mundo perfeito (portugal) & cias brasileiras | julho e agosto 2013

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mundoperfeito & cias.brasileiras grupoFoguetesMaravilha e projetoCompanhiaProvis贸ria

de 26 de julho a 11 de agosto de 2013


AliadosporumMundoMelhor Relações entre parentes podem ser mais complexas e gratificantes do que com estranhos. Por vezes, sobressaem as críticas e os aspectos negativos e ocultam-se os aprendizados e contribuições positivas. Menosprezar o que foi legado por meio de uma convivência próxima pode configurar uma negação de si mesmo. As relações entre brasileiros e portugueses gozam de percepção semelhante. Assim, estimular a criação de espaços e momentos de reencontro e troca de experiências, saberes e possibilidades de ser e estar no mundo, abre uma infinidade de diálogos e interações que podem semear novas oportunidades de re-descoberta. O campo da cultura se apresenta fértil para potencializar esses processos. É nesse sentido que podemos inserir o Festival de Artes Cênicas Mirada, iniciativa do Sesc que, em edições bienais desde 2010, aproxima a produção ibero-americano de públicos diversos. Nos intervalos entre as edições do Festival, a iniciativa se transforma na Ocupação Mirada, com perspectiva similar. O projeto Mundo Maravilha & Companhias Brasileiras, confirma essa disposição para o encontro e o intercâmbio entre portugueses e brasileiros que extrapola as questões criativas, compartilhando vivências e novas formas do fazer artístico em processos de pesquisa e construção coletivas. Para o Sesc, o trabalho colaborativo e a troca de experiências entre criadores lusos e brasileiros se constitui em lugar privilegiado de aperfeiçoamento e aprendizado para o processo formativo de ambos. Por outro lado, o contato do público com o repertório construído em conjunto pode ampliar a experiência estética e simbólica agregando outra gama de elementos e valores a refletir. Sesc São Paulo


OCUPAÇÃO MIRADA 2013 A produção teatral ibero-americana é tão diversa quanto diversa é a cultura dos países que a compõe. No entanto, devido principalmente a contingências históricas – em que se inclui o processo de colonização do continente latino-americano, a barreira da língua e questões geográficas, como as dimensões continentais do Brasil – ainda são pontuais as ações de intercâmbio de produções entre o Brasil e o restante da Iberoamérica. Neste esforço, o diálogo com o outro é fundamental. O objetivo do Festival é evidenciar a pluralidade de pesquisas e linguagens dentro das artes cênicas por todos os ibéricos de hoje – europeus e americanos – e discutir de maneira ampla a sua identidade, reforçando o diálogo intercultural. Desde a primeira edição do MIRADA, em 2010, o processo de curadoria e seleção dos espetáculos e atividades complementares é um trabalho feito a muitas mãos e de forma continuada. Sob a coordenação do Conselho Diretivo do festival e com a assistência da equipe técnica do Sesc SP, o projeto é o resultado de uma cuidadosa pesquisa e do acompanhamento de festivais na Europa e no continente e conta ainda com a colaboração de promotores e agentes culturais em diferentes países, parcerias indispensáveis para a construção da programação. Paralela a essa curadoria continuada realizam-se eventos e apresentações de obras ibero-americanas nos períodos fora do Festival, que é bienal, a fim de se fortalecer os vínculos com os grupos, artistas e instituições que transitam pelo conceito do Festival Mirada, mas que por diversos motivos não conseguem ser abrigados durante o período de sua realização. Esta ação, que já se tornou, sistemática e com certa regularidade nas unidades do Sesc em São Paulo, denominamos OCUPAÇÃO MIRADA. Entre os dias 10 de julho e 11 de agosto realizam-se apresentações de espetáculos, no Sesc Vila Mariana e no Sesc Pompeia, vindos da Colômbia e do Chile respectivamente, que integram também a programação do Festival Internacional de Rio Preto – FIT 2013, bem como 4 obras vindas de Portugal com a Cia. Mundo Perfeito, que compõem a programação do Sesc Belenzinho.


mundoperfeito & cias.brasileiras

MundoMaravilha (foto: Magda Bizzarro)

Programação especial com espetáculos recentes do repertório da companhia portuguesa e criações dessa em colaborações com artistas brasileiros. Participam: Mundo Perfeito (Portugal), grupo Foguetes Maravilha e projeto Companhia Provisória (Brasil).


O Mundo

Perfeito tem combatido as forças do mal desde 2003, ano

em que nasceu. O seu nome traduz a ironia de um olhar crítico sobre o presente e o idealismo de um olhar otimista face ao futuro. É também um nome que faz as pessoas sorrirem, seja por que razão for. Organizado em volta do trabalho artístico de que partilha a direção com

Tiago Rodrigues,

Magda Bizarro, o Mundo Perfeito é

reconhecido pela qualidade do seu trabalho, por uma atividade intensa e pela permanente tentativa de inovar e se reinventar. Além de produzir o trabalho artístico de Tiago Rodrigues, esta pequena estrutura destaca-se também pelo trabalho com autores e no campo da nova dramaturgia, tal como pelo espírito de colaboração com artistas nacionais e internacionais. Contando com mais 30 produções, já apresentaram seus trabalhos em teatros e festivais em vários países, como Portugal, França, Reino Unido, Noruega, Suécia, Espanha, Eslovênia, Suíça, Líbano, Brasil, Itália, Bélgica e Holanda. Entre os trabalhos mais recentes produzidos pelo Mundo Perfeito, destacam-se Se uma janela se abrisse (indicado ao prêmio de Melhor Espetáculo de 2010 pela SPA), Hotel Lutécia, Tristeza e alegria na vida das girafas e Três dedos abaixo do joelho (indicado para a categoria de Melhor Texto Português Representado em 2012 e premiado na categoria de Melhor Espetáculo de 2012, e galardoado na categoria de Melhor Espetáculo de Teatro de 2012 pelos Globos de Ouro).

O Mundo Perfeito é uma estrutura financiada por Governo de Portugal | Secretário de Estado da Cultura | DGArtes , residente no Alkantara e associada a O Espaço do Tempo.


MundoPerfeito (Portugal) TiagoRodrigues ator, diretor, produtor e dramaturgo. Seu teatro poético subversivo torna-o um nome do teatro emergente português. Fundou o Mundo Perfeito com Magda Bizarro. Colabora com outras companhias, coreógrafos, realizadores e está envolvido no ensino, curadoria e projetos comunitários. Profundamente enraizado num teatro colaborativo, criou recentemente peças que se destacam pelo modo como transforma documentos em ferramentas para a criação de cena e dramaturgia.

MagdaBizarro depois de ter colaborado com diversas companhias na década de 90 como produtora e fotógrafa de cena, criou a companhia Mundo Perfeito, juntamente com Tiago Rodrigues, em 2003. É diretora de produção e gestora financeira do grupo. Está envolvida na criação de cenário e figurinos, fotografia de cena, comunicação e desenvolvimento dramatúrgico.

BernardodeAlmeida

ator que tem trabalhado com vários

diretores portugueses como Tiago Rodrigues, Jorge Andrade, Cristina Carvalhal, entre outros. Atua também em cinema e tv.


CláudiaGaiolas intérprete, criadora e performer. Co-fundadora do Teatro Praga, trabalhou com diversas companhias e criadores, alguns: Teatro da Garagem, Mundo Perfeito, André Murraças, Joaquim Horta, Associação Alkantara e Teatro Meia Volta e Depois À Esquerda Quando Eu Disser.

IsabelAbreu

atriz, trabalhou com diretores como Marco Martins,

Tiago Guedes, Nuno Cardoso, Ana Luísa Guimarães, Rui Mendes, João Mota. Também reconhecida pelo trabalho em televisão e cinema.

GonçaloWaddington

ator, trabalhou com os diretores Carlos

Avilez, João Lagarto, Bruno Bravo, Miguel Seabra ou Jorge Silva Melo, entre outros. Tem atuação reconhecida no teatro, cinema e tv.

AlexandreTalhinhas

DJ e crítico musical para o jornal Correio

da Manhã e revista Dance Club. É membro da Cooltrain Crew e banda Macacos do Chinês.

AndréCalado diretor técnico da companhia desde 2011. Trabalhou na Companhia de Teatro de Almada como ator e técnico. Foi também, membro da equipe técnica do Festival de Almada, do Centro Cultural Olga Cadaval, e do Teatro Maria Matos, entre outros trabalhos como iluminador e light designer.


FoguetesMaravilha (Brasil) Fazem parte da companhia: AlexCassal, FelipeRocha, StellaRabello e RenatoLinhares, além de colaboradores

convidados. Entre os espetáculos já realizados estão: Ele precisa começar (2008); em 2009, Cassal e Rocha criaram com Tiago Rodrigues e o coletivo Mundo Perfeito: Sempre; Pedro procura Inês e Bobby Sands vai morrer, Thatcher assassina. Ninguém falou que seria fácil (2011) – foi vencedor dos prêmios Shell, Questão de Crítica e APTR de melhor dramaturgia; estrearam 2Histórias e apresentaram uma versão para o clássico Toda Nudez será Castigada (de Nelson Rodrigues) - dentro do Projeto In Drama, nesse mesmo ano. Em 2012, viajaram para Portugal para apresentações dos espetáculos do grupo e para nova colaboração com o Mundo Perfeito: Mundo Maravilha. Em 2013 estreiam novo espetáculo, Síndrome de Chimpanzé.

projeto Cia.Provisória (Brasil) Projeto em que a cia. Pequena Orquestra recebe artistas convidados para formar um grupo temporário. Em duas semanas, o grupo cria um espetáculo dirigido por um convidado internacional. Na primeira edição, reuniu a Pequena Orquestra com Nós do Morro, com direção de Sharon Smith e Simon Will, do coletivo Gob Squad. Na segunda edição, reuniu a Pequena Orquestra com a Cia Inutilezas e Cia Dani Lima com direção da argentina Lola Arias.

AlessandraColasanti

roteirista, atriz, diretora de teatro e cineasta. No teatro desenvolve trabalho autoral, onde escreve, dirige e atua nas próprias criações. Algumas criações: Coelho branco sobre Branco, Banal e ações a partir da personagem A Bailarina de Vermelho.


CarolinaBianchi atriz, dramaturga, diretora

e fundadora da Cia. dos Outros. Realizou os espetáculos Holocausto, Corra Como um Coelho e A Pior Banda do Mundo. Atuou também com os grupos Lasnoias e Tablado de Arruar, entre outros.

JoanaLerner atri, que participou na tv de Agora é que são elas; Senhora do destino. No teatro: Madrigal em Processo (Pequena Orquestra); DENTRO (direção Michel Blois); Hoje é ontem também (direção de Lola Arias), etc. RodrigoNogueira

ator, autor e diretor teatral. Atuou com os diretores João Fonseca, Moacir Chaves e o inglês Tim Crouch. É colaborador do coletivo alemão Gob Squad e integrante do coletivo Pequena Orquestra.

ViníciusArneiro

diretor e ator. Em 2006 fundou o Teatro Independente, companhia onde fez os espetáculos Cachorro!, Rebú e Cucaracha. Trabalhou também com Jô Bilac, Moacyr Chaves, entre outros.

TomásDecina

ator e arte-educador; um dos criadores da Cia. dos Outros. Atualmente também trabalha na criação do currículo de artes cênicas para o ensino fundamental da Escola Castanheiras.

KeliFreitas

atriz e dramaturga. Trabalhou com os diretores João Fonseca, Pedro Brício e Jefferson Miranda. Integra o Coletivo de Escritores Ornitorrinco e o Coletivo Pequena Orquestra.

MichelBlois

como ator, trabalhou com os diretores Lola Arias (Argentina), Enrique Diaz, Jefferson Miranda, João Fonseca. Dirigiu as peças Dentro (Pequena Orquestra), Dois Irmãos - Due Fratelli e A Sônia é que é Feliz.

JoanaMartins

produtora executiva, diretora de produção, colaborou com a Companhia Instável (Pt), Festival Panorama de Dança (Br) entre outros projetos.


MundoMaravilha Mundo Perfeito (Pt) + Foguetes Maravilha (Br) De 26 a 28 de julho. Sexta e sábado, às 21h. Domingo, às 18h. Quando a companhia Mundo Perfeito e o grupo Foguetes Maravilha decidiram embarcar numa colaboração artística, juntando artistas portugueses e brasileiros, surgiu a ideia de construir um espetáculo a bordo de um barco. O ponto de partida era passar várias semanas num barco a escrever, ensaiar e discutir. Todos estavam fascinados pela coincidência entre a viagem náutica e o processo criativo: estavam à deriva, procurando permanentemente o caminho, nunca saindo do mesmo lugar e, simultaneamente, chegando sempre a um lugar novo. Planejaram ensaios de modo a poder criar a peça enquanto faziam uma travessia do oceano Atlântico a bordo de um pequeno veleiro, logo batizado de Mundo Maravilha. Disseram adeus a todos os amados numa grande festa de despedida, prometendo reencontro na estreia do espetáculo. Há cerca de um mês, o Mundo Maravilha zarpou do cais, rumo ao seu destino artístico. Foi uma aventura linda e teria dado um excelente espetáculo se, depois de quatro semanas à deriva, não tivessem naufragado e morrido todos. Mundo Maravilha é o nome de fusão do veleiro da companhia portuguesa Mundo Perfeito com o grupo brasileiro Foguetes Maravilha. Não é uma viagem à Atlântida ou outro maravilhoso continente esquecido (como poderia sugerir o título do espetáculo), nem sequer é uma viagem ao redor do meu quarto (diria Xavier Maistre) ou uma busca da identidade perdida.


(foto: Magda Bizzarro)


Uma criação de: Mundo Perfeito (Pt) e Foguetes Maravilha (Br) Co-criação e interpretação: Alex Cassal, Cláudia Gaiolas, Felipe Rocha, Paula Diogo, Renato Linhares, Stella Rabello e Tiago Rodrigues Desenho de luz e direção técnica: André Calado Conceito de figurinos: Magda Bizarro Direção de produção e fotografia de cena: Magda Bizarro Assistência de produção: Rita Mendes Residências artísticas: O Espaço do Tempo e alkantara Co-produção: Maria Matos Teatro Municipal (Pt), BIT- Teatergarasjen (NO), Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura (Pt) e O Espaço do tempo (Pt), House on Fire com o apoio do programa Cultura da União Europeia Produção São Paulo: PLATÔproduções Não recomendado para menores de 12 anos Duração: 2h Teatro Crítica “A meu ver, essa é a singularidade de sentidos da peça – justamente, proliferar na abundância do fracasso, do ocaso, do transitório e do imperfeito. Daí a melancolia, sempre em produção, daí a insistência em se deslocar e parar um tempo em certas coisas que parecem desajustadas e, mais ainda, a insistência em criar um regime entre a crença e o fracasso, apontando maravilhas no lugar comum do andar, falar, sorrir, todos como gestos de um espetacular cínico, mas cheio de humor. O humor vai além da diversão, ele aparece como um pensamento meio maquínico, igualmente acoplado ao que se pode acreditar no mundo. Uma concisão do dito do poeta lusitano “navegar é preciso, viver não é preciso”. Dinah Cesare, in Questão de Crítica, 14 de Abril de 2012


(foto: Magda Bizzarro)


PeçaRomânticapara umteatrofechado Tiago Rodrigues (Pt) + projeto Cia. Provisória (Br) Dias 31 de julho, 1 e 2 de agosto. Quarta, quinta e sexta, 21h30. Desafiado a colaborar com a Cia. Provisória durante duas semanas no Rio de Janeiro, Tiago Rodrigues baseou o encontro em duas ideias fundamentais do trabalho que vem desenvolvendo: escrita em colaboração com os atores - o texto nasce das experiências conjuntas e acaba por ser uma reportagem abstrata daquilo que é o processo de trabalho. A segunda ideia que presidiu a colaboração: a noção de espetáculo que dá soberania à liberdade do ator. Ou: como inventar um teatro ainda em aberto e onde, depois da estreia, o ator continua a pensar em palco, e a tomar decisões que influenciam toda a obra? A ligação entre estas ideias só ganha sentido no momento em que o público entra na sala.


Texto e direção: Tiago Rodrigues

Keli Freitas (em substituição de Júlia Macini), Michel Blois (em substituição de Pedro H. Monteiro), Rodrigo Nogueira, Tomás Decina

e Vinicius Arneiro Conceito cenográfico e figurinos: Magda Bizarro e Tiago Rodrigues Desenho de luzes: André Calado e Tabatta Martins em colaboração com Tiago Rodrigues Direção de produção: Fabricio Belsoff e Michel Blois Produção executiva: Joana Martins Idealização: No Lugar (Fabricio Belsoff, Michel Blois e Rodrigo Nogueira) Co-produção: Festival Dois Pontos (BR) e Mundo Perfeito (PT) Não recomendado para menores de 12 anos Duração: 1h15 Sala de Espetáculos II

(foto: Magda Bizzarro)

Com Alessandra Colasanti, Carolina Bianchi, Joana Lerner,


(foto: Magda Bizzarro)


Trecho da peça “Vou ser honesto contigo, Clara. Honesto mesmo. Vou dar o peito às balas.Vou despir a armadura. Vou dizer-te o que realmente sinto. Vou confessar o que evito confessar até a mim mesmo. Vou colocar o meu coração nas tuas mãos. Vou colocar a minha vida nas tuas mãos. Vou colocar o coração na boca. Vou colocar o meu coração na tua boca. Vou dar-te a chave. Vou deixar que abras o cofre. Vou oferecer-te o mapa do tesouro. Vou dar-te o tesouro. Vou dar-te o código da bomba atómica. Vou dizer-te onde está o botão vermelho. “ in Peça Romântica para um teatro fechado, de Tiago Rodrigues


Seumajanelaseabrisse Dias 2, 3 e 4 de agosto. Sexta e sábado, às 21h. Domingo, às 18h. Um telejornal é dublado ao vivo por atores e um DJ, neste espetáculo que substitui o discurso público pelo íntimo, e descobre formas alternativas de falar de um dia que passou. A partir daí nasce um outro jornalismo, onde um olhar entre dois atores pode ter a mesma importância que o fenômeno do aquecimento global. O que vemos, quando assistimos às notícias, num canal de televisão? Uma proposta da realidade. Uma redação de jornalistas diz-nos o que é importante no espaço/tempo de um dia. E diz-nos que aquela é a realidade de que fazemos parte. E quantas outras realidades, mais íntimas, estão escondidas sob os fatos transformados em notícia? O título do espetáculo nasce dos versos de Alberto Caeiro, ele próprio versão pública da intimidade de Pessoa: “Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora / E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse / Que nunca é o que se vê quando se abre a janela”. Se uma janela se abrisse é um telejornal das notícias que nunca chegam ao telejornal.


(foto: Magda Bizzarro)


Texto e encenação: Tiago Rodrigues Com Bernardo de Almeida, Cláudia Gaiolas, Paula Diogo, Tiago Rodrigues e Alexandre Talhinhas Colaboração especial João Adelino Faria Vídeo: Bruno Canas e Tiago Rodrigues Sonoplastia e banda sonora: Alexandre Talhinhas Cenário, figurinos e luzes: Magda Bizarro e Tiago Rodrigues Produção executiva e fotografia: Magda Bizarro Assistência de produção: Rita Mendes Apoio técnico: André Calado Produção São Paulo: PLATÔproduções Com o apoio da Direcção de Informação da RTP Co-produção: alkantara festival e Teatro Nacional D. Maria II

Não recomendado para menores de 12 anos Duração: 1h15 Teatro

Notícia na imprensa portuguesa A desconstrução do jornalismo no Teatro Nacional “E se todos os automobilistas passassem a conduzir em marcha atrás? E se o trânsito começasse a circular ao contrário? E se os jornalistas se calassem? E os noticiários fossem mudos?” Em 05.06.2010 - Por Paula Torres de Carvalho


(foto: Magda Bizzarro)


Trêsdedosabaixodojoelho Dias 9, 10 e 11 de agosto. Sexta e sábado, às 21h. Domingo, às 18h. No arquivo da Torre do Tombo, Tiago Rodrigues encontrou um arquivo enorme da censura exercida sobre o teatro durante o regime fascista português. Entre milhares de textos de teatro submetidos ao exame dos censores do Secretariado Nacional de Informação, chamaram a atenção, os relatórios escritos pelos próprios censores explicando os cortes ou proibições de textos e encenações. A ironia por trás de Três dedos abaixo do joelho é que transforma os censores em dramaturgos, usando os seus relatórios como o texto de um espetáculo que é uma máquina de censurar poética e absurda. De alguma forma, aqueles que oprimiram a liberdade artística e política do teatro deixaram-nos uma herança que pode ajudar a redescobrir o perigo e a importância do teatro na sociedade. Vencedor do Prêmio Autor da Sociedade Portuguesa de Autores para Melhor Espetáculo de Teatro de 2012 Vencedor do Globo de Ouro para Melhor Espetáculo de Teatro de 2012 atribuído pelo canal televisivo SIC e revista Caras. Escolhido

pelo

jornal

espetáculos de 2012.

Público

como

um

dos

melhores


(foto: Magda Bizzarro)


(foto: Magda Bizzarro)


Direção: Tiago Rodrigues Texto: colagem de Tiago Rodrigues, a partir de relatórios de diversos censores, redigidos entre 1933 e 1974 Interpretação: Isabel Abreu e Gonçalo Waddington Pesquisa e apoio dramatúrgico: Joana Frazão Vídeo: edição de Tiago Guedes e Rita Barbosa, arquivo da RTP Cenário: Magda Bizarro, Rita Barbosa e Tiago Rodrigues Desenho de luz e direção técnica: André Calado Música: Márcia Santos (O gosto do poder) e Alexandre Talhinhas (Drum’n’bass) Direção de produção: Magda Bizarro Assistência de produção: Rita Mendes Legendagem: Magda Bizarro e Rita Mendes Produção São Paulo: PLATÔproduções Co-produção: alkantara festival e Teatro Nacional D. Maria II, Kunstenfestivaldesarts (BE), De Internationale Keuze van de Rotterdamse Schouwburg(NL) e Stage Helsinki Theatre Festival (FI), NXSTP, com o apoio do Programa Cultura da União Europeia Apoios: RTP, Take it Easy, Arquivo Nacional da Torre do Tombo/ DGARQ

Não recomendado para menores de 12 anos Duração: 1h15 Teatro


oficina

Decoração deInteriores (paraaCriação deDramaturgia Colaborativa)

Dias 3 e 4 de Agosto. Sábado, das 14h às 17h. Domingo, das 13h às 16h. Partilhando seus processos de criação cênica e dramatúrgica, Tiago Rodrigues, diretor e dramaturgo da companhia portuguesa Mundo Perfeito, desenvolve essa atividade sobre um modo de fazer teatro que se baseia na liberdade do ator e na escrita colaborativa da cena.

Sala Oficina 2 (1º pavimento - torre) Duração total: 6h

Não recomendado para menores de 16 anos


* Interessados deverão enviar currículo, carta de interesse, e-mail e telefone de contato para: inscricao.dramaturgia@belenzinho.sescsp. enviados nesse período).

* Os selecionados serão comunicados até 27 de julho, por e-mail ou telefone. O pagamento da taxa de inscrição deverá ser feito exclusivamente na bilheteria do Sesc Belenzinho. A participação na oficina se dará mediante apresentação do comprovante e do comunicado de seleção.

Valores: R$ 24 (inteira) R$ 12 (aposentado, +60 anos, pessoa com deficiência, estudante e professor da rede pública)

R$ 6 (trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc)

(foto: Magda Bizzarro)

org.br, entre 19 e 21 de julho de 2013 (só serão aceitos os e-mails


realização

apoio

Sesc Belenzinho Rua Padre Adelino, 1.000 CEP 03303 000 Tel.: (11) 2076 9700 email@belenzinho.sescsp.org.br sescsp.org.br/belenzinho


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