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Instituto de Apoio a Criança e ao Adolescente com Câncer Grazielle Cristhine Araujo Rebelo



IACAC Instituto de Apoio a Criança e ao Adolescente com Câncer

Grazielle Cristhine Araujo Rebelo

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Senac. Orientadora: Prof. Dra. Valéria Fialho

São Paulo 2015



Grazielle Cristhine Araujo Rebelo

IACAC - Instituto de Apoio a Criança e ao Adolescente com Câncer Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro Universitário Senac – Campus Santo Amaro , como exigência parcial para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo Orientadora: Prof. Dra. Valéria Fialho

A banca examinadora dos Trabalhos de Conclusão, em sessão pública realizada em __/__/____, considerou a candidata:

___________________________________________ Orientador

____________________________________________ Parecerista interno

____________________________________________ Parecerista externo

São Paulo - SP 2015


Dedico este trabalho ao meu namorado Jeferson Tavares que nunca me deixou desistir, me ensinou que o importante sempre ĂŠ lutar sem esquecer os nossos sonhos.


Agradecimentos: Agradeço aos meus pais que sempre me apoiaram em todos os meus estudos e sonhos. Ao meu namorado Jeferson que sempre estar ao meu lado. Aos meus colegas de turma que me ajudaram por toda essa longa caminhada de cinco anos, vencida com muito amor e dedicação.


Lista de imagens Figura 01 – Tipos de crescimento celular......................................................................16 Figura 02 – Registro de câncer de base populacional, Estado e Capital de São Paulo – 2000-2005......................................................................................................................17 Figura 03 – Distribuição percentual da mortalidade por tipo de câncer e faixa etária, Brasil, 2001 a 2005........................................................................................................18 Figura 04 – Mapa de localização do ITACI....................................................................33 Figura 05 – Quimio dia – ITACI......................................................................................34 Figura 06 – Fachada – ITACI.........................................................................................35 Figura 07 – Pátio externo com brinquedos....................................................................35 Figura 08 – Ilustração ITACI..........................................................................................36 Figura 09– Mapa de localização do TUCCA..................................................................39 Figura 10 –Fachada – TUCCA.......................................................................................41 Figura 11 –Quimioterapia – TUCCA..............................................................................41 Figura 12 –Recepção – TUCCA....................................................................................42 Figura 13 – Ilustração ITACI..........................................................................................42 Figura 14 – Mapa de localização do GRAACC..............................................................46 Figura 15 – Fachada - GRAACC...................................................................................48 Figura 16 – Quimioteca – GRAACC..............................................................................49 Figura 17 – Ilustração estrutura GRAACC....................................................................49 Figura 18 – Maqueta GRAACC.....................................................................................50 Figura 19 – Maqueta GRAACC.....................................................................................50 Figura 20 – Planta Subsolo 01 GRAACC......................................................................50 Figura 21 – Imagem aérea Rede Sarah Rio de Janeiro................................................54 Figura 22 – Implantação Rede Sarah Rio (ventilação natural, mecânica e artificial)....55 Figura 23 - Detalhes das camas-macas........................................................................58 Figura 24 - Camas-macas que substituem os leitos......................................................58 Figura 25 - Corte do Sarah Rio de Janeiro, mostrando a composição de coberturas e ventilação.......................................................................................................................59


Figura 26 – Corte jardim interno – sistema de ventilação..............................................59 Figura 27 – Área de lazer – Rede Sarah Rio.................................................................60 Figura 28 – Painel Rede Sarah Rio................................................................................60 Figura 29 – Rede Sarah Rio de Janeiro.........................................................................61 Figura 30 – Implantação Rede Sarah Rio......................................................................61 Figura 31 – Croqui circulação interna e do espaço de convivência Rede Sarah Rio....62 Figura 32 – circulação interna e do espaço de convivência Rede Sarah Rio................62 Figura 33 – Planta Rede Sarah......................................................................................63 Figura 34 –Vista em perfil da fachada Lucy Montoro – Morumbi...................................64 Figura 35 – Entrada do Instituto de Reabilitação Lucy...................................................64 Figura 36 – Praça de convívio- Rede Lucy Montoro- Morumbi......................................65 Figura 37 – Piscina do Instituto de Reabilitação Lucy Montoro.....................................66 Figura 38 – Área de fisioterapia do Instituto de Reabilitação Lucy Montoro..................66 Figura 39– Planta térreo – Lucy Montoro Morumbi........................................................67 Figura 40– Planta tipo - Lucy Montoro Morumbi............................................................67 Figura 41 – Corte Lucy Montoro – Morumbi..................................................................68 Figura 42 –Área social - Centre Sociosanitari................................................................69 Figura 43 – Vista interna do pátio - Centre Sociosanitari...............................................70 Figura 44 –Pátio central - Centre Sociosanitari..............................................................70 Figura 45 –Circulação/Recepção - Centre Sociosanitari...............................................70 Figura 46 –Planta - Centre Sociosanitari.......................................................................71 Figura 47 –Corte - Centre Sociosanitari.........................................................................71 Figura 48 – Fachada – Hospital Moroah........................................................................72 Figura 49 –leito – Hospital Miroah.................................................................................73 Figura 50 – Jardim interno – Hospital Miroah................................................................73 Figura 51 – Recepção – Hospital Miroah.......................................................................73 Figura 52– Implantação – Hospital Miroah.....................................................................74 Figura 53 – Vista da fachada - Hospital Infantil Nemours..............................................75 Figura 54 – Área ao ar livre - Hospital Infantil Nemours................................................76 Figura 55 – Planta 1º pavimento - Hospital Infantil Nemours........................................77 Figura 56 – Planta 4º pavimento - Hospital Infantil Nemours........................................77


Figura 57 – programa - Hospital Infantil Nemours.........................................................78 Figura 58 – Área de convívio - Hospital Infantil Nemours..............................................79 Figura 59 – Jardins - Hospital Infantil Nemours.............................................................79 Figura 60 – Mapa geral: Hospitais/casa de apoio/ Institutos de tratamento..................83 Figura 61 – Mapa de localização do Terreno escolhido................................................84 Figura 62 – Mapa de localização do Terreno escolhido................................................85 Figura 63 – Mapa de uso e ocupação do solo...............................................................87 Figura 64 – Mapa de uso do solo...................................................................................88 Figura 65 – Mapa de gabarito........................................................................................89 Figura 66 – Imagem Av. Almirante Delamare................................................................89 Figura 67 – Imagem Hospital Heliópolis lado Direito na Av. Almirante Delamare........89 Figura 68 – Imagem AMA ao lado esquerdo na Av. Almirante Delamare....................90 Figura 69 – Imagem Av. Almirante Delamare com Rua: Resende costa.....................90 Figura 70 – Imagem Rua Resende Costa......................................................................90 Figura 71 – Imagem comércio na Rua Resende Costa.................................................90 Figura 72 – Imagem Rua Visconde de Camamu...........................................................90 Figura 73 – Imagem escola de samba, continuação da Rua Visconde de Camamu....90 Figura 74 – Localização Operação Urbana Consorciada Mooca-Vila Carioca..............92 Figura 76 - Áreas verdes: Operação Urbana Consorciada Mooca-Vila Carioca...........93 Figura 75 – Equipamentos sociais: Operação Urbana Consorciada Mooca-Vila Carioca...........................................................................................................................93 Figura 77 – Cenário 2026: Operação Urbana Consorciada Mooca-Vila Carioca..........94 Figura 78 – Fluxograma.................................................................................................98 Figura 79 – Maquete de estudo do terreno..................................................................100 Figura 80 – Maquete mostrando área selecionada......................................................100 Figura 81 – Maquete da área selecionada ..................................................................100 Figura 82 – Estudo volumétrico 01...............................................................................101 Figura 83 – Estudo volumétrico 02...............................................................................101 Figura 84 – Estudo volumétrico 03...............................................................................102 Figura 85 – 3D Terreno completo.................................................................................103 Figura 86 – Corte terreno longitudinal..........................................................................103


Figura 87 – Corte terreno horizontal.............................................................................103 Figura 88 – Identificação da área do projeto...............................................................104 Figura 89 – Diagrama planta térreo..............................................................................105 Figura 90 – Diagrama planta superior..........................................................................106 Figura 91 – Diagrama planta subsolo...........................................................................107 Figura 92 – Implantação...............................................................................................113 Figura 93 – Planta pavimento térreo............................................................................115 Figura 94 – Planta pavimento Superior........................................................................116 Figura 95 – Planta pavimento Subsolo.........................................................................117 Figura 96 – Cortes AA, BB e CC..................................................................................120 Figura 97 – Cortes DD, EE e FF...................................................................................121 Figura 98 – Cortes GG, HH e II....................................................................................122 Figura 99 – Elevações 01,02 e 03................................................................................125 Figura 100 – Elevações 04,05 e 06..............................................................................126 Figura 101 – Maquete 3d área externa .......................................................................138 Figura 102 – Maquete 3d área externa 2 ....................................................................138 Figura 103 – Maquete 3d entrada 01...........................................................................138 Figura 104 – Maquete 3d entrada 02...........................................................................139 Figura 105 – Maquete 3d marquise 01.........................................................................139 Figura 106 – Maquete 3d marquise 02........................................................................ 139 Figura 107 – Maquete 3d quadra.................................................................................140 Figura 108 – Maquete 3D Foyer e Restaurante – prédio comunitário..........................140 Figura 109 – Maquete 3D Auditório – prédio comunitário............................................140 Figura 110 – Maquete 3D Recepção – prédio instituição.............................................141 Figura 111 – Maquete 3D Quimioteca e refeitório – prédio instituição.........................141 Figura 112 – Maquete 3D Espera – prédio instituição..................................................141 Figura 113 – Maquete 3D Brinquedoteca e Refeitório – prédio instituição..................142 Figura 114 – Maquete 3D Área de estar – prédio instituição.......................................142 Figura 115 – Maquete 3D Suíte – prédio instituição.....................................................142 Figura 116 – Maquete 3D Hidroterapia e fisioterapia – prédio instituição....................143 Figura 117 – Maquete 3D Piscina– prédio instituição..................................................143


Resumo Este trabalho tem como objetivo propor uma clínica de apoio baseado em tratamentos paliativos para crianças e adolescentes com câncer. Ele se baseia em dados do INCA( Instituto Nacional de Câncer) para a presentar a situação do país com relação ao câncer infantil, mostrando a importância da arquitetura na recuperação dos pacientes quando a mesma é voltada para a humanização, integrando-se com a natureza e com o convívio social. Também se aprofunda no estudo de caso de três instituições de apoio localizadas em São Paulo, voltadas ao tratamento de crianças com câncer, usadas como referências funcionais, além desses estudos outros Hospitais e Clínicas, nacionais e internacionais, foram analisados e utilizados como referência arquitetônica. Finalizando o trabalho apresenta a proposta para uma futura clínica.

Palavras chaves: Arquitetura Hospitalar; Humanização; Reabilitação.


Abstract The main objective of this paper is to propose a support clinic based on palliative care for children and adolescents with cancer.It is based on data extracted from INCA (Nacional Cancer Institute) used to present how the country deals with childhood cancer,showing the importance of the architecture for the recovery of this patients,when it is turned to humanization integrating nature and social life. This paper also used as reference the study cases of three supporting institutions for children with cancer located in S達o Paulo and the study cases from nacional and international hospitals and clinics, that were used as architectural reference. At the end of this paper it is presented the proposal for a future clinic based on the information collected.

Key words: Hospital architecture; Humanization; Rehabilitation.


Sumário Introdução.........................................................................................................13 1- Relação arquitetura e saúde.................................................................................15 1.1 – O que é o câncer .............................................................................................16 1.2 – Como o câncer afeta a população ...................................................................17 1.3 – O câncer infantil................................................................................................18 1.4 – Papel das Instituições de apoio .......................................................................20 1.5 – Cuidados paliativos...........................................................................................21 1.6 – Arquitetura hospitalar........................................................................................24 1.6.1 – Evolução dos espaços hospitalares......................................................24 1.6.2 – Humanização hospitalar........................................................................26 2 - Estudos de caso.....................................................................................................31 2.1 – ITACI-Instituto de Tratamento do Câncer Infantil.............................................32 2.2.1 – História..................................................................................................32 2.2.2 – Localização............................................................................................32 2.2.3 – Missão...................................................................................................33 2.2.4 – Tratamento............................................................................................34 2.2.5 – Programa...............................................................................................36 2.2.6 – Observações diretas..............................................................................37 2.2 – TUCCA- Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer ...................38 2.3.1 – História..................................................................................................38 2.3.2 – Localização...........................................................................................38 2.3.3 – Missão...................................................................................................39 2.3.4 – Tratamento............................................................................................40 2.3.5 – Programa..............................................................................................42 2.3.6 – Depoimentos.........................................................................................43 2.3.7 – Observações diretas.............................................................................44


2.3 – GRAACC-Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer .............45 2.4.1 – História..................................................................................................45 2.4.2 – Localização...........................................................................................45 2.4.3 – Missão...................................................................................................46 2.4.4 – Tratamento............................................................................................47 2.4.5 – Programa...............................................................................................49 2.4.6 – Depoimentos..........................................................................................51 2.4.7 – Observações diretas..............................................................................52 3 – Referências de projeto..........................................................................................53 3.1 – Rede Sarah.......................................................................................................54 3.2 – Lucy Montoro....................................................................................................64 3.3 – Centre Sociosanitari Parc Hospitalari Martí I Julià............................................69 3.4 – Hospital Miroah.................................................................................................72 3.5 – Hospital Infantil Nemours..................................................................................75 4 – Sobre o Projeto.......................................................................................................81 4.1 – Localização.......................................................................................................82 4.2 – Levantamento...................................................................................................85 4.2.1 – Hierarquia de vias / Transporte.............................................................85 4.2.2 – Zoneamento..........................................................................................87 4.2.4 – Índices Urbanísticos..............................................................................87 4.2.2 – Uso e Ocupação....................................................................................88 4.2.3 – Gabarito.................................................................................................89 4.2.5 – Levantamento fotográfico......................................................................89 4.2.6 – Aspecto Ambiental................................................................................91 4.2.7 – Analise da legislação.............................................................................92 4.3 – Programa..........................................................................................................95 4.4 – Fluxograma.......................................................................................................98


5 – Estudo do Projeto..................................................................................................99 5.1 – Estudo do terreno............................................................................................100 5.2 – Estudos volumétricos......................................................................................101 5.3 – Estudo preliminar............................................................................................103 5.3.1 – Terreno................................................................................................103 5.3.2 – Localização do projeto.........................................................................104 5.3.3 – Diagrama do projeto............................................................................104 5.3.4 – A influência das cores em ambientes hospitalares..............................108 6 – Anteprojeto............................................................................................................111 6.1 – Implantação.....................................................................................................111 6.1.1 – Implantação.........................................................................................113 6.2 – Layout..............................................................................................................115 6.2.1 – Planta térreo........................................................................................117 6.2.1 – Implantação.........................................................................................119 6.2.1 – Implantação.........................................................................................121 6.3 – Cortes..............................................................................................................123 6.3.1 – Cortes AA, BB e CC.............................................................................125 6.3.2 – Cortes DD, EE e FF.............................................................................127 6.3.3 – Cortes GG, HH e II...............................................................................129 6.4 – Elevações........................................................................................................131 6.4.1 – Elevações 01,02 e 03..........................................................................133 6.4.2 – Elevações 04,05 e 06..........................................................................135 6.5 – Maquete 3D.....................................................................................................137 Considerações finais.................................................................................................144 Referências bibliográficas e Anexo


Introdução

Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer) o câncer é a principal causa de morte infantil no país e vem crescendo todos os anos, em 2011 foram registrados 11.530 novos casos de câncer em crianças e adolescentes, com um diagnóstico precoce e o devido tratamento em média 70% dessas crianças são curadas. Para o tratamento de doenças crônicas como o câncer, os cuidados paliativos, são essenciais, pois eles além de prolongar a vida do paciente, melhora sua qualidade de vida. Os cuidados paliativos devem oferecer uma integração , baseada no conforto do paciente, unificando a equipe interdisciplinar dos hospitais, familiares e centros de apoio. Deste modo o objetivo geral desta pesquisa será o desenvolvimento de um projeto específico de uma clinica de apoio à criança e o adolescente com câncer. Uma clinica sem fins lucrativos, voltada para o atendimento público de saúde, visando proporcionar aos pacientes uma melhor qualidade de vida, valorizando o espaço físico proporcionando um bem estar físico e mental, levando em consideração sempre o conforto ambiental e a humanização de seus espaços.

O trabalho se divide em quatro capítulos.

Capítulo 1: Destinado ao conhecimento mais aprofundado sobre o câncer infantil e seus cuidados, mostrando também a interferência da arquitetura no tratamento e na área da saúde, aferindo a importante das casas de apoio e da humanização arquitetônica.

Capítulo 2: Abrangerá estudos de três Instituições de tratamento, voltado a crianças e adolescentes com câncer, servirão como

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referências funcionais. São avaliados a localização, programa e tratamento oferecido pelas Instituições.

Capítulo 3: Abrangerá estudos de casos de cinco Hospitais, nacionais e internacionais, que servirão como referência para o desenvolvimento do projeto. Serão avaliados os aspectos arquitetônicos, programático e funcional do local.

Capítulo 4: Destinado a pesquisas para inicialização do projeto, inicialmente o capítulo aferi a localização e mostra um estudo sobre a região escolhida, em seguida trará a proposta do programa do edifício, finalizando com um fluxograma geral do projeto.

Capítulo 5: Voltado para o estudo do projeto, iniciando com um estudo físico do terreno, partindo para estudos volumétricos, seguido pro um estudo preliminar para implantação do projeto, com indicação de fluxo e diagrama de cores.

Capítulo 6: Tratará da implantação do projeto, com plantas, cortes, fachas e uma maquete eletrônica.

Finalizando haverá as considerações finais e referências bibliográficas.

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Relação Arquitetura e Saúde

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1.1 – O que é câncer Câncer é o nome dado a várias doenças causadas pelo crescimento desordenado das células. Nossas células normais crescem e morrem já as cancerosas não, elas continuam crescendo desordenadamente, gerando novas células anormais, que geram mais células anormais.

As células cancerígenas se dividem de forma

rápida,

agressiva

e

incontrolável,

espalhando-se para outras regiões do corpo acarretando transtornos funcionais. O câncer é um desses transtornos. (INCA, 2011, pp.18)

Figura 01 – Tipos de crescimento celular Fonte: INCA, ABC do câncer – Abordagens básicas para o controle do câncer, Instituto Nacional do câncer, Rio de Janeiro, 2011)

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1.2 – Como o câncer afeta a população O câncer é a segunda principal causa de óbito infantil no Brasil, tendo uma vertigem crescente, mas essa estatística poderia ser mudada, existem estudos feitos pelo INCA (Instituto Nacional de Câncer) que um terço dos novos casos de câncer poderia ser evitado por meio de prevenção. O câncer é um problema de saúde pública, suas causas variam de acordo com cada população, dependendo das condições sociais, ambientais, políticas e econômica.Os fatores ambientais estão entre os 90% das causas, às mudanças provocadas pelo homem no meio ambiente em que vivemos e em nosso estilo de vida, como os maus hábitos alimentares, o consumo excessivo de álcool e o tabagismo. Para diminuir o índice de câncer no país o INCA (Instituto Nacional do Câncer) que coordena a Política Nacional de Atenção Oncológica junto com o Ministério da Saúde e a Secretária da Saúde e dos Estados e Municípios, vem promovendo ações para prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e cuidados paliativos, á serem implantadas em todas as Unidades Federais.

Figura 02 – Registro de câncer de base populacional, Estado e Capital de São Paulo – 2000-2005. Fonte: MP/Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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1.3 – O câncer infantil O câncer infantil dá-se á crianças de 0 á 19 anos, ela é a principal causa de morte infantil no Brasil, embora comparado ao índice de incidências em todo o país corresponda cerca de 3% dos casos. De acordo com o INCA em 2011 foram registrados 11.530 novos casos de câncer em crianças e adolescentes no país. Os tipos de câncer ocorridos nas crianças são diferentes dos adultos. O

câncer

infanto-juvenil

deve

ser

estudado

separadamente do câncer do adulto por apresentar diferenças nos locais

primários, diferentes origens

histológicas e diferentes comportamentos clínicos. Tende a apresentar menores períodos de latência, costuma crescer rapidamente e torna-se bastante invasivo, porém responde melhor à quimioterapia. (INCA, 2008.pp 16)

De acordo com os registros de base hospitalar de câncer da fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP) os tipos de câncer mais comuns em crianças são: leucemia (25,7%), linfomas (16,3%) e tumores do SNC(12,8%).

Figura 03 – Distribuição percentual da mortalidade por tipo de câncer e faixa etária, Brasil, 2001 a 2005 Fonte: MS/SVS/DASIS/CGIAE/Sistema de informações sobre mortalidade (SIM) MP/Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) MS/INCA/Conprev/Divisão de informações)

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O mais importante e o mais difícil em crianças com câncer é o diagnóstico precoce, os pais muitas vezes não percebem os sintomas e se percebem lutam para nega-los, por isso as crianças devem ter um atendimento multifuncional passando pelo diagnóstico, tratamento, reabilitação e reinserção social, havendo sempre uma interação entre os médicos e os familiares, contando também com serviço social, nutrição, fisioterapia, odontologia, psicologia clínica e psiquiatria. As

principais

formas

de

tratamento

contra

o

câncer

são:

Quimioterapia, radioterapia, cirurgias e cuidados paliativos. As crianças possuem um tratamento diferente dos adultos, o câncer nelas se espalha mais rapidamente por isso os tratamentos tendem a ser mais agressivos e intensos, temos que pensar também no âmbito social, pois elas ainda estão em fase de crescimento e essa é uma fase muito importante da vida de cada um.

Tão importante quanto o tratamento do câncer em si, é a atenção dada aos aspectos sociais da doença, uma vez que a criança e o adolescente doentes devem receber atenção integral, no seu contexto familiar. A cura não deve se basear somente na recuperação biológica, mas também no bem-estar e na qualidade de vida do paciente. (INCA, 2015, in www.inca.gov.br)

Com um rápido diagnóstico e o devido tratamento em centros especializados, hoje de acordo com o INCA, 70% das crianças e adolescentes que sofrem com o câncer são curadas, a grande maioria tem uma boa qualidade de vida após o tratamento.

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1.4 – Papel das Instituições de apoio Grande parte das crianças fazem seus tratamentos em hospitais especializados indicados pelo Hospital das Clínicas, ou pelo SUS, como o ITACI (Instituto de Tratamento do Câncer Infantil), ou procuram por intuições sem fins lucrativos que oferecem tratamento gratuito, como o GRAACC e a TUCCA, esses lugares oferecem o tratamento (quimioterapia e radioterapia) aos pacientes e possuem filiações com casas de apoio. As casas de apoio prestam auxilio ás famílias e aos pacientes com câncer, existem 50 delas espalhadas pelo Brasil, dentre elas 17 estão instaladas na capital de São Paulo. Atuando voluntariamente prestando solidariedade e conforto emocional, além de colaborar com o tratamento dos pacientes. Existem três tipos de casas de apoio: Hospedagem nas cidades onde estão os hospitais de tratamento – Nelas os pacientes, que moram em outras cidades e não possuem condições de permanecer nas cidades onde estão localizados os hospitais de tratamento, são hospedados, possuem transporte até os hospitais, alimentação, apoio psicológico, classes escolares, oficinas e atividade lúdicas, tudo gratuitamente. Essas casas de apoio lembram realmente uma casa e tentam ser o mais acolhedor e aconchegante possível para o paciente, melhorando sua qualidade de vida e a expectava de cura. Acolhimento ao logo do dia nas cidades onde estão os hospitais de tratamento - Para pacientes que depende do transporte público oferecido pela prefeitura que pode demorar horas, as crianças permanecem nessas casas normalmente bem próximas aos hospitais de tratamento ou dentro deles, lá as crianças e adolescentes são

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acolhidos em espaços relaxantes, com entretenimento, recebem alimentação e fazem atividades. Permanecem no local até a chegada do transporte público. Suporte psicológico aos pacientes e familiares em suas cidades – Essas casas de apoio não se destinam a hospedagem, mas sim ao tratamento psicológico, elas podem oferecer transporte gratuito até os hospitais de tratamento, mas são voltadas para melhorar o ambiente doméstico dos pacientes, com salas de atendimento, suporte psicossocial, oficina para os pais e salão de eventos. São instituições voltadas a pacientes da região onde estão implantadas

1.5 – Cuidados paliativos Há 40 anos o câncer infantil era considerado sentença de morte, lutava-se pela cura a qualquer preço, com drogas e toxinas que quando curavam deixavam sequelas, não apenas físicas, mas também psicológicas. Hoje cerca de 70 % dessas crianças são curadas, os avanços científicos e uma nova abordagem na medicina mudou o jeito de pensarmos, passamos a cuidar além de curar, isso ajudou a diminuir a taxa de mortalidade e aumentar a qualidade de vida dos pacientes. Todas as crianças merecem o mesmo cuidado independente da doença e das chances de cura, elas não deixam de ser uma criança e necessitam que suas necessidades sejam supridas.

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Os cuidados não podem restringir apenas ao ambiente

de

tratamento

oncológico

intra-

hospitalar e ambulatorial, mas deve-se estender para seu domicilio, casas de apoio, unidades básicas de saúde, escola ou qualquer outro lugar que faça parte da sua rotina. (INCA, 2011.pp 91).

Os cuidados paliativos buscam melhorar a qualidade de vida de pacientes e familiares que passam por problemas como doenças que ameaçam a vida dos pacientes, promovendo prevenção, aliviam o sofrimento, tratando da dor física, psicossocial e espiritual. Para o tratamento de doenças crônicas como o câncer os cuidados paliativos são essenciais, pois eles além de prolongar a vida do paciente, melhora sua qualidade de vida. Os cuidados paliativos devem oferecer um cuidado integrado, baseado no conforto do paciente, unificando a equipe interdisciplinar dos hospitais, familiares e centros de apoio.

Não há cuidado paliativo eficiente sem uma forte aliança entre pacientes, família e equipe de saúde. A equipe interdisciplinar adequada para o tratamento do câncer em crianças e adolescentes é formada por médico, psicólogo, enfermeiro,

nutricionista,

fisioterapeuta,

terapeuta

fonoaudiólogo, ocupacional

e

assistente social, todos trabalhando em sua área

específica,

como

uma

comunicação

constante sobre o caso.(WOLFE, J. 2008.)

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Princípios dos cuidados paliativos segundo s Organização Mundial da Saúde:

- Envolver o cuidado ativo total da criança – corpo, mente e espírito- e o suporte aos seus familiares. - O cuidado deve começar quando a doença é diagnosticada e continuar independente de a criança receber ou não tratamento direcionado para sua doença. - Requer abordagem multidisciplinar, que inclui a família e utiliza os recursos disponíveis da comunidade. - Pode ser implementado com sucesso, mesmo quando os recursos são limitados. - Pode ser fornecidos em centros terciários, centros de saúde de comunidade e mesmo na residência da criança. O cuidado da criança e do adolescente com câncer deve ser iniciado ao diagnóstico e deve permanecer independente da possibilidade de cura, durante o tratamento independente do lugar que a criança esteja, seja no hospital ou em sua casa, deve se dar ênfase aos aspectos sócias, familiares, escolares, emocionais e espirituais, independente da fase da doença, mesmo após o termino do tratamento. (OMS, 2002).

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1.6 - Arquitetura hospitalar 1.6.1 Evolução dos espaços hospitalares O funcionamento dos edifícios hospitalares vem se modificando junto com as técnicas de tratamentos, onde percebesse que com a descoberta dos antibióticos, a partir do século XX, as técnicas de tratamento se tornam mais eficientes, porem ainda se acreditava na crença de que as doenças se espalhavam por gases e isso fazia com que a circulação de ar fosse de suma importância entre os pavimentos dos edifícios assim os hospitais eram formados por pavilhões e possuíam sistema de ventilação natural.

Até a metade do séc. 19 ainda se acreditava que as doenças eram propagadas por gases ou miasmas firmados por matéria orgânica em decomposição. Baseado nessa crença, os planejadores

de

hospitais

davam

grande

importância á circulação do ar, o que levou a criar um sistema de construções pavilhonares (blocos sucessivos em um ou dois pavimentos e intercalados

com

espaços

arborizados),

dotados de eficiente ventilação cruzada. (LIMA, 2012, pp. 38)

A concepção de hospital tem sofrido grande modificação nos últimos 50 anos, pois as doenças mudaram, por conta da urbanização e da mudança de hábitos, a tecnologia também vem sofrendo grandes avanços.

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Após a segunda guerra, com o investimento de importantes empresas, houve um grande progresso da ciência, os novos equipamentos modificaram a organização dos espaços interiores, com novas técnicas na arquitetura hospitalar como: instalações, sistemas de iluminação e climatização artificial dos edifícios, deixando de lado a iluminação e ventilação natural, fazendo com que os ambientes sejam menos agradáveis. Há ainda que considerar que a adoção de iluminação e ventilação naturais para a maioria dos ambientes, como ocorria com os hospitais pavilhonares,

tornou-se

impraticável

nesse

modelo tecnológico, generalizando-se assim, para que todo o edifício, o emprego de arcondicionado e de iluminação artificial. Com isso, os ambientes hospitalares tornaram-se também

muito

principalmente,

mais mais

herméticos desagradáveis

e, e

desumanos. (LIMA, 2012, pp. 40)

O medo e o combate excessivo á infecções fez com que os ambientes hospitalares se tornassem artificiais e depressivos, o que pode até dificultar no processo de cura. A partir da década de 60 esse tipo de hospital não é mais aceito. Surgiu aí a necessidade de elaborar um novo tipo de edifício, mais flexível, com ambientes amenos e integrados com espaços externos, para que os pacientes possam ter uma melhor qualidade de vida permanecendo ao ar livre, foi o que fez a Fundação Hospitalar em Brasília nessa década de mudanças pavilhonares.

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1.6.2 – Humanização Hospitalar Com os avanços tecnológicos, a partir do século XX, houve um desenvolvimento na área hospitalar, agregando novos valores aos profissionais, transformando a saúde em um setor multidisciplinar. Assim, os novos conhecimentos científicos, faz com que entendemos a relação entre o meio ambiente e a saúde.

Também é fato que os conhecimentos científicos proporcionaram um entendimento maior sobre a interferência do meio ambiente na saúde. Hoje sabemos que a água, o ar, o lixo e varias outras coisas podem ajudar ou prejudicar

a

saúde

de

todos

nós.

O

conhecimento dos aspectos ambientais dentro de uma unidade hospitalar passou a fazer parte da garantia de segurança do cuidado do paciente e do resultado de seu tratamento. (SANTOS ;BURSZTYN, 2004. pp 11)

Nessa perspectiva, com a influência dos meios de comunicação e o fácil acesso a informação, durante o século XX, os pacientes passaram a ser mais exigentes com relação aos ambientes hospitalares. Segundo, Santos (2004); Bursztyn (2004) “Assim durante o século XX, tudo mudou: os pacientes exigem conforto, limpeza e segurança no ambiente hospitalar...” Somente no século XXI, após a queda do mega-hospital voltado apenas para a tecnologia, criou-se um novo modelo centrado na

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promoção da saúde, que não pensa apenas na saúde e na prevenção de doenças, mas também na assistência humanizada.

Esse modelo requer o estabelecimento de uma rede de serviços que contenha núcleos de excelência

no

cuidados

prevalentes,

oferecendo

das

suporte

doenças e

sendo

suportados por serviços descentralizados. As tendências atuais permitem afirmar que os avanços

nas

tecnologias

de

prevenção,

diagnósticos, terapêutica e comunicação criam condições para que a maior parte dos cuidados de

saúde

possa

ser

ofertada

de

forma

descentralizada e próxima ao usuário. Por outro lado, amplia-se e diversifica-se o rol de serviços e atenção primaria como centros de saúde, lares abrigados, cuidados domiciliar e outros. Nesse novo contexto, surgem requisitos para a arquitetura no que tange ao planejamento de espaços e estabelecimentos de assistência á saúde que prestem suporte psicossocial aos seus usuários. (SANTOS ; BURSZTYN, 2004. pp 13)

Esse novo tipo de modelo hospitalar terapêutico une o arquiteto e o profissional da saúde, visando um ambiente que possa suprir as necessidades dos usuários, com aspectos agradáveis e aconchegantes, valorizando o espaço de convivência.

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27


Do ponto de vista arquitetônico os novos ambientes devem referenciar-se na busca de individualidade

e

aconchego,

proporcionar

liberdade de movimento com a valorização dos espaços

de

convivência

e

acolhimento,

promovendo a privacidade e o respeito à dignidade em que o usuário passa a reconhecer os valores presentes do seu cotidiano. Assim, deve-se

possibilitar

a

personalização

dos

espaços, reduzir as escalas do edifício, integrálo ao exterior e coma natureza e valorizar os meios

naturais

de

promoção do conforto

ambiental. (SANTOS ; BURSZTYN, 2004. pp 26).

Portanto, o projeto de um equipamento hospitalar deve-se atender as demandas tecnológicas, o clima da região, elaborar espaços flexíveis, levando sempre em consideração a satisfação dos usuários através de conforto ambiental e sendo especifico para cada finalidade.

Ao contrário da sensação de desconforto, a sensação de conforto ambiental não é uma percepção facilmente detectável. Resultado da harmonia

de

vários

condicionantes

higrotérmicos, acústicos, visuais, de qualidade do ar, entre outros -, ela propicia a integração do homem (usuário) a seu meio, otimizando seu desempenho. (SANTOS ; BURSZTYN, 2004. pp 29).

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De acordo com a RDC 50 1 o sistema de controle ambiental em espaços da saúde possuem duas dimensões: Endógena: “finalidade de criar condições desejáveis

de

salubridade

por

meio

do

distanciamento das pessoas das variáveis ambientais externas”. Exógena: “Observa os impactos causados pelas construções no meio ambiente externo alterando, de forma positiva ou negativa, suas condições climáticas naturais” (Brasil, 2002. p. 83)

A partir desses levantamentos, vale ressaltar que em ambientes hospitalares, as condições arquitetônicas e seu conforto ambiental, ganham bastante relevância, por contar que seus usuários possuem muitas vezes sofrimento físico e psicológico. Assim esses projetos devem integrar os aspectos dos usuários e as ações desenvolvidas em cada ambiente. Desse modo, para estabelecer a qualidade ambiental construído, há que se considerar decisões projetuais que vão desde o impacto da implantação de toda a edificação no terreno, em função das condições de ventilação natural e da orientação solar, ao desenho e arranjo do mobiliário e a sua correspondente contribuição ergonômica, ou até mesmo as consequências da aplicação dos estudos cromáticos entre os elementos que melhor possam representar os conceitos de conforto, segurança e bem-estar. (SANTOS ; BURSZTYN, 2004. pp 31). 1

RDC 50, do Ministério da Saúde, de 21 de Fevereiro de 2002, estabelece elementos referenciais para planejamento, dimensionamento, elaboração e avaliação de projetos e construção de estabelecimentos assistências de saúde (Brasil, 2002)

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Com base nas informações aferidos podemos concluir que para projetar um ambiente hospitalar deve-se levar em consideração que esse tipo de construção deve ser totalmente humanizado, voltado para o total conforto de seus usuários, trazendo iluminação e ventilação natural e mantendo seus ambientes flexíveis.

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Estudos de caso

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2.1 – ITACI-Instituto de Tratamento do Câncer Infantil 2.1.1 - História ITACI – Instituto de Tratamento do Câncer Infantil, inaugurado em 2002 é resultado de uma mobilização iniciada em 1999 e da parceria entre a Fundação Criança, a Ação Solidária Contra o Câncer Infantil (ASCCI) e o Instituto da Criança do Hospital das Clínicas, seu objetivo era retirar as crianças do Instituto da Criança no Hospital das Clinicas e oferecer a elas um espaço mais adequado e com equipamentos modernos. O ITACI atua ligado ao Instituto da Criança do Hospital das Clínicas, com

atendimento

gratuito,

seus

pacientes

normalmente

veem

encaminhados do Instituto da Criança do HC (Hospital do Câncer) e pelo SUS. Hoje o ITACI atende 30% de crianças e adolescentes de outros estados ,sendo referência em todo Brasil.

2.1.2 - Localização Localizado na região de Pinheiros na Rua Galeno de Almeida, 148, Zona Oeste, está estrategicamente locado ao lado do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas, atuando como apoio e facilitando o tratamento de crianças e adolescente com câncer.

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Equipamento de Saúde Via Principal Via Secundária Via Terciária Ponto de Ônibus Estação de Metro Figura 04 – Mapa de localização do ITACI. Fonte: Imagem do Google com intervenção do autor, 2015

2.1.3 - Missão ITACI tem como missão, proporcionar um tratamento digno ao maior número

de

crianças

e

adolescentes

com

câncer

e

doenças

hematológicas. “O ITACI centra suas atividades, metas, estratégias e resultados na qualidade de vida de seus pacientes, considerando sempre o lado saudável da criança e do adolescente. (ITACI, 2015)”

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2.1.4 – Tratamento Com tratamento gratuito, o ITACI conta com equipamentos de alta tecnologia, toda sua área foi planejada para trazer conforto aos pacientes e seus familiares. Na ala de recreação ocorrem brincadeiras, músicas, jogos e artes plásticas que trazem um ar mais lúdico e humanizado ao local proporcionando a criança ser criança. O ITACI conta também com a parceria de Casas de Apoio, como 30% de seus pacientes são de outros estados e grande maioria não possuem abrigo em São Paulo, nem condições financeiras para permanecer na cidade durante o tratamento, as Casas de Apoio são fundamentais, elas oferecem aos pacientes e seus familiares um local de hospedagem, alimentação, transporte e assistência durante todo o período de tratamento, tudo gratuitamente. As Casas de Apoio estão localizadas em varias regiões de São Paulo, os pacientes são encaminhados a elas através do Tratamento Fora do Domicílio (TFD), que garante o acesso aos serviços, ou pelo Serviço Social do ITACI.

Figura 05 – Quimio dia - ITACI Fonte: http://www.itaci.org.br/estrutura.asp

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Figura 06 – Fachada - ITACI Fonte: http://www.itaci.org.br/estrutura.asp

Figura 07 – Pátio externo com brinquedos. Fonte: VEIGA, 2012.

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2.1.5 – Programa

3º Andar – Tema: Ar

2º AndarTema: Terra 1º Andar – Tema: Água

Figura 08 – Ilustração ITACI. Fonte: Acervo do autor.

O Hospital é dividido em três andares temáticos, neles temos, doze consultórios médicos e quatro salas de atendimento multiprofissional, duas salas de procedimentos e um consultório dentário, além de doze leitos para quimioterapia, dispondo também de uma área de internação com dezenove apartamentos, uma sala de quimioterapia com dez box e uma ampla área de recreação com brinquedoteca e biblioteca digital.

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2.1.7 – Observações diretas Podemos observar quadros e frases de boas vindas nas paredes, que acolhem o paciente logo em sua chegada, cheias de cores e com espaços de convivência bem iluminados e ventilados, trazem um ar humanizado ao ambiente hospitalar, as crianças correm sozinhas para a brinquedoteca, brincam como se não percebessem que estão em um Hospital. A principal responsabilidade do Hospital é dar o maior conforto as crianças, há brinquedos espalhados pelas salas de nutrição e brinquedoteca, as cores alegres animam os espaços, crianças brincam e se divertem fazendo o tratamento. Além disso, o Hospital também traz o melhor tratamento, eficiente e avançado, com profissionais dedicados para proporcionar uma boa qualidade de vida a seus pacientes. Tudo isso faz com que o tratamento seja mais ameno, e as crianças tenham um tratamento mais eficaz.

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2.2 – TUCCA - Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer 2.2.1 – História TUCCA - Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer, fundada em 1998 por médicos e pais de pacientes, é uma fundação sem fins lucrativos, tem como proposta elevar as taxas de cura e de melhorar a qualidade de vida de jovens carentes com câncer. Atuando no tratamento de crianças e adolescentes com câncer, desde o diagnóstico até sua reabilitação, capacitando profissionais e trabalhando de forma multidisciplinar, tudo totalmente gratuito ao paciente. A TUCCA atua com parceria do Hospital Santa Marcelina, e trata não somente a doença, mas também auxilia nos aspectos físicos, psíquicos, sociais, educacionais, vocacionais e legais. Dispondo de uma equipe multidisciplinar

com:

oncologistas,

psicólogos,

neuropsicólogos,

fisioterapeutas, fonoaudiólogos e assistentes sociais, acompanhando seus pacientes e familiares em todo o tratamento do início ao fim.

2.2.2 – Localização Localizado em Itaquera na Rua Santa Marcelina, 185, Zona Leste, teve como principal relevância para a escolha da localização o fato de que nesta região e municípios vizinhos não possuírem grandes centros oncológicos pediátricos, além de ser a região de maior densidade demográfica da cidade e estar próxima a importantes municípios da Grande São Paulo.

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]

Equipamento de Saúde Via Principal Via Secundária Via Terciária Ponto de Ônibus Figura 09– Mapa de localização do TUCCA. Fonte: Imagem do Google com intervenção do autor, 2015

2.2.3 – Missão A TUCCA tem como missão aperfeiçoar as condições de tratamentos do câncer, desde o diagnóstico á reabilitação, buscando sempre aprimorar os processos de diagnósticos e exames, com novas terapias e pesquisas cientificas.

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Baseados na ideologia de que todos os indivíduos têm direito de receber atenção à saúde com qualidade, independentemente da sua condição social, raça ou credo, participam da associação, profissionais da área de saúde, pais de pacientes e representantes de diversos segmentos da sociedade brasileira que doam tempo, trabalho e talento por acreditarem neste empreendimento social. (TUCCA,2015)

2.2.4 – Tratamento

O serviço de oncologia pediátrica é oferecido gratuitamente pela TUCCA com parceria Hospital Santa Marcelina, atendendo pacientes de todo o Brasil, com o que há de mais moderno para o tratamento. As crianças sofrem procedimentos cirúrgicos e internações no Hospital Santa Marcelina e continua o tratamento ao lado no ambulatório-modelo (TUCA), contando com locais de atividades e apoio aos pacientes e familiares, com uma equipe multidisciplinar: psicologia, neuro-psicologia, fonoaudiologia, assistência social, fisioterapia e odontologia. Para maior conforto de seus pacientes a TUCCA possui áreas de lazer como lan house, cinema, oficinas de culinária e costura, contando com ambientes alegres, brinquedos, bonecas e playground. “A retirada dos pacientes do ambiente hospitalar e a possibilidade de oferecer um ambiente amigável e adequado proporcionam uma assistência cuidadosa e uma melhor adesão e resposta ao tratamento. (TUCCA, 2015)”.

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Figura 10 –Fachada - TUCCA Fonte: http://www.tucca.org.br/a-tucca/

Figura 11 –Quimioterapia - TUCCA Fonte: http://www.tucca.org.br/a-tucca/

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Figura 12 –Recepção - TUCCA Fonte: http://www.tucca.org.br/a-tucca/

2.2.5 – Programa Térreo

Subsolo

Figura 13 – Ilustração ITACI. Fonte: Acervo do autor.

O hospital é composto por dois andares, no primeiro encontra-se a recepção, um parquinho, uma sala de triagem, cinco consultórios, uma biblioteca virtual, sala de odontologia, quimioteca e uma sala para experimentações. No subsolo vemos uma grande horta, uma cozinha ampla e uma sala multiuso.

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2.2.6 – Depoimento De acordo com entrevista elaborada no dia 13 de maio de 2015, com a voluntária Denize, (anexo 01). A TUCCA, mantém sua instituição através da ajuda do SUS, que infelizmente não é o suficiente e para manter seu o alto padrão conta com doações. O local é claro, com ambientes coloridos e dispostos com temas infantis, trazendo um aspecto mais agradável aos ambientes, desta forma as crianças conseguem receber os quimioterápicos brincando, fazendo com que estas mantenham o seu tratamento . As crianças se sentem praticamente em casa e essa sensação passa para todos que trabalham nesse local, de acordo com a voluntária Denize, todos se sentem muito bem, tanto voluntários como médicos, contagiados pela alegria das crianças. Na Instituição as crianças fazem a quimioterapia e recebem apoio psicológico, fisioterapêutico e fonoaudiológico, porém não permanecem em internação e seus exames quando necessários são colhidos e levados aos laboratórios, no Hospital Santa Marcelina, desta forma permanecem alguns leitos reservados a TUCCA. Com o apoio da empresa Ronald Mac Donalds e a promoção do Mac Dia Feliz , parte da renda será destinada a construção de uma casa de apoio próxima ao TUCCA , assim ,as crianças terão fácil acesso não dependendo mais de transportes públicos.

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2.2.7 – Observações diretas Podemos observar crianças correndo e brincando na recepção vinculada com um parquinho, às paredes alegres com tema da arca dos bichos animam o ambiente, no teto mobiles coloridos se movimentam com o vento, entrando por um corredor que liga todos os ambientes, ambos coloridos e divertidos, as crianças correm livres entre a quimioteca, (uma sala composta por brinquedoteca e quimioterapia) e o parquinho. Na quimioteca os pacientes brincam enquanto fazem o tratamento, um ambiente muito agradável, com cadeiras voltadas para uma grande janela que ilumina e ventila o ambiente, por ela os pacientes têm vista para uma parede verde e um jardim, todos se sentem muito bem. Na parte inferior, encontra-se uma grande horta, onde as crianças cultivam e utilizam esses alimentos na cozinha, a cozinha bem divertida, com armários coloridos e bem iluminada é utilizada uma vez por semana pelas crianças, onde são feitas recreações com um chefe de cozinha voluntário, ele traz novas receitas para os pacientes e seus familiares, também são feitas palestras para crianças e médicos na sala multiuso.

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2.3 – GRAACC-Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer 2.3.1 – História GRAACC - Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer, fundado em 1991 a partir da iniciativa do Dr. Sérgio Petrilli, chefe do setor de Oncologia do Departamento de Pediatria da Escola Paulista de Medicina e dos voluntários do hospital do câncer Jacinto Antonio Guidolin e Sra. Léa Della Casa Mingione. Inicialmente o setor de oncologia pediátrica do Hospital São Paulo foi transferido para uma casa, lá os pacientes recebiam atendimento médico, assistência e voltavam para suas casas. A fundação GRAACC sonhava com a construção de um Instituto de oncologia pediátrica, e através de parcerias em 1998 foi construído um hospital moderno, especializado no atendimento de crianças e adolescentes com câncer, com nove andares. E assim foi criada uma instituição sem fins lucrativos, elaborada para garantir o direito de cura com qualidade de vida de todas as crianças e adolescentes com câncer, através de atendimentos, quimioterapia, consultas e cirurgias, atuando também na área de pesquisa.

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2.3.2 – Localização A GRAACC está localizada na Vila Clementino, Rua Botucatu, 743, Zona Sul, posicionado dentro de um importante centro de hospitais e associações como APAE, AACD e outros.

Equipamento de Saúde Via Principal Via Secundária Via Terciária Ponto de Ônibus Estação de Metro Figura 14 – Mapa de localização do GRAACC. Fonte: Imagem do Google com intervenção do autor, 2015.

2.3.3 – Missão O GRAACC tem como missão garantir o direito da criança e do adolescente com câncer em obter a cura, priorizando jovens de baixa renda, promovendo impacto na assistência á saúde. Valores do GRAACC: “Competência, ética, transparência, solidariedade, trabalho em equipe, igualdade nas relações e sustentabilidade "(GRAACC, 2015).

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2.3.4 – Tratamento Considerado um centro de referência no tratamento ao câncer infantil, atende seus pacientes gratuitamente, contando com uma grande infraestrutura. No total são nove andares equipados com o que há de mais moderno para atender seus pacientes, contando com Centro de Diagnóstico por imagem, consultórios, serviço social, enfermagem, odontologia, psicologia, nutrição, farmácia ambulatorial, ambulatório da dor e atendimento multidisciplinar em cirurgia pediátrica, neurocirurgia, neuroclinica,

ortopedia,

fisiatria,

endocrinologia,

radioterapia,

otorrinolaringologia e tratamento de quimioterapia, além de uma UTI e uma ala de internação. A humanização no atendimento hospitalar é muito importante para o GRAACC para minimizar o impacto da doença na vida das crianças foi implantada uma brinquedoteca, com atividades recreativas.

Mais do que curar, o GRAACC se preocupa com a qualidade de vida das crianças e dos adolescentes fora de tratamento. Por isso, idealizou a CForT, que visa melhorar a saúde física e emocional e a retomada da rotina escolar e social dos ex- pacientes, propiciando todas as condições para que eles atinjam seu potencial

na

multidisciplinar,

vida

adulta.

Uma

que

conta

com

equipe médico,

enfermeira, nutricionista, psicólogo, assistente social, professor, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, terapeuta

ocupacionais

e

voluntários,

acompanha as crianças e os adolescentes para reinseri-los na sociedade. (GRAACC, 2015)

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O GRAACC recebe jovens pacientes de todo o Brasil ,como a maioria das crianças não tem hospedagem na cidade e para dar sequencia ao tratamento que dura em média dezoito messes, em 1993 o GRAACC implantou um projeto para Casa de Apoio, desta forma poderia hospedar as crianças e seus familiares otimizando as chances de cura.Inicialmente era apenas uma casa, passando para duas e em 2007 o GRAACC em parceria com o Instituto Ronald McDonald fundaram a primeira casa Ronald McDonald, nela as crianças recebem suporte psicossocial, nutricional, pedagógico e afetivo, contando com trinta apartamentos, salas de estar e jardins, garantindo conforto e qualidade de vida às crianças.

Figura 15 – Fachada - GRAACC. Fonte: http://afonsofranca.com.br/graacc-grupo-de-apoio-a-crianca-e-ao-adolescente-com-cancer/

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Figura 16 – Quimioteca - GRAACC. Fonte: http://www.graacc.org.br

2.3.5 – Programa

Figura 17 – Ilustração estrutura GRAACC Fonte: www.graacc.com.br

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Figura 18 – Maqueta GRAACC Fonte: Acervo do autor.

Figura 19 – Maqueta GRAACC Fonte: Acervo do autor.

Figura 20 – Planta Subsolo 01 Fonte: Acervo do autor.

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2.3.6 – Depoimento De acordo com entrevista elaborada no dia 09 de maio de 2015, com o voluntário André, (anexo 02). O GRAACC, mantém seu Instituto através de 40% de ajuda do SUS e 60% através de doações. Todos os ambientes são humanizados e cada andar possui uma cor diferente, assim também para cada tratamento existem cores definidas, tirando a ideia do branco no hospital, desta forma os voluntários e enfermeiros usam aventais azuis e os médicos nem sempre utilizam a cor branca, tudo para trazer mais alegria aos pacientes. O voluntário afirma que não pode trazer a cura ao paciente, mas o que ele pode fazer é levar amor, carinho e um pouco de humanização, sendo regidos por três bases: a doença, a criança e a carência da criança. É importante ressaltar que a alegria das crianças é o que move esse lindo trabalho. O

GRAACC

possui

filiação

com

a

casa

Ronald

Mc

Donald,indagamos o porquê dela não estar inserida no hospital e soubemos que no local não há estrutura física , infelizmente na época em que a casa de apoio foi construída a prefeitura disponibilizou apenas um terreno um pouco longe do Hospital, o voluntário relata que todos gostariam que a casa fosse ao lado do Hospital, para melhor acesso aos pacientes, pois a transposição do paciente de um lado para o outro não é muito favorável. Assim sendo, salientamos que o GRAACC é uma grande Instituição que funciona como Hospital Dia, para que as crianças aos finais de semana tenham um contato com a família.

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2.3.7 – Observações diretas Podemos observar ambiente bem arejado e colorido, formado por dois prédios que se integram. O primeiro mais antigo um pouco menos iluminado naturalmente, porém ainda com ambientes lúdicos, nele funciona os consultórios médios e salas de exames. No segundo prédio mais novo, encontramos em praticamente todos os ambientes com iluminação e ventilação natural. O local mais importante para o tratamento das crianças é a brinquedoteca, ampla e colorida, carregada de fantasias que atraem as crianças ao palco, neste ambiente encontramos janelas em fita que é de suma importância para manter o ambiente iluminado e ventilado. Ressaltamos ainda que neste ambiente há uma grande árvore artificial na entrada, trazendo a sensação de um parque que faz com que as crianças não se sintam em um Hospital. Outro local relevante é a Quimioterapia, lá as crianças recebem o tratamento brincando, um ambiente totalmente lúdico, composto por janelas em fitas que traz à iluminação e ventilação natural ,algo essencial para o bem-estar das crianças, brinquedos e uma decoração animada lembram um circo, até mesmo os móveis são modificados para trazer um clima mais ameno ao local. Assim sendo, saliento que o local é totalmente voltado ao bem-estar e as necessidades das crianças.

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Referências de projeto

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3.1 –Rede Sarah Rio Arquitetos: Lelé, João Filgueiras Lima Localização: Rio de Janeiro, Brasil Data do projeto: 2009

Figura 21 – Imagem aérea Rede Sarah Rio de Janeiro Fonte: http://blog.opovo.com.br/fisioterapiaesaude/o-hospital-sarah-rio/

Inaugurado em 2009 é o ultimo dos Hospitais Públicos implantados por Lelé, destinado à reabilitação infantil, com o partido linear o projeto se define em três conjuntos, com cobertura em ondas resultado do conforto térmico e ambiental.

...Se analisarmos os projetos antecedentes da Rede Sarah, logo veremos, no entanto, que as ondas da cobertura nada tem de alusivo, espontâneo ou arbitrário: a rigor elas resultam dos estudos de conforto térmico e ambiental que

hoje

constituem

uma

das

grandes

preocupações de Lelé...a preocupação central foi estimular o restabelecimento dos paciente por meio

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de soluções arquitetônicas que

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priorizam a ventilação e iluminação naturais e buscam promover a integração das áreas de tratamento e internação com espaços verdes e abertos (NOBRE, 2010, p.42)

Neste projeto o mais importante para Lelé era conseguir o máximo conforto térmico- ambiental, por conta do Rio de Janeiro alcançar mais de 40ºC no verão, além de garantir o mínimo de consumo energético, para isso foi necessário à implantação de três tipos de ventilação: ventilação natural (feita com painéis basculantes), ventilação natural forçada (por meio de sheds) e a ventilação por ar condicionado.

Figura 22 – Implantação Rede Sarah Rio ( ventilação natural, mecânica e artificial). Fonte: LUKIANTCHUKI, 2010, p18

Trata-se de um sistema bastante engenhoso, que descarta o hermetismo dos interiores climatizados e articula-se como jardins internos e dispositivos de climatização passivos, como nebulizadores localizados nos espelhos d'água, e farta luz natural, garantida pelo uso de

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policarbonato translúcido nos arcos retráteis da cobertura interna (NOBRE, 2010, p.45)

Este projeto é a somatória de todas as experiências de Lelé, contendo padronização, flexibilidade e economia, conseguindo um ambiente tecnológico, socioeconômico e ambiental. Lelé se preocupa também com a mobilidade de seus pacientes criando assim as camasmacas que mudam a relação de seus pacientes com o hospital, ajudando em sua recuperação.

É no projeto deste equipamento leve e de desenho extremamente simples que podemos encontrar o melhor resumo do pensamento de Lelé.

Construídas

tubular,

as

em

estruturas

camas-macas

metálica

acompanham

o

paciente durante toda a permanecia no hospital e permite que ele circule livremente entre seus diversos

ambientes

e

até

se

desloque

externamente, em ônibus também projetados por Lelé. Passíveis de serem conectadas

a

qualquer momento ás redes de serviços e infraestrutura do hospital, elas desfazem, assim, a associação habitual entre internação e imobilidade, e acaba induzindo o paciente a verse como agente da sua própria recuperação, o que é considerado um dos passos mais importantes em seu processo de cura (NOBRE, 2010, p.47)

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As camas-macas são frutos de um importante aspecto dos projetos de Lelé: a humanização das técnicas de curar, promovendo não apenas a mobilidade mas também uma interação entre os pacientes.

“Com o advento da cama-maca o paciente pode estar na terapia intensiva e no dia seguinte

estar

sujeito

a

outro

tipo

de

procedimento. Ele pode ir a uma infermaria, que é um local mais arejado onde ele passeia. Dependendo do seu estado, ele pode desfrutar de diferentes espaços. Existe a possibilidade de agrupar determinados pacientes numa mesma enfermaria em função da etapa de tratamento a que estejam submetidos. Isso é fundamental para conferir uma identidade ao conjunto, favorecendo uma maior sociabilidade entre eles. Os pacientes merecem cuidados progressivos. Se o individuo depende de um enfermagem mais técnica , ele vai ser encaminhado para o primeiro estágio, depois vai para o segundo estágio, que é a reabilitação, observa Lelé. A arquitetura e o disigner ajudam a estabelecer um novo parâmetro de dinâmica e terapia hospitalar, tendo como fim último a qualidade ambiental para os pacientes, para os usuários”. (SEGAWA ; GUIMARÃES, 2010, p.83)

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Figura 23 - Detalhes das camas-macas. Fonte : NOBRE, 2010,p.47

Figura 24 - Camas-macas que substituem os leitos. Fonte : NOBRE, 2010,p.47

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Seus sheds possuem um desenho diferente das outras obras da Rede Sarah, desenhados como ondas, orientados para captar os ventos

predominantes,

formam

uma

estrutura

independente,

sombreando e trazendo luz e ventilação natural a todo o edifício.

Figura 25 - corte do Sarah Rio de Janeiro, mostrando a composição de coberturas e ventilação. Fonte: LUKIANTCHUKI, 2010, p121

Figura 26 – corte jardim interno – sistema de ventilação. Fonte : LUKIANTCHUKI, 2010, p197

Projetando com cor, luz e alegria, Lelé integra a arte á arquitetura, animando os ambientes internso e externos, que beneficiam não apenas os paciente mas a todos que permanecem no Hospital, tornando os ambientes mais amigaveis, pensando sempre no bem estar dos usuários. Segundo Paz (1990) apud Lima (2012), “Os hospitais de Lelé, ao contrário de espaços constrangedores de

sofrimento,

tornaram-se locais amenos, generosos, ricos em volumes e cores : a própria expreção e sentido da palavra reabilitação.

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Figura 27 – Área de lazer – Rede Sarah Rio. Fonte : http://www.sarah.br/a-rede-sarah/nossas-unidades/unidade-rio/

Figura 28 – Painel Rede Sarah Rio. Fonte: LUKIANTCHUKI, 2010, p231

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Figura 29 – Rede sarah Rio de Janeiro. Fonte : http://arcoweb.com.br/projetodesign-assinantes/arquitetura/arquiteto-joao-filgueiras-lima-lelehospital-rede-sarah-27-10-2009.

Dividido em cinco blocos integrados, contornados por jardins, trazendo um clima mais agradável ao Hospital, projetado horizontalmente facilita a locomoção dos pacientes e o liga aos espaços verdes.

Figura 30 – Implantação Rede Sarah Rio. Fonte: LUKIANTCHUKI, 2010, p172

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As áreas de internação e reabilitação são sempre muito agradáveis e integradas aos espaços externos, com uma cobertura retrátil, pé-direito alto para garantir a entrada de luz natural, o que melhora a qualidade de vida de seus pacientes. Substituindo também a enfermaria por um ambiente flexível e aberto semelhantes a grandes terraços ao qual faz a integração entre os pacientes e os jardins o que é de suma importância para o rotineiro banho de sol.

Figura 31 – Croqui circulação interna e do espaço de convivência Rede Sarah Rio. Fonte: LUKIANTCHUKI, 2010, p174

Figura 32 – circulação interna e do espaço de convivência Rede Sarah Rio . Fonte: LUKIANTCHUKI, 2010, p174

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Figura 33 – Planta Rede Sarah. Fonte: LIMA, 2012 com modificações do autor

A partir dessas acepções concluímos que este é um projeto térreo, totalmente acessível, voltado para o bem estar de seus pacientes, busca iluminação e ventilação natural através de uma cobertura com sheds, ambientes coloridos e alegres que ajudam no tratamento dos pacientes, além da integração dos mesmos por espaços verdes. Todo esse movimento colabora com a humanização do ambiente hospitalar.

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3.2 – Lucy Montoro - Morumbi Arquitetos: Aflaro & Gasperini Localização: São Paulo, Brasil Data do projeto: 2001/2007

Figura 34 –Vista em perfil da fachada Lucy Montoro – Morumbi. Fonte: http://aflalogasperini.com.br

A rede de Reabilitação Lucy Montoro, é uma Instituição criada pelo governo para pessoas com deficiências, mais especificamente com lesão medular, amputação e má-formação, lesões encefálicas de adultos, paralisia cerebral e dor incapacitante, tendo como objetivo melhorar a qualidade de vida desses pacientes.

Figura 35 – Entrada do Instituto de Reabilitação Lucy MontoroMorumbi. Fonte: http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnot icias

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A rede possui dezessete unidades e uma delas está localizada no Morumbi, a humanização é algo que chama atenção neste projeto arquitetônico, uma grande praça com pé direito duplo e iluminação zenital encontra-se no primeiro pavimento junto com consultórios médicos, no terceiro andar encontra-se a ala para reabilitação infantil, com ambientes lúdicos e coloridos, além de consultórios e leitos para os pequenos pacientes, no quarto andar ficam as salas de exames, entre o quinto e o nono andares estão os leitos para os pacientes internados, no décimo andar estão os leitos para procedimento mais invasivos, no primeiro subsolo estão às salas de fisioterapia, os jardins e a piscina coberta para tratamento fisioterapêutico, nos pavimentos acima estão locados os apartamentos dos pacientes. Todos os pavimentos são bem iluminados e trazem bem estar. Apresenta

arquitetura

contemporânea

e

materiais práticos e funcionais, havendo o cuidado de aquecer visualmente a edificação com o uso de madeiras. Promovendo contraste de tonalidades, o volume recebeu revestimento de

placas

pré-moldadas

de

laminado

melamínico em cor clara. Um modo de filtrar a intensidade da luz natural foi instalar pergolados no térreo e na cobertura, criando identidade além de sombrear o local.(Alfalo & Gasperini, 2008)

Figura 36 – Praça de convívio- Rede Lucy Montoro- Morumbi. Fonte:http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias

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Figura 37 – Piscina do Instituto de Reabilitação Lucy Montoro . Fonte: http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias

Figura 38 – Área de fisioterapia do Instituto de Reabilitação Lucy Montoro. Fonte: http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias

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Figura 39– Planta térreo – Lucy Montoro Morumbi. Fonte: http://aflalogasperini.com.br modificada pelo autor

Figura 40– Planta tipo - Lucy Montoro Morumbi. Fonte: http://aflalogasperini.com.br modificada pelo autor

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Figura 41 – Corte Lucy Montoro – Morumbi. Fonte: http://aflalogasperini.com.br

Assim sendo, podemos concluir que o projeto é voltado para a reabilitação, atendendo e cuidando bem de seus pacientes. Dessa perspectiva os ambientes estão sempre voltados para uma iluminação natural, áreas de fisioterapia e piscina voltadas para um jardim e espaços de convivência, como exemplo, praça que possui uma iluminação zenital ao qual transcende os muros da Instituição e a torna muito mais agradável e principalmente amigável.

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3.3 – Centre Sociosanitari Parc Hospitalari Martí I Julià Arquitetos: Brullet Pineda Arquitectes Localização: Salt, Girona, Espanha Data do projeto: 2001-2005

Figura 42 –Área social - Centre Sociosanitari. Fonte:http://www.plataformaarquitectura

Localizado dentro de um parque com conjuntos hospitalares, o objetivo deste projeto é integrar o parque e o Hospital, tentando aproveitar a organização e funcionalidade do parque, a partir de seus tuneis de instalações elétricas e mecânicas. Formado por três pavilhões térreos, subsolos técnicos e grades pátios abertos o Hospital faz com que o parque esteja sempre dentro dele através de grandes janelas nas áreas de circulação e leitos, trazendo iluminação natural e uma bela paisagem. Neste Centro os idosos são tratados e hospedados, seus quartos são voltados para um núcleo central formado por uma área de suporte, lazer e salas de terapia. Sua circulação é principalmente horizontal, os pátios internos unem os pavilhões e iluminam a circulação. Tanto a iluminação

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natural quando a vista direta para os pátios trazendo mais conforto aos pacientes. “La aparición de unos patios entre estos pabellones de una planta, para proporcionar luz y ambiente natural al interior, también sirve para relacionar el arbolado del parque con el del hospital (Brullet Pineda Arquitectes, 2001)”

Figura 43 –Vista interna do pátio - Centre Sociosanitari. Fonte:http://www.plataformaarquitectura

Figura 44 –Pátio central - Centre Sociosanitari. Fonte:http://www.plataformaarquitectura

Figura 45 –Circulação/Recepção - Centre Sociosanitari . Fonte:http://www.plataformaarquitectura

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Circulação Quartos Área de convívio Área administrativa Consultórios Figura 46 –Planta - Centre Sociosanitari. Fonte:http://www.plataformaarquitectura

Figura 47 –Corte - Centre Sociosanitari . Fonte:http://www.plataformaarquitectura

Através dessas acepções, podemos concluir que este é um hospital acessível com circulação horizontal, traz mais liberdade aos pacientes, os quartos sempre voltados para um pátio interno e envolta das áreas de convívio, fazem com que o ambiente seja mais agradável. Um foco importante neste projeto é a Iluminação natural , fazendo com que realmente o parque se integre ao Hospital.

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3.4 – Hospital Miroah Arquitetos: Siegbert Zanettini Localização: São Paulo, Brasil Data do projeto: 2011

Figura 48 – Fachada – Hospital Moroah. Fonte: http://www.zanettini.com.br/

Revitalizado em uma antiga construção o Hospital foi elaborado para causar impacto, contrastando com o ambiente em que está inserido, trazendo uma nova imagem mais leve e alegra ao lugar, composta por um projeto sustentável, ecoeficiente e tecnológico. Um hospital moderno que utiliza de matérias leves e áreas verdes, seu principal objetivo é construir um ambiente que respeite seus pacientes, trazendo comodidade e conforto, prezando a luz natural em seus leitos e principalmente na recepção, juntamente com um espelho d’água, passando um bem-estar e influenciando positivamente no tratamento de seus pacientes.

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A obra como proposta conceitual deveria atender

os

atributos

de

um

edifício

contemporâneo, com alta tecnologia construtiva de equipamentos e funcional, com soluções de ecoeficiência e sustentabilidade e atendimento médico de mais alto nível. Esses conceitos são visíveis já desde a área ajardinada externa, na entrada do hospital e suas soluções espaciais de cada setor do hospital. (Zanettini, 2015)

Figura 49 –leito – Hospital Miroah. Fonte: http://www.zanettini.com.br/

Figura 50 – Jardim interno – Hospital Miroah. Fonte: http://www.zanettini.com.br/

Figura 51 – Recepção – Hospital Miroah . Fonte: http://www.zanettini.com.br/

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Figura 52– Implantação – Hospital Miroah. Fonte: Acervo do arquiteto Zanettini

Através dessas acepções podemos concluir que este é um projeto elaborado para revitalizar o ambiente onde está inserido, chama atenção por sua magnitude, à recepção bem iluminada, ampla e com pé direito duplo acolhem os pacientes logo em sua chegada, na ala interna jardins estão posicionados para vitalizar o ambiente hospitalar, principalmente na ala dos leitos.

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3.5 – Hospital Infantil Nemours Arquitetos: Stanley Beaman & Sears Localização: Orlando, Florida, EUA Data do projeto: 2012

Figura 53 – Vista da fachada - Hospital Infantil Nemours . Fonte: http://www.archdaily.com.br

Especializado no tratamento infantil este Hospital tem como principal objetivo o termo “ambiente de cura”, feito para tranquilizar, encorajar e divertir as crianças. Com uma estética simples e moderna, o colorido e a luz animam os ambientes. Um projeto com jardins, ala de emergência, 76 salas de exame e 95 leitos, neles as crianças podem escolher a cor da iluminação de seus quartos. O prédio transforma a paisagem da região e cria um espaço para crianças e suas familiares, com salão de jogos e áreas de lazer sempre voltadas para áreas verdes, onde se pode descansar e praticar atividades de recreação. A natureza tem um foco importante no projeto já que o hospital acredita que ela é importante para o crescimento das crianças. O sol e

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a umidade de Orlando também foram pontos importantes no projeto, criando assim espaços externos sombreados e quartos voltados aos jardins. Os espaços internos são inundados com luz natural e vistas para a natureza são abundantes para crianças e famílias, bem como para funcionários e pessoal de apoio. Enquanto o projeto

de

espaços

para

crianças

pode

facilmente recorrer ao artifício ou ao clichê, este hospital

infantil

evita

completamente

esta

tendência, trazendo uma muito mais autêntica: uma

arquitetura

madura

mas

cheia

de

vida, uma atmosfera interior enriquecedora e fresca e um paisagismo que celebra o papel que a natureza pode ter no processo de cura.(

NEMOURS, 2015)

Figura 54 – Área ao ar livre - Hospital Infantil Nemours . Fonte: http://www.archdaily.com.br

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Figura 55 – Planta 1º pavimento - Hospital Infantil Nemours . Fonte: http://www.archdaily.com.br

Figura 56 – Planta 4º pavimento - Hospital Infantil Nemours . Fonte: http://www.archdaily.com.br

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Figura 57 – programa - Hospital Infantil Nemours . Fonte: http://www.nemours.org

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Figura 58 – Área de convívio - Hospital Infantil Nemours . Fonte: http://www.archdaily.com.br

Figura 59 – Jardins - Hospital Infantil Nemours . Fonte: http://www.archdaily.com.br

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Através dessas acepções, podemos concluir que este é um Hospital voltado para as crianças que possuem total liberdade para brincar nas áreas verdes, um ponto muito importante no projeto , inclusive para a formação dos pacientes, portanto a maioria de seus ambientes são voltados para

essas áreas,

além de possuir ambientes lúdicos e

sempre bem amplos e iluminados, tudo para o melhor tratamento e qualidade de vida para as crianças.

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Sobre o projeto

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4.1 – Localização A proposta deste projeto é elaborar um Instituto de apoio onde crianças e adolescentes com câncer possam ter um atendimento especializado e melhor qualidade de vida, para escolher a localização deste projeto primeiramente foi necessário pontuar as principais necessidades do Instituto: estar próximo a um Hospital com atendimento gratuito para o tratamento de câncer e ter fácil acesso, com transporte e avenidas importantes. Além dessas informações foi necessário mapear todas as Instituições de tratamento gratuito para crianças e adolescentes com câncer, todos os Hospitais que possuem tratamento de câncer gratuito e todas as casas de apoio. A partir dessas informações podemos vizualizar quais Hospitais possuem carência de apoio ao tratamento de câncer principalmente infantil, existem muitos Hospitais com casas de apoio próximas e outros com instituições de tratamento exclusivo para crianças com câncer.

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Área escolhida

Figura 60 – Mapa geral: Hospitais/casa de apoio/ Institutos de tratamento Fonte: Imagem do Google com intervenção do autor, 2015

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O terreno localizado na Av. Almirante Delamare, no bairro Vila Carioca, servido de linhas de ônibus e há 18 minutos da estação Sacomã. O terreno foi escolhido primordialmente pela proximidade com o Hospital Heliópolis, que possui tratamento de câncer pelo SUS. Já que a Instituição não possui pronto atendimento, para suprir rapidamente eventuais necessidades dos pacientes.

Terreno Escolhido Figura 61 – Mapa de localização do Terreno escolhido. Fonte: Imagem do Google com intervenção do autor, 2015.

Vila Carioca – Localizado na zona sul de São Paulo, no distrito do Ipiranga, próximo ao rio Tamanduateí e da ferrovia (Railway), a partir do século XX muitas indústrias se instalaram na região e com elas trabalhadores e suas famílias, assim o bairro foi crescendo, o adensamento populacional fez com que a várzea do rio Tamanduateí fosse ocupada, dificultando a drenagem da água, por está razão a região sofre com alagamentos. Marcada pela presença de indústrias altamente poluidoras, principalmente do setor petroquímico, como a Shell do Brasil, a maior parte destas indústrias lançavam seus resíduos no solo e nos afluentes dos corpos d’água, contaminando o solo e a água da região. O bairro tem proximidade com a Vila Heliópolis e permanece com galpões em conjunto com comércio local e residências.

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4.2 – Levantamento 4.2.1 – Hierarquia de vias / Transporte

Terreno Escolhido Equipamento de Saúde Via Principal Via Secundária Via Terciária Ponto de Ônibus Estação de Metro Figura 62 – Mapa de localização do Terreno escolhido. Fonte: Imagem do Google com intervenção do autor, 2015.

Um ponto importante para a escolha do terreno foi o fácil acesso, já que a maioria dos pacientes podem possuir dificuldades locomotoras, portanto o terreno está localizado há 18 minutos andando ou a 2 minutos de ônibus da estação de metrô Sacomã.

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O terreno também conta com um ponto de ônibus na calçada voltada para a Av. Almirante Delamare. Além de possuir fácil acesso pela Rodovia Anchieta, Av. Prestes Tancredo Neves e a Av. Almirante Delamare, fazendo uma ligação com o centro da cidade e o Grande ABC. Notamos através da imagem 62 que o terreno possui dois acessos distintos, para restringir as circulações evitando os riscos de infecções, segundo a norma RDC 50 Critérios para projetos de estabelecimentos assistenciais de saúde, como podemos ver a seguir:

4.1 - ACESSOS Os acessos do EAS estão relacionados diretamente com a circulação de sua população usuária e de materiais. A relação a ser considerada e de tipos funcionais de acessos e não de número de acessos, esta sim, via de regra, função da quantidade dos serviços prestados. Deve haver uma preocupação de se restringir ao máximo o números desses acessos, com o objetivo de se conseguir um maior controle da movimentação no EAS, evitando-se o trafego indesejado em áreas restritas, o cruzamento desnecessário de pessoas e serviços diferenciados, além dos problemas decorrentes de desvios de materiais. (RDCNº50, 2002, pp. 79).

O terreno está inserido na subprefeitura do Ipiranga e está localizado em uma zona predominantemente industrial, conforme podemos observar no mapa de zoneamento da subprefeitura a seguir (Imagem 63). A região segundo dados da subprefeitura contava em 2010 com 106.865 mil pessoas e tinha uma densidade demográfica de 10.178hab/km2.

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4.2.2 – Zoneamento

Figura 63 – Mapa de uso e ocupação do solo. Fonte: http://ww2.prefeitura.sp.gov.br//arquivos/secretarias/planejamento/zoneamento/0001/parte_II/ipiranga/13MAPA-IP-04.jpg

4.2.4 – Índices Urbanísticos ZPI – Zona Predominantemente Industrial: Coeficiente de aproveitamento: Básico 1,0 – Máximo 1,5 Taxa de ocupação máxima: 0,70 Taxa de permeabilidade mínima: 0,15 Gabarito altura máxima: 15,00 m Recuos mínimo frente: 5,00 Fundo e laterais: 3,00 m seguindo a seguinte formula: (R = (H - 6) ÷ 10)

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O terreno possui aproximadamente 156.900m², onde devido à taxa de ocupação 109.830m² podem ser construídos. Abrangendo todo o terreno também temos uma topografia que vai da cota 757 no seu nível mais alto até a cota 738 em seu nível mais baixo.

4.2.2 – Uso e Ocupação

Figura 64 – Mapa de uso do solo. Fonte: Mapa do Gegran com intervenção do autor, 2015.

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4.2.3 – Gabarito

Figura 65 – Mapa de gabarito. Fonte: Mapa do Gegran com intervenção do autor, 2015.

4.2.5 – Levantamento fotográfico

Figura 66 – Imagem Av. Almirante Delamare.

Figura 67 – Imagem Hospital Heliópolis

lado Direito na Av. Almirante Delamare. Fonte: Acervo do autor, 2015

Fonte: Acervo do autor, 2015

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Figura 68 – Imagem AMA ao lado esquerdo

Figura 69 – Imagem Av. Almirante Delamare com

Av. Almirante Delamare na .

Rua: Resende costa

Fonte: Acervo do autor, 2015

Fonte: Acervo do autor, 2015

Figura 70 – Imagem Rua Resende Costa

Figura 71 – Imagem comércio na Rua Resende

Fonte: Acervo do autor, 2015

Costa Fonte: Acervo do autor, 2015

Figura 72 – Imagem Rua Visconde de Camamu

Figura 73 – Imagem escola de samba,

Fonte: Acervo do autor, 2015

continuação da Rua Visconde de Camamu. Fonte: Acervo do autor, 2015

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4.2.6 – Aspecto Ambiental Situado em uma região repleta de indústrias, o terreno escolhido abrigava a Shell, que manteve suas atividades por mais de cinco décadas contaminando o solo e a água através de vazamentos e descuidados operacionais. Após verificação da Cetesb foi constatado “benzeno, tolueno, xileno,

no solo a presença de poluentes como:

etilbenzeno, chumbo e outros metais pesados e os organoclorados aldrin, dieldrin e isodrin” (CETESB, 2014). De acordo com a promotoria estadual em março de 2002 foi estimado que cerca de 30 mil pessoas podem ter sido afetadas pela poluição, nesse mesmo ano a Shell retirou e incinerou 2.500 toneladas de solo contaminado do local. Pensando em promover o bem-estar da população foi necessário adotar medidas para requalificar a área como desejo dos moradores e iniciativa na Operação Urbana Consorciada Mooca-Vila Carioca. A procura de conformidade entre o passivo ambiental e o bem-estar da população por meio do uso de ferramentas de intervenção urbana requer o subsídio de métodos de avaliação de riscos, particularmente do conhecimento de eventuais rotas de exposição, que implicam a caracterização da fonte de contaminação, dos mecanismos de transporte dos contaminantes, dos pontos e vias de exposição e da população

receptora.

A

recomposição

paisagística,

calçamento e pavimentação de vias e espaços públicos, retificação do sistema viário ou alteração de fluxo, melhoria da

infraestrutura

de

saneamento,

saneamento

de

edificações e implantação de unidades de lazer, saúde ou educação são algumas das intervenções que podem ser utilizadas para proteção à saúde e requalificação urbana em áreas contaminadas.(VALENTIM,2005.pp 149)

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4.2.7 – Analise da legislação Operação Urbana Consorciada Mooca-Vila Carioca:

Figura 74 – Localização Operação Urbana Consorciada Mooca-Vila Carioca. Fonte: Secretaria Municipal de coordenação da Subprefeitura do Ipiranga.

Justificativa: - Aumentar a acessibilidade da região com transporte público e rede viária. - Priorizar conexão entre bairros. - qualificar a cidade para o pedestre e ciclista. - Diminuir as habitações precárias. - Diminuir as áreas de alagamento. - Aumentar áreas verdes. - Recuperar áreas contaminadas.

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- Preservar patrimônios históricos da região.

Equipamentos a serem implantados:

Vila Carioca –1

Área do projeto

UBS+AMA Figura 75 – Equipamentos sociais: Operação Urbana Consorciada Mooca-Vila Carioca. Fonte: Secretaria Municipal de coordenação da Subprefeitura do Ipiranga.

Implantação de áreas verdes:

Área do projeto

Figura 76 - Áreas verdes: Operação Urbana Consorciada Mooca-Vila Carioca. Fonte: Secretaria Municipal de coordenação da Subprefeitura do Ipiranga.

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Área do projeto

Figura 77 – Cenário 2026: Operação Urbana Consorciada Mooca-Vila Carioca. Fonte: Secretaria Municipal de coordenação da Subprefeitura do Ipiranga.

Plano Diretor Estratégico – Lei nº 16.050 de 31 de julho de 2014 Art. 371. A revisão da LPUOS, ou lei específica, deverá definir condições especiais de uso e ocupação do solo que permitam aos complexos de saúde, educação e pesquisa em saúde existente ocuparem áreas ou quadras no seu entorno imediato com o objetivo de regularizar, reformar ou construir novas unidades ou unidades complementares nessas áreas. Parágrafo único. Para a aplicação do disposto no “caput”, o entorno imediato deverá ser definido tendo como limite uma faixa envoltória de 150m (cento e cinquenta metros) às divisas do lote onde se localizam as unidades de saúde, educação e pesquisa existentes.( Plano Diretor Estratégico,2014)

Parte III da Lei nº 13.885, de 25 de agosto de 2004 Art.

108. II. Zonas predominantemente

industrial - ZPI: porções do território destinadas à implantação de usos diversificados onde a preferência

é

dada

aos

usos

industriais

incômodos e às atividades não residenciais incômodas.(Lei nº13.8885, 2004)

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A partir desses levantamentos, cabe-nos ressaltar que a elaboração do projeto conforme aferido na operação urbana continuará sendo um equipamento de saúde, porém especificamente voltado para crianças e adolescentes com câncer, o projeto do parque Heliópolis será mantido e inserido.

4.3 – Programa O programa deverá atender em média 250 pessoas diariamente, baseadas em projetos de uso similar, como a TUCCA que atende cerca de 5.000 crianças por ano. Está proposta prevê suporte em todas as áreas do projeto, levando em consideração o tratamento e o bem-estar dos pacientes. No quadro a seguir podemos observar as áreas mínimas permitidas pela norma RDC 50/2002 que regulamenta a elaboração dos projetos de assistências de saúde.

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Ambientes

áreas min. (m²)

Setor Clínico Recepção 5 Sala de espera: pacientes e acompanhantes 1,2 por pessoa Sala de enfermagem (preparação e serviço) 23 Consultório 7,5 Serviço social 6 Sanitário Masculino e Feminino (usuários) 10 Quimioteca 5 por leito Sala de comando radioterapia 12 Sala de radioterapia 6 Cozinha Multifuncional 20 Depensa 5 Refeitório 1 por pessoa Sala multiuso 2 por aluno Lan house 1,2 por paciente Setor administrativo Depósito de equipamentos 5 Depósito de material limpo 5 Sala administrativa 5,5 por pessoa Sanitário Masculino e Feminino 15 (funcionários) Diretoria e Tesouraria 12 Secretárias 5,5 por pessoa Sala de reunião 2 por pessoa Estar serviço 5,5 por pessoa Entrada de serviço 10

Ambientes Setor de reabilitação Piscina água fria Piscina água quente (hidroginástica) Área de convívio Quadra poliesportiva Sala fisioterapia Vestiário Masculino e Feminino (usuários)

96

áreas Total Quant. prop. (m²) 467 4,4 23 10 10 16 7,8 19 34 30,4 5 2,5 2,2 2,2

1 40 1 11 1 2 28 1 1 1 1 20 16 16

6 6 10

1 1 2

967,5 186,4 177,7 23 110 10 32 219 19 34 30,4 5 50 35 36 257,4 6 6 20

20

1

20

12 15 3,37 6,24 77

2 1 8 11 1

24 15 27 62,4 77

áreas min. (m²)

áreas prop.

Quant.

200 10 100 512 50 10

200 10 262 620 282 15

1 2 1 1 1 2

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Tota (m²) 1414 200 20 262 620 282 30


Setor comunitário Hall Auditório Auditório Sanitário Masculino e Feminino (usuários) Sanitário PNE Restaurante Cozinha Despensa Congelador Setor de apoio Sala de estar/Brinquedoteca Depósito Cozinha Refeitório Despensa Apartamento Sanitário Masculino e Feminino (usuários) Área de estar

20 1,2 por pessoa 10 2,25 1 por pessoa 10 5 5

80 1,6 13 5,1 3,2 40,2 5 5

1 100 2 1 40 1 1 1

10 5 10 1 por pessoa 5 14 5 1,2 por paciente

137 17 45 2,8 10,4 20 5 15,4

1 1 1 36 1 17 2 20

Total área construída Setor Clínico Setor administrativo Setor de reabilitação Setor comunitário Setor de apoio Circulação Estacionamento (6m² cada 50m² de área construída)

478,3 80 160 26 5,1 157 40,2 5 5 967,4 137 17 45 100 10,4 340 10 308

5.050,1 967,5 257,4 1.414,0 478,3 967,4 705,0 260,5

O projeto será dividido em dois blocos: 1º

Instituto - Setor clínico, setor administrativo e setor de

reabilitação Casa de apoio – Setor de apoio. 2º

Comunitário – Setor comunitário.

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4.5 – Fluxograma

FLUXO GRAMA GERAL

Estacionamento

Recepção

Sala de espera

Consultórios

Brinquedote ca

Serviço social

Quimioteca/ Refeitório

Enfermagem

Lan House

Saída de emergência

Sala multiuso

Radioterapia

Área de lazer

Saídas de emergência

Saída de emergência

Sanitários

Comando Radio

Cozinha

Apartamentos Refeitório

Sanitários

Varanda

Cozinha

Vestiários

Despensa

Sala estar

Fisioterapia

Hidroginástica

Piscina

Hall

Quadra

Estar Serviço

Entrada de serviço

Restaurante

Auditório

Secretária

Tesouraria

Administração

Diretoria

Depósitos

Reunião

Vestiário

Sanitários

Refeitório/Cozinha

Acesso restrito Acesso livre paciente Figura 78 – Fluxograma.

Acesso livre todos

Fonte: Produzida pelo autor, 2015.

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Estudo do Projeto

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5.1 – Estudo do terreno Para iniciar o projeto planejado foi necessário identificar a melhor área para implantação do mesmo, assim foi elaborada uma maquete física para melhor analise do terreno e entendimento de sua topografia, como mostra a figura 79 a seguir.

Figura 79 – Maquete de estudo do terreno. Fonte: Produzida pelo autor, 2015.

Através de analises baseadas nas informações aferidas neste capitulo e da maquete física, conforme figura 79, foi selecionada a área mais próxima ai Hospital Heliópolis com uma topografia plana suficiente para elaboração do projeto.

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Figura 80 – Maquete mostrando área selecionada

Figura 81 – Maquete da área selecionada

Fonte: Produzida pelo autor, 2015.

Fonte: Produzida pelo autor, 2015.

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5.2 – Estudos volumétricos Após a escolha da área que será implantada a instituição e baseada no programa e fluxograma, vistos neste capitulo, foram elaboradas 3 estudos volumétricos. Estudo 01

Figura 82 – Estudo volumétrico 01 Fonte: Produzida pelo autor, 2015.

O primeiro estudo a casa de apoio está separada da instituição com dois andares, no térreo os apartamentos ligados ao prédio da instituição e no subsolo as áreas comuns. No prédio da instituição no térreo estão o setor clinico e a quadra, no subsolo o setor administrativo e no superior o setor de reabilitação. Estudo 02

Figura 83 – Estudo volumétrico 02 Fonte: Produzida pelo autor, 2015.

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No segundo estudo a casa de apoio continua separa da instituição, mas nesse caso ela é térrea, ligada a instituição através do subsolo. Na instituição o pavimento térreo é constituído pelo setor de reabilitação, no subsolo o setor administrativo e no superior o setor clinico com uma entrada superior.

Estudo 03

Figura 84 – Estudo volumétrico 03 Fonte: Produzida pelo autor, 2015.

No terceiro estudo a casa de apoio esta integrada na instituição, então o pavimento térreo contem o setor clinico, no subsolo o setor de reabilitação e no superior a casa de apoio.

Após analise dos três estudos volumétricos, foi escolhido o terceiro, pois ele é o que melhor se alinha com o terreno, sendo simples e com pouco impacto, com um programa mais compacto e bem resolvido.

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5.3 – Estudo Preliminar

5.3.1- Terreno

Figura 8 5– 3D Terreno completo Fonte: Produzida pelo autor, 2015.

Corte do terreno

Figura 86 – Corte terreno longitudinal Fonte: Produzida pelo autor, 2015.

Figura 87 – Corte terreno horizontal Fonte: Produzida pelo autor, 2015.

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5.3.2 - Localização do projeto

Figura 88 – Identificação da área do projeto Fonte: Produzida pelo autor, 2015.

5.3.2 – Diagrama do projeto Baseada nos estudos de caso, no entorno, nas leis apresentadas e na topografia natural do terreno, será proposto dois edifícios. O primeiro edifício será dividido em três andares, ligados por uma grande rampa, que envolve um jardim, com acesso restrito apenas aos pacientes e funcionários. Já o segundo edifício com acesso público destinado ao setor comunitário. Os dois edifícios são ligados por uma marquise implantada em uma praça que possuem acesso pela Rua Resende Costa e pela Av. Almirante Delamare, os dois prédios possuem um jardim interno e aberturas zenitais que propõe iluminação e ventilação natural. O foco principal deste projeto era trazer o parque para o prédio,

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O pavimento térreo do primeiro prédio será destinado ao setor clinico, com acesso restrito aos pacientes e seus acompanhantes, separado em duas alas, ao lado direito a contendo a sala de espera e os consultórios e do lado esquerdo a quimioteca, radioterapia e áreas de lazer, seu acesso é feito pela praça central. 0 segundo prédio possui apenas um andar, também tem acesso pela praça central sendo destinado ao setor comunitário, onde encontramos o Auditório e o restaurante, com acesso livre.

Figura 8 9– Diagrama planta térreo

Restautante Auditório Foyer Consultórios Espera Recepção Circulação Quimioteca Radioterapia Cozinha/Refeitório Acesso Livre Acesso pacientes

Fonte: Produzida pelo autor, 2015.

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No pavimento superior do primeiro prédio está a casa de apoio, contendo áreas de lazer, refeitório e apartamentos, ambos voltados para varandas.

Cozinha/Restaurante Brinquedoteca/Estar Circulação Suítes Área de Lazer Varanda Acesso pacientes Figura 90 – Diagrama planta superior Fonte: Produzida pelo autor, 2015.

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No subsolo do primeiro prédio está o setor de reabilitação, nele os pacientes praticam natação, hidroginástica e fisioterapia, além de possuir uma quadra para atividades de lazer. Nele também sem encontra a área administrativa, com uma entrada de serviço, para carga e descarga, área de lazer para os funcionários e as salas de administração, diretor e tesoureiro.

Figura 91 – Diagrama planta subsolo

Circulação Reabilitação Área administrativa Quadra Acesso pacientes Acesso restrito funcionários

Fonte: Produzida pelo autor, 2015.

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5.3.2 - A influência das cores em ambientes hospitalares A pós a humanização em ambientes hospitalares, visando um ambiente que possa suprir as necessidades dos usuários, com aspectos agradáveis e aconchegantes, valorizando o espaço de convivência as cores passaram a atuar como coadjuvantes do processo terapêutico, ajudando no equilíbrio do corpo e da mente. Estudiosos como Kandisnky e Goethe dedicaram seus trabalhos a entender efeito das cores sobre a psiquê humana, de acordo com Kandinsky:

Na arte [...] não estamos lidando com as propriedades físicas das cores, mas com seus efeitos em nós, suas tensões ou valores externos. (BARROS,2006, p.317).

Na Teoria da cor elaborado por Goethe, cada cor nos influência de uma forma diferente, como podemos ver em sua afirmação:

[...] cada cor produz um efeito específico sobre o homem ao revelar sua essência tanto para o olho quanto para o espirito. Conclui-se daí que as cores podem ser utilizadas para certos fins sensíveis, morais e estéticos. (BARROS,2006, p.302).

. Baseado na teoria da cor de Goethe, Kandinsky descreve em seu estudo: Do espiritual na arte, como cada cor age sobre nós,

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interpretando a força e essência de cada cor, os associando com música e movimento. Estudos atuais como a cromoterapia confirmam o que os antigos estudiosos afirmavam e ainda acrescentam que as cores podem interferir na atividade metabólica de grupos de células, melhorando a circulação do sangue, acelerando o metabolismo, acelerando o processo de regeneração, como por exemplo o vermelho que dilata os vasos sanguíneos e o azul que junto com o verde ajudam a conter a ansiedade. Assim como diz Gusmão: A Cromoterapia é uma terapia natural, recomendada como complemento da medicina tradicional, que leva em conta todos os níveis do ser humano (físico, mental, emocional, energético e espiritual), e não apenas os sintomas físicos, já que corpo e mente encontram-se intimamente interligados. A técnica consiste na atribuição de significados às cores que podem reverter problemas de saúde, promovendo o alívio sintomático através da cor absorvida pelo corpo. Isso se dá pelo eletromagnetismo, ou seja, o corpo recebe diferentes campos eletromagnéticos da luz e o corpo os absorve em um padrão de vibração interpretado pelo cromo terapeuta, desenvolvendo o equilíbrio energético. (GUSMÃO,2010, P.2)

A maioria dos ambientes hospitalares são compostos por pouca iluminação natural e predominantemente monocromáticos (paredes e pisos brancos), de acordo com estudiosos o contato apenas com cores monótonas pode interferir na avaliação física e nos aspectos emocionais e psicológicos. Para amenizar a sensação de clausura deve-se utilizar cores predominantemente quentes que estimulam a boa produtividade dos funcionários e despertam os pacientes.

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A partir desta pesquisa e analisando a influência das cores nas pessoas meu projeto será regido por quatro cores: Azul: É uma cor curativa que traz equilíbrio. Tem efeito relaxante e analgésico. Atua no sistema nervoso, nos vasos sanguíneos, e em todo o sistema muscular. Ameniza as inflamações e dores de cabeça, aumenta o metabolismo e promove o crescimento. Verde: É uma cor analgésica. Ajuda no equilíbrio hormonal, estimula órgãos digestivos, é anti-infecciosa. Aplicada para desequilibrar as vibrações causadas por uma doença. Útil em casos de câncer. Associada afetivamente à paz, à natureza, à saúde, ao equilíbrio, à esperança e à juventude. Amarelo: É uma cor estimulante, energizante e que purifica. Estimula a percepção, o intelecto e o sistema nervoso central. Desperta esperança em doentes que desistiram da cura, fortalece os olhos e os ouvidos. Auxilia nas situações de desespero e melancolia Laranja: É a cor da alegria, do calor e da vontade. Tonifica e combate a fadiga. É antidepressivo, aumenta o otimismo, beneficia a maior parte do sistema metabólico, rejuvenesce e vitaliza. É estimulante e expansivo. Combina a energia física com as qualidades mentais, libera a energia, aviva as emoções e origina bem-estar e satisfação. Essas quatro cores associadas podem interferir positivamente no processo curativo dos pacientes, pois as cores quentes como o amarelo e o laranja ajudam a estimular e alegar os pacientes, já as cores frias como o azul e o verde equilibram e relaxam os pacientes.

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Anteprojeto Implantação

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Anteprojeto Layout

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Anteprojeto Cortes

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Anteprojeto Elevação

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Anteprojeto Maquete 3D

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Figura 101 – Maquete 3D área externa Fonte: Produzida pelo autor, 2015.

Figura 102 – Maquete 3D área externa 2 Fonte: Produzida pelo autor, 2015.

Figura 103 – Maquete 3D entrada 01 Fonte: Produzida pelo autor, 2015.

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Figura 104 – Maquete 3D entrada 02 Fonte: Produzida pelo autor, 2015.

Figura 105 – Maquete 3D marquise 01 Fonte: Produzida pelo autor, 2015.

Figura 106 – Maquete 3D marquise 02 Fonte: Produzida pelo autor, 2015.

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Figura 107 – Maquete 3D quadra Fonte: Produzida pelo autor, 2015.

Figura 108 – Maquete 3D Foyer e Restaurante – prédio comunitário Fonte: Produzida pelo autor, 2015.

Figura 109 – Maquete 3D Auditório – prédio comunitário Fonte: Produzida pelo autor, 2015.

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Figura 110 – Maquete 3D Recepção – prédio instituição Fonte: Produzida pelo autor, 2015.

Figura 111 – Maquete 3D Quimioteca e refeitório – prédio instituição Fonte: Produzida pelo autor, 2015.

Figura 112 – Maquete 3D Espera – prédio instituição Fonte: Produzida pelo autor, 2015.

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Figura 113 – Maquete 3D Brinquedoteca e Refeitório – prédio instituição Fonte: Produzida pelo autor, 2015.

Figura 114 – Maquete 3D Área de estar – prédio instituição Fonte: Produzida pelo autor, 2015.

Figura 115 – Maquete 3D Suíte – prédio instituição Fonte: Produzida pelo autor, 2015.

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Figura 116 – Maquete 3D Hidroterapia e fisioterapia – prédio instituição Fonte: Produzida pelo autor, 2015.

Figura 117 – Maquete 3D Piscina– prédio instituição Fonte: Produzida pelo autor, 2015.

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Considerações finais: Iniciando a pesquisa a partir de reportagens sobre o câncer infantil, foi aferido que o mesmo é cada vez mais comum e está entre as principais causas de morte de crianças e adolescentes entre 1-19 anos. Porém, este é um quadro que pode ser revertido se os pacientes forem diagnosticados precocemente e tratados em locais especializados. Atualmente, aproximadamente 70% dos pacientes diagnosticados sobrevivem. Dessa perspectiva passou a se analisar os tratamentos contra o câncer e aonde eles eram feitos. São três tratamentos mais comuns: a radioterapia, a quimioterapia e, em último caso, a cirurgia. A radioterapia e quimioterapia são tratamentos feitos em clínicas particulares ou pelo SUS. O SUS possui vínculo com 15 hospitais, que fazem o tratamento gratuitamente e com Instituições. Locais especializados para o tratamento de crianças vinculados aos SUS existem apenas três em São Paulo: o ITACI - Instituto de tratamento do câncer infantil, ligado ao hospital das clinicas, o TUCCA Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer, ligado ao hospital Santa Marcelina e o GRAACC - Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer. Esses locais fazem o tratamento multidisciplinar com as crianças e tem como parceria casas de

apoio

públicas

que

fornecem

alimentação,

moradia,

apoio

psicológico, fonoaudióloga, fisioterapia e transporte para os hospitais de tratamento. O principal problema encontrado nas instituições é a mobilidade dos pacientes entre os centros de tratamento e as casas de apoio. Pesquisando sobre a quimioterapia e radioterapia foi descoberto que esses são tratamento muito agressivos e as crianças passam mau, tem

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náuseas e franqueza, além disso demoram para se recuperar totalmente, sendo assim o transporte de um lugar para o outro causa um grande desconforto as crianças. Em visitas realizadas a essas instituições tive acesso a informações de que elas só não possuem uma casa de apoio integrada ao hospital por conta de verba e espaço. Foram utilizados cinco hospitais como referência projetual e neles foi observada a integração dos prédios com os espaços verdes e sua importância para o tratamento dos pacientes, assim

como a

necessidade de ambientes flexíveis com iluminação e ventilação natural. A partir dos dados levantados por esta pesquisa foi elaborado o projeto para um Instituto de apoio à criança e ao adolescente com câncer - IACAC, atendendo a duas premissas básicas: o tratamento e o apoio psicológico, integrando a instituição com uma casa de apoio, além de levar em consideração a interação do prédio com espaços verdes e elaborar ambientes flexíveis e integrados entre si.

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LAGO,

André

Rosenthal;GUIMARÃES,

Aranha Ana

Corrêa Gabriella

do; Lima;

SCHLEE,Andrey NOBRE,

Ana

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Luiza;PORTO, Claudia Estrela; SEGAWA, Hugo;LEITE, Maria Amélia Devitte Ferreira D'Azevedo;COSTA, Maria Elisa;REBELLO, Yopanan Conrado Pereira. Olhares Visões sobre a obra de João Filgueiras Lima. Brasília. Editora da Universidade de Brasília, 2010. - LIMA, João Filgueiras. Arquitetura uma experiência na área da saúde. São Paulo. Romano Guerra Editora. 2012 - Lima.Brasília. Editora da Universidade de Brasília. 2010 - LIMA, João Filgueiras. CTRS Centro de Tecnologia da Rede Sarah .Brasilia, SarahLetras. Fundamentação Bienal/ ProEditores. 1999. - LUKIANTCHUKI, Mariele Azoia. A evolução das estratégias de conforto e ventilação natural na obra de João Filgueiras Lima, Lelé: hospital Sarah de Salvador e do Rio de Janeiro/ Mariele Azoia Lukiantchuki; orientadora Rosana Maria Caram. Faculdade São Carlos, 2010. - NEMOURS – Children’s Health System. Disponível em: http://www.nemours.org/locations/nch.html. Acesso em: 23/04/2015. - PINEARQ. Centre Sociosanitari Parc Hospitalari Martí I Julià. Disponível em: http://www.pinearq.es/p/134/node/203. Acesso em: 25/04/2015. - PLATAFORMA ARQUITECTURA. Centre Sociosanitari Parc Hospitalari Martí I Julià. Disponível em: http://www.plataformaarquitectura.cl/cl/6Mmne4q1n5/edificiosociosanitario-del-parque-hospitalario-marti-i-julia-brullet-pinedaarquitectes. Acesso em: 23/04/2015. - SANTOS, Mauro e BURSZTYN, Ivone. Saúde e Arquitetura: caminhos para a humanização dos ambientes hospitalares. Rio de Janeiros. Editora: SENAC Rio. 2004

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Anexo: 01 – Transcrição da entrevista com a voluntária Denize – TUCCA: Entrevistador: Vocês recebem alguma doação ou ajuda de custo do governo? Entrevistado: Do SUS, do governo diretamente não, mas do SUS porque a TUCCA já a dez anos tem a parceria com o hospital Santa Marcelina, então o Santa Marcelina entra com a parte do SUS pra cada criança, cada paciente, e a TUCCA complementa todo o que precisa para o tratamento, como exames, remédios. Porque só o valor do SUS não daria pra fazer o trabalho como o Dr. Sidnei (Dr. Sidnei Epelman – Presidente TUCCA) mantem aqui, como ele mantem na clinica particular dele, então com os melhores remédios, os exames sempre que são solicitados, não ficam aguardando não sei quantos meses para fazer esses exames. Entrevistador: Você acha que todos os ambientes são bem humanizados? E você acredita que isso pode ajudar no tratamento das crianças? Entrevistado: Bastante, uma das coisas que eu sempre falo quando as pessoas vem aqui visitar é ver como é claro, uma ambiente colorido para as crianças, tudo é muito né, com temas infantis, bem arejado, bem claro, pra tirar um pouquinho aquela cara de hospital mesmo, principalmente tratando-se de crianças né, e que fica um ambiente mais gostoso, você vê, olha, elas conseguem tomar quimioterapia e brincar, estão isso com certeza contribui pra criança querer vir todo os dias, todas as vezes que precisa. Entrevistador: Pra continuar o tratamento? Entrevistado: Isso, para não relutar com a família em vir pra cá.

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Entrevistador: Como você acha que as crianças se sentem nesse ambiente? Entrevistado: Olha, eu falo que criança é uma benção, nós tratamos aqui de crianças e adolescentes, eu acho que para um adolescente, passar por uma doença dessas que vai priva-lo do seu dia-a-dia normal, muitas vezes afastados até da escola ou do contato diário com os amigos é mais difícil, agora as crianças se elas estão bem, não estão com febre, não estão com dor, vida normal, sabe então, eu acho que elas se sentem como criança, bem. Entrevistador: Eu até vi, eu achei que elas se sentiam em casa, porque elas correm de um lado pro outro, entram e saem. Entrevistado: Isso tem hora que você que tem que falar, olha menos, calma. Entrevistador: E você, como você se sente quando entra aqui? Entrevistado: Eu me sinto bem, eu acho que passa isso também, a TUCCA tem uma visão bem, assim de tratar o paciente como um todo sabe. Então a gente se preocupa com o paciente, com a família, com os irmãos, com o acompanhante que está aqui, procura fazer atividades pra essas mães, pais, que acompanham as crianças, então isso traz assim um ambiente agradável que é tão bom pra eles quando é tão bom pra gente, pelo menos as pessoas sempre que vem conversar comigo falam : A você tá sempre sorrindo. Não é um ambiente pesado, um ambiente triste, né, então é bom, eu vejo os profissionais também, todos aqui dedicados e se sentindo bem. Entrevistador: Vocês possuem parceria com algumas casas de apoio, sei que vocês têm ajuda dessas casas de apoio, porque não tem isso dentro daqui do hospital? Entrevistado: Porque que não tem ainda, porque estamos construindo, já era uma ideia, do Dr. Sidnei. Porque essas pessoas que vem de fora

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acabam ficando em casas de apoio próximas aqui, mas tem de todo jeito ou depender de transporte de algumas casas de apoio ou do transporte público, para elas irem e virem. Então jpa era uma ideia nossa, nós já tínhamos comprado o terreno pra construir essa casa de apoio, e então com a nossa participação, por cinco anos, no Mc dia feliz, o intuído desse valor arrecadado é para a construção da casa de apoio, que já vai iniciar a construção da casa de apoio aqui próxima, dá para vir a pé, pensando nisso mesmo, que eles tenham esse transporte fácil, toda vez que precisar e também próximos do hospital. Entrevistador: Então só não tinha ainda porque ? Entrevistado: Porque estava precisando de verba para construir, então vai ser administrada pela TUCCA e pelo instituto Ronald Mc Donalds, vai ser uma parceria com eles, eles vão nos ajudar com a participação no Mc dia feliz, que está arrecadando verba para construir e depois eles ajudam a manter, como eles ajudam a manter casas de apoio no mundo todo. Entrevistador: Os exames médicos são feitos aqui? Entrevistado: Só colhe o exame aqui, aqui é feito consulta, nós temos varias especialidades: fonodióloga, psicóloga, fisioterapeuta, tudo é feito aqui, os exames são colhidos aqui, mas no laboratório do hospital ou em algum outro laboratório se a gente precisar, se é alguma coisa que não possa ser feito lá, e a quimioterapia, radioterapia também no hospital. Entrevistador: Aqui não tem leitos? Entrevistado: Para ficar não, a maioria toma a quimioterapia naquelas cadeiras, que são reclináveis, tem três leitos pra alguém que esteja mais indisposto, e os bercinhos para as crianças. Ninguém fica internado aqui, tanto que o ambulatório funciona de segunda a sexta, dás 8:00 ás 17:00, quando alguém precisa de alguma cirurgia, ou se

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alguma criança está com a imunidade muito baixa, ou algum procedimento que seja hospitalar , a TUCCA mantem leitos no Santa Marcelina, para ter sempre disponível alguns leitos para nós lá.

02 – Transcrição da entrevista com o voluntária André – GRAACC: Entrevistador: Vocês recebem alguma doação ou ajuda de custo do governo? Entrevistado: Ajuda do governo é total do SUS, porque todos os pacientes nossos, a maioria, mais de 80% são encaminhados do SUS, então a gente recebe realmente ajuda do SUS e recebemos também doações, tanto da sociedade, da comunidade, quanto das pessoas que tem empresas também. Entrevistador: Você acha que todos os ambientes são bem humanizados? E você acredita que isso pode ajudar no tratamento das crianças? Entrevistado: Sim, isso está mais do que provado, no nosso ambiente do GRAACC, que o trabalho da humanização é super importante pra quem tem a doença do câncer, mais do que provado, até pela ciência, que nós estamos num passo a frente pelo fato de estar tratando também a parte da humanização não só a questão da cura, mas também atacando mais na questão da humanização. Entrevistador: Os ambientes são coloridos? Entrevistado: Sim, coloridos, todos com significados, você pode perceber que cada andar tem uma cor, cada lugar especifico de tratamento tem uma cor, exatamente para trazer também esse lado humano, não só branco, não só de paz, mas também um pouquinho de alegria.

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Entrevistador: Como você acha que as crianças se sentem nesse ambiente? Entrevistado: Pelo que a gente já ouviu, até das crianças, já tivemos casos, por exemplo, de crianças que se assustavam com, vamos dizer assim, não queriam entrar no hospital por causa do açougueiro, né porque o açougueiro se veste de branco, o enfermeiro se veste de branco e o médico também se veste de branco, você pode perceber que os enfermeiros mesmo daqui, a maioria usa um avental azul, nós voluntários usamos também outro tipo de avental azul e os médicos também com outro tipo de roupa, nem sempre o branco, praz trazer um pouquinho dessa questão de cores para as crianças. Entrevistador: E você, como você se sente quando entra aqui no GRAACC? Entrevistado: A primeira palavra é questão da alegria de poder estar aqui, pra falar a verdade, a companhia das crianças. A gente como voluntário não podemos fazer muitas coisas, a gente nunca traz a cura, pros pacientes, mas traz o amor, o carinho o tentar trazer um pouco de humanização por causa dessa dor que eles tem. A gente fala que temos três coisas aqui, uma que é a doença, um que é a criança e uma que é a carência da criança, então a gente tenta trazer isso de uma tal forma que traz um pouco mais de alegria e humanização para as crianças. Entrevistador: Vocês possuem parceria com a casa de apoio Ronald Mc Donalds, porque vocês não tem isso dentro da estrutura do hospital? Entrevistado: Porque, para falar a verdade é uma questão de estrutura física mesmo, o terreno deste hospital que você está hoje, são dois anexos, vamos construir o terceiro, foram doações da prefeitura, e aquela da casa Ronald Mc Donald na época foi também doação da prefeitura. Nós queríamos que a casa Ronald ficasse do lado do

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hospital, mas infelizmente nós não tínhamos esse terreno disponível, a prefeitura não tinha esse terreno disponível, então ela disponibilizou na época aquele terreno lá, que foi feito um pouco mais longe do hospital, mas a gente gostaria também que toda a estrutura ficasse dentro do hospital, mas simplesmente por espaço físico não temos essa condição hoje.

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Implantação 0

S

5

10

20


I

H

F

G

11

10

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9.83

9.97

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Planta Térreo - Cota +755,00

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8.33

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A

A

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0

5

10

E

8.33

22

DN

DN

DN

18

B

B

F

Clinica 1 - Recpção 2 - Escada de incêndio 3 - Espera 4- Enfermaria 5- Serviço Social 6 - Consultório 7 - Quimioteca 8 - Lan house 9 - Sala multiuso 10 - Comando Radioterapia 11 - Radioterapia 12 - Sanitário másculino 13 - Sanitário feminino 14 - Cozinha 15 - Depósito 16 - Refeitório

8.33

17 19

21 20 G

A

A 6

6

5

2

4

2

10.06

16 C

15

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13

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14 3

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6

12

6 6

D

6

6

8

6

9

10

11

C

D

C 8.00

8.00

7.00

8.00

8.50

8.00

12.62

E

E

1

2

I

3

H

5

6

F

7

G 8

9

Setor Comunitário 17 - Foyer 18 - Auditório 19 - Sanitário feminino 20 - Sanitário PNE 21 - Sanitário masculino 22 - Restaurante 23 - Cozinha 24 - Despensa 25 - Congelador 26 - Área externa restaurante

20


I

10

H

11

F

12

G

D

Planta Superior - Cota + 758,00 A

A

0

5

10

E

B

B

F

G

Clinica 1 - Brinquedoteca 2 - Sala de TV 3 - Depósito 4 - Refeitório 5 - Cozinha 6 - Despensa 7 - Sanitário masculino 8 - Sanitário feminino 9 - Suíte 10 - Área de estar 11 - Escada de incêndio A

A 7 2

1

11

11

8

9

9

9

9

9

9

9

9

9

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C

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B

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9

9

9

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D

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C

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E

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9

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I

1

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5

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Planta subsolo - Cota +752,00

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A 3

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C

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B

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2 D

D

C

C

7

E

E

1

2

3

I

5

H

6

7

F

8

G

9

Clinica 1 - Fisioterpia 2 - Hidroterapia 3 - Escada de incêndio 4 - Sanitário masculino 5 - Sanitário feminino 6 - Piscina 7 - Quadra 8 - Entrada de serviço 9 - Estar serviço 10 - Secretária 11 - Diretoria 12 - Tesouraria 13 - Administração 14 - Despósito de equipamentos 15 - Depósito de materiais 16 - Sala de reunião 17 - Vesttiário 18 - Refeitório 19- Cozinha


761 23.00 758 20.00 755 17.00 752 14.00

Elevação 01 - Escala 1:250

761 23.00 758 20.00 755 17.00 752 14.00

Elevação 02 - escala 1:250

761 23.00 758 20.00 755 17.00 752 14.00

Elevação 03 - escala 1:250


761 23.00 758 20.00 755 17.00 752 14.00

Elevação 04 - escala 1:250

761 23.00 749 758 20.00 755 17.00 752 14.00

Elevação 05 - escala 1:250

761 23.00 749 758 20.00 755 17.00 752 14.00

Elevação 06 - escala 1:250


12

11

10

761 23.00 758 20.00 755 17.00 752 14.00 749 11.00

10

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Corte AA - escala 1:250

761 23.00

755 17.00

9

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7

6

5

3

2

1

Corte BB - escala 1:250

761 23.00 758 20.00 755 17.00 752 14.00

Corte CC - escala 1:250


1

2

3

5

6

7

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9

761 23.00 758 20.00 755 17.00 752 14.00

Corte DD - escala 1:250 1

2

3

5

6

7

8

9

761 23.00 758 20.00 755 17.00 752 14.00

Corte EE - escala 1:250 D

E

F

G

A

B

C

761 23.00 758 20.00 755 17.00 752 14.00

Corte FF - escala 1:250 B


C

B

A

G

F

E

D

761 23.00 758 20.00 755 17.00

748 12.00

Corte GG - escala 1:250 D

E

F

G

A

B

C

761 23.00 758 20.00 755 17.00 752 14.00

Corte HH - escala 1:250 D

E

F

G

A

B

C

761 23.00 758 20.00 755 17.00 752 14.00

Corte II - escala 1:250


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