EdifĂcio Multifuncional na Avenida Faria Lima Eduardo Lopes Santos
Eduardo Lopes Santos Edifício Multifuncional na Avenida Faria Lima
São Paulo 2015
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Eduardo Lopes Santos Edifício Multifuncional na Avenida Faria Lima
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Senac como requisito para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.
Orientadora: Prof. Dra. Valéria Santos Fialho
São Paulo 2015
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Agradecimentos
Aos meus pais pelo apoio irrestrito, pois sem eles não teria chegado até aqui. Ao meu irmão pela força de sempre. A minha namorada pelo apoio e companhia. E todos meus amigos e familiares.
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“Se você já construiu castelos no ar, não tenha vergonha deles. Estão onde devem estar. Agora, dê-lhes alicerces.”
Henry David Thoreau
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Resumo A proposta do presente trabalho é abordar as transformações urbanas e arquitetônicas da cidade de São Paulo e como essa produção arquitetônica tomou a proporção da metrópole. Dentre as questões discutidas estão: o desenvolvimento econômico da cidade, a expansão dentro de suas limitações geográficas, o crescimento e enriquecimento do bairro do Itaim Bibi, o edifício de escala metropolitana (multifuncional) e as questões urbanísticas do bairro. Para tanto, foram escolhidos como estudos de caso edifícios que tinham como escopo a diversificação de usos. A partir desta aproximação o trabalho apresenta o projeto para um edifício multiuso em terreno localizado na Avenida Faria Lima, uma das principais centralidades e polo socioeconômico de São Paulo.
Palavras chave: Edifício multifuncional, uso misto, Faria Lima, Vila Olímpia, Itaim Bibi
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Abstract
This paper aims to address the urban and architectural transformation of the city of SĂŁo Paulo and how this architectural production has taken the proportion of the metropolis. Among the issues discussed are: the economic development of the city, the expansion within their geographical limitations, growth and enrichment of the Itaim Bibi district, the metropolitan scale building (multifunctional) and urban issues in the neighborhood. For that, they were chosen as building case studies that were scoped to the diversification of uses. From this approach the work presents the design for a multipurpose building in land located on Avenida Faria Lima, one of the main centrality and socio-economic hub of Sao Paulo.
Key words: Multifunctionalbuildings, mixed-use, Faria Lima, Vila OlĂmpia, Itaim Bibi
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Sumário 1. Introdução
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2. Referencial Teórico 2.1 A cidade de São Paulo: suporte físico
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2.2 Vetor Sudoeste de expansão urbana
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2.3 O Bairro do Itaim Bibi: histórico e paisagem urbana
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2.4 Produção arquitetônica na região do Itaim e Faria Lima (Linha do tempo)
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2.5 Área de inserção do projeto: Vila Olímpia
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2.6 Políticas Oficiais: Operação Urbana Faria Lima
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3. Estudos de caso
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3.1 Arquitetura Metropolitana
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3.2 Copan
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3.3 Conjunto Nacional
43
3.4 Centro Empresarial Nações Unidas
51
3.5 BrascanCentury Plaza
59
3.6 FL 4300
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4. Estudo do sítio urbano
71
4.1 Entorno imediato
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4.2 Levantamento Fotográfico
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4.2 O Terreno
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4.4 Índices Urbanísticos
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4.5 Uso do Solo
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4.6 Sistema viário
81
5. Projeto
82
6. Considerações finais
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7. Bibliografia
121
Lista de Imagens
123
11 1.
Introdução
São Paulo é um grande centro empresarial, maior metrópole do país, e uma das maiores da América Latina. Porém urbanisticamente falando, é uma cidade com diversos problemas de planejamento algum, o que gerou grandes disparidades e uma enorme ocupação territorial. Por este “status” de grande metrópole e “terra de oportunidades”, São Paulo, ao passo que atraia grandes empresas multinacionais, atraiu um contingente de imigrantes muito maior de todo país. No entanto, sem o devido planejamento para abrigar e atender essa grande demanda de moradias para os trabalhadores, vimos acontecer ao longo dos anos um alastramento urbano, ocupando-se cada vez mais a zonas periféricas da cidade. E os grandes centros de desenvolvimento socioeconômico concentrados em apenas uma pequena parte do vasto território do município. Determinando assim o que conhecemos de “bairros dormitórios”, isso é um efeito muito negativo para a municipalidade como um todo, pois grande parte do caos urbano deve-se aos enormes deslocamentos diários necessários a população. O transporte público é ineficiente perante a grande demanda, e misturada com a crescente do transporte individual nos deparamos sempre com as mesmas cenas diariamente, horas do dia perdidas no trânsito. O edifício multifuncional se insere nesse contexto como uma alternativa, e parte da solução para esse caos. Apesar de não ser um tipo de arquitetura exatamente nova, ela tem despertado a atenção do mercado da construção e principalmente do poder público, com o incentivo para esse tipo de empreendimento. Como veremos nesse trabalho, o edifício com uma proposta de uso misto, tem uma certa pretensão de colocar a escala da cidade, ou seja todas suas atividades sociais como trabalho, moradia, comércio e lazer em um lote. Uma visão interessante que se replicado pela cidade, gerando empregos onde não há e igualmente a moradia, os deslocamentos tenderiam a ser menores. Para tanto, será retratado no capítulo 2.0 um breve histórico da cidade de São Paulo; sendo abordado no item 2.1 o surgimento das primeiras estradas de ferro que deram início as primeiras indústrias e núcleos urbanos, consequentemente, no item seguinte, os fatores econômicos do século XIX que ocasionaram o crescimento repentino em lugares propícios para a economia, nos itens 2.3 e 2.4, o histórico,
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crescimento e produção arquitetônica na região do Itaim bibi e Faria Lima, no item 2.5 será discutido sobre as melhorias realizadas no bairro da Vila Olímpia pela prefeitura, assim como, as melhorias que ainda precisam ser feitas devido a falta de planejamento urbano consequentes ao crescimento desordenado da década de 1990 e no último item do capítulo, sobre a Operação Urbana aprovada em 1995 cujo objetivo era o prolongamento da Avenida Faria Lima. No capítulo 3.0 serão levantados estudos de caso, a fim de obter diferentes visões de fluxo, acessos e distribuições no sitio; no item 3.1 será feito uma breve revisão da história de São Paulo demonstrando a passagem veloz do pequeno para o grande centro urbano e os projetos urbanísticos que foram feitos nesse meio tempo para adequar a cidade as mudanças ocorridas, como o Edifício Copan no item 3.2, o Conjunto Nacional no item 3.3, o Centro Empresarial das Nações Unidas no item 3.3, o Brascan Century Plaza no item 3.4 e o FL 4300 no item 3.5, assim como a importância de cada um desses edifícios na história arquitetônica de São Paulo. Por último, nos capítulos 4.0 e 5.0 é apresentado o estudo do sítio e finalmente, o projeto proposto.
13 2.
Referencial Teórico
2.1
A cidade de São Paulo: suporte físico
Figura 1 - O Vetor Sudoeste e o relevo original - Desenho (sem data) de Luiz Vallandro Keating. fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/10.109/46
O espigão central é o principal divisor de águas da cidade, que conta com três grandes rios, muito importante na formação da metrópole. A leste está o Rio Tamanduateí que foi o primeiro caminho em direção ao litoral. O Rio Tietê era o caminho para o interior. Para chegar ao Rio de Janeiro seguia-se o rio Paraíba do Sul. A partir destes trajetos surgem os primeiros núcleos urbanos da cidade. Eram pontos estrategicamente localizados, pois ficavam entre rotas, como Santana (Interior), Penha (Rio de Janeiro), São Bernardo do Campo (litoral) e Pinheiros (Sul). Ao final do século XIX surgiram as primeiras estradas de ferro, que seguiam o traçado dos rios. A mais importante delas era a Santos-Jundiaí, que ligava a capital ao litoral e ao interior paulista. Ao longo da ferrovia naturalmente começam a surgir as primeiras indústrias, em regiões como Lapa, Brás, Mooca e Ipiranga. Posteriormente com o grande desenvolvimento da indústria automobilística e do sistema rodoviário, surge o que hoje é denominado mini-anel viário metropolitano, que delimita o centro expandido da cidade. Ele segue com suas grandes avenidas em grande parte acompanhando o leito dos rios e das ferrovias.
14 2.2
O Vetor Sudoeste de Expansão Urbana
O núcleo inicial de São Paulo, situado entre os rios Anhangabaú e Tamanduateí, o “Triângulo” compreendido entre as Ruas Direita, São Bento e 15 de novembro, protegido por muralhas de taipa e pau-a-pique, cresceu muito devagar, pois faltava-lhe um esteio econômico. Foram os dois fatores econômicos – café e indústria – que romperam o longo período de hibernação da cidade de São Paulo.
Figura 2 - O centro expandido de São Paulo e suas centralidades fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/10.109/46
Com o primeiro surto industrial, operários fixaram suas moradias próximas as indústrias dos bairros Brás, Móoca e Ipiranga, ao lado do eixo da estrada de ferro Santos - Jundiaí. As várzeas, no entanto não eram áreas fáceis de serem urbanizadas e a estrada de ferro acabou criando problemas de acessos e áreas urbanas descontínuas com grandes glebas industriais. No início do século XIX, o estímulo econômico representado pelo café e o inicio da industrialização fez com que aquele núcleo inicial, que crescera muito pouco, até então, transbordasse e se esparramasse pelas várzeas do Tietê e
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adjacências, passando a galgar os flancos do espigão da Paulista, regiões mais altas e salubres que merecerão a preferência da aristocracia do café. Desde a fixação casarões da elite paulistana nos arredores da Praça da República, as classes abastadas seguiram sempre a mesma direção de expansão. Subiram o espigão da Paulista, desceram para a outra face da encosta até chegar ao Rio Pinheiros (Vila Buarque, Vila Penteado, Higienópolis, Cerqueira César, Jardins e Pinheiros). Ao redor do vetor sudoeste formou-se a região da cidade com os melhores índices socioeconômicos e os melhores indicadores de desenvolvimento humano. É nela que se encontram a Avenida Paulista, Avenida Faria Lima e a Avenida Eng. Luis Carlos Berrini, onde estão as sedes e escritórios das maiores empresas e bancos. Nessa região é também onde existe o maior número de postos de trabalho. Dessa forma, existe uma grande infraestrutura de transporte para atender essa região da cidade. Nos últimos vinte anos, o capital imobiliário provocou uma reordenação no espaço urbano da metrópole paulista, com grandes investimentos públicos e privados na área da região sudoeste. Grande parte desses investimentos foi decorrência das Operações Urbanas Faria Lima e Águas Espraiadas, que ocorreram por meio de articulações entre poder público e a iniciativa privada. O montante de investimentos utilizados nessas operações permitiu a construção da infraestrutura urbana, e devido a esses investimentos públicos e privados a região teve uma substancial valorização.
2.3
O bairro do Itaim Bibi: Histórico e paisagem urbana
A extensa várzea onde hoje se encontra o Bairro do Itaim Bibi, era passagem obrigatória para os que demandavam Santo Amaro, vindos do Centro e de Pinheiros. Ao sul do espigão Central (Av. Paulista) estende-se uma sequência de baixos e médios terraços, constituindo uma faixa contínua, entre o espigão e o rio Pinheiros. Ai localiza-se o Itaim-Bibi.
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Figura 3 – várzea e o córrego do Sapateiro (1939) fonte: Imagem retirada do livro “Itaim”
Era
um
sítio
sem
utilização
econômica,
terras
baixas
inundadas
periodicamente pelo rio e córregos abundantes na região (córrego da Traição, Uberabinha, do Sapateiro e Verde). No desenvolvimento da cidade, as várzeas foram sempre desprezadas e com razão, pois além de inundáveis, não eram salubres, dificilmente aí se podia obter água potável e era forçoso conviver com a lama, quando não com o charco.
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Figura 4 - Localização das primeiras chácaras Rio Pinheiros antes e depois da retificação fonte: Imagem retirada do livro “Itaim”
Isto explica o tardio aproveitamento dos terrenos do Itaim, apesar da sua localização vantajosa como zona de passagem. Até o fim do século XIX, seu aproveitamento decorria da utilização em termos de passadio e recreação: para caçar e pescar, as árvores frutíferas, principalmente jabuticabeiras, abasteciam a mesa dos proprietários. Entre os anos de 1910 e 1920 surgem as primeiras ruas (que nada mais eram que passagens entre chácaras), e o loteamento em pequenas chácaras de um hectares, vendidas a imigrantes italianos moradores do Bexiga. Os primeiros a adquirirem terras no local e nela se instalarem foram italianos e portugueses, vindos diretamente da Europa ou de outros bairros, onde os terrenos tornaram-se caros. Foram ocupadas em primeiro lugar as áreas mais elevadas, melhores que as próximas ao rio ou córregos. Estas passaram a ter importância com a realização das obras de retificação do Rio Pinheiros.
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As chácaras produziam verduras, legumes para o abastecimento local e dos bairros vizinhos, o havia também grande produção de leite e seus derivados, e logo surgem intermediários que compram e distribuem a domicílio. Até os anos 30, a ocupação da área se restringiu ao quadrilátero formado pelas Av. Nove de Julho, Juscelino Kubitschek (Córrego do Sapateiro), Av. São Gabriel e Rio Pinheiros (antes da retificação). A Vila Olímpia teve desenvolvimento mais lento, dado à sua localização distante da zona de passagem representada pelo Itaim. A ocupação econômica da várzea se prendeu três atividades: a do barqueiro que retirava areia do rio, os portos de areia e as olarias que forneciam areia, tijolos e telhas para as construções. Ao contrário de bairros com Aclimação e Jardins, que foram loteados por companhias francesa e inglesa respectivamente, no Itaim o loteamento foi realizado pelos proprietários, sem nenhum plano urbanístico. Optou-se por um empreendimento popular que atendesse a uma faixa de pequenos comerciantes, homens de ofício e empregados do comércio. Essa opção favoreceu o desenvolvimento atual do Itaim, já que não impunha restrições de qualquer espécie, ao estabelecimento humano e às construções.
Figura 5 - Ilustração de uma típica casa do Itaim no início de sua urbanização. fonte: Imagem retirada do livro “Itaim”
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Os lotes eram, geralmente de 10x50 metros. A valorização dos terrenos do Itaim foi constante. A expansão da indústria, durante a guerra de 1914, e a crise de 1929 e consequente êxodo rural, por si só não explicam o crescimento do bairro. Porém com o crescimento das fabricas em São Paulo aumentou consideravelmente o número de trabalhadores; o desenvolvimento de bairros Jardins, oferecendo oportunidade de trabalho em construção ou em casas de família, e o preço dos terrenos bastante convidativos, foram fatores que determinaram a procura do local como bairro residencial popular. Em 1934 o Itaim deixou de pertencer ao bairro dos Pinheiros. Foi criado o subdistrito do Itaim (por lei n° 6.731 de 4 de outubro de 1934), transferido em 1935 para o Jardim Paulista. O aspecto das residências do Itaim era uniforme; uma ou outra construção mais requintada pertencia aos donos do loteamento ou, mais, recentemente, a algum morador bem sucedido; o espírito pragmático do imigrante geralmente o levava a multiplicar o número de seus imóveis o que tornava óbvio o seu sucesso e ampliava sua riqueza. Quando esta alcançava tais proporções que o diferenciava da comunidade, ele se transferia para uma zona mais nobre.
A Verticalização
Esgotadas as áreas disponíveis em outros bairros de São Paulo, as imobiliárias se voltaram para o Itaim, localizado entre os Jardins e Vila Nova Conceição, cortado por artérias de ligação com o centro e outros bairros, que, em 1970, continuava com muitas áreas vazias e os preços dos terrenos ainda eram bons. Aos moradores, pessoas simples, os especuladores ofereciam que lhes pareciam consideráveis. A inflação, ao contrário do que se pensa, torna-se momento oportuno para as imobiliárias e para as construtoras, que viram, então, no Itaim, um bom emprego de capital, pois não havia restrições impostas pelo loteamento; além disso no planejamento comercial, para dar vazão ao saturamento da Rua Augusta (comércio sofisticado) e da Barra Funda (comércio de classe média).
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A escolha do Itaim realizou-se pela posição de confluência entre os Jardins e a Avenida Santo Amaro, pela pequena valorização dos terrenos e pela ausência de restrições impostas pelo loteamento.
Figura 6 - Vista atual da Avenida Faria Lima fonte: http://salasdereuniao-av-paulista.com.br/escritorio-virtual-av-faria-lima/#begin
Itaim Bibi – Presente
Atualmente o Itaim é um distrito pertencente a subprefeitura de Pinheiros. Segundo dados da Prefeitura Municipal de São Paulo sua população era estimada em 92.570 habitantes em 2010, possui uma área territorial de 9,90 km², resultando em uma densidade demográfica de 9,351 hab/km².
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Figura 7 - Limites do Itaim e suas Unidades Territoriais (EMPLASA) fonte: EMPLASA
2.4
Produção arquitetônica na região do Itaim e Faria Lima (Linha do tempo)
22
Figura 8 – Linha do tempo fonte: desenvolvida pelo autor
2.5
Área de inserção do projeto: Vila Olímpia
A partir dos anos 1990 o bairro recebeu melhorias, realizadas pela Prefeitura da cidade, tais como: a construção ou melhoramentos das avenidas e alargamentos de ruas que geraram uma ligação do bairro com diversas áreas da cidade. Após as obras subterrâneas nos rios Uberaba e Uberabinha houve um grande “boom” imobiliário por causa do fim dos grandes alagamentos.
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Figura 9 - Vila Olímpia (EMPLASA) fonte: EMPLASA
A Vila Olímpia abriga inúmeros escritórios de multinacionais e empresas nacionais como: Unilever, Grupo Santander, Camargo Corrêa, Chrysler, CPFL, Bain&Company, Comgas, Gol Transportes Aéreos, Topico Soluções em Coberturas, AES Eletropaulo, Kimberly-Clark, Parmalat, São Paulo Alpargatas e canais de televisão, exemplos da FOX LatinAmericaChannels e Discovery Communications. Muitas empresas high tech que hoje estão entre as maiores do mundo se encontram também na região: Facebook (primeiro escritório da América Latina), Google, Yahoo!, ApontadorMapLink, Motorola, Sony Ericsson, Intel, Symantec, Microsoft, entre muitas outras.
Essa gama de empresas faz com que nos arredores da Rua Funchal, uma das principais do bairro, haja mais helipontos do que pontos de ônibus. O bairro nobre possui 25 helipontos, mais que os 24 pontos de ônibus que estão localizados em vias estreitas, havendo constantes congestionamentos. Este fato reflete a falta de planejamento urbano a partir da década de 1990, quando houve uma explosão de lançamentos de edifícios novos e modernos na área. Vila Olímpia também sofre com de falta de estacionamentos para atender sua grande demanda. A região
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também tem grande fama por conta de sua vida noturna, seus diversos bares e casas noturnas, considerada por isso como uma das principais áreas de lazer da noite paulistana.
Figura 10 - | Rua Olimpíadas fonte: http://www.griffeimobiliaria.com.br/consulta_main.php?imo vel=490-Laje-Comercial-para-Locacao-Sao-Paulo---SP
Figura 11 - 17 | Rua Olimpíadas fonte: http://www.griffeimobiliaria.com.br/consulta_main.php?imo vel=490-Laje-Comercial-para-Locacao-Sao-Paulo---SP
Alguns dados importantes para o entendimento do bairro:
LIMITES REFERENCIAIS: Norte: Avenida Juscelino Kubitschek. Sul: Avenida dos Bandeirantes.
25 Oeste: Ruas: Lourenço Marques, Olimpíadas e Ramos Batista. Leste: Avenida Santo Amaro. População 2000: 18 467 habitantes (22,67% em relação ao distrito). Domicílios 2000: 6 990 (23,39% em relação ao distrito – 29 885 domicílios). Área (km²): 1,927km² (19,23% em relação ao distrito – 10,021km²). Densidade demográfica: 9 583 hab./km2. Número de estabelecimentos: 2 177 (21,03% em relação ao distrito). Industrial: 216 (30,64% em relação ao distrito – 705 estabelecimentos). Comércio: 726 (26,04% em relação ao distrito – 2 788 estabelecimentos). Serviços: 1 235 (18,01% em relação ao distrito – 6 858 estabelecimentos). Número de empregos: 29 372 (18,66% em relação ao distrito – 157 420 empregos). Industrial: 4 419 (22,10% em relação ao distrito – 19 997 empregos). Comércio: 5 037 (20,13% em relação ao distrito – 25 028 empregos). Serviços: 19 916 (17,72% em relação ao distrito – 112 395 empregos).
EQUIPAMENTOS URBANOS REFERENCIAIS: Cultura, esportes, turismo e lazer: Espaço Cultural Vila Olímpia. Educação: EmefProfª Maria Antonieta D’Alkimin Basto. Universidade Anhembi Morumbi – Campus Vila Olímpia. Escola Nova Lourenço Castanho. Saúde: Hospital São Luiz. Hospital Santa Paula. Comércio e serviços: Supermercado Pão de Açúcar. Compre Bem Supermercados.
Fonte dos dados : EMPLASA
2.6
Operação Urbana Faria Lima
Operação Urbana é um instrumento urbanístico que pressupõe formas de parceria entre o poder público e o setor privado, interessado na permissão de
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construir área adicional à definida pela lei: ao pagar os benefícios decorrentes de exceções à legislação urbana, os empreendedores privados financiariam o investimento público na transformação de determinada parte da cidade, objeto de operação. Mediante a outorga onerosa de exceções à lei de uso e ocupação do solo, isto é, pela arrecadação das contrapartidas a serem pagas pelo empreendedor em troca dessas exceções, uma operação urbana deve garantir recursos para custear intervenções de estruturação, qualificação e melhoria das áreas definidas como território de sua atuação. As novas atividades econômicas, os empreendimentos imobiliários, o crescimento populacional, as políticas públicas ou a ausência delas têm levado ao adensamento e a intensificação do uso de determinadas áreas, enquanto a evasão de atividades econômicas e de população ocasiona o abandono e a degradação de outras. O capital, de forma intensa, participa da organização do espaço urbano, ele ocupa e produz espaço, formando áreas especializadas em distintas partes do território, intensificando o uso e a ocupação do solo urbano, estimulando o mercado imobiliário e as parcerias entre os setores público e privado, segundo facilidades de infraestrutura. Essa organização depende também das ações políticas, econômicas e sociais sobre determinados espaços. Portanto, a cidade é fruto de intervenções privadas e estatais, que atuam no espaço através de investimentos estruturais e organizacionais da infraestrutura urbana, regulamentando os diversos interesses de poder e de classe, estabelecendo estratégias sociais e políticas. A Operação Urbana Consorciada Faria Lima foi aprovada em 1995, abrangendo 450 hectares e visando, primordialmente, o prolongamento da Avenida Faria Lima, com a implantação de infraestrutura e com desapropriações necessárias, o que trouxe alterações profundas de uma porção importante da região sudoeste da cidade de São Paulo, não somente na área em si como também em seu entorno imediato. Essa intervenção procurou garantir que a introdução dos diversos melhoramentos viários, propostos nos bairros de Pinheiros, Itaim, Vila Olímpia e Via Funchal, fossem complementadas por uma política de adensamento compatível com a maximização da rede de infraestrutura, de transporte e de serviços, e fossem implantados juntamente com o novo sistema viário.
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Figura 12 - Perímetro da Operação Urbana Faria Lima fonte: http://www.prefeitura.sp.gov.br/guiadeservicos/content/opera%C3%A7%C3%A3o-urbana-faria-lima
Foi destacado algumas diretrizes importantes do projeto: •
melhorar, na área objeto da Operação Urbana, a qualidade de vida de seus
atuais e futuros moradores, inclusive de habitação subnormal, e de usuários, promovendo a valorização da paisagem urbana e a melhoria da infra-estrutura e da qualidade ambiental; •
incentivar o melhor aproveitamento dos imóveis, em particular dos não
construídos ou subutilizados; •
ampliar e articular os espaços de uso público, em particular os arborizados e
destinados à circulação e bem-estar dos pedestres. •
complementação e integração do sistema viário existente na região com o
macro sistema de circulação da Zona Sul, de forma a possibilitar a distribuição adequada dos fluxos de tráfego gerados pela Ponte Bernardo Goldfarb, pelo túnel sob o Rio Pinheiros, pelos corredores de ônibus e, ainda, pela implantação dos projetos de transporte de massa, elaborados pelo Metrô e pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos - CPTM, para atendimento dos usuários da região; •
abertura de espaços de uso público, compatíveis com a dinâmica de
desenvolvimento da região, dimensionados de forma a possibilitar a criação de áreas de lazer e de circulação segura para pedestres e de vias que permitam a priorização do transporte coletivo sobre o individual;
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•
criação de condições ambientais diferenciadas para os novos espaços
públicos obtidos, mediante a implantação de arborização, mobiliário urbano e comunicação visual adequados; •
uso do solo das propriedades públicas ou privadas compatível com a
conformação das novas quadras criadas pela implantação das melhorias viárias e de infra-estrutura; •
criação de condições para ampliação da oferta de habitações multifamiliares
em áreas de melhor qualidade ambiental, de forma a possibilitar o atendimento do maior número de interessados; •
estímulo ao remembramento de lotes de uma mesma quadra e ao
adensamento, sem prejuízo da qualidade ambiental, respeitado o coeficiente de aproveitamento máximo de 4,0 (quatro); •
interligação de quadras e de edificações dentro de uma mesma quadra
mediante o uso dos espaços aéreo e subterrâneo inclusive dos logradouros públicos; •
incentivo a usos diferenciados nas áreas contidas no perímetro da Operação
Urbana, com ocupação do pavimento térreo para fins comerciais até o máximo de 70% (setenta por cento) da área do lote; •
ampliação das áreas de estacionamento destinadas aos usos comerciais e de
serviços. •
estímulo ao uso residencial em áreas específicas, com taxa de ocupação
máxima de 70% (setenta por cento) da área do lote; •
criação de áreas verdes, ciclovias e adoção de mecanismos que possibilitem
a absorção e o escoamento das águas pluviais; •
provisão de Habitação de Interesse Social, melhoramentos e reurbanização
em locais definidos pelos órgãos competentes da municipalidade, destinada à população favelada residente na área da Operação Urbana e região do seu entorno; •
atendimento da população residente em áreas objeto de desapropriação,
interessada em continuar morando na região, através do financiamento para aquisição de habitações multifamiliares já construídas ou que venham a ser construídas com recursos da Operação Urbana;
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Figura 13 – Controle de estoques de áreas de construção adicional http://www.prefeitura.sp.gov.br/guiadeservicos/content/opera%C3%A7%C3%A3o-urbana-faria-lima
30 3.
Estudos de caso
3.1
Arquitetura Metropolitana
Uma breve revisão da história da cidade de São Paulo demonstra que a passagem da condição de pequeno burgo para o de importante centro urbano ocorreu de modo abrupto e veloz, marcando assim um comportamento que ao se ver reproduzido repetidas vezes sela o destino dimensional da cidade. Se durante três séculos e meio a cidade de São Paulo permanece fisicamente limitada ao triângulo original, no último quarto do século XIX a cidade encontrará sua tendência de crescimento que a caracterizará em meados do século XX como a metrópole mais pujante do país. (Xavier, 2007) Como a cidade estava em pleno crescimento populacional e desenvolvimento econômico e ganhando cada vez mais espaço no cenário cultural, precisava-se de uma forma de o desenvolvimento urbano seguir esse crescimento, expressando o poder da cidade. Com o pensamento da cidade moderna em voga, os primeiros teóricos começam a desenvolver projetos urbanísticos que interligariam a cidade fragmentada do início do século XX com largas avenidas e obras de estruturas monumentais. A malha urbana da cidade precisava ser redimensionada para desempenhar sua função de grande centro. O Plano de Prestes Maia era exagerado para a demanda da época, mas visava a interligação de fragmentos isolados da cidade e previa a necessidade de tais dimensões já que a cidade crescia vertiginosamente. São Paulo possuía uma área central consolidada e uma nova centralidade surgia, a Avenida Paulista. Localizava-se numa área mais alta que o centro antigo e isso gerava a necessidade de construção de pontes, túneis e viadutos, que por sua vez também mostravam o poder e a grandeza da metrópole que surge. O Plano de Prestes Maia era exagerado para a demanda da época, mas visava a interligação de fragmentos isolados da cidade e previa a necessidade de tais dimensões já que a cidade crescia vertiginosamente. São Paulo possuía uma área central consolidada e uma nova centralidade surgia, a Avenida Paulista. Localizava-se numa área mais alta que o centro antigo e
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isso gerava a necessidade de construção de pontes, túneis e viadutos, que por sua vez também mostravam o poder e a grandeza da metrópole que surge.
A arquitetura como forma cristalizada do pensamento social da época, que era de avanço acelerado rumo ao futuro. Uma arquitetura que demonstrasse o poder que a cidade adquiria se tornando o grande centro cultural do Brasil, através de formas marcantes, verticalidade acentuada e uso de materiais de alta tecnologia.
Figura 14 - Avenida Paulista, em 1953 fonte: Retirada do livro “Arquitetura Metropolitana”
A sociedade queria se modernizar, queria se inspirar na indústria, na organização e racionalidade das máquinas, que demonstravam trabalho constante e eficiência. “Edição de uma produção que possui no interior de sua forma a representação de um determinado espírito metropolitano; uma arquitetura moldada à escala da metrópole, promotora dos sentidos simbólicos de uma vida urbana moderna.” (Xavier, 2007) A arquitetura metropolitana possibilita a vida pública coletiva (COPAN e CONJ. NACIONAL), a dinâmica urbana (relação público-privado), e é caracterizada por espaços livres e edificáveis.A arquitetura significa a confirmação da vontade de uma sociedade tornada ato: seu caráter e características se ligam à sociedade e dela se tornam representantes. A arquitetura metropolitana é um Fato Urbano, pois se destaca no relevo indistinto da massa edificada urbana; recebe sentidos da memória coletiva e
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individual de uma sociedade, tornando-se ícones. (o COPAN por sua forma, escala, contexto e arquiteto o tornam um fato urbano em São Paulo, marcando uma época de grande crescimento da cidade. Um dos ícones que representam a cidade para os de fora.
Uma arquitetura globalizada, ensimesmada e excludente nega o caráter original da vida na metrópole, ela não se abre e não cria vínculos com a sociedade, também não expressa em si nada relacionado à vida social. A “Arquitetura Metropolitana” deve ser: - Cristalização do pensamento social da época; - Composição da imagem urbana; - Resposta e promoção do contexto.
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Metrópole Vertical
Impulsionado
pelo
desenvolvimento
tecnológico
produzido
pela
industrialização, o exercício da forma edificada encontra novos paradigmas e limites a serem testados. A tecnologia é o instrumento pelo qual se torna possível alcançar a medida do mundo moderno. O padrão dinâmico da paisagem urbana da cidade de São Paulo será intensamente afetado por essas práticas. (Xavier, 2007) Entre as décadas de 1920 e 1949, apenas alguns edifícios ultrapassavam em altura a grande massa já edificada, como o edifício Sampaio Moreira, de 1929 e com 24 andares. Nessa época, surge um conjunto de normatizações que visavam estabelecer parâmetros para a estruturação urbana e construtiva da cidade, o Código de Obras Arthur Saboya. Notamos que nesta fase que o processo de legislação urbana demonstra especial preocupação com a zona central da cidade, optando ora pelo incentivo à verticalização, com o estabelecimento de um gabarito mínimo. Ora pelo controle da verticalização, estabelecendo um gabarito máximo. Este duplo estabelecimento de limites associado à concordância com a altura das edificações vizinhas contribui para um padrão compacto de crescimento da cidade, determinado por um conjunto arquitetônico contínuo relativamente controlado e homogêneo. (Xavier, 2007) Entre 1940 e 1957, a verticalização da área central se intensifica. Porém esse crescimento não se limita apenas a região central. Houve um alastramento de tal processo, passando para os bairros de Santa Cecíla, Vila Buarque, Consolação, Higienópolis e Cerqueira César, respectivamente. O desenvolvimento então começa a extravasar os limites do centro sentido a porção oeste da cidade, subindo primeiramente a Rua Augusta e posteriormente a Avenida Paulista.
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Figura 15 - Ilustração de Carla Caffé da Galeria Presidente (Centro) fonte: Retirada do livro “São Paulo na linha”
3.2
Edifício Copan
Arquiteto: Oscar Niemeyer Local: Av. Ipiranga, 200 - República, São Paulo Data: 1951-1966
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Figura 16 - Vista aérea do edifício Copan fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Edif%C3%ADcio_Copan
O Copan, sem dúvidas, marca e revoluciona a paisagem da cidade. O empreendimento foi idealizado para compor o cenário do IV Centenário da cidade, sua escala monumental impressiona até hoje.
Seu caráter pioneiro não se deve apenas a ousada forma curva, mas principalmente ao seu complexo programa onde se vêem refletidos os conteúdos relativos ao desenvolvimento de uma vida social moderna. A fim de valorizar o empreendimento, os investidores, convidaram Oscar Niemeyer para desenvolver o projeto. O programa original abrigava um hotel com
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600 apartamentos, com salões, restaurantes e lojas, um cinema para 3.500 pessoas, um teatro para 700 pessoas, garagem para 500 carros, uma área residencial de 900 apartamentos e uma galeria com mais de 100 lojas. A Companhia Pan-Americana (empreendedora), pouco tempo depois do lançamento do empreendimento começou a apresentar sinais de que não conseguiria realizar o projeto. Até em 1957, depois de um conturbado processo, e o empreendimento passar de mão em mão, o Bradesco assume o negócio e realiza a obra. O Copan idealizado na prancheta para o que passa para o concreto tinha diferenças cruciais em relação à proposta original. Onde seria um hotel, surge uma grande agência bancária. A área verde e o restaurante não foram implantados, o teatro não saiu do papel. A sobreloja nunca chegou a ser ocupada pelo comércio. Os apartamentos dos blocos E e F, que seriam amplos e com até 4 dormitórios foram redivididos em quitinetes e apartamentos de 1 quarto. Estas modificações exigidas pelo novo proprietário são cogitadas como as razões que teriam feito Niemeyer desistir da autoria do projeto, assumindo como sua concepção apenas sua volumetria.
Figura 17 - Copan em construção fonte: http://condominiodofuturo.com/2012/12/13/niemeyer-e-o-edificio-copan/
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O edifício Copan foi um dos primeiros de São Paulo a comercializar, dentro da legalidade, espaços mínimos de moradias conhecidos como quitinetes. Até então, a legislação não permitia que os sanitários recebessem ventilação por dutos, então edifícios assim eram aprovados como hotéis (onde esse recurso era lícito), passando a ser comercializado como moradia após sua conclusão. O Copan, cujo programa abrigava quitinetes em metade de sua área destinada à habitação, praticamente inaugurou a comercialização deste tipo de produto, oficialmente aceito a partir de então. O sucesso de empreendimentos posteriores com programa mínimo de moradia comprova que o mercado ignorou por muito tempo a formação de novas necessidades de habitação O Copan idealizado na prancheta para o que passa para o concreto tinha diferenças cruciais em relação à proposta original. Onde seria um hotel, surge uma grande agência bancária. A área verde e o restaurante não foram implantados, o teatro não saiu do papel. A sobreloja nunca chegou a ser ocupada pelo comércio. Os apartamentos dos blocos E e F, que seriam amplos e com até 4 dormitórios foram redivididos em quitinetes e apartamentos de 1 quarto. Estas modificações exigidas pelo novo proprietário, são cogitadas como as razões que teriam feito Niemeyer desistir da autoria do projeto, assumindo como sua concepção apenas sua volumetria. Estas modificações exigidas pelo novo proprietário, são cogitadas como as razões que teriam feito Niemeyer desistir O programa implantado no edifício Copan combina áreas reservadas à moradia com áreas comerciais e destinadas a serviços. Divide-se essencialmente em duas partes: base e edifício residencial. A base compreende terraço, sobreloja, galeria e subsolo. A galeria, no térreo, abriga 72 lojas e um cinema (ocupado atualmente por um templo religioso). No nível do terraço do projeto original, estavam previstos área de lazer, jardim e mais lojas, acabou dando lugar a um andar de escritórios. O subsolo que previa capacidade para 500 automóveis, foi executado para apenas 221 vagas.
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A ĂĄrea residencial, compreende 1.160 apartamentos divididos em 6 blocos, A, B, C, D, E e F.
Figura 18 - Vista de dentro do Copan para o antigo Hilton Hotel fonte:http://www.timeout.com.br/sao-paulo/na-cidade/features/468/cinco-lugares-que-voce-nao-podeperder-no-copan
Figura 19 - Vista aĂŠrea do Centro de SĂŁo Paulo - Copan destaca-se na paisagem
39 fonte: http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/files/2012/12/copan-lifestyle.publico.pt_.jpg
Figura 20 - Sobreloja fonte: http://bitscaverna.com.br/cachorroblog/?paged=34
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Figura 21 - Entrada para a galeria fonte: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=408804
Figura 22 - Rua externa auxiliar fonte: http://bitscaverna.com.br/cachorroblog/?paged=34
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Figura 23 - Planta do pavimento tĂŠrreo fonte: https://teoriacritica13ufu.files.wordpress.com/2010/12/edifc3adcio-copan.pdf
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Figura 24 - Planta do pavimento tipo original fonte: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=499988&page=4
Figura 25 - Planta do pavimento tipo modificada fonte: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=499988&page=4
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Figura 26 - Fluxograma do pavimento tĂŠrreo fonte: https://teoriacritica13ufu.files.wordpress.com/2010/12/edifc3adcio-copan.pdf
Figura 27 - Planta do pavimento tipo modificada fonte: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=499988&page=4
44 3.3
Conjunto Nacional
Arquiteto: David Libeskind Local: Av. Paulista, 2073 - Jardim Paulista, São Paulo Data: 1955-1958
O Conjunto Nacional, inaugura o processo de verticalização da Avenida Paulista e ajuda na consolidação do eixo Augusta como uma alternativa do comercio central. O projeto edificado, foi fruto de um concurso fechado, realizado em 1955 por encomenda do empresário José Tijurs, do qual sagrou-se vencedor o arquiteto David Libeskind. A ideia era ousada, construir em plena Avenida Paulista, tradicionalmente residencial, um conjunto comercial.
Figura 28 - Vista do Conjunto Nacional em meados dos anos 60. fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/drops/14.079/5140
No terreno escolhido, localizava-se a mansão de Horácio Sabino, considerada uma das mais belas em estilo art-noveau da cidade, projetada por Victor Dubugras. A primeira proposta dividia o projeto em dois blocos, um ocupado por um conjunto comercial, e o segundo que deveria abrigar as instalações de um hotel. Este último, porém, logo foi vetado por uma legislação que proibia hotéis na Avenida Paulista. Então, decide-se pela construção em seu lugar por um conjunto residencial.
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Estavam ainda previstos no programa do edifício um cinema com capacidade para 2 mil espectadores, um teatro que foi vendido posteriormente para a exploração de mais uma sala de cinema, além de um terraço-jardim. O terraço foi dividido em duas porções, a primeira área destinada ao uso privado - lazer dos edifícios residenciais, e uma segunda para uso público, para acesso à boate, ao salão de festa e ao restaurante. No nível térreo, o conjunto comercial reservado à instalação de lojas se abre para a cidade através de cinco ruas internas com largura de aproximadamente 11 metros cada, ligando por intermédio destas passagens as quatro faces da quadra. O encontro dessas ruas-galerias forma uma espécie de praça interna, de 1.600 m², onde os elementos de circulação ganham destaque. No seu centro está instalado um sistema de circulação vertical, composto por um conjunto de elevadores circundado por rampas helicoidais que servem do subsolo à cobertura do centro comercial. Ao lado estão situadas duas escadas rolantes que dão acesso ao segundo andar do conjunto comercial, onde estão o foyer do cinema, mais lojas e conjuntos comerciais.
Figura 29 - Vista interna das ruas-galerias. fonte: http://www.ccn.com.br/noticias.php
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Figura 30 - Vista da rampa helicoidal fonte: http://www.ccn.com.br/noticias.php
Em uma área de aproximadamente 15 mil m² foram previstas 800 vagas de estacionamento. A preocupação no atendimento de vagas de estacionamento pelo edifício indica duas atitudes concordantes. De um lado, a consciência por parte de seu autor da necessidade de um enfrentamento imediato do problema iminente provocado pela opção definitiva do uso do automóvel. Por outro lado, a visão empresarial que vê na oferta de um número elevado de vagas a condição necessária para o sucesso do empreendimento. A concentração de serviços, como correio, agências bancárias e centrais telefônicas, que geralmente se apresenta, dispersos na cidade, também comparece como uma vantagem adicional ao seu futuro usuário. O bloco residencial era constituído por seis edifícios independentes, conjugados em um único corpo, todos com um apartamento por andar, com
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unidades de dois, três e quatro dormitórios. O registro físico dessas seis unidades, porém, permanecia oculto no aspecto externo o volume final.
O maciço residencial forma um plano vertical que se encontra descentralizado em relação ao terreno, afastando-se cerca de 72 metros da avenida Paulista. O recuo faz com que esta face seja eleita pelo projeto como a elevação principal. Deste modo, o edifício residencial, ao se afastar de avenida, abre o visual e funciona como pano de fundo para que o terraço possa receber mais confortavelmente a área do jardim e as formas livres do restaurante e da cúpula envidraçada .
Figura 31 - Conjunto Nacional fonte: http://www.bairronobre.com.br/imoveis/sao-paulo/ cerqueira-cezar/comercial-edifcio-conjunto-nacional-1282
Figura 32 –Acesso ao Horsa II fonte: http://www.ccn.com.br/historia80.php
O caráter de risco do empreendimento fez com que o projeto fosse edificado em etapas. Numa primeira etapa, foi construído o bloco horizontal, que permaneceu por algum tempo desocupado, aguardando os investidores interessados em adquirir as áreas destinadas às lojas e escritórios. Num segundo momento deu-se início a
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construção do bloco vertical. Foi edificado o primeiro de uma série de seis edifícios residenciais previstos. Posteriormente, o empreendedor encomenda ao arquiteto a transformação dos outros cinco edifícios residenciais em dois blocos de conjuntos comerciais, dando origem aos edifícios Horsa I e Horsa II.
Figura 33 - Vista aérea fonte: http://www.ccn.com.br/historia80.php
Figura 34 - Vista do terraço fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Conjunto_Nacional,_ terra%C3%A7o_3.JPG
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Figura 35 - Vista das rua internas da galeria fonte: http://www.bairronobre.com.br/imoveis/sao-paulo/cerqueira-cezar/ comercial-edifcio-conjunto-nacional-1282
Figura 36 - Rampa helicoidal fonte: http://www.bairronobre.com.br/imoveis/sao-paulo/cerqueira-cezar/ comercial-edifcio-conjunto-nacional-1282
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Figura 37 -Programa e funções do edifício fonte: http://pt.slideshare.net/marysato/conjunto-nacional-32756544
Figura 38 - Planta do pavimento térreo com circulações verticais e acessos em destaque fonte: http://pt.slideshare.net/marysato/conjunto-nacional-32756544
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Figura 39 – Planta pavimento tipo original fonte: http://pt.slideshare.net/marysato/conjunto-nacional-32756544
Figura 40 - Corte transversal fonte: http://pt.slideshare.net/marysato/conjunto-nacional-32756544
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3.4
Centro Empresarial Nações Unidas
Arquiteto: Botti Rubin Local: Av. Faria Lima - Vila Olímpia, São Paulo Data: 1989
Figura 41 -Vista da Marginal Pinheiros fonte: http://www.bottirubin.com.br/ port/projetos/projeto.php?id=21
O Centro Empresarial Nações Unidas (CENU) ocupa posição de destaque. Com seus 277,5 mil metros quadrados de área construída, o empreendimento representa, ao mesmo tempo, a modernidade das novas construções que são realizadas em São Paulo e as novas fronteiras e regiões para as quais a cidade e seus habitantes se expandem. Afinal, o empreendimento foi decisivo para a consolidação do mais novo centro de negócios de São Paulo, formado pelas avenidas Engenheiro Luis Carlos Berrini e Nações Unidas. Construído em um terreno de aproximadamente 32 mil m², o complexo é composto pelas torres Oeste (28 andares - 29 mil m²), Norte (38 andares - 66 mil m²), Leste (28 andares - 29 mil m²), um centro comercial no subsolo - que possui ligação com o Shopping D&D e com o World Trade Center (11 mil m²) e 4 subsolos para estacionamento. Atualmente, mais de 5,4 mil pessoas trabalham em todo o complexo, composto pelas Torres Oeste e Norte, de escritórios corporativos, e Leste, ocupada
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pelo Hotel Hilton. Além desse público fixo, uma população de 1,8 mil pessoas circula diariamente pelos edifícios.
Figura 42 - Entrada da Torre Leste - Hilton fonte: http://www.bottirubin.com.br/port/projetos/projeto.php?id=21
Figura 43 - Acesso do Centro Comercial fonte: http://www.bottirubin.com.br/port/projetos/projeto.php?id=21
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A Torre Norte, maior dos três edifícios, foi inaugurada em 1999, mas ainda é considerada a maior e mais moderna torre de escritórios da América Latina. Com 158 metros de altura, é a segunda mais alta de São Paulo e possui entre seus locatários grandes empresas multinacionais. Os funcionários das empresas do complexo, os hóspedes do hotel e demais usuários e visitantes contam com uma completa rede de serviços, lojas e restaurantes do Shopping Nações Unidas, localizado no subsolo do complexo e que possui ligação subterrânea com o World Trade Center e o Shopping D&D. A partir de 2003, o complexo passou a contar com um sistema de autogeração de energia, com capacidade instalada de 6 mil megawatts, que equivalem ao consumo de uma cidade de 40 mil habitantes, capaz de suprir 100% das necessidades dos locatários, independentemente da concessionária local. Além disso, possui abastecimento de água de três poços artesianos.
Figura 44 - Vista do conjunto - Torres Norte e Leste fonte: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=843064
O Hilton foi dotado de um sistema principal de estrutura de concreto armado, associado a algumas peças invertidas fixadas nos pavimentos superiores, responsáveis pelo apoio das calhas e das placas de vidro que definem os fechamentos. Cada treliça teve que ser calculada espacialmente, pois sua complexidade a impedia de ser decomposta e dimensionada como elemento plano,
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abstração freqüente no cálculo estrutural. Fizeram-se também estudos de deformação, de modo que os eventuais movimentos da estrutura não viessem a trincar os vidros de grandes formatos, apoiados em apenas dois bordos. Na concepção da marquise, os perfis tubulares pré-pintados foram escolhidos para manter a unidade com as demais estruturas metálicas do CENU e pelas qualidades estruturais que apresentam em sistemas espaciais. O perfil tubular possui a mesma inércia em todas as direções, dispensando a adoção de muitos travamentos, que geralmente comprometem a expressão plástica da proposta.
Figura 45 - Marquise que faz a ligação entre os edifícios http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=843064
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Figura 46 - entro Comercial - subsolo fonte: http://www.bottirubin.com.br/port/projetos/ projeto.php?id=21
Figura 47 - Implantação do Conjunto fonte: http://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/premio-asbea-2002-escritorio-do-ano-01-12-2002
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Figura 48 Figura 61 | Planta da Torre Leste - Hilton Hotel fonte: http://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/premio-asbea-2002-escritorio-do-ano-01-12-2002
Figura 49 - Seção transversal da Torre Oeste fonte: http://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/premio-asbea-2002-escritorio-do-ano-01-12-2002
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Figura 50 - Seção transversal da Torre Norte fonte: http://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/ premio-asbea-2002-escritorio-do-ano-01-12-2002
Figura 51 - Descrição dos edifícios na implantação fonte: http://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/premio-asbea-2002-escritorio-do-ano-01-12-2002
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Figura 52 - Fluxograma do conjunto - pavimento tĂŠrreo fonte: http://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/premio-asbea-2002-escritorio-do-ano-01-12-2002
Figura 53 - Fluxograma da Torre Leste fonte: http://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/premio-asbea-2002-escritorio-do-ano-01-12-2002
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3.5
Brascan Century Plaza
Arquiteto: KonigsbergerVannucchi Arquitetos Associados Local: Rua Joaquim Floriano - Itaim Bibi, São Paulo Data: 1998-2003
Figura 54 - Vista da praça central do Brascan Century Plaza fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/04.044/2397
Situado no bairro do Itaim Bibi, zona sul de São Paulo, o terreno que atualmente abriga o complexo Brascan Century Plaza, possuí três frentes e localizase entre as ruas Joaquim Floriano, Bandeira Paulista, Tamandaré Toledo e Dr. Renato Paes de Barros. Ocupa cerca de 75% da quadra que no passado abrigou uma fábrica de chocolates. O partido do projeto visa ampliar o espaço coletivo através do território privado, configura-se como um importante passo rumo a melhoria da qualidade de vida urbana, nos grandes centros urbanos. Livre de muros ou gradis, a praça é dotada de lojas, restaurantes com mesas externas, livraria, espaços de convívio e bloco com salas de cinema. A concepção arquitetônica do Brascan Century Plaza reúne em um único espaço de 12.600 m², 31 pavimentos de flats hoteleiros, 24 pavimentos de conjuntos comerciais, 15 lajes corporativas, centro de convenções, centro comercial, praça de alimentação e 6 cinemas. Interligando esse complexo, existem estruturas que se
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destinam a oferecer lazer e consumo, em um open mall – espaço que interliga o centro comercial à praça – onde a vida acontece o tempo todo.
Figura 55 - Vista da praça central do Brascan Century fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/04.044/2397
Figura 56 - ista da torre Brascan Century Office fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/04.044/2397
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O embasamento dos prédios, na área voltada para o interior da praça, busca simultaneamente distinguir os espaços público e privado e evitar que os frequentadores se sintam confinados entre os blocos. Para isso, a base dos edifícios foi trabalhada, até seis metros de altura.
Três edifícios formam o complexo. O maior deles é o Brascan Century Stay bridge Suites, torre de flats com 31 pavimentos, 356 unidades hoteleiras, 20 mil metros quadrados e heliponto. O segundo, com linhas semelhantes, é o Brascan Century Offices. Ele tem, em 24 pavimentos, 364 conjuntos de escritórios e soma 18 mil metros quadrados de área construída. O Brascan Century Corporate é um volume retangular de 13 mil metros quadrados, distribuídos por 15 pavimentos de 710 metros quadrados de área de laje. Esse edifício é dirigido a empresas que necessitam de mais espaço para suas instalações. O empreendimento conta ainda com centro de convenções, academia de ginástica, 1 200 vagas de garagem demarcadas e mais 5 mil rotativas. Dois edifícios têm planta em L, o que resultou em maior quantidade de janelas livres de obstáculos frontais - as que ficam de frente para outras estão separadas por boa distância. O core dos prédios em L ocupa o vértice dos blocos, o que permitiu diminuir a extensão dos corredores e promover melhor distribuição dos conjuntos de escritórios e das unidades de hotelaria. O fechamento externo é feito por painéis pré-fabricados revestidos por agregado mineral com duas texturas diferentes. Pilares e detalhes têm acabamento com a mesma pintura - que simula aço corten - presente no embasamento das áreas no entorno da praça.
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Figura 57 - Planta do pavimento tĂŠrreo fonte: http://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/konigsberger-vannucchi-arquitetos-associados-complexomultiuso-21-11-2003
Figura 58 - Planta do pavimento tipo das torres Brascan Century Offices fonte: http://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/konigsberger-vannucchi-arquitetos-associados-complexomultiuso-21-11-2003
64 3.6
FL 4300
Arquiteto: Aflalo e Gasperini Local: Av. Faria Lima - Vila Olímpia, São Paulo Data: 2013
Figura 59 - Vista do FL 4300 http://en.stan.com.br/projetos-conceito/fl4300
Situado na avenida Faria Lima, região famosa por abrigar sofisticados edifícios corporativos que impõe singularidades e diferenças para marcar o espaço. Este projeto se destaca, por revelar em cada linha, recuo ou vazio referências aos outros edifícios com os quais divide o terreno. Composto por três edifícios, dois comerciais e um residencial, que conformam a quadra com uma praça central aberta à população, a gentileza com a cidade também inclui o afastamento em relação à rua, de 60 metros. As duas torres comerciais possuem áreas de aproximadamente 30 mil e 23 mil m², o residencial conta com 15 mil m². São três edifícios de usos e tipologias distintas, mas que compartilham as mesmas características formais do projeto. A praça acontece no vazio do terreno retangular de 13 mil m², limitado por três ruas, dentre elas a avenida. O lote alonga-se para dentro da quadra sendo que a implantação dos edifícios definiu-se pela ocupação da porção perimetral de três dos lados do retângulo, de maneira a formar um miolo vazio voltado para uma das ruas, com acesso direto e livre. Dentro do miolo estão as entradas de pedestres de
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todos os edifícios, e os acessos aos subsolos dos edifícios comercial e residencial. As amplas marquises marcadas por robustos pilares proporcionam um passeio abrigado ao redor de um parque arborizado de cerca de 1,2 mil², sem subsolo ocupado. Esse parque apresenta-se como uma continuidade à massa arbórea existente no empreendimento vizinho, de maneira a inserir-se não só ao contexto do lote, mas também da cidade. Integrado a vegetação há um restaurante de 180 m² formado por uma grande marquise que abraça uma caixa envidraçada.
Figura 60 - Entrada fonte: http://en.stan.com.br/projetos-conceito/fl4300
O espaço térreo oferece à população elementos paisagísticos de qualidade. Um deck, sob a proteção de uma grande marquise, acompanha a fachada da torre e ladeia um espelho d´água revestido com pedra natural hitam e que recebe pilares retangulares. Outra marquise de estrutura metálica parte da empena bicolor e se alonga até a calçada, marcando a entrada e a saída de carros e pedestres. Entre os acessos, áreas livres permeadas por arborização. A entrada principal, entre o pórtico e o
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espelho d´água, permite acesso a um hall de pé-direito de quase 6m, de onde partem escadas e nove elevadores. O edifício de caráter corporativo apresenta comprimento acentuado, mas esbeltes na largura. Seu volume reflete o formato dos outros edifícios de maneira a formar um conjunto único, implantado em “U” no grande terreno. O FL 4300 eleva-se por 15 pavimentos além do hall, com núcleo de circulação na porção posterior para liberar área útil nas plantas. Completa o programa três subsolos de estacionamento.
Figura 61 - Praça interna com vegetação preservada fonte: http://en.stan.com.br/projetos-conceito/fl4300
Figura 62 - Praça no miolo da quadra fonte: http://en.stan.com.br/projetos-conceito/fl4300
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Figura 63 - Acesso a uma das torres corporativas fonte: http://en.stan.com.br/projetos-conceito/fl4300
Figura 64 - Vista do conjunto e acesso ao estacionamento fonte: http://en.stan.com.br/projetos-conceito/fl4300
Os nove primeiros andares têm formato em “L” e os últimos seis reduzem sua área e apresentam planta retangular, com lajes que variam de 870 m² a 1,3 mil m², divididas em duas unidades. Essa redução no volume dos andares superiores permitiu o alinhamento do nono pavimento do FL 4300 ao gabarito da torre comercial, de 11 pavimentos e às aletas das outras torres. Para complementar, um chanfro na lateral do edifício, um ângulo proposital, conduz o olhar do observador direto ao miolo central, e revela a praça e todos os outros edifícios. A arquitetura do FL 4300 é marcada por essa conexão entre linhas, formatos e dimensões que mantêm a unidade do conjunto, mas destacam-se principalmente pela consistência de um projeto que privilegia sua própria unidade, com a integração entre o embasamento e o coroamento, solução característica dos projetos do escritório Aflalo e Gasperini. O volume principal é enquadrado por uma empena de
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granito branco e alumínio, que corre na porção superior, sustentada por pilares aparentes, e desce ligada por varandas projetadas a cada dois pavimentos, que revelam cheios e vazios. Por fim, a empena encontra o plano térreo, alonga-se no pórtico e compõe com a linha de pilares do espelho d´água um todo harmonioso que se traduz por planos sucessivos e ortogonais que estruturam de maneira coesa o desenho do edifício na paisagem. Os outros dois edifícios do terreno revelam as mesmas características formais, apesar dos diferentes programas. O edifício residencial tem 17 pavimentos e irá oferecer apartamentos de 36 a 65 m². Dentre os serviços está uma raia de piscina na cobertura do edifício comercial, acessada por uma passarela. No edifício comercial de 11 pavimentos, predominam salas comerciais de 50 a 60 m², em lajes de até mil m².
Figura 65 - Espelho d´água e marquise fonte: http://en.stan.com.br/projetos-conceito/fl4300
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Figura 66 - Restaurante integrado a praça fonte: http://en.stan.com.br/projetos-conceito/fl4300
Figura 67 - Implantação do FL4300 fonte: http://en.stan.com.br/projetos-conceito/fl4300
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Figura 68 - Planta dos pavimentos tipo do FL4300 fonte: http://en.stan.com.br/projetos-conceito/fl4300
Figura 69 - Corte perspectivado do FL4300 fonte: http://en.stan.com.br/projetos-conceito/fl4300
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Figura 70 - Indicação das circulações verticais dos conjuntos fonte: http://en.stan.com.br/projetos-conceito/fl4300
Figura 71 - Fluxograma dos pavimentos tipo fonte: http://en.stan.com.br/projetos-conceito/fl4300
72 4.
Estudo do sítio urbano
Figura 72 – Área do projeto. Intervenção do autor sobre base fotográfica. Fonte : googlemaps
4.2
Levantamento Fotográfico
Figura 73 - Imagem aérea indicando o percurso do levantamento fotográfico fonte: Google Earth
73
Figura 74 - 1 - Vista da esquina da R. JesuĂno Cardoso x R.Ramos Batista fonte: acervo pessoal
Figura 75 - 2 - Entrada de uma vila residencial
74 fonte: acervo pessoal
Figura 76 - 3 - Entrada de uma vila residencial e pequeno comĂŠrcio na R. JesuĂno Cardoso fonte: acervo pessoal
Figura 77 - 4 - Entrada de uma vila residencial e pequeno comĂŠrcio fonte: acervo pessoal
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Figura 78 - 5 - Vista da parte posterior do terreno a Av. Faria Lima fonte: acervo pessoal
Figura 79 - 6 - Terreno visto da R. JesuĂno Cardoso fonte: acervo pessoal
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Figura 80 - 7 - Vista da Esquina da R. Jesu铆no Cardoso x Av. Faria Lima fonte: acervo pessoal
Figura 81 - 8 - Ponto de 么nibus em frente ao terreno (Av. Faria Lima) fonte: acervo pessoal
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Figura 82 - EdifĂcios corporativos vizinhos ao terreno fonte: acervo pessoal
Figura 83 - 7 - Vista da Esquina da Av. Juscelino Kubitschek x Av. Faria Lima fonte: acervo pessoal
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Figura 84 - Espaรงo italiano fonte: acervo pessoal
Figura 85 - 9 - Espaรงo italiano fonte: acervo pessoal
79 4.3
O Terreno
Figura 86 - Imagem aérea com a situação do terreno fonte: Google Earth
O terreno escolhido possui uma área de 7.322,72 m². É um sítio plano com uma frente de 100 metros voltada a Avenida Faria Lima, e aproximadamente com 75 metros de profundidade, face voltada a Rua Jesuíno Cardoso. A outras faces do terreno são fundos de lote. Na parte posterior a testada para a Faria Lima, foi desenvolvido uma espécie de “pocketpark”, uma viela bem arborizada e de uso público.
80
4.4 Uso do Solo
Figura 87 - | Mapa de uso e ocupação do solo fonte: GEGRAN
Com este levantamento percebemos que a porção leste a Avenida Faria Lima ainda encontramos um uso predominantemente residencial unifamiliar, com casas de pequenos lotes. O uso comercial e de serviços ocupa praticamente toda a Faria Lima e também a Avenida Juscelino Kubitschek nesta porção onde foi feito levantamento.
81 4.5
Índices Urbanísticos
Mapa de zoneamento
Figura 102 | Mapa de zoneamento fonte: Prefeitura de São Paulo
Figura 88 - Quadro com os índices urbanísticos da região fonte: Prefeitura de São Paulo
82
4.6 Sistema Viário Rede viária estrutural
Figura 89 - Mapa com a rede viária estrutural fonte: Prefeitura de São Paulo
Transporte Público
Figura 90 - Mapa da rede viária de transporte público fonte: Prefeitura de São Paulo
83 5. Projeto
5.1 Estudo de massa
Figura 91 - Estudo de massa com entorno fonte: acervo pessoal fonte: Elaboração do autor (2015)
Figura 92 - Estudo de massa com entorno fonte: Elaboração do autor (2015)
84
Figura 93 - Estudo de massa com entorno fonte: Elaboração do autor (2015)
Figura 94 - Estudo de massa com entorno fonte: Elaboração do autor (2015)
85
Figura 95 - Estudo de massa com entorno fonte: Elaboração do autor (2015)
Figura 96 - Estudo de massa com entorno fonte: Elaboração do autor (2015)
O estudo de massa se desenvolve em edifícios de usos diferentes, porém com uma mesma massa, formando um conjunto. O estudo do conjunto de uso misto é distribuído equilibradamente pelo terreno, formando praças, convidando o pedestre e ao mesmo tempo conversando com a calçada larga e a pista de ciclista os dos lados do terreno onde na Avenida Faria Lima e com a rua posterior a avenida que é muito arborizada. Deixando esse meio de passagem pelo terreno bem harmônico.
Estudo do volume
Estudo do volume com o sol
Uso da quadra, permite criar novos acessos . Os acessos e fluxo continuo através da quadra não é uma criação de uma nova rua e nem propor um novo tipo de quadra, sim trazer uma conversa com a cidade. Com isso o pedestre pode atravessar a quadra sem maiores percursos.
Estudo de acessos alternativos
1º Pavimento A circulação vertical é feita por: 1 escadas rolantes, 2 elevadores e 1escada de incendio
Térreo: quadra aberta recuo da calçada para parada de onibus e taxi
Imagem: térreo e 1 º pavimento ; fluxo publico
Circulação residencial.
Circulação corporativo
Circulações indepententes. O volume de circulação vertical contem 4 acessos, dois para andares corporativos, um de uso comum acesso livre e uma circulação para uso residencial. Residencial e corporativo acessos controlados.
Em azul circulação de acesso livre. Conjunto de circulação vertical.
3D EXPLODIDO Estudo de diferença de nivel de pavimentos. Corporativo pé direito 4,5 m. Residencial pé direito 3 m.
Comjunto de circulação . Em rosa acesso livre.
ESTRUTURA
No edifício residencial o sistema de estrutura escolhido foi de pilares e vigas. Pois o vão é de 7,5 por 7,5 tendo o vão menor que o edifício corporativo.
Laje Nervurada: utilizada na área de trabalho do edifício corporativo, e nos pavimentos não residenciais. Esse sistema posibilita uma redução no próprio peso da laje, com uma economia de materiais e mão-de-obra. Com uma vantagem de grandes vãos.
Shatf Área especifica em uma construção onde passa-se váriais tubulações de água, elétrica, etc. Porém para não ficar esteticamente desagradável, os shatfs se localizam perto das caixa de circulação vertical.
Shaft também utilizado para levar água pluvial ao tratamento, localizado no 3º SS.
Pele de vidro
RUA
MINISTRO
JESUÍNO
725.36
Projeção laje superior
S
D
D S
Térreo
1
1 : 500 01
5
N 10
20
CARDOSO
RUA
Implantação
1 01
MINISTRO
N
1 : 500 5
10
20
JESUÍNO
CARDOSO
1
IMPLANTAÇÃO 1 : 2000
1
1ºSS N
1 : 500
01
5
10
20
1 Sala dos Malotes 2 Depósito de lixo 3 Área técnica 4 Reservatório 5 Medição/ GÁZ
2 117
97
98
118
99
119
120
121
122
123
12
11
6 Área técnica geradores 7 Sala de Trafo
4
10
3
8 Tratamento de água
5
1 100
111
101
112
113
114
115
116
116
sentido circulação
ACESSO AOS RESIDENCIAS
ACESSO AOS ESCRITÓRIOS 9
8
7
6
5
4
3
2
1
S
102
103
104
106
107
81
82
SUBSOLO 01 110 VAGAS 14 VAGAS P.N.E
83
84 72
71
69
85
68
86
67
87
66
57
56
48
31
30
13
47
32
29
14
46
33
28
45
34
44
35
26
17
43
36
25
18
15
55 88
73
74
70
65 54
27
16
64
89
53
S
63
90
77
76
75
91
92
93
62
52
61
51
42
37
60
50
41
38
40
39
58 94
80
79
49
24
19
23
20
22
21
108
109
110
78
ACESSO D AV. FARIA LIMA
95 VIA DE CIRCULAÇÃO DE VEÍCULOS
Entrada de energia
96
4
2ºSS 1 : 500
7 4 6
3
106 +20 pne
S
3
3ยบSS 1 : 500
ร rea destinada para tratamento de รกgua pluvial
S
1º Pavimento
1
1 : 500
A
E
B
D C
S
Loja
Loja
Loja
Loja
C
Loja D
S
S
Projeção laje superior
Loja
725.36 Loja Vazio
Loja
730.36
D
A
E
2º Pavimento
2
1 : 500
D
N 01
5
A
10
20 E
1
Lavanderia
2
Zelador
3
W.C.
4
Vest.
5
Copa
6
Depósito camareira
7
Depósito - uso corporativo
B
B
D C
S
7
D S
S
7
C
Área detrabalho 965 m² 734.36
6 2
730.36
1
Vazio 3
3
4
4
725.36
5
D
D
A
E
B
Vistas do 1ยบ pavimento - acesso livre
2
Estudo pav. residencial 1 : 500 3 - Vagas por Apt.
Apt. Tipo 1 = 74.5 m² + uma varandas e 1 banheiro. Apt. Tipo 2 = 66.9 m² + 1 varandas e um banheiro. Apt. Tipo 3 = 82,5 m² + duas varandas de 10,3 m² cada uma. 1 banheiro. Duplex tipo 1 = 57.3 m² andar superior, 74.5 m² pav. inferior, 1 varanda e um banheiro pra cada pavimento. Duplex tipo 1 = 66.9 m² andar superior, 51.2 m² pav. inferior, 1 varanda e um banheiro pra cada pavimento.
N
01
5
10
Varanda dos apts.
20
Varanda comum.
Área dos Apts.
Depósito
Circulação comum.
Circulação vertical Posição do depósito e banheiro mudam de acordo com o apt.
Shaft
MODULOS DE APARTAMENTOS - planta livre
1
Apt. tipo1
Área = 74,5 m² + 10,3 m²
1 : 200
Duplex Tipo 1
1D
Área = 74.5 m² + 10,3 m²
1 : 200
4
1D
Duplex Tipo.1 Área = 57.3 m² + 10,3 m²
1 : 200
4
4
S
6
3
3 1
1
D
5
5
1
2
Apt. tipo 2
Área = 66.9 m² + 10,3 m²
1 : 200
2D
Duplex tipo2 Área = 66.9 m² + 10,3 m²
1 : 200
4
2D
2
2
Duplex tipo 2 Área = 51.2 m² + 10,3 m²
1 : 200
4
4 S
3
2
6 D
5
3
5
1
1
2
1
Apt.Tipo 3
Área = 82,5 m² + 2 x 10,3 m²
1 : 200
1 BANHEIRO
4
2
6
1
QUARTO
3 SALA
4
VARANDA
5
COZINHA
6
SALA/ QUARTO
5
4
Os tipos dos apartamentos do edifício residencial efetivamente construído vão de Kitchenettes até apartamentos de 3 dormitorios . Plantas com variações delayout e tamanho, atendendo diferentes grupos de familiares. A boa orientação do edifício faz com que todas fachadas recebam a luz solar diretamente, valorizando a habitação.
S
741.86
D
1
4º Pavimento, este se repete no 8º andar . Com vista frontal, onde o habitande do apartamento tem um visão para o cruzamento da Avenidas Juselino Kubitschek com a Avenida Faria Lima, e sua continuação sentido o bairro de Pinheiros.
Laje nervurada do 4º pavimento corporativo Nota-se que a uma diferença de nível entre os edifícios residencial e corporativo.
4º Pavimento 1 : 500 3D abaixo:
Pé direito residencial 3 metros Pé direito corporativo 4,5 metros
- localização das varandas. - posicionamento dos shafts. - localização da circulação vertical - Hall dos elevadores - Depósito do andar - Sistema estrutural - Pele de vidro que vem da fachada posterior do corporativo que envolve a caixa de circulaçao do residencial.
Sentido Pinheiros
Sentido Avenida Hélio Pellegrino - Moema
1
5º Pavimento 1 : 500
S S
Área de trabalho = 910 m²
744.86
2
747.30
CORTE C- identificação do pavimento. Cor verde 1 : 1000 5º pavimento residencial.
765.86
738.86
765.86 762.86 759.86 756.86 753.86 750.86 747.86 744.86 741.86 738.86
734.36
734.36
761.36 756.86 752.36 747.86 743.36
730.36 725.36
725.36
721.86 718.86 715.86
721.86 718.86 715.86
1
6º Pavimento 1 : 500
D
D
S
747.86 Copa
747.86
S
PAVIMENTO QUE SE ENCONTRA NO MESMO NÍVEL DO CORPORATIVO, ISSO OCORRE NOS PAVIMENTOS 2º,3º,6º E 9º. PORÉM NÃO PODEMOS CLASSIFICAR COMO PAVIMENTO TIPO, POIS O RESIDENCIAL MUDA NA SUA FORMA.
2
Identificação de tipos de Apt. 1 : 500
S
1
7º Pavimento 1 : 500
S
S
D
S
4
Identificação dos pav. 7,8 e 9 e suas repetições. 1 : 500
8º Pavimento
2
10º 9º = 6º
1 : 500
8º 7º 6º = 9º
4º = 8º
D
3
9º Pavimento 1 : 500 DS
S
DS
1
10ยบ Pavimento 1 : 500
D
2
3D - Exp.10ยบ pav resid.
1
11ツコ Pavimento 1 : 500 762.64 762.85 テ》ico
761.56
761.21
762.86
Cobertura lado residencial.
Cobertura テ》ico corporativo.
PAVIMENTO TIPO CORPORATIVO - COMO FUNCIONA:
D
D
S
S
747.86
S
caixa de circulação vertival Depósito do andar
caixa de circulação vertival
Banheiro comunitario Copa Piso elevado Shaft
Viga invertida Banheiro comunitario Depósito do andar Shaft
Brise Janela - Copa Laje nervurada
Forro
Pele de vidro
3
3º Pav. - Opção de layout 1 : 500
D D
S
ÁREA DE TRABALHO 455 m²
ÁREA DE TRABALHO 455 m²
S
3'
3º Pav. Opção de layout
N
1 : 500
D D S
Área de trabalho 120 m²
Área de trabalho 100 m²
Área de trabalho 100 m²
Área de trabalho 100 m²
Área de trabalho 100 m²
Área de trabalho 156 m²
S
Uso de planta livre nos pavimentos corporativo, modo que é mais eficiente em termos econômico, para reunir pessoas em um espaço. Com isso aumenta a área de trabalho e um ganho maior de iluminação.
2
legenda de cor 1 : 10 DEPÓSITO CIRCULAÇÃO HORIZONTAL Res. CIRCULAÇÃO HORIZONTAL Corp. CIRCULAÇÃO VERTICAL Shafts
Pavimento dividido com divisorias acusticas
Posibilidade de 1 até 6 espaços por pavimento. Espaços entre 100 a 910 m². Com vista para uma das avenidas mais importante. 2 conjuntos de banheiros, 1 copa, duas salas de depósito fora da área de trabalho por pavimeno
Planta livre.
1
4º Pavimento Corporativo 1 : 500
D
741.86
S
Área de Trabalho
S
965 m² 743.36
4º pavimendo corporativo e sua repetição Pavimendo corporativo e suas repetições
Corte E
1
3
1 : 500
A4''' Corte E
765.86 762.86
761.36 759.86 756.86
756.86
753.86 752.36 750.86 747.86
747.86
744.86 743.36 741.86 738.86
738.86
734.36
730.36
730.36
725.36
725.36
721.86
721.86
718.86
718.86
715.86
715.86
DET. Corte E
3 PILAR
PISO ELEVADOLAJE NERVURADA
FORRO
RODAPÉ em ALVENARIA
VIGA INVERTIDA
PELE DE VIDRO
1 : 75
Corte A
1
1 : 500
Corte D
3
01
1 : 500
5
10
20
CORTE C
1
1 : 500 762.64
762.82
Corte B
2
1 : 500 765.86
765.86
762.86 761.36 759.86 756.86
756.86
753.86 752.36 750.86 747.86
747.86
744.86 743.36 741.86 738.86
738.86
734.36
730.36
730.36
725.36
725.36
721.86
721.86
718.86
718.86
715.86
715.86
Imagem: Corte perspequitiva
Fachadas posteriores
Vista do pavimento corporativo para o residencial
Vista do 11Âş pavimento do edifĂcio residencial para o corporativo
1
2
Elevação Norte 1 : 500
Fachada Sul 1 : 500
Fachada - Oeste
1
1 : 500
Fachada Leste
2
1 : 500
Imagens do projedo com edifĂcios lindeiros.
O entorno da área do projeto é formado edifícios de grande e baixo gabarito. Na parte norte, encontra grandes edifícios, o que levou a posição mas afastada do edifício residencial, podendo assim obter sol em grande parte do dia. Na fachada sul, temos edifício de baixo gabarito, o que propoe uma ótima vista para a continuação da Faria Lima sentido Moema.
RUA
MINISTRO
JESUÍNO
CARDOSO
725.36
Projeção laje superior
S
D
D S
1.277 m²
FACHADA ATIVA = 638.50 m²
3.225 m²
FRUIÇÃO PÚBLICA = 1.612,50 m²
2.251 m² Acrescentado no C.A.
Análise do terreno Área do terreno: Taxa de ocupação (T.O.- max.) Coeficiênte de aproveitamento (C.A. - max) Taxa de Permeabilidade:
7.294 0.70 2.5 15%
O Projeto Área Construida Taxa de Ocupação atingida: Coeficiênte de Aproveitamento atingido: Taxa de Permeabilidade atingida
20.047 0,57 2.74 0.22
6. Considerações finais
Considerações finais
O objetivo deste trabalho foi criar um edifício de uso misto nada Avenida Faria por conta da com solidarão de outras grandes avenidas que fazem parte do eixo vertical de SP. Esse trabalho possibilitou conhecer de forma mais profunda a importância da inserção de edifícios multifuncionais na cidade, contribuindo para uma série de fatores beneficente, para a cidade dês da diminuição no transporte de casa para o trabalho, como na segurança causada pelo movimento dos diferentes usos. Concluímos que a inserção destes edifícios multifuncional é de grande importância para todos os bairros, e não só para bairros com alguma deficiência como grande numero de insegurança, pouca área verde, bairros de caráter residenciais. Notamos, porém que, talvez por uma questão mercadológica ou de uma retomada de consciência da sociedade como uns todos esses edifícios multiuso vem ganhando espaço novamente, e principalmente em bairros nobres, que se tornaram os novos pólos socioeconômicos de São Paulo, como Itaim Bibi, Vila Olímpia e Berrini. É importante que essa prática não se deixe perder novamente, que haja estimula principalmente por parte dos profissionais da área e do poder público. Propor e incentivar cada vez mais esse tipo de uso, para que essas experiências um dia possam ser replicadas por toda a cidade, até mesmo em empreendimentos de interesse social.
7. Bibliografia
AU. Revista AU, edição nº238. São Paulo. Editora PINI, Janeiro 2014.
BEIGUELMAN, Giselle. São Paulo na linha. São Paulo: Editora DBA, 2000.
Fialho, Roberto Novelli. Edifícios de escritórios na cidade de São Paulo (Tese de Doutorado). São Paulo:FAUUSP, 2007.
Sites
TORRES, Maria Celestina Teixeira Mendes. História dos bairros de São Paulo. São Paulo: Prefeitura Municipal de São Paulo, 1969.
Unidades de informação territorializada: Itaim Bibi. São Paulo, Emplasa, 2008.
XAVIER, Denise. Arquitetura metropolitana. São Paulo: FAPESP, 2007
ZEVI, Bruno. Saber ver a arquitetura. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/desenvolvimento_urbano/legislaca o/planos_regionais/index.php?p=1891
http://www.bottirubin.com.br/port/projetos/projeto.php?id=21
http://arcoweb.com.br/finestra/arquitetura/marc-rubin-e-alberto-botti-hotel-hiltonmorumbi-01-12-2002
http://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/premio-asbea-2002-escritorio-doano-01-12-2002
http://www.tishmanspeyer.com.br/
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/04.044/2397
http://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/konigsberger-vannucchi-arquitetosassociados-complexo-multiuso-21-11-2003
http://au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/238/artigo304185-2.aspx
http://pt.slideshare.net/marysato/conjunto-nacional-32756544
Lista de imagens
Figura 1 - O Vetor Sudoeste e o relevo original - Desenho (sem data) de Luiz Vallandro Keating. fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/10.109/46 .......... Error! Bookmark not defined. Figura 2 - O centro expandido de São Paulo e suas centralidades fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/10.109/46 ....... Error! Bookmark not defined. Figura 3 – várzea e o córrego do Sapateiro (1939) .................................. Error! Bookmark not defined. Figura 4 - Localização das primeiras chácaras - ....................................... Error! Bookmark not defined. Figura 5 - Ilustração de uma típica casa do Itaim no início de sua urbanização. ... Error! Bookmark not defined. Figura 6 - Vista atual da Avenida Faria Lima fonte: http://salasdereuniao-avpaulista.com.br/escritorio-virtual-av-faria-lima/#begin ........................... Error! Bookmark not defined. Figura 7 - Limites do Itaim e suas Unidades Territoriais (EMPLASA) ....... Error! Bookmark not defined. Figura 8 – Linha do tempo ........................................................................ Error! Bookmark not defined. Figura 9 - Vila Olímpia (EMPLASA) ........................................................... Error! Bookmark not defined. Figura 10 - | Rua Olimpíadas .................................................................... Error! Bookmark not defined. Figura 11 - 17 | Rua Olimpíadas ............................................................... Error! Bookmark not defined. Figura 12 - Perímetro da Operação Urbana Faria Lima............................ Error! Bookmark not defined. Figura 13 – Controle de estoques de áreas de construção adicional ....... Error! Bookmark not defined. Figura 14 - Avenida Paulista, em 1953 ..................................................... Error! Bookmark not defined. Figura 15 - Ilustração de Carla Caffé da Galeria Presidente (Centro) ..... Error! Bookmark not defined. Figura 16 - Vista aérea do edifício Copan ................................................. Error! Bookmark not defined. Figura 17 - Copan em construção fonte: http://condominiodofuturo.com/2012/12/13/niemeyer-e-oedificio-copan/ ......................................................................................... Error! Bookmark not defined. Figura 18 - Vista de dentro do Copan para o antigo Hilton Hotel ............ Error! Bookmark not defined. Figura 19 - Vista aérea do Centro de São Paulo - Copan destaca-se na paisagem.. Error! Bookmark not defined. Figura 20 - Sobreloja ................................................................................ Error! Bookmark not defined. Figura 21 - Entrada para a galeria ............................................................ Error! Bookmark not defined. Figura 22 - Rua externa auxiliar ................................................................ Error! Bookmark not defined. Figura 23 - Planta do pavimento térreo ................................................... Error! Bookmark not defined. Figura 24 - Planta do pavimento tipo original ......................................... Error! Bookmark not defined. Figura 25 - Planta do pavimento tipo modificada .................................... Error! Bookmark not defined. Figura 26 - Fluxograma do pavimento térreo ........................................... Error! Bookmark not defined. Figura 27 - Planta do pavimento tipo modificada .................................... Error! Bookmark not defined. Figura 28 - Vista do Conjunto Nacional em meados dos anos 60. ............ Error! Bookmark not defined. Figura 29 - Vista interna das ruas-galerias. ......................................... Error! Bookmark not defined. Figura 30 - Vista da rampa helicoidal.................................................... Error! Bookmark not defined. Figura 31 - Conjunto Nacional .................................................................. Error! Bookmark not defined.
Figura 32 –Acesso ao Horsa II ................................................................... Error! Bookmark not defined. Figura 33 - Vista aérea .............................................................................. Error! Bookmark not defined. Figura 34 - Vista do terraço ...................................................................... Error! Bookmark not defined. Figura 35 - Vista das rua internas da galeria ............................................. Error! Bookmark not defined. Figura 36 - Rampa helicoidal .................................................................... Error! Bookmark not defined. Figura 37 -Programa e funções do edifício ............................................... Error! Bookmark not defined. Figura 38 - Planta do pavimento térreo com circulações verticais e acessos em destaque ........... Error! Bookmark not defined. Figura 39 – Planta pavimento tipo original............................................... Error! Bookmark not defined. Figura 40 - Corte transversal .................................................................... Error! Bookmark not defined. Figura 41 -Vista da Marginal Pinheiros ..................................................... Error! Bookmark not defined. Figura 42 - Entrada da Torre Leste - Hilton............................................... Error! Bookmark not defined. Figura 43 - Acesso do Centro Comercial ................................................... Error! Bookmark not defined. Figura 44 - Vista do conjunto - Torres Norte e Leste ................................ Error! Bookmark not defined. Figura 45 - Marquise que faz a ligação entre os edifícios ......................... Error! Bookmark not defined. Figura 46 - entro Comercial - subsolo....................................................... Error! Bookmark not defined. Figura 47 - Implantação do Conjunto ....................................................... Error! Bookmark not defined. Figura 48 - ................................................................................................ Error! Bookmark not defined. Figura 49 - Seção transversal da Torre Oeste ........................................... Error! Bookmark not defined. Figura 50 - Seção transversal da Torre Norte ........................................... Error! Bookmark not defined. Figura 51 - Descrição dos edifícios na implantação .................................. Error! Bookmark not defined. Figura 52 - Fluxograma do conjunto - pavimento térreo .......................... Error! Bookmark not defined. Figura 53 - Fluxograma da Torre Leste ..................................................... Error! Bookmark not defined. Figura 54 - Vista da praça central do Brascan Century Plaza ................... Error! Bookmark not defined. Figura 55 - Vista da praça central do Brascan Century ............................. Error! Bookmark not defined. Figura 56 - ista da torre Brascan Century Office ....................................... Error! Bookmark not defined. Figura 57 - Planta do pavimento térreo ................................................... Error! Bookmark not defined. Figura 58 - Planta do pavimento tipo das torres Brascan Century OfficesError! Bookmark not defined. Figura 59 - Vista do FL 4300 .................................................................... Error! Bookmark not defined. Figura 60 - Entrada ................................................................................... Error! Bookmark not defined. Figura 61 - Praça interna com vegetação preservada .............................. Error! Bookmark not defined. Figura 62 - Praça no miolo da quadra ....................................................... Error! Bookmark not defined. Figura 63 - Acesso a uma das torres corporativas .................................... Error! Bookmark not defined. Figura 64 - Vista do conjunto e acesso ao estacionamento ..................... Error! Bookmark not defined. Figura 65 - Espelho d´água e marquise ..................................................... Error! Bookmark not defined. Figura 66 - Restaurante integrado a praça ................................................ Error! Bookmark not defined. Figura 67 - Implantação do FL4300 .......................................................... Error! Bookmark not defined. Figura 68 - Planta dos pavimentos tipo do FL4300 ................................... Error! Bookmark not defined. Figura 69 - Corte perspectivado do FL4300.............................................. Error! Bookmark not defined. Figura 70 - Indicação das circulações verticais dos conjuntos .................. Error! Bookmark not defined. Figura 71 - Fluxograma dos pavimentos tipo ............................................ Error! Bookmark not defined. Figura 72 – Área do projeto. Intervenção do autor sobre base fotográfica. Fonte : googlemaps ................................................................................................................. Error! Bookmark not defined. Figura 73 - Imagem aérea indicando o percurso do levantamento fotográfico ..... Error! Bookmark not defined.
Figura 74 - 1 - Vista da esquina da R. Jesuíno Cardoso x R.Ramos Batista ............ Error! Bookmark not defined. Figura 75 - 2 - Entrada de uma vila residencial ......................................... Error! Bookmark not defined. Figura 76 - 3 - Entrada de uma vila residencial e pequeno comércio na R. Jesuíno Cardoso .......... Error! Bookmark not defined. Figura 77 - 4 - Entrada de uma vila residencial e pequeno comércio ........ Error! Bookmark not defined. Figura 78 - 5 - Vista da parte posterior do terreno a Av. Faria Lima ......... Error! Bookmark not defined. Figura 79 - 6 - Terreno visto da R. Jesuíno Cardoso ................................. Error! Bookmark not defined. Figura 80 - 7 - Vista da Esquina da R. Jesuíno Cardoso x Av. Faria Lima Error! Bookmark not defined. Figura 81 - 8 - Ponto de ônibus em frente ao terreno (Av. Faria Lima) .... Error! Bookmark not defined. Figura 82 - Edifícios corporativos vizinhos ao terreno.............................. Error! Bookmark not defined. Figura 83 - 7 - Vista da Esquina da Av. Juscelino Kubitschek x Av. Faria Lima .... Error! Bookmark not defined. Figura 84 - Espaço italiano ....................................................................... Error! Bookmark not defined. Figura 85 - 9 - Espaço italiano .................................................................. Error! Bookmark not defined. Figura 86 - Imagem aérea com a situação do terreno ................................ Error! Bookmark not defined. Figura 87 - | Mapa de uso e ocupação do solo........................................... Error! Bookmark not defined. Figura 88 - Quadro com os índices urbanísticos da região ........................ Error! Bookmark not defined. Figura 89 - Mapa com a rede viária estrutural........................................... Error! Bookmark not defined. Figura 90 - Mapa da rede viária de transporte público .............................. Error! Bookmark not defined. Figura 91 – Localização do terreno ........................................................... Error! Bookmark not defined. Figura 92 - Estudo de massa com entorno................................................ Error! Bookmark not defined. Figura 93 - Estudo de massa com entorno................................................ Error! Bookmark not defined. Figura 94 - Estudo de massa com entorno................................................ Error! Bookmark not defined. Figura 95 - Estudo de massa com entorno................................................ Error! Bookmark not defined. Figura 96 - Estudo de massa com entorno ............................................... Error! Bookmark not defined. Figura 97 - Estudo de massa com entorno................................................ Error! Bookmark not defined.