Projeto Álbum | Jorge Mautner | Para Iluminar a Cidade | Setembro 2013

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Dias 27 e 28 de Setembro de 2013

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Sexta e Sábado, às 21h

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Projeto Álbum Se o avanço tecnológico trouxe novas e importantes possibilidades para a música, afora nostalgias e romantismos – o vinil praticamente definiu um formato de fruição musical, consolidando grande parte do arquivo sonoro feito no país com o manuseio da agulha entre uma faixa e outra para mudar de música, a capa em formato grande, o conceito de um trabalho expresso na sequência das faixas e o lado A e o lado B. O projeto Álbum remonta períodos da música brasileira por meio de registros fonográficos que ajudaram a construir sua história. São discos considerados clássicos por apresentarem em seu conteúdo inovações estéticas que influenciaram gerações, trazendo à tona o contexto político e a estética de uma época. Resgatar títulos expressivos da discografia da música brasileira e apresentá-los para o público em formato de show, abre uma possibilidade sem precedentes para a revitalização da memória cultural do país, bem como para a difusão de uma cultura que deve, necessariamente, ser dinâmica e transformadora. Lançar um olhar para o passado compreendendo-o como um ponto norteador para o entendimento do presente, propiciando assim um campo fértil para construção do que está por vir, é uma das ações constantes do SESC. A tradição e a inovação mantêm diálogo no dia-a-dia da instituição, ambas entendidas de maneira que o estreitamento e a permeabilidade do relacionamento entre gerações contribuam e incentivem o surgimento de novos paradigmas para a arte e para a cultura.

Sesc Belenzinho


foto: Mario Luiz Thompson

Jorge Mautner e Nelson Jacobina em 1972, período da gravação do disco.


Mautner: Reler a Luz Ao estrear em 1972 com o LP Para Iluminar a Cidade, Jorge Mautner já não era mais um novato. Com cinco livros publicados até aquele momento, entre eles o seminal Deus da Chuva e da Morte (1962), suas ideias começavam a circular e a ser debatidas por artistas, intelectuais e a parcela mais atenta do público. Mautner havia também gravado um compacto em 1966, se apresentava com certa frequência na TV cantando suas músicas de temas inusitados para a época (vampiros, bombas atômicas), colaborou com o Pasquim, escreveu roteiros para cinema, compôs em parceria com Caetano Veloso e Gilberto Gil. Seu primeiro álbum, portanto, apresentava um artista já com bastante estrada e uma ampla gama de interesses. Gravado no Teatro Opinião, Rio de Janeiro, Para Iluminar a Cidade é um trabalho atípico. O registro ao vivo, incomum em discos de estreia, conferiu às músicas uma sonoridade diferente do que se esperava de um trabalho “comercial” no período. A musicalidade um tanto groove (a banda era composta por seu fiel parceiro musical – Nelson Jacobina, além de Sérgio Amado, Alexandre, Tide e Otoniel), baseada em baixo, percussão, violão e solos de violino e bandolim, remete mais ao formato “acústico” que ao rock eletrificado presente na MPB desde o Tropicalismo e a Jovem Guarda, sem, no entanto, pender demais para o samba, a bossa nova ou qualquer outro gênero facilmente reconhecível dentro do panorama da música brasileira.


Faixas como Super-Mulher, Estrela da Noite, Olhar Bestial e Quero ser Locomotiva, ora sangrentas,

ora engraçadas, ora reflexivas, ora nonsense, ora reportando a arquétipos

mitológicos, ora calcadas no mais banal cotidiano, parecem uma síntese de suas ideias. A interpretação segue o mesmo caminho e consolida o estilo presente nas obras posteriores: Mautner desafina, seja cantando ou tocando violino, não tem medo do ridículo, flerta com o kitsch, faz imitações, sussurra, grita. Sempre pensei no privilégio que deve ter sido assistir ao show que deu origem a este Para Iluminar a Cidade. Durante muito tempo procurei na internet, sem sucesso, algum registro em vídeo, só para ter o gostinho. Um pouco disso, vocês poderão presenciar na releitura que acontece aqui, hoje.

Bruno Brum Nasceu em Belo Horizonte, em janeiro de 1981. Escritor e designer gráfico, publicou os livros Mínima idéia (2004), Cada (2007) e Mastodontes na sala de espera (2011). Entre 2006 e 2009 coeditou, com o compositor Makely Ka, a Revista de Autofagia, dedicada à literatura e às demais linguagens artísticas.



repertório* para iluminar a cidade (1972)

1. Super Mulher (Jorge Mautner) 2. Olhar Bestial (Jorge Mautner) 3. Estrela da Noite (Jorge Mautner) 4. Chuva Princesa (Jorge Mautner) 5. Anjo Infernal (Jorge Mautner)

ficha técnica

6. Quero ser Locomotiva (Jorge Mautner) 7. Sheridan Square (Jorge Mautner) 8. From Faraway (Caetano Veloso / Jorge Mautner) 9. Sapo Cururu (Adap. Jorge Mautner) *a apresentação das músicas não será necessariamente nessa ordem

Jorge Mautner Vocal Glad Azevedo Violão Bem Gil Violão e Guitarra Bruno Di Lullo Contrabaixo Rafael Rocha Bateria e Percussão


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para iluminar a cidade (1972) 1 • Super Mulher (Jorge Mautner) 2 • Olhar Bestial (Jorge Mautner) 3 • Estrela da Noite (Jorge Mautner) 4 • Chuva Princesa (Jorge Mautner) 5 • Anjo Infernal (Jorge Mautner) 6 • Quero ser Locomotiva (Jorge Mautner) 7 • Sheridan Square (Jorge Mautner) 8 • From Faraway (Caetano Veloso / Jorge Mautner) 9 • Sapo Cururu (Adap. Jorge Mautner)

*sujeito a alterações a apresentação das músicas não será necessariamente nessa ordem

Sesc Belenzinho Rua Padre Adelino 1.000 Belém CEP 03303-000 TEL.: (11) 2076 9700 email@belenzinho.sescsp.org.br sescsp.org.br/belenzinho / belenzinho


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