Infraestrutura compartilhada como subsídio à apropriação urbana

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Infraestrutura compartilhada como subsídio à apropriação urbana.


CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC

Fernando Pesente Bernardino da Silva

Infraestrutura compartilhada como subsídio à apropriação urbana. Posto de Serviço Mão na Roda.

SÃO PAULO 2016


CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC

Fernando Pesente Bernardino da Silva

Infraestrutura compartilhada como subsídio à apropriação urbana. Posto de Serviço Mão na Roda.

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro Universitário Senac, como exigência parcial para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo. Orientação: Prof Ms. Marcella de Moraes Ocke Mussnich

SÃO PAULO 2016


RESUMO

O propósito deste trabalho é trazer de volta a qualificação das áreas publicas e residuais do tecido urbano por meio do estímulo de práticas mais sustentáveis tão essenciais ao

bom funcionamento das grandes cidades. O trabalho consiste em um projeto de infraestrutura de apoio ao cidadão que passa parte do seu tempo na rua, sendo de bicicleta ou a pé. Pesquisas demonstram que a maioria das pessoas usaria a bicicleta como meio de transporte se houvesse infraestrutura para tomar um banho, trancar a bicleta, etc. Com o objetivo maior de estimular o transporte individual não motorizado apresento um projeto que consiste em oferecer a infra estrutura mínima necessária para um ciclista. Basicamente o ponto de apoio oferece serviços relevantes para o ciclista: bebedouros, bicicletário, oficina para pequenos reparos, banheiros, chuveiros, armários, tomadas e Wi-Fi. Além disso, serão comercializados produtos relacionados ao tema, como artigos de bicicleta, itens de higiene pessoal, acessórios de segurança, etc. Entendo que isso cria um ambiente propício ao uso da bicicleta como meio de transporte, e assim a cidade volta a ser ocupada cada vez mais por pessoas não motorizadas, há a ampliação dos horizontes da ocupação do espaço público, revitalizando-o consequentemente.

ABSTRACT

The aim of this completion of course work is to revitalize the public space bringing the citizens back to this space promoting sustainable practices that are essential for the operational system of a big city. This paper consistis in a support infrastructure project for the citizens that stay for a long time in the urban spaces, even using a bike or walking. Research shows that many people would ride a bicycle more often if a infrastructure was available. Intending to stimulate the non-motorized individual transport I present a project that offers the infrastructure required por a cyclist. Basically those spots will offer drinking fountains, bicycle rack, maintenance space for small repairs, bathrooms, showers, lockers, electric charger and wi-fi. It will also comercialize some related products as bicycle itens, personal hygienic products, and security itens. I believe that all

that environment gives more independency for the user (cyclists or pedestrians), stimulates the urban space occupancy, and as a consequence it becomes revitalized.



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INTRODUÇÃO

O tema deste Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é o uso da infraestrutura

São Paulo é uma cidade consolidada e de grande porte, uma maneira de garantir a

compartilhada como subsídio e estímulo à apropriação do espaço público.

condição de pessoas na rua é o incentivo ao uso da bicicleta como meio de transporte

Tenho como objetivo o desenvolvimento de uma unidade de suporte à apropriação

genuíno, gerando aumento da segurança pública e melhoria das condições na cidade

urbana que maximiza a autonomia do cidadão no meio urbano, melhorando a qualidade

como um todo. Dar suporte à esse modal, nesta proposta de requalificação de áreas

da vida na cidade. Explorando um nicho de mercado em expansão é possível criar um

públicas e residuais da malha urbana, é desenvolver uma série de postos de serviço que,

negócio rentável que estimule o uso do espaço público bem como o transporte não

além das questões específicas do ciclista, atendem também à serviços que são

motorizado, a fim de refletir positivamente em diferentes áreas que vivem dias de crise

essencialmente demandados por todos os seres humanos e que quando sustentados de

como a segurança pública e a mobilidade.

maneira eficiente possibilitam o prolongamento do tempo do indivíduo na rua,

Ampliar os horizontes do transporte alternativo e da apropriação do espaço oferecendo

aumentando o uso e apropriação do espaço.

serviços básicos e indispensáveis à vida contemporânea é uma maneira de devolver o

Podemos entender como serviços essenciais aqueles que fornecem as condições

espaço público às pessoas, tornando-o convidativo e principalmente útil, carregado de

favoráveis à apropriação como: a disposição gratuita de internet e energia, o eventual

significado, gerando assim maior consciência coletiva sobre a área e consequentemente ;

abrigo gerado pela configuração arquitetônica do posto de serviço, a disposição de

segurança pública.

banheiros e duchas - promovendo a base estrutural que não existe e que acaba

A qualidade de vida urbana está diretamente relacionadas ao adensamento, a “condição

inviabilizando muitos percursos (tratando do conflito entre a bicicleta e o ambiente

de existência” comum entre os bairros bem sucedidos é de que há gente na rua e auto

corporativo que exige o um código de vestimentas). São Paulo necessita de um programa

vigilância coercitiva constante realizada por essas mesmas pessoas entre si. Essa

de renovação da paisagem urbana e a estrutura proposta por este TCC pode auxiliar esse

afirmação já vem sendo colocada em pauta nos clássicos da literatura do urbanismo por

processo, trazendo mais pessoas e vida às ruas.

autores como: Jan Gehl (2010) e Janes Jacobs (1961), que citam essa questão em suas obras. A realização de atividades a pé ou de bicicleta aumenta o sentimento de segurança dentro e em volta de espaços urbanos, uma vez que há mais olhos nas ruas e por consequência maior vigilância sobre os acontecimentos da cidade.


Capítulo 1 - Espaços Urbanos e o Homem

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A relação entre o homem, o espaço e a sociedade não poderia estar desvinculada da

O espaço físico onde se situa uma aglomeração pode fornecer subsídio a diferentes

interação direta entre as três partes; é da ação do homem no espaço que se configura um

cenários, ou pode não oferecer nenhum subsídio configurando um não lugar: uma área

lugar - e é no lugar que acontece a socialização.

sem uso ou identidade utilizada meramente como via de passagem - sabemos que os

O corpo deve ser visto como o primeiro lugar da experiência social. A ausência do corpo

espaços se qualificam em função do corpo, é o corpo com a sua capacidade de ação e

pressupõe uma fenda na construção da sociedade que resulta nas problemáticas que

energia que cria e produz o lugar, devolver o homem ao espaço tornando-o atrativo é um

conhecemos, como violência urbana e abandono e degradação do espaço comum, são os

caminho para requalificação do não lugar, transformando espaço vazio de significado em

usuários de um espaço que tem a capacidade de dotá-lo de conteúdo, um lugar só existe na medida em que é utilizado ou experimentado, cada lugar possui sua própria lógica, suas condições de existência e seus meios de perpetuação - lugares são processos de reprodução social e por isso seus aspectos espaciais e culturais são inseparáveis - não

sendo possível compreender um dos aspectos sem levar o outro em consideração.

lugar. (Cortés, Jose Miguel G., 2008). É preciso trazer o corpo de volta ao meio para retornar à um estado de qualidade do meio urbano, uma das formas de fazê-lo é desconstruir a atual forma de deslocamento (momento em que esse contato “homem x espaço” acontece inevitavelmente) que atualmente é baseado no transporte motorizado, que afasta o homem do espaço uma vez que o sistema de interpretação de impressões sensoriais humano está adaptado para o caminhar, a velocidade de 4 a 5 km/h, quando pedalamos, a uma velocidade de 10 a 12

1.1 - Ação do homem. Pode ser entendida, das produções efetivamente falando - construções físicas e espaços planejados ao uso do espaço - da apropriação e da vida pública. Para que a sociedade alcance uma situação ideal de espacialidade é necessária a combinação coesa entre essas ações. Deve-se levar em consideração que as formas construtivas nunca são arbitrárias ou inocentes, os conteúdos e significantes de um lugar são constantemente construídos e

reconstruídos por meio da ação da vida diária, as formas urbanas são como um espelho que ajuda a construir e transformar a realidade, e essa realidade atualmente não considera o fator primordial que é o corpo, a escala humana.

km/h ainda podemos perceber e processar impressões sensoriais e assim obter um nível aceitável de controle sobre a situação e informação recebida, já na velocidade do automóvel isso não acontece, o que muda consideravelmente a relação entre homem e espaço pois não existe a mesma absorção e compreensão de informação (Gehl, 2010), o automóvel também proporciona outros distanciamentos físicos prejudiciais pois cria uma

bolha de propriedade privada em torno do indivíduo, alterando mais ainda a relação com o meio.


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1.2 - Espaços Públicos e infraestrutura

1.3 Mercado e ideologia do planejamento

Hoje, as áreas de convivência vem sendo cada vez menos associadas aos espaços

Como já fi citado; um tópico do planejamento urbano esquecido e tratado a esmo é a

públicos, excluindo parte da população do que é entendido como vida social. O espaço público deveria ser entendido como base para o encontro entre desconhecidos, proporcionando condições para o convívio de maneira civilizada, isso pode acontecer

dimensão humana, o mercado é a força de modificação do espaço e sua ação se dá a medida que atende as necessidades de uma massa de consumidores, fazendo com que algumas questões mais lucrativas se sobreponham às necessidades humanas, outro fator para a baixa prioridade dada ao espaço público foram as ideologias dominantes do

com o incentivo ao uso e a revitalização de áreas abandonadas contribuindo para a

planejamento - levando o foco do espaço comum da cidade para os edifícios individuais

qualidade de vida da cidade e estimulando a atividade de diferentes segmentos, que é

isolados e auto suficientes que tornam-se cada vez mais desconectados do tecido da

condicionante para o encontro e consequentemente para a vida em sociedade.

cidade.

Oferecer suporte ao espaço consolidado e desprovido de identidade (objeto de estudo

O mercado do automóvel influencia mais a transformação do espaço público do que a

deste trabalho), é uma forma de incentivar à apropriação, esse suporte deve estar de acordo com a necessidade do entorno direto para que exista de fato utilização,

necessiade do usuário, o espaço torna-se composto por corredores asfaltados - uma apropriação/privatização da área pública por parte de uma minoria - diminuindo a possibilidade de conexão entre indivíduos e desses com o meio..

reinserindo-o como lugar no imaginário da população que passa por ali. Nossas necessidades e nosso comportamento demandam, determinam e modelam o

Direcionar corretamente a ação do mercado, aplicando devidamente os esforços e os investimentos de maneira inteligente e consciente, proporcionando um cenário que

cenário social, existe uma demanda por segurança mas as crenças da população levam a

reflita resultados efetivamente positivos para o todo sobre um território consolidado

produção de um espaço ineficiente associando segurança e privacidade, privacidade por

pouco favorável pode ser uma solução para o cenário atual, evitando a decadência do

sua vez que está ligada a reclusão e reclusão suprime a auto vigilância e ação coercitiva

meio urbano e configurando maior suporte à diferentes práticas.

entre desconhecidos, gerando diminuição e não aumento da segurança.

A conclusão de que se oferecido um melhor espaço urbano o uso irá aumentar é aparentemente válida para os espaços públicos de grandes cidades, os espaços urbanos isolados até para um único banco de praça ou cadeira. A conclusão, em geral, também é válida em várias culturas e partes do mundo, em inúmeros climas e em diferentes economias e situações sociais. O planejamento físico pode influenciar imensamente o padrão de uso em regiões e áreas urbanas específicas. O fato de as pessoas serem atraídas para caminhar e permanecer no espaço da cidade é muito mais uma questão de se trabalhar cuidadosamente com a dimensão humana e lançar um convite tentador. (Gehl,2010, p-17)


Capítulo 2 - Mobilidade, Políticas, os modais e a cidade

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A Mobilidade é um fator essencial à vida do indivíduo, deslocar-se é necessário para

As políticas públicas não consideram que dispor de mais recursos para habitação de

manutenção da vida e a quantidade de deslocamento necessária para realização das

interesse social em um terreno em condições ideais resulta em menores gastos com

atividades cotidianas é condicionante fundamental no valor real da terra, essa condição

tempo de locomoção diária e maior qualidade de vida para população em geral.

explica grande parte das problemáticas “programadas” em que vivemos, grande parte do

As centralidades citadas funcionam como centros locais, assumindo as mesmas funções

controle de massas acontece pelo controle da mobilidade, e consequentemente da vida

de um centro convencional, porém em menor escala (isso não muda a relação entre o

de uma parte da população que paga a conta dessa manipulação com o seu tempo.

centro antigo e a cidade pela concentração de empregos, comércio e serviços, portanto

A má gestão e organização do transporte público colabora com a problemática do deslocamento, a população de São Paulo se vê em um cenário de altos custos e baixos retornos com relação ao transporte coletivo, o que, associado à facilidade do crédito,

resulta na sobrecarga das infraestruturas com o excesso de automóveis nas ruas que leva a uma política de estruturação das vias que tem como subproduto a diminuição da área pública real devido aos constantes e ineficientes alargamentos de vias. Economicamente falando, é impossível dissociar a resolução dos problemas de

não reduz significativamente os deslocamentos diários da população) sua dimensão reduzida e similaridade de oportunidades, sustenta a ideia do transporte não motorizado para aqueles que ali vivem devido às suas condições apropriadas (territórios cuja extensão está em torno de 5 a 10 km). Os benefícios dessa atividade vão além da economia de tempo e combustível, a exposição proporcionada pela bicicleta bem como as diferentes adversidades inerentes ao ciclismo

funcionamento da cidade da condição macroeconômica do país pois 85% da população

colocam o indivíduo em uma situação desejada de estado de atenção, de prática

do Brasil mora em cidades, e parte das problemáticas se dá devido ao tempo e recursos

esportiva, de relação real com o meio ambiente; de exposição, fragilidade e de velocidade

demandados pelo ir e vir. A indústria do automóvel pode ser muito lucrativa e essencial à

para entendimento do espaço.

manutenção do sistema porém também se coloca como uma grande pedra no caminho

O incentivo ao uso desse modal e consequentemente ao contato com essa realidade

do desenvolvimento da nação (BEI, 2013).

desejada pode proporcionar uma série de benefícios ao ambiente urbano pois cada

A crise que vivemos em São Paulo surge da junção de fatores de alçada pública que inclui

situação específica citada acima cria e forma um melhor entendimento do ambiente que

os sistemas de transporte, bem como o sistema de habitação de interesse social. Cidades

altera a postura do homem no espaço.

compactas são mais sustentáveis devido à menor necessidade do uso do automóvel, bem

O estado de presença e atenção exigido pela atividade coloca o indivíduo em contato com

como pela demanda por edificações mais econômicas no ponto de vista energético e construtivo, condição bastante diferente da encontrada na cidade de São Paulo, o gigantesco território não integra moradia, trabalho, lazer, comércio e serviços. Existem centralidades em que essa condição ideal, cujas necessidades podem ser realizadas a pé ou de bicicleta, mas trata-se de pontos isolados onde acontece a supervalorização do metro quadrado, excluindo boa parte da população dessa condição ideal. (BEI, 2013)

a realidade do espaço público, o que geralmente não acontece nos modais convencionais que isolam os indivíduos do meio, a velocidade do tráfego diminui e com ela também diminuem os acidentes de trânsito, segundo Jan Gehl (2010), no seu livro Cidades Para Pessoas: “Os riscos e os números de acidentes ocorridos caem drasticamente quando mais pessoas pedalam. Os motoristas ficam muito mais atentos as bicicletas, quando há grande número

delas

nas

ruas”.


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Para pequenas distâncias o uso da bicicleta é ideal, mais rápido, barato e sustentável do que a utilização de veículos automotores, porém grande parte da população não se encaixa nessas condições e o deslocamento entre pontos mais distantes é bastante comum e demanda muito tempo de uma parcela da população que acaba deixando de acessar uma série de condições devido ao tempo perdido no ir e vir. Uma solução possível é o estímulo a realização de parte do percurso diário de modo alternativo, essa medida tem potencial para solucionar diferentes problemáticas como a sobrecarga de alguns modais e a liberação do tráfego em regiões onde a infraestrutura é de menor capacidade com relação à demanda (pontos em que não existe infraestrutura adequada para a quantidade de veículos que ali passam, como a Avenida Guarapiranga onde existe uma demanda alta por transporte e pouco fluxo devido ao grande número de automóveis para poucas faixas para cada sentido). O subsídio à apropriação e ao uso com implantação de infraestrutura básica que atenda às

necessidades mínimas da população que adere à proposta de mobilidade não

motorizada é tão essencial quanto estipular os caminhos por onde passam os eixos cicloviários, é necessário integrar o modal na estratégia geral de transportes, criando condições para levar a bicicleta nos trens e metrôs, ônibus urbanos possibilitando a

combinação dos transportes, também é preciso dispor de pontos de estacionamento para bicicletas com segurança ao longo dos principais eixos, sendo esses trechos dotados de ciclovia ou não. Escolas, escritórios, edifícios comerciais e industriais deveriam incluir esse suporte porém essa não é a realidade atual, outro suporte não existente nesses pontos de aglomeração é a inclusão de banheiros, vestiários e chuveiros para ciclistas como parte do seu programa arquitetônico a fim de incentivar o uso do transporte não motorizado. (Gehl, 2010) A falta desses suportes acaba inviabilizando a utilização da bicicleta como meio de transporte oficial para essa grande parte da população, aque acaba por optar pelo automóvel ou transporte coletivo. Muitos dos empregos localizados próximos aos eixos cicloviários existentes exigem o traje social durante o horário comercial, e essa realidade não condiz com a vida da bicicleta em países tropicais como o Brasil e contribui para o não uso das infraestruturas existentes.

A medida que andar de bicicleta torna-se mais seguro e prático, pedalar passa a ser uma possibilidade viável de se deslocar pela cidade, o ciclismo passa da categoria “esporte de lazer/teste de sobrevivência” e passa a ser um modal oficial e efetivo de deslocamento para todos. Crianças e idosos, homens e mulheres de negócios, estudantes e pais de família passam a andar de bicicleta, é um transporte mais barato, mais rápido e mais saudável para o meio ambiente. (Gehl, 2010)


Capítulo 3 - Mobilidade, Infraestruturas de suporte à bicicleta.

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O surgimento recente da infraestrutura voltada ao deslocamento não motorizado

O uso do transporte motorizado consome muita energia, segundo encontro realizado em

(focando nos novos corredores de ciclovia) apresenta uma deficiência evidente que é a

2013 em São Paulo (BEI, 2013) 78% do consumo em transporte na cidade vem da

falta de banheiros e pontos de suporte nos principais eixos estabelecidos (Dentre eles as

utilização do transporte individual, segundo dados da associação nacional de transportes

avenidas:

públicos o Estado brasileiro gasta hoje catorze vezes mais no transporte individual do que

Paulista, Brigadeiro Faria Lima e Engenheiro Luís Carlos Berrini - eixos

comerciais que exigem um código de vestimentas aos seus colaboradores).

no transporte coletivo. Parte desses usuários encontram-se dentro das condições ideais

Ao proporcionar as condições fundamentais que estão fora do universo das questões

para uso de transporte não motorizado, porém existem os bloqueios já citados com

práticas do ir e vir, questões que dizem respeito ao armazenamento e manutenção da

relação à vestimenta e apresentação pós exercício físico, bem como a falta de segurança

bicicleta, é suprida essa demanda apontada anteriormente, proporcionar as condições de

pública.

apresentação necessárias aos indivíduos após a prática de atividade física ao oferecer um

Dar prioridade à bicicleta é um ingrediente chave na política de uso efetivo do espaço das

local apropriado para tomar um banho e trocar de roupa pode ser um meio de facilitar o

ruas, reduzindo o consumo de energia e de emissões de CO2, garantindo uma

abandono do automóvel para parte da população.

possibilidade de mobilidade para aqueles que não podem comprar um automóvel,

A criação de pontos de infraestrutura para a ampliação do uso desse modal é um possível

reduzindo os gastos públicos de manutenção tanto da ordem pública quanto das vias uma

instrumento de requalificação de espaço entendidos como residuais (espaços vazios de

vez que menos carros geram menos acidentes e menos desgaste das vias, e mais

significado utilizados como mera via de passagem) pois a reunião de indivíduos

bicicletas trazem mais olhos e vida para as ruas - aumentando a segurança pública sem o

motivados pela mesma razão estabelece, pela similaridade da intenção, uma relação de

investimento em segurança propriamente dito.

respeito e civilidade que é ideal para a qualificação do espaço.

O incentivo ao transporte não motorizado vem ocorrendo em diferentes partes do mundo

Desenvolver um sistema de infraestrutura que atenda as necessidades demandadas por

e os exemplos de cidades como Barcelona e Nova Iorque (que vem realizando incentivos

esses usuários, realizando uma implantação coerente de acordo com os eixos existentes

de grande porte nas infraestruturas para os ciclistas) mostram que aconteceu uma

(de ciclovia e de comércio e serviços) bem como a associação da ideia de marco e criação

verdadeira revolução na qualidade e na paisagem urbana. São Paulo tende à essa

de identidade visual são meios plausíveis à requalificação do espaço público, ampliando o

realidade porém os incentivos públicos limitam-se aos recuos e definições de eixos de

relacionamento entre homem e espaço e estreitando as relações entre ambos.

tráfego exclusivo, o que acaba, pela falta de demais estímulos, apenas diminuindo o espaço dos automóveis (gerando revolta na opinião pública).

3.1 - Sustentabilidade

A disposição bem realizada de infraestrutura de bicicletários, vestiários, chuveiros entre

Esse sistema de infraestrutura colabora com o meio ambiente e com a saúde do homem,

outros serviços pertinentes ao suporte do ciclista pode modificar drasticamente o cenário

do trânsito e dos demais sistemas existentes que hoje vivem uma situação delicada de

atual, que já conta com um número crescente de pessoas que utilizam a bicicleta como

sobrecarga.

meio de transporte devido aos mais de 450 km de ciclovias existentes.


3.2 – Infraestrutura existente.

12 FOTO 01 -

FOTO 02 -

Ciclovia na Avenida Cruzeiro do Sul, rente à linha azul do Metrô, considerada uma galeria

A ciclovia na Avenida Paulista foi uma conquista por parte dos ciclistas de São Paulo após

de arte ao ar livre devido aos grafites expostos nos pilares do Elevado.

diversos eventos envolvendo a morte de ciclistas nesse importante eixo da cidade.

Fonte - http://projetopedalando.com.br/wp-content/uploads/2015/12/RN_Ciclovia-da-

Fonte -

Avenida-Paulista_270620150029.jpg

http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/comunicacao/noticias/image ns/2014-07-19-co-ciclovia-cruzeiro-do-sul-05.JPG


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FOTO 03 Para ciclo na Praça dos Arcos – próximo à Avenida Paulista.

FOTO 04 Estação de bicicletas compartilhadas em Moema

Esse foi um dos primeiros para-ciclos instalados na cidade pela Prefeitura em parceria

São diversos pontos em São Paulo, contam com 10 bicicletas para uso compartilhado,

com o banco Itaú, sua estrutura se dá em contêiner naval, conta com aproximadamente

novamente existe o envolvimento com as instituições financeiras, na foto 04 trata-se do

50 vagas e funciona 24 horas por dia.

Itaú, porém, existem também pontos como esse vinculados ao Bradesco.

Fonte - http://vadebike.org/wp-content/uploads/2015/08/Bicicletario-Pra%C3%A7a-dos-

Fonte

Arcos-Foto-Willian-Cruz-001.jpg

content/uploads/2014/03/MoemaDKPasiani-87.jpg

-

http://guiadebairros.proprietariodireto.com.br/wp-


Capítulo 4 – Estudo de caso.

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FOTO 05 -

FOTO 06 -

Unidade de banheiro público pago, localizada em Cambridge

Sanitário público, localizado na cidade de Manchester.

É uma referência uma vez que utiliza de seu corpo como base para publicidades diversas,

Também utiliza de parte do seu corpo para divulgação de material publicitário. Aqui

possui também telefone público e um painel simples para liberação do uso mediante

existe uma preocupação maior com a identidade visual. Também existe informação

pagamento prévio, existem instruções de uso em diferentes idiomas na porta, a fim de

inserida no objeto, nesse caso a localização em que está implantado. Essa unidade em

atender as necessidades não só da população local mas também de turistas. O projeto

particular não possui acessibilidade, motivo que gerou certa rejeição pelo público,

tem capacidade para atender também a deficientes físicos, porém trata-se apenas de

tornando-o não lucrativo. A sua forma porém mostra uma preocupação com o estilo,

duas unidades de sanitários. Essa é uma estrutura pré-fabricada implantada na calçada,

colocando em pauta a questão da identidade local na forma do objeto.

suas dimensões assemelha-se à de uma pequena banca de jornal.

Fonte - http://www.dailymail.co.uk/news/article-2035878/Manchester-council-scrap-hi-

Fonte - httpsparechangenews.net201404cambridge-considers-adding-public-porcelain

tech-street-toilets.html


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FOTO 07 -

FOTO 08 -

Banheiro público na praia de Coledale, Austrália.

Unidade em Contêiner Naval.

Unidade dupla e unissex, mais um modelo previamente montado e posteriormente

Esse banheiro público desenvolvido em Belo Horizonte é uma referência importante

implantado, existe uma pequena cobertura na estrada das unidades que pode fornecer

devido à materialidade e conceito, trazendo maior qualidade em todos os aspectos do

abrigo em algumas situações. A unidade está inserida em uma pequena área próxima à

que conhecemos como banheiro público.

um parquinho e fornece suporte à apropriação do espaço público.

Fonte - http://www.archdaily.com.br/br/01-151617/banheiros-ecotransportaveis-slash-

Fonte - https://frankeeg.wordpress.com/2013/03/25/306-sunday-24th-march-2012-we-

sj2a

leave-the-illawarra-coastline-only-to-return/


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FOTO 09 Projeto de banheiro transportável.

Contêiner Naval como base estrutural, que acontece de forma bastante interessante, existe um tratamento feito na estrutura porém não há alterações nos pontos mais característicos como as travas das portas e o revestimento “chanfrado” da estrutura, que recebeu uma camada de tinta e informativos pictográficos. O exterior “bruto” esconde um interior bastante sofisticado, explorando essa relação conflitante que se dá também

pelos materiais utilizados como a madeira e o vidro, presentes em todo o projeto. Fonte - http://www.archdaily.com.br/br/01-151617/banheiros-ecotransportaveis-slashsj2a

FOTO 10 Projeto de banheiro transportável.


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FOTO 11 Projeto de posto modular da Guarda Municipal de Brasília.

FOTO 12 Projeto de posto modular da Guarda Municipal de Brasília.

A estrutura do posto é pré-fabricada e posteriormente implantada, podendo ser alterada de lugar conforme as necessidades da instituição. Essas unidades compreendem um módulo de atendimento e um ou mais módulos de suporte à população ou aos guardas que ali trabalham. Sua estrutura é leve e de fácil manutenção (revestimentos de fácil limpeza), é um ótimo exemplo de posto modular - existe uma base comum que abriga diferentes programas internos e que se acopla de maneira inteligente, as dimensões do módulo preveem essa possibilidade e podem ser ampliadas conforme a necessidade ( o espaçamento entre a estrutura de sustentação é o ideal para a passagem de pessoas, por exemplo, possibilitando a junção desses módulos por um pequeno corredor) o posto depende apenas de uma base em alvenaria que proporcione o seu nivelamento e acessibilidade (rampa e escada). Os materiais utilizados preveem a questão do uso intenso tanto no interior como no seu revestimento exterior devido ao caráter público do projeto.

Fonte http://www.archdaily.com.br/br/793477/posto-comunitario-de-seguranca-sergioroberto-parada-arquitetosassociados?utm_medium=email&utm_source=ArchDaily%20Brasil


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FOTO 13 -

FOTO 14 -

Projeto de posto modular da Guarda Municipal de Brasília.

Projeto de posto modular da Guarda Municipal de Brasília.

Implantação do módulo, previamente montado e dimensionado, com o suporte de um

União de unidades compondo um espaço com mais funções, a estrutura base é a mesma,

caminhão com guincho.

a função é diferente, a junção se dá pelo corredor instalado entre a estrutura metálica.

Fonte http://www.archdaily.com.br/br/793477/posto-comunitario-de-seguranca-sergio-

Fonte http://www.archdaily.com.br/br/793477/posto-comunitario-de-seguranca-sergio-

roberto-parada-arquitetos-

roberto-parada-arquitetos-

associados?utm_medium=email&utm_source=ArchDaily%20Brasil

associados?utm_medium=email&utm_source=ArchDaily%20Brasil


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FOTO 15 -

FOTO 16 -

Escritório desenvolvido sobre uma modulação a base de contêiner naval.

Escritório desenvolvido sobre uma modulação a base de contêiner naval.

Possibilita a mudança de implantação pelo mundo e a reutilização do contêiner para sua

O contêiner já possui estruturação adequada para suportar a sobreposição de unidades,

função inicial de carga pois realiza poucas mudanças em sua forma original.

possibilitando uma diversidade de arranjos e combinações a fim de otimizar seu uso ou

Fonte http://www.archdaily.com.br/br/775289/feito-para-ser-movido-arcgency

para criar espaços cobertos ou entradas de ar e de luz. Fonte http://www.archdaily.com.br/br/775289/feito-para-ser-movido-arcgency


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FOTO 17 Residência em contêiner.

É possível ver a liberdade de deslocamento das unidades para criar áreas cobertas sem a necessidade do uso de pilares. Os detalhes e as características do contêiner permanecem, como nas portas utilizadas para estruturar a varanda, que não se fecham mas que mantém seu sistema de travamentos em destaque pela cor, configurando estilo à composição. Fonte http://www.archdaily.com.br/br/777216/residencia-huiini-s-plus-diseno

FOTO 18 Residência em contêiner.


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FOTO 19 -

FOTO 20 -

Pavilhão de contêiner.

Pavilhão de contêiner.

Novamente a sobreposição deslocada criando áreas cobertas e definindo o espaço.

Substituição de faces inteiras do contêiner para entrada de luz, adaptação possível para

Fonte

qualquer tipo de janela, a característica forma ziguezagueada das paredes se mantém e o

architecture

http://www.archdaily.com.br/br/791412/container-stack-pavilion-peoples-

uso das cores cria, em conjunto com o tamanho e o contraste proporcionado, a ideia de marco. Fonte

architecture

http://www.archdaily.com.br/br/791412/container-stack-pavilion-peoples-


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FOTO 21 -

FOTO 22 -

Kontenerart - espaço multiuso.

Kontenerart - espaço multiuso.

Junção de contêiner formando um espaço fechado, a composição limita permite a

Diferentes unidades e tamanhos de contêiner que formam uma área para dar suporte à

existência de um programa e limita o espaço ao mesmo tempo.

apresentações artísticas, jogos, e eventos em geral. Aqui o contêiner forma um espaço,

Fonte

ele não é o espaço, nota-se o uso de energia solar, em alinhamento com a proposta de

architekt

http://www.archdaily.com.br/br/785653/kontenerart-2015-adam-wiercinski-

reciclagem e redução da pegada de carbono, também existentes no meu projeto. Fonte

architekt

http://www.archdaily.com.br/br/785653/kontenerart-2015-adam-wiercinski-


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FOTO 23 Bicicletário convencional.

FOTO 24 Projeto que maximiza o espaço para armazenamento, são 12 vagas no espaço de 6 .

As bicicletas ficam penduradas pela roda em um gancho que corre no sentido horizontal, permitindo pequenos deslocamentos para facilitar o acesso em casos de lotação completa. A estrutura se dá por pilares e vigas e pode ser inserido tanto dentro como fora do projeto.

Fonte: http://portfolio.bimbon.com.br/arquitetura/bicicletario_multuso


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FOTO 25 Bicicletário multiuso, funciona como banco e como para ciclo devido ao espaçamento que acontece entre as faces que compõem o banco.

Fonte: http://www.capital.sp.gov.br/portal/noticia/3504#ad-image-0


Capítulo 5 - Premissas de projeto.

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O posto de atendimento Mão na Roda tem como objetivo essencial o estímulo e subsídio

5.2 - sustentabilidade, tratamento de resíduos.

ao transporte não motorizado, fornecendo uma solução ecologicamente correta para

Dentro das atividades propostas pelo projeto, incluo

alguns dos problemas contemporâneos da sociedade, impactando de maneira ampla na

resíduos por meio da instalação de filtros adequados para realizar o reuso da água. Existe

requalificação de ambientes.

também a vontade de tratar os dejetos sólidos, porém essa é uma alternativa que vai se

Os principais pontos de influência desse projeto são:

aplicar em casos específicos, quando o local de implantação permitir e em um momento

Mobilidade urbana - prevendo o suporte ao ciclista pelos serviços pessoais, de reparo e

oportuno para o incentivo a uma nova mentalidade , essa nova relação se dá na aplicação

armazenamento para a bicicletas.

do banheiro seco como parte do suporte ao serviço de sanitários urbanos. É possível

Apropriação do espaço público - disposição de banheiros e duchas para banho,

realizar o recondicionamento da matéria orgânica contaminada em adubo limpo, e essa

bebedouros, armários, pontos de energia e internet, estimulando a permanência do

iniciativa faz parte de um desejo por uma nova relação com a água, deixando de

indivíduo no espaço público.

contaminá-la de forma tão indiscriminada. O produto desse recondicionamento pode ser

Saneamento - oferecer pontos de banho e sanitários que esteja dentro das normas é uma

utilizado na manutenção da vegetação existente na própria área de implantação (tendo

forma de melhorar a condição de vida de uma parcela da população que não possui

em vista a implantação em parques e praças como parte da ideia de recondicionamento

residência e também das condições dos lugares onde essas pessoas se abrigam.

de áreas residuais) ou comercializada devido ao seu real valor energético.

5.1 - reciclagem. O interesse no contêiner naval vem da ideia de trabalhar a modulação e a possibilidade de inserção do módulo em um meio consolidado construído devido à sua resistência estrutural, além da facilidade de implantação pela pré-fabricação. A utilização de um tipo

desse tipo de projeto possibilita o pré-dimensionamento da demanda e produção do posto a distância para posterior implantação, o transporte desses volumes pode ser realizado com facilidade e a implantação do objeto pronto depende apenas da existência de um ponto de água e luz. A estrutura pré-fabricada e recondicionada está em alinhamento com os ideais ecologicamente corretos, possibilita o uso reciclável e seu formato pode permitir a exploração de parcerias ao vincular identidade visual de entidades interessadas em aderir e incentivar esse conceito a sua marca, associando logotipos ou cores institucionais ao posto de atendimento - como meio de capitalização monetária inicial para a realização do

projeto.

a questão do tratamento de


Capítulo 6 - Produto e serviço.

26

O posto de atendimento ao ciclista chega ao mercado para atender as necessidades de

Ser colaborador de eventuais patrocinadores:

um nicho específico: pessoas que precisam tomar banho, trocar de roupa ou usar o

Também haverá uma conta atrelada ao aplicativo, o uso será contabilizado e

banheiro - tendo os usuários de bicicleta como um público alvo específico, a medida que

posteriormente cobrado à empresa responsável (ex: bancos e grandes empresas que

explora a condição dos eixos cicloviários associados aos parques, praças e eixos comerciais. Funcionará como uma rede de suporte à apropriação e maximização da autonomia e do tempo de permanência em meio urbano pois oferece os seguintes serviços: Locação de espaço (armários de diferentes tamanhos com intuito de permitir a maior autonomia pela cidade bem como local adequado para o armazenamento de bicicletas de alto padrão);

entendem a ideia como uma alternativa interessante para ampliar os horizontes do seus colaboradores, oferecendo o serviço como bonificação/benefício - bem como as que estiverem interessadas em vincular sua marca às questões de sustentabilidade propostas explorando o posto como espaço publicitário) Utilização pública: Não exclui-se a possibilidade de parceria com o poder público para liberação da utilização

Prestação de serviços (disposição de sanitários e duchas para banho, serviço de ajustes e

para todos os cidadãos, sendo uma ótima forma de garantir a higiene pessoal e da cidade

reparos para bicicletas);

pensando não só nos moradores de rua mas também no público em geral de eventos,

Comércio (peças de reposição para bicicletas e itens relacionados aos serviços de banho

praças e parques. Essa possibilidade também pode entrar no plano de incentivo à

como peças de vestuário e itens de higiene pessoal)

mobilidade, o poder público ja subsidia parte do transporte coletivo e existem projetos

As atividades do posto de atendimento deverão ser cobradas, podendo ser utilizado

para reverter esse valor para o ciclista (caso realize suas viagens diárias de bicicleta), pode

dinheiro, cartão ou créditos pelo aplicativo (essa diversificação aumenta a praticidade

ser considerada a ideia de subsídio de parte dos valores dos serviços bem como a isenção

sem excluir parte da população).

de imposto sobre os componentes comercializados nesse posto, aumentando o acesso à

Os usuários poderão:

bicicleta.

Aderir à ideia do posto por meio de um plano mensal, semestral ou anual: Possuindo uma conta atrelada ao aplicativo que libera o uso nos diferentes pontos de serviço, com uma quantidade de crédito contratados por mês (válidos para quaisquer pontos ativos e diferentes serviços).


27 Foram selecionados quatro pontos para implantação de diferentes propostas do posto de

Essa aglomeração e a falta de suporte as atividades que já acontecem, bem como o ponto

infraestrutura Mão na roda.

estratégico para desafogar o sistema de transporte que leva do extremo sul até a praça

Essa escolha se deu devido à diferentes necessidades diagnosticadas para cada local, a

pela adesão, de uma parcela da população que usa o carro e o transporte público, à

Praça Coronel H. Bergmann se situa em um ponto de ligação entre áreas de baixa renda e

bicicleta.

centralidades como a Av. Nossa Senhora do Sabará (que concentram uma quantidade de

Propondo outros usos nas partes cobertas do projeto é possível requalificar esse ponto,

comércios e serviços e funciona como um centro em pequena escala para a região do

contribuindo com a qualidade e segurança da região.

Jardim Marajoara). A praça é um clássico triângulo de área verde residual oriundo da

O terceiro local é mais um exemplo de área verde residual no Largo do Socorro que fica

construção da Avenida Miguel Yunes, ali não existe função, não existe identidade, não

ao lado do acesso à ciclovia. A ciclovia da Marginal é um grande corredor de acesso à

existe motivo para sua existência além da necessidade de áreas permeáveis pela cidade.

áreas de comércio e serviço, este posto tem como objetivo o suporte para pedaladas mais

Essa condição colabora com o abandono e degradação do espaço público, Existe um eixo

extensas, nele também acontecem todos os serviços propostos. Aqui está prevista a

cicloviário próximo a ela, e em visitas realizadas foi observado um número alto de

mudança de modal (do ônibus para a ciclovia, e da ciclovia para o ônibus, dependendo do

usuários da bicicleta naquela região. Esses fatores foram motivadores dessa escolha, o

sentido de deslocamento)

posto proposto para essa unidade é o do Sanitário Seco, onde a presença da água se da

O quarto ponto selecionado foi a Praça Edgard Hermelindo Leite, aqui existe o intuito de

apenas nas pias e bebedouros, nessa unidade pretende-se iniciar um movimento de

restauração da praça, que atualmente sofre com o desuso, levando ao acúmulo de lixo e

recondicionamento de resíduo/matéria orgânica, incentivando uma nova cultura de

degradação do seu espaço. Essa praça fica em um eixo cicloviário importante, que faz a

relacionamento com a água e com os dejetos onde não existe contaminação discriminada

conexão com muitas outras partes da cidade (ciclovia na avenida Hélio Pellegrino faz a

de água pura.

conexão com o alto de pinheiros, centro, entre outros), está também próxima a

O segundo ponto foi a Praça Enzo Ferrari, e algumas situações se repetem, essa praça

faculdades como o Insper e Anhembi Morumbi, esse ponto tem como objetivo o suporte

também está em um eixo que leva à zona sul, em uma situação mais favorecida (não se

aos estudantes e a requalificação de uma praça que, diferente dos outros exemplos, não

tratando tão claramente de um resíduo), aqui a proposta é de um posto completo, com

se trata de um espaço residual.

sanitários convencionais, duchas, armários, serviços para bicicleta e uma programação de utilização da praça que inclui o empréstimo de cadeiras e a exposição de filmes em dias

A implantação dessas unidades depende de uma infraestrutura mínima que é a chegada

de semana. Esses serviços acontecem nesse ponto para estimular os moradores do

da água e de luz, muito embora todas as propostas contam com painéis fotovoltaicos a

extremo sul a pedalar até lá, um ponto onde existe mais opções de transporte público.

fim de produzir a própria energia (e fornecê-la à população) e reservatórios de água,

Aos domingos além da ciclofaixa na Avenida Interlagos também acontece a abertura do

prevendo a necessidade de abastecimento por caminhão. Existe também o intuito de

Autódromo de Interlagos (parque perimetral do Autódromo em frente à praça) esses dois

coletar água da chuva para reuso nas descargas dos sanitários, mas essa é uma fonte

eventos contribuem para a aglomeração de pessoas nesse local que hoje é utilizado como

limitada de recurso.

bolsão de estacionamento para veículos. Não existindo nenhum tipo de infraestrutura

Outro fator que se faz necessário é a presença de funcionários para manutenção e

nesse ponto fora do período de corridas, quando são implantados postos de atendimento

liberação dos serviços, a unidade da praça Coronel H Bergmann é a única exceção,

na praça, por vezes também utilizando o contêiner naval.

projetada para funcionar sem a dependência de fatores externos (por se tratar do banheiro seco) existe a necessidade de água para suprir as pias e bebedouros, porém esses pontos necessitam de uma quantidade muito menor de água do que as descargas e chuveiros.


Capítulo 7 - Projeto, materiais e viabilidade.

28

Como parte da ideia ecologicamente correta do serviço, o projeto se baseará em na

7.2 - Material

estrutura do contêiner naval. As dimensões e forma do posto se darão de forma a

O metal é ideal para ambientes públicos devido à resistência e durabilidade, o contêiner

maximizar o potencial dos contêiner selecionados (que variam de tamanho - 12 x 2,45 /

já possui tratamento específico para resistir à ferrugem, devido ao seu uso em alto mar,

6x2,45 / 3 x 2,45).

não sendo um problema seu uso em locais descobertos.

A utilização do contêiner possibilita total reciclagem da estrutura, uma vez que pode ser

Para as divisões internas pretendo utilizar o bloco de construção de plástico reciclado (já

recondicionada após anos de uso como sua finalidade inicial, para ser utilizado por outros

utilizado na construção civil) conhecido como Blocar (patente existente), esse material

tantos anos como estrutura do posto de atendimento e posteriormente pode voltar a

possui resistência, leveza e praticidade para montagem, as peças se encaixam entre si,

possuir sua função original, retornando à fábrica para a restauração de suas partes.

facilitando a construção e a origem pode ser de reciclagem (de acordo com as premissas de projeto)

7.1 – Projeto

7.3 - Viabilidade

Utilizar o contêiner naval como base estrutural para composição de postos de

O projeto pode contar com a iniciativa privada como forma de franquia que explora esse

infraestrutura voltados para suprir necessidades básicas (sanitários, duchas e outros

nicho de mercado, ou como forma de publicidade utilizando-se do posto como um ponto

serviços) de diferentes públicos, tendo como ponto focal os usuários de transportes não

de exposição de identidade visual para instituições de grande porte como bancos ou

motorizados. Esse posto de infraestrutura vai oferecer serviços, comercializar peças,

multinacionais).

acessórios e itens relacionados aos universos abordados, de artigos esportivos (de

Associar a ideia do posto de atendimento e das suas premissas sustentáveis à sua marca,

vestuário à alimentação e também peças e componentes para manutenção e reposição

oferecendo um serviço que atenda aos seus colaboradores ou ao público em geral, é uma

relacionadas ao ciclismo ) a artigos de higiene pessoal (associados aos serviços de banho).

forma inteligente de propaganda (como acontece com as bicicletas compartilhadas do

Será implantado em parques e praças próximos aos eixos ciclo viários já existentes, bem

Banco Itaú ou a ciclo faixa do Banco Bradesco)

como em espaços de área verde residual a fim de dotá-los de significado, melhorando sua

O projeto também coloca em pauta a tratativa diferenciada do resíduo que pode ser

condição atual ao mesmo tempo que incentiva a conexão da ciclovia (quando implantado

considerado o futuro do modelo sanitário devido às suas inúmeras vantagens, tornando o

em um local distante dos eixos existentes) e dá suporte à mobilidade verde.

sistema interessante comercialmente tanto pelo seu apelo em alinhamento com as novas tendências quanto pela real necessidade de revermos a relação entre o homem e a água, bem como do homem com o espaço público.


Capítulo 8 - Implantação.

29

Os locais de implantação propostos neste trabalho visam trabalhar diferentes escalas de uso, foram identificadas áreas verdes onde podem ser explorados diferentes demandas, bem como o

potencial de requalificação de espaço residual. Os pontos escolhidos foram: Praça Coronel H. Bergmann, próximo à um eixo cicloviário (não aparente nas fotos

Praça Enzo Ferrari, na Avenida Interlagos, aos domingos ocorre a ciclofaixa na avenida.

aéreas) que liga o extremo sul (Cidade Dutra/Parelheiros) à avenida Nossa Senhora do

Esse ponto foi selecionado por ser um ponto de grande utilização aos finais de semana

Sabará

devido à abertura do Autódromo ao público. Durante a semana esse é um ponto

Foi constatado o uso real da ciclovia existente (que ainda é um trecho desconectado

estratégico para incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte legítimo para

porém que tende a ser ligado à outros trechos próximos sentido extremo sul) por uma população de baixa renda que utiliza a ciclovia como meio de transporte nos horários de pico, indicando o uso como transporte oficial para esse público. FOTO 27

Foto aérea da Praça Coronel H. Bergmann Fonte – Google Earth

realizar parte do percurso entre o extremo sul e outras partes da cidade, pensando nos atuais usuários do automóvel que passariam a se deslocar até aqui de bicicleta (na avenida interlagos existe uma série de possibilidades de ônibus que levam à diferentes regiões de São Paulo.

Foto aérea da Praça Enzo Ferrari Fonte – Google Earth

FOTO 28


30

Nas fotos, aparecem em vermelho os eixos cicloviários, que foram fatores importantes à seleção das áreas.

Existem outros fatores como a necessidade de revitalização e a falta de infraestrutura em lugares que já possuem um certo nível de uso e que carecem de serviços como os propostos.

Praça do Largo do socorro – vila socorro, próximo à ponte do socorro, onde acontece uma

Praça Edgard Hermelindo Leite, na rua Helion Povoa 2-90, próxima à avenida Santo

dos acessos à ciclovia da Marginal Pinheiros, esse é um ponto de encontro entre duas

Amaro e Avenida Hélio Pellegrino, esse ponto está rente à ciclovia da Avenida Hélio

ciclovias. (Marginal Pinheiros e Avenida de Pinedo, fazendo a ligação entre o Parque da

Pellegrino, próximo às faculdades Insper e FMU, e que faz a ligação entre diferentes áreas

Barragem na zona sul e os parques Do Povo e Villa Lobos – bem como uma série de

da cidade devido as conexões existentes (do parque do Ibirapuera até o centro, passando

outros pontos entre eles pelos acessos que acontecem na extensão da ciclovia da

pelo Alto de Pinheiros, pela av. Brigadeiro Faria lima, entre outros.) Esse é um ponto que

marginal.)

necessita de revitalização, atualmente a praça encontra-se abandonada, com muito lixo nas calçadas e normalmente vazia; FOTO 29

Foto aérea do acesso à ciclovia da Marginal Pinheiros, próxima a ponte do Socorro Fonte – Google Earth .

FOTO 30

Foto aérea da Praça Edgard Hermelindo Leite Fonte – Google Earth


ALUNO - FERNANDO PESENTE BERNARDINO DA SILVA.

ORIENTADORA: PROF MS. MARCELLA DE MORAES OCKE MUSSNICH

INFRAESTRUTURA COMPARTILHADA COMO

HERMELINDO LEITE, VILA UBERABINHA

FOLHA:

N

1/6 PROJETO INICIAL ESCALA 1:50

ESSE PROJETO FOI O PONTO DE PARTIDA PARA TODOS AS PROPOSTAS QUE ACONTECEM NESSE TRABALHO DE

PROJETOS JA APRESENTADOS.


ALUNO - FERNANDO PESENTE BERNARDINO DA SILVA.

ORIENTADORA: PROF MS. MARCELLA DE MORAES OCKE MUSSNICH

INFRAESTRUTURA COMPARTILHADA COMO

HERMELINDO LEITE, VILA UBERABINHA

FOLHA:

N

2/6 ESCALA 1:50

ESSE PROJETO FOI O PONTO DE PARTIDA PARA TODOS AS PROPOSTAS QUE ACONTECEM NESSE TRABALHO DE

PROJETOS JA APRESENTADOS.


ALUNO - FERNANDO PESENTE BERNARDINO DA SILVA.

ORIENTADORA: PROF MS. MARCELLA DE MORAES OCKE MUSSNICH

INFRAESTRUTURA COMPARTILHADA COMO

HERMELINDO LEITE, VILA UBERABINHA

FOLHA:

N

3/6 ESCALA 1:50

ESSE PROJETO FOI O PONTO DE PARTIDA PARA TODOS AS PROPOSTAS QUE ACONTECEM NESSE TRABALHO DE

PROJETOS JA APRESENTADOS.


ALUNO - FERNANDO PESENTE BERNARDINO DA SILVA.

ORIENTADORA: PROF MS. MARCELLA DE MORAES OCKE MUSSNICH

INFRAESTRUTURA COMPARTILHADA COMO

HERMELINDO LEITE, VILA UBERABINHA

FOLHA:

N

4/6 ESCALA 1:50

ESSE PROJETO FOI O PONTO DE PARTIDA PARA TODOS AS PROPOSTAS QUE ACONTECEM NESSE TRABALHO DE

PROJETOS JA APRESENTADOS.


ALUNO - FERNANDO PESENTE BERNARDINO DA SILVA.

ORIENTADORA: PROF MS. MARCELLA DE MORAES OCKE MUSSNICH

INFRAESTRUTURA COMPARTILHADA COMO

HERMELINDO LEITE, VILA UBERABINHA

FOLHA:

N

5/6 PROJETO INICIAL - CORTE CC - ACESSO AO

ESCALA 1:50

ESSE PROJETO FOI O PONTO DE PARTIDA PARA TODOS AS PROPOSTAS QUE ACONTECEM NESSE TRABALHO DE

PROJETOS JA APRESENTADOS.


ALUNO - FERNANDO PESENTE BERNARDINO DA SILVA.

ORIENTADORA: PROF MS. MARCELLA DE MORAES OCKE MUSSNICH

INFRAESTRUTURA COMPARTILHADA COMO

HERMELINDO LEITE, VILA UBERABINHA

FOLHA:

N

6/6 PROJETO INICIAL - CORTE BB - DETALHE DO

ESCALA 1:20

ESSE PROJETO FOI O PONTO DE PARTIDA PARA TODOS AS PROPOSTAS QUE ACONTECEM NESSE TRABALHO DE

PROJETOS JA APRESENTADOS.


ALUNO - FERNANDO PESENTE BERNARDINO DA SILVA.

ORIENTADORA: PROF MS. MARCELLA DE MORAES OCKE MUSSNICH

INFRAESTRUTURA COMPARTILHADA COMO

FERRARI - AVENIDA INTERLAGOS 6313 INTERLAGOS.

FOLHA:

1/6 ESCALA 1:250

N


0,45

6,0

1,17

1,05

1,7

1,87

2,17

2,45

0,90

ALUNO - FERNANDO PESENTE BERNARDINO DA SILVA.

0,67

1

1,07

0,1

2,10

0,90

0,90

2,03

2

ORIENTADORA: PROF MS. MARCELLA DE MORAES OCKE MUSSNICH

INFRAESTRUTURA COMPARTILHADA COMO

2,10

S

7,35

i = 8%

FERRARI - AVENIDA INTERLAGOS 6313 INTERLAGOS.

FOLHA: 2,10

S

i = 8%

i = 8%

2/6

2

S

0,13

4,88

1,17

0,30

EXPOSITORES DE PRODUTOS

1,06

ESCALA 1:75

0,97

6,70

1

0,35

2,45

CAIXA E ATENDIMENTO

1

SUPORTE PARA PEQUENOS REPAROS 1

1,5

2,20

N


ALUNO - FERNANDO PESENTE BERNARDINO DA SILVA.

ORIENTADORA: PROF MS. MARCELLA DE MORAES OCKE MUSSNICH

INFRAESTRUTURA COMPARTILHADA COMO

S i = 8%

FERRARI - AVENIDA INTERLAGOS 6313 INTERLAGOS.

FOLHA: S

S

i = 8%

i = 8%

3/6 EXPOSITORES DE PRODUTOS

ESCALA 1:75

CAIXA E ATENDIMENTO

SUPORTE PARA PEQUENOS REPAROS

N


DUCHAS

ALUNO - FERNANDO PESENTE BERNARDINO DA SILVA.

4,26

DUCHAS

0,9

1,1

0,6

1,21

ORIENTADORA: PROF MS. MARCELLA DE MORAES OCKE MUSSNICH

1,11

1,75

INFRAESTRUTURA COMPARTILHADA COMO

1,2

FERRARI - AVENIDA INTERLAGOS 6313 INTERLAGOS.

FOLHA:

0,9 0,17

REGISTROS

4/6

0,1

2,15

1,55

CONTROLE DUCHAS 0,5

1,05

0,5

1,1

4,15

ESCALA 1:50

2,1 1,2

3,7

1

2,3

0,5

1,35

1,1

1

2,81

N


PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

BOILER

BOILER

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

ALUNO - FERNANDO PESENTE BERNARDINO DA SILVA.

ORIENTADORA: PROF MS. MARCELLA DE MORAES OCKE MUSSNICH

INFRAESTRUTURA COMPARTILHADA COMO

FERRARI - AVENIDA INTERLAGOS 6313 INTERLAGOS.

FOLHA:

ESCALA 1:75

N

5/6

PLANTA DE COBERTURA - COTA 791


1,15

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

0,18

0,09

COBERTURA 0,76 2,3

0,6 1,57

1,5

1

0,74

2,27

4,96

PAINEL SOLAR

1,14

4,37

0,95

0,95

0,38

0,38

0,38

1,65

0,6

0,24

R2

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

0,09

4,9

0,26

BOILER 0,8

2,94

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

1,2 0,39

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

0,56 0,18 0,18 0,95

0,95

0,55

0,2

0,17

0,17

1,2

ALUNO - FERNANDO PESENTE BERNARDINO DA SILVA.

R1

1,46

R3

ORIENTADORA: PROF MS. MARCELLA DE MORAES OCKE MUSSNICH

0,15

INFRAESTRUTURA COMPARTILHADA COMO

1,39

FERRARI - AVENIDA INTERLAGOS 6313 INTERLAGOS.

0,6

VEM BOILER

FOLHA:

0,7

6/6

ESCALA 1:50

N


ALUNO - FERNANDO PESENTE BERNARDINO DA SILVA.

ORIENTADORA: PROF MS. MARCELLA DE MORAES OCKE MUSSNICH 727

INFRAESTRUTURA COMPARTILHADA COMO

LARGO DO SOCORRO, 88 HERMELINO LEITE .

FOLHA:

728.50

1/4 ESCALA 1:250

N


ALUNO - FERNANDO PESENTE BERNARDINO DA SILVA.

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

ORIENTADORA: PROF MS. MARCELLA DE MORAES OCKE MUSSNICH

PAINEL SOLAR BOILER

BOILER

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

INFRAESTRUTURA COMPARTILHADA COMO

DESCE SANIT 02

DESCE SANIT 02

DESCE SANIT 01

LARGO DO SOCORRO, 88 S

S

i = 8%

i = 8%

HERMELINO LEITE .

FOLHA: 2

N

0,35 0,13 0,132,1

1,15

6,75 2,08

2,1

0,68

0,9

2/4

EXPOSITORES DE PRODUTOS

1,72

1,07

4,05 0,9

CAIXA E ATENDIMENTO

1 0,66 0,34

1

1,1

0,1

0,8

1,89

12

1

PLANTA DE COBERTURA E

SUPORTE PARA PEQUENOS REPAROS

1

1

2,19

ESCALA 1:50


2,12

0,3

0,5

0,1

0,6

1,02

0,63

0,89

1,02

ALUNO - FERNANDO PESENTE BERNARDINO DA SILVA.

1,1

0,95

1,25

0,15

1

0,7

1,3

6,53

0,69

ORIENTADORA: PROF MS. MARCELLA DE MORAES OCKE MUSSNICH

0,15

INFRAESTRUTURA COMPARTILHADA COMO

2,88 CALHA i = 2%

0,38

LARGO DO SOCORRO, 88 HERMELINO LEITE . 2,43

FOLHA:

R7

3/4 0,2

VEM CALHA COLETORA

0,39

DESCE PIA

0,14

0,22

N

SOBE RUA

0,56 9,55 PAINEL SOLAR

1,14

PAINEL SOLAR BOILER

BOILER

2,06

0,13

DESCE

1,21

CALHA COLETORA i = 2% - DESCE

ESCALA 1:50

PAINEL SOLAR

0,09

PAINEL SOLAR

0,52

0,24 0,6

R6

0,61

2,88 R2

R1

R3 R4

9,75

DESCE SANIT 02

R5

0,79

1,11 DESCE SANIT 02

0,15

DESCE PIA

0,38

0,05

0,5


PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

ALUNO - FERNANDO PESENTE BERNARDINO DA SILVA. PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

ORIENTADORA: PROF MS. MARCELLA DE MORAES OCKE MUSSNICH

CONTROLADOR DE CARGA

PAINEIS FOTOVOLTAICOS COBERTURA

INFRAESTRUTURA COMPARTILHADA COMO

s

s

s

s

s

LARGO DO SOCORRO, 88 HERMELINO LEITE .

FOLHA:

N

4/4 s1

s2

ESCALA 1:50 s

s

s3

QUADRO DE LUZ


ALUNO - FERNANDO PESENTE BERNARDINO DA SILVA.

ORIENTADORA: PROF MS. MARCELLA DE MORAES OCKE MUSSNICH

INFRAESTRUTURA COMPARTILHADA COMO

H BERGMANN - VILA EMIR.

FOLHA:

A ION POVO RUA HEL

1/2 ESCALA 1:250

N


ALUNO - FERNANDO PESENTE BERNARDINO DA SILVA.

ORIENTADORA: PROF MS. MARCELLA DE MORAES OCKE MUSSNICH

INFRAESTRUTURA COMPARTILHADA COMO

H BERGMANN - VILA EMIR.

FOLHA:

1/2 ESCALA 1:250

N


0,17

0,19

SOBE RUA

ALUNO - FERNANDO PESENTE BERNARDINO DA SILVA.

6

ORIENTADORA: PROF MS. MARCELLA DE MORAES OCKE MUSSNICH

1,2

1,2

DESCE PIA

0,51

2,27

2,45

DESCE BEBEDOR

0,17

0,9 0,5

0,8

4,1

INFRAESTRUTURA COMPARTILHADA COMO

DESCE BEBEDOR 1,85

2,12

0,5

1

CONTROLADOR DE CARGA

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

1

1,4

H BERGMANN - VILA EMIR.

PAINEL SOLAR

PAINEL SOLAR

2/2

s

ESCALA 1:50 s

s

s

s

QUADRO DE LUZ

PAINEL SOLAR

FOLHA:

COBERTURA

N


Conclusão

49

O projeto em contêiner naval possui suas vantagens e desvantagens, a ideia de uma

As áreas selecionadas para esse tipo de projeto são em grande parte trechos obrigatórios

estrutura pré-existente, resistente e que oferece espaço relativamente amplo foram os

de área permeável, a implantação do contêiner naval é um problema se encarado como a

fatores que me levaram a fazer essa escolha.

lei entende as questões de permeabilidade, porém, por não necessitar de uma fundação e

Ao projetar fui confirmando que apesar das vantagens, muitas adaptações são

não manter contato direto com o chão, permite a absorção da água, os projetos

necessárias e eventualmente as opções de arranjo não garantiam avanços, ora muito

consideram a coleta de água para reuso (quando possível) na tentativa de reduzir os

estreito, ora muito largo, o espaço útil da junção dos contêineres é feliz e infeliz

danos ao meio ambiente com o consumo de água e aos danos causados por um

simultaneamente, não existem mudanças de conjunto que variem menos de 7,5 metros

escoamento heterogêneo proporcionado por uma calha convencional.

quadrados (tamanho da menor unidade possível) fazendo da escolha dos módulos para

A disposição dessas infraestruturas tendem a favorecer a ocupação do espaço público,

cada conjunto uma tarefa difícil. A ideia do trabalho é utilizar o contêiner inteiro,

atualmente não existem grandes incentivos e estímulos à apropriação do espaço, muito

minimizando ao máximo suas alterações para posterior reutilização (reciclagem reversa,

pelo contrário, e essa condição reflete em um cenário social de violência e medo. A

voltando a ser utilizado para seus objetivo original), sendo assim, cortes e alterações na

segurança pública depende da presença de indivíduos no meio público, e oferecer

sua estrutura principal foram evitados, o que gerou uma gama reduzida de possibilidades

condições para essa permanência é essencial para viabilizar esse estado desejável de

viáveis.

segurança.

Os conjuntos apresentados são evoluções de uma primeira forma que sofria da

Outra vantagem para a cidade é o estímulo ao transporte não motorizado, a disposição de

problemática de espaço citada acima, após algumas revisões de conceito e de

banheiros com ducha é uma forma de viabilizar as viagens diárias de bicicleta para uma

posicionamento obtive o resultado apresentado, em 3 e propostas e escalas de utilização.

parcela da população que não está se deslocando a lazer, esse serviço é essencial para

De uma unidade mais simples onde acontece o sanitário seco, em uma unidade de

pessoas que vão de bicicleta ao trabalho, a possibilidade de estacionar sua bicicleta,

contêiner de 20 pés (2,45m x 6m x 2,90m), para uma unidade composta por dois

tomar um banho e trocar de roupa é uma das principais causas do não uso da bicicleta

contêineres de 40 pés (2,45m x 12m x 2,90m) cujas ofertas de infraestrutura são mais

como transporte oficial para muitas pessoas (pois essa opção não existe em larga escala).

abundantes onde ocorrem todas as premissas citadas porém em uma escala reduzida -

Tornar essa realidade possível pode resultar em um salto nos números de viagens

condizente com seu local de implantação, à uma unidade mais complexa composta por 3

realizadas por dia, melhorando o tráfego, a qualidade do ar, a segurança das ruas e a

unidades de contêiner de 40 pés e uma unidade de 20 pés arranjadas de forma a criar

compreensão do espaço por parte da população, isso reflete de maneira positiva na

uma espacialidade nova, não apenas oferecendo uma infraestrutura inexistente.

qualidade de vida da cidade e consequentemente das pessoas.

Em todos os casos o intuito de criar sentido e função à área de implantação se mantem, os locais selecionados são exemplos de uma situação recorrente na cidade; espaços sem função definida, resquícios do processo de alargamento de vias ou de reurbanização que não receberam a devida atenção, e que se transformaram em não lugares, onde

acontecem o acúmulo de lixo e o abandono, criando uma situação não desejada no espaço público.


Lista de fonte das marcas d’água.

Slide 03 –Disponível em: <http://www.pxleyes.com/images/contests/containers/fullsize/sourceimage.jpg > acesso 15/11/2016

Slide 04 – Disponível em: <http://www.merford.com/media/203174/ContainerHandling_HeaderImg_Header.jpg >acesso 15/11/2016 Slide 05 – Disponível em: <http://static.somosvos.com.br/2015/wp-content/uploads/2016/05/16132952/v%C3%B3s-bspar-pra%C3%A7a-das-flores-50.jpg > acesso 15/11/2016 Slide 06 – Disponível em: <http://static.panoramio.com/photos/original/53229655.jpg>acesso 15/11/2016 Slide 07 –Disponível em: <http://1.bp.blogspot.com/-28r2Qf4Y1eg/VpflSvrUsdI/AAAAAAAAsfI/rKQSZO1cXfU/s1600/flickr-3556585734-hd.jpg>acesso 15/11/2016 Slide 08 –Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/32/Ponte_Estaiada_Octavio_Frias_de_Oliveira.jpg>acesso 15/11/2016 Slide 09 –Disponível em: <http://thecityfixbrasil.com/files/2014/05/Avenida-23-de-maio-faixa-excluiva.jpg>acesso 15/11/2016 Slide 10 – Disponível em: <http://i.huffpost.com/gen/3126492/images/o-CICLOVIA-PAULISTA-facebook.jpg>acesso 15/11/2016 Slide 11 –Disponível em: <https://www.flatout.com.br/wp-content/uploads/2014/06/465191.jpg>acesso 15/11/2016 Slide 12 –Disponível em: <http://i.huffpost.com/gen/3578452/images/o-PAULISTA-FECHADA-facebook.jpg>acesso 15/11/2016 Slide 13 –Disponível em: <http://www.sproad.com.br/index/wp-content/uploads/2014/06/ciclovia-sp-2.jpg>acesso 15/11/2016 Slide 14 – Disponível em: <https://abrilveja.files.wordpress.com/2016/06/alx_ciclovia-paulista-20150628-01_original3.jpeg?quality=70&strip=all&w=1024>acesso 15/11/2016 Slide 15 –Disponível em: <http://i.huffpost.com/gen/3578452/images/o-PAULISTA-FECHADA-facebook.jpg>acesso 15/11/2016 Slide 16 –Disponível em: <http://www.revistaforum.com.br/wp-content/uploads/2015/03/forum-19-1-de-1.jpg>acesso 15/11/2016 Slide 17 –Disponível em: <http://opiniaoenoticia.com.br/wp-content/uploads/2015/09/fernandohaddad.jpg>acesso 15/11/2016 Slide 25 –Disponível em: <http://abicicletanacidade.blogfolha.uol.com.br/files/2015/09/MC_Ciclovia_Avenida_Paulista_ZO_ZS_19082015_004.jpg>acesso 15/11/2016 Slide 26 – Disponível em: <http://imprensa.spturis.com.br/wp-content/uploads/2015/09/Avenida-Paulista-ciclovia_290615_Foto_JoseCordeiro_0240-2.jpg>acesso 15/11/2016 Slide 27 –Disponível em: <http://www.interportslogistica.com.br/wp-content/uploads/new_20_containers.jpg> acesso 15/11/2016

Slide 28 – Disponível em: <http://www.williamzhang.com/var/albums/North-America/USA/California/Bay-Area-/Oakland/Port-of-Oakland/USCAOLPO003.jpg?m=1377150427>acesso 15/11/2016 Slide 29 – Disponível em: <http://www.servicetransfer.net/images/shipping-containers.jpg>acesso 15/11/2016 Slide 30 – Disponível em: <http://www.75central.com/wp-content/uploads/2016/07/freeport-bahamas-shipping-containers.jpg > acesso 15/11/2016

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Referências Bibliográficas

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