Pavilhão Modular Itinerante

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Pavilhão Modular Itinerante CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC-SANTO AMARO Amanda Konig Guastini SÃO PAULO 2016

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Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro Universitário Senac – Santo Amaro. Guastini, Amanda Konig Pavilhão modular itinerante[manuscrito] / Amanda Konig Guastini. – São Paulo, 2016. 44f. : il. color. Orientadora: Profª Drª Valéria Cássia dos Santos Fialho. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo) CentroUniversitário Senac - Santo Amaro, São Paulo, 2016. 1.Pavilhão 2.Arquitetura efêmera 3.Módulo 4.Espaços públicos I. Guastini, Amanda Konig (autora) II. Fialho,Valéria Cássia dos Santos (orientadora) III. Pavilhão modular itinerante 4


Dedico esse projeto à minha família e amigos especialmente à minha mãe Andréa, meu irmão João e ao Gabriel.

Agradeço pela orientação, paciência e dedicação da Professora Valéria e celebro o papel de todos que fizeram parte do meu caminho desde o início desta graduação.

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RESUMO: O projeto destina-se à discussão do desenvolvimento de cidades no momento vivido, onde a multiplicação de informações e o acelerado ritmo de produção para consumo têm influenciado na relação do indivíduo com seu entorno. Através de um equipamento cultural de caráter efêmero, o objetivo do estudo é a produção de espaços que promovam a interação entre indivíduos, capacitando a reinvenção de uma identidade coletiva em espaços residuais produzido pelo contexto. Com a abordagem de projetos de referência que discutem o tema, como o Instant City do grupo Archigram e o Teatro Del Mondo de Aldo Rossi e o estudo de soluções de sistemas construtivos que correspondem à necessidade exigida por um objeto de caráter itinerante, a pesquisa irá equilibrar as duas frentes, embasamento teórico e pesquisa de soluções estruturais para sustentação do projeto. PALAVRAS – CHAVE: Pavilhão, arquitetura efêmera, módulo, espaços públicos.

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ABSTRACT: The Project is intended for discussion of the development of cities in the lived moment, where the multiplication of information and the rapid pace of production to consumption have an influence on the relationship between the individual with its surroundings. Through a cultural equipment ephemeral nature, the purpose of the study is to produce spaces that promote interaction between individuals, enabling the reinvention of a collective identity in residual spaces produced by the context. Approaching the referential projects that discuss the issue, like Instant City from Archigram group and Teatro del Mondo from Aldo Rossi and the study of building systems solutions that match the needs required by an itinerant character object, the search will balance the two fronts, theoretical and research of structural solutions for project support. KEY WORDS: Pavilion, ephemeral architecture, module, public spaces.

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Su má r i o 08

Introdução

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Capítulo I Considerações sobre o texto A cidade genérica de Rem Koolhas para introdução ao fenômeno contemporâneo

12 15

18

28 32

34 38 40 45 8

Capítulo II Validação do objeto a partir do objeto: Teorias relacionadas a espaço e identidade como inquietação para o estudo do objeto

Como instrumentos culturais reagem ao fenômeno contemporâneo? Considerações sobre o texto O que é uma cidade criativa? de Elsa Vivant, e filme A grande beleza de Paolo Sorrentino Fenômeno contemporâneo x se fazer lugar Considerações sobre o texto O fenômeno do lugar de Christian Norberg Schulz

Capítulo III Estudo qualitativo do meio: possibilidades no meio do caos Capítulo IV Referência de projetos - Exploração de suas relações com o meio Instant City – Archigram Teatro Del mondo – Aldo Rossi Capítulo V Especulação de formas: Técnicas + Materiais compatíveis, seleção de estudos de caso mais adequados Serpentines Galleries: Alvaro siza + Eduardo Souto de Moura (2005) Serpentines Galleries: BIG (2016) Puppet Theater: MOS Architects Kubik: Balestra Berlim + Light Life


51 52 54 56 58 60 62

Considerações sobre os estudos de caso O projeto

1 ° Passo: Processo de Escolha do Módulo 2 ° Passo: Solução estrutural 3 ° Passo: Possiblidades de encaixes 4 ° Passo: O projeto - pequena escala 5 ° Passo: O projeto - média escala 6 ° Passo: O projeto - grande escala

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E n saio fotográfico maquete: Estudo dos encaixes

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E n saio fotográfico maquete: Estudo formal

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C o nsiderações Finai s R e ferências Bibliog ráficas L i stagem de imagens

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Introdução O momento vivido proporciona inúmeras discussões ramificadas de um mesmo tema, a mudança do ritmo no cotidiano do indivíduo dado os períodos históricos marcados por revoluções tecnológicas que progressivamente alteraram a sociedade em diversas vertentes, inclusive no habitar. Diante de todo o processo histórico conhecido, vive-se um momento marcado pelo excessivo fluxo de informações, isso altera o modo de vida do indivíduo à sociedade. Dentro desta discussão a pesquisa se ramifica para o questionamento da produção de cidades, identificando como esse fenômeno tem influência na produção do espaço e como o espaço produzido dialoga e interage com o usuário. Inicialmente dado o contexto descrito, é reconhecida uma busca ininterrupta do produzir, e isso atinge o desenvolvimento das cidades. Sem fundamentos ou estudo inicial ela se multiplica, tentando crescer ao mesmo ritmo das informações e mudanças trazidas por ela. 10

O objetivo da pesquisa e do projeto resultante é desenvolver uma abordagem ao tema que não se oponha ao fenômeno do dinamismo e progresso da atualidade, mas que corresponda às deficiências de espaços privados de identidade hoje nas metrópoles, com a mesma linguagem exigida pelo contexto. Chega-se, portanto no objeto correspondente a um equipamento cultural, que se multiplica e se reinventa, migrando pela cidade em pontos de precariedade de ofertas de espaços comuns. Para tal resultado, a pesquisa se estrutura inicialmente na fundamentação através da discussão de teorias relacionadas a espaço e identidade, pelos textos A cidade genérica de Rem Koolhas, O que é uma cidade criativa? De Elsa Vivant e O fenômeno do lugar de Christian Norberg Schulz, após concluída as discussões é feito o estudo do meio com o objetivo de demonstração da teoria aplicada ao espaço real, e em seguida retorna-se ao estudo, agora de referências de projetos que


abordam o mesmo argumento inicial, com os projetos selecionados Instant City (Archigram) e O teatro Del mondo (Aldo Rossi). Depois de estruturado todo o questionamento em torno do tema, a pesquisa direciona-se no último capitulo para soluções de sistemas construtivos compatíveis ao objeto, necessários para especulação da forma e partido inicial do projeto final.

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Capítulo I Considerações sobre o texto A cidade genérica de Rem Koolhas para introdução ao fenômeno contemporâneo Vive-se a era dos fluxos: movimento, dinamismo e direção tem ditado o rumo do momento contemporâneo, o desenvolvimento de novas tecnologias na esfera da comunicação e transporte é uma das respostas para a demanda dessa era. Por mais não palpável que uma rede social, por exemplo, possa parecer, sua influência no espaço é constante e decisiva para a construção do “espaço real”, a cidade agora ocupa não só o espaço físico, mas também o cyber espaço. Tudo se torna mais prático, o que era longe agora se torna rápido, espaço e tempo se confundem com o fluxo como comandante da construção do espaço. Sendo este, portanto relativo, diversas metrópoles do planeta estão na intersecção das características ditadas pelo fenômeno fluxo. Conclui-se que, em um mundo onde o objetivo é o transitar o padrão de desenvolvimento é necessariamente, o efêmero, uma vez dada a velocidade de mudança 12

necessária para acompanhar o ritmo do crescimento das cidades. A natureza do efêmero contradiz a ideia de identidade, assim criamse cidades carentes de uma unidade que a defina, são as cidades genéricas. Por consequência dessa deficiência, as metrópoles tem a necessidade de se apoiar no seu núcleo de expansão inicial, muitas vezes o centro histórico, criando uma ligação que impede o progresso, a reinterpretação de espaços novos na cidade. Como produto dessa fórmula tem-se três situações reveladas: Um centro de expansão sujeito a uma elasticidade necessária para acompanhar o atual dinamismo do mundo contemporâneo, é a primeira situação. O centro ao mesmo tempo deve-se ser o mais velho e o mais novo, o mais fixo e o mais dinâmico, e sem sucesso por não conseguir resumir todas essas qualidades em uma forma só, perde seu valor histórico construído. As

camadas

que

se

formam

a


diante do centro, compõe as duas situações restantes. Uma é construída apenas reproduzindo o que um dia no passado foi pensado em vista das situações envolvidas na época, o que se produz é meramente um módulo fractal que reaplicado forma um conjunto sem interação, uma cópia do que um dia foi criado como espaço, desenho, cidade. Outra nasce do vazio, ignora o passado, embasada pelo conceito de tabula rasa, ou seja, não se pensa no que um dia foi, apenas se constrói e o que existia agora foi substituído.1

“A expansão da esfera de influência do centro diluiu a força da autoridade do núcleo. Conceitualmente órfã, a condição de periferia é agravada pelo fato de sua mãe continuar viva, roubando o espetáculo, enfatizando as influências de sua descendência.” 1

(KOLLHAAS, Rem – A cidade genérica). 13


Capítulo II Validação do objeto a partir do objeto: Teorias relacionadas a espaço e identidade como inquietação para o estudo do objeto Como instrumentos culturais reagem ao fenômeno contemporâneo? Considerações sobre o texto O que é uma cidade criativa? de Elsa Vivant, e filme A grande beleza de Paolo Sorrentino

Como é o envolvimento da arte e do produzir cultura com a situação traçada no item anterior? O filme A grande Beleza, de Paolo Sorrentino, ilustra e provoca discussões importantes a cerca desse tema, e que servirá aqui como elo para a próxima abordagem. No filme, o personagem Jep Gambardella, é um escritor consagrado por um livro que escreveu no inicio da carreira, vive cercado pela highsocity de Roma e pela rotina noturna de festas como um verdadeiro boêmio, as discussões em cima do filme se estruturam quando Jep completa 65 anos e começa a se questionar do porquê nunca escreveu outro livro. As discussões permeiam em torno do que foi dissertado inicialmente no item anterior, as aceleradas mudanças do mundo contemporâneo 14

e sua efemeridade em relação ao que um dia foi história, ou arte clássica, ilustrada, entre outras comparações feitas no filme, por Roma como precursora da arte clássica cujas ruínas residem em meio à modernidade líquida, e que hoje se resume a um mero estereótipo.2 A personagem é uma metáfora desta Roma e desse fenômeno contemporâneo, ou seja o livro que o consagrou é também o que o aprisiona, uma vez que, de que maneira em uma situação global em que a criação é produzida a partir do vazio, poderia escrever algo novo se nem Gustave Flaubert, constantemente citado por Jep, conseguiu? O filme dentre inúmeras críticas, insere a arte e a cultura nesse meio de produção através do vazio, ela é vista com um produto que,


assim como Roma e Jep Gambardella também sucumbiu à evolução do mundo contemporâneo, tornando-se mais uma forma de consumo. Definida a arte no contexto contemporâneo como mais um produto do mercado global, procura-se agora, entender a influencia de instrumentos culturais no desenho da cidade, o livro O que é uma cidade criativa? De Elsa Vivant, traça um entendimento do processo de transformação de regiões a principio sem valor agregado. Nesse processo, regiões com perfis históricos e subutilizados têm características que atraem dois públicos: a população de menor renda, que é atraída pelo valor reduzido dos lotes, decorrente da falta de infraestrutura urbana e de artistas, denominados pelo livro como artistas off, indivíduos que não são reconhecidos e valorizados pelo mercado das artes, este segundo público além de buscar um menor valor agregado pela área, veem-na como uma região que carrega uma identidade histórica esquecida na consciência da população da antiga cidade e nova metrópole.

Após a inserção desses dois públicos na região, há uma apropriação dos espaços degradados, que resulta na reinvenção do valor e da identidade da área. Apropriada a nova identidade e valorização através da cultura, ainda aqui inconsciente, a região agora atrai o olhar do mercado, que a vê como um novo perfil de potencialidades. Como consequência da potencialidade criada, a região recebe investimentos em infraestrutura, que acarreta na inicial gentrificação dos primeiros residentes, a população de menor renda, e em seguida pelos artistas off. Ao final do processo a região perde a identidade construída. A partir destes argumentos conclui-se que esses lugares, denominados pelo livro como “lugares off”, tornamse meros acontecimentos urbanos decorrentes da efemeridade de sua apropriação. 2

“Itália existe para o mundo por causa da moda e da pizza.” (SORRENTINO, Paolo – A grande beleza). 15


A arte e a cultura se transformam no contexto atual, ela não cumpri mais seu papel inicial, de informação, questionamento, reinterpretação e criação, não esta motivada a um objetivo, esta ali como um simples instrumento que agrega valor. O conteúdo abordado até o momento reforça o teor do fenômeno contemporâneo no desenho da cidade, ele indica o quanto o fazer efêmero e fractal de reaplicações de modelos, junto ao alterado conceito de arte/cultura e sua insuficiente influência no

contexto atual tem impedido a apropriação de identidade e construção de um imaginário coletivo. Sintetizado o conteúdo dos dois itens anteriores, notase um paradoxo na escolha do objeto como um pavilhão modular reaplicável, uma vez que,como um equipamento cultural de caráter efêmero poderá se comportar como um catalisador da reinvenção da identidade dos bairros? Para tal questionamento, a pesquisa se direcionará no próximo item a um entendimento do se fazer espaços, a construção do lugar e seu reconhecimento pelo indivíduo.

Fig. 01: compreensão através de diagramas sobre o processo de gentrificação descrito. Fonte: Acervo pessoal da autora

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Fenômeno contemporâneo x se fazer lugar: Considerações sobre o texto O fenômeno do lugar de Christian Norberg Schulz

Lugar é a associação de um conjunto de coisas materiais que determinam uma qualidade ao espaço, é o meio dado em que o individuo vive e através de suas assimilações diária de elementos concretos cria-se uma percepção do espaço tornando-o familiar, ou seja, o lugar se cria a partir de como ele é enxergado pelos indivíduos e a análise de como algo concreto tem influência nos

sentidos do individuo não é algo mensurável quantitativamente. Portanto o estudo do se fazer lugares, é insuficiente se analisado de maneira mecânica por não alcançar as interpretações variáveis permitidas pelo sentido, deve-se explorar novos métodos de análise com uma abordagem qualitativa.

Fig. 02: compreensão através de diagramas sobre o processo de associação e interpretação do espaço pelo indivíduo junto à consequente importância de uma análise qualitativa do meio. Fonte: Acervo pessoal da autora

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Definida a importância de um estudo mais humano para o entendimento de se fazer lugares, nota-se a necessidade de entender o que distingui simples sítios de lugares. Duas condições são determinantes para entender o significado de lugar, a interna e a externa. A condição interna é o mundo compreensível, onde há a concentração do que se apropriou do mundo externo e que do concreto deu-se um significado, já a externa é o mundo desconhecido é o inexplorado, é onde apesar da falta de segurança, existe a oportunidade de evolução. Uma vez que há a apropriação de um elemento de fora para o interior conhecido, esse espaço interno também é, portanto, integrante do externo. O espaço criado pelos indivíduos são assentamentos, onde concentram e cercam o que é conhecido, é formada uma fronteira ao lado externo, não com sentido de barreira ou exclusão, mas como sua interpretação da condição externa. O 18

assentamento

criado

faz

sentido se possuir uma abertura, uma vez que, só com sua existência tem-se a percepção de que o espaço presente é o meio conhecido, essa abertura é também o que o conecta ao externo, e qualifica o interno como parte do externo. Todo espaço cercado, tem a potencialidade de se tornar um ponto focal, que dita direção e ritmo à evolução de novos lugares, por meio deste processo cria-se uma rede interligada que só é possível pela relação entre assentamentos e paisagem, interno e externo abordada anteriormente, ignorada essa relação, são criados espaços genéricos, vazios e efêmeros. Definido o conceito de lugar, a preocupação da pesquisa agora é em entender como é o processo de assimilação pelo indivíduo. Uma vez diante do desconhecido, o indivíduo, como um ser consciente, tende a ininterruptamente fazer o processo de transformação de um elemento genérico para um particular, uma vez que lhe trás a segurança e a possibilidade de se orientar do lado de fora da fronteira conhecida.


O objetivo inconsciente, portanto é se orientar e se localizar, a partir deste ponto o ser humano observa o conteúdo dado a seu redor, ele simboliza, ou seja, interpreta todas as informações do meio e lhe dá significado, depois com todos esses elementos filtrados, ele volta a reunir tudo o que é conhecido. Essa ação transforma o meio revelando o que antes estava silenciado, é o que dá sentido ao genérico. Tendo entendido a condição instintiva do ser humano de

se orientar e se localizar em um lugar, conclui-se que para validar um objeto com a função de catalisador de identidade a sítios residuais, deve-se promover espaços dedicados ao encontro de pessoas, uma vez que o simples fato de dar a oportunidade de vivenciar aquele espaço, de explorar o desconhecido, garante a associação de elementos concretos em qualidade espacial. “A fronteira não é onde a casa termina, mas, como já sabiam os gregos, a fronteira é aquilo de onde algo começa a se fazer presente”. (SHULZ, Norberb Christian – O fenômeno do lugar).

Fig. 03: compreensão através de diagramas sobre o processo de fixação e identidade do indivíduo em um lugar Fonte: Acervo pessoal da autora

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Capítulo III Estudo qualitativo do meio: possibilidades no meio do caos O objetivo do capítulo III diante da pesquisa é tratar a investigação do lugar como um corpo de prova da fundamentação analisada nos capítulos anteriores. Com a documentação procura-se revelar o que foi constatado de negativo discutido anteriormente e através do meio negativo fotografado demonstrar o potencial revelado pela sua interpretação, que, como concluído no final do capítulo II, é o que qualifica, ou seja, traz identidade a um espaço. Para isto, foram selecionadas frases do texto em que foi identificada alguma semelhança com as fotos escolhidas. As fotos foram tiradas durante um fim de semana entre 10h da manhã e 15h da tarde, no centro da cidade de São Paulo em um raio de 1km entre Av. Ipiranga, Rua Álvares Penteado, Vale do Anhangabaú e Av. São Luís.

Localização imagem 01

“[...] sem sucesso por não conseguir resumir todas essas qualidades em uma forma só, perde seu valor histórico construído.” (Capítulo

P.04)

“[...] Roma como precursora da arte clássica cujas ruínas residem em meio à modernidade líquida, e que hoje se resume a um mero estereótipo.” (Capítulo

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I,

II,

P.05)


Fig. 05: Imagem 01, documentação negativa do meio Fonte: Acervo pessoal da autora

Reinterpretação do meio: - P e r m e a b i l i d a d e e preferência ao pedestre: possível pelo cruzamento em diagonal; -Áreas comuns com vegetação: espaço que promove encontro e interação.

Fig. 06:Imagem 01A, Reinterpretação do meio. Fonte: Acervo pessoal da autora

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Localização imagem 02 “[...] reinvenção de uma identidade coletiva em espaços residuais produzidos pelo contexto.” (Resumo,

P.01)

“Vive-se a era dos fluxos: movimento, dinamismo e direção tem ditado o rumo do momento contemporâneo [...]”. (Capítulo

I,

P.04)

Fig. 08:Imagem 02, Documentação negativa do meio Fonte: Acervo pessoal da autora.

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Fig. 09:Imagem 02, Reinterpretação do meio. Fonte: Acervo pessoal da autora

Reinterpretação do meio: -Janela em fita: conexão do meio interno ao externo;

-Cobertura: espaço que promove permanecia e abrigo ao usuário da cidade.

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Localização imagem 03 “[...] nasce do vazio, ignora o passado, embasada pelo conceito de tabula rasa, ou seja, não se pensa no que um dia foi, apenas se constrói e o que existia agora foi substituído.” (Capítulo I, P.04) “[...] insere a arte e a cultura nesse meio de produção através do vazio, ela é vista com um produto que [...]também sucumbiu à evolução do mundo contemporâneo.”

Fig. 11:Imagem 03, Documentação negativa do meio Fonte: Acervo pessoal da autora.

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Fig. 12:Imagem 0 3 A , Reinterpretação do meio. Fonte: Acervo pessoal da autora

Reinterpretação do meio:

-Requalificação do edifício: Repensar a presença da unidade formal e na sua relação com a cidade; -Áreas verdes comuns como praças e parques: promoção do encontro e interação entre pessoas e o meio vivido;

25


Localização imagem 04 “[...] a cidade agora ocupa não só o espaço físico, mas também o cyber espaço.” (capítulo

I,

P.04)

Fig. 14:Imagem 04, Documentação negativa do meio Fonte: Acervo pessoal da autora.

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Fig. 15:Imagem 0 4 A , Reinterpretação do meio. Fonte: Acervo pessoal da autora

Reinterpretação do meio:

-Cobertura: Repensar a presença da unidade formal e na sua relação com a cidade alem da promoção de abrigo ao usuário da cidade; -Áreas verdes comuns como praças e parques: promoção do encontro e interação entre pessoas e o meio vivido;

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Localização imagem 05 “[...] o que se produz é meramente um módulo fractal que reaplicado forma um conjunto sem interação, uma copia do que um dia foi criado como espaço, desenho, cidade.” (Capítulo I, P.04) “[...] em um mundo onde o objetivo é o transitar o padrão de desenvolvimento é necessariamente, o efêmero [...]”. (capítulo I, P.04)

Fig. 17:Imagem 05, Documentação negativa do meio Fonte: Acervo pessoal da autora.

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Fig. 18:Imagem 0 5 A , Reinterpretação do meio. Fonte: Acervo pessoal da autora

Reinterpretação do meio:

-Implantação em esquina: conexão e permeabilidade visual com o meio; -Interação entre antigo e o novo, possibilidade de novos desenhos e tipologias na cidade;

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Capítulo IV Referência de projetos - Exploração de suas relações com o meio A intenção nesse próximo identificar projetos que da mesma discussão entre e identidade, ilustrando discutido.

item é tratam cidade o tema

INSTANT CITY – ARCHIGRAM

O grupo nasce no início da grande transformação mundial que influencia até hoje o desenvolvimento das cidades, foi no pós-guerra quando muitos países, inclusive a Inglaterra, entraram em um período de avanço tecnológico, com grande influência na área da comunicação e do transporte. Diante das aceleradas mudanças presenciadas, entendiase que eram necessárias grandes mudanças no ensinar e no fazer arquitetura que acompanhasse esses avanços, a arquitetura não poderia mais se resumir a rigidez, estabilidade e durabilidade, seus projetos tinham sempre a intenção de inovar com princípios que iam contra o fazer tradicional, os conceitos de mobilidade, flexibilidade, efemeridade, mutabilidade estavam presentes 30

como partido de projeto. O nome archigram resume a intenção do grupo, é a junção de architecture com telegram, ou seja, o objetivo era introduzir a arquitetura à rapidez e o dinamismo de um telegrama.

Fig. 19:Revista A r c h i g r a m primeira edição. Fonte:http:// a r c h i g r a m . westminster.ac.uk/


O conceito do projeto: Em 1969 o grupo lança o projeto Instant City, o grande objetivo era levar a dinâmica metropolitana para cidades periféricas, através de uma arquitetura móvel com caráter de um circo ou feira, mas que carregasse o denso dinamismo cultural existente nas cidades centrais, esse era o grande desafio. Era um projeto especulativo, com a intenção de estudar os resultados da presença efervescente das cidades em regiões pacatas. Tinha o caráter genérico, ou seja, poderia se estruturar em qualquer cidade, uma vez esta tendo características periféricas, isenta de pluralidade cultural. O projeto, por fim tinha a intenção de alavancar uma metropolização cultural da periferia e, portanto o evento temporário serviria como um catalisador em tais cidades. O projeto:

O projeto é formado pela composição de grandes lonas erguidas por balões e estruturadas por guindastes, contava também com iluminação e elementos audiovisuais para compor o grande

Fig. 20:Estudo para implantação da Instant City. Autoria: Peter Cook, 1969. Fig. 21: Croqui da Instant City em funcionamento. Autoria: Ron Herron, abril de 1969. Fonte:http:// a r c h i g r a m . westminster.ac.uk/ 31


evento. A instalação poderia acontecer em terrenos inutilizados e contar com o apoio de estruturas pré-existentes, como galpões abandonados e fábricas antigas.O programa previsto do evento mapeava as atividades culturais existentes na região, como rádios locais, universidade e clubes e o evento viria como articulador e dinamizador da interação entre essas atividades, portanto quando fosse migrar a outra região deixaria uma rede de comunicação estruturada na cidade.Contava também com uma sequência executiva, que ilustrava desde a chegada da cidade instantânea até Fig.22:Província típica para implantação da Instant City. Fig. 23: A chegada da Instant City e o mapeamento das instituições culturais existentes. Autoria: Peter Cook. Fonte:http:// archigram. westminster.ac.uk/

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Fig. 26: Sequênciade temporada do evento Autoria: Peter Cook. Fig. 24: Instant City em operação, articulando uma rede de comunicação entre as instituições culturais existentes. Fig. 25: Partida da Instant City e rede de comunicação concretizada na província. Autoria: Peter Cook. Fonte:http:// archigram. westminster.ac.uk/


sua migração. Aspectos

a

considerar:

Tinha o caráter genérico ou seja, poderia se estruturar em qualquer cidade, uma vez esta tendo características periféricas, isenta de pluralidade cultural, o projeto portanto, se estrutura a partir de seu conceito, não de um meio.

Fig. 27: Maquete da Instant City. Autoria: Grupo Archigram. F o n t e : h t t p : / / a r c h i g r a m . w e s t m i n s t e r . a c . u k /

Fig. 28: Colagem Instant City em atuação. Autoria: Ron Herron. F o n t e : h t t p : / / a r c h i g r a m . w e s t m i n s t e r . a c . u k /

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TEATRO DEL MONDO - ALDO ROSSI O conceito do projeto:

O teatro del Mondo foi projetado em 1979 para a bienal de Veneza, apesar de se tratar de um projeto efêmero para um momento vivido na cidade, a síntese da forma projetada por Rossi tem a qualidade de carregar a memória de Veneza. A partir da linguagem da antiga arquitetura veneziana sintetizada e traduzida para momento arquitetônico vivido, Rossi faz um diálogo com a arquitetura antiga através de uma apropriação tipológica de elementos recorrentes na cidade, como torres, colunas, abóbodas e coroamentos respeitando parâmetros simétricos e de proporção das construções originais. Assim, portanto com uma linguagem recente, reinterpreta o passado e desenha o presente.

compostas basicamente por prismas justapostos, os prismas retangulares das pontas são caixas de escada que dão acesso a plateia elevada localizada na forma octogonal a cima. Com as arquibancadas do nível inferior mais as elevadas o teatro tem uma capacidade 250 espectadores.

O projeto:

Construído sobre uma balsa, o teatro feito em estrutura metálica desmontável e revestido com madeira remete a antiga tradição veneziana do século 18. Sua 34

forma

e

organização

são

Fig. 29: Antiga tradição veneziana, Teatros flutuante, Séc. XVIII. Fonte: BOGEÁ, Marta, Cidade Errante.


Fig. 30: Teatro Del Mondo inserido no contexto de Veneza. Fonte: BOGEÁ, Marta, Cidade Errante.

Fig. 32: Teatro Del Mondo inserido no contexto de Veneza. Fonte: BOGEÁ, Marta, Cidade Errante.

Fig. 31: Teatro Del Mondo em construção, em corte e inserido no entorno de Veneza. Fonte: BOGEÁ, Marta, Cidade Errante.

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Capítulo V Especulação de formas: Técnicas + Materiais compatíveis, seleção de estudos de caso mais adequados Este próximo item tem o objetivo de investigar através de fotos, croquis esquemáticos e pesquisa, algumas técnicas construtivas de natureza leve e prática, utilizadas em projetos de caráter temporário que alcançaram uma unidade estética notável em relação ao ambiente inserido. SERPENTINES GALLERIES: ÁLVARO SIZA + EDUARDO SOUTO DE MOURA (2005)

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O projeto: Pavilhão desenhado pela parceria de Álvaro Siza e Eduardo Souto de Moura, foi um projeto encomendado pela Serpentines Galeries, em Londres, em que todo ano seleciona alguns arquitetos com destaque mundial para dar a oportunidade de demonstrar suas ideias a partir de uma construção temporária, tendo como resultado uma exposição


arquitetônica da linguagem de cada arquiteto escolhido. O pavilhão foi construído em 2005, e ficou 4 meses durante o verão europeu, com um programa que sediava um café, nas tardes e um espaço de debates e palestras durante a noite, com cerca de 300m² tinha a capacidade para 200 pessoas e seu ponto mais alto atingia um nível de 5,5m do chão. O resultado foi surpreendente, quando se pensa em um pavilhão projetado por Álvaro Siza, logo vem à ideia de uma arquitetura moderna de linhas retas, no entanto a parceria optou por trabalhar com uma linguagem mais contemporânea, se comparada as obras anteriores, tanto em sua forma final quanto na execução que foi possível pelo uso de tecnologias avançadas de softwares, mecanismos digitais e robóticos capazes de definir uma geometria precisa da forma que se buscava alcançar. O pavilhão faz um diálogo entre a galeria neoclássica do kensington Fig. 33: Perspectiva interna do pavilhão. Fonte: speedbird. files.wordpress. com/2016/02/ serpentine.jpg

gardens e as árvores do grande jardim onde é implantado, uma vez que com a cobertura curva fazse referencia ao edifício e sua sinuosidade foi distorcida pela reação da presença das arvores ao lado oposto ao edifício. Elementos construtivos:

-427 Vigas de madeira compensada. -348 painéis de policarbonato translúcido de 5mm de espessura. -Spots de luz em cada painel alimentados por energia solar.

Fig. 34: Implantação. Fonte: issuu. com/hizkiagouw/ docs/serpentine_ pavilion_2005 37


Processo construtivo: A unidade formal do pavilhão é estruturada por uma rede de vigas de madeiras conectadas por um sistema de encaixes, cada viga tem um desenho único e funciona como um elemento estruturador de forças horizontais e verticais, uma vez que engloba a função de fundação, pilar e cobertura, devido ao seu desenho contínuo traçado da base do pavilhão à sua cobertura. O sistema de vigas permitiu uma estruturação conjunta da unidade final, uma vez que essa interligação formou um padrão de apoio mútuo, de modo a formar as sinuosidades previstas no projeto. Cada viga foi matematicamente calculada por softwares que previram os encaixes perfeitos. Com o arquivo do desenho de cada viga pronta, os dados foram traduzidos para as máquinas de corte da madeira compensada, o processo da pré-fabricação de 427 vigas durou apenas duas semanas. Concluída as peças, cada uma foi rotulada, e já no local havia uma sequência construtiva fundamental para possibilitar a 38

execução correta dos encaixes, assim foi necessário mais um mês e 10 marceneiros para finalizar a estrutura. O pavilhão depois de estruturado foi revestido com painéis de policarbonato translúcido, material escolhido dado sua resistência às intempéries e transparência. A cada painel foi instalado um spot de luz, abastecido a energia solar que reage a iluminação do ambiente. Ao final da temporada de verão o pavilhão foi desmontado e vendido,


uma vez que poderia ser remontado como uma peça de quebra-cabeças 3D. Comentários sobre o projeto:

Fig. 36: Imagens do processo de execução do pavilhão. Fonte: issuu. com/hizkiagouw/ docs/serpentine_ pavilion_2005.

É um projeto possível devido a um profundo estudo técnico de encaixes a partir da tecnologia digital, cada peça é única, tem dimensões e encaixes precisos para funcionar em conjunto, esta é uma qualidade que permite sua mutabilidade para vários sítios, uma vez que se tem a possibilidade de montar e desmontar o pavilhão, no entanto o conjunto terá sempre a mesma aparência final, se distanciando da qualidade almejada nesta pesquisa, a mutabilidade formal. Porém deve-se destacar a importância desse estudo de caso na pesquisa, quando analisada a questão do sistema estrutural de encaixes, que transformam a unidade em uma grelha estrutural, que não necessita de apoios convencionais, como pilaretes e treliças metálicas.

Fig. 35: Detalhe de encaixe das vigas. Fonte: issuu. com/hizkiagouw/ docs/serpentine_ pavilion_2005. 39


SERPENTINES GALLERIES: BIG (2016)

noturnos.

Com previsão de início no verão europeu, em julho de 2016, o escritório selecionado para projetar o pavilhão principal do serpentines galleries este ano foi o escritório Bjarke Ingels Group. O projeto é descrito pelo escritório como “um muro descompacto transformado da linha reta para o espaço tridimensional”. Sua implantação ocupará uma área de 300m² e abrigará um café, além de um espaço para eventos

-Blocos de fibra de vidro;

O projeto:

40

Elementos construtivos: -Canaletas para a conexão entre os módulos. Processo construtivo:

Composto por módulos tubulares de seção quadrada que se sobrepõe com o auxilio de canaletas usado para as conexões, a composição permite que o pavilhão se estruture, formando uma passagem sinuosa que se eleva como uma torre.


Comentários sobre o projeto: Mesmo com poucos dados técnicos construtivos encontrados sobre o projeto, que ainda será construído este ano, é importante destacar que ao observar a volumetria final, nota-se a possibilidade de especulação de diferentes formas a partir de um simples módulo, que lembra uma caixa seccionada.

Fig. 38: Imagem interna do pavilhão. Fonte: www.building.co.uk

Fig. 39: Croqui de análise e entendimento do método construtivo. Fonte: acervo pessoal da autora

Fig. 37: Perspectiva externa do pavilhão. Fonte: www.arch2o.com 41


PUPPET THEATER: MOS ARCHITECTS O projeto:

O teatro de fantoches foi uma instalação destinada à comemoração do 40° aniversário do Carpenter Center, edifício de artes visuais de Harvard e única obra de Le Corbusier nos Estados Unidos, a instalação marcada pelo formato orgânico tem capacidade de promover espetáculos para aproximadamente 40 pessoas em uma área de 152,4m² e 3,65 m de altura.

42

Idealizada no pátio coberto do Carpenter Center pelo artista plástico Pierre Huyghe em parceria com o arquiteto Michael Meredith. A forma orgânica que lembra um casulo possui duas aberturas, uma delas, a entrada para o teatro, emoldura uma árvore, conceito pensado pelo arquiteto referenciando momentos do enredo da peça, a outra abertura destinase para enquadrar o teatro de fantoches. O projeto se apropria da diferença de nível entre a área externa


e o pátio coberto, inserindo a arquibancada, também usada como passagem, no desnível. A instalação deveria ser feita sem a dependência de estruturas pré-existentes no edifício, um dos desafios do projeto, portanto era ser autossuficiente se estruturando de forma a não interferir na paredes e pilares, uma vez inserido em um edifício histórico. Elementos Construtivos:

-500 painéis de policarbonato branco com abas dobráveis; -2000 parafusos; -Nervuras de alumínio; -Base de geofoam; -Espuma para reforço dos painéis; -Musgo de pedra.

Fig. 40: Puppet Theater, vista e x t e r n a . Apropriação do desnível entre o pátio e o jardim. F o n t e : . highereducation. frenchculture.org

Fig. 41: Carpenter Center. Fonte: news. harvard.edu Fig. 42: Entrada do teatro de fantoches. Fonte:thecreatorsprojectimages. vice.com 43


Processo construtivo: A instalação é composta por 500 painéis de policarbonato préfabricado, com abas dobráveis para conexão com a unidade correspondente e estruturada no local, cada unidade com formato de losango tem dimensões distintas projetadas por um sistema paramétrico, resultando em um encaixe perfeito. Para estruturar a forma são usadas nervuras de alumínio como esqueleto da instalação, que após concluída são vedadas pelas unidades de losangos e conectados por parafusos e porcas. Os vazios resultados das dobras e conexões dos losangos foram

44

preenchidos com espuma e musgo fazendo o acabamento final, opção escolhida para propiciar maior rigidez às unidades. Esse sistema descrito é fundamentado por um modelo construtivo denominado monocoque Shell, definido por se comportar como uma pele que se autossustenta, apesar de ser um conjunto de elementos, a unidade final se torna autoportante. Para não interferir com o edifício histórico, entre a instalação e o piso de concreto o arquiteto teve a preocupação de fazer uma base de Geofoam, sistema composto por EPS (espuma de poliuretano) que distribui a carga igualmente pelo


piso de concreto, amortecendo qualquer força direta. O processo construtivo durou entorno de três meses para ser finalizado.

Fig. 44: Unidades preenchidas por espuma e musgo de pedra. Fonte: news. harvard.edu

Fig. 43:Montagem das unidades de PVC. Fonte: news. harvard.edu

Fig.45: Moldes para estruturação do sistema monocoque Shell. Fonte: From control to design Fig. 46: Ilustração do sistema de Geofoam. Fonte: geofoam .org 45


Comentários sobre o projeto: O projeto foi desenhado exclusivamente para aquele sítio, a inclinação da plateia se encaixa perfeitamente com o desnível entre os ambientes, assim como o enquadramento da árvore faz com que o projeto tenha sentido de estar posicionado naquela orientação. Isso torna o projeto único, e se distancia do que um pavilhão modular busca como diretriz, a qualidade do movimento e mutação. No entanto a técnica construtiva do sistema monocoque

Shell e a solução estruturada pelas conexões entre as abas das unidades, além da preocupação do projeto em não interferir com a estrutura do entorno é algo que deve ser observado e absorvido como soluções técnicas para um pavilhão modular.

Fig. 47: Croqui de análise e entendimento do método construtivo. Fonte:Acervo pessoal da autora. 46


KUBIK: BALESTRA BERLIM + LIGHT LIFE O projeto:

Projetado pelo escritório Alemão Balestra Berlim em parceria com o escritório LightLife, responsável pela iluminação, Kubik é definido como um clube de música eletrônica itinerante. A primeira instalação foi concluída em 2006 em Berlim, desde então passou temporadas em 22 cidades ao redor do mundo, e em 2016 foi inaugura no mês de Maio a primeira temporada em São Paulo. O resultado da instalação nas diversas cidades se diferenciava enquanto projeto e unidade formal, isso devido ao rearranjo dos módulos cúbicos.

Fig. 48: Temporada do Kubik em Melborne. Fig. 49: Temporada Kubik em Viena Fig.50: Kubik fusion festival, Alemanha. F o n t e : balestraberlin.com

47


Kubik São Paulo foi instalado no Teatro Mars, no bairro central da Bela Vista. Basicamente o ambiente é definido pela delimitação de três paredes principais: Parede A, suspensa e inclinada sobre o bar, Parede C, que faz a delimitação lateral e, Parede D, onde fica a mesa do DJ também inclinada e a maior em altura, com 10,35 metros. Há paredes menores instaladas sobre os mezaninos do teatro, que se sobrepõe visualmente e completam a cena do evento.

4

Elementos Construtivos: A instalação é composta por containers de IBC de 1000 litros (1,15 x 1,20 x 1,00) usado para transporte de líquidos em navios, um produto de fácil acesso e comercializado usualmente. Conectados entre eles por braçadeiras metálicas, foram dimensionadas quatro para cada união entre containers, necessárias para sua sustentação. A treliça metálica e os cabos de aço são os elementos necessários para fixação da unidade final na estrutura existente do teatro.

4

1 2

3

A

6

D 1 Chapelaria

2 Depósito de bebidas C 5

48

3 Bar

4 Banheiros

Fig.51: Croqui de análise e entendimento do projeto em planta.

6 Pista

Fonte: Acervo autora.

5 Espaço do DJ

pessoal

da


Fig. 52: Braรงadeiras m e t รก l i c a s . Fig. 53: Cabos de aรงo e treliรงas m e t รก l i c a s Fig.54: Container de IBC 100l. Fonte: Acervo pessoal da autora. 49


Processo construtivo:

projeto.

As unidades de containers são enfileiradas e conectadas por braçadeiras, formando inicialmente duas fileiras sobrepostas de containers. Após conectadas as duas fileiras, o conjunto é içado por roldanas fixas no urdimento e em seguida dáse sequência a montagem de mais duas fileiras sobrepostas, quando finalizadas, as duas primeiras fileiras içadas são abaixadas se sobrepondo as duas novas fileiras, conectam-se agora quatro fileiras e assim por diante até atingir a altura necessária prevista no

Para alcançar o resultado previsto no projeto, a estrutura permanente do teatro foi usada como elemento de sustentação para o conjunto da instalação. O projeto previa três paredes inclinadas uma delas flutuando sobre o bar da balada. Para essa demanda foi necessária então a fixação de duas treliças quadradas na unidade da parede finalizada, que através de cabos de aço se apoiariam em dois pontos da estrutura do teatro, um na ancoragem existente e outro na passarela técnica.

Fig.55: Croqui de análise e entendimento do método construtivo. Fonte: Acervo pessoal da autora.

50


Fig.56: Parede A fixada na ancoragem existente do teatro. Fonte: Acervo autora.

pessoal

da

Fig.57: Parede sendo iรงada. Fonte: Acervo autora.

pessoal

da

Fig.58: Parede A finalizada Fonte: Acervo pessoal da autora. 51


Comentários sobre o projeto:

diversos.

Os projetos para eventos Kubik ao redor do mundo, demonstram um sistema construtivo capaz de trazer um resultado plástico bastante diferenciado um dos outros, por conta das diversas possibilidades de composição espacial permitida pela unidade do container de IBC. O sistema tem a qualidade também de se estruturar apenas com a interligação das unidades com uma pequena braçadeira, capaz de possibilitar grandes aberturas e o fechamento de espaços ortogonais, que delimitam e compõe espaços

No projeto para o evento em São Paulo, ao contrário dos ilustrados anteriormente, as três paredes principais que organizaram o espaço, devido à necessidade de se inclinar, não se estruturavam apenas com as braçadeiras, mas dependiam também da estrutura préexistente do teatro, sustentadas através de cabos de aço e treliças metálicas. Apesar da dificuldade de içar as paredes e estruturalas em elementos existentes no teatro, a execução do projeto foi concluída em 6 dias de trabalho.

52


Considerações sobre os estudos de caso Para concretizar o partido inicial, os métodos construtivos analisados foram incorporados na próxima etapa do projeto, dos estudos destacam-se os itens: 1° O uso da tecnologia digital que possibilita um produto final preciso e de formas diversas, como encontrado nos três primeiros projetos analisados; 2° A estrutura não convencional, do projeto de Álvaro Siza e Eduardo Souto de Moura, fundamentado pelos encaixes de vigas que formam um sistema único de apoios que se estabilizam estruturalmente; 3°O sistema que traz um resultado estrutural semelhante ao projeto do Pavilhão de Siza e Souto de Moura, que consiste em uma pele auto estruturada, denominada monocoque Shell, do projeto Puppet Theater. Possível graças ao encaixe de abas dobráveis das unidades também projetadas por tecnologia digital.

a possibilidade de implantação do pavilhão em qualquer sítio, com a condição de seguir a sequência executiva correta de montagem; 5° E finalmente, a presença de uma unidade modular de característica formal simples, cubos e secções de prismas retangulares, porém que possibilita a reinvenção de espaços complexos e distintos uns dos outros, presente nos projetos do clube de música eletrônica itinerante, Kubik e no pavilhão da Serpentines Galleries de 2016, do grupo BIG, com destaque para a qualidade interativa notada neste último, possível graças às dimensões da unidade modular, compatível a escala humana.

4° Ainda sobre encaixes estruturais do projeto de Siza e Souto de Moura, destaca-se também 53


O PR OJ ET O - 1 ° P a s s o : P r o c e s s o d e E s c o l h a d o M ó dulo CHECK LIST: 1º Maior assimilação e percepção do espaço através do reconhecimento do próprio corpo: o módulo a ser criado deve interagir e ser compatível às proporções humanas. 2º Percepção do espaço interno produzido como parte meio externo: o módulo deve permitir a permeabilidade visual.

Fig. 60

1,00 m

Opção 01

3º O módulo escolhido deve ser autoportante, atendendo a n e c e s s i d a d e estrutural desde um equipamento urbano até um pavilhão. 4º Deve mutabilidade, 54

ter ou

Fig. 61

0,60 m

Opção 02


Fig. 62

0,60 m

Opção 03 Fig. 63

seja ter a capacidade de se conectar de diferentes maneiras criando possibilidades de espaços únicos. 5º Deve ter por fim um qualidade plástica como unidade final, sendo perceptivel e visualmete agradavel no contexto inserido.

0,70 m

Opção Final 55


2° Pa ss o: S o l u ç ã o e s t ru t u r a l

TIPOLOGIAS DE CHAPS DE WPC:

MATERIAL: CHAPAS DE WPC:

Fig. 64

56

70% pó de madeira reciclado + 30% polietileno (plástico reciclado). Material comum usado no campo da construção civil como substituto do piso e porta de madeira. Comercialmente o material bruto é vendido em diferentes dimensões. Se comporta estruturalmente de maneira parecida com a madeira, sendo possível prever encaixes semelhantes, no entanto é um material muito mais resistente às intempéries do ambiente externo e a futuros desgastes por conta da montagem e desmontagem do pavilhão.


3 PROBLEMAS

SEQUÊNCIA EXECUTIVA:

Travamento da unidade

Travamento da unidade Locação da 1ª fiada de módulos apartir de uma implantação pré definida em projeto.

Travamento vertical

Travamento horizontal

Fig. 65

Locação da 2ª fiada de módulos com travamento vertical conforme detalhe 01.

Detalhe 01 Fig. 66 57


3° P as so : P o s s i b l i d a de s d e e n c a i x e s

Opção de encaixe 01

Fig. 67

Opção de encaixe 02

Fig. 68 58


Opção de encaixe 03

Fig. 69

Fig. 70 59


4° P as so : O p r o j e t o - p e q u e n a e s c a l a

Esquema de composição projetual - Fig. 71

O PROJETO: O objetivo principal do espaço criado é provocar o convívio e a permanêcia dos usuários da cidade, a partir de um objeto que se compõe de diferentes maneiras conforme a necessidade do contexto. Para alcaçar uma forma concreta a partir de um objeto que possibilita diferentes resultados, foi necessario o reconhecimento do que poderia ser o ponto fixo, que sempre se repetiria no projeto. Esse ponto fixo seria o núcleo que nortearia o desenvolvimento do desenho e do percurso do usuário e não poderia ser outro se não o ponto de encontro, o core. 60

Resultado da composição Fig 72

Perspectiva, olhar do observador - Fig. 73


Projeto em pequena escala inserido na Praça do Patriarca. A região foi escolhida por ser um amiente central onde há um grande fluxo de pessoas constantemente em movimento , mas que, no entanto não promove a convivência necessária para trazer qualidade espacial e promover uma memória coletiva como um espaço histórico necessita.

Implantação da inserção - Fig. 74

Foto inserção, praça patriarca - Fig. 75

61


5° P as so : O p r o j e t o - m é d i a e s c a l a

Esquema de composição projetual- Fig.76

Perspectiva, olhar do observador - Fig. 78

62

Resultado da composição Fig. 77


Projeto em média escala inserido no Largo da Batata. A região foi escolhida pois nota-se a falta de apropriação, permanência e convívio público na grande praça seca que envolve o metrô Faria Lima.

Implantação da inserção - Fig. 79

Foto inserção,largo da batata - Fig. 80

63


6° P as so : O p r o j e t o - g r a n d e e s c a l a

Esquema de composição projetual - Fig. 81

Resultado da composição Fig. 82

Perspectiva, olhar do observador - Fig. 83

64


Projeto em grande escala inserido no Parque da juventude. A região foi escolhida por se localizar fora do eixo centro-sudoeste, estando portanto fora dos limites de grande investimento da cidade.

Implantação da inserção - Fig. 84

Foto inserção,parque da juventude - Fig. 85

65


En sa io f o t o g r รก f i c o m a q u e t e : E s t u d o d o s en ca ix es - p r o j e t o p e q u e n a e s c a l a

Fig. 86

Fig. 87

Fig. 88 66


Fig. 89

Fig. 90

Fig. 91 67


En sa io f o t o g r á f i c o m a q u e t e : E s t u d o f o r m a l pr oj et o m é d i a e s c a l a

Fig. 9

68


Fig. 93

92

Fig. 94 69


Co ns id er a ç õ e s F i n a i s Diante de todas as teorias e referências projetuais analisadas, conclui-se que há uma deficiência na multiplicação das cidades atuais, a produção de espaços capazes de despertar identidade e memória dos habitantes são cada vez mais raros, espaços residuais sem nenhum tipo de interação com o indivíduo é o produto dessa multiplicação. A alternativa que melhor responde a essa deficiência, é ter o conhecimento de que o momento vivído não é o grande vilão, mas sim entende-lo como um contexto que deve ser analisado e interpretado como um parâmetro para a produção e reinvenção de novos espaços na cidade. Em vista disso, o objeto projetado tem como objetivo resgatar a presença do indivíduo na cidade, provocar a sua interação e permanência no espaço em que vive uma vez concluído que, o simples fato de destinar o espaço para o uso do público, já traz a garantia da criação de qualidade interpretada pelo próprio usuário daquele espaço. 70

Tendo como partido projetual, portanto o espaço destinado ao uso e interação no meio urbano, o projeto se resume, como resposta à demanda do contexto traçado, em um pavilhão que se reinventa de acordo com a necessidade do meio de se implantar e se projetar de diferentes maneiras. Como resultado, tem-se um pavilhão formado a partir de uma unidade modular que permite diferentes composições finais , desde um possível mobiliário urbano até um espaço de debates e/ou de exposições. Esta unidade modular foi pensada para se aproximar das dimensões do usuário preservando também a interação entre o meio interno e o externo.

Outro desafio conquistado pelo projeto, foi a capacidade de produção maneira rápida, eficiente e de simples execução, características essenciais para uma obra com perfil efêmero, graças a eficaz solução estrutural de chapas autoportantes.


Re fe r ê n c i a s B i b l i o g r a f i c a s BOGÉA, Marta. A cidade errante.

KOOLHAAS, Rem. A cidade genérica.

SAKAMOTO, Tomoko. From control to design: parametric/algorithmic architecture. SCHULZ, Norberg Christian. O fenômeno do lugar. SORRENTINO, Paolo. A grande beleza

VIVANT, Elsa. O que é uma cidade criativa?

http://v2.reflexionesmarginales.com/index.php/dossier-13/292-una-arquitectura-que-viaja-el-teatro-del-mundo-de-aldo-rossi https://benhuser.com/2011/06/04/il-teatro-del-mondo-venezia/

http://www.serpentinegalleries.org/exhibitions-events/serpentinegallery-pavilion-2005-alvaro-siza-and-eduardo-souto-de-moura-cecil -balmond-0

http://www.building.co.uk/first-images-of-serpentine-pavilions-released/5080312.article http://highereducation.frenchculture.org/events/contemporary-architecture-and-legacy-le-corbusier http://news.harvard.edu/gazette/2004/11.11/01-huyghe.html

http://www.printmag.com/article/2005_annual_design_review_environments_best_of_category/

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Li st ag em d e i m a g e n s Fig. 01: compreensão através de diagramas sobre o processo de gentrificação descrito. Fonte: Acervo pessoal da autora Fig. 02: compreensão através de diagramas sobre o processo de associação e interpretação do espaço pelo indivíduo junto à consequente importância de uma análise qualitativa do meio. Fonte: Acervo pessoal da autora Fig. 3: compreensão através de diagramas sobre o processo de fixação e identidade do indivíduo em um lugar. Fonte: Acervo pessoal da autora Fig. 4: Localização da imagem 001. Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 5: Imagem 001, documentação negativa do meio. Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 6: Imagem 001_A, reinterpretação do meio. Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 7: Localização da imagem 002. Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 8: Imagem 008, documentação negativa do meio. Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 9: Imagem 002_A, reinterpretação do meio. Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 10: Localização da imagem 003. Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 11: Imagem 003, documentação negativa do meio. Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 12: Imagem 003A, reinterpretação do meio. Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 13: Localização da imagem 004. Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 14: Imagem 004, documentação negativa do meio. Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 15: Imagem 004_A, reinterpretação do meio. Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 16: Localização da imagem 005. Fonte. Acervo pessoal da autora. Fig. 17: Imagem 005, documentação negativa do meio. Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 18: Imagem 005_A, reinterpretação do meio. Fonte: Acervo pessoal da autora Fig. 19: Revista Archigram primeira edição. Fonte: http://archigram.westminster. ac.uk/ Fig. 20: Estudo para implantação da Instant Cit,y. Autoria: Peter Cook, 1969. Fonte: http://archigram.westminster.ac.uk/ Fig. 21: Croqui da Instant City em funcionamento. Autoria: Ron Herron, abril de 1969.Fonte: http://archigram.westminster.ac.uk/ Fig. 22: Província típica para implantação da Instant City. Autoria: Peter Cook.Fonte: http://archigram.westminster.ac.uk/ Fig. 23: A chegada da Instant City e o mapeamento das instituições culturais existentes. Autoria: Peter Cook. Fonte: http://archigram.westminster.ac.uk/ Fig. 24: Instant City em operação, articulando uma rede de comunicação entre as instituições culturais existentes. Autoria: Peter Cook. Fonte: http://archigram.westminster.ac.uk/ Fig. 25: Partida da Instant City e rede de comunicação concretizada na província. Autoria: Peter Cook. Fonte: http://archigram.westminster.ac.uk/ Fig. 26: Sequência de temporada do evento. Autoria: Peter Cook. Fonte: http://archigram.westminster.ac.uk/ 72


Fig. 27: Maquete da Instant City. Autoria: Grupo Archigram. Fonte: http://archigram. westminster.ac.uk/ Fig. 28: Colagem Instant City em atuação. Autoria: Ron Herron. Fonte: http://archigram.westminster.ac.uk/ Fig. 29: Antiga tradição veneziana, Teatros flutuante, Séc. XVIII. Fonte: BOGEÁ, Marta, Cidade Errante. Fig. 30: Teatro Del Mondo inserido no contexto de Veneza.Fonte: BOGEÁ, Marta, Cidade Errante. Fig. 31: Teatro Del Mondo em construção, em corte e inserido no entorno de Veneza. Fonte: BOGEÁ, Marta, Cidade Errante. Fig. 32: Teatro Del Mondo inserido no contexto de Veneza. Fonte: BOGEÁ, Marta, Cidade Errante Fig. 33: Perspectiva interna do pavilhão. Fonte: speedbird.files.wordpress. com/2016/02/serpentine.jpg Fig. 34: Implantação. Fonte: issuu.com/hizkiagouw/docs/serpentine_pavilion_2005 Fig. 35: Detalhe de encaixe das vigas.Fonte: issuu.com/hizkiagouw/docs/serpentine_ pavilion_2005 Fig. 36: Imagens do processo de execução do pavilhão.Fonte: issuu.com/hizkiagouw/ docs/serpentine_pavilion_2005 Fig. 37: Perspectiva externa do pavilhão. Fonte: arch2o.com/wp-content/uploads/2016/02/Arch20_serpentine2016_BIG_02-w1800-h1800.jpg Fig. 38: Imagem interna do pavilhão.Fonte: building.co.uk/first-images-of-serpentine -pavilions-released/5080312.article Fig. 39: Croqui de análise e entendimento do método construtivo. Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 40: Puppet Theater, vista externa. Apropriação do desnível entre o pátio e o jardim. Fonte: highereducation.frenchculture.org/events/contemporary-architecture-and-legacy-le-corbusier. Fig. 41: Carpenter Center. Fonte: news.harvard.edu/gazette/2004/11.11/01-huyghe. html. Fig. 42: Entrada do teatro de fantoches. Fonte:thecreatorsprojectimages.vice.com/ media/posters/000/000/406/MOS_puppet_original.png?1xw:0.4246006389776358xh;*,*&resize=1200. Fig. 43: Montagem das unidades de PVC. Fonte: news.harvard.edu/gazette/2004/11.11/ 01-huyghe.html. Fig. 44: Unidades preenchidas por espuma e musgo de pedra. Fonte: news.harvard.edu/ gazette/2004/11.11/01-huyghe.html. Fig. 45: Moldes para estruturação do sistema monocoque Shell. Fonte: From control to design: parametric/algorithmic architecture. Fig. 46: Ilustração do sistema de Geofoam. Fonte: geofoam.org/images/karma/special -app1.jpg. Fig. 47: Croqui de análise e entendimento do método construtivo. Fonte: Acervo pes73


soal da autora. Fig. 48: Kubik temporada em Melborne. Fonte:balestraberlin.com/ Fig. 49: Kubik temporada em Viena. Fonte:balestraberlin.com/. Fig. 50: Kubik fusion festival, Alemanha. Fonte:balestraberlin.com/. Fig. 51: Croqui de análise e entendimento do projeto em planta. Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 52: Braçadeiras metálicas. Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 53:Cabos de aço e treliças metálicas. Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 54: Container de IBC 1000l. Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 55: Croqui de análise e entendimento do método construtivo. Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 56: Parede A fixada na ancoragem existente do teatro. Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 57: Parede A sendo içada. Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 58: Parede A finalizada. Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 59: Kubik temporada em São Paulo.Fonte: facebook.com/kubiksp/?fref= Fig. 60: Opção formal 01.Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 61: Opção formal 02.Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 62: Opção formal 03.Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 63: Opção formal final.Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 64:Tipologias de chapas de WPC .Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 65: Ilustração dos três problemas estruturais .Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 66: Solução estrutural .Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 67: Opção de encaixe 01 .Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 68: Opção de encaixe 02 .Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 69: Opção de encaixe 03 .Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 70: Opção de encaixe 04 .Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 71: Esquema de composição projetual pequena escala.Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 72: Resultado da composição pequena escala.Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 73: Perspectiva olhar do observador, pequena escala.Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 74: Implantação da inserção, pequena escala.Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 75: Foto inserção, Praça do patriarca pequena escala.Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 76: Esquema de composição projetual media escala.Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 77: Resultado da composição media escala.Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 78: Perspectiva olhar do observador, media escala.Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 79: Implantação da inserção, media escala.Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 80: Foto inserção, Largo da Batata media escala.Fonte: Acervo pessoal da autora. 74


Fig. 81: Esquema de composição projetual grande escala.Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 82: Resultado da composição grande escala.Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig.83: Perspectiva olhar do observador, grande escala.Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 84: Implantação da inserção, grande escala.Fonte: Acervo pessoal da autora. Fig. 85 : Foto inserção , Largo da Batata grande escala.Fonte: Acervo pessoal da autor e http://aflalogasperini.com.br/blog/project/parque-da-juventude/. Fig. 86 : Estudo de encaixes, projeto em pequena escala.Fonte: Acervo pessoal da autor Fig. 87 : Estudo de encaixes, projeto em pequena escala.Fonte: Acervo pessoal da autor Fig. 88 : Estudo de encaixes, projeto em pequena escala.Fonte: Acervo pessoal da autor Fig. 89 : Estudo de encaixes, projeto em pequena escala.Fonte: Acervo pessoal da autor Fig. 90 : Estudo de encaixes, projeto em pequena escala.Fonte: Acervo pessoal da autor Fig. 91 : Estudo de encaixes, projeto em pequena escala.Fonte: Acervo pessoal da autor Fig. 92 : Estudo formal, projeto em média escala.Fonte: Acervo pessoal da autor Fig. 93 : Estudo formal, projeto em média escala.Fonte: Acervo pessoal da autor Fig. 94 : Estudo formal, projeto em média escala.Fonte: Acervo pessoal da autor

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