Rastros de Rumos: Experimentações dos muros da cidade pelo andarilho contemporâneo

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Ras troS VENDE-SE

de

70

RU MOS

X



SUMÁRIO 1 RASTRO EXPERIMENTAL

2-7

3 RASTRO PROJETUAL 2 RASTRO DE UM RELATO

8 - 19

M3

22 - 38

M8 M7

39 - 55 56 - 72


1


Ras tro EXPERI MENTAL


RASTRO EXPERIMENTAL

OCUPA LAR SENAC O OCUPA LAR SENAC foi um evento de rua realizado pelos estudantes da Extensão Universitária LAR Laboratório de Arquitetura Responsável, ministrada pela Professora Marcella Ocke, e consistia em atividades de lazer, cultura, gastronomia, arquitetura e design na Rua Rosa Galvão Bueno Trigueirinho, ao lado do Centro Universitário Senac Santo Amaro. O objetivo do evento era fortalecer os laços da comunidade que estuda, trabalha e mora no entorno do Campus, como também ocupar o espaço público com ações transformem nossa cidade em um espaço mais vivo, saudável e seguro. O evento foi realizado com o apoio do Senac, professores e, principalmente, os alunos, os quais foram os responsáveis pela organização das atividades e construção de mobiliários e instalações que ocuparam a rua. Neste caso, fui convidada a construir uma instalação parasita ao muro que marcava a rua em toda sua extensão. Um muro que divide um condomínio privado de prédios da rua pública. Muro pálido, com colunas e frisos; medroso com cercas elétricas; e vegetariano, com uma jardim em um nível mais elevado que o chão e encostado ao muro.

M2 | 35

PÁLIDO

MEDROSO

4

Além das categorias do muro em questão, também foi levado em conta as exigências e condições do evento OCUPA LAR. O resultado consiste em dois diferentes módulos estruturais de pallet, com blocos horizontais em diferentes níveis, como também estacas e blocos verticais que criam prateleiras, painéis e cabides, convidando o andarilho às diferentes possibilidades de uso e apropriação junto ao muro e sua estrutura parasita.

FALHADO

MATERIALISTA

VEGETARIANO

CLÁSSICO


- MATERIAL: pallets ESTANTE DE LIVROS

DESNÍVEIS HORIZONTAIS MÓDULO 1

o desnível dos pallets horizontais não só criam degraus interativos como também é o apoio da estrutura entre o o jardim elevado ao pé do muro e o nível rebaixado da calçada.

PREGOS COMO CABIDES

MINI PAINÉL FALSO

MÓDULO 2

- ESTRUTURA: efêmera e leve, na qual fosse possível a manipulação e o deslocamento do Senac até a rua do evento. - ESTRUTURA x MURO: a estrutura não poderia encostar no muro, uma vez que seria necessário a autorização dos muradores do prédio. Assim, os módulos deveriam se sustentar por si só.

RASTRO EXPERIMENTAL

CONDIÇÕES OCUPA LAR

- ALTURA: a estrutura não deveria ser alta o suficiente para alcançar o topo do muro, não apenas pelo seu peso como também pela cerca elétrica. - USO E APROPRIAÇÃO: o OCUPA LAR exigia um espaço para a troca de livros que acontecia durante o evento. Por ser uma instalação no muro, também foi pensado em um mural em uma pequena escala e cabides improvisados entre a estrutura. 5


RASTRO EXPERIMENTAL

A parede pálida e monótona muda o seu caráter junto a estrutura parasita, tanto em sua aparência física como no uso e apropriação do muro. E se os módulos se multiplicassem pelos muros da cidade, qual seria o impacto na vida pública e nos indivíduos murados?

MURO + MÓDULO 1

MURO + MÓDULO 1 + MÓDULO 2 6


RASTRO EXPERIMENTAL As diferentes interações entre o indivíduo e o muro com a estrutura parasita.

7


2


Ras tro de UM

RELATO


RASTRO DE UM RELATO

A CIDADE DE MUUR Em Muur, todos vivem condicionados entre limites e obstáculos. As muralhas, cercas, grades e fronteiras formam faixas infinitas na cidade, não sabemos onde começam ou terminam. Chamam essas faixas de “murados”, aqueles que protegem uns aos outros, enquanto o lado de fora é esquecido, como um resto de uma cidade abandonada e encurralada. Cada murado tem uma característica, uma história e moradores que lá vivem. Os habitantes de Muur são individualistas, não pertencem uns aos

10


INFINITO

IRÔNICO

RASTRO DE UM RELATO

outros, não tem laços nem vínculos. Apesar de cada um viver em um dos murados fechados da cidade, eles não interagem uns com os outros, seguem costumes diários, funções e compromissos, e são cercados de regras e restrições. Vivem muito preocupados em segui-las e não se dão conta de que estão enclausurados. Neste relato, são descritos cinco diferentes murados encontrados na cidade de Muur e como os habitantes vivem e convivem junto a eles.

HUMANO

11




RASTRO DE UM RELATO

X

14

MUUR E AS DIVERGÊNCIAS Muur é uma cidade grande, com seus bilhões de habitantes que não conseguem viver com diferenças. Assim, construiu-se um murado para os diferentões. É um dos murados mais extensos da cidade. Uma grade de muros e mais muros dividindo grupos, comunidades, clãs e famílias. São valores, ideias, gostos e aparências diferentes. Cada dia surge uma nova divisão. Por isso, dentro desse murado há tantos muros remendados, em construção, hostis e punks que evitam uns aos outros. Os habitantes que ali vivem passam o dia discutindo suas opiniões. Se uma opinião diverge com a do outro, nasce ali mais uma extensão do murado, constroem tijolo por tijolo antes que o sol se ponha. Há também aqueles que percebem que mudaram de opinião e, portanto, voltam aos seus nichos antigos ou migram para o outro que acharem mais conveniente para si. Logo, muitos muros ficam abandonados, à venda ou em reforma. Dessa maneira, Muur procura evitar a violência, a divergência e discórdia, divide seus habitantes em nichos mas assegura a identidade social de cada grupo da cidade.

DIFERENTÃO

REMENDADO

HOSTIL

PUNK

VENDE-SE

CORRETOR

PEDREIRO

ABANDONADO



RASTRO DE UM RELATO 16

MUUR E O RIO No meio de Muur passa um rio. Conta-se em uma lenda que o rio era água de se beber, de se pular e de se pescar. Não se sabe como nem quando, o rio passou a feder, virou lixo descartável, todos o evitavam para não sentir o seu cheiro. Assim, um grupo de moradores resolveu transformar o rio em muro. Subiram duas paredes invisíveis, vidros altos para barrar o mal cheiro de esgoto, mas que ainda assim fosse possível olhar o rio, como um grande aquário, e lembrar dos seus tempos de banhos refrescantes no verão de Muur. Muitos habitantes contestaram o rio murado. Agora os que estavam do lado de cá não mais podiam atravessar o rio para o lado de lá. Assim, para evitar qualquer rebeldia, o vidro que protege o rio é cercado por cabines de vigias. Os vigias não só tomam conta do murado mas também passam dias e horas cheirando o rio e criando fórmulas e descobertas para limpar de vez suas águas. Eles dormem em suas cabines aprisionadas de apenas alguns metros quadrados, acordam cedo, usam o rio como privada e ai então, começam a desenvolver fórmulas, químicas e aparelhagens para limpar a sujeira que permeia a superfície d’água. São horas de esforço e não conseguem entender o porquê, apesar de tantas tentativas, o rio fica ainda mais sujo com o passar do tempo. Homens vigias esforçados, aprisionados ao cheiro do rio murado.

CHORÃO

SUJO

INVISÍVEL

PRISIONEIRO



RASTRO DE UM RELATO 18

MUUR E A MURALHA Assim como em muitas outras cidades, Muur é cenário de famosas lendas urbanas. Os habitantes conhecem e compartilham muitas histórias que aconteceram no passado, terrores, superstições, lendas que, com o passar do tempo, de boca em boca, foram ficando ainda mais amedrontadoras. A cada ano que passa, mais habitantes comentam sobre essas lendas e o medo de perder a vida é plantado e germinado em cada um. Logo, grande parte da população de Muur foi tornando-se cada vez mais medrosa, imaginavam as piores situações a todo momento, temiam a cidade e os outros e tudo era considerado uma ameaça a sua sobrevivência. Não aguentando mais essa situação, parte dos habitantes de Muur decidiram construir um muro tão alto quanto seus medos. Uma muralha defensora, um escudo para os seus temores. Foram anos de construção, pedra em cima de pedra até chegar na altura ideal. Para reforçar suas seguranças, os moradores da Muralha instalaram câmaras que vigiavam a todos e cercas elétricas que matavam qualquer um que alcançasse o topo. Quem morava ali dentro passa o dia vigiando câmaras, rastreando qualquer movimento duvidoso e caçando seus medos. A Muralha era tão alta, pálida e intimidadora que ninguém de Muur conseguia desviar o olhar. Tomava conta da paisagem monótona da cidade. É a Muralha famosa, conhecida! Nunca ninguém conseguiu entrar dentro dela. Sua sombra protege grande parte da cidade durante o verão quente, e torna ainda mais frio o inverno gelado. Muitos dos que vão visitar Muur não deixam de passar por essa grande parede dura, construída para proteger o medo dos que moram lá dentro, mas que permeia ainda mais o terror para aqueles do lado de fora. Com o passar do tempo, com a grande quantidade de turistas visitantes, muitos vendedores, taxistas e outros tipos de comércio e serviços começaram a fazer da Muralha seu principal ponto de parada. Na beira da parede dura, construíram os pontos de vendas em horários ocasionais, com bancadas e bancos para quem ali parasse, lugar para taxista, lugar para ler, banca de jornal, lugar para deitar, sentar, riscar, pintar, escrever. Também foram abertos respiros no muro, agora aqueles do lado de dentro recebiam suas cartas, pizzas e deliverys. Na beira da Muralha tudo começou a tornar-se mais permeável, menos temeroso. Um lado via e conhecia o outro. Assim, o topo da Muralha de Muur ainda é pálida, medrosa, vigia elétrica, dura e defensora, mas quando você se aproxima, lá

M3 | 104

DEFENSOR

TAXISTA

MEDROSO

CULTO

PÁLIDO

VENDEDOR

PROTETOR

MOTORISTA

POROSO

TATUADO

ASMÁTICO

RISCADO

FAMOSO

CONSELHEIRO


DEFORMADO

MUUR E O DESIGN M8 | 29 DENTUÇO

ACOLHEDOR

BREGA

FORTE

REFUGIADO ALPINISTA PARASITA

VAIDOSO

ANDANTE

M7 | 135 CAMUFLADO

BARULHENTO

Ainda assim, não podemos desvalidar todo o trabalho feito. O muro foi desenhado para diferentes usos, sua forma e material permite tanto aquele do lado de dentro como aquele do lado de fora se apropriar da parede deformada e estranha, mas muito acolhedora. O muro pode ser morada, onde os ângulos formam casas e acolhem aqueles de passagem e refugiados pela cidade. Para isso, o muro foi decorado e pintado, além de deformado é todo vaidoso e brega para atrair e acolher qualquer um. Assim como todo bom condomínio de casa, o muro também tem seu jardim e sua área de recreação. Ele pode ser parede de escalar, parede para andar e se equilibrar, parede para brincar... O design deformado, apesar de muito estranho, ainda assim é muito divertido.

MUUR E O ESCONDERIJO

OCO

ENCURRALADO

O muro virou moda. Construir os limites urbanos era divertido, era chique. Em uma certa ocasião, perto das reeleições, o governador de Muur convocou vários arquitetos para projetarem o melhor muro da cidade. O muro foi estudado, projetado e construído. Não se sabe ao certo se a culpa é do governador ou dos arquitetos, mas aquele que era para ser o muro do design estiloso, hoje é conhecido como o deformado. É um muro com vários ângulos, traços e alturas.

RASTRO DE UM RELATO

no chão, encontra os verdadeiros habitantes de Muur, a parede com a voz do povo, o vendedor que grita, o habitante, que sem medo, se identifica e se apropria daquilo que é seu: a cidade e o muro.

PELUDO

BARBUDO

Muitos dos habitantes de Muur estavam cansados da correria do dia-a-dia, queriam viver em lugares mais escondidos, isolados de toda a bagunça e perigos urbanos. Queriam poder se esconder sem ao menos ninguém saber. Eles, portanto, se infiltraram dentro das florestas e parques da cidade e lá, estancaram muros ocos, estacas finas e verdes, camufladas junto a paisagem, um murado quase imperceptível. Aqueles que queriam mais intimidade, tampavam suas grades com árvores e plantas, cobriam o muro com pelos e barbas da vegetação viva e verde. Os moradores dentro do murado oco passam os dias se camuflando e se escondendo daqueles do lado de fora. Para isso, eles estudam as tonalidades das cores na paisagem e as pintam em seus muros camuflados. O muro faz parte da paisagem, ele é a paisagem.

19


3


Ras tro PROJE TUAL


M3 | 104 Muro de arrimo de um condomĂ­nio de prĂŠdio.


RASTRO PROJETUAL

LEVANTAMENTO MURADO

Espaço lazer do prédio Av en

id

a

W as

hi

ng

to n

Lu

1

ís

Fonte: Google Maps

2

Av en

ida

a nid

ria

e Av

Wa sh

ing

ton

Lu

ís

PÚBLICO PRIVADO

3

3.80 m

Esse é o muro que rodeia condomínios, prédios e apartamentos privados; que guarda todo lazer e diversão dentro de si, como quadras, piscinas e salão de festas. Também garante a segurança de seus moradores. Ele é parede dura, alta, pálida e eletrecutada. É também um muro de arrimo que segura toda a terra que estrutura a garagem subterrânea do prédio. Assim, de um lado, ele é comprensado contra a terra privada, do outro, ele enfrenta uma avenida movimentada e poluída. É um muro de arrimo, ou seja, a única face que interage com o indivíduo é aquela que encara a rua. Ele isola seus moradores, enquanto do lado de fora, mostra a sua face falhada, porosa, com canos que escoem a água da chuva nas calçadas e plantas parasitas que penetram em seu concreto duro. Muitos passam por esse muro sem percebê-lo ou com desgosto, o acham feio e monótono. Mas não tem jeito, é quase inevitável não repara-lo, afinal, é nele que se apoia o ponto de ônibus e o vendedor de gulosemas. 23 15

cm


77 5

770

ís Lu ng to n W as

hi

1 2

Av en i

da

RASTRO PROJETUAL

MATERIALISTA

E

0.00

RODADO +3.50

3

Av en

id

a

D

ór

ia

REMENDADO

3

IMPLANTAÇÃO

24

0m

10

20

30

50m

PÁLIDO


VENDEDOR

1 FALHADO DEFENSOR

MÓVEL

RASTRO PROJETUAL

MEDROSO

MOTORISTA

2 TATUADO

PARASITA

ENCURRALADO

BARULHENTO

CONSELHEIRO

POROSO

BURRO

VEGETARIANO

RISCADO

SUJO

25


2.3m

.52 1m

2

1m

1

1m .28

3.8m

RASTRO PROJETUAL

2.3m

Avenida Washington Luís 2.2m .70 1.8m

3.8m

1m

10m

10m

5.2m

.30

5m

2m

ELEVAÇÃO 0m 1

2 3

5m 10cm

.30

16cm

1.4m

1.60m

1.1m

1

2 Avenida Washington Luís

3.8m

1m

.30

PLANTA

muro motorista e burro

26

0m

1

2

3

5m


Diferente de tantos outros casos, esse muro apresenta condições e apropriações que definem o partido do projeto. Em primeiro lugar, os programas e usos já são determinados e explícitos. Como por exemplo, o vendedor que se apropria de uma de suas esquinas nas horas mais movimentadas do dia e o ponto de ônibus que recebe constantemente um fluxo de pessoas. O outro aspecto é determinado devido as suas circunstâncias de implantação, localização e divisão do muro. Ou seja, é um muro de arrimo, que divide a rua pública do terreno privado. Assim, nesse caso, repensar o muro seria repensar uma maneira de manter e otimizar seus usos lá já existentes e as possibilidades formais e materiais entre a divisão do público e privado. Soluções como recortes em baixo relevo, recuos e cortes na própria parede indicam uma diretriz no projeto. Além disso, a reutilização não só do muro como dos materiais e componentes que o caracterizam são essenciais ao repensá-lo afim de otimizar suas apropriações. Como por exemplo, os canos infiltrados no muro, que ganham outras funções além de escoar água. Podem ser uma lixeira, um banco ou um suporte para iluminação.

ÉTS Student Center | MSDL Architects

Divisória de tubos reciclados | Jorge Villatoro

Tiquatira em Construção | Estúdio Entre

Disponível em:<http://www.designboom.com/architecture/msdl-architectes-menkes-shooner-dagenais-letourneux-mai son-des-etudiants-de-lets-montreal-canad a-08-22-2016/>. Acesso em: 26/09/2016.

Disponível em:<http://www.archdaily.com.br/br/767613/reuso-de-materiais-mobiliario-feito-com-1600-tubos-de-papel ao>. Acesso em: 26/09/2016.

Disponível em:<http://www.estudioentre.com/tiquatira-em-construo>. Acesso em: 26/09/2016.

Lixeira

Bancos e armários Tiquatira em Construção | Estúdio Entre

RASTRO PROJETUAL

RUMOS MUROS

Iluminação

Bicicletário

27


RASTRO PROJETUAL 28

Possibilidade formal


ÁREA DE VENDAS OCASIONAIS O muro torna-se apoio, mesa e prateleira para os vendedores que por ali param ocasionalmente, em horários mais movimentados do dia. Quando os vendedores não estão, o espaço é uma área mais reservada do barulho da avenida.

Um recuo no muro que abriga uma área artítistica e comunitária. A parede varia em sua forma, possibilitando diferentes apropriações: o muro pode ser banco, uma rampa de skate, um mural de graffite e piche. Também na estrutura há recortes que possibilitam o encaixe de bicicletas.

ESQUINA A esquina rodada e remendada a uma grade pede uma maior atenção formal e projetual. A esquina tem um recorte diagonal, criando um atalho, um espaço para pausar ao descer a ladeira ou um ponto de encontro.

RASTRO PROJETUAL

ÁREA DE ESTAR BICICLETÁRIO

Usos e apropriações

Áreas de recuo: aumentam o corredor de circulação nas calçadas, permitem uma otimização dos usos e determinam lugares mais reservados do barulho dos muros móveis.

Enquanto a parede mais exposta continua pálida e falhada, a parede interna do recorde em baixo relevo torna-se mural para piches, grafites, papéis conselheiros ou até mesmo mural de informações de tréfego e mapas para aquele que está perdido no ponto de ônibus.

PONTO DE ÔNIBUS A parede torna-se o ponto de ônibus, banco e cobertura. É um recorte que sobressalta na parede de baixos relevos. Ele está a frente, é extenso e comprido por abrigar a maioria das pessoas diariamente.

29


RASTRO PROJETUAL

Possibilidade de canos

c 15

m

10cm

TIPO 1

HORTA VERTICAL

ESCOAMENTO

c 15

m

16cm

ENERGIA/TOMADA

ILUMINAÇÃO

TIPO 2

45

cm

30cm

LIXEIRA

TIPO 3

+ 55

30

=

cm

54

cm

36cm

TIPO 4

34cm

BANCOS/ARMÁRIO

O muro poroso é repensado. Os canos, que ajudam no escoamento da água na terra, são reutilizados. Eles tornam-se a infraestrutura do muro: a luz, a energia, a lixeira ou bancos. Para mais possibilidades de uso, triplicou-se o diâmetro dos canos originais, sendo no total quatro tipologias e seis possibilidades de uso. Os canos também são interligados ao longo do muro, formando caminhos, ora visíveis, que vão além da parede reta, e estruturam prateleiras e bancos, ora são escondidos junto a terra dentro do muro de arrimo.


12m

7.5m

RASTRO PROJETUAL

4.8m 12.15m

.40 1.7m

.70

1.85m .40

8.5m

PLANTA recortes em baixo relevo e geometria 0m 1

2

3

5m

ELEVAÇÃO 0m 1

2

3

5m

ELEVAÇÃO Canos e ligações 0m 1

2

3

5m

TIPO 1

TIPO 2

TIPO 3

TIPO 4

PONTOS DE LUZ VERTICAL

31


1.33m .52 .15 .80 .30 .70

3.8m

.16 .15

1.7m

RASTRO PROJETUAL

ÁREA DE VENDAS OCASIONAIS

2.1m

8.5m

CORTE Áreas de vendas ocasionais 0m

PLANTA Áreas de vendas ocasionais 0m

1

2

3

5m

ELEVAÇÃO Áreas de vendas ocasionais 0m

32

1

2

3

5m

1

2

3

5m



1m

1.36m

.70

.84

.70

RASTRO PROJETUAL

PONTO DE ÔNIBUS

.60

2.1m

12.15m

CORTE

Ponto de ônibus

PLANTA Ponto de ônibus 0m

1

2

3

0m 5m

ELEVAÇÃO Ponto de ônibus 0m

34

1

2

3

5m

1

2

3

5m



.10

.55 .45

.45 .60 .20

1m

1.25m 2.1m

12m

.95

1.8m

1.2m

1m

RASTRO PROJETUAL

ÁREA DE ESTAR BICICLETÁRIO

CORTE Área de estar | Bicicletário 0m

PLANTA Área de estar | Bicicletário 0m

1

2

3

5m

ELEVAÇÃO Área de estar | Mural | Bicicletário

36

0m

1

2

3

5m

1

2

3

5m


“Muitos dos que vão visitar Muur não deixam de passar por essa grande parede dura, construída para proteger o medo dos que moram lá dentro...”


1.8m

E2 3m

RASTRO PROJETUAL

ESQUINA

7.5m

E1

PLANTA Esquina 0m

38

1

2

3

5m

ELEVAÇÃO 1

ELEVAÇÃO 2

Esquina

Esquina


M8 | 29 Muro do ColĂŠgio Santa Cruz


Teatro Colégio Santa Cruz

.A

rru d

a

Bo

te lh o

Campo de futebol Colégio Santa Cruz

Col

égi

Silv

aP

oS

rad

ant

aC

ruz

o

3

atr o

R.

Te

Av

RASTRO PROJETUAL

LEVANTAMENTO MURADO

2 Fonte: Google Maps

1

PÚBLICO COMUNITÁRIO

1m

1m

2.1m

25

40

cm

-

comprimento total do muro = 135.8 m portão de acesso ao teatro = 12 m total de 97 módulos de coluna 46 módulos pintados | 51 pálidos

Em Pinheiros, o muro divide a rua dos fundos do Colégio Santa Cruz, onde encontram-se o campo de futebol e o teatro da escola. Ambos são programas de caráter comunitário, no qual é frequentado por um grupo de pessoas. Esse muro, portanto, é intermediário e híbrido: não divide radicalmente o espaço público do privado ou o público do coletivo, mas sim o público do espaço compartilhado por uma comunidade, o comunitário, porém, que necessita de certa privacidade e proteção para com as pessoas que ali frequentam. O muro encara uma rua inteira e suas esquinas. A rua Silva Prado é exclusivamente residencial, e aqueles que por ali passam fazem seu trajeto casa - escola ou cortam caminho para a Marginal Pinheiros, a um quarteirão de distância. Esse muro tem suas características peculiares. Não só pelas diferentes cores e concreto a vista ou os ladrilhos grudados em parte de sua parede, mas, principalmente, pelo sua forma geométrica e modular. A partir da junção de colunas em formato de trapézio, constroí-se tal muro. O muro é infinito e deformado, ele cria espaços onde o corpo pode se esconder, e o mais atraente ainda: é um muro criança, protege um colégio e atenta para possíbilidades lúdicas e recreativas, repensando nele de uma forma mais divertida não só para aquele do lado de dentro, como o andarilho do lado de fora.


RASTRO PROJETUAL

0.00 INFINITO

Campo de futebol | Colégio Santa Cruz

Estacionamento do teatro 2

3

1

Rua Silva Prado 0.00 INFINITO

IMPLANTAÇÃO 0m

2

4

INFINITO

6

10m

15 cm

DENTUÇO

m 7c 3.

1.95m

2.1m

40cm

RODADO

4

ELEVAÇÃO 3 0m

1

2m

55cm

64cm

45cm

PLANTA 1 distância muros burros 0m

1

2

3

4m

PLANTA módulos nas esquinas 0m

1

2

3m

24 cm

82 cm

1.10 m

81.5 cm

41


RASTRO PROJETUAL

MEDROSO CRIANÇA

REMENDADO

DEFORMADO

2

CONSELHEIRO

PARASITA

PUNK

3 DENTUÇO

MATERIALISTA

PÁLIDO

MÓVEL

1 BURRO FALHADO

42 ENCURRALADO


Um muro lúdico. Não só pela sua característica geométrica, modular e colorida, mas também por dividir uma escola e um teatro da rua pública. Ou seja, é um muro de possibilidades e potenciais, que abriga usos e apropriações recreativos, esportivos e culturais. Os módulos permitem pensar em diferentes encaixes entre eles, criando espaços de brincar, sentar, escalar, expor... Apesar do concreto duro de cada bloco que o compõe, esse muro traz a leveza do lúdico, da arquitetura e o corpo e dos usos de um espaço comunitário que se estendem ao espaço público.

Playground Brutalist | Londres | Pixel Wall | Hong Kong | 2015 | Au Grand Dam | Quebéc | HKU Dept. Architecture 1978 | Poywell e Moya Claude Cormier Disponível em:<https://www.theguardian.com /artanddesign/gallery/2015/jun/09/britains-b rutalist-playgrounds-in-pictures>. Acesso em: 26/09/2016.

Disponível em:<http://www.archdaily.com/7 76829/pixel-wall-abdul-yeung-cheng-xiao-t homas-guo-jia-jeff-mao-yiqing-tim-tiffany-le ung>. Acesso em: 26/09/2016.

Undefined Playground | Coréia Climbing Wall | Carney Logan do Sul | B.U.S. Architecture Burke Disponível em:<http://www.gazetadopovo. com.br/haus/semcategoria/escritorio-deseul-cria-area-de-recreacao-dobravel/>. Acesso em: 26/09/2016.

RASTRO PROJETUAL

RUMOS MUROS Disponível em:<http://www.claudecormier. com/en/projet/au-grand-dam/>. Acesso em: 26/09/2016.

Bernauer Strasse | Berlim Acervo pessoal. Julho, 2014.

Disponível em:<http://www.digitaltrends.com /home/jackson-hole-area-home-features-exte rior-rock-climbing-wall/>. Acesso em: 26/09/ 2016.

Systems for play | M.Paul Friedberg Disponível em:<http://www.architek turfuerkinder.ch/index.php/geschich te/vest-pocket-parks/>. Acesso em: 26/09/2016.

43


RASTRO PROJETUAL

Possibilidade formal

+

44


As esquinas são mais recuadas e criam espaços de estar. O portão do estacionamento do teatro é remendado ao muro de módulos.

RASTRO PROJETUAL

Módulos verticais formam caminho mais recuado, aumentando a largura da calçada e determinando programas e usos. Assim, criam-se três zonas: a de fora do muro, a de dentro, e uma zona intermediária entre elas.

Módulos horizontais determinam áreas de estar/sentar e arquibancadas.

Diagrama de cores: o muro pálido e falhado é remendado a todo momento com o muro criança, conselheiro e parasita. Os módulos mais coloridos são encontrados em usos mais lúdicos, como o playground, a área de esportes e o espaço de leitura.

A topografia foi instrumento para determinar as alturas de cada módulo e suas possíveis variações, já vistas no muro original dentuço. Também sustenta os módulos na horizontal, que estruturam as arquibancadas e áreas de estar.

45


RASTRO PROJETUAL

PLAYGROUND

ÁREA DE ESTAR ESPELHO D’ÁGUA

ARQUIBANCADA 1

2.4m 8.5m

10.5m

ÁREA ESPORTIVA

27m

ESPAÇO DE LEITURA MURO CINEMA

ARQUIBANCADA 2

16.8m

12.2m

12.5m

9m

BICICLETÁRIO

12m

10.5m

13m

3m 2.8m

E1

PLANTA programas e setorizações 2 3

5m

1.8m 4.2m

2.1m 2.1m

0m 1

ELEVAÇÃO

46

0m 1 2 3

5m


RASTRO PROJETUAL

ÁREA DE ESTAR ESPELHO D’ÁGUA ÁREA ESPORTIVA

MÓDULOS x ESPELHO D’ÁGUA

ILUMINAÇÃO TOMADAS

A grade remendada ao muro torna-se a rede de vôlei.

No vão dos bancos das arquibancadas passam conduites de energia e sistema hidráulico.

48

47



RASTRO PROJETUAL

PLAYGROUND

1

O cano da grade remendada é reutilizado no playground e paredes de escalada.

3

2

49


1

3

2

50

RASTRO PROJETUAL



RASTRO PROJETUAL 52

ARQUIBANCADA 2


“mas aquele que era para ser o muro do design estiloso, hoje é conhecido como o deformado. É um muro com vários ângulos, traços e alturas. ...”


RASTRO PROJETUAL

ESPAÇO DE LEITURA MURO CINEMA BICICLETÁRIO MURO CINEMA

ESTANTE DE LIVROS

BASE EXTRUDADA

54

BICICLETÁRIO


BEBEDOURO

RASTRO PROJETUAL

.60

1.2m

LIXEIRA

BANCO

BASE EXTRUDADA A base do vão do módulo é extrudada, possibilitando outras infraestruturas para o muro.

ESTANTE DE LIVROS

BICICLETÁRIO 55


M7 | 135 Grade que cerca o Museu Brasileiro de Escultura


MIS

ha

R. Aleman

Praça MUBE

MUBE

Av

.E

ur

MIS

op

a

1

COLETIVO

pa

uro

ha

PÚBLICO

an

lem aA Ru

Fonte: Google Maps

RASTRO PROJETUAL

LEVANTAMENTO MURADO

E ida

n Ave

A

Entre os tantos muros defensores e medrosos do Jardim Europa, lá está ele: o muro oco e chato que rodeia o Museu Brasileiro de Escultura de São Paulo. Duas de suas faces dividem a rua da praça seca que expõe esculturas de arte junto ao MUBE, e a outra face é singela mas marcante, separando e delimitando os dois museus vizinhos, o MUBE do MIS. Sua maior face encara a Avenida Europa, frequentemente engarrafada pelos muros móveis e, durante os finais de semana, muito frequentada e exposta devido as grandes filas para as exposições no MIS.

12 c m

B

E

C1

23

4

D5

25 cm cm 20

De qualquer forma, esse muro cerca espaços com potencias coletivos e públicos, de um lado a praça ampla e aberta do museu, mas bloqueada pelas grades; do outro lado, a rua pública. A grade demarca territorialidade e diferenciações, negando o espaço aberto, democrático e coletivo que ali se apresenta.

57


6c

m

OCO

2.10 m

2.25 m

RASTRO PROJETUAL

1

m 2c

CHATO

A Alcança o chão.

combinação maior

combinação menor

B Se apoia no concreto.

32 cm

2.10 m

2m

2x2 cm

combinação menor + entrada pedestres

m

15 c

Suspensa

C

2cm 4 cm

E

Se apoia no concreto. D

58

Estaca horizontal de travamento. Varia seu comprimento de acordo com o comprimento do muro.

A grade é feita de estacas sob uma base de concreto. Há cinco variações totais de estacas, diferenciando-as na forma, tamanho e disposição horizontal e vertical que determinam o travamento de todas elas. As estacas mantem seu ritmo frenético e uniforme e varia em suas combinações.

combinação menor + entrada automóveis

DENTUÇO 15 cm

combinação maior em declive


RASTRO PROJETUAL

a nh Al em a Ru a

MIS

1.54 1.4m 1m

+0.70

1 3.8m

Avenida Europa

PLANTA muro rodado e motorista

0.00

0m 1

2 3

5m

Avenida Europa

MUBE

.60 3.10 m .80.25

0.00

0.00

PLANTA

distâncias muros burros e vegetarianos

Avenida Europa

0m 1

2 3

5m

59


RASTRO PROJETUAL

MATERIALISTA

ste

re ca

740

u

B ua

R

MIS 0.00

Praça 0.00

1

-3.30

MUBE RODADO 0.00

Rua

0.00

a ro p Eu a

ga

tu

r Po

a

l

A ve ni d

a

Ru

anh Alem

Rua A ustria

IMPLANTAÇÃO

60

0m 10

20 30

50m

DEFORMADO


BURRO

FORTE

VEGETARIANO

RISCADO

RASTRO PROJETUAL

FALHADO

MOTORISTA

1

CAMUFLADO

CONSELHEIRO

ACOLHEDOR

61


RASTRO PROJETUAL 62

RUMOS MUROS A grade que cerca o MUBE é repensado como uma continuação da praça seca e suas esculturas artítisticas lá já existentes. A ideia é que a grade, agora desconfigurada entre suas estacas e blocos de concreto, crie caminhos, áreas de estar e de se transpassar. A repetição de seus elementos e disponibilização entre eles, torna o muro poético, onde o corpo se perde, se encontra e experimenta passeios e sensações. Ainda assim, há de se pensar nos usos e apropriaçãoes que ali já acontecem diariamente, como o ponto de ônibus na esquina, traduzido pelos blocos escalonados de concreto, ou o acesso para veículos, no qual é repensado pela tecnologia Fency Fance, que permite as estacas descerem automaticamente por buracos no chão.

Blue Stick Garden | Canadá | Claude Cormier Disponível em:<http://www.claudecormier.com/en/projet/jardin-de-batons-bleus/>. Acesso em: 26/09/2016.

Tiquatira em Construção | Estúdio Entre

Bernauer Strasse | Berlim Acervo pessoal. Julho, 2014.

Disponível em:<http://www.estudioentre.com/tiquatira-em-construo>. Acesso em: 26/09/2016.

Fency Fance | Polônia Disponível em:<https://www.facebook.com/TechInsiderDesign/videos/vb.170972839972524/189398478129960>. Acesso em: 26/09/2016.


A grade é repartida entre as estacas e os blocos de concreto. As estacas são fincadas no chão repetidamente, criando permeabilidade, mas também, estabilidade, tanto no interpretar gráfico, remetendo a linguagem do concreto do MUBE, quanto funcional, permitindo mais firmeza das estacas e evitando deformações.

MIS

MUBE

ma Ale

ur op a

Rua

nha

Av .E

O muro chato agora é mais permeável, como um labirinto onde o corpo experimenta sensações e descobertas a todo momento. Em meio aos caminhos, o andarilho se depara com blocos escalonados de concreto, para sentar, deitar, brincar...

RASTRO PROJETUAL

Possibilidade formal

A grade deixa de rodear o lote inteiro do museu e é implantada apenas em parte da face entre o MUBE e o MIS e a face da Avenida Europa. A face entre o MUBE e MIS já é uma área camuflada, onde as árvores e o jardim protegem e marcam a transição entre os dois museus. Muitos dos eventos que ali acontecem são em conjunto entre os dois museus, portanto, pensa-se em uma maior aproximação entre eles. A Rua Alemanha, onde encontra-se a entrada principal do MUBE, é mais reservada e de menos movimento, assim, opta por uma entrada aberta, na qual a topografia e a própria linguagem do museu acolhe o visitante. Logo, a grade marca maior presença ao longo da Avenida Europa, de maior fluxo, junto à praça seca e suas esculturas.

63


2.1m

2.25m

RASTRO PROJETUAL

.65

.15 2.1m

1.65m .15

1.5m

64

Os blocos de concreto também foram escalonados rementendo à grade dentuça. Suas alturas são duplicadas, permitindo blocos mais altos que os outros e diferentes tipologias. São estruturas para sentar, brincar, experimentar ou esperar o ônibus.

.65

.45

.25

As estacas foram enterradas para criar diferentes alturas ao longo do caminho, remetendo não apenas à grade dentuça, como também, procurando uma forma de se inserir na linguagem do museu.


RASTRO PROJETUAL

MIS

E2

0.00

Praça 0.00

-3.30

MUBE

E1

PONTO DE ÔNIBUS

ACESSO FÁCIL PEDESTRE

A Rua

ACESSO VEÍCULO

lem

0.00

anh A ve n

+0.70

id a

Eu

ro pa

a

BICICLETÁRIO

IMPLANTAÇÃO

programas e setorizações 0m 1 2 3

5

10m

65


RASTRO PROJETUAL

MUBE

1

2

Praça 3

4

ELEVAÇÃO 1 0m 1

2

3

5m

ELEVAÇÃO 2 0m1 2 3

5m

A altura das estacas varia de acordo com o uso e linguagem da arquitetura do museu. Em geral, repensar a grade sugeriu um projeto de linhas ortogonais, tanto nos desenhos dos caminhos, repetição das estacas e blocos de concreto escalonados, quanto em seu gabarito e elevação. O gabarito aumenta em frente à praça seca, onde as esculturas estão expostas, assim como a grade. Porém, as estacas são mais enterradas, ou seja, diminuem sua altura ao se depararem com a face do MUBE, mostrando o museu para aqueles que passam na rua e respeitando sua lingagem. Por fim, as estacas quase que se remendam com a topografia projetada do museu, onde o bloco de concreto sobe em meio a esquina em declive.

66

MIS


RASTRO PROJETUAL

2.2m

1 ÁREAS DE SENTAR PASSEIO ENTRE AS GRADES

.90

1m

+0.30

3.1m

10.5m

.80

.60

0.00

Avenida Europa

PLANTA 0m

1

2

3

5m

67



RASTRO PROJETUAL

2.2m

.60 .70

4.1m

.80

Acesso fácil

3 pedestre 2 Acesso veículos

3.1m

2m

.70

Bicicletário

0.00

.60

PLANTA

2 ACESSO DE CARRO BICICLETÁRIO

0m

1

2

3

5m

3 ACESSO FÁCIL PEDESTRE O acesso fácil para pedestres é também onde as estacas sustentam as placas conselheiras já existentes na grade do museu. É onde o pedestre pode ler, riscar, grudar adesivos, quase como estacas painéis.

Fency Fance tecnologia

69



RASTRO PROJETUAL

4 PONTO DE ÔNIBUS ESQUINA

Praça

.90 .25

1.2m

1.4m

A esquina da grade não só merece maior atenção, pela sua forma e remendo, mas também é aonde encontra-se o ponto de ônibus, o muro motorista. Assim, os blocos escalonados de concreto ocupam a esquina e dividem o MIS do MUBE., acolhendo o ponto de ônibus mas também estruturando bancos lúdicos e interativos para as filas dos museus durante finais de semana e feriado.

1.4m

0.00

PLANTA

6m 0m

1

2

3

5m

MIS

71


“estancaram muros ocos, estacas finas e verdes, camufladas junto a paisagem, um murado quase imperceptível. ...”



VENDE-SE

70

X


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