segundo o projeto, 48% do parque precisará ser alterado para a construção do futuro CEU. Porcentual maior que o previsto em outro decreto que libera a construção de equipamentos públicos em áreas verdes. Publicado em 2016 por Haddad, prevê o uso de 30% do terreno.
Imagem 81 - Sede da associação dos condomínios.
“O novo Plano Diretor manteve essa possibilidade e o decreto mencionado apenas estabeleceu as condições para essas edificações, com o objetivo de não descaracterizar as áreas verdes“, afirmou a Prefeitura, em nota. A administração não se manifestou sobre a escolha da Praça para abrigar o futuro CEU Piracuama. Foi feito pela ACMS - Associação dos Condomínios do Morumbi Sul um abaixo assinado na tentativa de barrar a obra da construção do CEU. Até o dia 29 de março de 2017, 596 pessoas já assinaram.
Imagem 82 - Sede da associação dos condomínios.
A ACMS (Associação dos condomínios) é composta pelos condomínios associados: Vila Nobre de Bragança, Vila de Cascais, Vila Della Cittá, Villa Nova de Gaia, Ville des Fleurs, Vila Real de Mafra, Morumbi Sul II, Morumbi Sul Privê, Vila do Rossio, Vila Nova de Sintra, Vila de Toledo, Vila Valverde, o Colégio Morumbi Sul, e a banca de jornal. Presidente: Desely Dellai, Vice-presidente: Fernando Arruda, Tesoureiro: Marcos Mamprim.
Imagem 83 - Construção do CEU paralisada.
Mediante consulta popular, foi aplicado um questionário rápido, com o objetivo de determinar o perfil dos frequentadores, que que utilizavam o parque, em dias frios, porém com sol, foi possível obter algumas informações a respeito da opinião dos frequentadores da praça. Com idades entre 22 e 65 anos de idade, a maioria das respostas são similares. Sendo que muitos analisaram como pontos positivos na praça as árvores, a área verde, e a extensão da área e como pontos negativos os cachorros soltos, a falta de manutenção, a sujeira, e a falta área de lazer. Com base nestes dados, foi elaborado o programa de necessidades para a proposta de requalificação, que será demonstrada no próximo capítulo.
Imagem 84Construção do CEU paralisada.
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Transporte que utiliza para chegar na praça
Carro
Transporte público
Segurança
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Muito seguro
seguro
Pouco seguro
Não possui
À pé
Alguns dos comentários de moradores e usuários a respeito da praça, publicados nas redes sociais da Associação dos condomínios são: "Muito cuidado, pois tem acontecido alguns roubos de celulares" – J.L. "Sempre bom caminhar em meio a muito verde. Temos que cuidar do nosso parque, para que possamos usufruir do mesmo. Ótimo local para caminhadas e prática de esportes". - C.S. "Sou a favor da construção do CEU, pois vai gerar mais empregos e mais valorização para o bairro". – C.F. "Muito bom lugar para prática de corrida, pois tem subida, descida e plano, só tem que tomar cuidado com coco de cachorro na calçada, os moradores daqui são pessimamente educados". – BB. "Muito perigoso. Não vá se não for em grupo. Totalmente abandonado. É uma pena". – LV. "O lugar é bem bacana, poderia ser um pouco mais aproveitado, precisa de reformas e iluminação, ambiente bastante arborizado ideal para construção de uma pista de cooper". – EC.
"Ótimo para fazer caminhada". – MB. "Para relaxar, fazer uma boa leitura e/ ou simplesmente caminhar. Vale a passada". – GN. "Bom para ler". – EA. No Caderno de Propostas dos Planos Regionais das Subprefeituras já existem propostas para essa área, incorporando no perímetro do eixo de Estruturação da Transformação Urbana as áreas verdes do Morumbi Sul. A região é marcada por favelas, inclusive no Morumbi Sul e Jd. Piracuama, localizadas em área de risco geológico. A área de intervenção deste TCC está apresentada no Caderno da Subprefeitura como: "...uma grande área verde subutilizada, localizada junto às Ruas Lira Cearense e Nossa Senhora do Bom Conselho, próxima à Avenida Carlos Caldeira Filho. A área encontra-se isolada (cercada por condomínios fechados) e é marcada pela presença de um lago. As ruas imediatas à área verde são largas e arborizadas, mas estreitas
vielas se revelam na paisagem, mostrando um tipo de ocupação mais próximo àquele encontrado junto à Avenida Carlos Caldeira Filho, onde existem muitos assentamentos precários". Caderno das Propostas Regionais das Subprefeituras, 2016
Os objetivos estabelecidos no caderno para a área em questão que serão analisados e considerados para esta pesquisa: • Atender a população em situação de vulnerabilidade social, especialmente a população em situação de rua e a população em área de risco; • Qualificar os espaços livres públicos, especialmente os vinculados aos equipamentos públicos; • Implantar os parques planejados; • Promover a recuperação e conservação ambiental das áreas verdes; • Melhorar a acessibilidade e mobilidade regional e de acordo com o Plano de Mobilidade de São Paulo - PLANMOB; • Melhorar a segurança pública local. As diretrizes que deverão ser implantadas são: 67
• Requalificar o eixo formado pela Av. Carlos Caldeira Filho e Estrada do Campo Limpo, com projeto integrado contemplando melhoria das calçadas, leitos carroçáveis, travessias e ciclovia na Av. Carlos Caldeira Filho; • Criar conectividade entre os diversos equipamentos existentes e previstos; • Melhorar a iluminação pública em toda a região, sobretudo nas praças; • Implantar projeto do CEU Piracuama e Parque Morumbi Sul a ele integrado; • Considerar no projeto do Parque Morumbi Sul a instalação de equipamentos de ginástica, ciclovia, melhorias de iluminação e acessibilidade na área; • Recuperar, melhorar e conectar as áreas verdes públicas; • Implantar equipamento de assistência social em área próxima ao Morumbi Sul;
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Mapa 16 - Diretrizes segundo o Caderno de Propostas dos Planos Regionais das Subprefeituras.
5. PARTIDO DO PROJETO
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O partido do projeto deu-se a partir da topografia do terreno, a intenção de tirar proveito da água e a criação de espaços de convivência. Pretende-se nesse projeto utilizar os espaços onde a topografia é mais acentuada para a vegetação mais densa e onde a topografia é menos acentuada, para os locais onde serão distribuídas as atividades que serão realizadas na praça. A água por ser um atrativo em praças e parques, foi parte do partido na questão do lago já existente, que terá uma nova forma. E os espaços de convivência partem do principio de atrair usuários para o local. Inicialmente a ideia partiu de um zoneamento da área a partir de um diagrama de bolhas, organizando os espaços e definindo espaços com piso. Foram levadas em conta as entradas, os espaços de permanência, os caminhos e a vegetação existente.
Imagem 85 - Diagrama de bolhas.
Imagem 86 - Malha ortogonal.
O desenho da implantação se estabeleceu á partir de uma malha ortogonal. Os desenhos á seguir representam um esboço inicial das áreas propostas.
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Imagem 87 - Espaço público agradável.
5.1 PROPOSTA DE REQUALIFICAÇÃO
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Depois de estudar os conceitos e soluções de projetos de praças, são consideradas algumas premissas para um bom projeto, que seja um espaço agradável para as pessoas. Esse projeto pretende criar um espaço que incentive o uso e permanência da população de diversas faixas etárias e diferentes classes sociais em diferentes horários. A fim de atender as necessidades da praça foi proposto um programa, com equipamento cultural, em uma espécie de centro cultural, com ateliês, biblioteca, sala de exposição, café, sanitários e área para jogos, equipamentos de lazer, como playground infantil, playground aquático, área de piquenique, arquibancada, píer, espaço pet, horta comunitária e equipamentos esportivos, como as quadras, espaço para exercícios ao ar livre e pista de skate. A praça possuí cinco acessos, três deles acontecem por praças de entrada no nível da rua, onde duas delas estão localizadas em frente as escolas, um deles por meio da trilha e outro por uma rampa que está ligada à praia. Todas as entradas são acessíveis, permitindo que cadeirantes e pessoas com carrinho de bebê acessem. Com o intuito de criar uma linguagem integradora da proposta, os pisos das praças de entrada seguem uma mesma linha estética, que caracterizam a Praça Jornalista Carlos Alberto Bottini. As áreas verdes de maior dimensão na topografia mais acentuada foram mantidas e mais árvores foram acrescentadas e as que têm menor dimensão foram remanejadas para diferentes recortes.
Imagens 88 e 89 - Processo da maquete física, em papel paraná na escala 1;750.
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Imagem 90 - Planta baixa.
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Os elementos esportivos estão localizados perto uns dos outros. O incentivo ao esporte além de ser saudável, promove a inclusão e transformação social. A pista de skate é composta por rampas que conversam entre si, equipadas com corrimão e outros elementos necessários para a prática do esporte. O material é concreto armado, com acabamento liso e possui um desnível em relação ao piso da praça para que os skatistas permaneçam apenas no espaço designado á eles. As quadras poliesportivas possuem junto a si arquibancadas. O piso da quadra será em placas de polipropileno de alto impacto, especial para quadras externas. Com durabilidade estendida e com sistema autodrenante, o que aumenta o tempo de vida útil, mesmo em épocas de muita chuva. Imagem 91 - Ampliação da área esportiva.
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A área para exercícios ao ar livre possui equipamentos de ginástica e tem a função de integrar diferentes faixas etárias, alem de fazer bem á saúde.
Imagem 92 - Área para exercícios ao ar livre.
Imagem 93 - Pista de skate.
Imagem 94 - Quadra e arquibancada.
Imagem 95 - Área da pista de skate.
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O playground está situado próximo à escola que é vizinha à praça, como incentivo para as crianças se envolverem mais com o espaço público. Foi desenhado pensando em seguir o traçado ortogonal, com quadrados com cores lúdicas no piso de pneus reciclados, que tem amortecimento contra impactos físicos. Dentre os brinquedos escolhidos, há escorregadores e uma escalada que aproveitam a topografia do terreno. Será implantado numa área com pedaços arborizados, com bancos em volta, para que os pais e responsáveis possam acompanhar as crianças com conforto. A área de piquenique possui mesas e espaços para estender a toalha, em um espaço sombreado. Ao lado está localizado o redário, para as pessoas descansarem após fazer um piquenique.
Imagem 96 - Ampliação da área de piquenique e playground infantil.
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Imagem 97 - ร rea de piquenique.
Imagem 99 - Playground
Imagem 98 - Redรกrio.
Imagem 100 - Playground.
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Uma das praças de entrada, na Rua Lira Cearense, possui o mesmo traçado ortogonal das outras, porém com espelhos d´água e fontes. É também onde está localizado o centro cultural, que possui salas de aula onde podem ser oferecidos cursos, ou serem usadas como salas de reunião para a associação dos condomínios, uma biblioteca com computadores, uma área para exposição, um café e sanitários. Esse centro cultural foi pensado para que as crianças e jovens que estudam no colégio público e não tem tanto acesso a esse tipo de cultura pudessem usufruir. O centro cultural possui teto verde em sua cobertura, uma solução sustentável em que a vegetação absorve água das chuvas, reduz o efeito da ilha de calor urbano e contribui para a eficiência energética da edificação. Há também um jardim vertical no muro que faz divisa com o condomínio vizinho. Os jardins verticais podem contribuir para o conforto térmico, manutenção da qualidade do ar além da parte estética. Na frente do centro cultural há uma praça seca, que foi pensada para que possam ocorrer eventos, feirinhas e apresentações. Lá está localizada a banca de jornal, que antes estava onde está a praia.
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Imagem 101 - Ampliação da praça de entrada 3.
Imagem 102 - Playground.
Imagem 104 - Praรงa 3.
Imagem 103 - Trilha.
Imagem 105 - Praรงa seca.
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A circulação acontece por um caminho largo, com piso intertravado, cortando a praça. Durante o percurso estão localizados decks de madeira, com uma pérgula e sofás, a fim de quebrar a monotonia. Uma questão sustentável do projeto é o uso da vegetação para regular temperatura. A influência da vegetação sobre o clima acontece de diferentes formas, influenciando a umidade e as variações de temperatura. Por isso a influência da vegetação no clima ajuda na preservação do equilíbrio ambiental. Imagem 107 - Pergolado.
Imagem 106 - Ampliação da área do pergolado.
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Imagem 108 - Ampliação da praça de entrada 2.
O playground aquático possui fontes interativas para os dias de calor, além de escorregadores que aproveitam a topografia e alguns brinquedos aquáticos. O piso é permeável, tendo como principal função aumentar a capacidade de infiltração das águas no solo, e podendo reter em até 100% o escoamento superficial, reduzindo a erosão. Os pisos drenantes permitem a vazão da água, e têm sido uma solução usada para minimizar os impactos das chuvas, a possibilidade de enchentes, e para a captação e reaproveitamento da água. São instalados por cima de um sistema de drenagem e a água é recolhida e armazenada em reservatórios para reuso.
Imagem 109 - Ampliação do playground aquático.
Imagem 110 - Playground aquático.
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A Horta Comunitária tem como objetivo unir as pessoas, a troca de conhecimento e ensino para as crianças sobre os cuidados com a terra, resgatando o contato com a natureza e ampliam as redes sociais e solidárias. O envolvimento dos integrantes na produção da horta permite a participação de todos os componentes de sua família gerando um vínculo mais estreito com espírito de união e trabalho, além de desenvolver práticas e hábitos alimentares saudáveis pela melhoria da dieta alimentar com a adição de verduras, legumes e frutas no cardápio alimentar. Tem como público alvo todas idades.
Imagem 111 - Ampliação da praça 1, espaço pet e horta comunitária.
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O espaço pet, ajuda na comodidade para quem tem animais de estimação. Segundo uma pesquisa da Gfk, dois terços (75%) dos brasileiros possuem pelo menos um animal de estimação. É localizado em um ambiente ao ar livre, arborizado e gramado, com uma estrutura para que o animal possa praticar atividades de diversas maneiras, e conviver com outros animais. O ambiente conta com o agility, formando um circuito no qual os animais podem se exercitar.
Imagem 113 - Espaço pet.
Imagem 112 - Praça 1.
Imagem 114 - Horta comunitária.
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O lago passará por um tratamento de filtragem da água, que pode ser feita das seguintes maneiras: com espécies de algas e plantas que tem capacidade de filtrar águas residuais, alem de servirem de habitat para diversos organismos e promoverem a depuração da qualidade da água. E com Carpas Capim, que são peixes herbívoros que comem todo o tipo de vegetação, porem é preciso cuidado com a superpopulação delas. No lago estão localizados o viveiro para os patos que já estavam lá e um píer para as pessoas chegarem mais perto da água. A praia, localizada ao lado do lago, é um espaço com areia e cadeiras móveis para as pessoas aproveitarem a vista do lago.
Imagem 115 - Ampliação da praia.
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Em relação ao mobiliário a ser implantado no espaço público, foram pensados bancos, lixeiras e um bicicletário, junto à banca de jornal. Quanto a iluminação, serão implantados dois tipos de postes, um mais alto, para fazer a iluminação mais generalizada nas margens da praça e em alguns pontos internos, como na área esportiva, e um poste menor, voltado a uma iluminação próxima ao pedestre.
Imagem 117 - Píer e viveiro.
Imagem 116 - Ponte.
Imagem 118 - Praia.
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Imagem 119 - Cortes.
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Imagem 120 - Maquete finalizada.
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Foi proposto através deste trabalho o estudo dos conceitos de espaço público, estudos de caso e escolha do local para assim realizar um projeto de requalificação do espaço público. O presente trabalho aborda o interesse pessoal pelos espaços públicos e uma preocupação com a falta desses espaços na cidade. É perceptível que esses locais têm sido desvalorizados frente aos espaços privados que hoje ofertam segurança e bem-estar. Assim, este estudo teve a intenção de requalificar um espaço que está subutilizado, havendo a preocupação em manter a identidade do local e atrair as pessoas para intensificar seu uso.
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Livros: Conexão cultural. Guia do espaço público: para inspirar e transformar. São Paulo. 2º edição. 2016. Gehl, Jan. Cidades para pessoas. São Paulo. 1ª edição. 2013. Jacobs, Jane. Morte e Vida de Grandes Cidades. 3ª Edição. 2011. Macedo, Fabio Robba e Silvio Soares. Praças brasileiras. São Paulo: Edusp. 3ª Edição. 2010. Macedo, Francine Gramacho Sakata e Silvio Soares. Parques Urbanos no Brasil. São Paulo: Edusp. 3ª edição – 2010 Malamut, Marcos. Paisagismo – Projetando espaços livres. São Paulo. 1ª Edição. 2011. Whyte, William H. The Social Life of Small Urban Spaces Paperback. 1980. Sites: Caderno de Propostas dos Planos Regionais das Subprefeituras. Disponível em: <http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/marco-regulatorio/planos-regionais/arquivos/>. Acesso em 14 de abril de 2017 Caderno da Subprefeitura do Campo Limpo. Disponível em: <http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/arquivos-zoneamento-biblio/>. Acesso em 14 de abril de 2017 CEU Piracuama. Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/moradores-tentam-barrar-futuro-ceu-em-parque-no-morumbi-dk5xspmovc15ynwy1q2skrjfr>. Acesso em 01 de abril de 2017 História do Campo Limpo. Disponível em: <http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/bibliotecas/bibliotecas_bairro/bibliotecas_m_z/marcosrey/index. php?p=5574>. Acesso em 29 de março de 2017
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História do Campo Limpo. Disponível em: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/regionais/campo_limpo/historico/index.php?p=131 Acesso em 29 de março de 2017 Parque Madureira. Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/789177/parque-madureira-ruy-rezende-arquitetos>.Acesso em 10 de maio de 2017 Praça das Corujas. Disponível em: <http://elzaniero.com.br/urb/praca_corujas.html>. Acesso em 02 de maio de 2017 Praça Floriano Peixoto reabre após revitalização em Macapá. Disponível em: <http://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2016/12/praca-floriano-peixoto-reabre-apos-revitalizacao-em-macapa.html>. Acesso em 04 de maio de 2017 Praça Nossa Senhora Da Paz Em Ipanema, Rio De Janeiro. Disponível em: <http://copacabana.com/praca-nossa-senhora-da-paz/>. Acesso em 08 de maio de 2017 Praça Victor Civita em São Paulo. Disponível em: <http://www.areasverdesdascidades.com.br/2012/08/parque-praca-victor-civita.html>. Acesso em 11 de maio de 2017 Preservação das árvores na Praça Nossa Senhora da Paz. Disponível em: <http://www.metrolinha4.com.br/2013/01/26/linha-4-nova-arquitetura-da-estacao-n-sra-da-paz-preserva-arvore-mais-antiga-da-praca/>. Acesso em 08 de maio de 2017 Projeto do parque Madureira. Disponível em: <http://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/ruy-rezende-arquitetura_/parque-madureira/842>.Acesso em 10 de maio de 2017 Reabertura da Praça da Paz. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/rio/praca-nossa-senhora-da-paz-em-ipanema-totalmente-reaberta-19389811> Acesso em 08 de maio de 2017 Sustentabilidade na Praça Victor Civita. Disponível em: <http://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/levisky-arquitetos-estrategia-urbana_/praca-victor-civita/508>. Acesso em 11 de maio de 2017
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8. LISTA DE IMAGENS
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Imagem 1- Faixa de pedestres em Piracicaba......................................................13 Fonte: http://www.camarapiracicaba.sp.gov.br/bruno-prata-pede-a-construcao-de-faixa-de-pedestres-elevada-9632 Imagem 2 - Iluminação em Alice Coutinho e Nova Brasília..................................13 Fonte: https://www.capixabao.com/leitura/126558/cariacica/nova-iluminacao-melhorou-o-cotidiano-noturno-na-praca/ Imagem 3 - Sombra das mangueiras na Praça da República...............................13 Fonte: http://www.panoramio.com/photo/5773492 Imagem 4 - Caminho do Parque Ibirapuera..........................................................14 Fonte: http://parqueibirapuera.org/correr/percursos-e-caminhos/ Imagem 5 - Espaços de permanência no Parque Red Ribbon.............................14 Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-156629/parque-red-ribbon-slash-turenscape
Imagem 11 – Mobiliário que permite deitar............................................................15 Fonte: http://larissacarbonearquitetura.blogspot.com.br/2014/08/mobiliario-urbano.html Imagem 12 – Bosque de Palermo, Buenos Aires..................................................15 Fonte: http://aguiarbuenosaires.com/bosques-de-palermo-o-pulmao-de-buenos-aires/ Imagem 13 – Os 12 critérios.................................................................................15 Fonte: http://wp.clicrbs.com.br/ambienteurbano/2013/11/22/12-criterios-para-determinar-um-bom-espaco-publico-veja-se-o-seu-bairro-possui/?topo=98,2,18,,,15 Imagem 14 – Atributos de um lugar bem-sucedido...............................................17 Fonte: http://www.placemaking.org.br/home/
Imagem 6 – Banco de praça direcionável.............................................................14 Fonte: http://www.designergh.com.br/2012/06/banco-de-praca-direcionavel.html
Imagem 15 - Período Colonial, Praça Tiradentes.................................................22 Fonte: https://arqstyles.wordpress.com/1-colonial/
Imagem 7 - Praça Pôr do Sol................................................................................14 Fonte: http://www.cotiatododia.com.br/clic-do-leitor-praca-por-do-sol/
Imagem 16 – Linha clássica, Praça da República, em Recife..............................22 Fonte: http://www.feriasbrasil.com.br/pe/recifeeolinda/conjuntoarquitetonicodapracadarepublica.cfm
Imagem 8 – Banco que permite a conversação entre as pessoas.......................14 Fonte: http://www.contemporist.com/a-large-bench-serves-as-a-gathering-place-in-this-town-square/ Imagem 9 – Academia ao ar livre na Praça da Paz, Unicamp..............................14 Fonte: http://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2014/11/11/unicamp-inaugura-primeira-academia-ao-ar-livre-na-praca-da-paz Imagem 10 – Pórtico da Praça do Patriarca..........................................................15 94
Fonte: https://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/paulo-mendes-da-rocha-praca-do-27-11-2002
Imagem 17 – Linha romantica, Jardim do palácio do Catete, no Rio de Janeiro..23 Fonte: http://cidadedorio.com/lugares-ao-ar-livre-para-se-ler-um-bom-livro-no-rio-de-janeiro/ Imagem 18 – Praça Moderna, Praça Santos Dumont, Goiânia............................24 Fonte: http://wikimapia.org/178878/pt/Pra%C3%A7a-Santos-Dumont-Pra%C3%A7a-do-Avi%C3%A3o
Imagem 19 – Praça Contemporânea, Centro Empresarial Itaú Conceição em São Paulo......................................................................................................................24 Fonte: http://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/ana-paula-magaldi-paisagismo_/ceic-centro-empresarial-itau-conceicao/2668 Imagem 20 – Campo de Santana, no Rio de Janeiro...........................................26 Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Campo_de_Santana_(Parque_do_Rio_de_Janeiro)#/ media/File:Obelisco_central.jpg Imagem 21 – Passeio Público do Rio de Janeiro..................................................26 Fonte: http://literaturaeriodejaneiro.blogspot.com.br/2012/05/passeio-publico.html Imagem 22 – Jardim Botânico, Rio de Janeiro......................................................26 Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Jardim_Bot%C3%A2nico_(bairro_do_Rio_ de_Janeiro)#/media/File:Aleia_Barbosa_Rodrigues,_no_Jardim_Bot%C3%A2nico_do_Rio_de_Janeiro_-_Brasil.jpg Imagem 23 – A praça.............................................................................................31 Fonte: http://elzaniero.com.br/urb/praca_corujas.html Imagem 24 – Implantação da Praça das Corujas.................................................31 Fonte: http://elzaniero.com.br/urb/praca_corujas.html Imagem 25 – Horta comunitária............................................................................32 Fonte: https://hortadascorujas.wordpress.com/ Imagem 26 – Equipamentos de ginástica..............................................................32 Fonte: http://vejasp.abril.com.br/estabelecimento/praca-das-corujas/ Imagem 27 – Playground.......................................................................................32 Fonte: https://www.escolapiccolino.com.br/?lightbox=image1440
Imagem 28 – Caminho e passagem por cima do córrego.....................................32 Fonte: http://bora.ai/sp/passeios/visite-o-parque-das-corujas Imagem 29 – Ocupação na Praça Floriano Peixoto..............................................34 Fonte: http://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2016/12/praca-floriano-peixoto-reabre-apos-revitalizacao-em-macapa.html Imagem 30 - Lago com pedalinho.........................................................................34 Fonte: http://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2016/12/praca-floriano-peixoto-reabre-apos-revitalizacao-em-macapa.html Imagem 31 – Lago da praça..................................................................................34 Fonte: http://eusoudonorte.blogspot.com.br/2012/03/o-lugar-e-praca-floriano-peixoto.html Imagem 32 – Praça à noite....................................................................................34 Fonte: http://www.diariodoamapa.com.br/2017/02/04/praca-floriano-peixoto-sera-palco-dos-259-anos-de-macapa/ Imagem 33 – Crianças ocupando a praça.............................................................34 Fonte: http://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2016/12/praca-floriano-peixoto-reabre-apos-revitalizacao-em-macapa.html Imagem 34 – Vista aérea da Praça.......................................................................36 Fonte: http://www.metrolinha4.com.br/2013/01/26/linha-4-nova-arquitetura-da-estacao-n-sra-da-paz-preserva-arvore-mais-antiga-da-praca/ Imagem 35 – Ocupação no entorno do lago.........................................................36 Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/linha-4-do-metro-escavacao-da-estacao-nossa-senhora-da-paz-concluida-13725854#ixzz3Bg7tVL4h Imagem 36 – Praça e monumento........................................................................36 Fonte: http://copacabana.com/praca-nossa-senhora-da-paz/ 95
Imagem 37 – playground.......................................................................................36 Fonte: http://www.metrolinha4.com.br/2016/05/28/praca-nossa-senhora-da-paz-e-devolvida-a-populacao/ Imagem 38 – A praça.............................................................................................37 Fonte: https://www.apontador.com.br/local/rj/rio_de_janeiro/parques/ C407123914312E312F/praca_nossa_senhora_da_paz.html Imagem 39 – Lago................................................................................................37 Fonte: http://www.jb.com.br/rio/noticias/2014/07/27/praca-nossa-senhora-da-paz-comeca-a-ser-devolvida-a-populacao/ Imagem 40 – Área para cães................................................................................37 Fonte: http://www.metrolinha4.com.br/2016/05/28/praca-nossa-senhora-da-paz-e-devolvida-a-populacao/ Imagem 41 – Idosos jogando xadrez....................................................................37 Fonte: http://www.odebrecht.com/pt-br/comunicacao/noticias/praca-nossa-senhora-da-paz-em-ipanema-reabre-apos-conclusao-das-obras-da Imagem 42 - Implantação......................................................................................39 Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/789177/parque-madureira-ruy-rezende-arquitetos Imagem 43- Vista aérea.........................................................................................39 Fonte: http://www.rio.rj.gov.br/web/portaldoservidor/exibeconteudo?id=4978329 Imagem 44 – Skate Park.......................................................................................39 Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/789177/parque-madureira-ruy-rezende-arquitetos Imagem 45 – Jardim sensorial...............................................................................39 Fonte: http://www.rio.rj.gov.br/web/portaldoservidor/exibeconteudo?id=4978329 96
Imagem 46 – Mesas de jogos................................................................................40 Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/789177/parque-madureira-ruy-rezende-arquitetos Imagem 47 – Prainha.............................................................................................40 Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/789177/parque-madureira-ruy-rezende-arquitetos Imagem 48 – Ciclofaixa.........................................................................................40 Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/789177/parque-madureira-ruy-rezende-arquitetos Imagem 49 – Local para shows.............................................................................40 Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/789177/parque-madureira-ruy-rezende-arquitetos Imagem 50 – Implantação.....................................................................................42 Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-10294/praca-victor-civita-levisky-arquitetos-e-anna-julia-dietzsch Imagem 51 – Vista aérea.......................................................................................43 Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-10294/praca-victor-civita-levisky-arquitetos-e-anna-julia-dietzsch Imagem 52 – Vista da praça com arquibancada ao fundo....................................43 Fonte: http://saopaulosaudavel.com.br/praca-victor-civita/ Imagem 53 - Vista de frente do Museu da Sustentabilidade.................................43 Fonte: http://www.areasverdesdascidades.com.br/2012/08/parque-praca-victor-civita.html Imagem 54 – Praça iluminada...............................................................................43
Fonte: http://misturaurbana.com/2014/01/ponto-pro-rock-na-praca-victor-civita/ Imagem 55 - Aparelhos para ginástica..................................................................43 Fonte: http://www.areasverdesdascidades.com.br/2012/08/parque-praca-victor-civita.html Imagem 56 – Bosque.............................................................................................43 Fonte: http://www.areasverdesdascidades.com.br/2012/08/parque-praca-victor-civita.html
Imagem 66 - Carro de venda de churros...............................................................58 Fonte: Elaborada pelo autor. Imagem 67 - Ponto de ônibus................................................................................58 Fonte: Elaborada pelo autor. Imagem 68 e 69 - Entrada do bairro Morumbi Sul................................................60 Fonte: Elaborada pelo autor.
Imagem 57 – Praça com museu ao fundo.............................................................43 Fonte: http://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/14.166/5354
Imagem 70 – Entrada 1 da praça..........................................................................60 Fonte: Elaborada pelo autor.
Imagem 58 – Corte do deck de madeira...............................................................44 Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/09.106/2983
Imagem 71 – Entrada 2 da praça..........................................................................60 Fonte: Elaborada pelo autor.
Imagem 59 – Ciclo da agua..................................................................................44 Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/09.106/2983
Imagem 72 - Campos de futebol...........................................................................61 Fonte: Elaborada pelo autor.
Imagem 60 e 61 - Fotos aéreas de 2005 e 2016..................................................46 Fonte: https://www.google.com.br/intl/pt-PT/earth/
Imagem 73 - Caminho...........................................................................................61 Fonte: Elaborada pelo autor.
Imagem 62 - Vista aérea da Praça e seu entorno.................................................48 Fonte: http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/ceu-piracuama/
Imagem 74 - falta de manutenção.........................................................................61 Fonte: Elaborada pelo autor.
Imagem 63 - Principais comércios e serviços do entorno.....................................57 Fonte: Elaborada pelo autor.
Imagem 75 - Caminho alternativo..........................................................................61 Fonte: Elaborada pelo autor.
Imagem 64 - Pessoas optam por andar na rua ao inves da calçada....................58 Fonte: Elaborada pelo autor.
Imagem 76 -Tapetes pendurados no gradil para venda........................................62 Fonte: Elaborada pelo autor.
Imagem 65 - Caminhão da venda de frutas..........................................................58 Fonte: Elaborada pelo autor.
Imagem 77 - Lago com patos................................................................................62 Fonte: Elaborada pelo autor. 97
Imagem 78 - Gramado...........................................................................................62 Fonte: Elaborada pelo autor. Imagem 79 – Local para sentar.............................................................................62 Fonte: Elaborada pelo autor. Imagem 80 – Vista aérea.......................................................................................63 Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=iNjtTBegS2M Imagem 81 - Sede da associação dos condomínios.............................................64 Fonte: Elaborada pelo autor. Imagem 82 - Sede da associação dos condomínios.............................................64 Fonte: Elaborada pelo autor. Imagens 83 e 84 - Construção do CEU paralisada.............................................. 65 Fonte: Elaborada pelo autor. Imagem 85 – Diagrama de bolhas.........................................................................70 Fonte: Elaborada pelo autor. Imagem 86 – Malha ortogonal...............................................................................70 Fonte: Elaborada pelo autor. Imagem 87 - Espaço público agradável................................................................70 Fonte: Elaborada pelo autor. Imagens 88 e 89 - Processo da maquete física, em papel paraná na escala 1:750 ..............................................................................................................................72 Fonte: Elaborada pelo autor. Imagem 90 - Planta baixa.....................................................................................73 Fonte: Elaborada pelo autor. 98
Imagem 91 - Ampliação da área esportiva............................................................74 Fonte: Elaborada pelo autor. Imagem 92 - Área para exercícios ao ar livre........................................................75 Fonte: Elaborada pelo autor. Imagem 93 - Pista de skate...................................................................................75 Fonte: Elaborada pelo autor. Imagem 94 - Quadra e arquibancada....................................................................75 Fonte: Elaborada pelo autor. Imagem 95 - Área da pista de skate......................................................................75 Fonte: Elaborada pelo autor. Imagem 96 - Ampliação da área de piquenique e playground infantil...................76 Fonte: Elaborada pelo autor. Imagem 97 - Área de piquenique..........................................................................77 Fonte: Elaborada pelo autor. Imagem 98 - Redário.............................................................................................77 Fonte: Elaborada pelo autor. Imagem 99 - Playground.......................................................................................77 Fonte: Elaborada pelo autor. Imagem 100 - Playground......................................................................................77 Fonte: Elaborada pelo autor. Imagem 101 - Ampliação da praça de entrada 3..................................................78 Fonte: Elaborada pelo autor.
Imagem 102 - Playground.....................................................................................79 Fonte: Elaborada pelo autor.
Imagem 113 - Espaço pet.....................................................................................83 Fonte: Elaborada pelo autor.
Imagem 103 - Trilha..............................................................................................79 Fonte: Elaborada pelo autor.
Imagem 114 - Horta comunitária...........................................................................83 Fonte: Elaborada pelo autor.
Imagem 104 - Praça 3...........................................................................................79 Fonte: Elaborada pelo autor.
Imagem 115 - Ampliação da praia.........................................................................84 Fonte: Elaborada pelo autor.
Imagem 105 - Praça seca.....................................................................................79 Fonte: Elaborada pelo autor.
Imagem 116 - Ponte..............................................................................................85 Fonte: Elaborada pelo autor.
Imagem 106 - Ampliação da área do pergolado....................................................80 Fonte: Elaborada pelo autor.
Imagem 117 - Píer e viveiro...................................................................................85 Fonte: Elaborada pelo autor.
Imagem 107 - Pergolado.......................................................................................80 Fonte: Elaborada pelo autor.
Imagem 118 - Praia...............................................................................................85 Fonte: Elaborada pelo autor.
Imagem 108 - Ampliação da praça de entrada 2..................................................80 Fonte: Elaborada pelo autor.
Imagem 119 - Cortes.............................................................................................86 Fonte: Elaborada pelo autor.
Imagem 109 - Ampliação do playground aquático................................................81 Fonte: Elaborada pelo autor.
Imagem 120 - Maquete finalizada.........................................................................87 Fonte: Elaborada pelo autor.
Imagem 110 - Playground aquático.......................................................................81 Fonte: Elaborada pelo autor. Imagem 111 - Ampliação da praça 1, espaço pet e horta comunitária.................82 Fonte: Elaborada pelo autor. Imagem 112 - Praça 1...........................................................................................83 Fonte: Elaborada pelo autor.
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9. LISTA DE MAPAS
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Mapa 1 - Macrozoneamento do Campo Limpo.....................................................48 Fonte: Caderno da Subprefeitura do Campo Limpo.
Mapa 12 - Remanescentes do bioma....................................................................54 Fonte: http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx
Mapa 2 - Área de intervenção................................................................................48 Fonte: http://planejasampa.prefeitura.sp.gov.br/metas/projeto/52/
Mapa 13 - Área pública cedida..............................................................................55 Fonte: http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx
Mapa 3 - Densidade demográfica..........................................................................50 Fonte: http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx.
Mapa 14 - Loteamento...........................................................................................55 Fonte: http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx
Mapa 4 - Uso predominante do solo.....................................................................50 Fonte: http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx
Mapa 15 – Possíveis áreas verdes........................................................................58 Fonte: Elaborada pelo autor.
Mapa 5 - ZEIS 1....................................................................................................51 Fonte: http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx
Mapa 16 - Diretrizes segundo o Caderno de Propostas dos Planos Regionais das Subprefeituras.......................................................................................................68 Fonte: Caderno da Subprefeitura do Campo Limpo.
Mapa 6 - Índices sociais........................................................................................51 Fonte: http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx Mapa 7 - Áreas de risco geológico........................................................................52 Fonte: http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx Mapa 8 - Classificação viária.................................................................................52 Fonte: http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx Mapa 9 - Transportes coletivos e rede cicloviária.................................................53 Fonte: http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx Mapa 10 - Equipamentos públicos........................................................................53 Fonte: Caderno da Subprefeitura do Campo Limpo. Mapa 11 - Hidrografia - bacia do rio Pinheiros e massa de água.........................54 Fonte: http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx
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