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Marina Solé Pagot

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Piaza Merighi

Piaza Merighi

ENTREVISTA ESCRITORA MARINA SOLÉ PAGOT

A leitura em si sempre foi muito importante para mim, e a escrita se tornou a maneira para eu me expressar, ver, conforme o tempo, as minhas mudanças – do modo de pensar, de escrever, de ver a vida. Então, escrever é de extrema importância para mim.”

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Marina Solé Pagot, nascida em 29 de abril de 2002 em Bento Gonçalves, estuda no Colégio Santa Rosa e desde pequena escreve histórias e gibis. Escreveu seu primeiro livro aos 12 anos, e o segundo e o terceiro (pertencentes à trilogia), aos 14 e 15 anos. Em 2017, lançou seu primeiro livro, “Coração de Obsidiana”, e em outubro de 2018, vai lançar a sequência da trilogia. Além de romances, também escreve crônicas e pretende uni-las em uma obra. Vem trabalhando em outro livro chamado “O Livro Que Ninguém Consegue Ler”, um romance curto e utópico. Além da escrita e leitura, tem paixão pela música – toca guitarra desde seus 11 anos. Pretende cursar jornalismo na faculdade e espera fazer as pessoas se apaixonarem pelos seus textos e personagens.

Boa Leitura!

‘Coração de Obsidiana’ é apresentado por Marina Solé

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Marina Solé Pagot, é um prazer contarmos com a sua participação na revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que a motivou/inspirou a escrever “Coração de Obsidiana”?

Marina Pagot - Aos 11 anos mergulhei profundamente no universo literário e comecei a escrever alguns textos e pequenas histórias. Um ano se passou e eu estava pronta para começar a escrever alguma coisa, e inspirada pela música Brick by Boring Brick, de Paramore e todos os contos de fadas, decidi escrever sobre um universo paralelo dos contos de fadas, dando origem à “Coração de Obsidiana”.

O que a escrita representa para você, que tem 16 anos, um livro publicado e previsão de mais dois lançamentos para 2018?

Marina Pagot - Um modo de, ao mesmo tempo, eu conseguir fugir da realidade e me encontrar. A leitura em si sempre foi muito importante para mim, e a escrita se tornou a maneira para eu me expressar, ver, conforme o tempo, as minhas mudanças – do modo de pensar, de escrever, de ver a vida. Então, escrever é de extrema importância para mim.

Apresente-nos “Coração de Obsidiana”.

Marina Pagot - “Coração de Obsidiana” conta a história de três adolescentes – Beatriz, Tomás e Davi – que, ao caírem na toca de um coelho branco se encontram em Tasten, um dos reinos dos contos de fadas. Com o tempo, eles conhecem personagens característicos, como Peter Pan e os Meninos Perdidos, o Chapeleiro Maluco, Chapeuzinho Vermelho etc. Acabam por descobrir que são Os Três Escolhidos, pois uma profecia antiga havia avisado sobre a chegada, e tais escolhidos seriam responsáveis por salvar os contos de fadas de um grande mal. Nesta primeira parte da trilogia, os três amigos têm que derrotar a Rainha Má, mas que, para sua surpresa, não é o maior mal do reino. O único aviso que lhes é dado é: “Tomem cuidado com as sombras”.

O que representa o título?

Marina Pagot – Inspirei-me na série Once Upon a Time – também baseada em contos de fadas –, na qual a Rainha Má arranca corações para controlar as pessoas; e com o seu coração sendo negro devido à sua maldade, tomei como referência as “trevas”, a obsidiana, uma rocha vulcânica bem escura. Como o objetivo dos Três Escolhidos é derrotar a Rainha Má, o empecilho que enfrentam é que o coração desta rainha está escondido e recoberto de obsidiana, mostrando sua escuridão.

Em que momento soube que esta obra faria parte de uma trilogia?

Marina Pagot - Desde o início eu já tive a ideia de escrever uma trilogia. Quando comecei já sabia o início e o fim do primeiro livro e o fim do terceiro. O desafio foi saber chegar até lá.

Marina Pagot - O momento que mais me marcou no primeiro livro foi, provavelmente, a cena final, em que os três combatem a Rainha Má. Gosto bastante de escrever as cenas de confronto e de narrativa, por isso é uma das minhas preferidas em “Coração de Obsidiana”.

Qual o cenário, espaço geográfico, escolhido para a obra?

Marina Pagot - Sendo um universo alternativo, dentro dos contos de fadas, o cenário é predominantemente medieval e florestal. No entanto, nos primeiros e últimos capítulos há a presença de um espaço atual, uma cidade.

Onde o leitor pode comprar seu livro?

Marina Pagot - Como foi lançado de forma independente, ele está presente nas livrarias das cidades de Bento Gonçalves (Dom Quixote, Aquarela e Paparazzi), Carlos Barbosa (Papeluxo, Papelada, Apollo e AP), Garibaldi (Disco Center) e Caxias do Sul (Maneco e Arco da Velha). Buscamos expandir a distribuição.

Apresente-nos seus próximos lançamentos literários.

Marina Pagot - “Cavaleiro Branco”, o segundo livro da trilogia, no qual eles voltam seis meses depois para Tasten para combater Stefano Frank – O Cavaleiro Branco – que mantém Tomás Garcia como prisioneiro e experimento. Aos poucos, os três vão percebendo sua ligação com esse reino e o que representam para a história dos contos de fadas. “Reino de Memórias”, o terceiro e último livro. Neste, após três anos os Três Escolhidos são chamados novamente para os contos de fadas. Desta vez, eles enfrentam o real desafio e o verdadeiro mal daquela terra: a Sombra. O livro é focado em desenterrar os segredos e o passado de Beatriz, Tomás e Davi, que acabam por descobrir sua relação com o universo e como pertenceram a outras vidas dos personagens dos contos de fadas.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Marina Solé Pagot. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?

Marina Pagot - A leitura e a escrita são as maneiras que tenho para me encontrar. A trilogia “Os Três Escolhidos” tem uma importância extrema para mim, pois ela acompanhou meu crescimento, as mudanças e descobertas que tive durante o período dos meus 12 aos 15 anos. Gosto bastante de ver como meu modo de escrever foi se modificando conforme eu crescia e conforme meus personagens também cresciam. Além de me refugiar em minhas crônicas que, da mesma forma, fazem com que eu possa me sentir mais eu. Espero que minhas palavras possam transportar as pessoas para contos de fadas e universos alternativos, ajudando-as a fugir um pouco da própria realidade e entretê-las com fantasia.

_________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL | ESCRITOR JOÃO BEZERRA DA SILVA NETO

O BRASIL DE CABEÇA PARA BAIXO O lhando pelos meus olhos leigos, como os da maioria dos brasileiros, percebo o entra e sai de Presidentes e o Brasil continua uma incógnita. Já não sabemos como nos guiar nesse abarco sem rumos. Não sabemos divisar onde está o erro, se no regime político adotado, se na forma de governo ou na própria formação do cidadão brasileiro. Uns falam de nossa origem colonialista, pelos vícios adquiridos de um povo ganancioso, ambicioso, “esperto”, interesseiro, desonesto, mal educado como foi a escória portuguesa que nos colonizou. Outros acusam o despreparo dos políticos pela falta de patriotismo e de amor pela causa; fizeram com que os valores morais despencassem na ribanceira da ambição sem limites. Ao povo brasileiro, parodiando o notável e saudoso Escritor João Ubaldo Ribeiro, em texto, intitulado: “Precisa-se de matéria- -prima para construir um país” digo:

Precisa-se de matéria-prima para construir um Presidente.

Examinando a fundo os candidatos oferecidos ao próximo pleito chego à conclusão de que trazem na bagagem os profundos traços da escória a que me refiro. E muitos se orgulham de terem vindos do povo, como se isso fosse enaltecê-los. Onde encontrar a matéria-prima para construir um Presidente? Qual a origem desse candidato? De onde veio? Que formação teve diferente da essência do atual povo brasileiro? Em qual escola estudou política? Se Pelo menos estudou? Que educação teve na sua infância? Eis que não falo de educação escolar, somente, mas de berço familiar: honestidade, respeito, moralidade, exemplos patrió-

ticos, formação de bom caráter, boa índole. Ao abraçar a carreira política desde a militância, hoje ativismo político, que espécie de ativista esse candidato foi? Será do tipo daqueles baderneiros que conheci nas escolas, nos movimentos estudantis, Sendo esses, os piores alunos em aproveitamento escolar; a maioria deles sequer concluía seus cursos? Esses ditos ativistas passavam todo o tempo possível nas Faculdades, trancando matérias, até a jubilação, com o fim de angariar popularidade entre os estudantes de diversos cursos, para depois candidatar-se a Vereador, iniciando, desta forma, a vida política.

É esse o jeito “light” de se fazer política, neste País, quando não se origina de forma “chula”, no berço sindicalista, fomentando greves, arruaças, e destruição do Patrimônio Público. Será que os candidatos que aí estão não vieram dessas duas fontes? E se um ou outro candidato não teve berço político semelhante, mormente os da ala da direita, os “coxinhas”, como dizem, vieram de onde? Naturalmente, do prestígio econômico o qual ostenta o que dá no mesmo. Será que não enriqueceram ou herdaram bens desonestamente? Onde está a moral, a ética de que necessita para abraçar tamanho cargo? Onde está a formação política?

Sinto, por isso, uma grande tristeza pelo que nos oferecem como candidatos às eleições para futuro Presidente do Brasil.

Na minha modesta opinião, falta matéria-prima para construir um bom Presidente porque os anseios de democracia se esvaíram.

Os que se diziam construtores do berço de uma Democracia Plena se foram, deixando um hiato, uma vala, onde os sobreviventes não tiveram capacidade de transpor.

Cadê os líderes políticos deste País?

Cadê as vozes das “Diretas Já”?

Cadê os precursores do Estado de Direito?

Onde estão os Constituintes atuantes da época?

Os que foram as vozes de uma Constituição que democratizaria o País: José Sarney, Jarbas Vasconcelos, Roberto Freire, Bernardo Cabral, Fernando Henrique entre tantos outros sobreviventes da época preferem, hoje, assistir, de camarote, a degradação do País.

Nenhuma voz se levanta capaz de nortear este estado de coisas?

Os líderes emudeceram diante da suspeita de corrupção que atinge a todos.

O Brasil parou, a Democracia morre à míngua.

Que sapiência política preservou dos grandes parlamentares da época: Ulisses Guimarães, Tancredo Neves, Teotônio Vilela, Mário Covas, Nélson Carneiro, entre outros? E os que ainda sobrevivem onde estão escondidos?

Entre dezenas de interrogações fico atônito em ver esfacelada toda a construção de uma tão sonhada Democracia Plena.

Do termo Patriotismo só existe a grafia nos dicionários de nossa língua.

Falta Patriotismo nos lares, nas escolas, na sociedade, na vida pública, no próprio futebol e, principalmente, na política. No que se refere a patriotismo político hoje, o que era moral é imoral e vice-versa.

No Congresso pilhas e mais pilhas de processos urgentes, urgentíssimos para serem votados são deixadas para trás porque não surtem interesse imediatista.

O interesse individual está acima de tudo, enquanto o bem coletivo é suprimido pela manobra en

genhosa dos Deputados. Até pareço um ativista político ao tecer essas ingênuas considerações a respeito do Brasil atual. Mas sou bem diferente dos atuais ativistas políticos existentes hoje de montões. Eles não olham para o passado porque não os têm. Só enxergam o momento atual onde vivem mergulhados numa política de ódio. “Se não é do meu partido é meu inimigo político”, dizem. Desconhecem o lado amistoso da disputa política, que, aliás, deve prevalecer em todos os embates da vida.

Não há mais lugar para o rancor, a desforra, a intriga. O tempo do “duelo” passou.

Democracia, para muitos, é sinônimo de liberdade incondicional.

A declaração dos Direitos Humanos, desde 1948, nunca foi tão ovacionada quanto hoje, no Brasil. Já que se trada de direitos a exigir, esqueceram-se dos deveres a cumprir.

Observam mais os Direitos Humanos que a própria Constituição do País. Claro! Só contém direitos!

Assim, diante de dezenas de interrogações, gostaria que me respondessem apenas uma:

Em quem votarei, para Presidente, nas próximas eleições? Respondam-me, uma vez que o voto não é mais secreto!

Lembro-me, quando criança, em dia de eleição, meu pai vestia a caráter o velho e surrado paletó de linho branco, gravata, chapéu de massa à lorde inglês; ia votar. O voto era sagrado além de secreto. Não o revelava a ninguém, nem mesmo aos familiares. Sua consciência política era de fazer inveja a todos os brasileiros de hoje.

E-mail: João.digicon@gmail.com

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