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Piaza Merighi

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Leandro Bertoldo

Leandro Bertoldo

ENTREVISTA ESCRITOR PIAZA MERIGHI

Quando escrevi o final. Era exatamente o que eu queria fazer com aqueles personagens (sem spoilers!), mas materializar seus destinos finais na escrita foi mais difícil do que pensei.”

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Piaza Merighi, é advogado, morador de Porciúncula, no interior do RJ (pode não parecer, mas apesar do nome, é uma cidade real), nerd assumido, leitor inveterado e agora escritor.

Boa Leitura!

Em entrevista, Piaza Merighi apresenta ‘O conto de Y’

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Piaza Merighi, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que o inspirou a escrever “O Conto de Y”?

Piaza Merighi - Desde criança sempre gostei muito de ler, hábito que se intensificou ao longo da vida. Mas daí a decidir me arriscar como autor foi algo que levou tempo e coragem…Tenho um gosto especial pelo universo fantástico, um tipo de literatura complexo e não tão comum no Brasil, mas muito bem representada por nomes como Affonso Solano e Eduardo Spohr. Então, acabei decidindo por essa ambientação para meu primeiro livro.

Como foi a escolha do título?

Piaza Merighi - O livro narra a história de Y, um guerreiro mercenário em um reino em guerra; então, o título acabou sendo uma consequência meio lógica.

Apresente-nos a obra.

Piaza Merighi - “Uma terra de monstros e magia, onde criaturas vagam atacando inocentes, e feiticeiros lidam com forças capazes de corromper o mais íntegro dos homens. É nesse cenário que Y, um aventureiro viajante, aceita uma missão supostamente simples para resgatar a filha de um líder local, mas se vê envolvido nos planos da Làithean, um grupo de druidas e magos que não hesita em

assassinar cidades inteiras para atingir seu objetivo: vingar a derrota dos elfos em uma guerra ocorrida séculos atrás e garantir que a natureza se sobreponha aos humanos e demais raças.”

Quais os principais desafios encontrados para produção do enredo que compõe a obra?

Piaza Merighi - O principal desafio foi manter o foco, criando uma narrativa simples e envolvente, sem sobrecarregar com fatos ou informações que pudessem ser um obstáculo ao leitor.

Dizem que os personagens têm muito do autor. Qual dos personagens de “O Conto de Y” tem mais de você? Por quê?

Piaza Merighi - Gosto de todos os personagens, uns mais que outros, mas daí a dizer que tem algo meu… não, não é o

caso.

Quais critérios foram utilizados para a escolha de nomes dos principais personagens que compõem a trama?

Piaza Merighi - O caso mais significativo é Y, o protagonista guerreiro/ mercenário, com um nome inspirado no personagem de “O Castelo”, de Kafka, e na matemática. Assim como o pobre K, Y também é só isso, uma letra, nem mesmo um nome; e sendo tradicionalmente a letra “x” a designação de algo incógnito, o protagonista não chega nem mesmo a ser um X, ele é só um Y em seu conturbado mundo em guerra.

Qual o momento, enquanto escrevia a obra, que mais o marcou? Comente.

Piaza Merighi - Quando escrevi o final. Era exatamente o que eu queria fazer com aqueles personagens (sem spoilers!), mas materializar seus destinos finais na escrita foi mais difícil do que pensei.

Onde podemos comprar seu livro?

Piaza Merighi - “O Conto de Y” está disponível no site da Drago Editorial e pelo site do livro. Além disso, quem quiser conhecer mais, pode visitar a página no facebook. https://www.livrariadragoeditorial.com/products/pre-venda-o- -conto-de-y-piaza-merighi (apesar do link, não é pré-venda, mas venda oficial) http://ocontodey.com.br https://www.facebook.com/ ocontodey

Quais os seus principais objetivos como escritor?

Piaza Merighi - Acredito que, independentemente de qualquer coisa, um bom livro é aquele que o leitor gosta, que prenda sua atenção. Se conseguir isso, já estarei satisfeito.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor “O Conto de Y”, do escritor Piaza Merighi. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?

Piaza Merighi - Aqui, eu gostaria de agradecer a oportunidade desse espaço; afinal, até há pouco tempo eu era só um leitor, e agora estou no meio de autores excelentes.

_________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL | ESCRITOR JOSÉ ROMERO ARAÚJO CARDOSO

A VALENTIA DO AUTÊNTICO VAQUEIRO SERTANEJO

Oúnico vaqueiro brasileiro que usa roupas feitas com couro de animais para se proteger é o que labuta nas caatingas bravias a fim de campear a criação de grande porte, criada de forma extensiva pelos carrascais ameaçadores do único bioma genuinamente nacional.

A proeminência de plantas espinhosas exige que o vaqueiro sertanejo proteja-se da cabeça aos pés, tornando-se verdadeiro represen

tante da Civilização do Couro, a qual foi enfaticamente reiterada por Capistrano de Abreu em seus Capítulos de História Colonial.

A fama de valentia granjeada por inúmeros vaqueiros sertanejos, quando das festas de apartação, as famosas pegas de boi no mato, antecessoras das modernas vaquejadas, fê-los respeitados na sociedade sertaneja agro-pastoril, sendo que muitos conquistaram status importantíssimos graças a feitos heróicos ao desafiar mistérios insondáveis das caatingas irascíveis e ameaçadoras.

A maioria, anônima, morria sem deixar tostão, esquecidos na expressão literal do termo, verdadeiro descaso para com grandes heróis que arriscavam a vida para que um dos elementos maiores da economia sertaneja fosse enfatizado de forma significativa e satisfatória. Ferrar os animais era imprimir a marca de cada fazenda, pois complexa simbologia definia a quem pertencia o gado, constituindo-se em tratado armorial sertanejo, cujo

personagem principal na luta heróica através dos desafios da hinterlândia era exatamente o valente vaqueiro. A importância do vaqueiro foi destacada pelo grande Luiz Gonzaga quando resolveu inovar como artista, implementando em sua indumentária o gibão que tão bem caracteriza o bravo profissional das caatingas sertanejas.

Após covarde assassinato de primo de nome Raimundo Jacó, afamado vaqueiro pernambucano, o eterno sanfoneiro do Riacho da Brígida compôs, em parceria com Nélson Barbalho, verdadeiro hino em homenagem ao grande personagem sertanejo que levou seu oficio com afinco.

A primeira missa em intenção da alma do vaqueiro Raimundo Jacó, realizada em Serrita (Estado de Pernambuco), a partir do ano de 1975, teve em Luiz Gonzaga seu principal incentivador. Nos dias de hoje, a missa é dedicada a todos os vaqueiros do sertão.

A emoção flui de forma incontida quando a eterna canção dedicada aos bravos vaqueiros é entoada de forma sublime, fazendo com que os presentes não consigam conter as lágrimas que marejam de olhos cansados e sofridos da brava gente sertaneja.

No presente, infelizmente, há verdadeiro desvirtuamento da cultura e das tradições sertanejas, pois o cavalo, fiel companheiro do verdadeiro e autêntico vaqueiro sertanejo, vem sendo substituído por possantes motos que trazem na lataria marcas de empresas japonesas, para desgosto dos grandes baluartes que defendem com unhas e dentes um dos símbolos da autóctone formação cultural da terra do sol.

José Romero Araújo Cardoso. Geógrafo. Escritor. Professor-Adjunto do Departamento de Geografia (DGE) da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais (FAFIC) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Membro do ICOP (Instituto Cultural do Oeste Potiguar), SBEC (Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço) e da ASCRIM (Associação dos Escritores Mossoroenses). Diretor de Acervos da ASCRIM (Associação dos Escritores Mossoroenses) (Biênio 2017-2018).

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